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GEOGRAFIA ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ORIGENS DO UNIVERSO Concepções sobre a origem Criacionista: poderes sobrenaturais, quase sempre atribuídos às entidades divinas, deram origem ao cosmos. Científica: a ciência utiliza observações, hipóteses e experimentos para formular teorias para explicar a origem, evolução e funcionamento do Universo. Teorias sobre a origem As teorias a seguir são baseadas no método científico, já que a Geografia é uma ciência, e usa esse método: Universo em expansão A Via Láctea não é a única: existem bilhões de galáxias, que se movem e se afastam umas das outras, em diferentes velocidades, direções e sentidos. Edwin Hubble foi o pioneiro dessas descobertas. Analisando os estudos de Hubble, Georges Lemaître propôs a hipótese do átomo primordial. Universo estacionário O Universo expande-se e, nos espaços crescentes entre as galáxias, mais matéria se forma para dar origem a nova matéria, mantendo a densidade do cosmos. Teoria questionada por boa parte da comunidade científica. Universo pulsante Expansão e contração contínua do Universo, que aconteceriam infinitamente no tempo. Para isso, deve haver um limite de crescimento para que haja uma implosão (“Big Crunch”,ou “Grande Implosão”). Big Bang George Gamow estudou os modelos de um Universo primordial desenvolvidos por Lemaître e Alexander Friedmann para propor que, em algum momento do Tempo, um Universo infinitamente pequeno e quente, entrou em colapso e se expandiu, dando origem à matéria e à energia como conhecemos. AULA 2 – UNIVERSO: ESCALAS E MAGNITUDES O que é o Universo? A ideia de Universo envolve tudo o que existe no espaço e no tempo, ou seja, a matéria e a energia, que estão sustentadas por leis físicas e constantes universais comuns. Por ser uma visão científica, os modelos de Universo têm sofrido constates transformações, que nos levam a ampliar o horizonte de tudo o que conhecemos a cada dia. Do micro ao macro (e vice-versa) O tamanho das coisas no Universo envolve diferentes grandezas: são 42 ordens de magnitude conhecidas (usando a unidade de medida metro como referência) – ainda sim sem considerar teorias como a da existência de multiversos ou a espuma quântica, por exemplo. Elemento Diâmetro aproximado ou estimado Quark 10-16 m Próton 10-15 m Átomo de carbono 10-10 m Cromossomo humano X 10-7 m Célula humana 10-5 m Fio de cabelo 10-4 m Pessoa (altura média) 1,70 m Distrito Federal 103.000 m Brasil 4,32 x 106m Terra 1,27 x 107 m Sistema Solar 2 x 1016 m Via Láctea 1,2 x 1021 m http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Superaglomerado de Peixes-Baleia 1025 m Universo 9,3 x 1026 m Para analisar fenômenos e dados que envolvam escalas de grandeza, é importante saber lidar com análise dimensional e notação científica, pois são conceitos matemáticos utilizados não apenas nas geociências, mas em diferentes áreas do conhecimento (física, química e biologia, por exemplo). AULA 3 – O SISTEMA SOLAR No Braço de Órion Nós e todos os outros corpos celestes que fazem parte do Sistema Solar estamos no chamado Braço de Órion, um conjunto de aglomerados de estrelas e nebulosas na borda externa da Via Láctea. Esfera de plasma O sol é a única estrela e o corpo mais massivo de nosso sistema planetário. Formada por gases (92,1% de hidrogênio e 7,8% de hélio) e traços de outros elementos químicos (O, NI, Fe, Si, S, Mg, Ca, Cr, Ne), libera energia através da fusão nuclear do hidrogênio no núcleo solar. A estrela possui um diâmetro de mais de 100 mil km (mais de 100 vezes o terrestre) e volume mais de um milhão de vezes maior que o da Terra. É a principal fonte de energia, fundamental para a vida do planeta: em um segundo, a Terra recebe cerca de 50 PW (petawatts, ou 5 x 1016 W), mais de vinte mil vezes toda a energia produzida pelos seres humanos em um ano. Planetas rochosos e gasosos Exemplos Planetas telúricos ou rochosos Formados por superfície rochosa e interior com material magmático, são mais densos e, por isso, ficam mais próximos do Sol. Em comparação com os planetas gasosos, são menores e a força gravitacional é menor (na Terra, a força gravitacional é de 9,8m/s², maior que nos outros planetas rochosos). Planetas gasosos São planetas formados por gases e partículas de materiais sólidos em suspensão, não possuindo uma superfície sólida como os planetas telúricos. Em profundidades maiores, os gases tornam-se cada vez mais densos e podem tornar-se líquidos, metais e até rochosos nos núcleos. Estão mais distantes do Sol e possuem maiores dimensões do que os planetas telúricos. Outros elementos do Solar Devido à força gravitacional exercida pelo Sol, outros corpos executam diferentes órbitas e estão sob a influência da estrela: o Asteroides e meteoroides: são corpos rochosos, fragmentos da formação do Sistema Solar. O cinturão de asteroides concentra a maior parte dos asteroides. Os meteoroides também são fragmentos da formação do Sistema Solar, mas são menores que os asteroides. o Meteoros e meteoritos: meteoros que, em contato com a alta atmosfera da Terra, se aquecem pelo atrito com o ar. Quando atingem o solo, são chamados meteoritos. o Cinturão de Kuiper: inúmeros corpos rochosos que contêm água congelada, amônia e metano, de tamanhos variados. Estão distantes do Sol (além da órbita de Netuno, a 4,5 bilhões de quilômetros do centro solar). o Nuvem de Oort: região mais externa do Sistema Solar, a cerca de um ano-luz de distância (9,46 trilhões de quilômetros). Ainda não foi observada diretamente, mas acredita-se que seja formada por um número infinitesimal de corpos como os do Cinturão de Kuiper. http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 AULA 4 – MOVIMENTOS DA TERRA No entanto, ela se move! A frase que, segundo a lenda, teria sido dita por Galileo Galilei porque não aceitava a visão da Igreja Católica de que a Terra era o centro do Universo, serve para entendermos que não apenas o planeta, mas toda a matéria e a energia do Universo não são estáticas, mesmo que não possamos perceber. Rotação, translação e outros movimentos O planeta Terra realiza vários movimentos, muitos deles pouco conhecidos por não provocarem interferências diretas de curto prazo. Os mais conhecidos: Rotação: em torno de um eixo imaginário do próprio planeta, com duração aproximada de 23h56min04s. Fonte: Centro de Divulgação da Astronomia, Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f23.jpg>. Translação: movimento da Terra em torno do Sol, através de uma órbita aproximadamente elíptica. Tem duração de 365d05h48min46s. Fonte: Centro de Divulgação da Astronomia, Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f21.gif>. Outros movimentos: Movimento Características Precessão Movimento da Terra em torno de seu eixo imaginário, parecido com o de um pião. Cada ciclo dura aproximadamente 26 mil anos. Nutação Provoca pequenas oscilações no movimento de precessão. Ocorre por causa da interação gravitacional entre a Terra e a Lua. Movimento dos pólos Oscilações nos pólos magnéticos da Terra. Ocorre por causa das mudanças no seu eixo de rotação. Rotação galáctica A Via Láctea gira em torno de seu eixo imaginário, com uma volta completa a cada 250 milhões de anos. AULA 5 – ESTAÇÕES DO ANO Por que existem? A ocorrência de diferentesestações é resultado do movimento de translação da Terra em torno do Sol e das mudanças na inclinação do planeta em relação a essa estrela. Solstícios e equinócios São momentos de máxima, mínima e similar distribuição da luz solar sobre a Terra, em épocas específicas do ano. Solstício: maior desigualdade de luz solar, entre dias e noites e entre norte e sul. Ocorre nos meses de junho e dezembro, variando de dia conforme o ano. Equinócio: maior igualdade de luz solar, entre dias e noites e entre norte e sul. Ocorre nos meses de março e setembro, variando de dia conforme o ano. http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 Afélio: época do ano na qual a Terra está mais afastada do Sol (cerca de 152 milhões de km). Periélio: época do ano na qual a Terra está mais próxima do Sol (cerca de 148 milhões de km). Afélio e periélio, com afastamento e aproximação extrapolados para fins didáticos. Fonte: <http://www.if.ufrgs.br/cref/camiladebom/Img/k2.jpg>. AULA 6 – A LUA, NOSSO SATÉLITE NATURAL Ao nosso lado A Lua é um satélite natural e o corpo celeste, em órbita frequente e de grandes dimensões, mais próximo da Terra. Distância: 384.000km da Terra. Raio: 1737 km (cerca de 1/4 menor que o da Terra). Temperaturas: 125 ºC (máxima); -235 ºC (mínima). Origem A teoria mais aceita é a da origem a partir de uma colisão de outro objeto planetesimal com nosso planeta. As fases da Lua Cada fase dura cerca de sete dias, até completar um ciclo (aproximadamente 28 dias). Fonte: Centro de Divulgação da Astronomia, Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). Disponível em: <http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo- basico/fases-lunares/faslun_01.gif>. AULA 7 – INFLUÊNCIAS LUNARES: ECLIPSES E MARÉS Interações Influências mútuas que podemos observar ou perceber. Campo gravitacional: corpos massivos, que exercem interferências derivadas da interação gravitacional, além de possuírem campos magnéticos distintos. História geológica: a Lua e Terra podem ter se formado há aproximadamente 4,1 bilhões de anos. (o choque entre o protoplaneta Theia e a Terra, dando origem à Lua, por exemplo), embora com resultados diferentes. Distância Lua-Terra-Sol: a distância entre a Terra e a Lua (~385.000km), bem como entre a Terra e o Sol (~1,5x108 km), é capaz de influenciar fenômenos decorrentes dessas interações. Resultados Os resultados incorrem em eclipses solares e lunares. Eclipse lunar: quando a Terra encobre a incidência de luz solar sobre a Lua. Eclipse solar: quando a Lua se coloca em uma posição entre o Sol e a Terra, projetando uma sobra (total ou parcial) sobre nosso planeta. http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Umbra e penumbra Os eclipses nem sempre são totais, pois o bloqueio da passagem de luz solar pode ser variável, gerando áreas de maior (umbra) ou menor escuridão (penumbra). Marés Alguns efeitos percebidos na Terra, como as variações no nível das águas, por exemplo, ocorrem por conta das interações (a gravitacional sendo a mais importante) entre o nosso planeta, o Sol e a Lua, outros dois corpos massivos de nossa vizinhança cósmica. Influências de fenômenos externos (gravitação, por exemplo). Termos comuns Sizígia Quando há o alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua, que produz como efeito as marés mais altas. Quadratura Quando o alinhamento, em fases de Quarto Minguante e Quarto Crescente, produz como efeito marés mais baixas. Maré vazante A altura da maré diminui, entre preamar e baixa-mar. Maré enchente A altura da maré aumenta, entre baixa-mar e preamar. Preamar O mesmo que maré alta (o nível mais alto de uma maré enchente). Baixa-mar O mesmo que maré baixa (o nível mais baixo de uma maré vazante). AULA 8 – INFLUÊNCIAS SOLARES Corpo de plasma O Sol, assim como as inúmeras estrelas no Universo, realiza reações de fusão nuclear que liberam grandes quantidades de energia e reações atômicas que contribuem, inclusive, para a formação de novos elementos químicos na natureza. Distância: cerca de 150 milhões de km da Terra. Raio: 695.500 km (cerca de 109 vezes a da Terra). Massa: 1,98 x 10^30 kg. Temperatura: cerca de 5.500 ºC na superfície e 1,56 x 10^7 ºC no núcleo. Fenômenos solares Campo magnético. Vento solar. Fonte de energia Em 1s, a energia emitida através das reações solares (50 milhões de GW, ou 1.300 W/m²) poderiam cobrir a demanda energética humana por cerca de um milhão de anos. http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 6 Eclipses solares Fonte: Portal do Professor. Disponível em: <http://eclipsesdosol.pbworks.com/f/732px-Esquema_eclipse_solar_anular.png>. Eclipses lunares Fonte: <http://www.apotec.net/blog/wp-content/uploads/eclipse-lunar.jpg>. AULA 9 – ECLIPSES Quando a luz não passa Os eclipses solares, de forma similar aos lunares, estão relacionados ao recobrimento total ou parcial da luz solar que chega à Terra. Tipos de eclipses Os eclipses solares podem ser classificados em: http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 7 AULA 10 – O SER HUMANO FORA DA TERRA Olhando para o céu O ser humano sempre observou o céu pensando em respostas sobre sua origem, o porquê de sua existência e qual o nosso lugar em tudo o que existe. A possibilidade de sair da Terra e entender o que nos cerca tem movimentado o imaginário humano de diferentes formas: Pinturas rupestres, geoglifos, monumentos megalíticos. Artes plásticas, literatura, música, cinema. Religião, pensamento científico. Contribuições científicas Diversas civilizações contribuíram para ampliar os horizontes de nosso conhecimento sobre o Universo: Observações: curvatura da Terra, eclipses solares e lunares, medidas de distâncias entre astros, mapas celestes. Teorias sobre os movimentos da Terra, dos planetas do Sistema Solar (Kepler) e o sistema heliocêntrico (Copérnico). Telescópio (século XVII): permitiu observar inúmeros corpos celestes invisíveis a olho nu. Desenvolvimento de mecanismos para propulsão e voo. A corrida espacial Durante a Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética buscaram a superioridade na exploração espacial. 1957: lançamento do satélite Sputnik, pela URSS. 1961: Yuri Gagarin, cosmonauta soviético, primeiro ser humano no espaço. 1966: alunissagem da sonda estadunidense Surveyor 1. 1969: missão Apollo 11, com a chegada dos primeiros astronautas à Lua. 1972: última missão tripulada até à Lua (Apollo 17). Ampliando os horizontes A exploração espacial criou uma série de tecnologias que permitiram ampliar nosso conhecimento sobre a Terra e o Universo: Sondas: veículos espaciais não tripulados, que carregam instrumentos científicos para analisar informações sobre o Universo. Exemplos: as sondas das missões Voyager, Pioneer, New Horizons, Venera e Chang’e. Telescópios espaciais: fora da atmosfera terrestre, podem realizar observações de corpos celestes e fenômenos invisíveis na superfície. Exemplos: o telescópio espacial Hubble. Estações espaciais: permitem realizar experimentos científicos e testar a sobrevivência humana em longos períodos, preparando-nos para a exploração distante. Exemplos: ISS (International Space Station, ou Estação Espacial Internacional) e a estação soviética MIR. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distânciawww.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ORIGEM E ESTRUTURA DA TERRA Como surgiu? Há várias teorias que relacionam o surgimento da Terra com o do Sistema Solar. As mais importantes e estudadas atualmente: Acreção: é a mais aceita atualmente. A partir da nebulosa solar, nuvens moleculares, através da atração gravitacional exercida pelo Sol, pelos corpos maiores e em função das altas temperaturas começam a se aglutinar e formar planetesimais. Colisão estelar: choque entre o Sol, ainda em formação, com outro corpo estelar, liberando grande quantidade de energia e nuvens moleculares que deram origem à nebulosa solar. Há, ainda, indícios de que a formação do Sistema Solar seria resultado da explosão de uma supernova (explosão de uma estrela) nas redondezas. Captura pela gravidade solar: corpos atraídos pela interação gravitacional solar ou de outros objetos maiores. Estrutura atual Com cerca de 6 sextilhões de quilogramas (~6x1024 kg), a Terra tem superfície de 510 milhões de km². Áreas submersas: 361 milhões de km² cobertas por água. Áreas emersas: 148 milhões de km² acima da água. Modelo estático: baseado na composição geoquímica dos materiais. Fonte: Blog Prof. Alexei Nowatzki. Disponível em: <http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/geologia/estruturas-da-terra/>. Modelo dinâmico: baseado no comportamento geofísico dos materiais. Fonte: Blog Prof. Alexei Nowatzki. Disponível em: <http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/geologia/estruturas-da-terra/>. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 2 – A TERRA E AS DIFERENTES ESFERAS A Terra como um sistema 'Como o planeta atual é o resultado de muitas interações, mudanças e trocas de matéria e energia ao longo de sua história geológica e cósmica, é necessário compreender a Terra como um sistema dinâmico. Costuma-se atribuir os termos Ciência do Sistema Terra ou Ciências da Terra à(s) área(s) de estudo do comportamento da Terra, sua origem, evolução e estruturas. Fonte: Atlas ambiental da Bacia do Rio Corumbataí. Disponível em: <http://ceapla2.rc.unesp.br/atlas/cartilha_ambsociedade.php>. AULA 3 – ORIGEM DOS MOVIMENTOS INTERNOS DA TERRA Geodinâmica A geodinâmica trata das constantes transformações derivadas das trocas de matéria e energia na Terra, entendida como um sistema dinâmico. Geodinâmica externa: chuvas, Sol, formas de vida, alterações nas rochas (intemperismo físico e intemperismo químico). Geodinâmica interna: vulcões, abalos sísmicos, movimentos nas placas tectônicas. A geodinâmica interna O planeta possui processos internos derivados da alta pressão, das altas temperaturas, da interação gravitacional e do decaimento de partículas, que liberam energia (geotérmica). Magma: material pastoso, formado por rocha fundida em altas temperaturas (pode chegar a mais de 1500 ºC. Quando extravasado para a superfície, é chamado de lava. Convecção: movimento de correntes que transportam calor do interior da Terra para a superfície. Podem ser ascendentes ou descendentes. Fonte: <http://www.apolo11.com/imagens/2011/esquema_correntes_convectivas.jpg>. AULA 4 – MOVIMENTOS INTERNOS: DERIVA DOS CONTINENTES Formação A teoria do movimento de deriva continental foi proposta por Alfred Wegener (1880-1930), ao perceber o afastamento da Groenlândia em à Europa (1,5 km em poucos anos). Além disso, também estudou outros processos de afastamento e aproximação. Evidências Utilizando cartas náuticas, topográficas e outros métodos de pesquisa, Wegener observou algumas pistas: Silhuetas dos continentes. Formações geológicas e materiais semelhantes. Paleoclimas (climas do passado). Movimento de deriva dos polos. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 AULA 5 – MOVIMENTOS INTERNOS: PLACAS TECTÔNICAS (PARTE I) Quebra-cabeça A partir da teoria da tectônica de placas, foi possível chegar à hipótese de que as formas dos continentes e oceanos do planeta modificam-se ao longo do tempo. Espessura: entre 70 e 150 km na litosfera. Deslocamento médio: entre 1 e 20 cm/ano. Evidências Magnetismo. Deriva polar. Fundo oceânico. Estrutura Fonte: <http://wikiescolar.blogspot.com.br/2013_09_01_archive.html>. Fonte: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/34/Placas_tect2_pt_BR.s vg/360px-Placas_tect2_pt_BR.svg.png>. AULA 6 – MOVIMENTOS INTERNOS: PLACAS TECTÔNICAS (PARTE II) O que as movimenta? O interior da Terra possui camadas de materiais com composição geoquímica e propriedades geofísicas (pressão, temperatura, volume) muito diferentes. Correntes de convecção: em função das diferenças de temperatura, pressão e volume, faz o magma movimentar-se de forma ascendente ou descendente. Arrasto das placas: faz com que as áreas de subducção arrastem materiais para baixo nas fossas oceânicas. Empuxo das placas: através da interação gravitacional. Expansão ou retração oceânica Expansão/abertura Fonte: <http://ufrr.br/lapa/images/Menu_Geologia/Figura%2017.png>. Subducção/afundamento Fonte: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/27/Subduction.svg/2000p x-Subduction.svg.png>. Limites entre placas tectônicas Fonte: <http://ufrr.br/lapa/images/Menu_Geologia/Figura%2014.png>. Consequências Abalos sísmicos. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 Vulcanismo. Formação de relevo. AULA 7 – MOVIMENTOS INTERNOS: FORMAÇÃO DE RELEVO Como se forma? As formas de relevo, estudadas pela geomorfologia, são o resultado de fatores externos (geodinâmica externa) e fatores internos (geodinâmica interna). Agentes modeladores internos Compressão. Distensão. Fricção. Oceanos que abrem e fecham Os movimentos de abertura e fechamento de bacias oceânicas obedece ao chamado Ciclo de Wilson. Formação de montanhas Além de fatores da geodinâmica externa, também há fatores geodinâmicos internos. Orogênese: a partir da tectônica de placas. Epirogênese: vertical, a partir de movimentos de choque entre massas continentais. Forças da dinâmica terrestre Hipótese convectiva. Forças nos limites entre placas. AULA 8 – FORMAÇÃO DE RELEVO: AGENTES EXERNOS Geodinâmica externa A geodinâmica externa e as formas de relevo resultantes são o resultado de alguns fatores. Fatores litológicos. Fatores estruturais Fatores climáticos Fatores dinâmicos (seres humanos, por exemplo). Intemperismo e processos modeladores Intemperismo físico: agentes mecânicos, como os ventos, a radiação solar, a interação gravitacional. Intemperismo químico: água, ligações químicas, interações químicas entre elementos da biosfera e a litosfera. Processos modeladores: erosão, sedimentação e transporte. AULA 9 – TIPOS DE ROCHAS O que são rochas? A formação dos diferentes tipos de rochas que compõem a geosfera terrestre possui alguns princípios que permitem classifica-las. Não-minerais Produtos de origem orgânica (restos de seres vivos/material biogênico). Minerais Elementos químicos agregados e associados a estruturas geométricas cristalinas. Agregados Fragmentos formados por materiais e minerais com diferentes elementos químicos. Rochas São resultantes dos agregados de minerais. Os tipos de rocha também estão associados à características estruturais: Mineralogia: estrutura (arranjo molecular) e proporção dos minerais que existem em uma rocha. Textura: as formas e os tamanhos dos cristais que compõem os minerais. Ciclo das rochas: processos de transformação dos diferentes tipos de rocha ao longo da história geológica terrestre. Ciclo das rochas http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Os efeitos da geodinâmica e as interações entre a geosfera e as outras esferas do sistema Terra contribuem para produzir modificações constantes nas rochas. Essas mudanças podem ocorrer tanto a partir de elementos externos (intemperismo e erosão, por exemplo), quanto por contatos com as camadas internas de rochas (compressão, transformações químicas e contato com o magma, por exemplo). Fonte:<http://3.bp.blogspot.com/-wmky- P0Dx5A/ToGfAOIJ5xI/AAAAAAAAABI/6KvyQx1SBVA/s1600/Ciclo+das+Rochas+1. jpg>. Os tipos de rochas Tipos Subtipos Sedimentares: formadas a partir da desagregação e deposição de rochas superficiais. A compressão e a compactação de camadas de sedimentos contribuem para a litificação, dando origem a esses tipos de rochas. Clásticas/detríticas: fragmentos/detritos de outras rochas anteriores. Químicas/bioquímicas: formadas por processos químicos ou bioquímicos (água com sais, por exemplo, pode evaporar e deixar esses sais acumulados nos sedimentos). Metamórficas: formadas por conta de pressões e temperaturas elevadas nas camadas internas da geosfera, especialmente por causa de compressão. Foliadas: formando folhas/camadas. Muito comum em mecanismos de metamorfismo regional. Não-foliadas Ígneas/magmáticas: originadas a partir do resfriamento do magma. Intrusivas: não atingem a superfície, ficando confinadas, após um resfriamento mais lento que as rochas extrusivas. Extrusivas: solidificadas na superfície, com texturas mais finas ou mesmo vítreas. AULA 10 – INTEMPERISMO E EROSÃO Nada será como antes Os efeitos da geodinâmica e das interações do sistema Terra ao longo do tempo transformam as rochas constantemente, mudando suas características. Intemperismo: o processo de desagregação ou destruição das rochas. Erosão: processos que levam à destruição ou desagregação das rochas. Interferências: alguns fenômenos interferem na desagregação e transformação das rochas. Propriedades da rocha-matriz: diferentes graus de dureza ou suscetibilidade, por exemplo. Clima: variações de chuva, temperatura, pressão do ar e ventos, por exemplo. Solos: são formados como resultado do retrabalho das rochas ao longo do tempo. Geodinâmica interna: vulcanismo e tectonismo, por exemplo. Tempo. Tipos de intemperismo http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 6 Físico Variações térmicas Contração e dilatação mecânica das rochas, em função da amplitude térmica. Fraturas Permitem a acumulação de materiais que podem contribuir para alterações de origem mecânica. Gelo Ao penetrar em fissuras ou falhas, a água congelada também pode, ao formar cristais de gelo, pressionar mecanicamente as rochas (crioturbação). Pressão e esfoliação Desplacamento de rochas, formando, por exemplo, estruturas semelhantes a cascas (esfoliação esferoidal). Cristais Alterações na estrutura dos cristais, principalmente a partir da acomodação. Biosfera Seres vivos também podem participar desse tipo de intemperismo (por exemplo, raízes de árvores, ao crescerem e penetrarem em rochas). Químico Dissolução Rochas que se dissolvem em função da água. Oxidação Participação do O2 e da água, ao penetrarem nas rochas, transportando materiais para camadas mais profundas ou oxidando materiais. Carbonatação Presença de CO2 em reações químicas ajudando a formar outros elementos químicos e minerais. Hidratação Presença de água. Processos bioquímicos Decomposição, formação de fissuras/fraturamentos, acidificação por substâncias, entre outros. Tipos de erosão Pluvial Provocada pela ação das águas precipitadas sobre a superfície (chuvas, granizo ou neve, por exemplo). Fluvial Provocada pela ação dos cursos d’água nas áreas de margem ou próximas. Marinha Ação das águas dos mares e oceanos sobre as áreas litorâneas (variações nos níveis do mar, efeitos das marés, e avanço das águas sobre áreas de costa, por exemplo). Eólica Ação dos ventos, provocando desgaste mecânico. Glacial Ação de geleiras sobre as rochas. Fatores antrópicos O ser humano também provoca alterações significativas nas rochas e ambientes terrestre, muitas vezes em um curto prazo. A velocidade e o grau de transformações do intemperismo e da erosão dependem da interferência de alguns fenômenos, como a duração, a composição da rocha- matriz, a temperatura, a quantidade de chuvas e a topografia. Alguns resultados As transformações das rochas contribuem para alguns efeitos: Movimentos de massa: escorregamentos, corridas de material, deslizamentos, entre outros. Ocorrem naturalmente, mas ações antrópicas têm contribuído para frequentes episódios desse tipo, formando áreas de risco para muitas pessoas que vivem próximas. Formação de solos: o intemperismo e a erosão são fundamentais para formar diferentes tipos de solo. Transporte/sedimentação: a água, o vento ou mesmo a gravidade podem contribuir para que materiais intemperizados sejam transportados e depositados em locais diferentes da origem dos mesmos. AULA 11 – FORMAÇÃO DOS SOLOS Os pisos da superfície Os solos são o resultado de interações entre as diferentes esferas do sistema Terra que desgastam e alteram as rochas. Por isso, possuem diferentes composições químicas e estruturas moleculares. Em função da estrutura dos grãos que formam o solo, ele pode ser classificado em função das concentrações de areia, argila e silte em um dado volume. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 7 Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/2/367525/slides/slide_4.jpg>. Horizontes de solo Fonte: <http://www.dct.uminho.pt/pnpg/gloss/gifs/perfil_ampl.jpg>. AULA 12 – GRUPOS DE SOLOS Porque classificar os solos? A classificação de solos proporciona, além do conhecimento de suas características e das origens, um planejamento adequado para o planejamento do uso, da ocupação ou mesmo dos potenciais socioeconômicos que podem beneficiar a sociedade. Comportamento dos materiais: as características de cada tipo de solo (permeabilidade, textura, tamanho dos grãos) dão pistas sobre as potencialidades e restrições de uma área em função desses solos. Obras de engenharia: importância relacionada ao fato de o solo ser o grande suporte para obras civis. Recursos naturais: o solo como recurso natural, que oferece potenciais para atividades como a agropecuária, silvicultura, entre outras. Estudos ambientais: para determinar potencialidades e limitações no uso dos solos. Como fazer? O estudo e a classificação dos solos variam conforme as necessidades e os objetivos e, por isso, pode ter diferentes abordagens: Geotecnia e engenharia: destinadas a entender o solo como suporte para intervenções ou para o aproveitamento econômico (obras civis, mineração etc.). Pedologia: ciência dos solos, que pode usar diferentes classificações e grupos. Características e horizontes de solo: a classificação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é a mais comum, chamada de SiBCS (Sistema Brasileiro de Classificação de Solos). Existem outros sistemas também consagrados, entre os quais: o Classificação internacional da FAO (órgão da ONU). o Classificação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA Soil Taxonomy). Principais grupos no Brasil LatossolosDesenvolvidos: espessos, profundos e homogêneos, normalmente com divisão clara entre os horizontes. Infiltração: são mais granulares, permitindo a passagem de água. Baixa declividade: em áreas mais planas. Erosão e compactação. Freático profundo. Podzólicos Espessos e desenvolvidos. Heterogêneos: a diferenciação normalmente não é tão clara como nos Latossolos. Erodíveis: presença de argilominerais que permitem maior permeabilidade de água. Vertentes: em áreas de declividades http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 8 mais acentuadas, suscetíveis a processos erosivos. Hidromórficos Umidade: proximidade de cursos d’água, afloramentos ou do freático. Cores claras ou mais acinzentadas: por conta do transporte de minerais pela água. Dificuldades: diferentes tipos de microagregados e saturação de água, tornando-os comumente instáveis. Cambissolos Pouco evoluídos: horizontes mais próximos à rocha sã. Erodíveis. Elevadas declividades: facilitam a desagregação e o transporte de materiais. Litólicos Rasos: ainda mais próximos à rocha sã. Suscetíveis a processos erosivos. Montanhas, serras e escarpas. Uso e ocupação do solo Perfis de alteração e intemperismo: cada perfil tem diferentes tipos de processos erosivos, de acordos com as características dos solos. Aptidões e modos de ocupação: cada região possui potencialidades e restrições em função dos tipos de solos. O planejamento é fundamental para essas definições. Processos erosivos: impactos associados a cada tipo de solo. Impactos ambientais sobre os solos Podzólicos, cambissolos, litólicos: processos erosivos, escorregamentos, mineração. Hidromórficos: inundações, solapamento de margens. Latossolos: compactação, processos erosivos. AULA 13 – A TERRA E O TEMPO GEOLÓGICO O tempo além do tempo Embora, do ponto de vista científico, o tempo seja uma medida de frequência, possui variadas definições, por ser intrínseco à consciência humana, com sua diversidade e complexidade. Nesse sentido, comparações entre o tempo da vida humana, da história da Terra e do Universo podem se tornar também bastante complexas. Tempo cosmológico: decorrente da origem do horizonte cósmico que deu origem ao Universo. Tempo geológico: a partir da formação do planeta Terra. Escalas e magnitudes: lidar com diferentes ordens de grandeza para compreender e comparar as diferentes noções de tempo. Comparações: criação de classificações e escalas para comparar o tempo atual e os eventos ou mudanças no tempo geológico e cósmico. Evidências e técnicas: contribuições e descobertas científicas sobre a história da Terra e do Universo. Calendário cósmico Jan Big-Bang Matéria, energia, formação de elementos químicos. Formação de galáxias Fev Mar Abr Mai 1 Via Láctea Jun Jul Ago Set 9 Sistema Solar 14 Planeta Terra 25 Vida na Terra Out 2 Rochas mais antigas encontradas na Terra 9 Fósseis mais antigos Nov 1 Diferenciação sexual dos seres vivos. 12 Fotossíntese. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 9 15 Eucariontes. Dez 14 Esponjas 18 Vertebrados 24 Pangeia 25 Dinossauros 26 Mamíferos 30 Extinção em massa (~65 Ga) 31 20h10min: surgimento de hominídeos 22h30min: uso de instrumentos 23h52: Homo sapien sapiens 23h56: migrações humanas pelo mundo. Às 23h59 min 11s Última Era do Gelo. 37s Agricultura e assentamentos permanentes. 56s Império romano. 58s Civilização maia, Império Bizantino, Cruzadas. 59s Início da colonização na América. Os últimos 100 anos estão em aproximadamente 0,2s. Elaborado a partir de: SAGAN, Carl. The Dragons of Eden: speculations on the evolution of human intelligence. New York: Ballantine Books, 1978, p. 14-16. Calendário geológico Jan 1 Nebulosa planetária: origem da Terra. Fev 25 Origem da vida: primeiras células. Mar 5 Rochas mais antigas. 21 Algas e estromatólitos (procariontes). Abr 18 Bactérias. Mai Jun Jul 18 Células com núcleo (eucariontes). Ago Set 3 Organismos multicelulares (algas). Out Nov 8 Vermes marinhos e águas-vivas. 14 Fauna de Ediacara. 21 Cordados, peixes Dez 3 Plantas com sementes 5 Primeiros répteis 13 Primeiros dinossauros 14 Primeiros mamíferos 26 Extinções em massa: fim dos sauros No dia 31 de dezembro 17h20min Primeiros hominídeos 23h02min Homo habilis 23h48min Homo sapien sapiens 23h59min O último minuto representa, aproximadamente, os últimos 250 anos. Elaborado a partir de: KENTUCKY GEOLOGICAL SURVEY. The geologic time scale. Lexington: University of Kentucky, 2011. Investigando pistas Os estudos que se debruçam sobre o que pode ter ocorrido estão apoiados por um conjunto de métodos para decifrar as pistas deixadas pelas transformações na história da Terra e do Universo. A estratigrafia (estudo das sequências de rochas) e o decaimento isotópico (a meia- vida dos elementos químicos, com taxas de decaimento de tempos diferentes) estão entre os mais comuns, embora haja outras técnicas. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 10 Fonte: <http://www.netxplica.com/figuras_netxplica/verifica/isotopos.png>. Grandes eventos na história da Terra De maneira geral e resumida, a história do planeta Terra pode ser dividida nos seguintes grandes eventos: Acreção e resfriamento do planeta. Origem e presença de água. Origem e desenvolvimento da vida. Ocorrência de eventos extremos (eras de gelo e Terra bola de neve, por exemplo). Extinções em massa. AULA 14 – PALEONTOLOGIA: A HISTÓRIA DA VIDA NA TERRA Como um campo de estudos das geociências, a paleontologia destina-se a pesquisar e buscar explicações científicas a respeito da vida no passado terrestre, em termos de origem, desenvolvimento e evolução. Para isso, a busca por registros está orientada por alguns métodos, também usados em outros estudos sobre o Sistema Terra: Estratigrafia: estudo das camadas, ou estratos, e sequências de rochas, para compreender a estrutura e o comportamento ao longo do tempo (como surgiram, quais sequências são mais antigas, quanto tempo entre uma e outra etc.). A comparação entre sequências também é importante para essa compreensão. Fósseis: os restos de seres vivos que conseguiram resistir às ações do tempo e permaneceram relativamente coesos são as bases da paleontologia. Datações isotópicas: as concentrações e o decaimento radioativo de alguns elementos químicos também podem indicar a idade de fósseis e sequências estratigráficas (os elementos químicos possuem uma meia-vida, que pode variar). Rochas sedimentares: testemunhos As dificuldades em encontrar fósseis em rochas metamórficas ou ígneas (por conta de condições como temperaturas e pressões elevadas nas camadas mais profundas da geosfera, por exemplo) tornam as rochas sedimentares os grandes recipientes que conservaram os registos de fósseis no planeta. Os testemunhos estudados pela paleontologia respeitam alguns princípios. Superposição Sucessão das camadas de rochas sedimentares: as mais recentes na parte superior e as mais antigas mais interiores. Em geral são horizontais, desde que não tenham ocorrido alterações tectônicas importantes. Horizontalidade Disposição horizontal das camadas. Cronoestratigrafia/sucessão estratigráfica As sequências encontradas funcionam como marcas de uma linha do tempo. Se houver fósseis em um estrato, eles devem ter se formado no mesmo período que as rochas constituintes desses estratos. Além disso, se são encontrados os mesmos fósseis em camadas e lugares diferentes, é possível que tenhamse formado no mesmo período. Atualismo Os mecanismos geodinâmicos do passado seriam os mesmos de hoje (por exemplo, as alterações no nível do mar). Como os paleontólogos trabalham? http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 11 AULA 15 – A Escala de Tempo Geológico (I) Divisões na Escala Superéon Éon Era Período Época ou Série A tabela da Escala de Tempo Geológico Tempo (Ma) ~ 4.567 Superéon: Pré-cambriano Éon: Hadeano Era: Críptico Formação da Terra e da Lua Impacto de Theia ~4.500 Era: Basin Compostos orgânicos ~4.300 Era: Nectárico ~ 4.100 Era: Ímbrico Bombardeamento por meteoros do Sistema Solar interior. ~ 4.000 Éon: Arqueano ~ 3.600 Era: Eoarqueano Procariontes Era: Paleoarquea no Vaalbara ~ 3.200 Era: Mesoarquea no Cianobactérias ~ 2.800 Era: Neoarquean o Glaciação Éon: Proterozoico ~ 2.500 Era: Paleo proterozoico Oxigênio/fotossíntese ~ 2.300 Glaciação huroniana ~ 2.050 Oxigênio Organismos com núcleo celular ~ 1.800 Supercontinente Columbia ~ 1.600 Era: Meso proterozoico Eucariontes ~ 1.400 Plataformas continentais Algas vermelhas Diferenciação sexual Expansão de plataformas ~ 1.000 Era: Neo proterozoico Rodínia ~ 720 Terra “bola de neve” 635 Biota de Ediacara Além das Eras, há os Períodos e Séries ou Épocas, outras subdivisões desse tipo de escala. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 12 AULA 16 – A Escala de Tempo Geológico (II) Superéon: a Comissão Estratigráfica Internacional não definiu outro superéon após o Pré-Cambriano. Todas as eras e períodos a seguir pertencem ao Éon Fanerozoico Tempo (Ma) Era Período ~ 541 Paleozoico Cambriano Explosão cambriana Trilobitas, braquiópodes, esponjas, cordados Gondwana ~ 485,4 Ordoviciano Peixes,corais, algas terrestres Plantas e fungos Idade do gelo ~ 443,8 Siluriano Plantas vasculares Artrópodes Domínio dos trilobites e moluscos ~ 419,2 Devoniano Diversificação de peixes Árvores Plantas c/ sementes Anfíbios Supercontinente Euramerica ~ 358,9 Carbonífero Árvores e bosques de samambaias gigantes Répteis Diversidade marinha ~ 298,9 Permiano Extinção em massa (~ 95%) Pangeia ~ 252,17 Mesozoico Triássico Recolonização Samambaias, gimnospermas, coníferas Répteis, sauros Grandes répteis marinhos Amonites ~ 201,3 Jurássico Dinossauros Primeiras aves Proliferação de mamíferos Gimnospermas Laurásia e Gondwana ~ 145 Cretáceo Grandes sauros Angiospermas Mamíferos Separação do Gondwana Extinção em massa (~75%) ~ 66 Cenozoico Paleógeno Grandes mamíferos Domínio de angiospermas Orogenia do Himalaia Temperaturas moderadas a frias Antártida, idade do gelo Mamíferos modernos Evolução e diversidade de fauna e flora Variações climáticas ~ 23,03 Neógeno Épocas de http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 13 climas mais frios/glaciações Cavalos, mastodontes, gramíneas Climas frios e secos Hominídeos ~ 2,58 Quaternário Glaciações, aquecimentos e oscilações marinhas Extinções (megafauna do Pleistoceno) Homo sapiens Ascensão da humanidade Presente Tecnógeno AULA 17 – GEOMORFOLOGIA: AS FORMAS DE RELEVO Princípios A formação das feições de relevo sofre influência de fenômenos geodinâmicos, como os processos de erosão e sedimentação, o controle estrutural provocado pela geodinâmica interna (orogênese e epirogênese, por exemplo), além dos próprios processos geodinâmicos. Por isso, a análise e a classificação das formas de relevo estão associadas a alguns princípios: Gênese: origem do relevo, em termos de processos geodinâmicos internos e externos. Cronologia: como o relevo evoluiu ou se modificou no tempo. Dinâmica: elementos como o intemperismo, os processos erosivos, entre outros fenômenos que contribuem para modificações do relevo no tempo. Morfometria: altura, amplitude, altitude etc. Morfografia: a classificação do relevo. As formas de relevo Planicies: predominam processos de acumulação (sedimentação). Planaltos: altos, planos a ondulados; predominam processos erosivos. Depressões: podem estar abaixo do nível do mar ou abaixo de outras formações regionais (por exemplo, a Depressão Periférica, abaixo dos níveis altimétricos da Serra do Mar e dos planaltos interiores). Montanhas: feições altas e onduladas; dobramentos/vulcânicas/domos. Chapadas Tabuleiros Colinas Serrras Morros Morrotes Escarpas Terraços http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 14 AULA 18 – ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL No interior de uma placa O Brasil encontra-se no interior da placa tectônica sul- americana. Esse fator tem garantido uma estabilidade à processos geodinâmicos internos, pois o país está relativamente distante de grandes falhamentos ou de áreas de contato tectônico. Estruturas principais O Brasil está sob um conjunto de embasamentos considerados antigos do ponto de vista da história geológica terrestre. Maciços cristalinos/escudos antigos: desgastes de longa duração. o Rochas magmáticas. o Rochas metamórficas Bacias sedimentares: depressões e áreas de sedimentação. Fonte: <http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2013/03/estrutura- geologica-do-brasil-mapa.gif>. AULA 19 – CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO BRASILEIRO Formas de estudo do relevo Pesquisas de campo. Aerofotogrametria. Radares. Imagens de satélite Classificações mais importantes Aroldo de Azevedo (década de 1940). Aziz Ab’Sáber (década de 1960). Jurandyr Ross (década de 1980). Compartimentos Planaltos: predomínio de processos erosivos. Planícies: predomínio de processos de sedimentação. Depressões: entre planícies e planaltos, onde predominam erosão. http://www.stoodi.com.br/ CARTOGRAFIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – MAPAS E CARTAS: UM HISTÓRICO O mundo e a sua representação Os mapas e cartas são formas de representar o espaço real de forma reduzida e fazer o registro das diferentes feições e fenômenos espaciais que se deseja representar. As representações do espaço são o resultado da necessidade de se orientar e reconhecer caminhos. O ser humano já fazia representações e criava referências nas paisagens antes de existirem mapas e cartas (pinturas rupestres e elementos da natureza, por exemplo). Contribuições (algumas) Erastóstenes: calcula da circunferência da Terra. Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Erat%C3%B3stenes#/media/File:Erat%C3%B3stenes- Ptolomeo.png>. Anaximandro: mapa-múndi talhado em uma rocha. Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Anaximandro#/media/File:Anaximander_world_map- pt.svg>. Ptolomeu: coleção de mapas e referências cartográficas (atlas). Navegações e mudança As navegações europeias por todos os mares do planeta permitiram a expansão da cartografia e das tecnologias necessárias para o mapeamento cada vez mais preciso do espaço. Bússola Astrolábio Cartas-portulano Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Portulano#/media/File:JapanesePortolanMap.jpg>. Cartografia A incorporação de métodos e inovações típicas do conhecimento científico, a cartografia torna-se fundamental para as geociências. Projeções Coordenadas geográficas Escala Precisão geodésica http://www.stoodi.com.br/ CARTOGRAFIA Copyright © 2017 Stoodi Ensinoe Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 2 – REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA Fenômenos espaciais Para as geociências, a cartografia é uma das áreas do conhecimento mais importantes, pois permite a representação de diferentes fenômenos que possuam dimensão espacial em mapas e cartas. Mapa: representação de fenômenos físicos, bióticos ou socioeconômicos, sem uma finalidade específica. Exemplos: mapa dos Estados do Brasil, mapa de relevo, mapa de municípios. Carta: representação de fenômenos espaciais com uma finalidade prática. Exemplos: cartas topográficas (para avaliar altitudes), cartas de navegação, cartas geotécnicas (para o planejamento urbano). Elementos de mapas e cartas Mapas e cartas projetados de maneira adequada possuem as seguintes características: Tema Legenda Orientação Projeção Escala Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Portulano#/media/File:JapanesePortolanMap.jpg>. AULA 3 – SISTEMAS DE PROJEÇÃO Terra irregular Visto do espaço, o planeta Terra parece redondo, mas é, na verdade, um geoide e possui feições irregulares. Tipos de projeção Para representar feições como a da Terra, irregulares e tridimensionais, em um papel ou em objetos bidimensionais, é necessário utilizar sistemas de projeção. Cilíndricas Cônicas Polares ou planas Peters Mercator Ortográfica Polar/azimutal AULA 4 – COORDENADAS GEOGRÁFICAS Orientação espacial A orientação espacial de mapas e cartas permite identificar a direção e o sentido corretos, servindo de referência para a análise dos fenômenos representados. A rosa-dos- ventos é a forma mais conhecida de representação. Sistema de coordenadas Em um plano bidimensional cartesiano, a adoção de sistemas de coordenadas permite identificar qualquer ponto representado em um determinado espaço através do cruzamento de eixos. Meridianos: a partir de Greenwich, as linhas verticais dividem o planeta entre Hemisfério Ocidental (Ocidente) e Hemisfério Oriental (Oriente). o Longitude: de 0º até 180º, a partir do Meridiano de Greenwich (L ou O). Paralelos: a partir do Equador, as linhas horizontais dividem o planeta entre Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. o Latitude: de 0º até 90º, a partir do Equador (N ou S). http://www.stoodi.com.br/ CARTOGRAFIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 AULA 5 – FUSOS HORÁRIOS Rotação O ciclo de rotação da Terra ocorre de Oeste para Leste, a cada 23h56min04s, aproximadamente. Fusos horários Dividem a Terra em 24 zonas horárias, cada uma com uma faixa longitudinal de 15º, correspondente a um fuso. A Linha Internacional de Data é o faixa que determina o fim ou o início do dia terrestre. AULA 6 – A LINHA INTERNACIONAL DE DATA Rotação A Linha Internacional de Data é um limite que marca a mudança de datas, respeitando a sequência das 24 zonas horárias representadas pelos fusos, de leste para oeste. Fonte: < http://2.bp.blogspot.com/- D69tiGgk1W4/UzsQOKE0qSI/AAAAAAAAPto/8R45lqtJ9w4/s1600/Linha+Internacio nal+de+Data.jpg>. AULA 7 – FUSOS HORÁRIOS NO BRASIL Do lado oeste O território brasileiro está a oeste do Meridiano de Greenwich, em quatro faixas horárias de abrangência (GMT -2h, GMT -3h, GMT -4h, e GMT -5h). É importante lembrar que as linhas de limites entre fusos horários não são simétricas, pois a definição de fusos no mundo também passa por decisões políticas de cada território (por exemplo, quais Estados estarão no fuso de Brasília ou não). Fonte: IBGE < http://teen.ibge.gov.br/images/teen/Mao_na_roda/localizacaogeografica/smlmapafu sos.gif >. Do lado oeste O território brasileiro está a oeste do Meridiano de Greenwich, em quatro faixas horárias de abrangência (GMT -2h, GMT -3h, GMT -4h, e GMT -5h). É importante lembrar que as linhas de limites entre fusos horários não são simétricas, pois a definição de fusos no mundo também passa por decisões políticas de cada território (por exemplo, quais Estados estarão no fuso de Brasília ou não). AULA 8 – ESCALAS Representar dados reais http://www.stoodi.com.br/ http://2.bp.blogspot.com/-D69tiGgk1W4/UzsQOKE0qSI/AAAAAAAAPto/8R45lqtJ9w4/s1600/Linha+Internacional+de+Data.jpg http://2.bp.blogspot.com/-D69tiGgk1W4/UzsQOKE0qSI/AAAAAAAAPto/8R45lqtJ9w4/s1600/Linha+Internacional+de+Data.jpg http://2.bp.blogspot.com/-D69tiGgk1W4/UzsQOKE0qSI/AAAAAAAAPto/8R45lqtJ9w4/s1600/Linha+Internacional+de+Data.jpg CARTOGRAFIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 A adoção de escalas é útil para representar objetos e fenômenos muito grandes no papel ou em outras formas que tornem os fenômenos espaciais acessíveis ao nosso campo de visão. Ampliação e redução: mecanismos que permitem aumentar ou diminuir a representação de determinado objeto ou fenômeno espacial. Para isso, usa-se um sistema de coordenadas de referência. Escala numérica: relação entre comprimento no mapa e a distância no terreno. Escala gráfica: segmento de reta graduada. AULA 9 – CARTOGRAFIA TEMÁTICA Símbolos A utilização de símbolos, cores ou outros elementos ajudam a representar fenômenos espaciais ou temas. Alguns tipos de mapas temáticos Altimétrico/hipsométrico: altitudes. Isoípsas: curvas de nível. Isoietas: quantidades de chuva. Isotermas: temperaturas Isotalantes: amplitude térmica. Isoígras: umidade do ar. Isóbatas: profundidade marítima. Anamorfoses. http://www.stoodi.com.br/ CLIMA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – A ATMOSFERA A esfera dos gases A atmosfera é a camada do sistema Terra que concentra a maior parte dos gases existentes no planeta. Por que os gases não escapam? Os gases presentes no planeta praticamente não conseguem se dissipar para o espaço exterior por conta de alguns fatores, dentre os quais: Interação gravitacional entre os gases e o planeta. Campo geomagnético terrestre. Condições de temperatura e pressão planetárias. Nosso planeta azul A aparência azulada da Terra pode ser atribuída a fatores como: Dispersão da radiação solar: ao interagirem com os gases da atmosfera, os fótons da radiação solar difundem comprimentos de onda nas bandas do azul e do violeta (dispersão de luz). Presença de ozônio (O3): a interação dos fótons com as moléculas de ozônio interfere na deflexão da luz nos comprimentos de onda na faixa do azul. Camadas da atmosfera Fonte: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_terrestre#/media/File:Atmosphere_layers- pt.svg > http://www.stoodi.com.br/ CLIMA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 2 – ELEMENTOS DO TEMPO Tempo atmosférico Para a meteorologia, o tempo é o estado das condições momentâneas e da ocorrência de fenômenos em um curto período. Por isso, tempo e clima são termos com significados diferentes. Os principais elementos Temperatura: estado de agitação molecular na atmosfera. Por padrão, são medidas em graus Celsius (º C). Precipitação: quantidade total de chuvas ou a queda de outros meteoros similares formados por água (neve, granizo) ao longo de um período (diário, mensal, anual, etc). É medido em mm. Amplitude térmica: diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima ao longo de um período, geralmente diário. Umidade relativa: porcentagem do vapor de água em suspensão na baixa troposfera. Pressão atmosférica: volume da coluna de ar sobre uma região, medido em hPa (hectopascal). A pressão atmosférica no nível do mar é de 1.013,25 hPa ou 1 atm. Fenômenos do tempo Precipitações Geadas Ventos Nevoeiros AULA 3 – FATORESDO CLIMA O que é o clima? É a sucessão habitual do tempo meteorológico. Para definir as características e classificações de tipos climáticos, é necessário coletar dados meteorológicos para observar padrões comuns de comportamento da atmosfera. Séries históricas: conjuntos de dados meteorológicos organizados em tabelas. São úteis para construção de gráficos (climogramas/pluviogramas, por exemplo) e os tipos climáticos. Tipos climáticos: são as características do clima em uma região. Os tipos de clima são definidos a partir da análise de séries históricas de, pelo menos, 30 anos, utilizando, principalmente, as seguintes informações: Temperatura: variações das temperaturas. As médias são construídas a partir de dados de temperatura máxima, média e mínima. Precipitação: variações na quantidade de chuvas ao longo do ano, em mm/mês. Os dados podem ser organizados na forma de gráficos específicos, que combinam temperatura e pluviosidade, os climogramas ou pluviogramas. Principais fatores Latitudinal: relacionado à inclinação terrestre e à incidência da radiação solar em diferentes latitudes. Esse fator também tem relação com as estações do ano, e, portanto, com a translação. Maritimidade e continentalidade: influência das distâncias entre as áreas terrestres e marítimas. o Regiões mais próximas aos oceanos e mares recebem mais influência da maritimidade. o Regiões mais distantes de oceanos e mares, e que também estejam em extensas áreas terrestres são mais influenciadas pela continentalidade. Circulação atmosférica: diferenças de pressão, volume e temperatura das massas de ar, correntes marinhas e outros fenômenos de circulação. Altitude: distância entre o nível do mar e as camadas mais elevadas da troposfera. A cada 100m de altitude, a temperatura diminui 0,65º C. Biótico: influências da evapotranspiração e de outros processos responsáveis pela emissão de gases e vapor d’água por seres vivos. Antrópico/antropogênico: influência das atividades humanas. AULA 4 – FENÔMENOS CLIMÁTICOS: MASSAS DE AR As massas da atmosfera http://www.stoodi.com.br/ CLIMA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 As massas de ar são porções da atmosfera terrestre que possuem propriedades de pressão, volume e temperatura distintas. Em função dos elementos do tempo e de fatores do clima, as massas de ar podem variar no comportamento. Os principais tipos são: De ar quente De ar frio De ar úmido De ar seco Massas de ar no Brasil mEc: massa Equatorial continental. mEa: massa Equatorial atlântica. mTc: massa Tropical continental. mTa: massa Tropical atlântica. mPa: massa Polar atlântica. Fonte: <https://marcosbau.files.wordpress.com/2011/01/massas-no-verao.jpg>. AULA 5 – FENÔMENOS CLIMÁTICOS: EL NIÑO E LA NIÑA Ocorrência regional, consequências globais Os fenômenos cíclicos El Niño e La Niña, gerados em algumas áreas do Oceano Pacífico, contribuem para influenciar periodicamente o clima terrestre. El Niño: aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, na região equatorial entre a Oceania e a América do Sul. As médias em cada evento podem variar entre 0,5ºC e 10ºC de aumento nas temperaturas. Fonte: < http://cses.washington.edu/cig/figures/englobe_big.gif>. La Niña: período de redução na temperatura das águas no Oceano Pacífico Equatorial, entre a Oceania e a América do Sul, podendo durar, em média, até 2 anos, em intervalos de El Niño. Fonte: <http://enos.cptec.inpe.br/saiba/img/globo-azul.gif>. Possíveis causas Alterações na atividade solar. Movimentos terrestres. Influências da geodinâmica interna sobre os oceanos. http://www.stoodi.com.br/ CLIMA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 AULA 6 – CLASSIFICAÇÕES DO CLIMA Diferentes classificações Como o comportamento climático pode variar bastante, é necessário criar uma regionalização das condições atmosféricas ao longo dos anos. Classificações consagradas Lysia Bernardes: cinco tipos. o Equatorial. o Semiárido. o Tropical. o Tropical de Altitude. o Subtropical. Regime de chuvas: de verão, de inverno, de outono ou distribuídas ao longo do ano. Köppen-Geiger: relaciona temperaturas e pluviosidade com o objetivo de padronizar as classificações em todo o planeta, através de um sistema de letras. Tipo do clima Letra Características A Quente e úmido B Seco C Mesotérmico Chuvas f Ano todo m Ano todo (estação seca) s Inverno s’ Outono/inverno w Verão w' Verão/outono Temperatura h Quente a Verão quente e inverno brando b Verão brando e inverno rigoroso Strahler: cinco climas. AULA 7 – CLIMOGRAMAS Gráficos de clima Os climogramas ou pluviogramas possuem o objetivo de representar o comportamento climático da atmosfera através de dados sobre temperaturas e pluviosidade (quantidade de chuvas) durante o ano. Os dados são representados através das médias mensais medidas ao longo de um ano. Através da análise de climogramas, é possível interpretar o comportamento climático e o tipo de clima em cada região. http://www.stoodi.com.br/ VEGETAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – FORMAÇÕES VEGETAIS: INTRODUÇÃO A esfera dos gases As características das formações vegetais encontradas em todo o planeta são o resultado das influências de diferentes elementos e fenômenos do sistema Terra (atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera). Fatores de influência Alguns dos principais fatores que influenciam nas características dos domínios de vegetação: Clima: comportamento geral das temperaturas e da pluviosidade. Água: disponibilidade, através das chuvas, corpos d’água ou águas subterrâneas, por exemplo. Formações geológicas: características das rochas, que interferem na formação dos solos. Relevo: declividades e feições dos terrenos. Interações biológicas: formas de organização da biosfera em uma região, as trocas de matéria e energia entre seres vivos e as interações destes com outros elementos do sistema Terra. Fatores astronômicos: luminosidade solar e ciclos relacionados à translação (estações do ano). Antropismo: interferências humanas nos ambientes. AULA 2 – FORMAÇÕES FLORESTAIS Campo da biogeografia A biogeografia é um campo das geociências destinado a estudar e interpretar a distribuição espacial e as interações entre as diferentes formas de vida no planeta. Como a vegetação (elemento da biosfera) é influenciada por essas interações entre as esferas do sistema Terra, o estudo das formações vegetais nos dá pistas importantes para compreender aspectos como o clima, o relevo, a hidrografia, os solos e outros fenômenos dos meios natural, biótico ou mesmo as repercussões para os seres humanos. Regiões biogeográficas e zonas climáticas Polar/glacial: ao norte da região do Círculo Polar Ártico (Hemisfério Norte) ou ao sul da região do Círculo Polar Antártico (Hemisfério Sul). Temperada e Subtropical: entre a região do Círculo Polar Ártico e o Trópico de Câncer (Hemisfério Norte) ou entre a região do Círculo Polar Antártico e o Trópico de Capricórnio (Hemisfério Sul). Intertropical e Equatorial: entre as regiões dos trópicos de Câncer e de Capricórnio e o Equador. Fonte: < http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2014/10/zonas- termicas-da-terra-polares-temperadas-e-tropical.png>. Formações vegetais no brasil Florestais/arbóreas Arbustivas/herbáceas Complexas Formações florestais Formação florestal Características Amazônica Latifoliada: folhas largas e grandes. Higrófita: vegetação adaptada à presença deelevada umidade e pluviosidade. Perene: tem folhagens durante todo o ano, sem períodos de queda de folhas. Ombrófila: desenvolvida em climas chuvosos. Heterogênea: elevada diversidade vegetal. Mata de igapó: próxima aos rios e aos igarapés (cursos d’água estreitos e pouco profundos). Mata de várzea: sujeita às inundações periódicas. Mata de terra firme: floresta densa e de grande porte arbóreo. Mata Atlântica Cobria grande faixa do Brasil próxima ao litoral (norte do RS até RN). Características semelhantes à floresta amazônica Antropismo: redução da área original. http://www.stoodi.com.br/ VEGETAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Mata dos Pinhais/Florest a de Araucárias Aberta Aciculifoliada: as folhas das árvores possuem formato semelhante ao de agulhas. Mais homogênea: não possui a mesma diversidade de áreas como a Mata Atlântica ou a Amazônia. Ameaçada de extinção Mata de Cocais Transição entre os domínios da Amazônia, e da Caatinga, além de áreas de transição com o Cerrado. Espécies como o babaçu, a carnaúba, o buriti e a oiticica são característicos. Matas ciliares/galeria Vegetação que ocupa margens dos cursos d’água. O nome ciliar faz analogia aos cílios, que protegem os olhos. Desse modo, a mata seria uma proteção contra o assoreamento dos rios A densidade e a diversidade da vegetação estão associadas aos ricos solos das margens dos cursos d’água. AULA 3 – FORMAÇÕES ARBUSTIVAS E HERBÁCEAS Pluviosidade e porte arbóreo As formações arbustivas e herbáceas estão associadas, além de outros fatores, à menores taxas de pluviosidade e menor porte arbóreo. Formação arbustiva/herbácea Características Cerrado Duas estações, sendo uma mais seca. Solos com pouca fertilidade. Troncos e galhos retorcidos Troncos e galhos retorcidos. Diferentes níveis/portes arbóreos: campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerradinho, cerradão. Caatinga Sertão do Nordeste e partes de MG (norte do Estado). Menores índices pluviométricos do país: entre 500 mm e 1000 mm/ano. Temperaturas elevadas: médias acima de 25ºC. Densamente povoado. Problemas socioambientais: redução da vazão, irrigação em grandes propriedades, transposição de rios como o São Francisco. Campos Formação arbustiva: gramíneas e arbustos. Associada à topografia: acompanhando o relevo de áreas como as colinas da Campanha gaúcha, por exemplo. Prática de pecuária extensiva. Problemas socioambientais: erosão e assoreamento. AULA 4 – FORMAÇÕES COMPLEXAS Ecótonos As formações complexas possuem faixas de transição entre diferentes biomas, pois podem conter espécies de diferentes formações vegetais. Formação Características Pantanal Planícies extensas e inundáveis no centro do continente. Altitude média de 200 m. Troncos e galhos retorcidos Presença de vários corpos d’água. Mangues Vegetação de linha costeira em quase todo o Brasil Halófitas: adaptadas às condições ambientais da maritimidade (salinidade e baixo nível de oxigênio, por exemplo). Temperaturas elevadas: médias acima de 25ºC. Pneumatóforas: raízes adaptadas para as trocas gasosas com o ambiente. Degradação ambiental: ocupação urbana, lançamento de esgoto e resíduos urbanos, empreendimentos imobiliários, falta de fiscalização governamental. AULA 5 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Ocorrência regional, consequências globais O conceito de domínios morfoclimáticos consideram as características e as interações no quadro natural (geologia, relevo, clima, solos, vegetação, etc.), além das influências antrópicas sobre essas áreas. O geógrafo Aziz Ab’Sáber, um dos cientistas mais importantes da história http://www.stoodi.com.br/ VEGETAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 brasileira, é um dos pioneiros nesse tipo de classificação e análise da paisagem. Domínios morfoclimáticos Domínio Características Amazônico Terras baixas, de florestas equatoriais. Cerrado Chapadões com cerrados. Caatinga Depressões semiáridas Mares de Morros Áreas planálticas de Mata Atlântica. Araucárias Planaltos subtropicais com araucárias. Pradarias Coxilhas com vegetação de prados/campinas. Faixas de transição Transição entre domínios e formações complexas. http://www.stoodi.com.br/ HIDROGRAFIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – O CICLO DA ÁGUA Planeta água O planeta Terra possui, em sua superfície, quantidade significativa de água: aproximadamente ¾ das áreas na parte mais externa da geosfera. De toda a água existente, a maior parte está nos oceanos e mares (97,5%). Fonte: < http://water.usgs.gov/edu/graphics/portuguese/earthwheredistribution.gif>. Elevada atividade O ciclo da água é o conjunto de fenômenos mais ativos na superfície terrestre: Clima: comportamento geral das temperaturas e da pluviosidade. Água: disponibilidade, através das chuvas, corpos d’água ou águas subterrâneas, por exemplo. Formações geológicas: características das rochas, que interferem na formação dos solos. Relevo: declividades e feições dos terrenos. Interações biológicas: formas de organização da biosfera em uma região, as trocas de matéria e energia entre seres vivos e as interações destes com outros elementos do sistema Terra. Fatores astronômicos: luminosidade solar e ciclos relacionados à translação (estações do ano). Antropismo: interferências humanas nos ambientes. O que influencia? Energia solar. Gravidade: comportamento geral das temperaturas e da pluvios Movimentos da Terra: através das variações na incidência de luz solar ao longo do ano (como na translação, por exemplo). Processos físico-químicos: ligados, principalmente, ao intemperismo físico e ao intemperismo químico. Processos biológicos: trocas de matéria e energia entre os seres vivos (biosfera) e as outras esferas do sistema Terra. Fonte: < http://water.usgs.gov/edu/graphics/watercycleportuguesehigh.jpg>. AULA 2 – CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO HÍDRICA Água em todo o lugar Elemento abundante na superfície terrestre, a água está distribuída pelo planeta de várias formas: Rios, lagos, lagoas. Mares, oceanos. Gelo (calotas polares, geleiras nas montanhas e no subsolo, o permafrost), a Criosfera. Aquíferos: conjuntos de reservatórios de água doce. No Brasil são mais conhecidos: Aquífero Guarani. Aquífero Alter do Chão. Classificação de uma bacia hidrográfica Nascente. Alto curso. Médio curso. Baixo curso. Foz Em delta Em estuário http://www.stoodi.com.br/ HIDROGRAFIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Regime hídrico: variações periódicas nos períodos de cheia e vazantes. Divisores de águas: delimitam a estrutura das bacias hidrográficas segundo mapas de curvas de nível (hipsometria). Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/2/352555/slides/slide_3.jpg>. AULA 3 – BACIAS HIDROGRÁFICAS Bacias hidrográficas no Brasil A divisão hídrica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) leva em conta características naturais de cada região e as necessidades regionais para uma melhor gestão de recursos hídricos. Bacia hidrográfica Características Amazônica Maior do mundo (em volume de águas). Influenciada pela grande quantidade de chuvas. Área de drenagem: cerca de 60%. Tocantins- Araguaia Drenagem alimentada por nascentes nas chapadas do Brasil Central. Ilha do Bananal: maior ilha fluvial do mundo. Grandes projetos energéticos (Tucuruíe Belo Monte, por exemplo). São Francisco Área de drenagem em MG e Estados do Nordeste. Drenagem perene e exorreica (a foz fica entre os Estados de Sergipe e Alagoas, no Oceano Atlântico). Ligado à interiorização do país. Recentes projetos de transposição. Paraná Rios de planalto (formam-se nas serras). Densa ocupação e povoamento (navegação, urbanização, agropecuária). Paraguai Rios de planície. Influência da sazonalidade das chuvas. Uruguai Brasil, Uruguai e Argentina. Subtropical. Do Amapá Bacias Litorâneas Nordeste Sul e Sudeste Leste AULA 4 – LITORAL BRASILEIRO: CARACTERÍSTICAS Relevo e dinâmica das correntes Abaixo da lâmina d’água nos oceanos, existem formas de relevo variadas que caracterizam o assoalho oceânico. Essas formas interferem na circulação das correntes marinhas, nas diferentes temperaturas das águas, na formação das massas de ar e em outros fenômenos que interferem no sistema Terra. Plataforma continental. Talude continental. http://www.stoodi.com.br/ HIDROGRAFIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Bacia oceânica. Cadeia mesoceânica. Ilhas vulcânicas. Região abissal. Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/2/352555/slides/slide_3.jpg>. Marés: resultado das forças gravitacionais entre o Sol e a Lua. Sizígia Quadratura Efeito coriolis: relações com o geomagnetismo da Terra. Elementos naturais no oceano: Atois. Vulcanismo. AULA 5 – APROVEITAMENTO SOCIOECONÔMICO Território extenso Extensão do litoral: 7.408 km. Origem: desmembramento entre América do Sul e África. Litoral pouco recortado: golfos, penínsulas, baías, reentrâncias, presença de rios. Divisões Região Características Equatorial Cabo Orange (AP) ao Golfo do Maranhão. Costas baixas / de acumulação. Nordeste Golfo do Maranhão ao Cabo de S. Roque (RN). Dunas, restingas e lagoas de acumulação (formação de diques e salinas, por influência das marés e dos ventos alísios). Tropical Cabo de S. Roque (RN) ao Cabo de S. Tomé (RJ). Barreiras/falésias planas. Recifes de coral/arenito. Subtropical Cabo de S. Tomé (RJ) ao Arroio Chuí (RS). Costões/falésias (Serra do Mar, baixadas, ilhas). Ilhas oceânicas http://www.stoodi.com.br/ RECURSOS MINERAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – CLASSIFICAÇÃO E IMPORTÂNCIA Elementos químicos da geosfera A geosfera terrestre é composta, basicamente, por agregados de rochas com as mais variadas composições químicas. A estrutura atual é o resultado dos processos de formação do planeta ao longo de sua história geológica e das interações com as outras esferas do sistema Terra. Mineral: corpo sólido, com características cristalinas em sua estrutura (geometria molecular), sendo composto por um ou mais elementos. Mineraloide: mineral com composição heterogênea. Minério: minerais com viabilidade de aproveitamento econômico. Rocha: composta por um agregado de materiais (um ou mais elementos químicos, com diferentes estruturas de arranjos moleculares). Tipos de rochas Ígneas ou magmáticas: originadas a partir do magma existente no interior da geosfera. o Extrusivas: conhecidas como vulcânicas, resultam do extravasamento do magma. o Intrusivas: surgidas do resfriamento do magma no interior da geosfera, sem terem tido contato direto com a superfície. Sedimentares: resultantes das constantes transformações e interações da geosfera com os outros elementos da Terra (hidrosfera, atmosfera e biosfera) e afetadas pelos processos de intemperismo (físico e químico). o Clásticas o Mecânicas o Bioquímicas o Biomecânicas Metamórficas: formadas por processos físicos e químicos decorrentes do confinamento no interior da crosta terrestre, submetidas às pressões e temperaturas mais elevadas. Minerais e dureza Os minerais podem ser classificados em metálicos e não- metálicos. Além disso, podem ser considerados a partir de sua dureza, em um sistema conhecido como Escala de Mohs. Essa escala leva em consideração o aspecto cristalino e os diferentes arranjos da geometria molecular dos elementos químicos constituintes de cada mineral. Mineral Dureza Pode ser arranhado? Talco 1 Com a unha. Gipsita 2 Unha, com mais dificuldade. Calcita 3 Moeda de cobre. Fluorita 4 Faca de cozinha. Apatita 5 Faca de cozinha, com mais dificuldade. Ortoclásio 6 Vidro ou liga de aço. Quartzo 7 Arranha o vidro. Topázio 8 Arranha o quartzo. Coríndon 9 Arranha o topázio. Diamante 10 O mais duro. Arranha todos os outros e só pode ser arranhado por outro diamante. AULA 2 – PRINCIPAIS MINÉRIOS E PRODUÇÃO MINERAL Minério: mineral que possui aproveitamento socioeconômico. Ferro o Redução de óxidos. o Derivações: magnetita, hematita, siderita, limonita. o Brasil: segundo maior produtor mundial. o Usos: siderurgia, fundição, beneficiamento. Manganês o Óxidos, silicatos, carbonatos. o Extraído, especialmente, da pirolusita. o Usado na produção de aço. o Brasil: segundo maior produtor mundial. o Usos: siderurgia, ligas metálicas, pilhas. Alumínio http://www.stoodi.com.br/ RECURSOS MINERAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 o Produzido através da bauxita, por eletrólise. o Brasil: terceiro maior produtor mundial. o Processo de transformação em alumínio requer muita energia. o Usos: siderurgia, bens de consumo. Estanho o Obtido através da cassiterita. o Brasil: 11% das reservas mundiais (5º lugar). o Sexto maior produtor mundial. o Usos: ligas metálicas (reforço, anticorrosivo). Chumbo o Obtido a partir da galena. o Brasil: importador desse minério. o Usos: isolantes, blindagem, baterias. Cobre o Obtido através da calcopirita ou cuprita. o Brasil: importador desse minério. o Usos: fios e cabos, ligas, eletrônica. Outros minérios: Ouro, Césio, Tálio, Sal, terras raras. AULA 3 – PRINCIPAIS PROVÍNCIAS E GRANDES PROJETOS Províncias minerais Quadrilátero Ferrífero: em Minas Gerais (áreas ao redor da Região Metropolitana de Belo Horizonte). Principal produtora do país. Vale do Rio Doce e Vale do Paraopeba: escoamento da produção via Estrada de Ferro Vitória-Minas, até o porto de Tubarão (ES). Maciço do Urucum: região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Possui jazidas de ferro e manganês. Serra dos Carajás: no Pará. Possui jazidas de ferro, manganês e cobre. A produção é escoada via Estrada de Ferro Carajás até o Porto de Itaqui, em São Luís (Maranhão). Serra do Navio (Amapá) Alguns projetos de extração mineral Alunorte. Albrás. Carajás. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ENERGIAS RENOVÁVEIS E NÃO- RENOVÁVEIS O que é energia? O conceito de energia é um dos mais abstratos e de difícil definição na natureza. De modo muito simples, é a relação entre elementos em um sistema que realizam trabalho, capaz de provocar transformações nesse sistema. Fontes diferentes O ser humano tem buscado, ao longo de sua existência, diferentes maneiras de realizar trabalho buscando fontes de energia mais eficientes para facilitar sua vida (fogo, água, vento, tração mecânica, etc). A Revolução Industrial impulsionou a busca por novas tecnologias na geração de energia mais barata e provocou mudanças na matriz energética mundial. As descobertas da ciência foram fundamentais para a utilização de várias fontes de energia. Fontes renováveis e não-renováveis Energias renováveis: podem ser geradas utilizando recursos naturais que não apresentam risco iminente de esgotamento ou com reservas limitadas. Fontede energia Meio(s) de obtenção Eólica Circulação dos ventos, movimentando pás e turbinas. Solar Radiação do sol, em células fotovoltaicas ou por aquecimento. Geotérmica Água quente e vapor em altas temperaturas no interior da geosfera, que podem sair para a superfície em fendas. Maremotriz Movimento das ondas do mar, que giram pás e turbinas. Biomassa Carvão vegetal, lenha, resíduos orgânicos, plantas (cana-de- açúcar, mamona, soja, milho), restos de plantações, gás confinado em aterros sanitários (do chorume, por exemplo). Hidroelétricas Água confinada em barragens, liberada com fluxo controlado. Giro de pás e turbinas. Biocombustíveis Combustíveis gerados a partir de plantas (cana-de-açúcar, soja, milho, mamona, canola, babaçu, beterraba, algas, etc.). Hidrogênio Formada pela combinação entre oxigênio e hidrogênio. O processo libera vapor d’água e gera energia. Energias não renováveis: utilizam recursos naturais que não podem ser reutilizados, cultivados ou extraídos, se forem extintos. Fonte de energia Meio(s) de obtenção Petróleo Reservatórios em áreas porosas nas rochas, e coletados através de bombas para extração. Gás Natural Assim como o petróleo, em áreas porosas nas quais o gás está confinado. Também pode ser encontrado dissociado do petróleo. Carvão mineral Jazidas formadas a partir de restos de matéria orgânica. Utilizado para a queima ou o aquecimento de caldeiras nas usinas termoelétricas. Fissão nuclear Minerais que contêm elementos químicos radioativos, especialmente o urânio. AULA 2 – PETRÓLEO: ORIGENS E JAZIDAS Depósitos biogênicos A decomposição de seres vivos marinhos (plâncton, por exemplo) ao longo de milhões de anos em camadas porosas das bacias sedimentares deu origem às jazidas de petróleo. O material orgânico confinado nessas bacias, submetido à alta pressão e às altas temperaturas no interior da geosfera, contribuiu para a formação dos hidrocarbonetos aproveitados atualmente para inúmeros usos. Combustíveis orgânicos: os seres vivos possuem, em sua composição química, moléculas orgânicas (C, H, O e N, principalmente). Craqueamento Após a extração nas reservas, o petróleo é aquecido em altas temperaturas, para o fracionamento (transformação) em outros produtos. Nesse processo também se utiliza um método químico chamado catálise. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Fonte:< http://static.hsw.com.br/gif/oil-refining-diagram.gif>. Exploração onshore: a extração de petróleo é realizada em reservas no continente. Exploração offshore: a extração é realizada no mar, em reservas na plataforma continental. Produto estratégico O petróleo é uma das bases da economia e da sociedade contemporânea, por ser utilizado em vários setores: Indústria: parafina, asfalto, polímeros (plásticos, borrachas, isopor, pneus, tubos e conexões, PET, etc.), solventes, óleos combustíveis, lubrificantes, nafta. Transporte: combustíveis (gasolina, óleo diesel, GNV), lubrificantes. Energia: combustíveis para as usinas térmicas, GLP (o famoso gás de cozinha, também adaptado para aquecimento de casas em períodos frios). AULA 3 – PETRÓLEO NO BRASIL: HISTÓRICO E MONOPÓLIO Primeiras experiências A demanda por petróleo no Brasil acompanhou, além da evolução tecnológica no mundo, as necessidades do país pelo uso de fontes de energia e recursos naturais em função do crescimento econômico e populacional. A entrada do Brasil no universo das nações industrializadas, a urbanização e o contexto político dos anos 1930 e 1940 estimularam a formação de uma cadeia produtiva de petróleo e gás. Século XIX: pesquisas geológicas durante o II Reinado e licenças concedidas pelo Império para explorar “óleo betuminoso”. 1892: sondagens no interior de São Paulo (Bofete). Encontrada apenas água sulfurosa. 1919: pesquisas mineralógicas conduzidas pelo governo (Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil). 1938: Conselho Nacional de Petróleo (CNP). 1939: poço de Lobato (BA) 1953: Criação da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) “O petróleo é nosso”: produção nacional A criação da Petrobras consolidou os mecanismos de extração, transporte, refino e distribuição de petróleo e derivados no Brasil. Monopólio estatal: controle sobre a pesquisa e exploração de petróleo e derivados. Década de 1990: quebra do monopólio estatal (1997) e entrada de empresas estrangeiras para a exploração de petróleo e gás. Década de 2000: a Petrobras tornou-se a 4ª maior companhia da Terra, e a 2ª maior no setor de energia. Em 2010, em um processo de venda de ações, captou US$ 72 bilhões, a maior já realizada na história do capitalismo. Atualmente, a empresa é uma multinacional brasileira que opera em várias partes do mundo nas diferentes etapas da cadeia produtiva petrolífera e na geração de energia a partir de outras fontes. AULA 4 – PETRÓLEO NO BRASIL: PRINCIPAIS PROVÍNCIAS E IMPORTÂNCIA PARA A ECONOMIA Bacias petrolíferas Amazônica. Litorânea paranaense. Recôncavo baiano. Principais áreas de exploração petrolífera no Brasil Em terra (onshore) No mar (offshore) Recôncavo baiano (1940- 1970) Litoral de Sergipe (1968) – início da exploração Rio Grande do Norte (anos 1990) Bacia de Campos (Roncador, Albacora, Marlim) Amazonas (Urucu) Bacia de Santos (≥ 5 km de profundidade). Outras áreas: Sergipe, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul. Estruturas envolvidas na exploração Plataformas de petróleo: estruturas construídas no mar para auxiliar na extração e transporte de petróleo até o continente. Refinarias: transformam petróleo e derivados. Gasodutos e oleodutos: estruturas responsáveis pelo transporte. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Distribuição: para o uso em diferentes setores da economia. Pesquisa. AULA 5 – A CAMADA PRÉ-SAL Águas profundas O pré-sal constitui-se em várias camadas de rochas sedimentares abaixo do assoalho marinho da plataforma continental, e que se estende por cerca de 800 quilômetros, entre as zonas litorâneas de Santa Catarina e do Espírito Santo. Além da lâmina d’água, com cerca de 2 km, a exploração ainda precisa perfurar as rochas no fundo do oceano, ou seja, mais 7 ou 8 km (média) para chegar às reservas. Formação A matéria orgânica em decomposição, especialmente o fitoplâncton e o zooplâncton, formaram verdadeiros depósitos coberto por várias camadas de rochas superiores (inclusive a camada de sal acima), submetida à elevadas pressões e temperaturas. Abertura do Atlântico: a separação do Gondwana, dando origem à América do Sul e à África (ca. 140 m.a.a.p.) provocou mudanças no leito marinho. Efeitos da abertura: formação de lagos, pântanos e mangues próximos aos mares rasos, que contribuíram para deposição de matéria orgânica e sedimentos. Estrutura do pré-sal Fonte: <http://www.petroleoetc.com.br/wp- content/uploads/2010/09/sonda_pre_sal.jpg>. Fonte: <http://www.hotsitespetrobras.com.br/petrobrasmagazine/Edicoes/edicao56/pt/imgs /pt/desafio_1.jpg>. Reservas estimadas: 80 bilhões de barris. AULA 6 – GÁS NATURAL Combustível derivado O gás natural pode ser obtido a partir do petróleo (fração leve) no processo de craqueamento ou ser explorado, através de reservas em rochas associadas a campos petrolíferos ou isolado, não associado a essas áreas. Hidrocarbonetos: as reservas de gás natural podem estar associadas com outros hidrocarbonetos (petróleo, por exemplo) ou em acumulações dissociadas. Origens Considerada uma fonte mais limpa e barata que outros combustíveis fósseis, o gás natural pode ter duas origens. Biogênese:microrganismos em áreas pantanosas ou com acúmulo de matéria orgânica (aterros sanitários, por exemplo). Termogênese: material orgânico coberto pelas camadas sedimentares e submetido à elevadas pressões e temperaturas, dando origem à reservas de gás natural. Gasodutos e infraestrutura Os gasodutos são redes de encanamentos que facilitam o transporte de gás natural por grandes distâncias. Gasoduto Brasil-Bolívia: principal sistema de gasodutos instalado no país. O gás natural http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 transportado tem origem nas reservas da Bolívia. Além de ser uma fonte importante de energia para o Brasil, faz parte dos projetos para a integração regional da América do Sul. Fonte: <http://www.cegas.com.br/imagens/grafbrasilbolivia.gif>. AULA 7 – CARVÃO MINERAL Produto do Carbonífero As jazidas de carvão encontradas atualmente são formadas por restos vegetais de áreas do planeta que formavam ambientes tropicais e subtropicais. Nessas regiões, os restos das samambaias e outras árvores gigantes, formadas entre os períodos Carbonífero e Permiano (300 m.a.a.p. e 250 m.a.a.p), contribuíram, juntamente com restos acumulado de pântanos, para as reservas encontradas atualmente. Estágios de formação O carvão mineral é resultante das transformações da matéria orgânica confinada em longos períodos. A concentração de carbono modifica-se durante o tempo. Tipo de carvão, segundo o teor de carbono Concentração de C12 (percentual) Turfa (restos vegetais ainda bem aparentes) 54 a 60 Linhito 65 a 75 Hulha 75 a 85 Antracito 95 O carvão, em seus diferentes estágios, é apenas um grupo de formas do Carbono. Outras formas, como o grafite e o diamante, também são formas carbônicas, mas possuem estrutura e orbitais moleculares diferentes. Carvão no Brasil Embora as reservas mais antigas tenham sido exploradas desde o século XIX, somente ao longo do século XX, quando as necessidades da indústria e dos transportes aumentam no Brasil, as jazidas de carvão passam a ser exploradas em maior volume. Década de 1940: crescimento da extração em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, para atender às necessidades da siderurgia nacional. Principais jazidas: nos estados do Sul (SC, RS, PR), exploradas economicamente. Em outros Estados, existem reservas, mas em quantidade irrelevante para a operação comercial de jazidas. Campos de turfa: existem campos de turfa em vários Estados do país, que também são explorados comercialmente. Além de aquecimento, a turfa é utilizada para algumas aplicações agrícolas e para despoluição de áreas com metais pesados ou derramamento de petróleo. Aplicações: siderurgia (aquecimento dos fornos), transporte, geração de energia. AULA 8 – LENHA/CARVÃO VEGETAL Madeiras energéticas As madeiras utilizadas para aquecimento e a produção de carvão vegetal são fontes mais baratas e disponíveis para gerar calor. O carvão vegetal é produzido através da queima lenta e controlada de madeira por vários dias. Esse processo visa fazer com que a capacidade calorífica não seja perdida com a queima das madeiras. Década de 1940: cerca de 80% do consumo de energia no Brasil utilizava lenha ou carvão vegetal. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Usos: siderurgia (envolve processos em temperaturas elevadas, p. ex. fundição), aquecimento, transporte, medicina. Silvicultura As práticas de florestamento comercial que utilizam os conhecimentos da silvicultura para cultivar árvores de rápido crescimento e valor comercial mais rentável têm se espalhado por todo o Brasil. Além do uso de madeira para celulose, papel e móveis, a madeira para o carvão vegetal é importante em vários setores da economia. Aquecimento de fornos industriais: cozimento de argilas e areias para fabricar cerâmicas, vidros, tijolos; na fusão de metais para a siderurgia (o carvão mineral, nesses casos, é mais utilizado). Medicina: remédios para adsorção de substâncias tóxicas no organismo. Indústria química: filtros e produtos para despoluição, descontaminação e limpeza. O florestamento comercial utiliza espécies exóticas no Brasil, como espécies de pinus e eucaliptos. Além de substituir a vegetação original, as áreas cobertas podem ter vários problemas ambientais quando não se adotam medidas de mitigação de impactos: erosão dos solos, redução de biodiversidade, etc. AULA 9 – BIOCOMBUSTÍVEIS Fontes renováveis Os biocombustíveis utilizam recursos naturais de origem orgânica para a geração de energia. Por isso, a energia gerada é considerada renovável, pois as matérias-primas podem ser cultivadas, reaproveitadas ou ter os seus ciclos biogeoquímicos aproveitados na produção, sem um horizonte de esgotamento evidente. Madeiras: carvão vegetal, lenha, serragem. Flores, folhas, caules de vegetais e óleos essenciais de plantas: fabricação de óleos e álcoois, inclusive combustíveis (de soja, mamona, milho, beterraba, mandioca, babaçu, dendê, etc.). Dejetos/lixo orgânico: pela queima, aproveitamento do chorume ou dos gases liberados. Estufas: o calor gerado pela radiação solar e o confinamento é convertido em energia. Biodigestores: esgoto, restos animais, vegetais e resíduos pode ser confinado em tanques fechados e fermentado. O gás liberado na fermentação pode ser convertido em energia. Etanol O álcool etanol produzido da cana-de-açúcar é o biocombustível mais utilizado no Brasil. A implantação do Proálcool pelo governo brasileiro nos anos 1970 foi responsável pelo impulso no uso desse tipo de etanol e pela liderança mundial brasileira nas tecnologias de produção e geração de álcool combustível, especialmente no setor automotivo. Outros vegetais também têm sido utilizados para geração de biocombustíveis no Brasil, com semelhante sucesso e tecnologia: mamona, soja, sementes de girassol, entre outros. AULA 10 – A CANA-DE-AÇÚCAR E O ETANOL BRASILEIRO Açúcar de base A cana-de-açúcar foi uma das bases da economia brasileira desde a primeira experiência bem-sucedida no Brasil, em 1532 (São Vicente, SP, a primeira ocupação portuguesa permanente no país). Cultivos No Brasil, as fazendas produtoras de cana-de-açúcar possuem a seguinte estrutura: Grandes propriedades (extensivas). Mão-de-obra abundante (manual). Monocultura Liderança mundial Mesmo após cinco séculos de experiências, os ciclos de expansão, declínio e da concorrência de outros países, o Brasil manteve-se como líder mundial no cultivo de cana- de-açúcar e das tecnologias para o processamento industrial dessa matéria-prima. Isso ocorreu porque o país desenvolveu uma cadeia produtiva complexa. Usinas de açúcar e álcool: fermentação de açúcares, para transformação em combustíveis e produtos derivados de açúcar e álcool. Processos industriais de destilação e fracionamento. Proálcool Com o objetivo de minimizar os efeitos negativos dos choques do petróleo dos anos 1970, o governo brasileiro http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 6 criou o Programa Nacional do Álcool em 1975. As medidas adotadas visaram substituir gradualmente a gasolina pelo etanol derivado de cana-de-açúcar. Os estímulos governamentais, as contribuições de universidades, centros de pesquisa, agricultores e da indústria criaram tecnologias e processos responsáveis pela liderança do país na produção de biocombustíveis. Ano/período Evento 1975 Criação do Proálcool. 1978 Primeiro carro nacional 100% movido a etanol. Anos 1980 Auge da produção de automóveis movidos a etanol. 2003 Motores tipo flex-fuel (podem funcionar tanto com gasolina quanto álcool). Vantagens Menor poluição atmosférica: os gases liberados pela queima do etanol, assim com de outros biocombustíveis, são menos poluentes que combustíveis fósseis. Recurso renovável: a cana-de-açúcar pode ser cultivada em várias regiões do país, por conta das condições climáticas e de solo favoráveis. Além disso, o ciclo de crescimento é rápido, o que facilita a obtenção de matéria-prima com frequência. Menor dependência de petróleo. Desvantagens Grandes áreas: necessita de vastas áreas para cultivo. O desmatamento, o uso inadequado dos solos e o emprego de grandes quantidades da água para irrigação podem causar graves danos ambientais. Risco de poluição e contaminação: o vinhoto, resíduo da destilação do caldo da cana-de- açúcar (garapa), acaba sendo jogado em cursos d’água. Substituição de cultivos: algumas regiões do país têm sofrido com a substituição de cultivos alimentares (feijão, arroz, frutas, etc) pela cana- de-açúcar. AULA 11 – HIDROELETRICIDADE Águas e pás A hidroeletricidade utiliza o movimento das águas, confinadas em represas, para gerar energia através da queda em declives acentuados, as barragens. O movimento das águas faz várias turbinas girarem, convertendo energia mecânica em energia elétrica. Fonte: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/71/Hydroelectric_dam_portugu ese.PNG>. Potencial brasileiro O Brasil possui boa parte de seu território formado por áreas planálticas, por onde correm muitos de nossos cursos d’água. Essa característica contribui para a produção de energia em hidroelétricas. Declives: as diferenças de declividade em áreas planálticas, forma rios encachoeirados, que podem ser aproveitados para a construção de barragens e represas. A energia das águas convertida em eletricidade é uma das principais fontes da matriz energética do país. Tipos de usinas Usinas de médio e grande porte: produzem cerca de 90% da oferta total da energia convertida nas hidroelétricas. Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs): usinas de pequeno porte, mais baratas e com menores impactos ambientais (não precisam desapropriar ou desmatar grandes áreas para armazenar água em reservatórios). Porém, como são construídos em cursos d’ água de menor tamanho e volume, estão sujeitas a períodos de estiagem. Vantagens Renovável: utiliza apenas o movimento das águas para converter energia hidráulica em elétrica. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 7 Diversos usos das represas: podem ser utilizadas para navegação, transporte e abastecimento de água. Experiência em implantação: a engenharia brasileira é mundialmente reconhecida pelas tecnologias e métodos criados na construção e operação de usinas hidroelétricas. Desvantagens Alagamento de grandes áreas: a construção de represas e barragens necessita desapropriar e desmatar grandes áreas, o que pode provocar gravas impactos ambientais. Além disso, algumas experiências de vegetações originais que foram submersas, sem retirada, lançam gases poluentes na atmosfera ao se decompor em ambiente aquático. Remoção de populações: as desapropriações obrigam os moradores a serem removidos. Esse processo pode provocar a destruição de valores culturais e históricos das populações com seus lugares tradicionais. Dificuldades na transmissão: para chegar a lugares distantes, a energia elétrica precisa ser transmitida com potência muito elevada. Esse processo acaba gerando perdas no caminho, o que exige investimentos e tecnologias para minimizar esse efeito de perda. AULA 12 – PROJETOS HIDROELÉTRICOS NO BRASIL Fonte abundante e disponível As condições naturais, a disponibilidade hídrica e a necessidade de fontes de energia mais baratas tornaram a hidroeletricidade uma fonte de energia essencial para o Brasil. Demanda energética O desenvolvimento urbano e industrial do Brasil ao longo do século XX elevou a demanda energética do país. As políticas de Estado foram necessárias para ampliar a matriz e a capacidade energética. Principais usos: consumo doméstico, indústrias, comércio, agropecuária. Principais projetos Projetos hidroelétricos no Brasil Projeto/usina Características Sobradinho No rio São Francisco, próximo à Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). 1973-1979: construção. Terceiro maior lago artificial do mundo. Paulo Afonso / Xingó Paulo Afonso: divisa entre BA, AL e PE. Xingó: entre Sergipe e Alagoas. 1948-1954: construção. Extensões até o fim dos anos 1970. Tucuruí Rio Tocantins, em Tucuruí (PA). 1976-1984: construção. Parte de projetos p/ desenvolver a Amazônia, no âmbito da ditadura militar. Itaipu Projeto binacional: envolve Brasil e Paraguai. Segunda maior usina do mundo. Gera boa parte do total nacional. Ilha Solteira No Rio Paraná, entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. 1965-1978: construção. Abastecimento do Centro-Sul. Corredor de transporte, através da hidrovia Tietê-Paraná. Novos projetos Belo Monte (PA) Tapajós (PA) Jirau (RO) Santo Antônio (RO) AULA 13 – ENERGIA NUCLEAR Colisões energéticas A energia nuclear aproveita-se da colisão de átomos, que liberam energia nesse processo, para convertê-la em eletricidade. As pesquisas desenvolvidas nos séculos XIX e XX, especialmente no campo da Física Nuclear (Rutherford, Fermi, etc.), contribuíram para o aproveitamento dessa fonte energética. Fissão e fusão nuclear As reações nucleares para conversão de energia podem ocorrer, dada a tecnologia atual, em dois processos: Fissão nuclear: colisão de átomos. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 8 Fusão nuclear: partículas subatômicas em processo de fusão liberam quantidades de energia muito superiores que na fissão. Esse processo ocorre na liberação de energia pelo Sol. A tecnologia atual não consegue converter energia em reações de fusão nuclear controlada em grande escala, embora existam testes em alguns países, incluindo o Brasil. As usinas atuais convertem energia através da fissão nuclear. Programa nuclear brasileiro A energia nuclear pode ser considerada como uma solução moderna e estratégica para o país, em função dos seguintes aspectos: Fornecer mais energia, para contribuir com a matriz energética. Desenvolvimento tecnológico. Importância geopolítica, pois poucos países dominam as tecnologias nucleares. 1975: acordos de cooperação com a Alemanha para o fornecimento de tecnologia e conhecimentos na produção de energia nuclear. Usinas existentes: Angra I e Angra II (em operação), Angra III (em construção, prevista para operação em 2018). AULA 14 – FONTES ALTERNATIVAS PARA O BRASIL Energias alternativas A busca por fontes de energias alternativas tem como objetivos utilizar recursos naturais renováveis e abundantes, buscar meios de produção com menor impacto ambiental e custos mais competitivos. Por isso, assim como outros países, o Brasil precisa desenvolver meios de conversão de energia nesses princípios. Brasil: utiliza fontes renováveis de energia (cerca de 80% da matriz energética). Vantagens do Brasil Dimensões continentais e várias opções de fontes energéticas. Elevada incidência de radiação solar. Litoral extenso. Diversidade de solos e climas. Recursos minerais diversos. Algumas fontes Fonte Características Solar Alta incidência solar. Pode ser individual ou distribuída. Placas térmicas. Células fotovoltaicas. Hidroelétrica Eólica Incidência dos ventos. Pouco utilizada no Brasil. Biomassa/biocombustíveis Cana-de-açúcar, soja, eucalipto, mamona, etc. Cultivada em várias regiões, tem grande potencial. Nuclear Recursos disponíveis no país (reservas de Urânio, por exemplo). Pequenas áreas.http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ENERGIAS RENOVÁVEIS E NÃO- RENOVÁVEIS O que é energia? O conceito de energia é um dos mais abstratos e de difícil definição na natureza. De modo muito simples, é a relação entre elementos em um sistema que realizam trabalho, capaz de provocar transformações nesse sistema. Fontes diferentes O ser humano tem buscado, ao longo de sua existência, diferentes maneiras de realizar trabalho buscando fontes de energia mais eficientes para facilitar sua vida (fogo, água, vento, tração mecânica, etc). A Revolução Industrial impulsionou a busca por novas tecnologias na geração de energia mais barata e provocou mudanças na matriz energética mundial. As descobertas da ciência foram fundamentais para a utilização de várias fontes de energia. Fontes renováveis e não-renováveis Energias renováveis: podem ser geradas utilizando recursos naturais que não apresentam risco iminente de esgotamento ou com reservas limitadas. Fonte de energia Meio(s) de obtenção Eólica Circulação dos ventos, movimentando pás e turbinas. Solar Radiação do sol, em células fotovoltaicas ou por aquecimento. Geotérmica Água quente e vapor em altas temperaturas no interior da geosfera, que podem sair para a superfície em fendas. Maremotriz Movimento das ondas do mar, que giram pás e turbinas. Biomassa Carvão vegetal, lenha, resíduos orgânicos, plantas (cana-de- açúcar, mamona, soja, milho), restos de plantações, gás confinado em aterros sanitários (do chorume, por exemplo). Hidroelétricas Água confinada em barragens, liberada com fluxo controlado. Giro de pás e turbinas. Biocombustíveis Combustíveis gerados a partir de plantas (cana-de-açúcar, soja, milho, mamona, canola, babaçu, beterraba, algas, etc.). Hidrogênio Formada pela combinação entre oxigênio e hidrogênio. O processo libera vapor d’água e gera energia. Energias não renováveis: utilizam recursos naturais que não podem ser reutilizados, cultivados ou extraídos, se forem extintos. Fonte de energia Meio(s) de obtenção Petróleo Reservatórios em áreas porosas nas rochas, e coletados através de bombas para extração. Gás Natural Assim como o petróleo, em áreas porosas nas quais o gás está confinado. Também pode ser encontrado dissociado do petróleo. Carvão mineral Jazidas formadas a partir de restos de matéria orgânica. Utilizado para a queima ou o aquecimento de caldeiras nas usinas termoelétricas. Fissão nuclear Minerais que contêm elementos químicos radioativos, especialmente o urânio. AULA 2 – PETRÓLEO: ORIGENS E JAZIDAS Depósitos biogênicos A decomposição de seres vivos marinhos (plâncton, por exemplo) ao longo de milhões de anos em camadas porosas das bacias sedimentares deu origem às jazidas de petróleo. O material orgânico confinado nessas bacias, submetido à alta pressão e às altas temperaturas no interior da geosfera, contribuiu para a formação dos hidrocarbonetos aproveitados atualmente para inúmeros usos. Combustíveis orgânicos: os seres vivos possuem, em sua composição química, moléculas orgânicas (C, H, O e N, principalmente). Craqueamento Após a extração nas reservas, o petróleo é aquecido em altas temperaturas, para o fracionamento (transformação) em outros produtos. Nesse processo também se utiliza um método químico chamado catálise. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Fonte:< http://static.hsw.com.br/gif/oil-refining-diagram.gif>. Exploração onshore: a extração de petróleo é realizada em reservas no continente. Exploração offshore: a extração é realizada no mar, em reservas na plataforma continental. Produto estratégico O petróleo é uma das bases da economia e da sociedade contemporânea, por ser utilizado em vários setores: Indústria: parafina, asfalto, polímeros (plásticos, borrachas, isopor, pneus, tubos e conexões, PET, etc.), solventes, óleos combustíveis, lubrificantes, nafta. Transporte: combustíveis (gasolina, óleo diesel, GNV), lubrificantes. Energia: combustíveis para as usinas térmicas, GLP (o famoso gás de cozinha, também adaptado para aquecimento de casas em períodos frios). AULA 3 – PETRÓLEO NO BRASIL: HISTÓRICO E MONOPÓLIO Primeiras experiências A demanda por petróleo no Brasil acompanhou, além da evolução tecnológica no mundo, as necessidades do país pelo uso de fontes de energia e recursos naturais em função do crescimento econômico e populacional. A entrada do Brasil no universo das nações industrializadas, a urbanização e o contexto político dos anos 1930 e 1940 estimularam a formação de uma cadeia produtiva de petróleo e gás. Século XIX: pesquisas geológicas durante o II Reinado e licenças concedidas pelo Império para explorar “óleo betuminoso”. 1892: sondagens no interior de São Paulo (Bofete). Encontrada apenas água sulfurosa. 1919: pesquisas mineralógicas conduzidas pelo governo (Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil). 1938: Conselho Nacional de Petróleo (CNP). 1939: poço de Lobato (BA) 1953: Criação da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) “O petróleo é nosso”: produção nacional A criação da Petrobras consolidou os mecanismos de extração, transporte, refino e distribuição de petróleo e derivados no Brasil. Monopólio estatal: controle sobre a pesquisa e exploração de petróleo e derivados. Década de 1990: quebra do monopólio estatal (1997) e entrada de empresas estrangeiras para a exploração de petróleo e gás. Década de 2000: a Petrobras tornou-se a 4ª maior companhia da Terra, e a 2ª maior no setor de energia. Em 2010, em um processo de venda de ações, captou US$ 72 bilhões, a maior já realizada na história do capitalismo. Atualmente, a empresa é uma multinacional brasileira que opera em várias partes do mundo nas diferentes etapas da cadeia produtiva petrolífera e na geração de energia a partir de outras fontes. AULA 4 – PETRÓLEO NO BRASIL: PRINCIPAIS PROVÍNCIAS E IMPORTÂNCIA PARA A ECONOMIA Bacias petrolíferas Amazônica. Litorânea paranaense. Recôncavo baiano. Principais áreas de exploração petrolífera no Brasil Em terra (onshore) No mar (offshore) Recôncavo baiano (1940- 1970) Litoral de Sergipe (1968) – início da exploração Rio Grande do Norte (anos 1990) Bacia de Campos (Roncador, Albacora, Marlim) Amazonas (Urucu) Bacia de Santos (≥ 5 km de profundidade). Outras áreas: Sergipe, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul. Estruturas envolvidas na exploração Plataformas de petróleo: estruturas construídas no mar para auxiliar na extração e transporte de petróleo até o continente. Refinarias: transformam petróleo e derivados. Gasodutos e oleodutos: estruturas responsáveis pelo transporte. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Distribuição: para o uso em diferentes setores da economia. Pesquisa. AULA 5 – A CAMADA PRÉ-SAL Águas profundas O pré-sal constitui-se em várias camadas de rochas sedimentares abaixo do assoalho marinho da plataforma continental, e que se estende por cerca de 800 quilômetros, entre as zonas litorâneas de Santa Catarina e do Espírito Santo. Além da lâmina d’água, com cerca de 2 km, a exploração ainda precisa perfurar as rochas no fundo do oceano, ou seja, mais 7 ou 8 km (média) para chegar às reservas. Formação A matéria orgânica em decomposição, especialmente o fitoplâncton e o zooplâncton, formaram verdadeiros depósitos coberto por várias camadas de rochas superiores (inclusive a camada de sal acima), submetida à elevadas pressões e temperaturas. Abertura do Atlântico: a separação do Gondwana, dando origem à Américado Sul e à África (ca. 140 m.a.a.p.) provocou mudanças no leito marinho. Efeitos da abertura: formação de lagos, pântanos e mangues próximos aos mares rasos, que contribuíram para deposição de matéria orgânica e sedimentos. Estrutura do pré-sal Fonte: <http://www.petroleoetc.com.br/wp- content/uploads/2010/09/sonda_pre_sal.jpg>. Fonte: <http://www.hotsitespetrobras.com.br/petrobrasmagazine/Edicoes/edicao56/pt/imgs /pt/desafio_1.jpg>. Reservas estimadas: 80 bilhões de barris. AULA 6 – GÁS NATURAL Combustível derivado O gás natural pode ser obtido a partir do petróleo (fração leve) no processo de craqueamento ou ser explorado, através de reservas em rochas associadas a campos petrolíferos ou isolado, não associado a essas áreas. Hidrocarbonetos: as reservas de gás natural podem estar associadas com outros hidrocarbonetos (petróleo, por exemplo) ou em acumulações dissociadas. Origens Considerada uma fonte mais limpa e barata que outros combustíveis fósseis, o gás natural pode ter duas origens. Biogênese: microrganismos em áreas pantanosas ou com acúmulo de matéria orgânica (aterros sanitários, por exemplo). Termogênese: material orgânico coberto pelas camadas sedimentares e submetido à elevadas pressões e temperaturas, dando origem à reservas de gás natural. Gasodutos e infraestrutura Os gasodutos são redes de encanamentos que facilitam o transporte de gás natural por grandes distâncias. Gasoduto Brasil-Bolívia: principal sistema de gasodutos instalado no país. O gás natural http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 transportado tem origem nas reservas da Bolívia. Além de ser uma fonte importante de energia para o Brasil, faz parte dos projetos para a integração regional da América do Sul. Fonte: <http://www.cegas.com.br/imagens/grafbrasilbolivia.gif>. AULA 7 – CARVÃO MINERAL Produto do Carbonífero As jazidas de carvão encontradas atualmente são formadas por restos vegetais de áreas do planeta que formavam ambientes tropicais e subtropicais. Nessas regiões, os restos das samambaias e outras árvores gigantes, formadas entre os períodos Carbonífero e Permiano (300 m.a.a.p. e 250 m.a.a.p), contribuíram, juntamente com restos acumulado de pântanos, para as reservas encontradas atualmente. Estágios de formação O carvão mineral é resultante das transformações da matéria orgânica confinada em longos períodos. A concentração de carbono modifica-se durante o tempo. Tipo de carvão, segundo o teor de carbono Concentração de C12 (percentual) Turfa (restos vegetais ainda bem aparentes) 54 a 60 Linhito 65 a 75 Hulha 75 a 85 Antracito 95 O carvão, em seus diferentes estágios, é apenas um grupo de formas do Carbono. Outras formas, como o grafite e o diamante, também são formas carbônicas, mas possuem estrutura e orbitais moleculares diferentes. Carvão no Brasil Embora as reservas mais antigas tenham sido exploradas desde o século XIX, somente ao longo do século XX, quando as necessidades da indústria e dos transportes aumentam no Brasil, as jazidas de carvão passam a ser exploradas em maior volume. Década de 1940: crescimento da extração em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, para atender às necessidades da siderurgia nacional. Principais jazidas: nos estados do Sul (SC, RS, PR), exploradas economicamente. Em outros Estados, existem reservas, mas em quantidade irrelevante para a operação comercial de jazidas. Campos de turfa: existem campos de turfa em vários Estados do país, que também são explorados comercialmente. Além de aquecimento, a turfa é utilizada para algumas aplicações agrícolas e para despoluição de áreas com metais pesados ou derramamento de petróleo. Aplicações: siderurgia (aquecimento dos fornos), transporte, geração de energia. AULA 8 – LENHA/CARVÃO VEGETAL Madeiras energéticas As madeiras utilizadas para aquecimento e a produção de carvão vegetal são fontes mais baratas e disponíveis para gerar calor. O carvão vegetal é produzido através da queima lenta e controlada de madeira por vários dias. Esse processo visa fazer com que a capacidade calorífica não seja perdida com a queima das madeiras. Década de 1940: cerca de 80% do consumo de energia no Brasil utilizava lenha ou carvão vegetal. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Usos: siderurgia (envolve processos em temperaturas elevadas, p. ex. fundição), aquecimento, transporte, medicina. Silvicultura As práticas de florestamento comercial que utilizam os conhecimentos da silvicultura para cultivar árvores de rápido crescimento e valor comercial mais rentável têm se espalhado por todo o Brasil. Além do uso de madeira para celulose, papel e móveis, a madeira para o carvão vegetal é importante em vários setores da economia. Aquecimento de fornos industriais: cozimento de argilas e areias para fabricar cerâmicas, vidros, tijolos; na fusão de metais para a siderurgia (o carvão mineral, nesses casos, é mais utilizado). Medicina: remédios para adsorção de substâncias tóxicas no organismo. Indústria química: filtros e produtos para despoluição, descontaminação e limpeza. O florestamento comercial utiliza espécies exóticas no Brasil, como espécies de pinus e eucaliptos. Além de substituir a vegetação original, as áreas cobertas podem ter vários problemas ambientais quando não se adotam medidas de mitigação de impactos: erosão dos solos, redução de biodiversidade, etc. AULA 9 – BIOCOMBUSTÍVEIS Fontes renováveis Os biocombustíveis utilizam recursos naturais de origem orgânica para a geração de energia. Por isso, a energia gerada é considerada renovável, pois as matérias-primas podem ser cultivadas, reaproveitadas ou ter os seus ciclos biogeoquímicos aproveitados na produção, sem um horizonte de esgotamento evidente. Madeiras: carvão vegetal, lenha, serragem. Flores, folhas, caules de vegetais e óleos essenciais de plantas: fabricação de óleos e álcoois, inclusive combustíveis (de soja, mamona, milho, beterraba, mandioca, babaçu, dendê, etc.). Dejetos/lixo orgânico: pela queima, aproveitamento do chorume ou dos gases liberados. Estufas: o calor gerado pela radiação solar e o confinamento é convertido em energia. Biodigestores: esgoto, restos animais, vegetais e resíduos pode ser confinado em tanques fechados e fermentado. O gás liberado na fermentação pode ser convertido em energia. Etanol O álcool etanol produzido da cana-de-açúcar é o biocombustível mais utilizado no Brasil. A implantação do Proálcool pelo governo brasileiro nos anos 1970 foi responsável pelo impulso no uso desse tipo de etanol e pela liderança mundial brasileira nas tecnologias de produção e geração de álcool combustível, especialmente no setor automotivo. Outros vegetais também têm sido utilizados para geração de biocombustíveis no Brasil, com semelhante sucesso e tecnologia: mamona, soja, sementes de girassol, entre outros. AULA 10 – A CANA-DE-AÇÚCAR E O ETANOL BRASILEIRO Açúcar de base A cana-de-açúcar foi uma das bases da economia brasileira desde a primeira experiência bem-sucedida no Brasil, em 1532 (São Vicente, SP, a primeira ocupação portuguesa permanente no país). Cultivos No Brasil, as fazendas produtoras de cana-de-açúcar possuem a seguinte estrutura: Grandes propriedades (extensivas). Mão-de-obra abundante (manual). Monocultura Liderança mundial Mesmo após cinco séculos de experiências, os ciclos de expansão, declínio e da concorrência de outros países, o Brasil manteve-se como líder mundial no cultivo de cana- de-açúcar e das tecnologias para o processamento industrial dessa matéria-prima. Isso ocorreu porque o país desenvolveu uma cadeia produtiva complexa. Usinas de açúcar e álcool: fermentação de açúcares, para transformação em combustíveis e produtos derivados de açúcar e álcool. Processos industriais de destilação e fracionamento. Proálcool Com o objetivo de minimizar os efeitos negativos dos choques do petróleo dos anos 1970, o governo brasileiro http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 6 criou o Programa Nacional do Álcool em 1975. As medidas adotadas visaram substituir gradualmente a gasolina pelo etanol derivado de cana-de-açúcar. Os estímulos governamentais, as contribuições de universidades, centros de pesquisa, agricultores e da indústria criaram tecnologias e processos responsáveis pela liderança do país na produção de biocombustíveis. Ano/período Evento 1975 Criação do Proálcool. 1978 Primeiro carro nacional 100% movido a etanol. Anos 1980 Auge da produção de automóveis movidos a etanol. 2003 Motores tipo flex-fuel (podem funcionar tanto com gasolina quanto álcool). Vantagens Menor poluição atmosférica: os gases liberados pela queima do etanol, assim com de outros biocombustíveis, são menos poluentes que combustíveis fósseis. Recurso renovável: a cana-de-açúcar pode ser cultivada em várias regiões do país, por conta das condições climáticas e de solo favoráveis. Além disso, o ciclo de crescimento é rápido, o que facilita a obtenção de matéria-prima com frequência. Menor dependência de petróleo. Desvantagens Grandes áreas: necessita de vastas áreas para cultivo. O desmatamento, o uso inadequado dos solos e o emprego de grandes quantidades da água para irrigação podem causar graves danos ambientais. Risco de poluição e contaminação: o vinhoto, resíduo da destilação do caldo da cana-de- açúcar (garapa), acaba sendo jogado em cursos d’água. Substituição de cultivos: algumas regiões do país têm sofrido com a substituição de cultivos alimentares (feijão, arroz, frutas, etc) pela cana- de-açúcar. AULA 11 – HIDROELETRICIDADE Águas e pás A hidroeletricidade utiliza o movimento das águas, confinadas em represas, para gerar energia através da queda em declives acentuados, as barragens. O movimento das águas faz várias turbinas girarem, convertendo energia mecânica em energia elétrica. Fonte: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/71/Hydroelectric_dam_portugu ese.PNG>. Potencial brasileiro O Brasil possui boa parte de seu território formado por áreas planálticas, por onde correm muitos de nossos cursos d’água. Essa característica contribui para a produção de energia em hidroelétricas. Declives: as diferenças de declividade em áreas planálticas, forma rios encachoeirados, que podem ser aproveitados para a construção de barragens e represas. A energia das águas convertida em eletricidade é uma das principais fontes da matriz energética do país. Tipos de usinas Usinas de médio e grande porte: produzem cerca de 90% da oferta total da energia convertida nas hidroelétricas. Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs): usinas de pequeno porte, mais baratas e com menores impactos ambientais (não precisam desapropriar ou desmatar grandes áreas para armazenar água em reservatórios). Porém, como são construídos em cursos d’ água de menor tamanho e volume, estão sujeitas a períodos de estiagem. Vantagens Renovável: utiliza apenas o movimento das águas para converter energia hidráulica em elétrica. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 7 Diversos usos das represas: podem ser utilizadas para navegação, transporte e abastecimento de água. Experiência em implantação: a engenharia brasileira é mundialmente reconhecida pelas tecnologias e métodos criados na construção e operação de usinas hidroelétricas. Desvantagens Alagamento de grandes áreas: a construção de represas e barragens necessita desapropriar e desmatar grandes áreas, o que pode provocar gravas impactos ambientais. Além disso, algumas experiências de vegetações originais que foram submersas, sem retirada, lançam gases poluentes na atmosfera ao se decompor em ambiente aquático. Remoção de populações: as desapropriações obrigam os moradores a serem removidos. Esse processo pode provocar a destruição de valores culturais e históricos das populações com seus lugares tradicionais. Dificuldades na transmissão: para chegar a lugares distantes, a energia elétrica precisa ser transmitida com potência muito elevada. Esse processo acaba gerando perdas no caminho, o que exige investimentos e tecnologias para minimizar esse efeito de perda. AULA 12 – PROJETOS HIDROELÉTRICOS NO BRASIL Fonte abundante e disponível As condições naturais, a disponibilidade hídrica e a necessidade de fontes de energia mais baratas tornaram a hidroeletricidade uma fonte de energia essencial para o Brasil. Demanda energética O desenvolvimento urbano e industrial do Brasil ao longo do século XX elevou a demanda energética do país. As políticas de Estado foram necessárias para ampliar a matriz e a capacidade energética. Principais usos: consumo doméstico, indústrias, comércio, agropecuária. Principais projetos Projetos hidroelétricos no Brasil Projeto/usina Características Sobradinho No rio São Francisco, próximo à Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). 1973-1979: construção. Terceiro maior lago artificial do mundo. Paulo Afonso / Xingó Paulo Afonso: divisa entre BA, AL e PE. Xingó: entre Sergipe e Alagoas. 1948-1954: construção. Extensões até o fim dos anos 1970. Tucuruí Rio Tocantins, em Tucuruí (PA). 1976-1984: construção. Parte de projetos p/ desenvolver a Amazônia, no âmbito da ditadura militar. Itaipu Projeto binacional: envolve Brasil e Paraguai. Segunda maior usina do mundo. Gera boa parte do total nacional. Ilha Solteira No Rio Paraná, entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. 1965-1978: construção. Abastecimento do Centro-Sul. Corredor de transporte, através da hidrovia Tietê-Paraná. Novos projetos Belo Monte (PA) Tapajós (PA) Jirau (RO) Santo Antônio (RO) AULA 13 – ENERGIA NUCLEAR Colisões energéticas A energia nuclear aproveita-se da colisão de átomos, que liberam energia nesse processo, para convertê-la em eletricidade. As pesquisas desenvolvidas nos séculos XIX e XX, especialmente no campo da Física Nuclear (Rutherford, Fermi, etc.), contribuíram para o aproveitamento dessa fonte energética. Fissão e fusão nuclear As reações nucleares para conversão de energia podem ocorrer, dada a tecnologia atual, em dois processos: Fissão nuclear: colisão de átomos. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 8 Fusão nuclear: partículas subatômicas em processo de fusão liberam quantidades de energia muito superiores que na fissão. Esse processo ocorre na liberação de energia pelo Sol. A tecnologia atual não consegue converter energia em reações de fusão nuclear controlada em grande escala, embora existam testes em alguns países, incluindo o Brasil. As usinas atuais convertem energia através da fissão nuclear. Programa nuclear brasileiro A energia nuclear pode ser considerada como uma solução moderna e estratégica para o país, em função dos seguintes aspectos: Fornecer mais energia, para contribuir com a matriz energética. Desenvolvimento tecnológico. Importância geopolítica, pois poucos países dominam as tecnologias nucleares. 1975: acordos de cooperação com a Alemanha para o fornecimento de tecnologia e conhecimentos na produção de energia nuclear. Usinas existentes: Angra I e Angra II (em operação), Angra III (em construção, prevista para operação em 2018). AULA 14 – FONTES ALTERNATIVAS PARA O BRASIL Energias alternativasA busca por fontes de energias alternativas tem como objetivos utilizar recursos naturais renováveis e abundantes, buscar meios de produção com menor impacto ambiental e custos mais competitivos. Por isso, assim como outros países, o Brasil precisa desenvolver meios de conversão de energia nesses princípios. Brasil: utiliza fontes renováveis de energia (cerca de 80% da matriz energética). Vantagens do Brasil Dimensões continentais e várias opções de fontes energéticas. Elevada incidência de radiação solar. Litoral extenso. Diversidade de solos e climas. Recursos minerais diversos. Algumas fontes Fonte Características Solar Alta incidência solar. Pode ser individual ou distribuída. Placas térmicas. Células fotovoltaicas. Hidroelétrica Eólica Incidência dos ventos. Pouco utilizada no Brasil. Biomassa/biocombustíveis Cana-de-açúcar, soja, eucalipto, mamona, etc. Cultivada em várias regiões, tem grande potencial. Nuclear Recursos disponíveis no país (reservas de Urânio, por exemplo). Pequenas áreas. http://www.stoodi.com.br/ AGROPECUÁRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – SISTEMAS AGROPECUÁRIOS Uso da terra A agricultura, a pecuária, a criação de animais e as atividades agroflorestais são atividades econômicas que utilizam técnicas e conhecimento acumulados para a produção, criação e ocupação do campo. Características de sistemas Extensivo: ligado a técnicas tradicionais de produção. o Subsistência: algumas propriedades fazem cultivos voltados para o sustento das famílias de proprietários ou a venda de pequenos excedentes. o Grandes propriedades: algumas propriedades extensivas podem ter maiores áreas de plantio. Esse fator pode compensar a baixa eficiência na quantidade produzida por área em um sistema extensivo, embora não seja determinante. o Técnicas tradicionais: emprego de métodos de cultivo e criação considerados rudimentares e baixa mecanização. o Mão-de-obra humana: a baixa mecanização e as condições técnicas inferiores necessitam de mais mão-de-obra (em alguns casos torna-se insuficiente para dar conta da produção e pode sobrecarregar os trabalhadores). Intensivo: ligado ao uso mais intenso da terra e dos meios de produção, visando maior produtividade. o Comercial: preferência por produtos agropecuários de maior valor e lucratividade no mercado. o Uso intenso do solo: técnicas de fertilização do solo permitem aumentar a produtividade. o Rotação de culturas: rodízio de cultivos, para a recuperação do solo. Em alguns casos, o solo é submetido a uma espécie de descanso (pousio) para crescer vegetação natural e recuperar nutrientes. o Tecnologia: emprego de técnicas modernas para elevar a produtividade (sementes selecionadas, irrigação, melhoramento genético, fertilizantes, máquinas, remédios e vacinas para o gado, etc.). o Pequenas e médias propriedades: a falta de mais espaço para atividades agropecuárias. Plantation: sistema herdado da tradição colonial escravista nas grandes propriedades rurais, especialmente as canavieiras. o Monocultura tropical: a preferência é por produtos tropicais e subtropicais de maior valor no mercado internacional. o Agroindústria de exportação: o mercado externo é o principal alvo, por render maiores lucros e pelo fato de serem úteis a países compradores que não possuam as mesmas condições naturais (clima, solos, etc.) para produzi-los. o Grandes propriedades: embora não tenha valor elevado quando comparada com gêneros industrializados, para que haja maior ganho, a produção ocorre em grandes propriedades para que o volume produzido seja economicamente rentável. Rendimento elevado: nas propriedades melhor dotadas de recursos (mecanização, seleção genética, técnicas de criação ou cultivo), o rendimento acaba sendo muito maior do que em outros tipos de propriedades rurais. Tecnologia: a seleção de sementes, a irrigação, a mecanização, o armazenamento adequado, o uso de fertilizantes, pesticidas e a assistência técnica profissional nas fazendas são responsáveis pela elevada produtividade nas fazendas mais bem-sucedidas no Brasil. Tipos de lavouras Permanente: não exige um novo plantio para o cultivo, pois os produtos necessários podem ser retirados sem a remoção completa das plantas. Exemplos: laranja, café, uva, cacau. o Arbóreo: similar às árvores; em geral espécies que desenvolvem sementes e frutos que podem ser coletados sem arrancar a planta por inteiro. o Várias safras: vários cultivos podem ser realizados desde que novas sementes e frutos sejam gerados. o Exemplos: café, laranja, uva, cacau, etc. Temporário: exige um novo plantio cada vez que a colheita é realizada, pois as plantas são arrancadas do solo. A retirada é necessária porque, diferentemente das espécies arbóreas, novos produtos não germinam após o cultivo. o Herbáceo: similares às ervas, porque não desenvolvem caule lenhoso (madeira) e são arrancadas do solo para que possam ser cultivadas. o Uma safra/plantio: por serem retiradas completamente, é necessário plantar novas mudas para que os cultivos se desenvolvam. o Exemplos: soja, cana-de-açúcar, milho, trigo, feijão, arroz, etc. http://www.stoodi.com.br/ AGROPECUÁRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Meios de exploração Direta: executada pelo proprietário ou a sua família. Indireta: produção em parceria com proprietários das terras, por arrendamento (uma espécie de aluguel do terreno) ou grilagem (falsificação de documentos para obter a posse ilegal das terras). Agronegócio: envolve os processos da agropecuária, desde o cultivo até a comercialização. É principalmente formado por grandes empreendimentos empresariais destinados a atividades agropecuárias de alto rendimento comercial e que aplicam técnicas modernas. AULA 2 – TIPOS DE USO DA TERRA Exploração Em relação ao aproveitamento no uso da terra, as atividades agrícolas são classificadas como de exploração direta, indireta e agronegócio. Agricultura A maior parte da produção agrícola pode ser caracterizada através dos seguintes parâmetros: Gêneros vegetais: na agricultura, a produção está voltada para o cultivo de plantas, que podem servir de alimento ou como matéria-prima para outras utilidades. Extensiva/intensiva: as propriedades podem ter técnicas mais rudimentares de produção ou meios mais eficientes de cultivo. Permanente/temporária: os cultivos podem ter vários ciclos sem a necessidade de corte ou apenas um ciclo que exige o plantio de novas mudas. Pecuária/criação Gêneros animais: a atividade pecuarista e de criação utiliza seres domesticados para os diversos usos (carne, leite, couro, etc.). Existem casos específicos nos quais seres não- domesticados possam ser criados, com técnicas especiais. Extensiva/intensiva: a pecuária e a criação também ser realizadas com os animais soltos, sem muitos cuidados, ou com o confinamento e adoção de técnicas mais modernas. Principais tipos: bovinos (bois e vacas), suínos (porcos), ovinos (ovelhas), caprinos (cabras), bubalinos (búfalos), granjeiros (galinhas, por exemplo). Silvicultura Diferentes cultivos: o aproveitamento econômico de árvores pode ser obtido com os seguintes métodos: o Florestamento: espécies de crescimento rápido e comercialmente lucrativas são plantadas em grandes áreas. No Brasil, são utilizadas espécies exóticas (que não fazem parte dos ecossistemas brasileiros) como o eucalipto, por exemplo. o Associado ao reflorestamento: o reflorestamento tem como intenção a recomposição das formações florestais originais. Em alguns casos, pode haver o aproveitamento econômico parcial de algumas árvores e setores das propriedades florestais, sem a perda total das características do reflorestamento. Espécies arbóreas: o caule lenhoso para a extração de madeira é o principal motivo no cultivo de árvores. Espécies utilizadas no Brasil: eucalipto, pinus, seringueiras. AULA 3 – FATORES NATURAIS No ritmo natural Por serem atividades relacionadas ao aproveitamento de seres vivos, a agropecuária depende de condições naturais para maior êxito. Fator natural Características Clima Tipos climáticos: características do clima em cada região. Temperaturas Circulação atmosférica: massas de ar, correntes marinhas e frentes. Água Pluviosidade: quantidade de chuvas. Fontes disponíveis Solos Composição química Tipos: eluvial (rocha decomposta), aluvial (sedimentar), latossolo, litossolo. Fertilidade: massapê, terra roxa, de várzea, salmourão. Impactos sobre o solo Erosão Esgotamento Laterização: lixiviação do solo, que acaba por acumular excesso de alumínio e ferro. Lixiviação: dissolução dos componentes químicos dos solos. Relevo Declividades dos terrenos http://www.stoodi.com.br/ AGROPECUÁRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Técnicas: terraceamento, curvas de nível. Biodiversidade Fluxos de matéria e energia Equilíbrio local: dependência de condições bióticas adequadas. AULA 4 – ESTRUTURA AGROPECUÁRIA DO BRASIL Organização fundiária No Brasil e em outros países, a estrutura agropecuária está relacionada às formas pelas quais as propriedades estão organizadas e distribuídas. Heranças da organização colonial: o modo de produção escravista baseado no sistema de plantation influenciou de forma relevante o espaço agrário brasileiro. o A maior parte das terras do Brasil ficou concentrada nas mãos de poucas pessoas. o As porções de terras disponíveis restantes não são suficientes para a grande quantidade de pessoas que dependem das atividades do campo para sobreviver. o Esse processo (muitas terras nas mãos de poucas pessoas) é conhecido como concentração fundiária. Incra O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é o órgão federal responsável por organizar a estrutura rural e promover um processo de reforma agrária no Brasil. Cadastro agrário: mecanismos de mapeamento e documentação de todas as terras existentes, tendo objetivo da correta cobrança de impostos e redistribuição de terras improdutivas para evitar a excessiva concentração de terras e fraudes no campo. Estatuto da terra: lei criada nos anos 1960 para definir a política agrícola e estabelecer prioridades para a reforma agrária no Brasil. Módulo rural: mínimo necessário para a subsistência familiar (área variável de região para região). Latifúndio: propriedade maior do que o módulo rural. o Por dimensão o Por exploração Minifúndio: propriedade menor do que o módulo rural. Problemas atuais Concentração fundiária persistente. Conflitos por posse de terras. Terras sem utilização que podem servir, por exemplo, para a especulação imobiliária, apenas aguardando o aumento no valor do terreno. AULA 5 – PRINCIPAIS PRODUTOS E REGIÕES PRODUTORAS Lavouras temporárias Soja o Expansão: anos 1960-1970. o Do Sul para o Centro-Oeste e Norte. o Contribuições de pesquisa (ex: Embrapa). o Uma das principais commodities. Cana-de-açúcar o Ligado à histórica produção agrícola. o Expansão: do Nordeste para o Centro-Sul. o Produção de biocombustíveis. Algodão o Arbóreo (NE, permanente). o Herbáceo (Centro-Oeste, temporário). Milho, trigo, arroz: maior concentração no Sul. Lavouras permanentes Café o Principal produto de exportação (séculos XIX/XX). o Centro-Sul: SP, MG, PR, ES. o Ligado às transformações socioeconômicas do Brasil (migrações e entrada de capitais de café, por exemplo). Cacau o Concentrada em partes do Nordeste (Bahia) e Amazônia. http://www.stoodi.com.br/ AGROPECUÁRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 o Sombreamento, aproveitando a menor luminosidade das florestas tropicais abaixo das copas das árvores. Laranja o Maior produtor mundial. o Maiores estados produtores: SP, BA, SE, MG. Banana Fruticultura irrigada: ex. vale do São Francisco. Pecuária Maior rebanho bovino comercial do mundo (cerca de 200 milhões de cabeças). Gado de corte Gado de criação Gado leiteiro AULA 6 – POLÍTICAS AGROPECUÁRIAS NO BRASIL Base econômica As atividades agropecuárias e de extrativismo vegetal são fundamentais para a estrutura socioeconômica do Brasil, pois fazem parte de uma parcela significativa do PIB, das exportações e emprega uma parte da População Economicamente Ativa. Modernização: necessária para a inserção da agropecuária brasileira na dinâmica capitalista contemporânea. Tecnologias Mecanização Conservação/melhoramento de solos. Genética Processos agroindustriais Vacinas, remédios, pesticidas Complexo agroindustrial Ligação entre agropecuária e indústria Estrutura Commodities: valorização da agropecuária no mercado financeiro (cotações em bolsas de valores). Agronegócio: volume de produção e ganhos que se tornam estratégicos. Agricluster: cadeia produtiva no campo. Importância para o Estado Financiamento de atividades agrícolas por instituições do governo (Banco do Brasil e BNDES, por exemplo). Força política: por exemplo, através da bancada ruralista. Pesquisa: a Embrapa, as universidades e institutos de pesquisa contribuíram para tornar o Brasil um dos maiores produtores e exportadores agropecuários do mundo. Programas de reforma agrária (por exemplo, pela atuação do Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Balança comercial: políticas econômicas favoráveis às atividades agropecuárias. AULA 7 – QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS DA TERRA No Brasil Posse de terra possui aspectos conflituosos. Concentração de terras. Disparidades socioeconômicas. Ineficiência de políticas públicas. Problemas da atividade agropecuária Estrutura fundiária. Preferência por commodities/agroindústria. Infraestrutura. Espaço agrícola subaproveitado (cerca de 70% sem ocupação efetiva). Fatores ambientais Ocupação de extensas áreas. Redução de ecossistemas (desmatamento, queimadas). Redução da diversidade alimentar. Redução/deslocamento de populações tradicionais. Movimentos sociais http://www.stoodi.com.br/ AGROPECUÁRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Reivindicam melhorias na estrutura fundiária e maior justiça social no campo. http://www.stoodi.com.br/ INDÚSTRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – FASES DA INDUSTRIALIZAÇÃO Evolução O processo de industrialização é resultante de mudanças nas técnicas e no conhecimento para transformar matérias-primas em bens e objetos, bem como na estrutura social em diferentes momentos da história humana. Artesanato O artesanato, ou a arte de criar objetos de forma manual ou com o emprego de técnicas que dependem fundamentalmente do conhecimento e da manipulação humana é a forma mais antiga de produção. Sem divisão do trabalho: o artesão é o maior responsável pela realização do trabalho. Por isso, a divisão do trabalho é quase inexistente. Em alguns casos, há a presença de familiares e poucas pessoas que podem auxiliar no trabalho ou estarem na condição de aprendizes do ofício. Ferramentas: as pessoas são donas dos meios de produção (ferramentas, matérias-primas, espaço de produção). Personalização: por ser uma atividade predominantemente manual, sem padrões definidos de maneira precisa e em um ritmo natural, os objetos doartesanato, ainda que de mesmo tipo, dificilmente apresentam características exatas. Manufatura Com a evolução do comércio e das atividades ligadas às sociedades urbanas, a necessidade de fabricar mais produtos em menor tempo para atender a demanda crescente exigiu algumas modificações no modo de produzir. Divisão primária do trabalho: ainda que de forma simples, começa a haver a divisão social do trabalho, ainda que nas manufaturas seja possível encontrar pessoas donas de seus meios de produção. Mecanismos simples: a mecanização e a automação de tarefas passam a ser introduzidas com as primeiras máquinas. Indústria A evolução da ciência, da tecnologia e o crescimento populacional, especialmente das sociedades urbanas, foram alguns fatores responsáveis pelo desenvolvimento da Revolução Industrial. Divisão do trabalho: para que o trabalho seja executado com maior rapidez e qualidade, o trabalho passa a ser dividido. O trabalhador deixa de conhecer todo o processo de produção e fica destituído dos meios para produzir. Especialização: cada trabalhador fica responsável por uma etapa específica da produção. Máquinas: mecanização e automação. Fontes de energia: novas fontes como o carvão, o petróleo e a energia elétrica gerada por essas e outras fontes. Escala: a produção precisa ser grande o suficiente para atender ao crescente mercado consumidor. Fases da industrialização Em meados do século XVIII, a transição entre a manufatura e a indústria modifica completamente os padrões e a escala de produção. Primeira Revolução Industrial: entre o século XVIII até meados do século XIX. Segunda Revolução Industrial: de meados do século XIX até a época da II Guerra Mundial. o Taylorismo: conjunto de princípios de administração, organização e planejamento científico aplicado à indústria sob a influência de Frederick Taylor nos EUA. o Fordismo: criado nos EUA, nas indústrias de Henry Ford, a técnica é marcada pela produção em série, voltada para o consumo de massa. Terceira Revolução Industrial: no pós-II Guerra Mundial. o Expansão industrial. o Ampliação global de mercados. o Sistema financeiro global. o Aplicação intensiva de tecnologia. o Novos métodos de produção: toyotismo (redução de desperdícios, just in time, produção flexível), volvismo. AULA 2 – TIPOS DE INDÚSTRIA Industrialização A industrialização está relacionada às transformações sociais, econômicas e culturais verificadas a partir do século XVIII. http://www.stoodi.com.br/ INDÚSTRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Alguns fatores permitiram a diversificação das atividades industriais: Ciência e tecnologia: inovações para criar novas técnicas de produção, produtos e meios de distribuição. Capitais (fluxo) Transportes Comunicações Hábitos/cultura Tipos Tradicionais Transformação Não-Duráveis Duráveis De capital Intermediários DIT Organização produtiva e fluxos econômicos. Truste: uma empresa e vários setores. Holding: várias empresas em uma organização. Cartel: controle de preços e mercados. Joint-venture: associação de empresas Monopólio: controle de um setor. Estrutura empresarial. AULA 3 – BRASIL: EVOLUÇÃO INDUSTRIAL Formação Associada ao aumento populacional e à estrutura socioeconômica. Primeiras tentativas: séc. XVI. Fatores impeditivos: o Pacto Colonial o Escravidão o Dependência externa Até a II Guerra Atividades pontuais. Surtos industriais. No pós-II Guerra Industrialização o Tardia o Sociedade urbano-industrial Polo industrial Reúne indústrias de diferentes tipos. Concentração no Sudeste Sociedade urbano-industrial Interiorização Grandes projetos Substituição de importações Capitais externos Formação do parque industrial Século XX Mudanças no perfil do país. Desconcentração Tecnopolos / tecnópoles. Novos setores Concorrência AULA 4 – BRASIL: PRINCIPAIS SETORES INDUSTRIAIS Parque industrial Diversificado, dinâmico, moderno. Setores de base o Siderurgia/metalurgia http://www.stoodi.com.br/ INDÚSTRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 o Química/petroquímica o Alimentos/bebidas o Transformação: papel, carvão, couros, têxteis. Setores intermediários o Farmacêutica/fertilizantes/plásticos o Ferramentas o Material elétrico o Borrachas Setores avançados o Automóveis/transporte o Mecânica o Máquinas o Eletrônica AULA 5 – PRINCIPAIS REGIÕES INDUSTRIAIS Concentração Maior parte das indústrias está no Sudeste (cerca de 70% do total, cerca de 70% da produção e dos lucros). Mercado Capitais Mão de obra Infraestrutura Sudeste SP o Cerca de 50% das indústrias o Diversidade o Eixos industriais RJ o Commodities/química/petróleo o Grande Rio/Volta Redonda MG o Siderurgia o Quadrilátero Ferrífero o RMBH: diversidade Sul Cerca de 20% do total Influências da colonização europeia Bens de consumo Expansão de atividades com maior tecnologia Norte Projetos de desenvolvimento Potenciais da biodiversidade (ex: biotecnologia). Articulação com eixos de expansão agropecuária (agroindústria). Nordeste Centros industriais tradicionais Expansão e diversificação recente (ex. Camaçari, Suape). Centro Oeste Ligado às agroindústrias Expansão da infraestrutura Concorrência AULA 6 – DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL Fases da industrialização Colonial Surtos industriais (até década de 1940) Industrialização (pós-II Guerra) Desconcentração industrial Desconcentração De um modelo centrado nas metrópoles para a mudança para outras regiões (interior, cidades médias/outros estados). Mudanças na dinâmica da rede urbana. http://www.stoodi.com.br/ INDÚSTRIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 Projetos governamentais. Infraestrutura Papel do país na DIT Grande SP: elevada concentração (cerca de 75% nos anos 1970). Migração o Interior de SP o Outras áreas metropolitanas o Cidades médias (outros estados) http://www.stoodi.com.br/ TRANSPORTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – Características no Brasil Eixos de desenvolvimento A evolução dos transportes no país acompanhou o desenvolvimento dos ciclos econômicos e a formação da rede urbana brasileira. Fatores de formação Grande extensão territorial: a densidade e a qualidade das opções de transporte têm variações no país em função do histórico de ocupação e ao desenvolvimento econômico. Dinâmica da ocupação: associada ao processo de interiorização do país. Interiorização do povoamento. Principais características Elevada dependência do transporte rodoviária. Falta de integração entre diferentes meios (modais) de transporte. Custos de frete elevados. Regiões deficientes de opções de transportes. AULA 2 – Rodoviário Características gerais Rede de estradas: cerca de 1 milhão de quilômetros, incluindo caminhos asfaltados, de terra e outros tipos, em ambientes urbanos e rurais. Movimento de cargas: 95% das cargas passam pelas estradas. Pessoas: 60% do movimento das estradas é destinado ao trânsito de pessoas em diferentes modais. Desequilíbrios regionais Deficiências nas articulações (falta de opções intermodais, por exemplo). Tipos de rodovias Estaduais. Federais o Radiais o Longitudinais o Transversais o Diagonais o De ligação o De integração AULA 3 – Ferroviário Brasil nostrilhos As ferrovias foram importantes para a integração nacional e o desenvolvimento econômico. 1854: início do modal ferroviário no Brasil. Ligações com o ciclo econômico do café. Malha ferroviária Ápice: chegou a possuir mais de 35 mil km de ferrovias. Sucateamento: mudanças nas políticas do sistema de transportes. Privatizações: tentativas para aumentar os investimentos no setor ferroviário. o Prioridades para o transporte de cargas. AULA 4 – Aéreo Deslocamentos rápidos Fatores positivos Fatores negativos (encarecem o transporte) Eficiente Custos Seguro Operação Rápido Monitoramento Moderno Muitas pistas: mais de 4 mil aeródromos e campos de pouso (2º do mundo). Usos mais comuns Cargas comuns Cargas especiais http://www.stoodi.com.br/ TRANSPORTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Passageiros Serviços de entrega/logística Operação no Brasil Infraero: operação de aeródromos. Aeronáutica: monitoramento. Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC): regulação de serviços da aviação civil. Cindacta: sistemas de controle regionais para o monitoramento de aeronaves. AULA 5 – Marítimo Em águas agitadas Embarcações que cruzam mares, oceanos e até alguns cursos de água doce. Cabotagem: pela costa. Longo curso: entre o Brasil e outros países. Vantagens Grande capacidade. Transporta grandes quantidades de cargas. Custo mais baixo que outros modais. Pode transportar diferentes tipos de cargas. No Brasil Necessidade de infraestrutura portuária. o Portos intermodais. o Operação moderna e eficiente. AULA 6 – Hidrovias Em águas doces Aproveita os cursos d’água do continente. Hidrovias/rios: cerca de 15% do fluxo. Para portos fluviais ou marítimos. Potencial Vários rios navegáveis. Eclusas: permitem transpor diferentes altitudes. Principais hidrovias Tietê-Paraná. Madeira. São Francisco. Tocantins-Araguaia. AULA 7 – Intermodalidade e corredores de exportação Transporte intermodal Diferentes meios de transporte (tráfego misto). Diferentes pontos de conexão. Facilidade Integração de diferentes áreas. Complementação: terminais de cargas, portos secos. Corredores Zonas portuárias. Rodovias. Ferrovias. Hidrovias. http://www.stoodi.com.br/ POPULAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – TEORIAS DEMOGRÁFICAS Demografia A demografia é um dos ramos da geografia destinados às análises da dinâmica populacional. Temas o Crescimento o Estrutura etária o Orientação o Condições socioeconômicas Algumas teorias Malthusiana: no século XVIII, influenciada pelas mudanças na Revolução Industrial. o Alimentos: crescente em progressão aritmética. o População: crescente em progressão geométrica. Neomalthusiana: desenvolvida no contexto do pós-II Guerra, em que se observava o elevado crescimento demográfico em vários países. o Crescimento da pobreza: associado ao crescimento da população. o Maior número de jovens: necessidade de investimentos considerados não-produtivos (educação e saúde, por exemplo). Reformista/marxista: o crescimento populacional elevado é associado à pobreza. o Necessidade de políticas públicas. Transição demográfica: relacionada às diferentes etapas do crescimento populacional. o Fase inicial, transição demográfica e fase madura. AULA 2 – POPULAÇÃO ABSOLUTA E POPULAÇÃO RELATIVA População em crescimento O número de seres humanos ultrapassou a marca de 7 bilhões de indivíduos em 2011, segundo dados da ONU. Ásia: maior concentração. América: 900 milhões de habitantes. Evolução: levamos cerca de 200 mil anos para atingir um bilhão de pessoas (cerca de 1800), e apenas 200 anos para chegar a sete bilhões. Movimento de cargas: 95% das cargas passam pelas estradas. Pessoas: 60% do movimento das estradas é destinado ao trânsito de pessoas em diferentes modais. População e distribuição Absoluta: total de habitantes em um território. Relativa: densidade demográfica de um território (média do número de habitantes por km²). Brasil: 203 milhões de habitantes (população absoluta) e 23,84 habitantes/km² (população relativa). o 203.000.000 (população absoluta) ÷ 8.515.767 km² (área) = 23,84 hab./km² (densidade demográfica) AULA 3 – TIPOS DE ESTRUTURA DE POPULAÇÃO Análise de grupos Como as pessoas possuem vários aspectos singulares que marcam a diversidade humana, as análises populacionais são feitas, especialmente, através da classificação em grupos, considerando alguns fatores. Condições socioeconômicas. Crescimento, evolução, distribuição. Políticas públicas. Alguns tipos de classificação Faixa etária: idades e fases da vida. Sexo: homens e mulheres. Condições socioeconômicas/classes sociais: o Renda. o IDH/Coeficiente de Gini Meios de análises populacionais Tabelas Gráficos http://www.stoodi.com.br/ POPULAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 4 – ESTRUTURA DA POPULAÇÃO: CRESCIMENTO VEGETATIVO Como saber se a população cresce ou diminui? Crescimento vegetativo natural: Taxa de natalidade – taxa de mortalidade Saldo migratório: Taxa de imigração – taxa de emigração Interferências sob o crescimento Queda/aumento da natalidade. Queda/aumento da mortalidade. Êxodo rural/êxodo urbano. Padrões socioeconômicos. Distribuição de renda. Conflitos. AULA 5 – ESTRUTURA DA POPULAÇÃO: TAXA DE NATALIDADE E TAXA DE MORTALIDADE Crescimento e redução Ao longo do tempo, a população pode passar por modificações em sua estrutura e na quantidade de indivíduos, em função de interferências. Natalidade Nascimentos X 1000 Total de habitantes Mortalidade Mortes X 1000 Total de habitantes Mortalidade infantil Número de crianças que morrem na faixa etária de menos de um ano de idade completo. Mortes na faixa etária X 1000 Total de crianças na faixa etária AULA 6 – ESTRUTURA DA POPULAÇÃO: PIRÂMIDES ETÁRIAS Gráficos A análise de gráficos é um dos métodos mais úteis para analisar e comparar diferentes estruturas e comportamentos nos ritmos de crescimento da população. Os dados dos gráficos de pirâmides etárias possuem: Orientação sexual: masculino e feminino. Idade: dividida em grupos de faixas etárias. Pirâmides e situação demográfica Fase inicial: base larga e topo estreito. o Grande número de crianças. o Baixo percentual de pessoas em idade mais avançada. Transição demográfica: região intermediária mais alargada. o Grande número de jovens adultos. o Aumento no número de pessoas em idade mais avançada. Fase madura/avançada: base mais estreita e topo mais largo. o Maior número de adultos em idade mais madura. o Maior número de pessoas em idade mais avançada. AULA 7 – POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) Habilitadas para o trabalho A População Economicamente Ativa (PEA) é composta por pessoas que podem executar funções remuneradas. http://www.stoodi.com.br/ POPULAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Empregadas ou desempregadas. A partir dos 15 anos de idade (pode haver variações, que dependem dos critérios de cada órgão ou instituição de pesquisa). No Brasil: estimada em mais de 100 milhões de pessoas. Onde podem trabalhar? Setor primário. Setor secundário. Setor terciário. o Obs: setor terciário é diferente de terceiro setor. Desemprego Estrutural: falta de políticas de emprego e excesso de pessoas no setor primário. Tecnológico:substituição de trabalhadores e mecanização. Conjuntural: cíclico (situação econômica). Temporário: trabalho sazonal. Friccional: mudança de emprego. Fenômenos do desemprego Informalidade. Terceirização AULA 8 – INDICADORES SOCIAIS (IDH) Desenvolvimento humano Os indicadores de desenvolvimento humano têm o objetivo de medir e avaliar o bem-estar e a qualidade de vida das populações, utilizando como critérios, principalmente: Educação. Saúde. Renda. Mais próximo de zero (0,000): menos desenvolvido. Mais próximo de um (1,000): mais desenvolvido. Mudanças em alguns critérios Educação: anos de estudo e expectativa de anos de estudo. Renda: a partir da Renda Nacional Bruta (RNB). Brasil: 79º IDH mundial (2014), com IDH de 0,744. o Noruega: 0,944 (1º). o Níger: 0,337 (187º) AULA 9 – INDICADORES SOCIAIS (COEFICIENTE DE GINI) Inverso ao IDH Mais próximo de zero (0,000): melhor distribuição de renda (distribuição igualitária de renda). Mais próximo de um (1,000): pior distribuição de renda (renda muito concentrada). Diferenças entre IDH e Coeficiente de Gini IDH: desenvolvimento socioeconômico. Gini: equidade baseada especialmente na distribuição de renda. http://www.stoodi.com.br/ MIGRAÇÕES Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – TIPOS DE MIGRAÇÕES Mudança de endereço No movimento de pessoas entre lugares diferentes, o processo migratório pode ocorrer por motivos espontâneos ou forçados. Motivos espontâneos Motivos forçados Trabalho Violência/conflitos Condições de vida Desemprego Estudo Fatores ambientais Saúde Fatores políticos Motivos políticos/culturais Fatores étnicos/culturais/religiosos O que atrai imigrantes? Políticas de Estado. Emprego. Condições de vida. O que repele imigrantes? Conflitos/violência. Desemprego. Más condições de vida. Questões étnicas/xenofobia. Fluxos migratórios no Brasil A constituição atual da população brasileira recebeu a contribuição de grandes e variados fluxos migratórios ao longo de sua história. África: ligada, principalmente, à questão do sistema escravista no Brasil colonial. Europa: portugueses, italianos, espanhois, alemães, japoneses. Recentes: América Latina, Ásia. Políticas de Estado As políticas adotadas pelo Estado brasileiro também contribuíram para a entrada de imigrantes. Projetos de colonização Mão-de-obra (ex: economia cafeeira). Emigração ≠ Imigração AULA 2 – CORRENTES MIGRATÓRIAS País de imigrantes O Brasil recebeu pessoas de várias partes do mundo durante sua história, que contribuíram para a estrutura atual da população. Alguns grupos migratórios Portugueses o Acompanha o histórico de colonização. o Grande fluxo, contínuo (exceto período 1970-2000). o Dispersos por todo o Brasil. Italianos o Segundo maior grupo. o Ligados à projetos de colonização, especialmente na região Sul. o Economia do café (mão-de-obra), principalmente no século XIX. o Indústria e comércio (em SP, principalmente). Espanhois o Fluxo antigo (ex: Período Colonial, durante a União Ibérica). o Grande concentração em SP. o Atividades urbanas. Alemães o Incentivados por projetos de colonização de povoamento. o Com início no RJ, expande-se para outras regiões (Sul, ES, SP). Japoneses o Fluxos no século XX. o Ligados à economia cafeeira. o Grande concentração em SP, PR e MS. Turcos e árabes o Mais ligados à economia urbana. o Grande contingente no final do século XIX. Eslavos o Maior concentração no Sul. http://www.stoodi.com.br/ MIGRAÇÕES Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 o Atividades rurais. Outros grupos o Ásia: chineses, coreanos. o Europa: franceses, ingleses, holandeses, gregos. o América. o África. AULA 3 – MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS/REGIONAIS Movimentos internos/regionais Êxodo rural: do campo para a cidade. Êxodo urbano: da cidade para o campo. Migrações pendulares: em um período definido. o Subúrbio-centro o Boias-frias. Transumância: sazonalidade. o Exemplos: trabalho temporário no corte de cana (Sudeste) e lavouras temporárias com o fim da seca (Nordeste). Diferentes fluxos migratórios http://www.stoodi.com.br/ URBANIZAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – HABITAT E HABITAT URBANO Ambientes ecúmenos Como seres vivos capazes de produzir grandes alterações no ambiente terrestre, os humanos constituíram ambientes rurais e urbanos. O que é rural ou urbano? Conceitos de definição mais difícil atualmente. No espaço rural Disperso o Ordenado. o Desordenado. Aglomerado o Colônias o Povoados o Núcleos No espaço urbano Cidades planejadas. Cidades espontâneas. AULA 2 – CLASSIFICAÇÃO URBANA Um ambiente, muitas feições Os ambientes urbanos possuem características e funções diversas. Posição Do interior Litorâneas/marítimas Fluviais Função Industrial Comercial Turística Religiosa Capital Militar Feição da paisagem De planície De planalto De montanha Insular As cidades possuem apenas uma função, feição ou posição? AULA 3 – HIERARQUIA URBANA Polos As cidades podem polarizar para si várias funções e também serem polarizadas por outras cidades Rede urbana: fluxos, fixos e próteses. Hierarquia Metrópole global. Metrópole nacional. Metrópole regional. Centro regional. Centro sub-regional 1. Centro sub-regional 2. Alguns termos Malha urbana. Rede urbana. Conurbação. Macrocefalia. Região polarizada. Metrópole. Megacidade. Megalópole. AULA 4 – REGIÕES METROPOLITANA Espaços de articulação As regiões metropolitanas formam verdadeiras redes de articulação, com intensos fluxos entre os municípios. Conurbação. http://www.stoodi.com.br/ URBANIZAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Infraestrutura. Fluxos. Gestão integrada. Autonomia Os Estados e municípios, em conjunto, possuem condições para definir se são áreas metropolitanas, através de leis específicas, ainda que observem se possuem alguns dos critérios anteriores. Brasil: cerca de 70 regiões metropolitanas. Aglomerações urbanas: há aglomerados entre cidades que, porém, não são considerados metropolitanos. AULA 5 – MEGACIDADES E MEGALÓPOLES Altas densidades As megacidades e megalópoles correspondem às maiores e mais densas aglomerações urbanas do planeta. Grandes fluxos: pessoas, dinheiro, serviços, infraestrutura, comunicações. Influência. Maioria nos países em desenvolvimento. Megacidade ≠ Megalópole Megacidade: cidades com população igual ou maior a 10 milhões de habitantes. Megalópole: aglomeração/encontro/conurbação entre regiões metropolitanas. Cidade global ≠ Megacidade AULA 6 – URBANIZAÇÃO BRASILEIRA País rural A maior parte da população brasileira vivia em ambientes rurais até por volta da década de 1940, quando há mudanças na estrutura socioeconômica em função da entrada do país no universo da industrialização e das sociedades predominantemente urbanas. Efeitos Crescimento acelerado. Expansão da malha urbana. Suburbanização. Especulação imobiliária. Segregação espacial. Segregação urbana. Tendências recentes Deflação metropolitana. Cidades médias. AULA 7 – DESAFIOS DA URBANIZAÇÃO Urbanização brasileira Comparada com outros países, a urbanização brasileira pode ser considerada como um processo veloz, recente, e não ordenado, especialmente porque se torna mais evidente apenas na segundametade do século XX. Percentual: aproximadamente 85% dos brasileiros vivem atualmente em cidades. Falta de planejamento e consequências socioeconômicas Periferização. Especulação imobiliária. Deficiência de serviços públicos. Falta de empregos. Valor da terra. Discussões recentes Função social da terra. Estatuto das cidades. http://www.stoodi.com.br/ COMÉRCIO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – COMÉRCIO INTERNO E EXTERNO Negócios em diferentes escalas As atividades comerciais envolvem negócios que envolvem tanto o dia-a-dia, nas atividades cotidianas, quanto as grandes transações internacionais. Comércio interno: circulação financeira nacional. Comércio exterior: gera entradas/saídas internacionais. Balança comercial A balança comercial é composta pela diferença entre o comércio externo e o comércio interno. Exportações – importações Superávit: quando o saldo resultante na balança comercial é positivo (exporta mais do que importa). Déficit: quando o saldo resultante na balança comercial é negativo (importa mais do que exporta). Contribuições da balança comercial Para o Produto Interno Bruto (PIB). Para o Produto Nacional Bruto (PNB). Para a Balança de pagamentos. O padrão monetário mais comum para as transações comerciais é o dólar estadunidense (US$). AULA 2 – DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHOE DIVISÃO TERRITORIAL DO TRABALHO Divisão Internacional do Trabalho (DIT) Segundo esse conceito, cada país possui uma espécie de papel, ou conjunto de funções, na dinâmica do capitalismo internacional. De forma geral, envolve as diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Países em desenvolvimento Países desenvolvidos Recursos naturais Produtos industrializados Matérias-primas Tecnologias Produtos agropecuários Inovações/patentes Produtos industriais de menor tecnologia Empréstimos e investimentos Fases da economia Mercantil: relações entre metrópoles e colônias. Industrial: Revolução Industrial. Financeira: pós-II Guerra. Divisão Territorial do Trabalho Por esse conceito, de forma similar à DIT, cada região possui um conjunto de funções no capitalismo internacional. Nesse caso, a divisão territorial não envolve especificamente relações entre diferentes países, pois pode representar, por exemplo, diferenças regionais (por exemplo, entre o Centro-Sul, mais industrializado, e o Norte ou Nordeste). AULA 3 – ETAPAS DO COMÉRCIO: HISTÓRICO Comércio e fases do capitalismo Capitalismo comercial: mercantilismo. Capitalismo industrial: Revolução Industrial (século XVIII) Capitalismo financeiro: meados do século XX. No Brasil Colonial: atrelada ao Pacto Colonial. Abertura dos portos (1808): início do comércio externo oficial para além da metrópole portuguesa. Império: economia cafeeira. República (até 1945): pequenos surtos industriais. Pós-II Guerra: acordos comerciais e multilateralismo. AULA 4 – IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS País comprador O Brasil adquire grandes volumes de produtos importados de várias partes do mundo. Produtos de alto valor agregado. Crescimento nos últimos anos. Consumo interno (demanda elevada). http://www.stoodi.com.br/ COMÉRCIO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Importações brasileiras: principais grupos de produtos comprados do exterior Produto Percentual Petróleo 6,2 Automóveis 5,3 Óleos combustíveis 3,5 Autopeças 2,8 Medicamentos 2,6 Nafta 2,1 Componentes eletrônicos 1,9 Hulha 1,9 Peças de transmissão e recepção 1,6 Cloreto de potássio 1,5 Geradores e motores elétricos 1,4 Heterocíclicos 1,3 AULA 5 – EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS País vendedor Nas últimas décadas, o Brasil tem aumentado o volume e diversificado os tipos de produtos exportados para vários países, algo essencial para a balança comercial do país e para o PIB. Commodities ainda são importantes para as exportações. Peso do multilateralismo comercial, dos acordos e dos blocos econômicos entre o Brasil e outros países. Exportações brasileiras: principais grupos de produtos vendidos para o exterior Produto Percentual Minério de ferro, ferro fundido e aço 16,3 Petróleo 8,4 Soja e derivados 6,4 Açúcar 4,5 Café 3,1 Frango 2,8 Derivados de soja 2,2 Derivados de madeira 1,9 Semimanufaturados de ferro e aço 1,8 Automóveis 1,7 Carne bovina 1,6 Autopeças 1,6 Aeroespacial 1,5 AULA 6 – CORREDORES DE EXPORTAÇÃO Vias de escoamento Os corredores de exportação viabilizam o comércio exterior entre o Brasil e o resto do mundo. São fatores fundamentais para o aumento da competitividade dos produtos brasileiros: Eficiência. Redução de custos. Principais áreas dos corredores de exportação Santos (SP). Paranaguá (PR). Rio Grande (RS). Tubarão (ES). Diferentes modais de transporte: rodoviário, ferroviário, hidroviário. Principais destinos das exportações China. Estados Unidos. União Europeia. Mercosul. Outros BRICS. AULA 7 – ASSOCIAÇÃO COM BLOCOS ECONÔMICOS Comércio multilateral As possibilidades do comércio múltiplo tornam o Brasil mais competitivo e ajudam a criar preferências mais amistosas nas relações com outros países. Maior poder de negociação Maior integração econômica. Principais associações Mercosul/Unasul: integração econômica regional. União Europeia. http://www.stoodi.com.br/ COMÉRCIO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 NAFTA. Caricom. BRICS. APEC. União Africana. G8 e G20. AULA 8 – BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA Balança comercial A balança comercial entre o Brasil e outros países é a relação entre exportações e importações. Positiva: superavitária, quando as exportações são maiores do que as importações. Negativa: deficitária, quando as importações são maiores do que as exportações. Exportador Historicamente, o Brasil é um país que consegue manter uma condição superavitária, especialmente por conta da elevada capacidade de produzir commodities. Agropecuária. Minérios. Extrativismo vegetal. Políticas de Estado para reduzir a dependência externa. o Diversificação econômica. o Formação de um parque industrial. AULA 9 – ENDIVIDAMENTO EXTERNO BRASILEIRO Histórico de endividamento Para completar o processo de independência, o Brasil precisou contrair dívidas com a Inglaterra a por conta de indenizações que deveriam ser pagas a Portugal. Desse modo, o jovem país entrou cedo no endividamento externo. Entre os principais motivos para a contração de dívidas, temos: Investimentos. Estabilidade econômica. Pagamento de juros sobre as dívidas. Dívida pública. Situação crônica Boa parte da história do país é marcada por ciclos de endividamento por conta de alguns motivos: Crises econômicas. Insolvência fiscal. Reservas insuficientes. Situação recente Em 2008, as reservas existentes no país foram suficientes para quitar a dívida externa, situação inédita desde a independência. Além disso, o Brasil tornou-se credor de órgãos internacionais como o FMI (ofereceu US$ 10 bilhões para compor as reservas do órgão, por exemplo) e do banco dos BRICS, ou Novo Banco de Desenvolvimento (US$ 50 bilhões). Reservas: o Brasil possui reservas (espécie de poupança) estimadas em aproximadamente US$ 380 bilhões, entre as maiores do mundo. Metas fiscais: para cumprir suas obrigações financeiras e garantir os pagamentos, o país adotou metas que precisam ser seguidas para o controle dos gastos, modificadas anualmente. http://www.stoodi.com.br/ BRASIL NO MUNDO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br1 AULA 1 – RELAÇÕES INTERNACIONAIS O papel da geopolítica A geopolítica, enquanto uma das áreas de estudo da geografia, é essencial para o diálogo entre o Brasil e outros países, pois envolve as relações entre Estado e poder, na sua dimensão geográfica. Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty): representa as relações internacionais do Brasil. Comércio exterior: gera entradas/saídas internacionais. Como nos relacionamos? Acordos bilaterais. Acordos multilaterais. Organismos internacionais. Principais organismos nas relações internacionais Organização das Nações Unidas (ONU). Organização Mundial do Comércio (OMC). Banco Mundial (BM) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Grupo dos 8 (G-8) e Grupo dos 20 (G-20). Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). AULA 2 – PARTICIPAÇÃO EM ORGANISMOS, BLOCOS E ACORDOS Multilateralismo O multilateralismo tem sido uma postura adotada pelo Brasil, porque permite estabelecer um grande número de relações internacionais. Diplomacia: o Itamaraty é mundialmente respeitado pela postura de solução pacífica de conflitos e não interferência nos assuntos internos dos países. Agenda independente: o Brasil tem buscado por uma postura menos alinhada às estruturas políticas tradicionais (por exemplo, subordinada aos países mais ricos). Pós-II Guerra: nova mediação nas relações internacionais. Organização das Nações Unidas (ONU) O Brasil foi um dos membros fundadores, em 1945. Estabelecer a paz mundial, através de diversos canais de diálogo. Principais órgãos do Sistema das Nações Unidas Conselho de Segurança Banco Mundial (BM) Fundo Monetário Internacional (FMI) Organização Mundial do Comércio (OMC) Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) Organização Internacional do Trabalho (OIT) União Internacional de Telecomunicações (UIT) Missões de paz Conselho de Segurança OMC: promover a organização do comércio multilateral. o GATT. o FMI, BIRD, rodadas econômicas. FMI, BM: financiamento, políticas econômicas. Estrutura da ONU Mercantil: relações entre metrópoles e colônias. Industrial: Revolução Industrial. Financeira: pós-II Guerra. Principais acordos e participações Grupo dos 20 (G-20). BRICS. Mercosul/Unasul. Organização dos Estados Americanos (OEA). Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). http://www.stoodi.com.br/ QUESTÕES AMBIENTAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – HISTÓRICO Recursos escassos para uma demanda crescente As consequências negativas do modo de vida da humanidade nos últimos séculos, associadas ao consumo crescente de recursos naturais, ao crescimento populacional e às intervenções cada vez mais intensas na paisagem elevaram a preocupação com as questões ambientais. Visão ecossistêmica. Visão geossistêmica. As conferências sobre meio ambiente 1972: Conferência da ONU sobre Meio Ambiente (Estocolmo, Suécia). o Criação de Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento (1983). 1992: II Conferência sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (Rio-92). o Rio+10: Johannesburgo (2002). o Rio+20: Rio de Janeiro, 2012. AULA 2 – A ONU E AS CONFERÊNCIAS SOBRE MEIO AMBIENTE Meio ambiente: questão global As contribuições da comunidade científica, das conferências da ONU e dos Estados nacionais foram importantes para tornar os assuntos ligados ao meio ambiente como questões de ordem global, que precisam de políticas públicas comuns. Efeitos do pós-II Guerra. Guerra Fria. Crescimento econômico acelerado. I Conferência da ONU sobre Meio Ambiente Estocolmo, Suécia (1972). Relação ser humano-ambiente. Percepção de impactos ambientais. o Inversão térmica. o Seca de rios, lagos e outros corpos d’água. o Ilhas de calor. o Poluição do ar. Debate Crescimento zero X Crescimento a qualquer preço Criação do PNUMA (1972) Programa da ONU para o meio ambiente. o 1983: Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento. o 1987: Desenvolvimento Sustentável. Conferência do Rio (Rio-92) Cúpula da Terra. o Carta da Terra. Convenções o Biodiversidade. o Mudanças climáticas. o Desertificação. Agenda 21. Rio+10 (Johannesburgo, 2002) Desenvolvimento humano e meio ambiente. Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, 2007) Relações entre mudanças climáticas e impactos ambientais. o Ação antropogência. o Mudanças nas temperaturas (atmosfera, TSM). Rio+20 (Rio de Janeiro, 2012) Desenvolvimento sustentável: como conciliar economia, indicadores sociais e conservação/preservação dos ciclos naturais do planeta? Economia verde. http://www.stoodi.com.br/ QUESTÕES AMBIENTAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 3 – ATMOSFERA Coluna de gases A atmosfera terrestre possui diferentes gases em sua composição, com estrutura e altura variáveis, que acabam por ser divididas em camadas. Principais gases: nitrogênio (N2): 78%; oxigênio (O2): 20,9%; Argônio (Ar): 0,9%. Humanidade e atmosfera: possíveis relações Impacto ambiental Características/consequências Poluição atmosférica Podem ser prejudiciais para a atmosfera, pois podem, inclusive, alterar sua composição. Gases de combustíveis. Processos industriais. Incineração Substâncias voláteis. Podem ser prejudiciais às formas de vida. Ozônio (alterações) Naturalmente, O3 é formado a partir da radiação solar. CFCs: podem interromper processo. Inversão térmica Concentração de ar frio perto do solo. Chuva ácida pH < 7,0 (acidez) Ilhas de calor Aumento de temperatura do ar em áreas sem cobertura natural. Efeito estufa Concentração de poluentes: retém parte da radiação infravermelha. AULA 4 – A CAMADA DE OZÔNIO Ozônio O gás ozônio (O3) é formado através da radiação solar. Fonte: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-camada-de- ozonio/imagens/camada-ozonio-33.jpg>. Na estratosfera Entre aproximadamente 10 km e 35 km de altitude. Espessura aproximada de 10 km. Ameaças: CFCs, especialmente compostos derivados de cloro e bromo, podem contribuir para descaracterizar essa camada. AULA 5 – O EFEITO ESTUFA Gases retidos Uma parte da radiação que atinge a superfície terrestre consegue permanecer por conta da presença de alguns gases. Parte da radiação não é perdida para o espaço, contribuindo para as características atuais de temperatura terrestre. Processo natural: importante para a manutenção da vida como conhecemos. Efeitos negativos: a interferência humana na atmosfera tem sido apontada como responsável pelo aumento anormal das temperaturas nas últimas décadas. Influência de alguns gases no efeito estufa CO2 CFCs N2O CH4 http://www.stoodi.com.br/ QUESTÕES AMBIENTAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 AULA 6 – HIDROSFERA Planeta água Aproximadamente 70% da superfície terrestre é coberta por água. 97% (água salgada) 3% Dos 3% de água doce restante: apenas 21% estão disponíveis para consumo. Disponível para consumo (21%) Água doce não disponível (em geleiras, glaciares e outros lugares de difícil acesso): 79% Interferências Uso da água: maior parte não é para o consumo pessoal comum. o Agricultura, indústria, pecuária, mineração, extrativismo. Uso da água no mundoAgricultura: 70% Indústria: 20% Doméstico: 10% Necessidade de melhor gestão dos recursos hídricos. Poluição hídrica Lançamento de efluentes (indústrias, residências, comércio). Uso de pesticidas e fertilizantes. Radiação (vazamentos de material radioativo). Resíduos (lixo). Atividade marítima (navegação). AULA 7 – SOLOS Suporte para a vida Os diferentes horizontes dos solos estão diretamente relacionados à biosfera. Nutrientes. Abrigo. Suporte para as plantas, animais e outros seres vivos terrestres. Impactos Efluentes líquidos. Resíduos sólidos. Tipo de ambiente Impactos Cidades Metais pesados Chorume Elementos químicos nocivos Campo Agrotóxicos Fertilizantes Indústrias Materiais radioativos Metais pesados Depósitos de contaminantes. AULA 8 – RADIAÇÃO http://www.stoodi.com.br/ QUESTÕES AMBIENTAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 Propagação A propagação de elementos radioativos está associada à diferentes comprimentos de onda e à matéria que está dispersa pelo espaço. Elementos químicos: podem emitir radiação (alfa, beta ou gama, por exemplo). Aplicação de técnicas nucleares o Medicina (tratamentos, geração de imagens). o Geração de energia. o Eletrônica. o Processos industriais. Riscos Contaminação. Doenças/mortes. Poluição e necessidade de remoções em massa (exemplo: acidente nuclear de Chernobyl, Ucrânia, em 1986). Necessidade de destinação correta dos resíduos nucleares. AULA 9 – DESMATAMENTO Destruição de ecossistemas Grandes áreas naturais do planeta acabaram por ser destruídas para dar lugar à atividades do cotidiano moderno das sociedades humanas. Rápida interiorização e expansão dos eixos populacionais. Características dos diferentes modos de ocupação. Principais causas e consequências Extinções em massa e perda de biodiversidade. Queimadas e derrubadas de áreas florestais. o Agropecuária. o Mineração. o Silvicultura. Processos erosivos. Poluição do ar, hídrica e dos solos. Grandes projetos. o Hidroelétricas. o Mineração. Especulação imobiliária. Turismo predatório. AULA 10 – PROBLEMAS URBANOS Descaracterização Os ambientes urbanos estão, de forma geral, associados à grande descaracterização das condições naturais e à elevada densidade técnica de elementos artificiais. Modo de vida. Economia. Planejamento de configuração e usos do solo. Consequências da descaracterização Crescimento desordenado. Destruição de ecossistemas. Poluição do ar. Poluição das águas. Poluição dos solos e processos erosivos. Resíduos urbanos. Ilhas de calor e inversão térmica. Doenças nos seres humanos. AULA 11 – RESÍDUOS ESPACIAIS Lixo para fora A exploração espacial tem feito o uso de equipamentos e veículos que são, em grande parte, irrecuperáveis, e acabam por ser abandonados no espaço. Condições adversas do espaço. http://www.stoodi.com.br/ QUESTÕES AMBIENTAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Dificuldades na reentrada. Falta de políticas de recolhimento dos resíduos. Peças sensíveis. Quanto lixo sobre nossas cabeças? Aproximadamente 300 milhões de detritos (tamanho maior ou igual a 1 mm). o Cerca de 10 mil desses objetos são mais visíveis. Riscos Alta velocidade na possível queda de objetos. Impactos com a superfície terrestre. Combustíveis. AULA 12 – CONSEQUÊNCIAS NOS DOMÍNIOS NATURAIS BRASILEIROS País megadiverso Como um país considerado megadiverso, o Brasil possui as seguintes características: Grandes dimensões territoriais. Diversidade de domínios morfoclimáticos. Mosaicos de ecossistemas. Potenciais na utilização dos recursos. Na agenda O meio ambiente brasileiro, em função de sua megadiversidade e da necessidade de melhor gestão, é alvo de políticas públicas que receberam inúmeras contribuições. Eco-92, Rio+10, Rio+20, COP-10, IPCC. Código Florestal, Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs), Reservas. Movimentos sociais e comunidade científica. Elementos-chave: preservação, conservação e manejo. Impactos ambientais Fenômeno/impacto Consequências Desmatamento Extinções em massa (fauna/flora). Alterações no ciclo d’água. Degradação dos solos. Poluição. Alterações climáticas Aumento de temperaturas. Desertificação. Eventos extremos. Poluição das águas Poluição dos solos Chorume Ciclo d’água (poluição) Radiação. Metais pesados. Urbanização Expansão agropecuária Conflitos (comunidades tradicionais e indígenas) Saúde pública http://www.stoodi.com.br/ DIVISÕES REGIONAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – DIVISÕES REGIONAIS DO BRASIL: VISÃO GERAL Dimensão regional A regionalização do espaço brasileiro é um modelo compartimentado de análise. Influências da geografia francesa. Aspectos descritivos. Planejamento e gestão territorial. Diferentes regionalizações Início do século XX: didática. CNG/IBGE: planejamento e gestão territorial. o 1942: Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro- Oeste. o 1945: Zonas Fisiográficas. o 1970: configuração atual. Regiões geoeconômicas: Norte, Nordeste e Centro-Sul. http://www.stoodi.com.br/ AMAZÔNIA E REGIÃO NORTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – DEFINIÇÕES GERAIS Domínio natural sul-americano As características naturais dos ecossistemas amazônicos estão distribuídas por uma área gigantesca, que abrange, além do Brasil, outros países vizinhos do continente na região equatorial. Ocupação recente Há milhares de anos diversas sociedades ocupam a região amazônica. Embora o processo de colonização tenha dado origem a algumas cidades e atividades econômicas desde o século XVI, apenas na segunda metade do século XX houve um aumento significativo da população. Eixos de colonização: iniciativas privadas ou públicas para criar atividades agropecuárias, minerais, extrativas florestais e cidades, especialmente ao longo de novos caminhos (rodovias, especialmente). Projetos estatais: iniciativas organizadas pelo Estado brasileiro para incentivar a ocupação da região amazônica (por exemplo, durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985). Domínio amazônico ≠ Amazônia Legal Características gerais Paisagem heterogênea: diferentes feições e ecossistemas (matas de terra firme, locais alagadiços, campos, etc.). Rede urbana e articulações. Biodiversidade estratégica. Projetos de desenvolvimento e intervenção. Ocupação ancestral. AULA 2 – ASPECTOS NATURAIS Domínio das terras baixas A maior parte do território da região Norte é formada por planícies sedimentares, com altitudes variando entre 0 m e 200 m. Soerguimento dos Andes: um dos possíveis fatores para o surgimento das nascentes da Bacia Amazônica. Mar interior: evidências de áreas marinhas no interior da América do Sul, no Mioceno (entre 24 e 5 milhões de anos a. p.). Ocorrência de planaltos residuais, de origem cristalina. Depressões. Domínio intertropical Baixa amplitude térmica. Temperaturas elevadas (≈ 25ºC de média). Pluviosidade elevada (≥ 1500 mm/ano). Evapotranspiração. Clima equatorial. Clima tropical úmido. Domínio de águas doces Rios de planície. Áreas de recarga: planaltos residuais, Planalto Central, Cordilheira dos Andes. Bacia Amazônica, a maior do mundo. Diversidade vegetal Características gerais: vegetação higrófita, latifoliada, perene e densa. Diferentes fisionomias: o Mata de igapó. o Mata de várzea. oMata de terra firme AULA 3 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Território de grande extensão Entre as cinco regiões brasileiras definidas pelo IBGE, o Norte corresponde à cerca de 40% do território nacional. Área: 3,8 milhões de km². População: aproximadamente 16 milhões de habitantes. Densidade demográfica: ≈ 4 hab./km². Ocupação Povoamento pré-colonial. AMAZÔNIA E REGIÃO NORTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Intensificação do povoamento durante o século XX. o Rios: as vias de trânsito da região. Missões, fortificações. Drogas do sertão. Borracha. Mineração. Projetos estatais. Organização espacial e atividades econômicas Rede urbana: várias cidades ao longo dos rios ou ligadas a eixos rodoviários. o Zona Franca de Manaus. o Região Metropolitana de Belém. o Capitais e eixos recentes. Agropecuária: ligada à expansão da fronteira agrícola brasileira. o Arco do desmatamento. Extrativismo. Mineração: associada aos projetos de integração nacional. Potenciais da biodiversidade. AULA 4 – PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO/INTERVENÇÃO (PARTE I) Metas de Estado Integração nacional. Colonização Soberania nacional. Principais projetos Projeto Características Albrás Para produção de alumínio. Bacarena (próxima a Belém, PA). Alunorte Para a produção de alumínio. Matéria-prima do vale do rio Trombetas (Oriximiná, PA). Fabricação de alumina p/ Albrás. Carajás Sudeste do Pará. Jazidas: ferro, cobre, ouro, manganês, bauxita. Jari Amapá/Pará. Várias frentes de atuação. Urucu Exploração petrolífera na bacia sedimentar amazônica. Produto Região/projeto Ferro Carajás. Manganês Caulim Jari Cassiterita Rondônia Quartzo Tocantins Calcário Ouro Serra Pelada, Amapá, Vale do Araguaia (TO), Vale do Madeira (RO). AULA 5 – PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO/INTERVENÇÃO (PARTE II) Articulações Necessidade de integrar a região Norte ao resto do país e inseri-la no contexto do capitalismo nacional/internacional. Redes: transportes, comunicações, infraestrutura. Projetos estatais Plano de Integração Nacional (PIN): integração e povoamento. o Infraestrutura. o Colonização. o Atividades econômicas. Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM): órgão responsável por orientar o desenvolvimento da região. Projetos de defesa: soberania, defesa dos recursos naturais. o Calha Norte: arco de defesa militar. AMAZÔNIA E REGIÃO NORTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 o Sivam: monitoramento aéreo e terrestre. Projetos recentes o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): em energia e transportes. o Projetos: usinas de Belo Monte, Santo Antônio, Jirau; Rodovia Transoceânica. AULA 6 – A IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DO ECOSSISTEMA AMAZÔNICO Domínio megadiverso Elevada biodiversidade nos ecossistemas amazônicos (aquáticos, terrestres e nas interações). Elevados fluxos de matéria e energia. Características Grande extensão territorial. Elevada pluviosidade. Temperaturas elevadas. Baixa densidade demográfica. Estado de conservação. Domínio natural estratégico. Justificativas Clima/ciclo hidrológico o Evapotranspiração/umidade. o Massas de ar (mEc, ZCAS). o Recarga estratégica. Vegetação/diversidade de vida terrestre o Manutenção das condições climáticas. o Qualidade dos solos. o Recursos naturais. o Novos elementos. Ações estratégicas Zoneamento. Monitoramento. Serviços públicos. REGIÃO NORDESTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS Dados Abrange nove estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. 56 milhões de habitantes. 1,554 milhões de km². PIB: aproximadamente R$ 600 bilhões. Litoral populoso: concentra as maiores áreas urbanas e as atividades econômicas mais importantes. Interior o Semiárido povoado. o Polos urbanos. o Questões fundiárias. Evolução recente. Zonas fisiográficas Além das classificações definidas pelo IBGE para a delimitação do Nordeste, as zonas fisiográficas também são outra forma de compreender as diferentes características da região com base em aspectos naturais e socioeconômicos. Meio Norte. Sertão. Agreste. Zona da Mata. AULA 2 – ZONA DA MATA: ASPECTOS NATURAIS Domínio tropical úmido A região da Zona da Mata é caracterizada por climas quentes e úmidos. Chuvas de outono/inverno. Chuvas de verão. Massas de ar: massa Tropical atlântica (mTa), massa Equatorial atlântica (mEa). Vegetação atlântica As formações florestais são compostas por matas tropicais úmidas. Ombrófilas. Coqueirais. Mangues e brejos. Chuvas de inverno Pluviosidade mais intensa nesse período. Tabuleiros e formações litorâneas As formações tabulares e litorâneas estão associadas a processos sedimentares. Restingas. Mangues. Falésias. Dunas. Recifes. AULA 3 – ZONA DA MATA: ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Litoral populoso A região da Zona da Mata possui as maiores concentrações populacionais e as áreas urbanas mais importantes. Grandes áreas metropolitanas: Recife, Fortaleza, Salvador, Maceió. Atividades econômicas: setor industrial, comércio e serviços, turismo. Estrutura econômica Fortemente marcada por monoculturas tropicais de exportação (ex.: cana-de-açúcar, de herança colonial e associada às excelentes condições do solo massapê). Fruticultura tropical. Agroindústria. Projetos de desenvolvimento: Suape (PE), Pecém (CE), entre outros. Incentivos fiscais. http://www.stoodi.com.br/ REGIÃO NORDESTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 4 – AGRESTE: ASPECTOS NATURAIS Transição entre domínios A zona fisiográficas do agreste está em um enclave entre as planícies ou tabuleiros costeiros da Zona da Mata e os planaltos e formas tabulares do sertão. Características naturais Solos variáveis: entre solos pedregosos ou inconsolidados e solos mais profundos. Brejos, campos e matas caducifólias: associadas às chuvas sazonais. o Entre 700 mm e 800 mm/ano. o Interferência das chapadas e planaltos. o Rios perenes. AULA 5 – AGRESTE: ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Transição econômica Na faixa do agreste predominam a pecuária e a policultura em pequenas e médias propriedades. Condicionantes: condições dos solos e sazonalidade das chuvas. Agropecuária: para o abastecimento das metrópoles da Zona da Mata. o Alimentícios, frutas, gado leiteiro. Polos urbanos: Feira de Santana, Campina Grande, Caruaru, Arapiraca. AULA 6 – SERTÃO E LITORAL SETENTRIONAL: ASPECTOS NATURAIS Domínio das áreas planálticas A zona fisiográfica do Sertão é marcada por regiões que possuem altitudes superiores a 500m, em chapadas, morros, serras e depressões interioranas. Formações do escudo cristalino. Sedimentação (ex.: pediplanos). Características Depressões intermontanas e interplanálticas. Áreas de aplainamento e desgaste erosivo (pediplanação/peneplanação). Vales fluviais recortados (ex.: São Francisco). Sazonalidade: água sujeita às secas prolongadas. o Médias pluviométricas entre 250 mm e 800 mm. o Diferentes feições do semiárido. Caatingas e áreas de cerrado. o Xerófitas. o Cactáceas, bromeliáceas. Rios sazonais. Temperaturas elevadas: médias em torno de 25ºC ou superiores. AULA 7 – SERTÃO E LITORAL SETENTRIONAL: ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Semiárido povoado A zona fisiográfica do Sertão possui uma concentração populacionalelevada, sendo uma das áreas de clima semiárido mais povoadas do mundo. Polígono das secas: delimitado em função das condições de semiaridez. o Alvo de políticas públicas e tentativas para diminuir os efeitos das secas. Características socioeconômicas Agropecuária: adaptada às limitações das secas. o Minifúndios. o Subsistência. o Gado extensivo. Áreas de expansão: vale do São Francisco, oeste da Bahia. http://www.stoodi.com.br/ REGIÃO NORDESTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Cultura de vazante, especialmente ao longo das margens do rio São Francisco. Baixos indicadores sociais. Escassez de água para consumo. Migrações. AULA 8 – MEIO-NORTE: ASPECTOS NATURAIS Faixa de transição A zona fisiográfica do Meio-Norte está em uma faixa entre os domínios morfoclimáticos da Amazônia, da Caatinga e de áreas de cerrado. Setores de menor altitude. Depressões (de oeste para leste). Características naturais Influências equatoriais: massas de ar (mEc, mEa) e chuvas de verão (variável). Vegetação: transicional (ecótono). o Babaçu, carnaúba, sisal. Formação de deltas (ex.: Parnaíba). AULA 9 – MEIO-NORTE: ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Características Extrativismo vegetal: babaçu, carnaúba, sisal. Agropecuária comercial: soja, milho, algodão, arroz. Corredor de exportação: infraestrutura portuária (São Luís, MA), especialmente para a produção mineral de áreas do Norte (Carajás, por exemplo). Condições socioeconômicas: IDH menor do que a média nacional, questões fundiárias relacionadas à concentração de terras. http://www.stoodi.com.br/ REGIÃO CENTRO-OESTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Planaltos e depressões As características geológicas e geomorfológicas atuais da região Centro-Oeste são derivadas dos movimentos de formação do continente sul-americano há cerca de 150 milhões de anos. Depressão Periférica: derramamentos basálticos, originados do vulcanismo. Planície sedimentar: Pantanal. Região marinha: mares interiores poderiam fazer parte das planícies sedimentares atuais. Características naturais Massas de ar: massa Equatorial continental (mEc), massa Tropical continental (mTc), massa Polar atlântica (mPa). Climas quentes: tropical típico, tropical úmido. Área de recarga: origem de cursos d’água e bacias hidrográficas na região. o Amazônica. o Tocantins-Araguaia. o Paraná. o Paraguai. Predomínio de cerrados. Formações complexas: Pantanal. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Interiorização Considerado mais lento em relação a outras porções do Brasil, o povoamento do Centro-Oeste está ligado aos diferentes ciclos de expansão econômica para o interior. Bandeiras (séculos XVII/XVIII). Mineração (século XVIII). Pecuária. Construção e transferência da capital do Brasil para Brasília (a partir de 1957). Agropecuária moderna. Características socioeconômicas Urbanização elevada: cerca de 90% da população vive em áreas urbanas. Articulações da rede urbana: o Complexo agroindustrial. o Expansão agropecuária ligada às commodities exportadas pelo Brasil. Infraestrutura: articulação com outros mercados, especialmente por rodovias. AULA 3 – POVOAMENTO E INTERIORIZAÇÃO Interiorização recente Por ter ficado relativamente isolada do restante dos ciclos econômicos e de outras regiões de povoamento mais intenso, o Centro-Oeste teve um processo de interiorização mais elevado na segunda metade do século XX. Fenômenos do povoamento no Centro-Oeste Evento Características Missões religiosas (séculos XVI e XVII) Incursões por rios da região para a catequização de índios e fundação de missões religiosas. Bandeiras (séculos XVII e XVIII) Bandeirantismo na região, especialmente para a captura de índios a serem escravizados. Ciclo do ouro (século XVIII) Associado ao surgimento de núcleos urbanos como Cuiabá e Poconé (MT), Vila Bela e Vila Boa (GO). Fortificações Defesa das fronteiras e possessões coloniais portuguesas. Pecuária (séculos XIX e XX) Pecuária extensiva como elemento de ocupação de grandes áreas. Brasília (1960) Projeto de interiorização e desenvolvimento a partir da nova capital. Expansão agropecuária (a partir da década de 1970) Ligada ao papel das commodities na economia brasileira. Características atuais Urbanização elevada: cerca de 90%. Densidade demográfica ainda mais baixa em relação a outras partes do país. http://www.stoodi.com.br/ REGIÃO CENTRO-OESTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Vínculo econômico mais associado ao setor primário da economia. AULA 4 – BRASÍLIA E A INTERIORIZAÇÃO DO POVOAMENTO No centro do país A consolidação de Brasília como capital do Brasil foi associada à necessidade de povoamento e desenvolvimento do interior do país. Discussões para a mudança da capital Século XVIII. Período Imperial. República Velha. Eventos mais importantes Ano Evento 1891 Constituição previa a construção de nova capital. 1922 Pedra fundamental indicando o marco de construção. 1946 Comissões criadas para conduzir a transferência. 1956 Início da execução de projetos e construção. 1960 Inauguração, a 21 de abril. Alguns motivos para a transferência Deslocar as decisões políticas. Novo centro, mais afastado de grandes contingentes populacionais, da mídia e das pressões sociais. Questões militares. Integração do interior do país com os centros mais desenvolvidos. Características atuais 1960: novo Distrito Federal. o Composto por um único município (Brasília), dividido em Regiões Administrativas (Plano Piloto, Águas Claras, Gama, Ceilândia, Planaltina, Taguatinga, etc.). o Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE). Cumprimento do papel de eixo de integração. Crescimento desordenado: mais de quatro milhões de pessoas já vivem na região metropolitana do DF. http://www.stoodi.com.br/ REGIÃO SUDESTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Serras e planaltos A região Sudeste é caracterizada pela presença de extensos compartimentos de relevo formados por formações serranas e planálticas, com as maiores altitudes médias do Brasil. Mares de morros: serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, da Canastra. Depressão Periférica. Planaltos e chapadões interiores. Estruturas cristalinas. Estruturas sedimentares. Características naturais Domínio intertropical o Tropical típico. o Tropical de altitude. o Subtropical. o Semiárido. Massas de ar: massa Tropical atlântica (mTa), massa Polar atlântica (mPa), massa Equatorial continental (mEc). Principais bacias hidrográficas: do São Francisco, do Paraná, do Leste. Rios de planalto. Domínios de vegetação o Mata atlântica. o Cerrado. o Formações litorânea. o Caatinga. AULA 2 – SUB-REGIÕES GEOECONÔMICAS (PARTE I) Região rica e populosa O Sudeste é a região mais populosa e rica do Brasil, pois concentra a maioria das maiores cidades e muitas das atividades econômicas mais importantes e diversificadas. 85 milhões de habitantes. Densidade demográfica: 92 habitantes/km². 92% da população estão em áreas urbanas. Cerca de 60% do PIB brasileiro. Sub-regiões Sub-região Características Norte de Minas Pecuária extensiva. Algodão, fruticultura (vale do rio São Francisco), café. Agroindústria. Sudeste Oriental Café, gado, pecuária leiteira. Cana-de-açúcar. Petróleo (Bacia de Campos). Centro de Minas Quadrilátero Ferrífero, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ferro, manganês, outrosminérios. Siderurgia, polo industrial. Infraestrutura logística. Triângulo Mineiro Pecuária de corte e de criação. Cana-de-açúcar, café, laranja, soja. Agroindústria. AULA 3 – SUB-REGIÕES GEOECONÔMICAS (PARTE II) Sub-regiões Sub-região Características Sul de Minas Pecuária leiteira, suínos. Policultura (feijão, milho, café). Indústrias ligadas ao polo universitário. Turismo. Sudeste Ocidental Depressão Periférica e oeste paulista. Cana-de-açúcar, silvicultura (eucalipto, seringais), laranja, café. Pecuária. Centros industriais e novos polos tecnológicos. Sudeste Metropolitano Região mais populosa e rica do Brasil. Mercado consumidor. Setor financeiro. Sedes de empresas. http://www.stoodi.com.br/ REGIÃO SUDESTE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Maior parque industrial do Hemisfério Sul. Complexo industrial. Polos tecnológicos. AULA 4 – MEGALÓPOLE RIO-SÃO PAULO-CAMPINAS (CME) Características principais Megacidade: São Paulo (mais de 10 milhões de habitantes). Megalópole: mais de uma área metropolitana (RMSP, RMRJ, RMC, RMBS, RMVP, RMS, aglomerações urbanas como as de Jundiaí e Piracicaba, Complexo Metropolitano Expandido – CME). Cerca de 50 milhões de habitantes. Maior rede urbana do Hemisfério Sul. Concentração socioeconômica o Indústrias. o Empresas. o Tecnopolos. o Mercado consumidor. o Renda. o Comércio e serviços. Desafios da metropolização Disparidades regionais. Concentração econômica. Gestão integrada. Planejamento urbano e metropolitano. http://www.stoodi.com.br/ REGIÃO SUL Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Domínios de planaltos e serras O sul do Brasil apresenta em sua composição geomorfológica formas planálticas e serras litorâneas ou interiores (Serra do Mar, Serra Geral). Características naturais Formas escarpadas (litoral): cristalino (Mares de Morros). Depressão Periférica: existência de depósitos carboníferos. Planaltos e chapadas (oeste – Bacia do Paraná): sedimentar (arenito, basalto); coxilhas. Domínio subtropical o Massa Polar atlântica (frentes frias). o Temperaturas amenas (mesotérmico). o Pluviosidade regular. Bacias hidrográficas o Do Paraná. o Do Uruguai. o Do Sudeste. Domínio das araucárias e campos. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Influências da colonização A presença imigrante foi elemento fundamental para a formação da rede urbana e das atividades econômicas. Atividades mais importantes Agropecuária o Policultura. o Monoculturas comerciais. o Pecuária/criação Mineração: depósitos carboníferos. Áreas industriais: Curitiba, Itajaí, Porto Alegre, Serra Gaúcha. Alta taxa de urbanização. Elevado IDH. Crescimento das grandes áreas urbanas. AULA 3 – POVOAMENTO E USO DA TERRA Colonização de povoamento O modelo de colonização de povoamento verificado na região Sul permitiu a formação de colônias fortemente marcadas pela presença imigrante. Colônia do Sacramento (cerca de 1680): ocupação do litoral e atividades pecuaristas. Participação da pecuária: criação de gado, em crescimento devido às demandas de Sorocaba (feira agropecuária) e das Minas do ouro. Novos grupos: colonização do Planalto e do Oeste. o Alemães, italianos, eslavos, japoneses. Principais grupos Alemães: Joinville, Vale do Itajaí, Porto Alegre, Serra Gaúcha. Italianos: vale do rio Tubarão, Serra Gaúcha, planaltos de nordeste (RS, SC). Eslavos: Curitiba, Ponta Grossa (PR). Japoneses: norte do Paraná. Uso da terra Extrativismo vegetal. Pecuária. Policultura. http://www.stoodi.com.br/ DIVISÕES REGIONAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – VISÃO GERAL Região: conceito chave O conceito de região é considerado essencial para a geografia, pois a regionalização mobiliza, entre outras coisas, conhecimentos científicos, decisões políticas e questões culturais. Herança francesa: influências da geografia regional e de contribuições científicas trazidas para o Brasil. o Vidal de La Blache (um dos principais geógrafos a conceituar a temática regional). o Primeiros cursos universitários de geografia no Brasil, com forte presença de professores franceses (Universidade de São Paulo, 1934 e Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1935). Outras contribuições: Hettner, Hartshorne. Críticas à abordagem regional. Diferentes visões regionais Norte x Sul. Primeiro Mundo, Segundo Mundo, Terceiro Mundo. Países desenvolvidos x países em desenvolvimento. http://www.stoodi.com.br/ PAÍSES ANDINOS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Domínio da cordilheira A região da Cordilheira dos Andes, que cobre boa parte do oeste sul-americano, é formada por cadeias montanhosas nas quais os processos de soerguimento são iniciados no Cenozoico (≈ 65 m.a.a.p). Dobramentos modernos: processos tectônicos. Altiplanos. Características naturais Maiores altitudes do continente. Transporte sedimentar. Influências sobre o clima. o Frio de montanha em áreas de maior altitude. o Latitude. o Altitude. o Maritimidade (ex.: Corrente de Humboldt – fria) / continentalidade. o Relevo. o Massas de ar. Algumas nascentes das principais bacias hidrográficas do continente: Amazônica, do Orenoco, Platina. Domínios de vegetação o Árido e semiárido. o Mediterrânea. o Florestas tropicais. o Altiplana. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS População andina Área de influência: Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela. Baixa densidade demográfica no interior. Povoamento Pré-colombiano: complexa rede de cidades, áreas rurais e infraestrutura. Colonização europeia: influência espanhola. Migrações africanas. Grupos recentes. Características socioeconômicas Commodities: participação do petróleo, de outros minerais e produtos do setor primário. o Petróleo: bacia do rio Orenoco, Equador. o Gás natural: Bolívia. o Cobre, Estanho: Chile. o Fruticultura: Equador. o Café: Colômbia. o Algodão: Peru. o Ferro, Zinco, Prata, Chumbo: Peru. Atividades industriais complementares o Centros industriais. o Multinacionais. o Petróleo e gás natural. Diferentes níveis de IDH. Comunidade Andina de Nações e UNASUL. http://www.stoodi.com.br/ PAÍSES PLATINOS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Domínios das planícies e depressões Os países platinos possuem em seus domínios extensas áreas sedimentares de planícies e depressões, formadas ao longo do Paleógeno e Neógeno (≤ 65 m.a.a.p.) e planaltos sedimentares mais antigos. Características naturais Influências climáticas o Corrente das Malvinas (fria). o Massa Polar atlântica (mPa). o Massa Tropical continental (mTc). o Tipos climáticos: subtropical, temperado, árido/semiárido. Bacia Platina: drena grande parte das planícies e depressões da região. o Rio da Prata. o Rio Paraguai. o Rio Paraná. o Rio Uruguai. Domínios de vegetação o Árido/semiárido. o Estepes e pradarias. o Floresta subtropical/formações de Mata Atlântica. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Países do Prata Os países platinos recebem essa denominação por serem drenados por cursos d’água na bacia do Rio da Prata. Argentina, Uruguai e Paraguai: áreas formadas pelo antigo Vice-Reino do Rio da Prata. 52 milhões de habitantes. Predomínio de populaçãourbana (≈ 85%). Características socioeconômicas Parque industrial: Grande Buenos Aires. o Diversificado. o Âmbito da industrialização tardia. Pecuária: Chaco, Pampas (grandes áreas p/ pecuária extensiva). Agricultura: cereais, algodão, vinicultura. Silvicultura: expansão no Uruguai e no Paraguai. MERCOSUL. AULA 3 – MERCOSUL E UNASUL Integração do Cone Sul Os projetos que culminaram com o MERCOSUL e, posteriormente, a UNASUL, buscavam uma área de integração e circulação mais intensa de bens, serviços e pessoas. Tarifa Externa Comum (TEC). Livre comércio. Circulação de pessoas. 1991: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. o 1995: entrada do bloco em vigor. UNASUL: ampliação do MERCOSUL para a América do Sul. o Objetivos já contemplados pelo MERCOSUL. o Iniciativa para a Integração Regional Sul- Americana (IIRSA). http://www.stoodi.com.br/ MÉXICO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Domínios das Sierras Madres As extensas áreas planálticas que cortam o interior do território mexicano estão associadas a dobramentos modernos resultantes de processos tectônicos formadores das Sierras Madres. Placa do Pacífico. Placa Americana. Vulcanismo. Pontos superiores a 5.000m de altitude. Compartimentos de relevo: o Sierra Madre Ocidental. o Sierra Madres Oriental. o Planalto Central Mexicano. o Planícies. Características naturais Climas da faixa intertropical o Correntes marítimas (da Califórnia, do Golfo). o Clima árido/semiárido: norte/Baja Califórnia. o Temperado de montanha: planalto. o Tropical: planícies. Formações vegetais o Desértica/semidesértica: xerófitas. o Vegetação de montanhas (rasteira): Planalto Central. o Florestas tropicais: litoral atlântico o Savanas: oeste. Rios de planalto: de curta extensão, exorreicos (cursos d’água do interior para o oceano). AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Peso econômico e político Depois dos Estados Unidos e do Brasil, o México ocupa uma importância estratégica nas Américas, em função de sua dimensão econômica e política para a região. Por questões geopolíticas e econômicas, o México tem sido incluído como país integrante da América do Norte, especialmente a partir da criação do NAFTA. Porém, as características socioeconômicas e culturais também fazem do México um país latino-americano. População: cerca de 120 milhões de habitantes (3ª maior da América). Quarto maior PIB do continente: cerca de US$1,2 trilhão em 2013, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Parque industrial: o segundo maior da América Latina (atrás do Brasil). Características socioeconômicas Reflexos da reforma agrária (1910) o Desconcentração fundiária (ejidos). o Melhores terras p/ cultivos comerciais lucrativos (sisal, florestal, milho, arroz, cana- de-açúcar, algodão, café). o Agricultura mecanizada do planalto. o Pecuária extensiva (norte). Recursos minerais: Ouro, prata, chumbo, zinco, ferro, cobre. o Suporte à indústria (siderurgia). Parque industrial. Novas áreas industriais o NAFTA. o Maquiladoras. Turismo. http://www.stoodi.com.br/ AMÉRICA CENTRAL E CARIBE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS América Central ístmica e América Central insular As características naturais da porção central da América permitem dividi-la em duas porções: Ístmica ou continental: o istmo é uma espécie de “ponte”, ou ligação terrestre, entre o norte e o sul da América. Insular: as inúmeras ilhas existentes no Golfo do México e Mar do Caribe formam a porção insular da América Central (a palavra insular refere-se à forma de ilha). Placa do Caribe: uma parte dos países está sob a Placa Caribenha, inclusive em zonas de contato com outras placas tectônicas (de Cocos, Norte-Americana, Sul-Americana, de Nazca). Características naturais Domínio tropical o Clima Tropical Úmido. o Clima Equatorial. o Atuação da Corrente do Golfo (quente) e da massa Equatorial atlântica (mEa). Florestas tropicais e equatoriais: latifoliada, perenifólia, de elevada biodiversidade. _ AULA 2 - ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Múltiplos países e formações culturais A existência de vários Estados nacionais e unidades políticas autônomas estão associadas aos diferentes fluxos coloniais, migratórios e às conexões pré- colombianas antes da chegada dos navegadores europeus. Características socioeconômicas IDH baixo/médio, embora exista algumas exceções, como em Cuba, nas Bahamas, e nas Antilhas, por exemplo. Mineração: bauxita, níquel, petróleo. Industrialização: ainda incipiente, embora esteja em crescimento. Agropecuária voltada para cultivos tropicais (cana-de-açúcar, fruticultura, etc.) e fortemente associada ao sistema de plantation (voltados para a exportação). Turismo http://www.stoodi.com.br/ ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – FORMAÇÃO E pluribus unum A frase utilizada no Grande Selo dos Estados Unidos sintetiza uma das principais características na formação do país: a pluralidade de origens que contribuíram para compor a população atual. Primórdios Cerca de 40 mil anos a. p.: evidências das primeiras populações pré-colombianas. o População estimada: entre 1 e 18 milhões (antes da chegada dos europeus). Ano Evento 1513 La Florida 1607 Fundação de Jamestown, na Virgínia. 1534 Chegada de Jacques Cartier à costa leste do Canadá (Nova França). 1614 Ocupação da foz do rio Hudson, com a colônia holandesa de Nova Amsterdã, futura Nova York. Migrações africanas: derivadas do processo escravista. Estima-se que pelo menos 12 milhões de pessoas tenham sido forçadas a sair do continente africano até meados do século XIX. Colônias de povoamento Questões religiosas. Exílio. Colônias. O Destino Manifesto e a expansão Visão ideológica para a ocupação costa-a-costa. o Novo Mundo. o Novos valores. 1775-1783: processo de independência (as Treze Colônias). Expansionismo e formação Doutrina Monroe. Expansão do território: por guerras, compras ou anexação. Marcha para o Oeste. Segunda Revolução Industrial. AULA 2 – ASPECTOS NATURAIS Grandes compartimentos Para facilitar a compreensão das principais características naturais dos Estados Unidos, o país foi dividido em três grandes domínios de relevo e elementos naturais. Costa Leste: planaltos antigos (escudo cristalino) e Montes Apalaches. Centro: planícies centrais sedimentares. Oeste: Montanhas Rochosas (dobramentos modernos), associados ao tectonismo. Principais características Ao norte do Trópico de Câncer: climas temperados. Bacias hidrográficas o Grandes Lagos. o Mississipi-Missouri. o Colúmbia e Colorado. Formações arbóreas o Coníferas. o Caducifólias. o Subtropical úmida. Formações arbustivas o Mediterrânea. Formações herbáceas o Desértica/semidesértica. o Estepes/savanas. o Montanhosas Everglades: áreas pantanosas no sul dos EUA. AULA 3 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Expansão Alguns fenômenos importantes contribuíram para o êxito dos Estados Unidos como superpotência mundial ao longo dos séculos XX e XXI: Destino Manifesto. http://www.stoodi.com.br/ ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Marcha para o Oeste. Segunda Revolução Industrial. Informações atuais População: cerca de 320 milhões de habitantes (2015). o Fluxos migratórios. o Concentrações: Costa Leste, região do Pacífico. PIB: aproximadamente US$ 16 trilhões (2013). IDH: 5º mais elevado do mundo(0,914 em 2013, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2014 do PNUD). Principais características Agropecuária o Elevado nível de produtividade. o Policultura. o Belts: cinturões agropecuários. o Gado bovino: 55 milhões de cabeças de gado. Setor industrial Grandes Lagos/Nordeste: siderurgia; mercado consumidor; disponibilidade de minérios. Sudoeste/Pacífico: complexo industrial-Militar; tecnologia. Sul: petróleo. Serviços o Forte setor financeiro. o Entretenimento. o Turismo: cerca de 70 milhões de turistas/ano. Infraestrutura desenvolvida. Mídia, cultura e sociedade. AULA 4 – O PAPEL DOS EUA NO CAPITALISMO Heranças da Revolução Industrial Alguns fatores associados ao desenvolvimento da indústria nos Estados Unidos foram decisivos para modificar o perfil econômico do país e do próprio capitalismo. Capacidade industrial. Taylorismo/fordismo. Empreendedorismo/livre iniciativa. Outros fatores importantes Poderio industrial. o Manufaturas. o Complexo industrial-militar. o Tecnologia. Sistema financeiro. o Dolarização. Mídia, publicidade e propaganda. o Interferência em fatores culturais. http://www.stoodi.com.br/ CANADÁ Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – FORMAÇÃO Incursões francesas Embora as inúmeras sociedades pré-colombianas já fizessem parte da região há milhares de anos, e já houvesse incursões anteriores (por exemplo, os vikings que chegaram até a costa atlântica do país por volta do ano mil), os franceses deram início à ocupação colonial europeia no século XVII. Incursões francesas: Fort Royal (1605), Québec (1608). Formação da Nova França. Incursões britânicas: interior/oeste do país. o Divisões no século XVIII: Canadá Superior e Canadá Inferior. Eventos importantes Confederação (1867): maior autonomia política. Estatuto de Westminster (1931): independência. Patriation (1982): Constituição. País é membro da Commonwealth (Comunidade de Nações). AULA 2 – ASPECTOS NATURAIS Perfil Pacífico-Atlântico O Canadá foi dividido em quatro grandes compartimentos naturais. Pacífico: Montanhas Rochosas (dobramentos modernos). Centro: planícies centrais sedimentares. Atlântico: maciço cristalino de baixas altitudes. Norte: extensas planícies dominadas pela tundra. Principais características Domínio dos climas frios e temperados o Centro: temperado frio. o Centro-Sul: temperado seco. o Norte: polar/subpolar. Florestas temperadas Taiga: floresta de coníferas. Pradaria: gramíneas/herbáceas. Tundra: musgos/líquens. Criosfera: terras ao norte; lagos de origem glacial. AULA 3 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Um país gigante O Canadá é o segundo maior país do mundo em área territorial, mas a população está desigualmente distribuída pelo país. Área territorial: 9.970.610 km². População: 35.702.707 (estimativa em jan. 2015). Densidade demográfica: 3,58 hab/km². 90% da população concentram-se no sul, especialmente ao redor dos Grandes Lagos e no extremo oeste (região de Vancouver). País anglo-francófono: possui duas línguas oficiais, o inglês e o francês. Principais características Recursos minerais: escudo canadense. o Níquel, zinco, urânio, platina, titânio, cobre. o Petróleo: nas pradarias. Áreas pouco exploradas ao norte. Pradarias o Agricultura de cereais. o Pecuária extensiva. Grandes Lagos e Pacífico o Policultura. o Pecuária intensiva. Silvicultura/extrativismo vegetal: taiga. Setor industrial: diversificado e desenvolvido. Fortes ligações com os Estados Unidos. País-membro do NAFTA. http://www.stoodi.com.br/ ÁFRICA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Formas tabulares A maior parte do território africano é composta por regiões dominadas por feições planálticas e cadeias montanhosas. Planaltos cristalinos. Cadeias montanhosas: Atlas, Guiné, porção oriental, sul. Bacias sedimentares: ligadas aos padrões de drenagem das bacias hidrográficas (endorreicos e exorreicos). Fossa tectônica. Depressões. Áreas desérticas: Saara, Sahel. Principais características Domínios intertropicais Domínio dos climas frios e temperados o Equatorial. o Tropical. o Áreas desérticas e semidesérticas. o Mediterrâneo. Circulação atmosférica: associada à presença de áreas florestais ou desertos na mesma faixa equatorial. Formações vegetais o Tropicais: savanas, estepes, desérticas, equatoriais. o Mediterrâneas. o Subtropical. AULA 2 – FORMAÇÃO POLÍTICA DO CONTINENTE Diversidade humana A história da humanidade está diretamente associada à história do continente africano. Origem(ns) da humanidade. Sociedades com diferentes formas de organização (política, econômica, cultural). Contatos entre diferentes civilizações. Implicações Diversidade cultural. Várias formas de organização e divisão política. África pós-colonial: apenas uma parte da história do continente. Interferências da colonização Navegações/ocupação da costa. Escravização. Pacto Colonial. Congresso de Berlim (1885): “partilha” do continente entre as potências europeias. II Guerra de Descolonização Rápida formação de novos Estados. Fronteiras e unidades mantidas ou pouco modificadas. Conflitos: questões políticas, econômicas, culturais, religiosas. AULA 3 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Continente populoso Mais de um bilhão de habitantes. Elevado crescimento populacional. o Concentração na costa. o Crescimento urbano. Principais características Agricultura o Monoculturas de exportação. o Culturas irrigadas. o Culturas mediterrâneas. o Subsistência. Zonas de extração mineral: ligadas ao crescimento econômico de alguns países. http://www.stoodi.com.br/ ÁFRICA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Setores industriais: pouco desenvolvidos, mas em crescimento de empresas e setores (siderurgia, automotivo, mecânico, químico, etc.). Infraestrutura: necessidade de investimentos e ampliação para sustentar o vigoroso crescimento (transportes, comunicações, energia, etc.). Classe média: estimada em mais de 300 milhões de pessoas, e em crescimento. Disparidades sociais. Necessidade de políticas públicas mais eficientes. Conflitos. http://www.stoodi.com.br/ EUROPA Copyright © 2014 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Domínios planálticos e de planícies Embora haja algumas extensas cadeias de montanhas, grande parte da Europa é formada por planícies, influenciadas por climas temperados. Cadeias montanhosas o Cárpatos. o Pirineus. o Alpes. Planícies o Do Norte. o Litorâneas. Principais características Domínios dos climas temperados Influências o Corrente do Golfo: mais quente, ameniza os efeitos de massas de ar e correntes marítimas mais frias do norte e do centro europeu. o Massas de ar: Do oceano para o continente; Sibéria/Polo Norte para o sul (frias); Leste (continentais). Rios de planície o Meios de comunicação; o Fontes de energia. Vegetações de clima temperado o Florestas caducifólias o Mediterrâneo o Coníferas Elevado nível de antropismo. AULA 2 – POPULAÇÃO E URBANIZAÇÃO Urbanização elevada O continente europeu possui uma taxa de urbanização elevada, embora a porção ocidental concentre a maioria da população vivendo em cidades. Cerca de 750 milhões de habitantes. Aproximadamente 90% vivem em áreas urbanas. Concentrações: ao longo das áreas maisindustrializadas o Litorâneas. o Vales fluviais: do Ruhr, do Pó, Sena. Decréscimo populacional: resultante do envelhecimento, da elevação da expectativa de vida e do baixo número de filhos por casal. Participação imigrante. AULA 3 – ECONOMIA (PARTE1) Continente rico Reunindo um PIB com cerca de US$20 trilhões, a Europa possui algumas das nações mais ricas do mundo e os maiores índices de desenvolvimento humano (IDH). União Europeia: representa a maior parte do PIB europeu (US$18 trilhões). Papel do capitalismo o Revolução Industrial o Colonialismo o Guerras Mundiais Estrutura do pós-II Guerra Plano Marshall. Recuperação econômica. União Europeia. Principais características Participação nas inovações: ciência e tecnologia. Globalização. Diferenças econômicas regionais: agrupamento segundo o perfil socioeconômico de cada porção do continente. o Mediterrâneo. http://www.stoodi.com.br/ EUROPA Copyright © 2014 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 o Europa Ocidental. o Países do Leste. o Países nórdicos/bálticos. Dependências: matérias-primas, fontes de energia. Mercado consumidor: de renda elevada. Plataformas de exportação. AULA 4 – ECONOMIA (PARTE2) Agropecuária Aproveitamento intenso: por conta da escassez de grandes áreas para a agropecuária. Policultura: em pequenas e médias propriedades. Técnicas modernas: contribui para a elevada produtividade. o Trigo, centeio, cevada, batata. o Oliveiras, videiras, cítricos. Pecuária intensiva: uso de técnicas para o confinamento/semiconfinamento de gado. o Bacias leiteiras. o Suínos. o Ovinos. Prática de subsídios agrícolas para aumentar a competitividade e reduzir preços. Protecionismo, para dificultar ou impedir a entrada de produtos de outros países. Recursos minerais Insuficiências: os recursos não são suficientes para atender à demanda. Principais produtos: petróleo, carvão, ferro, manganês. Dependência de importações. Indústria Heranças da Revolução Industrial o Parque industrial complexo. o Aplicação de ciência e tecnologia. o Formação de multinacionais. Infraestrutura Altamente desenvolvida. Intermodal (diferentes meios de transporte). Plataformas de exportação: Roterdã (Holanda), Antuérpia (Bélgica), Le Havre, Marselha (França), Londres (Inglaterra), Gênova (Itália), Lisboa (Portugal). Hubs: centros de conexão e redistribuição de fluxos de transporte. AULA 5 – UNIÃO EUROPÉIA E ORGANISMOS ECONÔMICOS Reconstrução Os efeitos negativos do pós-Segunda Guerra potencializaram a necessidade de ações conjuntas para a reestruturação socioeconômica da Europa. Iniciativas de integração Benelux (1944) o Bélgica, Holanda e Luxemburgo. o Moeda, mercado e alfândega. Comunidade Econômica do Carvão e do Aço (CECA) (1952) o Países do Benelux, Itália, Alemanha, França. Associação Europeia de Livre Comércio (AELC) (1959) o Excluídos do Mercado Comum Europeu, e liderada pelo Reino Unido. Mercado Comum Europeu (MCE) (1957) o Expansão da CECA. União Europeia: evolução Tratado de Roma (1957). Tratado de Maastricht (1991). o Moeda única (1999-2002). o Parlamento europeu. http://www.stoodi.com.br/ EUROPA Copyright © 2014 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 o Outros tipos de integração: transportes, educação, legislação, etc. Fortalecimento o Projetos locais de desenvolvimento. o Espaço econômico (Zona Euro). Outros mecanismos de integração Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) (1949): Europa Ocidental, Estados Unidos e Canadá. Pacto de Varsóvia (1955): bloco socialista, liderado pela União Soviética. http://www.stoodi.com.br/ RÚSSIA Copyright © 2014 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Maior país do mundo Com mais de 17 milhões de km², a Federação Russa abrange dois continentes (Europa e Ásia) e forma o maior país do mundo. Leste-Oeste: 11 mil km de extensão. Principais características Extensas planícies o Planície Russa, Planície da Sibéria Ocidental. o Sujeitas ao regime climático e a ação do gelo. Planaltos o Planalto Central Siberiano, Planalto do Pamir, Planalto de Altai. o Possuem formações montanhosas. Dobramentos modernos: Pamir e Altai (região do Himalaia), Cáucaso. Extensas áreas sedimentares: influência do regime climático. o Gelo. o Pântanos. Solos férteis: ex. Chernossolo (tchernoziom), rico em Ca, Mg e matéria de origem orgânica. Climas frios o baixas temperaturas na maior parte do ano. o Proximidade da região polar ao norte. o Efeitos da continentalidade. Poucos lagos e rios o Cursos d’água importantes: Volga, Ienissei, Lena. o Problemas ambientais. Grandes extensões de Taiga e Tundra AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Federação Além de possuir a maior área territorial, a Federação Russa se constitui em uma das maiores populações do mundo, com mais de 140 milhões de habitantes entre dois continentes. Concentração: maiores densidades na parte europeia Formada por várias divisões federativas: repúblicas, krais, oblasts. Heranças da ex-URSS Transição entre socialismo e capitalismo. Separatismo: movimentos autonomistas e de independência de ex-repúblicas soviéticas. Quadro socioeconômico: dificultoso processo de crise e adaptação ao capitalismo após a brusca transição entre URSS e Federação Russa. Principais características Agropecuária. o Chernossolo (tchernoziom): fértil, produção de cereais. Recursos minerais: grande extensão do país favorece existência de jazidas o Petróleo, carvão mineral, gás natural, ferro, manganês. o Grande fornecimento para a Europa. Parque industrial complexo. o Ex-estatais e estatais. o Papel da tecnologia e da ciência herdadas da URSS. o Capital estrangeiro. o Setores avançados. Infraestrutura o Desempenho da ex-URSS. AULA 3 – FORMAÇÃO DA CEI (COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES) URSS Pacto de Varsóvia: alinhamento ao bloco socialista. http://www.stoodi.com.br/ RÚSSIA Copyright © 2014 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Países como Ucrânia, Casaquistão, Bielorrúsia, Turcomenistão, etc. Fatores de enfraquecimento Obsolescência do complexo industrial-militar. Ênfase demasiada para o setor de bens de produção. Gastos militares/indústria aeroespacial. Falta de investimentos na produção de bens de consumo. Corrupção. Burocracia excessiva. Processo de formação Reformas (1985): Perestroika (econômica) e Glasnost (política). Colapso: problemas sociais, insatisfação popular, graves problemas econômicos. 25/12/1991: extinção da URSS e criação da Comunidade dos Estados Independentes, da qual a Federação Russa faz parte. o Além da Rússia, outras nações da ex-União Soviética fazem parte dessa Comunidade. http://www.stoodi.com.br/ ORIENTE MÉDIO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Domínios desérticos e semidesérticos Extensas porções da Península Arábica, do Planalto Iraniano e de outras áreas próximas são caracterizadas por domínios áridos e semiáridos. Principais características Entre limites: zona de contato entre placas tectônicas (Africana, Arábica, Índica, Eurasiática). Campos de dunas (ergs) e campos de rochas (regs) Baixa disponibilidade de água o Dinâmica das massas de ar. o Oásis: áreas vegetadas, associadas às nascentes de água, em meio a regiões desérticas. o Crescente Fértil: rios Tigre e Eufrates. Vegetação o Desertos e semidesertos o Pradarias e estepes o Vegetação mediterrânea AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Diversidade étnica Por estar associado ao surgimento de algumas das primeiras formas de organização social da humanidade, o Oriente Médio se constituiu em região de intensos contatos e trocas culturais, com repercussões para as formas de organização social no Ocidente contemporâneo. Diferentes origens religiosas: cristianismo, islamismo e judaísmo. Área de contatos entre a Europa, a África e a Ásia. Diferentes grupos linguísticos: árabe, persa, hebraico, etc. Principais características Cerca de 300 milhões de habitantes: maiores concentrações nos planaltos ao norte e nas áreas mediterrâneas. Agricultura mesopotâmica: associada à dependência de água e à elevada produtividade nas áreas próximas às fontes disponíveis. Pastoreio. Indústria petrolífera: cerca de 1/3 das reservas mundiais. AULA 3 – ORIGENS RELIGIOSAS: JUDAÍSMO, CRISTIANISMO E ISLAMISMO Das religiões com maior número de adeptos no mundo, três delas tiveram seu surgimento no Oriente Médio: o cristianismo, o islamismo e o judaísmo. Heranças Abraão: Revelação (lei moral). Zoroastrismo: monoteísmo. o Paraíso, ressurreição, juízo final, messias. Culturas escritas Bases: livros sagrados (Bíblia, Torá, Alcorão). Algumas correntes Cristianismo Maronitas Ortodoxos Católicos apostólicos Islamismo Sunitas Xiitas Judaísmo Conservador Ortodoxa Reformista AULA 4 – CONFLITOS REGIONAIS: ISARAEL E PALESTINA Disputas e mudanças Conflitos e diferentes divisões da região ao longo do tempo. http://www.stoodi.com.br/ ORIENTE MÉDIO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Península do Sinai: contatos entre assírios, persas, gregos, filisteus, hebreus, romanos, etc. Divisões Reino de Judá (N) e Reino de Israel (S). Domínio romano (63 a.C. – 324 d.C.). Império bizantino (324 – 638). Domínio árabe (638 – 1517). Domínio otomano (1517 – 1917). Controle inglês (1918): protetorado. o Palestina de maioria árabe. o Movimento sionista. Estado de Israel (1948). 1948-1949: guerra de independência. 1956: Guerra do Suez. 1967: Guerra dos Seis Dias. 1973: Guerra do Yom Kippur. 1982: Líbano. 1987: Intifada. AULA 5 – CONFLITOS REGIONAIS: LÍBANO Antecedentes Império Otomano: até o fim da I Guerra Mundial. Mandato francês (1922 – 1943). Independência (1943): início da República; questões econômicas. o Petróleo e turismo: atividades de destaque. Questões importantes Muçulmanos (maioria) e cristãos (cerca de 40%). Refugiados palestinos. Síria: intervenção (1976), com apoio dos EUA e de Israel. Guerra civil: 1975 – 1991. 2000: desocupação (Israel). 2005: desocupação (Síria). 2006: invasão (Israel). AULA 6 – CONFLITOS REGIONAIS: IRÃ E IRAQUE Mesopotâmia: área estratégica A região da Mesopotâmia, parte dos Estados do Irã e do Iraque, possui alguns elementos que destacam a região do ponto de vista do aproveitamento socioeconômico e da ocupação humana. Crescente Fértil: região com alguns dos indícios mais antigos de organização social e agricultura da humanidade, possui solos férteis para o cultivo (especialmente o vale dos rios Tigre e Eufrates). Petróleo: uma das maiores concentrações de reservas petrolíferas do mundo. Acesso ao Golfo Pérsico: além de concentrar poços de petróleo, também é lugar de intensa movimentação de embarcações comerciais (inclusive navios petrolíferos). Principais conflitos Revolução Islâmica no Irã (1978-1979) Sai Mohammad Reza Pahlevi (pró-Ocidente). Entra Ruhollah Khomeini (pró-Islã). Conflito Irã – Iraque (1980-1988) Envolve sunitas (Iraque) x xiitas (Irã). Guerra do Kuwait ou Guerra do Golfo (1990-1991) Associada às pretensões iraquianas de tomada do controle do Chatt-al-Arab e das fontes petrolíferas. AULA 7 – CONFLITOS REGIONAIS: AFEGANISTÃO Entre o Oriente Médio e o subcontinente indiano As rotas comerciais, os movimentos migratórios e os contatos culturais entre diferentes sociedades (persas, árabes, indianos, romanos, russos, entre outras) http://www.stoodi.com.br/ ORIENTE MÉDIO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 influenciaram a formação do Afeganistão atual, uma região estratégica entre o Oriente e o Ocidente. Invasão soviética (1979): ocupação no território afegão até 1989. Guerra civil: após a dissolução da União Soviética, deflagrando uma crise econômica. o Ascensão de grupos políticos com diferentes orientações (de nacionalistas, grupos defensores do antiocidentalismo e islâmicos pró-Charia, por exemplo). o Talibã: sob a liderança de Mohammed Omar, também recebeu apoio de Osama Bin Laden (da Al-Qaeda). Eventos do 11/09/2001: entre os motivadores para a guerra no Afeganistão. http://www.stoodi.com.br/ ÁSIA DE MONÇÕES Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Três grandes compartimentos A região, que compreende o subcontinente indiano e partes do sudeste asiático, é assim chamada por conta da influência do regime climático de monções, e costuma ser dividida em três domínios: Cordilheira do Himalaia: dobramentos modernos. Planaltos do Decã e do Laos: formações cristalinas do Proterozoico (entre 2,5 bilhões de anos a.p. e 545 milhões de anos a.p.), com ocorrência de minerais metálicos (Fe, Mn, Sb). Planícies: do rio Ganges, do rio Mekong e insulares. Principais características Áreas mais elevadas do mundo: montanhas com maiores altitudes. Elevação Altitude (em m) Localização Monte Everest 8.848 Himalaia, entre Nepal e China. Monte K2 8.611 Caracorum, entre Paquistão e China. Monte Kangchenjunga 8.586 Himalaia, entre Nepal e Índia. Lhotse 8.516 Himalaia, entre Nepal e China. Makalu 8.485 Himalaia, entre Nepal e China. Limites tectônicos: entre a Placa Indiana, a Placa Australiana e a Placa Eurasiática. Glaciares: formação de grandes extensões de gelo nas altas montanhas, uma parte importante da criosfera. Monções: alternância associada à circulação atmosférica derivada das estações climáticas. o No inverno: das zonas de alta pressão (norte do continente e da Sibéria, ar frio e seco) para o sul equatorial (ar quente). o No verão: das zonas de baixa pressão (Oceano Índico, ar quente e úmido) para o norte do continente. Rios de degelo: nascentes nas altas montanhas (como na Cordilheira do Himalaia), formando bacias como a do Ganges e a do Indo, por exemplo. Florestas tropicais e equatoriais. Savanas e áreas desérticas: formadas por efeitos da latitude, orográficos, e a presença do Himalaia. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Região populosa e povoada A região está entre as maiores concentrações populacionais do planeta, abrangendo mais de dois bilhões de habitantes, ou 2/7 da população mundial, e elevadas densidades demográficas. Diversidade: origens étnicas, religião e processos históricos. Principais características Agropecuária: agricultura de jardinagem e plantation. Recursos minerais: petróleo, Fe, Mn, Cr, Sn, carvão mineral. Industrialização tardia: região está entre os Novos Países Industrializados (NPIs). Dependência de capitais externos para o desenvolvimento econômico, sobretudo da indústria. Disparidades socioeconômicas, derivada da estrutura econômica típica de países em desenvolvimento e de questões culturais (como o sistema de castas, por exemplo). Crescimento econômico recente. http://www.stoodi.com.br/ TIGRES ASIÁTICOS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamentoà Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – TIGRES ASIÁTICOS Por que um tigre? A expressão “Tigres Asiáticos” foi utilizada como analogia entre a força, a agilidade e a audácia típicas do comportamento de felídeos encontrados no sudeste do continente e o vigoroso crescimento econômico de algumas nações que, até os anos 1970, eram consideradas bastante empobrecidas. Primeiros Tigres: Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong (que atualmente é parte da China). Características Rápido crescimento econômico: alguns fatores contribuíram para esse processo. o Plataformas de exportação. o Desenvolvimento de infraestrutura. o Formação de mão-de-obra altamente qualificada o Investimentos em educação, ciência e tecnologia. Influência japonesa: associada à ética de trabalho e ao modelo de Chaebol (inspirado nos zaibatsus japoneses) para a formação de grandes conglomerados. Investimento Estrangeiro Direto: entrada de grande volume de recursos. Bens duráveis, de maior valor agregado. Elevado IDH: contribuiu para formar um mercado consumido, e foi resultado dos investimentos em formação mais as políticas sociais. AULA 2 – NOVOS TIGRES ASIÁTICOS Seguindo os mais velhos O sucesso dos primeiros Tigres Asiáticos atraiu as atenções dos países vizinhos, que passaram a adotar reformas econômicas e estruturais capazes de atrair investimentos. Novos Tigres: Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia, Vietnã. Diversidade: origens étnicas, religião e processos históricos. Principais características Territórios mais extensos do que os primeiros Tigres. Recursos naturais, que reduzem a necessidade de importações. Países mais populosos, com potencial para formar grandes mercados consumidores. Mão de obra mais numerosa e barata. Incentivos fiscais e leis mais flexíveis para atrair investidores. Capital estrangeiro: especialmente do Japão, dos Estados Unidos e de algumas nações da União Europeia. http://www.stoodi.com.br/ CHINA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Entre o Himalaia e os deltas do Leste Por ser um dos países com maior área territorial do planeta, a China apresenta grande diversidade de paisagens e domínios naturais. Principais características Cordilheira do Himalaia: associada a dobramentos modernos do Cretáceo superior (cerca de 70 m.a.a.p.), no contato entre a Placa Eurasiática e a Placa Indiana. Glaciares nas altas montanhas, formando parte da criosfera. Recarga de bacias: rios formados nas áreas planálticas do oeste (Tibete, por exemplo), como o Yang-Tsé-Kiang (Azul) e o Hoang-Ho (Amarelo). Planaltos desérticos e semidesérticos: Tibete (noroeste), Takla Makan (noroeste) e Deserto de Gobi (nordeste). Planícies temperadas. Planícies do Leste e Sudeste. Atuação das monções. Atuação de massas de ar, como da Sibéria, por exemplo. o Domínios subtropicais (sudeste/leste). o Domínios temperados (oeste/norte). o Estepes, áreas desérticas e semidesérticas (oeste/norte). AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Formigueiro humano Com aproximadamente 1 bilhão e 350 milhões de habitantes, a China é o país mais populoso do mundo, com quase um quinto da população mundial, embora as densidades demográficas apresentem grandes diferenças regionais. Densidade demográfica nacional: cerca de 140 hab/km². Controle de natalidade: necessidade de planejamento familiar, que enfrenta questões culturais, como a preferência por filhos homens. Evidências de civilizações antigas: associadas a algumas das mais antigas formas de civilização humana. China do Leste e Manchúria: maiores densidades demográficas, que costumam ser denominadas de formigueiros humanos. o Ocupação ao longo dos rios. o Evolução política, econômica e cultural, fomentando a expansão populacional. China pós-revolucionária Em 1949, o país se transforma em uma república socialista. Grande Salto Adiante Revolução Cultural Reformas (pós-1976): economia e criação de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs). Um país, dois sistemas Apesar da orientação socialista, comandada pelo Partido Comunista Chinês (PCC), a China adota uma postura econômica pragmática capitalista para o crescimento. Planejamento estatal: economia planificada, orientada pelo Estado, mas com vistas à entrada no universo capitalista. Principais características Maior produção agrícola do mundo. Poucas terras aráveis, com elevado aproveitamento. Grande população rural. Plataforma de exportação: produzir de tudo, a custo baixo e preços competitivos. o Vantagens: mão de obra barata e abundante, infraestrutura favorável e baixo custo de produção. Segunda economia do planeta, com aproximadamente US$9,24 trilhões. o Crescimento econômico: cerca de 10% ano. o Reservas em moeda estrangeira. Mercado consumidor, que ainda tem grande potencial de crescimento, pois muitos chineses ainda não têm um padrão de consumo semelhante ao da classe média. Desafios: distribuição de renda, liberdades políticas e manutenção do crescimento econômico. http://www.stoodi.com.br/ CHINA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 3 – RELAÇÕES INTERNACIONAIS E GEOPOLÍTICA DE PEQUIM Negócio da China Embora o sucesso econômico chinês seja recente, em outros momentos a região possuiu uma dinâmica comercial bastante complexa e que atraiu as atenções de outras partes do mundo. Fases da história contemporânea chinesa: Colonialismo, Primeira República e República Popular Socialista. Perfil geopolítico e econômico Era Xiaoping: mudanças na estrutura econômica (um país, dois sistemas). Internacionalização econômica e política. o Peso econômico: formação de multinacionais chinesas e acúmulo de reservas internacionais em moedas estrangeiras. o Peso militar: maior exército do mundo, em número de reservistas, arsenal nuclear e participação como membro do Conselho de Segurança da ONU (com poder de veto). Conflitos internos, que põem em xeque a estabilidade política do país. http://www.stoodi.com.br/ JAPÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS No Círculo de Fogo do Pacífico O arquipélago japonês está em uma faixa de limite entre placas tectônicas: as placas do Pacífico, das Filipinas, a Eurasiana e a Norte-Americana possuem áreas de contato no país. Dobramentos modernos: associados aos movimentos de tectonismo, têm como resultado a formação de cadeias montanhosas e a ocorrência de vulcanismo. Cerca de 80% do território é montanhoso. Até o início do Cenozoico estava unido ao que hoje é o continente asiático. Principais características País insular: o Japão forma um arquipélago composto por mais de sete mil ilhas. Extensão latitudinal: embora o território seja pequeno comparado a outros países, a distância entre norte e sul é de aproximadamente 2.800 km. Influências da maritimidade o Kuroshio: corrente marítima quente, formada no sul. o Oyashio: corrente marítima fria, formada no norte. o Clima Temperado Frio: norte, principalmente na ilha de Hokkaido, por influência da corrente Oyashio. o Clima Temperado Oceânico: no centro (ilha Honshu). o Clima Sutropical: sul (ilha Shikoku e Kyushu), por influência da corrente Kuroshio. o Vegetação de montanha: de uma forma geral, as montanhas possuem densa cobertura florestal, embora haja variação por alguns fatores: continentalidade/maritimidade, latitude e altitude. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Arquipélago povoado As limitações de espaço para o povoamento devido às características naturais do arquipélago montanhoso e a população de 127 milhões de pessoasestão entre os fatores que contribuem para o Japão possuir elevada densidade demográfica, aproximadamente 337 habitantes/km². o Planícies: a maior parte da população está nessas regiões. o País maduro: a expectativa de vida elevada e o baixo crescimento demográfico contribuem para um percentual significativo de adultos em idade mais avançada. Principais características Agropecuária: aproveitamento intensivo das terras disponíveis. o Necessidade de importar gêneros alimentícios. Economia altamente industrializada: ao fazer parte da Segunda Revolução Industrial, o Japão industrializou-se a partir dos estímulos de modernização da Era Meiji e, ao longo do século XX, tornou-se uma das maiores economias do mundo. o Rede urbana complexa: as áreas urbanas são densamente interligadas por infraestrutura e atividades econômicas. o Alta tecnologia: a criação de produtos e serviços de elevado grau tecnológico tornou o país um dos líderes mundiais em inovação. o Processos históricos: a formação de zaibatsus e o toyotismo contribuíram para transformar a economia japonesa. Crises e recuperação: desde o início dos anos 1990, o Japão passa por uma estagnação econômica, com baixos índices de crescimento e, em alguns anos, de recessão econômica. http://www.stoodi.com.br/ AUSTRÁLIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Ilha-continente Embora já tenha sido maior e conectada com outras ilhas há milhares de anos, a Austrália forma atualmente uma gigantesca massa continental relativamente isolada pelos oceanos Pacífico e Índico, e no interior da Placa Australiana. Principais características Território planáltico: os extensos planaltos dominam o interior do país, especialmente na porção oeste. Interior da Placa Australiana: as macroestruturas geológicas e de relevo estão associadas às formações cristalinas (cráton) e às plataformas sedimentares, típicas de formações geológicas antigas e distantes do contato entre placas. Domínios tropicais o Regiões úmidas. o Domínios áridos e semiáridos o Savanas. o Áreas mediterrâneas e temperadas. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Grande extensão, povoamento concentrado Embora seja uma das maiores nações do mundo em área, a Austrália é o lar de 23,6 milhões de pessoas (2015), o que resulta em uma das menores densidades demográficas do planeta (3 habitantes/km²). o Povoamento: concentrado na costa leste e no sudeste, em meio às áreas subtropicais/temperadas, e no sudoeste. Principais características Membro da Commonwealth: histórico associado à colonização britânica. Populações autóctones: grupos sociais anteriores à colonização europeia (comunidades denominadas como aborígenes, por exemplo), há pelo menos 50 mil anos. Recursos minerais: país é grande exportador de algumas dessas commodities (manganês, bauxita, níquel, chumbo, ouro, diamante, prata). Agropecuária: a mecanização, a irrigação e o uso de outras técnicas modernas tornaram a Austrália um país com elevada produtividade. o Parque industrial moderno e diversificado: embora o setor primário seja importante, o país conseguiu se transformar em uma economia com um setor complexo e de elevada tecnologia. Alto padrão: a Austrália está entre as nações com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado do mundo (2º lugar em 2013 – 0,933 – perdendo apenas para a Noruega). http://www.stoodi.com.br/ NOVA ZELÂNDIA E ILHAS DO PACÍFICO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Continente de arquipélagos A Oceania é formada por milhares de ilhas e atóis, alguns deles com assentamentos humanos permanentes. Atol: formado a partir da acumulação de recifes de corais ao redor de uma formação vulcânica, acaba por ficar acima da lâmina d’água. Recifes de coral: o acúmulo de restos calcários de seres vivos que, depositados sobre algumas áreas de baixa profundidade nos oceanos, contribui para uma biodiversidade elevada. Principais características Círculo de Fogo: associado à formação de ilhas, cadeias montanhosas e vulcões. o Ilhas vulcânicas. o Dobramentos recentes em algumas das áreas de contato do Círculo de Fogo (como nos Alpes do Sul da Nova Zelândia, por exemplo). o Atividade sísmica, que influencia efeitos no mar, como tsunamis. o Fontes termais/gêiseres. Domínio intertropical na maior parte da região. o Vegetação tropical e equatorial o Ocorrência de ciclones, em função das variações de temperatura marinha e da profundidade variável. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Territórios insulares Com aproximadamente 32 milhões de habitantes, as ilhas da Nova Zelândia e outras porções do Oceano Pacífico que correspondem à Oceania formam uma das menores densidades demográficas do mundo (4 hab/km²). Povoamento: as grandes distâncias entre as ilhas em meio ao Oceano Pacífico e a pequena área territorial de muitas delas contribuem para o relativo isolamento e a reduzida população. Dependências: alguns territórios são administrados sob a responsabilidade de outras nações, de forma semelhante às colônias do passado (Nova Caledônia, Polinésia Francesa, Guam, etc.). Pequenas nações: algumas ilhas estão entre os menores países do mundo em território (Nauru, Palau e Tuvalu, por exemplo). Divisões: além da porção australiana, há ainda a divisão regional em Micronésia, Melanésia e Polinésia. Principais características Agricultura de produtos tropicais, com limitações em várias áreas em função da indisponibilidade de terrenos. Turismo: entre as atividades econômicas mais importantes, recebem milhões de turistas anualmente. Pesca Mineração: extração de níquel, ouro, cobre, prata, fósforo Em desenvolvimento: as nações e dependências são, de forma geral, consideradas de IDH médio a elevado. Nova Zelândia o Agropecuária diversificada. o Formação de um polo industrial o Elevado IDH (7º melhor do mundo em 2013, com 0,910 – muito alto). http://www.stoodi.com.br/ REGIÕES POLARES Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ASPECTOS NATURAIS Extremo austral e boreal Os círculos polares são considerados limites para as faixas de latitude mais altas do planeta, nas quais se encontram as porções mais importantes da criosfera. Norte Círculo Polar Ártico 66º33’44” N Sul Círculo Polar Antártico 66º06’10” S Inclinação terrestre: além da rotação, influencia as variações na incidência de radiação solar ao longo do ano. o Mais próxima às regiões polares, há grandes variações na luz solar: no verão, incidência de quase 24 horas por dia, e no inverno, períodos de mínima incidência diária. Polo geográfico e polo magnético: os movimentos terrestres e o geomagnetismo influenciam a diferença de inclinação entre esses dois tipos de polos. Principais características Permafrost: gelo presente nas camadas mais superficiais do solo, que mudam de espessura ao longo do ano. o Processos erosivos pela ação do gelo (solifluxão, por exemplo). Banquisa: pode desprender-se para formar uma plataforma flutuante de gelo. o Icebergs: grandes blocos de gelo que se deslocam em alto mar por ventos fortes ou nevascas (blizzards). Mantos de gelo: na Antártica, o volume de gelo sobre o continente é estimado em 2,9x107km3. Desertos frios: as características das áreas polares também podem ser consideradas como desérticas. o Baixos índices pluviométricos: em geral, iguais ou menores a 250mm/ano. o Temperaturas negativas: entre as menores já registradas, estão a de Oymyakon (Federação Russa), com -67,7º C, e da base antártica russa de Vostok, com -89,2º C. Formação de massas de ar e correntes marinhas (cAA, cA, por exemplo). Criosfera: regulaçãode processos hídricos e climáticos. Questões ambientais: os efeitos antrópicos sobre as áreas polares e os impactos negativos das mudanças climáticas podem comprometer a existência de porções significativas da criosfera. AULA 2 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E QUESTÕES AMBIENTAIS Desafios para o povoamento As condições naturais adversas para a ocupação humana permanente têm restringido as intervenções antrópicas e as mudanças nas paisagens polares. Criosfera: temperaturas negativas e baixa umidade do ar, dificultando a sobrevivência. Alimentos: falta de terras cultiváveis. Condições naturais: solos de tipo permafrost, relevo coberto por gelo, etc. Adaptações: algumas sociedades conseguiram se estabelecer nas áreas polares (sociedades esquimós, por exemplo). Principais características Atividades econômicas o Jazidas de recursos minerais (ouro, urânio, cobre, carvão mineral, petróleo), pesca/caça, ainda não exploradas em quase sua totalidade, e que atrai o interesse de alguns países e empresas. Impactos ambientais o Redução no volume e na área da criosfera polar. o Diminuição das concentrações de O3 (“buraco” na camada de ozônio). o Efeito estufa. o Exploração econômica: por conta do turismo, dos recursos minerais, da pesca e da navegação marítima. http://www.stoodi.com.br/ REGIÕES POLARES Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 3 – AS BASES DE PESQUISA E O FUTURO DA ANTÁRTICA Reconhecimento e expedições As condições adversas para a ocupação humana reforçam a presença humana recente na Antártica, pois não se encontram registros de sociedades anteriores às incursões europeias no continente. Sociedades pré-colombianas e polinésias: primeiras referências culturais sobre a existência de terras geladas ao sul. Navegações europeias: missões de circum- navegação antártica e reconhecimento do polo sul. Expedições: durante os séculos XIX e XX, várias expedições tentam atingir a porção central do continente, considerado o polo sul geográfico do planeta (como as expedições de Amundsen e Scottt, em 1911). Bases de pesquisa: cerca de 30 países mantêm estações de pesquisa em várias áreas do conhecimento (meteorologia, geofísica, astronomia, glaciologia, etc.). o Estação Antártica Comandante Ferraz: base de pesquisas do Brasil, implantada em 1984, realizou importantes estudos sobre a Antártica e o clima terrestre. Após um incêndio, em 2012, está em fase de modernização. Tratado da Antártica (1959): compromisso em tornar o continente uma área internacional (não pertence a nenhum país) e desenvolver apenas atividades de pesquisa, com fins pacíficos e de preservação. http://www.stoodi.com.br/ FASES DO CAPITALISMO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – MERCANTILISMO / LIBERALISMO Economia de mercado As características do capitalismo como conhecemos são resultantes de vários séculos de construção de processos associados ao lucro e à ideia de economia de mercado, especialmente através da formação de redes de comércio. Formação do mercantilismo As trocas comerciais e as necessidades crescentes de busca por matérias-primas ou novos mercados ajudaram a estimular as relações mercantilistas. Rotas comerciais: redes de comércio entre a Europa, o Oriente Médio e a Ásia que já existiam antes das navegações europeias a partir do século XV. Áreas urbanas: cidades que formavam entrepostos comerciais importantes e estimularam a negociação e as trocas comerciais. Navegações: as incursões europeias expandiram a formação de novas áreas comerciais e as trocas mercantis. Metalismo: a acumulação de metais preciosos (ouro, prata, diamante, etc.), vista como fundamental para a riqueza de nações. Matérias-primas: com a necessidade de acumular riqueza, a busca por matérias-primas em diferentes partes do mundo tornou-se fundamental. Características Mercantilismo Estado forte O surgimento de Estados nacionais associado à acumulação de riquezas e à expansão comercial. Recursos naturais/matérias- primas Fontes materiais para fortalecer o mercantilismo. Acumulação Fenômeno importante para as ideias de lucro e riqueza no capitalismo. Protecionismo Para fortalecer o mercado interno. Comércio exterior Apesar do protecionismo, o comércio externo é estimulado (especialmente entre metrópoles e colônias). Balança comercial Busca por um resultado positivo (superavitário). Transição Contribuições de holandeses e ingleses para a formação do liberalismo econômico e do capitalismo industrial. Contribuições para o Liberalismo Industrialização: a mudança de um sistema de manufaturas para o modelo industrial, associado à formação de complexas sociedades urbanas. Iluminismo: corrente de pensamento que estimula a ciência e as inovações. Revoluções: a Revolução Americana e a Revolução Francesa foram, também, necessidades de mudanças políticas e econômicas. Crescimento urbano: mais pessoas começam a viver em cidades. Mercado consumidor: as socidedades urbanas e industriais, com novas necessidades de consumo. Liberalismo: características Liberalismo Propriedade privada Associada ao direito de propriedade e à prevalência do individualismo. Livre iniciativa O comércio, os empreendimentos e as ideias partindo de outros agentes que não apenas o Estado. Estado mínimo Mínima interferência do Estado e maior liberdade para o mercado. Democracias Direitos e deveres, com maiores liberdades individuais e escolha de representantes. Livre comércio Reduzir as barreiras alfandegárias e facilitar as trocas comerciais. Consequências Mudanças políticas e nas relações internacionais. Expansão do capital: o capitalismo liberal expandiu sua influência sobre o comércio mundial, estimulando a formação de novos mercados consumidores e o fim do sistema colonial mercantilista. AULA 2 – DO KEYNESIANISMO AO NEOLIBERALISMO Liberalismo http://www.stoodi.com.br/ FASES DO CAPITALISMO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 A experiência da Revolução Industrial e a expansão econômica derivada do surgimento de novos mercados consumidores e do fim do antigo sistema colonial contribuíram para a ampliação do capitalismo industrial. Segunda Revolução Industrial: novos países passam a industrializar-se (Estados Unidos, França, Japão, Itália, Alemanha), principalmente na segunda metade do século XIX. Novas economias: o fim do Pacto Colonial e da escravidão estimulou o surgimento de novos mercados consumidores. “Partilha” da Africa: o continente passa a ser uma fonte estratégica de recursos naturais para sustentar o crescimento econômico das potências europeias. Taylorismo: modelo de produção baseado na eficiência, na aplicação científica e no controle da produção. Fordismo: influenciada pelo taylorismo, com a produção em massa. Primeira Guerra Mundial: após o final do conflito, supremacia dos EUA na economia mundial. o Superprodução e crise de 1929: colapso e necessidade de novas políticas econômicas. Keynesianismo O colapso de 1929 e a necessidade de mudanças na condução de políticas socioeconômicas permitiram que o modelo de Keynes ganhasse terreno. Espírito animal: para Keynes, a ideia de lucro a qualquer preço dotava a classe empresarial de aspectos negativos que punham o sistema econômico e o bem-estar social em risco. Intervenção do Estado: é necessária para conter os aspectos negativos do capitalismo. Bem-estar social: estímulos do Estado para promover equidade social e a ampliação do acesso ao mercado de consumo. Pós-Segunda Guerra: a supremaciados EUA gerou grande crescimento econômico, embora com o surgimento da URSS como uma nova força e a Guerra Fria. Crise dos anos 1970: mudanças nas políticas econômicas influenciadas pelas ideias keynesianas. Neoliberalismo: elementos Globalização. Mercados de capitais: com a venda de ações de empresas, por exemplo. Virtualização: relações e fluxos econômicos cada vez menos dependentes de meios materiais. Consenso de Washington: orientações para que países com problemas econômicos (como o Brasil nos anos 1980 e 1990) adotassem medidas neoliberais. AULA 3 – NEOLIBERALISMO: CARACTERÍSTICAS E CONSEQUÊNCIAS Raízes liberais Os choques do petróleo nos anos 1970 e a dificuldade de manutenção das políticas de bem-estar social orientaram as mudanças nas ações dos Estados nacionais. Personagens o Escola de Chicago: corrente de pensamento que disseminou as ideias neoliberais. o Pinochet: em seu governo, o ditador chileno contou com economistas que pusessem em prática as ideias neoliberais. o Margaret Thatcher: a primeira-ministra inglesa adotou medidas neoliberais para conter os gastos públicos e reduzir o tamanho do Estado. o Ronald Reagan: o presidente dos EUA também adotou políticas neoliberais e orientou outras nações a fazer o mesmo. Políticas neoliberais: para diminuir o tamanho das estruturas do Estado, reduzindo gastos, e aumentando o grau de liberdade econômica com a mínima intervenção estatal. Consenso de Washington: orientações que reforçaram a necessidade de práticas neoliberais para o crescimento econômico. Benefícios e prejuízos Papel da globalização: as disparidades socioeconômicas derivadas dos diferentes níveis de integração global, ou mundialização. Situação diante do fim da bipolaridade: incertezas sobre a supremacia total dos EUA diante de novos atores (a União Europeia ou os BRICS, por exemplo). http://www.stoodi.com.br/ FASES DO CAPITALISMO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 AULA 4 – GUERRA FRIA Superpotências do pós-II Guerra O pós-Segunda Guerra trouxe à tona duas novas superpotências que saíram fortalecidas do conflito, representando, por um lado, o espaço capitalista dos EUA e, por outro, o espaço socialista representado pela URSS. Fatores Surgimento de dois complexos industriais- militares: a ameaça de novos confrontos sustentou o crescimento de parques industriais. o EUA: 60% da capacidade industrial do planeta e 50% do PIB mundial. o URSS: maior território do mundo. Armas nucleares: tecnologia e testes nucleares constantes que punham em ameaça as relações de paz em escala internacional. Centros políticos e ideológicos: as duas nações buscaram influenciar os benefícios de seus sistemas e tornaram-se os centros do mundo bipolar. Por que não foi uma “Guerra Quente” MDA (Mútua Destruição Assegurada): jogo de soma zero, ou seja, não haveria vencedores diante de um confronto total. Cortina de Ferro: elemento de separação entre mundo capitalista e socialista, representado principalmente pelo Muro de Berlim. Corrida armamentista: o complexo industrial- militar e as ameaças estimularam uma busca por armas cada vez mais sofisticadas e tecnologias capazes de superar qualquer possível inimigo. Propaganda: meio de persuasão para divulgar os benefícios de cada sistema Auxílio Financeiro: estímulos para atrair política e ideologicamente aliados. 1991: fim da Guerra Fria, com a queda da União Soviética e o hasteamento da bandeira da Federação Russa, na noite de 25 de dezembro. AULA 5 – NOVA ORDEM MUNDIAL Mundo unipolar, bipolar ou multipolar? O colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria trouxeram a perspectiva de que os Estados Unidos seriam uma única superpotência. Entretanto, o surgimento de novos atores e as mudanças decorrentes da globalização mais recente colocaram incertezas sobre a unipolaridade. Elementos Globalização: a Divisão Internacional do Trabalho e a Divisão Territorial do Trabalho não respeitam mais de forma unilateral o centralismo entre países centrais e países periféricos. Blocos econômicos: tentativas de fortalecimento através da ação em bloco e da integração regional o Alguns blocos: União Europeia, NAFTA, Mercosul, ASEAN, APEC, ALCA. o Acordos bilaterais. Conflitos regionais: encaradas como ameaças à hegemonia de alguns países. Ascensão de novos polos (p. ex., os BRICS). http://www.stoodi.com.br/ ÓRGÃOS INTERNACIONAIS Copyright © 2014 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ONU Diálogo e cooperação A criação da Organização das Nações Unidas foi o resultado de tentativas para estabelecer a cooperação entre as nações e abrir canais internacionais de diálogo desde o século XIX, especialmente em situações de conflito. Liga das nações: iniciada com a assinatura do Tratado de Versalhes (1919) no pós-Primeira Guerra Mundial, até 1946. Criação da ONU (1945) As perdas humanas e materiais da Segunda Guerra Mundial aliadas às ameaças de novos conflitos que pusessem em risco a humanidade estimularam o surgimento da ONU, com alguns objetivos: Direito: fomentar o direito internacional e julgar crimes contra a humanidade. Segurança: formar forças de paz e intervir em situações de conflito. Desenvolvimento social: promover a melhoria das condições socioeconômicas e do IDH. Desenvolvimento econômico: desenvolver mecanismos de auxílio, cooperação e financiamento, especialmente para os países em desenvolvimento. Direitos Humanos: incentivar e garantir o respeito às premissas da Declaração Universal. Paz: promover relações pacíficas e solucionar conflitos sem a necessidade de uso da força quando possível. Características A ONU reúne quase todos os Estados nacionais, em uma estrutura composta por órgãos principais e outras instituições especializadas. Assembleia Geral: uma espécie de parlamento, formada por representantes de todos os países- membros. Conselho de Segurança: manutenção da segurança e da paz mundial. Cinco nações têm poder de veto atualmente (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido). Conselho Econômico e Social: coordena as políticas socioeconômicas, incluindo órgãos especializados (UNESCO, FAO, OIT, etc.). Direitos Humanos: acompanhar e aconselhar recomendações em casos de violação desses direitos. Secretariado: auxiliar o funcionamento da estrutura do sistema das Nações Unidas. Tribunal Internacional de Justiça: localizado em Haia, onde também funciona o Tribunal Penal Internacional, que julga pessoas acusadas de crimes contra a humanidade. Sistema ONU: formado pelos órgãos principais e outras instituições especializadas. Brasil e ONU O país é um dos membros fundadores das Nações Unidas, em 1945. Desde então, vem contribuindo em várias entidades da organização, inclusive em missões de paz (Haiti, Timor Leste, Moçambique, Angola, etc.). AULA 2 – OTAN/PACTO DE VARSÓVIA Aliança militar No contexto do fim da Segunda Guerra Mundial e das tensões que marcaram a Guerra Fria, vários países do hemisfério norte aderiram a acordos militares. Europa Ocidental, EUA e Canadá: países- membros da OTAN, a partir de 1949. Guerra Fria: OTAN e Pacto de Varsóvia têm seus objetivos ligados aos pesos geopolíticos de, respectivamente, Estados Unidos e União Soviética. Estrutura militar: conjunta, formada pelos países-membros. Contraponto: o Pacto de Varsóvia, entre 1955 e 1991, tornou-se a aliança militar dos países sob a influência da União Soviética, até a sua desintegração em 1991. AULA 3 – BID Cooperação regional A existência da Organização dos Estados Americanos (OEA) desde 1948 deu impulso para a formação de um organismo de financiamento voltado para a América Latina. Influência dos EUA: em 1959,o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é criado, com sede em Washington. Guerra Fria: a necessidade de afastar a influência socialista sobre a região estimulou o incentivo dos EUA para a criação do banco. http://www.stoodi.com.br/ ÓRGÃOS INTERNACIONAIS Copyright © 2014 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Características Principal fonte de financiamento: os países latino-americanos passaram a recorrer ao BID. 48 membros: apenas Cuba ainda não está entre os Estados-membros. o Mutuários: países que contraem empréstimos. De maneira geral, os países latino-americanos estão nesse grupo. o Não-mutuários: países doadores. Israel e a União Europeia não estão no continente, mas contribuem financeiramente. Diferenças no poder de voto e financiamento: cada país, em função do seu peso econômico, tem direito a percentual de participação. o Ex: EUA (30%), Brasil (10%). o Cotas diferentes: 60%, 70%, 80%, 90%. Novos agentes: instituições como o BNDES (Brasil) e investimentos de outros países têm sido cada vez mais importantes para a América Latina do que o BID. AULA 4 – BANCO MUNDIAL Reconstrução e desenvolvimento A retração derivada do pós-Segunda Guerra Mundial necessitava de uma estratégia para a reestruturação econômica, especialmente por parte dos países mais ricos (como os Estados Unidos, por exemplo). Acordos de Bretton-Woods (1944): criaram o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), que deu origem ao FMI e ao BM. FInanciamento/cooperação econômica: destinado, em grande parte, para países em desenvolvimento. Diferentes graus de poder decisório: ex. EUA, 15%; Índia: 3%; Brasil: 2%. Vários órgãos: BIRD, AID, IFC. AULA 5 – FMI Efeitos de Bretton-Woods A formação do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 1945, teve como preocupação contribuir para a melhoria do sistema financeiro internacional através de um mecanismo de diálogo econômico entre os países e da regulamentação internacional das atividades do sistema financeiro. Elementos Taxas de câmbio: padrão dólar. Reservas e empréstimos: as reservas, resultado da contribuição de cada país para o montante, podem ser usadas através de empréstimos. Contribuições de países-membros. Políticas econômicas: o organismo pode aconselhar e orientar políticas econômicas voltadas para a saúde financeira e orçamentária de vários países. http://www.stoodi.com.br/ BLOCOS SUPRANACIONAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ALCA Cúpula das Américas A Cúpula das Américas foi organizada em 1994 para que os chefes de Estado de 34 países do continente discutissem a criação de uma área de livre comércio, eliminado as barreiras alfandegárias e mecanismos de para isentar tarifas de importação entre os membros. Maior zona de livre comércio do mundo: em funcionamento, poderia reunir, atualmente, quase um mercado com cerca de um bilhão de pessoas e mais de US$20 trilhões em PIB. o Fim de barreiras: proposta para eliminar progressivamente as barreiras comerciais e tarifas de importação, ou adotar uma TEC (Tarifa Externa Comum) reduzida. o Livre comércio e investimentos: estímulo em setores, como infraestrutura, eram apontados como necessários para o sucesso do acordo. Fases de implantação Fase preparatória (1994-1998): grupos de trabalho para planejar e organizar o funcionamento da ALCA. Fase de implantação (1998-2005): para preparar o início do acordo entre os países- membros. Parâmetros da OMC e de outros órgãos internacionais, utilizados como referência para o funcionamento da ALCA. Divergências: houve forte oposição à ALCA em alguns países, que culminaram com o engavetamento da proposta. o Desequilíbrios entre as economias, que poderiam tornar alguns países ainda mais frágeis com o peso dos EUA. o Receio de uma avalanche de produtos e serviços dos países mais ricos, afetando os mercados locais das nações mais empobrecidas. o Divergências entre Washington e Brasília. AULA 2 – MERCOSUL Espelho passado A ideia de criação do Mercosul não é nova: as experiências de outros acordos, organismos de cooperação e alianças econômicas (CEPAL, MCE, ALALC, ALADI) contribuíram para fortalecer a perspectiva de um mercado comum. CEPAL: organização formada por vários países latino-americanos, com o objetivo de discutir novas vias de desenvolvimento e autonomia para a América Latina e o Caribe, no final dos anos 1940. Fases de implantação Ano Eventos 1985 Declaração de Iguaçu: lança as bases de cooperação econômica do Mercosul. 1991 Tratado de Assunção: criação da zona de livre comércio. 1995 União aduaneira: criação de uma Tarifa Externa Comum (TEC) entre os membros. Questões atuais Membros: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Iniciativa para a Integração Regional Sul Americana (IIRSA): projetos de infraestrutura para facilitar a integração socioeconômica da América do Sul. O BNDES tornou-se um importante financiador desses projetos. Desequilíbrios: diferenças socioeconômicas entre o Brasil e outros membros de menor dimensão econômica. UNASUL: perspectivas de substituição por este bloco, pois une as nações do Mercosul e da Comunidade Andina de Nações (CAN). AULA 3 – ALADI A partir da ALALC Em 1980, o Tratado de Montevidéu, que deu início à Associação Latino-Americana de Integração, buscou criar um organismo para dar continuidade às discussões da ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio, criada em 1960) e desenvolver meios de integrar as economias regionais. Composição: um conselho de ministros de Relações Exteriores, conselho de avaliação/convergência e um canal de representantes. Objetivos http://www.stoodi.com.br/ BLOCOS SUPRANACIONAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Mercado Comum: nos moldes de outros blocos, como o Mercado Comum Europeu (que, à época, ainda não era a União Europeia). Preferências tarifárias/TEC: adoção de tarifas comuns para os membros do bloco ou de isenções tarifárias. Desenvolvimento integrado: correção das disparidades socioeconômicas regionais através de investimentos em áreas mais vulneráveis e países menos desenvolvidos. Redução de disparidades. AULA 4 – ALBA Bolivarianismo: influências O surgimento da Alternativa Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), em 2004, consiste em um mecanismo que, além da cooperação econômica, também contempla formas de integração política e social para a transformação do bem-estar social nesses países. Venezuela/Cuba: os dois primeiros países a fazerem parte do acordo. Bolívia (2006): expansão do bloco. Novos integrantes: atualmente, onze países fazem parte do bloco (2015). AULA 5 – UE (UNIÃO EUROPÉIA) Reconstrução A necessidade de ações conjuntas para a reconstrução socioeconômica da Europa no pós-Segunda Guerra Mundial reforçou o desejo de vários países por criar mecanismos comuns de cooperação. Fortalecer, integrar e crescer: os impactos das guerras, o contexto da Guerra Fria e a perda de protagonismo para os Estados Unidos estavam entre os fatores que contribuíam para a ideia de uma Europa forte através de maior união. Etapas de formação Benelux (1944): Bélgica, Holanda e Luxemburgo, como um dos primeiros sinais de integração pré-UE. o Moeda, mercado e alfândega, com uma Área de Livre Comércio entre esses países. Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA): em 1952, uniu os membros do Benelux com Itália, Alemanha e França. Associação Europeia de Livre Comércio (AELC): em 1959, formada por membros que, inicialmente, estavam excluídos do MCE. Mercado Comum Europeu (MCE): em 1957, com a expansão da CECA, através do Tratado deRoma. Evolução Tratado de Roma (1957): formalização da Comunidade Econômica Europeia/Mercado Comum Europeu. Tratado de Maastricht (1991): formalizou as bases da União Europeia nos moldes atuais. o Moeda única (1999-2001). o Parlamento. o Outros tipos de integração: políticas nas áreas de agricultura, meio ambiente, desenvolvimento, educação, segurança, etc. Fortalecimento: o Projetos locais de desenvolvimento: através de fundos destinados aos países menos desenvolvidos do bloco, por exemplo. o Espaço econômico o Zona do Euro. OTAN (1949): Europa Ocidental e EUA. Pacto de Varsóvia (1955): bloco socialista. AULA 6 – CEI Formação Pacto de Varsóvia: alinhamento ao bloco socialista. Países como Ucrânia, Cazaquistão, Bielorrússia, Turcomenistão. Fatores de enfraquecimento Complexo industrial-militar. http://www.stoodi.com.br/ BLOCOS SUPRANACIONAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Bens de produção. Gastos militares/indústria aeroespacial. Falta de investimentos (bens de consumo). Corrupção Burocracia excessiva. Reformas e dissolução da URSS Perestroika: economia. Glasnost: política. Exposições: problemas sociais, insatisfação popular, graves problemas econômicos. 25/12/1991: extinção da URSS e criação da CEI. AULA 7 – NAFTA Livre comércio Reunião entre EUA, Canadá e México (1994). Ideias Fim das barreiras/livre circulação comercial. Investimentos. Flexibilização. Consequências Disparidades. Maquiladoras. AULA 8 – UNIÃO AFRICANA Integração para a autonomia Inspirada por outros blocos e acordos econômicos, a formação da União Africana, em 2002, é um conjunto de ações para a cooperação, o fortalecimento socioeconômico e maior influência do continente africano no mundo através da atuação conjunta. Reúne atualmente todos os 54 Estados nacionais como membros. Cerca de um bilhão de pessoas. Crescimento econômico de várias nações nos últimos anos, derivado de processos de estabilização política e melhorias nos indicadores sociais. Objetivos Superação colonialista. Integração econômica. Cooperação. AULA 9 – OPEP Conferência de Bagdá Em 1961, a organização, formada inicialmente por 5 membros, tinha o objetivo de controlar os preços e fortalecer a posição dessas nações fornecedoras de petróleo e gás natural, em uma situação na qual algumas multinacionais dos Estados Unidos e da Europa controlavam os preços e a demanda, pressionando a redução de lucros dos países com reservas. Cartel: por controlar preços e influenciar a economia mundial, a OPEP é considerada como uma forma de cartel. Reflexos da Guerra do Yom Kippur: “choques” de 1973 e 1979, com subida de preços. o Reflexos mundiais: por exemplo, em 1973, cerca de 400% de subida de preço. AULA 10 – BRICS Futuras forças O termo “BRIC” aparece em 2001, a partir de um estudo do banco de investimentos Goldman Sachs, que aponta a influência econômica crescente de Brasil, Rússia, Índia, China como economias de grande impacto no futuro, a ponto de representarem quase a metade do PIB mundial, nas previsões para 2050 (a África do Sul foi incorporada como parte do grupo depois). Fórum de discussões e cooperação. Aproximadamente US$19 trilhões. http://www.stoodi.com.br/ BLOCOS SUPRANACIONAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 Possui quatro das dez maiores economias do mundo. Quase três bilhões de pessoas. AULA 11 – APEC Associação Com 21 membros, para tornar-se com potencial de maior do mundo. Fórum de cooperação PIB de aproximadamente US$35 trilhões. Mais de 50% do comércio mundial. Aproximadamente 45% do comércio. http://www.stoodi.com.br/ EUA (GUERRA AO TERROR) Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – DOUTRINA BUSH Repercussões do 11/09/2001 Os atentados às torres gêmeas do World Trade Center, ao Pentágono e outros eventos nesta data colocaram os Estados Unidos, maior superpotência da história, diante de uma grande fragilidade pela qual não estavam totalmente preparados. O país nunca havia sido atingido dentro de seu território em tal magnitude, mesmo diante de eventos como as duas grandes guerras mundiais ou a Guerra Fria, por exemplo. Guerra ao terror: o governo de George W. Bush decide empreender uma grande ofensiva contra o terrorismo, visto como responsável pelos ataques. o Eixo do Mal: países com potencial para práticas consideradas terroristas (por exemplo, células/grupos terroristas) ou países considerados inimigos pelas posições políticas opostas aos Estados Unidos (Coreia do Norte, Irã, Síria, etc.). o Guerra preventiva: qualquer país ou movimento considerado contrário ou ameaça aos interesses dos EUA podia ser atacado, de forma unilateral. o Relações internacionais: ação unilateral dos EUA ao intervir em conflitos (por exemplo, sem consultas à ONU ou ao Conselho de Segurança). AULA 2 – GUERRA DO GOLFO Conflito Irã-Iraque: consequências A Guerra do Golfo tem origem nas tensões entre o Irã, Estado que se tornou aliado da URSS após a Revolução Islâmica de 1979, e o Iraque de Saddam Hussein (pró- EUA, apesar de ter sido anteriormente aliado da URSS). Tentativa de invasão do Iraque e conflito (1980-1988): desestabilização econômica e perdas, que enfraquecem os dois lados envolvidos. Apoio financeiro: envolvimento dos EUA e interesse em situação política favorável por conta do petróleo, financiando operações militares para o governo de Saddam. De aliado a inimigo dos EUA: com as perdas, Saddam vê na invasão do Kuwait o acesso a novas fontes de petróleo e outra saída para o oceano. o Solução econômica. Reação internacional: forças de coalizão, lideradas pelos EUA, para conter as ofensivas iraquianas no Kuwait. o Retomada do Kuwait: em cerca de 15 dias de operações militares. AULA 3 – AFEGANISTÃO E PAQUISTÃO (TALEBÃ) Ascensão O surgimento do Talebã está relacionado à formação de milícias destinadas a derrubar a influência soviética durante os anos 1970 e 1980 no Paquistão e no Afeganistão, com o apoio dos Estados Unidos. Nacionalismo islâmico: grupos que desejavam criar um Estado teocrático para acabar com as tensões internas e a influência ocidental. o Estado teocrático: alternativa ao cenário conflituoso, com base na aplicação da lei islâmica. o Apoio paquistanês: com o fim da ocupação soviética, há o apoio ao Talebã, com interesses em garantir estabilidade política e um aliado na região. Influências: controle político do Afeganistão e aplicação dos preceitos islâmicos, opondo-se às ações do Ocidente sobre a região. Repercussões do 11/09/2001: invasão estadunidense do Afeganistão, que era acusado de abrigar Osama Bin Laden. AULA 4 – INVASÃO DO IRAQUE Política do pós-11/09 Com o advento da Doutrina Bush, a nova política externa dos Estados Unidos passa a adotar uma postura unilateral, com os argumentos de combate ao Eixo do Mal e ao terrorismo. Arsenal nuclear: o Iraque é acusado de possuir materiais com potencial destrutivo (incluindo, também, armas químicas). o Invasão do Iraque, em 2003: a operação, embora tenha durado oficialmente até por volta de 2011, não foi suficiente para conter problemas internos de estabilidade política. o Prisão de Saddam Hussein: capturado e executado em 2006. http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA EX-IUGOSLÁVIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – HISTÓRICO Redivisões A região que formava a Iugoslávia, no leste europeu, passou por diversas mudanças políticas e configurações de divisas durante o séculoXX e início do século XXI, devido a diferenças étnicas, culturais, de idioma e econômicas. Península Balcânica: concentra diferentes etnias, entre sérvios, croatas e eslovenos, por exemplo. Antecedentes A unificação da Iugoslávia esteve ligada às repercussões da I Guerra Mundial e o fim do Império Austro-Húngaro e Otomano. Estado monárquico (1918-1941): forma-se o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que posteriormente (1929) torna-se Reino da Iugoslávia. Reino da Iugoslávia (1929): Croácia, Eslovênia, Bósnia, Herzegovina, Montenegro, Reino da Sérvia. o Alguns territórios em litígio: Dalmácia, Piemonte italiano, áreas austríacas e húngaras. o Tensões entre sérvios e croatas: governo com orientação e composição de maioria sérvia, além de questões culturais. Alexandre I (1929-1934): funda formalmente o Reino da Iugoslávia. Regência (1934-1941): período de instabilidade política e alinhamento com os países do Eixo. O enfraquecimento da Iugoslávia durante a II Guerra contribui para o fim do período monárquico. AULA 2 – FORMAÇÃO (PERÍODO SOCIALISTA) Enfraquecimento monárquico O enfraquecimento da monarquia e o alinhamento com os países do Eixo durante a II Guerra contribuíram para a instabilidade política iugoslava. Com a aproximação do país ao bloco soviético e a ascensão do regime de Tito, houve uma nova fase de unificação. Efeitos da II Guerra 1945-1992: república. Alinhamento com os países do Eixo: a derrota do bloco na Segunda Guerra também provoca instabilidade política e econômica na Iugoslávia Breve fragmentação do território. Marechal Tito (1945-1980): líder político que surge com a função de reunificar e fortalecer a Iugoslávia. o Alinhamento inicial com o bloco soviético, até o fim dos anos 1940. o Rompimento: caminho independente, após a dissociação com o bloco soviético. Derrocada socialista O enfraquecimento do sistema socialista nos anos 1980 também provocou efeitos negativos para a Iugoslávia. o Nacionalismos. o Conflitos étnicos. AULA 3 – DISSOLUÇÃO NOS BÁLCÃS Tensões étnicas O fim da força centralista de Marechal Tito (1980), a derrocada do socialismo soviético e o surgimento de sentimentos nacionalistas contribuíram para os processos de dissolução. Conflitos étnicos: por exemplo, entre Voivodina (maioria de etnia sérvia) e Kosovo (maioria de etnia albanesa). Ascensão de Slobodan Milošević (1989): tentativa de centralização política em favor dos territórios para a etnia sérvia. Independências: Eslovênia, Croácia, Bósnia, no início dos anos 1990. Guerra da Bósnia (1992-1995): desejo por um processo de independência. o Confronto com as ideias de Milošević, que desejava estabelecer a Bósnia como parte da Sérvia. o Necessidade de intervenção da OTAN e das Nações Unidas para o fim do conflito. Separatismo no Kosovo (a partir de 1999) o Fazia parte da Iugoslávia a partir da ascensão de Milošević. http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA EX-IUGOSLÁVIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 o Região de maioria étnica albanesa. o Declaração de independência por parte dos kosovares, em 2008. o A independência não é reconhecida por muitos países, incluindo o Brasil. http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA RÚSSIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – QUESTÕES HISTÓRICAS Origens As tensões étnicas presentes atualmente têm relações com o processo histórico de expansão política do território russo por diferentes povos e culturas. Império Russo: formado no século XVIII, chegou a ser a maior e mais populosa unidade política do mundo, abrangendo territórios da Europa do Leste, da Ásia até a América (Alasca, depois vendida para os Estados Unidos em 1867). Formação da União Soviética (1917-1991): centralização política e supressão das questões étnicas em favor da unidade do Estado. Formação da Federação Russa: a dissolução da URSS não conseguiu atenuar as divergências de origem étnica, mesmo concedendo maior autonomia para algumas regiões. Diferentes etnias: vários povos com tradições culturais, religiosas e valores diferentes, convivendo sob a unidade do Estado russo. Divisões políticas: fazer com que interesses conflitantes e o desejo de separatismo sejam reduzidos com a concessão de maior autonomia administrativa o Existência de repúblicas, óblasts, krais, cidades federais. Separatismos: sentimentos nacionalistas e de questões étnico-culturais que contribuem para movimentos de autonomia. o Ossétia do Sul, Daguestão, Chechênia, Cáucaso, Ucrânia: áreas de tensão. AULA 2 – CÁUCASO DO NORTE/CHECHÊNIA Entre Europa e Ásia A região próxima à cadeia montanhosa do Cáucaso é uma área considerada estratégica por estar entre a Ásia, o Oriente Médio e a Europa, bem como às regiões do Mar Negro e do Mar Cáspio, importantes para as atividades marítimas. Ciscaucásia: a expansão do Império Russo para a “russificação” de toda a área, no século XVIII. Região estratégica: existência de jazidas petrolíferas, de gás natural, manganês e outros minerais metálicos. Além disso, importantes dutos (oleodutos e gasodutos) que passam pela região abastecem boa parte da demanda da Europa por energia. Várias repúblicas na região do Cáucaso: Chechênia, Inguchétia, Daguestão, Calmúquia, etc. Inguchétia Nesta república, há um conflito entre ativistas que evocam a supressão de direitos humanos e desejo por maior liberdade, e o governo russo, que considera essas manifestações como uma guerra civil. Grupos islâmicos: Ingush Jammat (na Inguchétia) e Yarmuk Jammat (em Rabardino- Balkaria), que desejam influência maior na política e autonomia, com uma lei islâmica. Frente do Cáucaso (2005): grupos paramilitares, tentativa de ascendo o poder para montar um emirado. Chechênia Após a dissolução da União Soviética, a Chechênia chegou a se autodeclarar independente, em 1991. Tentativa de consolidação (1994-2003): cerca de 150 mil baixas durante as lutas por autonomia. Dutos: alguns dos dutos russos mais importantes para a Europa passam por essa região. Guerra civil (1994-1995): cerca de 40 mil soldados russos para conter o conflito na região. 1999-2000: nova guerra civil 2003: referendo local, no qual vence o reconhecimento da Chechênia como integrante da Federação Russa, sob forte . 2004: atentado em Beslan. Uma escola alvo de atentado terrorista, assumido por grupos pró- independência da Chechênia. AULA 3 – OSSÉTIA DO SUL Territórios na Geórgia e na Rússia As tensões entre Ossétia do Norte, Ossétia do Sul e a Abecásia envolvem territórios russos e da Geórgia. Ossétia do Norte: é parte do território russo. Ossétia do Sul: a formação desse Estado não é reconhecida pela maior parte da comunidade internacional (especialmente pela ONU e a OTAN), sendo considerada parte da Geórgia. http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA RÚSSIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Questões étnicas: heranças da cultura dos ossetas trazem laços comuns entre norte e sul. Declaração de independência: ocorrida durante a dissolução do bloco soviético. 2006: referendo para perguntar à população sobre o desejo de independência da Ossétia do Sul. Intervenção georgiana: a Ossétia do Sul recebe tropas para conter os favoráveis à independência. o Apoio dos EUA e da OTAN para as tropas da Geórgia, em conflito com tropas formadas pela Ossétia do Sul favoráveis à independência, apoiadas pelo exército russo. Reconhecimento russo da independência (2008): críticas da ONU e da OTAN, por acreditarem que são pressões de grupos separatistas atuantes na região, como gruposchechenos. A Rússia também reconheceu a autonomia da Abecásia, outra região que não deseja ser parte da Geórgia. Tentativa de unificação norte-sul: movimentos por setores da população que defendem a ideia de uma Ossétia unida AULA 4 – DAGUESTÃO Região autônoma Em 1999, a República do Daguestão se autodeclarou independente, criando tensões com o governo de Moscou. Área mais populosa do Cáucaso: importantes cidades na região (Makhachkala e Derbent, por exemplo). Estratégica: jazidas de petróleo e gás natural, além de zonas portuárias no Mar Cáspio. o Resistências: associadas a grupos islâmicos (a maior parte da população é adepta do islamismo sunita) que desejam um Estado baseado na lei islâmica, há movimentos de guerrilha para resistir às pressões russas. o Conflitos com a Chechênia: para tentar controlar o transporte e os preços dos recursos petrolíferos que passam pela região. AULA 5 – CRISE DA CRIMEIA (PARTE 1) Áre estratégica A região da Crimeia está em uma península entre o Mar Negro e o Mar de Azov, alvo histórico de disputas (gregos, godos, hunos, no Principado de Kiev, Império Otomano) em função de ser uma passagem estratégica entre a Rússia e a Europa. Considerada província autônoma (Oblast) do território ucraniano. Fatores estratégicos: baías e portos, base militar russa na região, gasodutos e oleodutos, ligação c/ o Mar Negro, Mediterrâneo e Bálcãs. AULA 6 – C RISE DA CRIMEIA (PARTE 2) Fatores estratégicos e étnicos Fatores estratégicos: frota russa no Mar Negro, importante estrategicamente para a influência militar e comercial na região, controlando a passagem de embarcações e a cobrança de frete. Fatores étnicos: a ocupação soviética contribuiu para a migração de muitos russos, que acabaram por formar a maior parte da população favorável a anexação da Crimeia à Rússia. Integração com a União Europeia: os favoráveis à manutenção da Crimeia como parte da Ucrânia alegam que a manutenção da unidade traz os benefícios socioeconômicos da UE para a região. Fragilidade econômica. Questões separatistas: movimentos em cidades como Donetsk e Lugansk, em 2014. Referendo (03/2014): não-reconhecimento da anexação (ONU), por cerca de cem países, e confrontos nas ruas. Mesmo com a anexação oficial em março de 2014, a Ucrânia considera a região como uma zona ocupada. http://www.stoodi.com.br/ ÍNDIA x PAQUISTÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – CAXEMIRA Entre três fronteiras A região da Caxemira, foco de importantes tensões políticas no continente asiático, está entre a Índia, o Paquistão e a China, países populosos, de economia forte e detentores de tecnologia nuclear. Independência: até 1947, Índia e Paquistão eram partes do Império Britânico. Após os conflitos por autonomia (1947-1948), são criados os dois Estados. Jammu-Caxemira: anexação indiana da região para incorporá-la aos seus domínios. Uma parte da população não se sente representada no Parlamento indiano. 2002: tensões Índia e Paquistão, por conta do potencial para uso de armas nucleares pelos dois países. Fatores de tensão Questões étnicas: aproximadamente 75% da população segue os princípios do islamismo. Questões militares: presença de tecnologia para enriquecimento de urânio e produção de arsenal nuclear. A região foi alvo de testes nos anos 1990. Separatismo: movimentos pela independência. Terrorismo: com os reflexos da atuação de grupos terroristas no Afeganistão, há a influência em práticas terroristas na área. http://www.stoodi.com.br/ ISRAEL x PALESTINA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – FORMAÇÃO TERRITORIAL Histórico Por ser o berço de três das maiores religiões do mundo em número de seguidores (cristianismo, islamismo e judaísmo) e em função de questões étnicas, a região que atualmente compreende os territórios de Israel e das áreas em litígio com a Palestina teve suas fronteiras redefinidas por várias vezes. Oscilações políticas: a região intercalou períodos nos quais houve controle de maioria judaica com outros nos quais houve maioria islâmica. Diásporas judaicas: deslocamentos em massa em função de aspectos políticos ou culturais (por exemplo, a diáspora de Moisés do Egito até Israel). Sionismo: necessidade de um Estado está associada à perda da soberania sobre os territórios e tradições judaicas. o Pogroms (século XIX/XX): perseguições a judeus, como os ocorridos durante o Império Russo. o Tentativas: para a criação de áreas com autonomia política de maioria judaica, como a de Birobidjan, na União Soviética, em 1934. Império Otomano: controle da região (1517- 1917). o Mandato Britânico da Palestina: com a derrota do Império Otomano após a I Guerra Mundial, o Reino Unido (com intermédio da Liga da Nações) assume o controle da região. 1947: resolução da ONU para definir a criação do Estado de Israel e guerra de independência. 1948: criação do Estado de Israel AULA 2 – CONFLITOS (PARTE I) Redefinição de 1948 A constituição do Estado de Israel, o reconhecimento por parte da ONU e de várias nações não soluciona as tensões entre judeus e árabes palestinos. Evento Características Guerra do Suez (1956) Entre Israel (com apoio de franceses e ingleses) e o Egito (que, durante o governo do presidente Nasser, havia nacionalizado o canal administrado pela Inglaterra desde o século XIX). Bloqueio do porto de Eliat e acesso ao Mar Vermelho (Golfo de Ácaba): controle da Península do Sinai. Nacionalismo árabe no Egito, com o controle da Península do Sinai (resquícios do conflito árabe- israelense). Invasão (retaliação): tropas israelenses na Península do Sinai, com apoio do Reino Unido e da França. União Soviética, aliada do Egito, ameaça militarmente enfrentar as tropas presentes de Israel, do Reino Unido e da França. Um acordo retirou essas tropas do Egito. Guerra dos Seis Dias (05/06/1967 a 10/06/1967). Envolveu Israel e países árabes, com a tomada de territórios vizinhos, considerados ameaças à soberania. Áreas de invasão: Colinas de Golã (controle das fontes de recursos hídricos), Península do Sinai (passagem marítima) e Jordânia. AULA 3 – CONFLITOS (PARTE II) Evento Características Guerra do Yom Kipur (1973) Egito, Síria e Jordânia tentam retomar os territórios perdidos. Rápida ação israelense (exército e Mossad) para manutenção dos territórios. Oposição árabe, por conta do apoio ocidental a Israel. Boicote árabe e da OPEP aos EUA e a Europa, por apoiarem Israel. Aumento dos preços em mais de 400% (OPEP, levando à crise do petróleo). http://www.stoodi.com.br/ ISRAEL x PALESTINA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Invasão do Líbano (1982) Invasão israelense no sul do Líbano, para combater grupos da Organização Para a Libertação da Palestina (OLP), que era alegada como ameaça a Israel, com a anuência inicial do Líbano. Envolveu partes da Síria, que também possuía grupos da OLP. Revides no norte de Israel Intifada (1987) Organização para a Libertação da Palestina (OLP) era contra a presença de Israel em Gaza e na Cisjordânia. Instabilidade política e práticas terroristas levaram as partes envolvidas a iniciarem conversações para a paz. Conferência de Madri (1991): cronograma para criação de um Estado palestino. Acordo árabe-israelense (1994): criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Expectativa de transferência gradual de territórios considerados israelenses para a ANP. AULA 4 – QUESTÕES ATUAIS Impasses no pós-1994 A criação da Autoridade Nacional Palestina, as expectativas de redefinição pacífica dos territórios e de convivênciapacífica entre árabes e judeus esbarraram em alguns pontos importantes. Controle de Jerusalém: considerada sagrada, tanto para judeus quanto para muçulmanos. Mananciais: controle das fontes de recursos hídricos, especialmente nas regiões das Colinas de Golã e da Cisjordânia. Terrorismo: grupos que não aceitavam negociar nos termos dos acordos. Refugiados: palestinos sem um Estado juridicamente reconhecido. Colônias judaicas: compra de terras para a formação de maiorias israelenses, em territórios reivindicados pela ANP. Segunda Intifada (2000): novo movimento em função dos impasses nos acordos, com atuação de grupos políticos (Fatah, Hamas). Muro: construção, de 635 km na fronteira c/ Cisjordânia (2004), provocando o isolamento de territórios com ocupação palestina. 2005: acordo para devolver a Faixa de Gaza para Palestinos. Estado não membro reconhecido pela ONU (2012), embora sem reconhecimento por alguns países. Terrorismo: com os reflexos da atuação de grupos terroristas no Afeganistão, há a influência em práticas terroristas na área. http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA ESPANHA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – QUESTÕES REGIONAIS E CONFLITOS Diferentes correntes A formação da Espanha possui as contribuições de diferentes heranças culturais, idiomas, costumes, bem como de inúmeras correntes migratórias que se dirigiram para a Península Ibérica. Principais correntes migratórias: celtas, fenícios, cartagineses, gregos, romanos, visigodos, vândalos, bizantinos, mouros. Embora seja um país com território politicamente definido, a relativa autonomia de algumas comunidades (similares aos Estados brasileiros) ocorre por conta de questões étnicas e históricas, anteriores à unificação (da Reconquista, em 1492). o Antes da formação: redefinições de território, unificações e guerras. o Catalunha: origem no Reino de Aragão, com ocupação a partir de correntes migratórias visigóticas. o Galícia: Galiza, região de origem do galego- português, e correntes migratórias celtas e de suevos. o Navarra/País Basco: correntes migratórias de visigodos, francos e germânicos. o Andaluzia: reinos de Sevilha, Córdoba, Reino de Granada. AULA 2 – MOVIMENTOS NACIONALISTAS Movimento Características ETA (País Basco) Pátria Basca e Liberdade (Euskadi Ta Askatasuna). Região do País Basco, na Espanha, abrangendo culturalmente também partes do sudoeste francês. Organização paramilitar. Ideologia revolucionária orientada pelo marxismo/leninismo. Luta política, com a eleição de membros que defendam País Basco no Parlamento espanhol, e divulgação das ideias (educacional, na mídia, etc.). Luta armada, com o emprego de práticas terroristas (por exemplo, no Aeroporto de Barajas, Madri, em 2006). Catalunha Movimento nacionalista Perda do direito ao uso da língua (século XVIII): reforçaram o sentimento de pertencimento. Repressão à língua, cultura e instituições catalãs durante o período franquista (1939-1976). Outros movimentos Galícia, Andaluzia, Valência, Navarra. http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA IRLANDA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – CONTEXTO HISTÓRICO Parte das ilhas britânicas A construção da nação irlandesa tem ligações com a chegada dos primeiros povos às ilhas britânicas, por volta de 8.000 a.C, além das correntes migratórias celtas, vikings e de outros grupos que formaram a cultura inglesa e de outros grupos. Domínio inglês: por mais de sete séculos (século XII ao século XX), espalhando a cultura inglesa e o protestantismo. 1801-1922: parte do Reino Unido, da Grã- Bretanha e Irlanda. Colonização: ingleses e escoceses ocuparam terras, para aumentar a presença na região e afirmar a soberania. Religião: Reforma inglesa, com a expulsão dos católicos e deslocamento de colonos para para áreas cada vez menores. Questões religiosas: conflitos entre católicos irlandeses e protestantes britânicos. o Colônias inglesas. o Supressão parlamentar (século XVIII/XIX): banimento da ala católica e aumento do desejo de separação. Secessionismo e independência: Defesa da autonomia republicana. Nacionalistas (católicos), no norte, e unionistas (protestantes), no sul. 1922: independência (em 1937, formalização da República da Irlanda). AULA 2 – IRA Grupo paramilitar Formado em função do processo de independência em 1922, para acabar com o domínio inglês na região e da influência do protestantismo britânico. Separatismo e integração Norte/Sul. Orientação católica. Ligações políticas com o partido Sinn Féin (“nós próprios”, em gaélico). Reintegração: separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e união das duas Irlandas. o Maior igualdade religiosa: 75% da população da Irlanda do Norte (protestante) o Domingo Sangrento (1972). o Terrorismo (ação): aprox. 3500 mortes. http://www.stoodi.com.br/ PRIMAVERA ÁRABE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – O ISLAMISMO Culturas escritas Livros sagrados e origens comuns: Bíblia Torá Alcorão o Passagens do antigo testamento Sec VII Ascensão de Maomé (Mohammad) o Revelação o Hégira e expansão (622): de Meca para Medina Expansão do Islã Vertentes Sunitas (75% - 90%) Suna Transformações do mundo e atualização Xiitas (10%-25%) Sucessores de Ali Conservação das interpretações AULA 2 – SUNITAS X XIITAS Islamismo Diferentes correntes e interpretações do Alcorão. Questões culturais e étnicas Árabes Persas Pashtuns Tadjiques Usbeques Sírios Libaneses Questões históricas Expansão política Contatos culturais o Ex: Ocidente Algumas vertentes Sunitas Xiitas Carijistas Sufis Sunismo 75% a 90% dos mulçumanos Suna: povos da tradição de Maomé Califas sucessores Escolas de pensamento Califas eleitos (podem ser) pela comunidade Transformações do mundo Xiismo 10% a 20% dos mulçumanos Herdeiros legítimos (fator de sucessão, desentendes de Maomé) Antigas interpretações do Alcorão (tradições) Pureza de princípios / conduta Sharia (lei islâmica) AULA 3 – NACIONALISMO ÁRABE Cultura e História Língua Literatura Ciência e tecnologia Política Religião Fortalecimento político Pan-arabismo o Cooperação econômica, política e cultural o União política Influência ocidental Negativa Secularismo, nacionalismo, estativismo Visões Influências da Liga árabe (1945) Nasserismo (anos 50/60) Influências do Islã Ex: formação do Estado Islâmico AULA 4 –JIHADISTAS Jihad http://www.stoodi.com.br/ PRIMAVERA ÁRABE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Contra instintos para construir uma sociedade justa OU contra os infiéis Jihad é diferente de Guerra Santa Sharia Lei islâmica o Práticas políticas derivadas do islamismo Islã em vários aspectos da vida Visões mais ortodoxas Reino do Islã (Dar Al-Islam) Reino da guerra (Dar Al-Harb) Grupos políticos defensores Boko Haram (NIG) Movimento islâmico (UZB) Al-Qaeda o Objetivo: um Estado Islâmico imenso o Califado Estado Islâmico o Do Leste da Síria ao Oeste do Iraque AULA 5 – GRUPOS POLÍTICOS Atuação política Grupos que desejam assumir o poder. Diferentes campos de atuação Grupos armados/paramilitares Serviços sociais Instrução religiosa Partidos políticos Orientação religiosa Islã: vertentes do Alcorão Hamas (Movimento de resistência islâmico) Organização sunita Início: projetos sociais e religiosos o Financiamento (síria, Arábia Saudita, Israel) Objetivo: restaurar a Palestina histórica o Não reconhece Israel Ações terroristas o Anos 90 (até 2005) Divergências entre Hamas (assentos no parlamento palestino) e Fatah Inicialmente pregando discurso conciliados (judeus, cristãos, mulçumanos) Fatah (Movimento de libertação nacional da Palestina) Nacionalismo laico (orientação de esquerda) Yasser Arafat (fundador) Atual oposição na ANP Hizbollah (Partido de Deus) Líbano Orientação xiita Opera serviços sociais Criada como resistência à invasão de Israel (1982) Objetivo: Regime islâmico (influência de Khomeini) Estrutura complexa Envolvimento na Síria (guerra civil) Irmandade Mulçumana (Sociedade de irmãos mulçumanos) Fundação: Egito (1928) Restaurar os ensinamentos do Alcorão o Sem influências ocidentais Atuação em vários países Sharia Unir países de maioria mulçumana Estrutura ampla Al-Qaeda Organização invoca a Jihad Bin Laden (líder) Revolução Islâmica armada Restabelecimento do califado Envolvimento em vários ataques o Ex: ataque de 11 de setembro AULA 6 –ESTADO ISLÂMICO Movimento Jihadista Formado no Iraque Califado islâmico (Síria/Iraque) Adoção da Sharia (Lei islâmica) Reivindicam território de maiorias islâmicas e/ou com ligações históricas (expansão do I milênio d.C.) Califa: sucessor de Mohammad Estrutura Complexa Divisões administrativas Estrutura militar Comunicações Formação http://www.stoodi.com.br/ PRIMAVERA ÁRABE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Grupos insurgentes o Ex: Al-Qaeda Algumas ações Proselitismo religioso Jihad (invocação) Sharia AULA 7 –PRIMAVERA ÁRABE: PANORAMA GERAL Protesto de Fogo Dez/2010 Mohamed Bouazizi (Tunísia) - Imolação Protestos contra a corrupção e as más condições de vida dos jovens o Desemprego o Ausência de liberdade Reinvindicações Fim dos governos/ditaduras (Tunísia, Líbia, Egito). Outros protestos: Argélia, Jordânia, Egito, Iêmen. Bahrain o Maioria xiitas e repressão do Exército Síria o Bashar Assad Repressão Guerra civil Líbia o Muammar Al-Gaddafi: captura e morte por civis Egito o Hosni Mubarak: renunciou o Protestos da praça Tahir Papel das redes sociais e da internet nos protestos. AULA 8 - PRIMAVERA ÁRABE: EGITO (PARTE 1) Inspiração Tunisiana Protesto derivados da revolta da Tunísia Situação socioeconômica/política Hosni Mubarak: no poder desde 1981 Regime de partido único Apoio dos EUA e aliado de Israel Repressão à militantes islâmicos Questões sucessórias o Gamal Mubarak Estado político Assassinato do presidente Sadat Estado em emergência desde 1981 Ditadura Eleição de 2010 conturbada Corrupção e problemas estruturais AULA 9 - PRIMAVERA ÁRABE: EGITO (PARTE 2) Ecos da Tunísia o Insatisfação com situação econômica e política Ditadura o Hosni Mubarak no poder desde 1981 o Estado de emergência Problemas políticos e socioeconômicos o Desemprego o Inflação o Violência de Estado o Falta de liberdade (censura) o Corrupção o Demografia País populoso: 83 milhões de habitantes Poucas áreas férteis o Ex: Vale do Nilo 25/01/11 “Dia da Revolta” o Cairo, Suez, Alexandria 28/01/11 “Sexta feira da ira” o Tomada das ruas no país o Bloqueio de internet e serviços de telefonia 29/01/11 Toque de recolher e desobediência civil Fev/11 Praça Tahir Pressão popular Forças de oposição 11/02/11 Renúncia de Hosni Mubarak Repercussões http://www.stoodi.com.br/ PRIMAVERA ÁRABE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 Concessões à população em outros países da região AULA 10 - PRIMAVERA ÁRABE: LÍBIA (PARTE 1) Problemas políticos Centralização o Muamar Al-Gaddaf: mais de 4 décadas no poder (1969-2011) Questões Socioeconômicas Elevado desemprego o Entre jovens e mulheres Disparidades sociais Controle econômico familiar Repressão política e ideológica Corrupção Violência e violação dos direitos humanos Crescimento de oposição Tentativas de assassinato Influências tunisianas Acúmulo de bens o U$70 bilhões (estimados) Protestos pelo país o Apoio da oposição AULA 11 - PRIMAVERA ÁRABE: LÍBIA (PARTE 2) Jamahiriya árabe “Estado de massas” Comitês populares e congresso geral do povo Divergências Estado autocrático Corrupção Nepotismo Reflexos Manifestações (Trípoli, Benghazi) Tentativas de amenizar as insatisfações Medidas econômicas sociais Repressão às manifestações, censura (internet, TV) Grupos de oposição o Conferência nacional para oposição da Líbia (CNOL) o Frente nacional para salvação da Líbia (FNSL) Fev/2011 Primeiras manifestações Sanções econômicas Tribunal Penal Internacional Mandato de captura e prisão Atuação das forças rebeldes para capturar cidades e chegar à Trípoli. 20/10/11 Morte de Gaddafi Novo governo Não consegue estabilidade AULA 12 - PRIMAVERA ÁRABE: SÍRIA (PARTE 1) Estado de emergência Maior liberdade para decisões do executivo o Autoritarismo Partido Baath o Hafez Al-Assad (por 30 anos) o Unipartidarismo 2000 Bashar Al-Assad (filho) Reflexos da Tunísia Insatisfação com regime Motivações Desemprego o Especialmente jovens Disparidades sociais Autoritarismo / repressão Situação política Ascensão de grupos de oposição e manifestações Oposição Curdos Estado islâmico Jan a Mar/2011 http://www.stoodi.com.br/ PRIMAVERA ÁRABE Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Elevado número de mortos Conflito civil AULA 13 - PRIMAVERA ÁRABE: SÍRIA (PARTE 2) Insatisfação Síria Centralização (Bashar Al-Assad) Problemas socioeconômicos Reflexos da Tunísia Jan a Mar/2011 Onda de manifestações Forte repressão policial Tentativas de estabilização Nova Constituição (2012) Eleições para 2014 o Contestação internacional o 88,7% dos votos para o Assad Atuação de grupos contrários Ex: Estado Islâmico Apoio ocidental recente a Bashar Al-Assad http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA ÁFRICA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ÁFRICA DO SUL (PARTE 1) Disputas étnicas Processo de colonização: Holandeses (séc XVII) Ingleses (séc XIX) Bôeres (Africanêres) o Franceses, holandeses, alemães e flamengos Grupos autóctones o Xhosa, Zulu, bosquímanos Redefinições a partir do controle britânico. Guerra dos Boêres (1899-1902) Predomínio britânico e questões racialistas. Independência e segregação (institucional) Brancos Negros Mestiços Indianos APARTHEID Bantustões: Território para negros. Townships: Periferia das cidades, vilas e centros econômicos. Separação racial (apartheid) Brancos - Mestiços indianos e negros (alto padrão de vida) (baixo padrão de vida) Boicote internacional Resistências AULA 2 – ÁFRICA DO SUL (PARTE 2) Racialismo e privilégios União sul-africana e predomínio branco. Subjugou grupos: Negros Mestiços De outras colônias 1948: Políticas de Estado Classificação racial (1950) Perda de cidadania (não-brancos) Bantistões e tonwships Anos 1970: Acirramento do apartheid Bantistões o Segregação política e social o Territórios para não-cidadãos Tentativas de enfraquecer grupos étnicos (zulus, bantos, xhosa, etc) Pressão internacional, resistências e fim do apartheid(1994) Figuras proeminentes: Nelson Mandela, Desmond Tutu, Steve Biko. Pós – apartheid Disparidades sociais (negros/brancos/outros grupos étnicos) Questões étnicas Violência AULA 3 – RUANDA/BURUNDI Pós-Primeira Guerra Unificação Burundi/ Ruanda Grupos étnicos Hutus o Grupo majoritário Tutsis o Grupo minoritário o Líderes em Ruanda depois da independência da Bélgica Questões socioeconômicas Escassez de terras férteis Dependência agrícola Crise humanitária (alimentos) Tentativa de coalizão e impasse Governo com membros hutus e tutsis Apoio militar aos hutus o Treinamento o Fornecimento de armas Genocídio (1994) Morte do presidente (Hutus) Milícias hutus o Genocídio generalizado Refugiados Violência e resultados o 1 milhão de mortes http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA ÁFRICA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 4 – SERRA LEOA Ex-colônia britânica Independência e instabilidade: Politica Econômica Social Formação de grupos extremistas Ex: RUF (Frente Revolucionária Unida) o Promessas de melhorias na distribuição de renda Controle no interior o Milícias (especialmente onde havia diamantes) Diamantes de sangue o Financiamento de milícias / armas Golpe de estado (1992) Conflitos (1991-2002) Várias ofensivas entre RUF e governos Estimadas 80 mil mortes Estimados 2 milhões de refugiados AULA 5 – NIGÉRIA (PARTE 1) Diversidade Étnica Estimadas 500 etnias conhecidas o Iorubás o Hauçás o Igbos Contato pré-coloniais o Islâmicos o Povos do norte o Rotas comerciais Incursões europeias Tráfico de escravos Colonização britânica (1886) o Unificação de territórios: desconsideração de fronteiras étnicas Período republicano (pós-1960) Golpes militares e ditaduras Golpes de 1966 o Federalização República de Biafra (1967) o Guerra civil Apoio por causa dos campos petrolíferos Catástrofe humanitária Golpe de 1983 (até 1999) Outras motivações (instabilidade) Questões étnicas Corrupção Movimentos radicais o Ex: Boko Haram Conflitos no delta do rio Níger o Petróleo / multinacionais o Etnias o Grupos políticos e paramilitares AULA 6 – NIGÉRIA (PARTE 2) Questões étnicas Instabilidade política, econômica e social. Eventos contemporâneos Conflitos no Delta do rio Níger Estados do Sul Interesses do setor petrolífero Grupos étnicos e movimentos organizados o Grupos paramilitares Estado nigeriano Violações dos Direitos Humanos Movimentos islâmicos Especialmente no norte do país Estabelecimento de um estado islâmico o Sharia Boko Haram - principal grupo Direitos Humanos Violência derivada dos conflitos envolvendo Estado, grupos étnicos e paramilitares radicais. AULA 7 – SUDÃO E SUDÃO DO SUL Nação jovem: criada em 2011 http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA ÁFRICA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Separatismo Insatisfações do pós- independência do Sudão Ex-colônia britânica Guerra civil sudanesa (1955-1972) Aproximadamente 500 mil baixas Segunda guerra civil sudanesa (1983-2005) Governo mulçumano (norte) e tentativa de imposição da sharia no sul (de maioria cristã) Aproximadamente 2 milhões de baixas Aproximadamente 4 milhões de refugiados Acordo de paz (2005) e Referendo de 2011 Interesses petrolíferos 75% do petróleo (antigo Sudão) 98% das receitas AULA 8 – DARFUR Entre fronteiras Suão o Foco de maior tensão Líbia Chade República Centro – Africana Entre etnias Populações árabes o Apoio de Cartum Populações não-árabes Apoio sudanês às milícias Estado pró-sharia Ex: Janjawid 2003 – Início do conflito Maioria da população é mulçumana o Motivos étnicos mais evidentes Ações violentas Sequestros 2006 – Tentativas de envio de forças de paz Não-genocídio (segundo ONU) Possível lobby chinês Aproximadamente 500 mil mortes Aproximadamente 3 milhões de desabrigados http://www.stoodi.com.br/ TENSÃO NAS COREIAS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – CONTEXTO HISTÓRICO Território unificado e ocupado Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895). o Anexação em 1910. o Rivalidades entre Japão e China pelo controle da Coreia. Guerra Russo-Japonesa. Domínio japonês e protetorado (1910-1945). Invasão soviética (1945), na região do paralelo 38º: zonas de ocupação entre URSS e EUA. o Norte (socialista): setembro de 1948. o Sul (capitalista): agosto de 1948. Tensões entre norte e sul: Guerra da Coreia (1950-1953). o Permanência da separação entre Norte e Sul. AULA 2 – CONTEXTO CONTEMPORÂNEO Fim da Guerra Fria Coreia do Norte: maior isolamento político e econômico e decréscimo dos indicadores socioeconômicos. Coreia do Sul: crescimento econômico e melhorias nos indicadores sociais. Coreia do Sul Tigre asiático: rápido crescimento econômico, mais acentuado a partir dos anos 1980. Desenvolvimento econômico e social. Elevado IDH. Alinhamento com os Estados Unidos e nações ocidentais. Coreia do Norte República socialista. Ideologia Juche: ditadura hereditária (Kim Il-Sung, líder fundador do país nessa concepção). Força militar: arsenal nuclear. Problemas estruturais: crise de alimentos, isolamento/embargo econômico, Problemas socioeconômicos Reaproximação (anos 1990): tentativas de diálogo para o fim das tensões, reestabelecer relações diplomáticas e uma possível reunificação. http://www.stoodi.com.br/ CONFLITOS NA CHINA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – CONTEXTO GERAL País atual A formação da China é resultante de um longo processo de encontros, separações e unificações. 1949: socialismo e República Popular da China. o Centralização política. o Supressão de aspectos culturais e étnicos (ex.: Revolução Cultural). Grupos étnicos: embora a etnia Han seja predominante (90%), há diversos grupos. o Em um país populoso, “apenas 10%” representam dezenas de milhões de pessoas. o Regiões autônomas. AULA 2 – REGIÕES DE TENSÃO Principais áreas Tibete Cerca de 40% do território chinês e nascentes de rios importantes. Preceitos budistas: Dalai Lama (líder). Império, desde cerca do século VII. Estado independente (1911-1950). Sede no exílio: Dharamsala, Índia. Iniciativas chinesas recentes: investimentos na região, migrações de chineses Han. Xinjiang Uigures: muçulmanos, prática de nomadismo, agricultura e criação como atividades econômicas. Política migratória: incentivos do governo central para migrações de chineses Han. Imposição cultural: restrição de idioma e religião locais. Mongólia Interior Nomadismo/cultura mongol. Região desértica e semidesértica (Deserto de Gobi). Incentivos às migrações de chineses Han para essa região: conflitos. Guangxi Sul da China: pelo menos dez etnias e mais de 50 milhões de pessoas. Tentativa de separatismo: repressão do governo de Pequim. http://www.stoodi.com.br/ GEOCAP GEO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20, 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56