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1
REVISE &
RESPONDA
CONTEÚDO + ORIENTADASFILOSOFIA
2. ANTIGA
2.2 CLÁSSICA
“Escola de Atenas”: pintura renascentista do 
italiano Rafael Sanzio, foi pintada entre 1509 e 1510 
sob encomenda do Vaticano.
O século V a.C. foi marcante para os gregos, 
em especial, para os atenienses. Nesse período, 
ocorreram transformações nas esferas cultural, 
intelectual e política. Isso porque as antigas 
perspectivas religiosas e aristocráticas já não 
atendiam mais as necessidades dos gregos
Introdução
Impulsionados pelo ideal democrático e visando 
satisfazer as novas demandas e expectativas sociais é 
que gradativamente fora desenvolvido um novo modelo 
educacional com o intuito de preparar o cidadão para 
a vida política, em especial, para o debate público em 
espaços como a Ágora. 
Neste novo modelo de organização do poder político, 
os cidadãos não podiam deixar de expressar habilidades 
ligadas ao discurso, ou seja, falar bem em público era um 
pré-requisito para o exercício da cidadania. 
Essa nova demanda social contribuiu para o surgimento 
da fi gura dos sofi stas, ou seja, de educadores voltados ao 
ensino da retórica.
“A paideía era a educação como formação cultural 
completa e sua fi nalidade era a realização, em cada 
um, da areté, a excelência das qualidades físicas e 
psíquicas para o perfeito cumprimento dos valores da 
sociedade. [...] Ora, numa sociedade urbana, comercial, 
artesanal e democrática como Atenas, a antiga 
areté já não fazia sentido, perdera seu lugar [...]. sem
dúvida, a cidade precisa de guerreiros belos e bons, 
mas precisa, antes de tudo e acima de tudo, de bons 
cidadãos. Para a democracia, a areté aristocrática é 
inaceitável, pois fundada nos privilégios do sangue e 
das linhagens. Para formá-lo, uma nova paideía com 
uma nova areté tornara-se necessária. ”
CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2002. p. 156-157.
OS SOFISTAS
V
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EO
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U
LA
O termo “sofi sta” vem do grego sophos, que signifi ca 
sábios. Os sofi stas, em geral, não eram atenienses, mas 
oriundos das colônias gregas da Jônia e Magna Grécia. 
Além disso, defendia o humanismo e o relativismo, o que 
contribuiu para que fossem duramente criticados por 
Sócrates e seus seguidores.
Os sofi stas eram especialistas em retórica e oratória, 
costumavam percorrer as cidades-Estados fornecendo 
seus ensinamentos, sua técnica, por isso, acabaram se 
destacando na formação educacional, principalmente a 
dos atenienses (Paideia), pois propiciavam uma preparação 
para a atuação na vida política.
O sofi sta Protágoras de Abdera
Fonte: Domínio Público
A obra mais conhecida de Protágoras é “Sobre a verdade” 
e seu fragmento mais conhecido é “O homem é a medida de 
todas as coisas, das que são como são e das que não são 
como não são”. Esse fragmento sintetiza duas ideias do seu 
pensamento, o humanismo e o relativismo.
Segundo Protágoras, as coisas são como nos parecem 
ser, como se mostram à nossa percepção sensorial. Dessa 
forma, percebe-se uma aproximação de Protágoras com os 
mobilistas e um afastamento da visão eleática de verdade 
única e imutável. Dessa forma, a realidade estaria em 
constante transformação, de acordo com a variação do 
discurso proferido pelos homens.
2
2. ANTIGA | 2.2 CLÁSSICA
Sócrates costumava utilizar os espaços públicos para 
expor seus pensamentos e suas ideias. Ele chamava a 
atenção dos jovens atenienses para o fato de estarem 
distante da prática de uma verdadeira democracia. 
Exatamente por isso foi acusado de não ser religioso e de 
corromper a juventude.
Sócrates acreditava que, para se tornar sábio, o indivíduo 
deve ser capaz de compreender a si mesmo. Isso fi cou 
evidenciado na frase “uma vida sem refl exão não vale a 
pena ser vivida” que é atribuída a ele. 
O exercício fi losófi co de Sócrates tinha como base o 
diálogo e este era dividido em duas etapas. Na primeira, 
chamada por ele de ironia, atitude dissimulado pela qual 
levava o interlocutor a expor suas opiniões acerca de 
determinados temas. Nessa fase, Sócrates procurava falhas 
nos discursos de seus interlocutores.
Na segunda etapa, maiêutica, ele tentava levar o 
interlocutor a elaborar suas próprias ideias, a buscar em si, 
por meio de um processo refl exivo, as verdades existentes 
na alma (consciência). Desse modo, ele exerceria uma ação 
de parteiro da alma, ajudando, assim, a extrair dela os 
saberes.
A condenação de Sócrates
Fonte: Domínio Público
Alguns atenienses indignados com as provocações 
de Sócrates nas assembleias e espaços públicos e, 
entendendo que elas os colocavam em situação vexatória, 
acusaram-no de induzir os jovens a se comportar de maneira 
imprópria. Além disso, também alegavam o seu desrespeito 
em relação aos deuses atenienses.
Sócrates foi levado a julgamento e condenado à morte 
por envenenamento. Entretanto, ele não pediu clemência. 
Além disso, ele não reconheceu a autoridade dos que 
o julgavam. Apesar de existir uma possibilidade caso 
Sócrates confessasse culpa, ele optou por sua fi losofi a e, 
consequentemente, pela sua morte. 
Neste momento, fomos apanhados, eu, que sou um velho 
vagaroso, pela mais lenta das duas, e os meus acusadores, 
ágeis e velozes, pela mais ligeira, a malvadez. Agora, vamos 
partir; eu, condenado por vós à morte; eles, condenados 
pela verdade a seu pecado e a seu crime. Eu aceito a pena 
imposta; eles igualmente.
Platão. Defesa de Sócrates. IN: Apologia de Sócrates. São Paulo : Nova 
Cultural, 1987, p. 56.
ORIENTADA
QUESTÃO 01 RES
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Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus 
amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. 
Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas 
acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido 
ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No 
entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.
RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
O sofi sta Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo 
A República, de Platão, sustentava que a correlação entre 
justiça e ética é resultado de
A determinações biológicas impregnadas na natureza 
humana.
B verdades objetivas com fundamento anterior aos 
interesses sociais.
C mandamentos divinos inquestionáveis legados das 
tradições antigas.
D convenções sociais resultantes de interesses humanos 
contingentes.
E sentimentos experimentados diante de determinadas 
atitudes humanas.
“O sentido dos acontecimentos é o efeito do 
discurso proferido pelo homem sobre estes mesmos 
acontecimentos. Tudo se reduz, então, às signifi cações 
produzidas pela linguagem. Poderíamos dizer que, 
para os sofi stas, a verdade de hoje poderá ser a mentira 
de amanhã, caso o discurso proferido anteriormente 
fosse substituído por outro. Para os sofi stas, tudo é 
convenção, podendo essas convenções produzidas 
pelo homem no seio da cultura variar, por meio de seus 
discursos, de uma cultura para outra.”
TOURINHO, Carlos D. C. Saber-fazer filosofia: da antiguidade à 
Idade Média. São Paulo: Ideias e Letras, 2010. p. 65.
SÓCRATES
V
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Fonte: Domínio Público
Tudo o que sabemos sobre o pensamento e a vida de 
Sócrates é oriundo dos textos e comentários dos seus 
discípulos, pois ele não deixou nada escrito. Sócrates viveu 
em Atenas entre os séculos V a.C. e VI a.C..
3
2. ANTIGA | 2.2 CLÁSSICA
“Um exemplo seria a conversa dele com 
Eutidemo. Sócrates perguntou-lhe se ser enganador 
correspondia a ser imoral. ‘É claro que sim’, respondeu 
Eutidemo, o que parecia uma obviedade. ‘Mas e se 
um amigo estimado estivesse muito triste e quisesse 
se matar, e você roubasse-lhe a faca? Não seria este 
um ato enganador?’, perguntou Sócrates. ‘Sim, com 
toda a certeza’ ‘Mas fazer isso não seria moral em 
vez de imoral? Trata-se de uma coisa boa, não ruim 
– embora seja um ato enganador’, disse Sócrates. 
‘Sim’, respondeu Eutidemo, que a essa altura já havia 
metido os pés pelas mãos. Sócrates, ao usar um contra 
exemplo, mostrou que o comentáriogeral de Eutidemo 
de que ser enganador é imoral não se aplica a todas 
as situações. Eutidemo não percebera isso antes. 
WARBURTON, N. Uma breve história da filosofia. Porto Alegre: L&PM, 2015. p. 2.
PLATÃO
V
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Fonte: Domínio Público
Platão nasceu em 429 a.C., portanto, viveu o período fi nal 
do chamado “século de ouro” da cultura grega, sobretudo 
a cultura de sua cidade natal, Atenas, o grande centro 
intelectual das várias cidades gregas.
Sua fi losofi a foi escrita em diálogos e abordava temas 
variados como arte, teatro, ética, conhecimento e política.
Platão notabilizou-se na antiguidade por unir as 
concepções ontológicas dos pré-socráticos, Heráclito 
(mobilista) e Parmênides (imobilista), em sua “Teoria das 
Formas”.
Segundo a teoria das ideias, existiam dois mundos, o 
inteligível e o sensível. O mundo sensível seria o mundo 
visível, ou seja, feita de imagens e sons (mutável, imperfeito 
e transitório), já o mundo inteligível seria o mundo abstrato, 
conceitual e, portanto, daria sentido e existência ao mundo 
visível (imutável, perfeito e eterno). 
O MITO DA CAVERNA
O Mito da Caverna é um diálogo entre Sócrates e Glauco, 
irmão de Platão. Nele, Sócrates apresenta um mundo em 
que as pessoas estão acorrentadas observando ilusões 
como se fossem a realidade.
Sócrates continua sua ilustração e diz que um dos 
prisioneiros foi libertado e, ao voltar e contar para os demais, 
ele foi rechaçado, pois os demais prisioneiros ofuscados 
pela luz optaram por permanecer no mundo das sombras. 
O homem que se liberta é como o fi lósofo: ele vê além 
das aparências. As pessoas comuns não têm muita noção 
da realidade porque se contem em olhar o que está diante 
delas em vez de refl etir profundamente sobre as coisas. 
Contudo, as aparências são enganosas. O que veem são 
sombras, não a realidade.
WARBURTON, N. Uma breve história da filosofia. Porto Alegre: L&PM, 2015. p. 6.
Conforme apontado por Warburton, Platão defendia que 
o prisioneiro que saiu da caverna foi o fi lósofo, pois entendeu 
que o conhecimento adquirido pelos sentidos não seria real, 
mas uma doxa (opinião) e, portanto, precisaria buscar por 
meio da razão a episteme (conhecimento verdadeiro).
4
2. ANTIGA | 2.2 CLÁSSICA
POLÍTICA
No livro A República, Platão descreve uma sociedade 
perfeita. Nela, os fi lósofos ocupariam o posto mais alto da 
sociedade e, também, governariam os cidadãos. Abaixo 
estavam os soldados, cuja fi nalidade era defender o país. 
Na base da sociedade, estariam os trabalhadores. 
“[...] Teoria da Reminiscência. De acordo com 
esta teoria, a alma – ainda desencarnada em um 
estágio anterior – foi capaz de percorrer os céus em 
contemplação das Ideias eternas. Ao cair na terra para 
nascer em forma humana, consumou-se, então, um 
esquecimento temporário dessa contemplação. Ainda 
assim, traços de memória permanecem no espírito, e 
tal contemplação poderia, segundo esta teoria, ser 
relembrada (anamnêsis) por uma análise adequada e 
pelo questionamento dos dados da experiência. Para 
Platão, ‘aprender é relembrar’”.
TOURINHO, Carlos D. C. Saber-fazer filosofia: da antiguidade à 
Idade Média. São Paulo: Ideias e Letras, 2010. p. 89-90.
ARISTÓTELES
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Fonte: Domínio Público
Aristóteles nasceu na Macedônia em 384 a.C., estudou 
com Platão e foi preceptor de Alexandre, o Grande.
Apesar de ter sido discípulo de Platão, Aristóteles rejeitou 
a “Teoria das Formas” desenvolvida pelo seu mestre, pois 
acreditava que a maneira de entender qualquer categoria 
geral era examinando seus exemplares particulares. 
Aristóteles é considerado fundador da Lógica Clássica. 
Para ele, a lógica nos capacita a descobrir erros e 
estabelecer verdades. Ele foi o formulador do Silogismo. 
Desta forma, por estabelecer as regras do raciocínio correto, 
a lógica serve de orientação para as demais ciências.
Silogismo: é um tipo de raciocino em que 
a conclusão pode ser deduzida com base em 
premissas e suposições específi cas. 
Ex.:
Todas as pessoas gregas são humanas
Todos os humanos são mortais
Logo, todos os gregos são mortais.
METAFÍSICA
Aristóteles acreditava que o mundo era feito de 
substâncias que podiam ser tanto forma quanto matéria ou 
ambos e que a inteligibilidade estava presente em todas as 
coisas e em todos os seres. Sendo assim, para ele, a matéria 
é o princípio de individualização e a forma a maneira como, 
em cada indivíduo, a matéria se organiza. 
Aristóteles propõe ainda quatro distinções adicionais 
acerca do “ser”, em seu livro “Metafísica”: Essência e 
Acidente; Necessidade e Contingência; Ato e Potência; 
Causas do Ser. 
I. Essência e Acidente: 
A essência é aquilo que faz uma coisa ser o que é. Já o 
acidente, refere-se às mudanças sofridas pelo ser sem 
que isso afete sua natureza essencial. Exemplo: Sócrates 
é um ser humano, o que designa sua essência, Sócrates 
é calvo, a calvície não altera a natureza essencial de 
Sócrates.
II. Necessidade e Acidente:
Necessidade seria a essencial, pois sem elas as coisas 
não seriam o que são, ou seja, as características 
essenciais são necessárias. Contingentes são 
características não essenciais do ser, ou seja, os 
acidentes. 
III. Ato e Potencia:
Ato é a forma do que a substancia expressa, mediante 
uma dada organização da matéria, naquele exato 
momento. Potência diz respeito ao conjunto de formas 
possíveis que a coisa poderá atualizar, ainda que não 
tenha até o presente momento atualizado. Exemplo: Uma 
semente é semente em ato e uma árvore em potencial. 
Já a árvore é arvore em ato e lenha em potencial.
Semente
Árvore
IV. Quatro causas dos seres:
a) Causa material: explica do que algo é feito;
b) Causa formal: explica qual forma algo assume;
c) Causa efi ciente: explica o processo de como algo vem 
a ser;
d) Causa fi nal: explica o propósito a que algo serve.
5
2. ANTIGA | 2.2 CLÁSSICA
POLÍTICA
Animal Político Não alimente. Fonte: LAERTE. Classificados. São Paulo: Devir, 
2001. p. 25
Para Aristóteles, “o homem é um animal político”, ou seja, 
a política nasceu de uma necessidade natural do homem 
que é inclinado por sua natureza à vida em comunidade. 
Desta forma, para ele, a ideia de viver em sociedade é uma 
condição essencial para o homem.
Aristóteles entendia que a política tinha por fi nalidade 
o “bem comum” e os governantes deveriam possuir 
qualidades excepcionais. Sendo assim, para ele, o bom 
governante seria aquele que governava para todos e não 
para uma minoria privilegiada socialmente nem para uma 
maioria marcada pela exclusão e pela exploração.
Pensando assim, ele apontou três formas justas de 
governo:
Monarquia Governo de uma só pessoa
Aristocracia Governo de um grupo de pessoas.
Politeia Governo de todos.
ÉTICA
QUINO, J. S. L. Toda Mafalda: da primeira à última tira. São Paulo: Martins 
Fontes, 2003. p.217.
Aristóteles acreditava que a felicidade (eudaimonia) era 
o bem supremo e o fi m perseguido por todos. Sendo assim, 
a virtude seria o meio utilizado pelas pessoas para atingir 
a felicidade. E a virtude exige simultaneamente escolha e 
hábito.
Para ele, uma escolha virtuosa seria o meio-termo entre 
dois eixos. Entretanto, para que um indivíduo atinja um 
nível elevado de virtude seria necessário um ambiente 
adequado, o que exige um governo adequado. Portanto, 
para esse pensador, ética e política andariam lado a lado 
e seriam ferramentas para atingir a felicidade/bem comum. 
ORIENTADA
QUESTÃO 02 RES
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(UECE) Leia atentamente os trechos a seguir, que são 
fragmentos das análises de Platão e Aristóteles sobre os 
sistemas de governo – suas opiniões sobre a democracia:
“A democracia se divide em várias espécies. Nas cidades 
que se tornaram maiores ela exibe a igualdade absoluta, a 
lei coloca os pobres no mesmo nível que os ricos e pretende 
que uns não tenham mais direitos do que os outros. O 
Estado cai no domínio da multidão indigente. Tal gentalha 
desconhece que a lei governa, mas onde as leis não têm 
força pululam os demagogos”.ARISTÓTELES. A política. Trad. Roberto L. F. São Paulo: Martins Fontes, 1998. .
“A passagem da democracia para a tirania não se fará da 
mesma forma que a da oligarquia para a democracia? Do 
desejo insaciável de riquezas? De tão-somente ganhar 
dinheiro, proveio a ruína da oligarquia. E o que destruiu a 
democracia, não foi a avidez do bem que ela a si mesma 
propusera? Qual foi o bem a que ela se propôs? – A 
liberdade. Da extrema liberdade nasce a mais completa e 
selvagem servidão”.
PLATÃO: as grandes obras. A república. Livro VIII. Tradução Carlos A. Nunes, 
Maria L. Souza, A. M. Santos. Edição do Kindle, 2019. Adaptado.
Considerando o trecho acima, e o pensamento político dos 
dois fi lósofos da antiguidade, atente para o que se diz a seguir 
e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Para Platão, a melhor forma de governança era a 
aristocracia, na qual os melhores, por serem mais 
sábios, deveriam governar; entretanto, esta poderia se 
corromper e tornar-se uma timocracia.
( ) Aristóteles considerava a monarquia a pior das formas 
de governo. O governo de um só seria errado por 
corromper a natureza política dos indivíduos, um desvio 
para o governante.
( ) Diferente de Platão, Aristóteles entendia que a 
democracia era a melhor forma de governo, desde 
que não se corrompesse e se transformasse em uma 
demagogia.
( ) Tanto Platão como Aristóteles buscaram estabelecer, 
cada um a seu modo, os parâmetros de um bom e justo 
governo. Nenhum deles, entretanto, tinha admiração 
pela democracia, sobretudo em seu formato puro.
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
6
2. ANTIGA | 2.2 CLÁSSICA
A V, F, V, F. 
B V, F, F, V. 
C F, V, F, V. 
D F, V, V, F. 
ORIENTADA
QUESTÃO 03 RES
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(UNIOESTE) “Então, considera o que segue (...). O que me 
parece é que, se existe algo belo além do Belo em si, só 
poderá ser belo por participar desse Belo em si. O mesmo 
admito de tudo mais. Admites essa espécie de causa?”
PLATÃO, Fédon, 100 c. Belém: Ed. UFPA, 2011.
Sobre o excerto acima, considere as seguintes afi rmações:
I. A hipótese platônica das Ideias (ou hipótese das Formas) 
compreende a Ideia como causa do ser das coisas.
II. “Participação” é o modo pelo qual a Ideia dá causa às coisas.
III. O Belo corresponde à Forma; a coisa bela é a Ideia.
IV. A teoria ou hipótese das Ideias distingue entre 
entidades supratemporais que são em si mesmas, 
frente a entidades que não são por si mesmas e estão 
submetidas ao devir. As primeiras são causa do ser das 
últimas.
Sobre as afi rmações acima, assinale a alternativa CORRETA. 
A Somente uma está incorreta. 
B Somente uma está correta. 
C Duas estão corretas e duas estão incorretas. 
D Todas estão corretas. 
E Todas estão incorretas. 
ORIENTADA
QUESTÃO 04 RES
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(UECE) “O silogismo é uma locução em que uma vez certas 
suposições sejam feitas, alguma coisa distinta delas se segue 
necessariamente devido à mera presença das suposições 
como tais. Por ‘devido à mera presença das suposições como 
tais’ entendo que é por causa delas que resulta a conclusão, 
e por isso quero dizer que não há necessidade de qualquer 
termo adicional para tornar a conclusão necessária” 
ARISTÓTELES. Órganon: Categorias, Da interpretação, Analíticos anteriores, 
Analíticos posteriores, Tópicos, Refutações sofísticas. Bauru, SP: EDIPRO, 2010, p. 111. 
Considerando o enunciado acima, constante no livro I dos 
Analíticos anteriores, atente para o que se afi rma a seguir, e 
assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Trata-se da defi nição de silogismo, termo fi losófi co com 
o qual Aristóteles designou a conclusão deduzida de 
premissas, a argumentação lógica perfeita.
( ) Expõe as bases do argumento indutivo com três 
proposições declarativas (duas premissas e uma 
conclusão) que se conectam de tal modo que, a partir 
de premissas, é possível induzir uma conclusão.
( ) Expressa a importância dada por Aristóteles à correção 
lógica do raciocínio empregado na construção do 
conhecimento do Ser das coisas.
( ) O silogismo não trata do conteúdo do que se afi rma, 
mas permite se chegar a conclusões verdadeiras, desde 
que baseadas em princípios gerais verdadeiros.
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
A F, F, V, F. 
B F, V, F, V. 
C V, V, F, F. 
D V, F, V, V. 
ORIENTADA
QUESTÃO 05 RES
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(UECE) Observe a seguinte frase atribuída a Otto Von 
Bismarck, estadista e diplomata alemão do século XIX: 
“Os tolos dizem que aprendem com os seus próprios erros; 
eu prefi ro aprender com os erros dos outros”. 
Tendo como base a defi nição estabelecida por Aristóteles, 
em sua Metafísica, sobre os graduais níveis de conhecimento 
(sentidos, memória, experiência e ciência), é correto dizer 
que a frase acima, proferida pelo líder Prussiano, da 
República de Weimar, representa 
A a demonstração do conhecimento que é dado pelos 
sentidos, pois Bismarck revela ter sensibilidade para 
perceber como agir a partir dos erros alheios. 
B o conhecimento propiciado pela memória quando o 
líder alemão demonstra decidir suas ações a partir da 
lembrança do que fi zeram de errado os seus interlocutores. 
C o conhecimento da experiência de um político de anos 
de atuação, que jamais agiu sem aguardar a ação de 
seus opositores. 
D um saber no nível da ciência, mais precisamente, de 
uma das ciências práticas, a política: um saber de 
caráter universal, obtido a partir das várias experiências 
singulares. 
ORIENTADA
QUESTÃO 06 RES
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(UNIOESTE) Leia os dois trechos a seguir.
“(...) a imaginação é algo diverso tanto da percepção sensível 
quanto do raciocínio (...) imaginação será o movimento 
que ocorre pela atividade da percepção sensível. (...) E 
porque [as imagens produzidas passivamente a partir 
da percepção sensível] perduram e são semelhantes às 
percepções sensíveis, os animais fazem muitas coisas com 
elas: (...) como os homens, por terem o intelecto algumas 
vezes obscurecido pela doença ou pelo sono.”
ARISTÓTELES, De Anima. Trad.: Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: 
7
2. ANTIGA | 2.2 CLÁSSICA
“(...) em geral, a palavra imagem está cheia de confusão 
na obra dos psicólogos: veem-se imagens, reproduzem-
se imagens, guardam-se imagens na memória. A imagem 
é tudo, exceto um produto direto da imaginação. Na obra 
de Bergson Matéria e Memória, em que a noção de imagem 
tem uma grande extensão, uma única referência (p. 198) é 
dedicada à imaginação produtora. Essa produção fica 
sendo então uma atividade de liberdade menor, que quase 
não tem relação com os grandes atos livres, trazidos à 
luz pela filosofia bergsoniana. (...) Propomos, ao contrário, 
que se considere a imaginação como um poder maior da 
natureza humana. Certamente não adianta nada dizer 
que a imaginação é a faculdade de produzir imagens. 
Mas essa tautologia tem ao menos o interesse de deter as 
assimilações das imagens às lembranças.”
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Trad.: A.C. Leal; Lídia Leal. 
Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
Segundo os trechos de Aristóteles e de Bachelard, acima, é 
CORRETO dizer que: 
A Aristóteles e Bachelard coincidem na avaliação da 
imaginação passiva e na avaliação da imaginação 
produtiva. 
B Aristóteles afirma que os seres humanos se valem da 
imaginação somente quando privados da intelecção. 
Essa mesma tese é partilhada, mais de dois mil anos 
depois, por Bachelard, que critica a subordinação 
da imaginação à memória, como era frequente para 
a psicologia de sua época e observado mesmo em 
Bergson. 
C em Aristóteles, a imaginação é uma mudança provocada 
pela percepção sensível de algo, mas essa mudança 
não é ainda o raciocínio. Somente aquele que dorme ou 
está doente recorre à imaginação para compreender a 
realidade. Gaston Bachelard, contrariamente, advoga 
uma imaginação produtiva, de poder tão grande quanto 
a memória ou quanto a razão nanatureza humana. 
D no passado clássico grego, a imaginação era objeto 
de defesa dos filósofos, pois as divindades eram todas 
imaginárias; por isso Aristóteles, para denunciar esse 
traço, estuda a imaginação ao lado da percepção 
(dependendo dela) e do raciocínio (menor que ele). 
A razão, assim, supera o mito. Já o pensador francês 
contemporâneo Gaston Bachelard põe a imaginação 
produtiva acima de todas as faculdades humanas e, 
com isso, abre as portas a um novo misticismo religioso. 
E as teses de Aristóteles e de Bachelard divergem quanto 
à imaginação passiva, dependente da percepção 
e subordinada à razão, mas convergem quanto à 
imaginação produtiva, autônoma em relação à 
percepção sensível. 
GABARITO 
QUESTÕES ORIENTADAS
01 D 02 B 03 A
04 D 05 D 06 C
Acertos Erros Rendimento %
TOTAL DE ACERTOS
Total 
Questões 19
Total 
Acertos Rendimento %

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