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GEOGRAFIA ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ORIGENS DO UNIVERSO Concepções sobre a origem Criacionista: poderes sobrenaturais, quase sempre atribuídos às entidades divinas, deram origem ao cosmos. Científica: a ciência utiliza observações, hipóteses e experimentos para formular teorias para explicar a origem, evolução e funcionamento do Universo. Teorias sobre a origem As teorias a seguir são baseadas no método científico, já que a Geografia é uma ciência, e usa esse método: Universo em expansão A Via Láctea não é a única: existem bilhões de galáxias, que se movem e se afastam umas das outras, em diferentes velocidades, direções e sentidos. Edwin Hubble foi o pioneiro dessas descobertas. Analisando os estudos de Hubble, Georges Lemaître propôs a hipótese do átomo primordial. Universo estacionário O Universo expande-se e, nos espaços crescentes entre as galáxias, mais matéria se forma para dar origem a nova matéria, mantendo a densidade do cosmos. Teoria questionada por boa parte da comunidade científica. Universo pulsante Expansão e contração contínua do Universo, que aconteceriam infinitamente no tempo. Para isso, deve haver um limite de crescimento para que haja uma implosão (“Big Crunch”,ou “Grande Implosão”). Big Bang George Gamow estudou os modelos de um Universo primordial desenvolvidos por Lemaître e Alexander Friedmann para propor que, em algum momento do Tempo, um Universo infinitamente pequeno e quente, entrou em colapso e se expandiu, dando origem à matéria e à energia como conhecemos. AULA 2 – UNIVERSO: ESCALAS E MAGNITUDES O que é o Universo? A ideia de Universo envolve tudo o que existe no espaço e no tempo, ou seja, a matéria e a energia, que estão sustentadas por leis físicas e constantes universais comuns. Por ser uma visão científica, os modelos de Universo têm sofrido constates transformações, que nos levam a ampliar o horizonte de tudo o que conhecemos a cada dia. Do micro ao macro (e vice-versa) O tamanho das coisas no Universo envolve diferentes grandezas: são 42 ordens de magnitude conhecidas (usando a unidade de medida metro como referência) – ainda sim sem considerar teorias como a da existência de multiversos ou a espuma quântica, por exemplo. Elemento Diâmetro aproximado ou estimado Quark 10-16 m Próton 10-15 m Átomo de carbono 10-10 m Cromossomo humano X 10-7 m Célula humana 10-5 m Fio de cabelo 10-4 m Pessoa (altura média) 1,70 m Distrito Federal 103.000 m Brasil 4,32 x 106m Terra 1,27 x 107 m Sistema Solar 2 x 1016 m Via Láctea 1,2 x 1021 m http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Superaglomerado de Peixes-Baleia 1025 m Universo 9,3 x 1026 m Para analisar fenômenos e dados que envolvam escalas de grandeza, é importante saber lidar com análise dimensional e notação científica, pois são conceitos matemáticos utilizados não apenas nas geociências, mas em diferentes áreas do conhecimento (física, química e biologia, por exemplo). AULA 3 – O SISTEMA SOLAR No Braço de Órion Nós e todos os outros corpos celestes que fazem parte do Sistema Solar estamos no chamado Braço de Órion, um conjunto de aglomerados de estrelas e nebulosas na borda externa da Via Láctea. Esfera de plasma O sol é a única estrela e o corpo mais massivo de nosso sistema planetário. Formada por gases (92,1% de hidrogênio e 7,8% de hélio) e traços de outros elementos químicos (O, NI, Fe, Si, S, Mg, Ca, Cr, Ne), libera energia através da fusão nuclear do hidrogênio no núcleo solar. A estrela possui um diâmetro de mais de 100 mil km (mais de 100 vezes o terrestre) e volume mais de um milhão de vezes maior que o da Terra. É a principal fonte de energia, fundamental para a vida do planeta: em um segundo, a Terra recebe cerca de 50 PW (petawatts, ou 5 x 1016 W), mais de vinte mil vezes toda a energia produzida pelos seres humanos em um ano. Planetas rochosos e gasosos Exemplos Planetas telúricos ou rochosos Formados por superfície rochosa e interior com material magmático, são mais densos e, por isso, ficam mais próximos do Sol. Em comparação com os planetas gasosos, são menores e a força gravitacional é menor (na Terra, a força gravitacional é de 9,8m/s², maior que nos outros planetas rochosos). Planetas gasosos São planetas formados por gases e partículas de materiais sólidos em suspensão, não possuindo uma superfície sólida como os planetas telúricos. Em profundidades maiores, os gases tornam-se cada vez mais densos e podem tornar-se líquidos, metais e até rochosos nos núcleos. Estão mais distantes do Sol e possuem maiores dimensões do que os planetas telúricos. Outros elementos do Solar Devido à força gravitacional exercida pelo Sol, outros corpos executam diferentes órbitas e estão sob a influência da estrela: o Asteroides e meteoroides: são corpos rochosos, fragmentos da formação do Sistema Solar. O cinturão de asteroides concentra a maior parte dos asteroides. Os meteoroides também são fragmentos da formação do Sistema Solar, mas são menores que os asteroides. o Meteoros e meteoritos: meteoros que, em contato com a alta atmosfera da Terra, se aquecem pelo atrito com o ar. Quando atingem o solo, são chamados meteoritos. o Cinturão de Kuiper: inúmeros corpos rochosos que contêm água congelada, amônia e metano, de tamanhos variados. Estão distantes do Sol (além da órbita de Netuno, a 4,5 bilhões de quilômetros do centro solar). o Nuvem de Oort: região mais externa do Sistema Solar, a cerca de um ano-luz de distância (9,46 trilhões de quilômetros). Ainda não foi observada diretamente, mas acredita-se que seja formada por um número infinitesimal de corpos como os do Cinturão de Kuiper. http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 AULA 4 – MOVIMENTOS DA TERRA No entanto, ela se move! A frase que, segundo a lenda, teria sido dita por Galileo Galilei porque não aceitava a visão da Igreja Católica de que a Terra era o centro do Universo, serve para entendermos que não apenas o planeta, mas toda a matéria e a energia do Universo não são estáticas, mesmo que não possamos perceber. Rotação, translação e outros movimentos O planeta Terra realiza vários movimentos, muitos deles pouco conhecidos por não provocarem interferências diretas de curto prazo. Os mais conhecidos: Rotação: em torno de um eixo imaginário do próprio planeta, com duração aproximada de 23h56min04s. Fonte: Centro de Divulgação da Astronomia, Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f23.jpg>. Translação: movimento da Terra em torno do Sol, através de uma órbita aproximadamente elíptica. Tem duração de 365d05h48min46s. Fonte: Centro de Divulgação da Astronomia, Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/cda/producao/sbpc93/sbpc93_f21.gif>. Outros movimentos: Movimento Características Precessão Movimento da Terra em torno de seu eixo imaginário, parecido com o de um pião. Cada ciclo dura aproximadamente 26 mil anos. Nutação Provoca pequenas oscilações no movimento de precessão. Ocorre por causa da interação gravitacional entre a Terra e a Lua. Movimento dos pólos Oscilações nos pólos magnéticos da Terra. Ocorre por causa das mudanças no seu eixo de rotação. Rotação galáctica A Via Láctea gira em torno de seu eixo imaginário, com uma volta completa a cada 250 milhões de anos. AULA 5 – ESTAÇÕES DO ANO Por que existem? A ocorrência de diferentesestações é resultado do movimento de translação da Terra em torno do Sol e das mudanças na inclinação do planeta em relação a essa estrela. Solstícios e equinócios São momentos de máxima, mínima e similar distribuição da luz solar sobre a Terra, em épocas específicas do ano. Solstício: maior desigualdade de luz solar, entre dias e noites e entre norte e sul. Ocorre nos meses de junho e dezembro, variando de dia conforme o ano. Equinócio: maior igualdade de luz solar, entre dias e noites e entre norte e sul. Ocorre nos meses de março e setembro, variando de dia conforme o ano. http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 Afélio: época do ano na qual a Terra está mais afastada do Sol (cerca de 152 milhões de km). Periélio: época do ano na qual a Terra está mais próxima do Sol (cerca de 148 milhões de km). Afélio e periélio, com afastamento e aproximação extrapolados para fins didáticos. Fonte: <http://www.if.ufrgs.br/cref/camiladebom/Img/k2.jpg>. AULA 6 – A LUA, NOSSO SATÉLITE NATURAL Ao nosso lado A Lua é um satélite natural e o corpo celeste, em órbita frequente e de grandes dimensões, mais próximo da Terra. Distância: 384.000km da Terra. Raio: 1737 km (cerca de 1/4 menor que o da Terra). Temperaturas: 125 ºC (máxima); -235 ºC (mínima). Origem A teoria mais aceita é a da origem a partir de uma colisão de outro objeto planetesimal com nosso planeta. As fases da Lua Cada fase dura cerca de sete dias, até completar um ciclo (aproximadamente 28 dias). Fonte: Centro de Divulgação da Astronomia, Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). Disponível em: <http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo- basico/fases-lunares/faslun_01.gif>. AULA 7 – INFLUÊNCIAS LUNARES: ECLIPSES E MARÉS Interações Influências mútuas que podemos observar ou perceber. Campo gravitacional: corpos massivos, que exercem interferências derivadas da interação gravitacional, além de possuírem campos magnéticos distintos. História geológica: a Lua e Terra podem ter se formado há aproximadamente 4,1 bilhões de anos. (o choque entre o protoplaneta Theia e a Terra, dando origem à Lua, por exemplo), embora com resultados diferentes. Distância Lua-Terra-Sol: a distância entre a Terra e a Lua (~385.000km), bem como entre a Terra e o Sol (~1,5x108 km), é capaz de influenciar fenômenos decorrentes dessas interações. Resultados Os resultados incorrem em eclipses solares e lunares. Eclipse lunar: quando a Terra encobre a incidência de luz solar sobre a Lua. Eclipse solar: quando a Lua se coloca em uma posição entre o Sol e a Terra, projetando uma sobra (total ou parcial) sobre nosso planeta. http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Umbra e penumbra Os eclipses nem sempre são totais, pois o bloqueio da passagem de luz solar pode ser variável, gerando áreas de maior (umbra) ou menor escuridão (penumbra). Marés Alguns efeitos percebidos na Terra, como as variações no nível das águas, por exemplo, ocorrem por conta das interações (a gravitacional sendo a mais importante) entre o nosso planeta, o Sol e a Lua, outros dois corpos massivos de nossa vizinhança cósmica. Influências de fenômenos externos (gravitação, por exemplo). Termos comuns Sizígia Quando há o alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua, que produz como efeito as marés mais altas. Quadratura Quando o alinhamento, em fases de Quarto Minguante e Quarto Crescente, produz como efeito marés mais baixas. Maré vazante A altura da maré diminui, entre preamar e baixa-mar. Maré enchente A altura da maré aumenta, entre baixa-mar e preamar. Preamar O mesmo que maré alta (o nível mais alto de uma maré enchente). Baixa-mar O mesmo que maré baixa (o nível mais baixo de uma maré vazante). AULA 8 – INFLUÊNCIAS SOLARES Corpo de plasma O Sol, assim como as inúmeras estrelas no Universo, realiza reações de fusão nuclear que liberam grandes quantidades de energia e reações atômicas que contribuem, inclusive, para a formação de novos elementos químicos na natureza. Distância: cerca de 150 milhões de km da Terra. Raio: 695.500 km (cerca de 109 vezes a da Terra). Massa: 1,98 x 10^30 kg. Temperatura: cerca de 5.500 ºC na superfície e 1,56 x 10^7 ºC no núcleo. Fenômenos solares Campo magnético. Vento solar. Fonte de energia Em 1s, a energia emitida através das reações solares (50 milhões de GW, ou 1.300 W/m²) poderiam cobrir a demanda energética humana por cerca de um milhão de anos. http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 6 Eclipses solares Fonte: Portal do Professor. Disponível em: <http://eclipsesdosol.pbworks.com/f/732px-Esquema_eclipse_solar_anular.png>. Eclipses lunares Fonte: <http://www.apotec.net/blog/wp-content/uploads/eclipse-lunar.jpg>. AULA 9 – ECLIPSES Quando a luz não passa Os eclipses solares, de forma similar aos lunares, estão relacionados ao recobrimento total ou parcial da luz solar que chega à Terra. Tipos de eclipses Os eclipses solares podem ser classificados em: http://www.stoodi.com.br/ ASTRONOMIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 7 AULA 10 – O SER HUMANO FORA DA TERRA Olhando para o céu O ser humano sempre observou o céu pensando em respostas sobre sua origem, o porquê de sua existência e qual o nosso lugar em tudo o que existe. A possibilidade de sair da Terra e entender o que nos cerca tem movimentado o imaginário humano de diferentes formas: Pinturas rupestres, geoglifos, monumentos megalíticos. Artes plásticas, literatura, música, cinema. Religião, pensamento científico. Contribuições científicas Diversas civilizações contribuíram para ampliar os horizontes de nosso conhecimento sobre o Universo: Observações: curvatura da Terra, eclipses solares e lunares, medidas de distâncias entre astros, mapas celestes. Teorias sobre os movimentos da Terra, dos planetas do Sistema Solar (Kepler) e o sistema heliocêntrico (Copérnico). Telescópio (século XVII): permitiu observar inúmeros corpos celestes invisíveis a olho nu. Desenvolvimento de mecanismos para propulsão e voo. A corrida espacial Durante a Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética buscaram a superioridade na exploração espacial. 1957: lançamento do satélite Sputnik, pela URSS. 1961: Yuri Gagarin, cosmonauta soviético, primeiro ser humano no espaço. 1966: alunissagem da sonda estadunidense Surveyor 1. 1969: missão Apollo 11, com a chegada dos primeiros astronautas à Lua. 1972: última missão tripulada até à Lua (Apollo 17). Ampliando os horizontes A exploração espacial criou uma série de tecnologias que permitiram ampliar nosso conhecimento sobre a Terra e o Universo: Sondas: veículos espaciais não tripulados, que carregam instrumentos científicos para analisar informações sobre o Universo. Exemplos: as sondas das missões Voyager, Pioneer, New Horizons, Venera e Chang’e. Telescópios espaciais: fora da atmosfera terrestre, podem realizar observações de corpos celestes e fenômenos invisíveis na superfície. Exemplos: o telescópio espacial Hubble. Estações espaciais: permitem realizar experimentos científicos e testar a sobrevivência humana em longos períodos, preparando-nos para a exploração distante. Exemplos: ISS (International Space Station, ou Estação Espacial Internacional) e a estação soviética MIR. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distânciawww.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ORIGEM E ESTRUTURA DA TERRA Como surgiu? Há várias teorias que relacionam o surgimento da Terra com o do Sistema Solar. As mais importantes e estudadas atualmente: Acreção: é a mais aceita atualmente. A partir da nebulosa solar, nuvens moleculares, através da atração gravitacional exercida pelo Sol, pelos corpos maiores e em função das altas temperaturas começam a se aglutinar e formar planetesimais. Colisão estelar: choque entre o Sol, ainda em formação, com outro corpo estelar, liberando grande quantidade de energia e nuvens moleculares que deram origem à nebulosa solar. Há, ainda, indícios de que a formação do Sistema Solar seria resultado da explosão de uma supernova (explosão de uma estrela) nas redondezas. Captura pela gravidade solar: corpos atraídos pela interação gravitacional solar ou de outros objetos maiores. Estrutura atual Com cerca de 6 sextilhões de quilogramas (~6x1024 kg), a Terra tem superfície de 510 milhões de km². Áreas submersas: 361 milhões de km² cobertas por água. Áreas emersas: 148 milhões de km² acima da água. Modelo estático: baseado na composição geoquímica dos materiais. Fonte: Blog Prof. Alexei Nowatzki. Disponível em: <http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/geologia/estruturas-da-terra/>. Modelo dinâmico: baseado no comportamento geofísico dos materiais. Fonte: Blog Prof. Alexei Nowatzki. Disponível em: <http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/geologia/estruturas-da-terra/>. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 2 – A TERRA E AS DIFERENTES ESFERAS A Terra como um sistema 'Como o planeta atual é o resultado de muitas interações, mudanças e trocas de matéria e energia ao longo de sua história geológica e cósmica, é necessário compreender a Terra como um sistema dinâmico. Costuma-se atribuir os termos Ciência do Sistema Terra ou Ciências da Terra à(s) área(s) de estudo do comportamento da Terra, sua origem, evolução e estruturas. Fonte: Atlas ambiental da Bacia do Rio Corumbataí. Disponível em: <http://ceapla2.rc.unesp.br/atlas/cartilha_ambsociedade.php>. AULA 3 – ORIGEM DOS MOVIMENTOS INTERNOS DA TERRA Geodinâmica A geodinâmica trata das constantes transformações derivadas das trocas de matéria e energia na Terra, entendida como um sistema dinâmico. Geodinâmica externa: chuvas, Sol, formas de vida, alterações nas rochas (intemperismo físico e intemperismo químico). Geodinâmica interna: vulcões, abalos sísmicos, movimentos nas placas tectônicas. A geodinâmica interna O planeta possui processos internos derivados da alta pressão, das altas temperaturas, da interação gravitacional e do decaimento de partículas, que liberam energia (geotérmica). Magma: material pastoso, formado por rocha fundida em altas temperaturas (pode chegar a mais de 1500 ºC. Quando extravasado para a superfície, é chamado de lava. Convecção: movimento de correntes que transportam calor do interior da Terra para a superfície. Podem ser ascendentes ou descendentes. Fonte: <http://www.apolo11.com/imagens/2011/esquema_correntes_convectivas.jpg>. AULA 4 – MOVIMENTOS INTERNOS: DERIVA DOS CONTINENTES Formação A teoria do movimento de deriva continental foi proposta por Alfred Wegener (1880-1930), ao perceber o afastamento da Groenlândia em à Europa (1,5 km em poucos anos). Além disso, também estudou outros processos de afastamento e aproximação. Evidências Utilizando cartas náuticas, topográficas e outros métodos de pesquisa, Wegener observou algumas pistas: Silhuetas dos continentes. Formações geológicas e materiais semelhantes. Paleoclimas (climas do passado). Movimento de deriva dos polos. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 AULA 5 – MOVIMENTOS INTERNOS: PLACAS TECTÔNICAS (PARTE I) Quebra-cabeça A partir da teoria da tectônica de placas, foi possível chegar à hipótese de que as formas dos continentes e oceanos do planeta modificam-se ao longo do tempo. Espessura: entre 70 e 150 km na litosfera. Deslocamento médio: entre 1 e 20 cm/ano. Evidências Magnetismo. Deriva polar. Fundo oceânico. Estrutura Fonte: <http://wikiescolar.blogspot.com.br/2013_09_01_archive.html>. Fonte: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/34/Placas_tect2_pt_BR.s vg/360px-Placas_tect2_pt_BR.svg.png>. AULA 6 – MOVIMENTOS INTERNOS: PLACAS TECTÔNICAS (PARTE II) O que as movimenta? O interior da Terra possui camadas de materiais com composição geoquímica e propriedades geofísicas (pressão, temperatura, volume) muito diferentes. Correntes de convecção: em função das diferenças de temperatura, pressão e volume, faz o magma movimentar-se de forma ascendente ou descendente. Arrasto das placas: faz com que as áreas de subducção arrastem materiais para baixo nas fossas oceânicas. Empuxo das placas: através da interação gravitacional. Expansão ou retração oceânica Expansão/abertura Fonte: <http://ufrr.br/lapa/images/Menu_Geologia/Figura%2017.png>. Subducção/afundamento Fonte: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/27/Subduction.svg/2000p x-Subduction.svg.png>. Limites entre placas tectônicas Fonte: <http://ufrr.br/lapa/images/Menu_Geologia/Figura%2014.png>. Consequências Abalos sísmicos. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 Vulcanismo. Formação de relevo. AULA 7 – MOVIMENTOS INTERNOS: FORMAÇÃO DE RELEVO Como se forma? As formas de relevo, estudadas pela geomorfologia, são o resultado de fatores externos (geodinâmica externa) e fatores internos (geodinâmica interna). Agentes modeladores internos Compressão. Distensão. Fricção. Oceanos que abrem e fecham Os movimentos de abertura e fechamento de bacias oceânicas obedece ao chamado Ciclo de Wilson. Formação de montanhas Além de fatores da geodinâmica externa, também há fatores geodinâmicos internos. Orogênese: a partir da tectônica de placas. Epirogênese: vertical, a partir de movimentos de choque entre massas continentais. Forças da dinâmica terrestre Hipótese convectiva. Forças nos limites entre placas. AULA 8 – FORMAÇÃO DE RELEVO: AGENTES EXERNOS Geodinâmica externa A geodinâmica externa e as formas de relevo resultantes são o resultado de alguns fatores. Fatores litológicos. Fatores estruturais Fatores climáticos Fatores dinâmicos (seres humanos, por exemplo). Intemperismo e processos modeladores Intemperismo físico: agentes mecânicos, como os ventos, a radiação solar, a interação gravitacional. Intemperismo químico: água, ligações químicas, interações químicas entre elementos da biosfera e a litosfera. Processos modeladores: erosão, sedimentação e transporte. AULA 9 – TIPOS DE ROCHAS O que são rochas? A formação dos diferentes tipos de rochas que compõem a geosfera terrestre possui alguns princípios que permitem classifica-las. Não-minerais Produtos de origem orgânica (restos de seres vivos/material biogênico). Minerais Elementos químicos agregados e associados a estruturas geométricas cristalinas. Agregados Fragmentos formados por materiais e minerais com diferentes elementos químicos. Rochas São resultantes dos agregados de minerais. Os tipos de rocha também estão associados à características estruturais: Mineralogia: estrutura (arranjo molecular) e proporção dos minerais que existem em uma rocha. Textura: as formas e os tamanhos dos cristais que compõem os minerais. Ciclo das rochas: processos de transformação dos diferentes tipos de rocha ao longo da história geológica terrestre. Ciclo das rochas http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 Os efeitos da geodinâmica e as interações entre a geosfera e as outras esferas do sistema Terra contribuem para produzir modificações constantes nas rochas. Essas mudanças podem ocorrer tanto a partir de elementos externos (intemperismo e erosão, por exemplo), quanto por contatos com as camadas internas de rochas (compressão, transformações químicas e contato com o magma, por exemplo). Fonte:<http://3.bp.blogspot.com/-wmky- P0Dx5A/ToGfAOIJ5xI/AAAAAAAAABI/6KvyQx1SBVA/s1600/Ciclo+das+Rochas+1. jpg>. Os tipos de rochas Tipos Subtipos Sedimentares: formadas a partir da desagregação e deposição de rochas superficiais. A compressão e a compactação de camadas de sedimentos contribuem para a litificação, dando origem a esses tipos de rochas. Clásticas/detríticas: fragmentos/detritos de outras rochas anteriores. Químicas/bioquímicas: formadas por processos químicos ou bioquímicos (água com sais, por exemplo, pode evaporar e deixar esses sais acumulados nos sedimentos). Metamórficas: formadas por conta de pressões e temperaturas elevadas nas camadas internas da geosfera, especialmente por causa de compressão. Foliadas: formando folhas/camadas. Muito comum em mecanismos de metamorfismo regional. Não-foliadas Ígneas/magmáticas: originadas a partir do resfriamento do magma. Intrusivas: não atingem a superfície, ficando confinadas, após um resfriamento mais lento que as rochas extrusivas. Extrusivas: solidificadas na superfície, com texturas mais finas ou mesmo vítreas. AULA 10 – INTEMPERISMO E EROSÃO Nada será como antes Os efeitos da geodinâmica e das interações do sistema Terra ao longo do tempo transformam as rochas constantemente, mudando suas características. Intemperismo: o processo de desagregação ou destruição das rochas. Erosão: processos que levam à destruição ou desagregação das rochas. Interferências: alguns fenômenos interferem na desagregação e transformação das rochas. Propriedades da rocha-matriz: diferentes graus de dureza ou suscetibilidade, por exemplo. Clima: variações de chuva, temperatura, pressão do ar e ventos, por exemplo. Solos: são formados como resultado do retrabalho das rochas ao longo do tempo. Geodinâmica interna: vulcanismo e tectonismo, por exemplo. Tempo. Tipos de intemperismo http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 6 Físico Variações térmicas Contração e dilatação mecânica das rochas, em função da amplitude térmica. Fraturas Permitem a acumulação de materiais que podem contribuir para alterações de origem mecânica. Gelo Ao penetrar em fissuras ou falhas, a água congelada também pode, ao formar cristais de gelo, pressionar mecanicamente as rochas (crioturbação). Pressão e esfoliação Desplacamento de rochas, formando, por exemplo, estruturas semelhantes a cascas (esfoliação esferoidal). Cristais Alterações na estrutura dos cristais, principalmente a partir da acomodação. Biosfera Seres vivos também podem participar desse tipo de intemperismo (por exemplo, raízes de árvores, ao crescerem e penetrarem em rochas). Químico Dissolução Rochas que se dissolvem em função da água. Oxidação Participação do O2 e da água, ao penetrarem nas rochas, transportando materiais para camadas mais profundas ou oxidando materiais. Carbonatação Presença de CO2 em reações químicas ajudando a formar outros elementos químicos e minerais. Hidratação Presença de água. Processos bioquímicos Decomposição, formação de fissuras/fraturamentos, acidificação por substâncias, entre outros. Tipos de erosão Pluvial Provocada pela ação das águas precipitadas sobre a superfície (chuvas, granizo ou neve, por exemplo). Fluvial Provocada pela ação dos cursos d’água nas áreas de margem ou próximas. Marinha Ação das águas dos mares e oceanos sobre as áreas litorâneas (variações nos níveis do mar, efeitos das marés, e avanço das águas sobre áreas de costa, por exemplo). Eólica Ação dos ventos, provocando desgaste mecânico. Glacial Ação de geleiras sobre as rochas. Fatores antrópicos O ser humano também provoca alterações significativas nas rochas e ambientes terrestre, muitas vezes em um curto prazo. A velocidade e o grau de transformações do intemperismo e da erosão dependem da interferência de alguns fenômenos, como a duração, a composição da rocha- matriz, a temperatura, a quantidade de chuvas e a topografia. Alguns resultados As transformações das rochas contribuem para alguns efeitos: Movimentos de massa: escorregamentos, corridas de material, deslizamentos, entre outros. Ocorrem naturalmente, mas ações antrópicas têm contribuído para frequentes episódios desse tipo, formando áreas de risco para muitas pessoas que vivem próximas. Formação de solos: o intemperismo e a erosão são fundamentais para formar diferentes tipos de solo. Transporte/sedimentação: a água, o vento ou mesmo a gravidade podem contribuir para que materiais intemperizados sejam transportados e depositados em locais diferentes da origem dos mesmos. AULA 11 – FORMAÇÃO DOS SOLOS Os pisos da superfície Os solos são o resultado de interações entre as diferentes esferas do sistema Terra que desgastam e alteram as rochas. Por isso, possuem diferentes composições químicas e estruturas moleculares. Em função da estrutura dos grãos que formam o solo, ele pode ser classificado em função das concentrações de areia, argila e silte em um dado volume. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 7 Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/2/367525/slides/slide_4.jpg>. Horizontes de solo Fonte: <http://www.dct.uminho.pt/pnpg/gloss/gifs/perfil_ampl.jpg>. AULA 12 – GRUPOS DE SOLOS Porque classificar os solos? A classificação de solos proporciona, além do conhecimento de suas características e das origens, um planejamento adequado para o planejamento do uso, da ocupação ou mesmo dos potenciais socioeconômicos que podem beneficiar a sociedade. Comportamento dos materiais: as características de cada tipo de solo (permeabilidade, textura, tamanho dos grãos) dão pistas sobre as potencialidades e restrições de uma área em função desses solos. Obras de engenharia: importância relacionada ao fato de o solo ser o grande suporte para obras civis. Recursos naturais: o solo como recurso natural, que oferece potenciais para atividades como a agropecuária, silvicultura, entre outras. Estudos ambientais: para determinar potencialidades e limitações no uso dos solos. Como fazer? O estudo e a classificação dos solos variam conforme as necessidades e os objetivos e, por isso, pode ter diferentes abordagens: Geotecnia e engenharia: destinadas a entender o solo como suporte para intervenções ou para o aproveitamento econômico (obras civis, mineração etc.). Pedologia: ciência dos solos, que pode usar diferentes classificações e grupos. Características e horizontes de solo: a classificação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é a mais comum, chamada de SiBCS (Sistema Brasileiro de Classificação de Solos). Existem outros sistemas também consagrados, entre os quais: o Classificação internacional da FAO (órgão da ONU). o Classificação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA Soil Taxonomy). Principais grupos no Brasil LatossolosDesenvolvidos: espessos, profundos e homogêneos, normalmente com divisão clara entre os horizontes. Infiltração: são mais granulares, permitindo a passagem de água. Baixa declividade: em áreas mais planas. Erosão e compactação. Freático profundo. Podzólicos Espessos e desenvolvidos. Heterogêneos: a diferenciação normalmente não é tão clara como nos Latossolos. Erodíveis: presença de argilominerais que permitem maior permeabilidade de água. Vertentes: em áreas de declividades http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 8 mais acentuadas, suscetíveis a processos erosivos. Hidromórficos Umidade: proximidade de cursos d’água, afloramentos ou do freático. Cores claras ou mais acinzentadas: por conta do transporte de minerais pela água. Dificuldades: diferentes tipos de microagregados e saturação de água, tornando-os comumente instáveis. Cambissolos Pouco evoluídos: horizontes mais próximos à rocha sã. Erodíveis. Elevadas declividades: facilitam a desagregação e o transporte de materiais. Litólicos Rasos: ainda mais próximos à rocha sã. Suscetíveis a processos erosivos. Montanhas, serras e escarpas. Uso e ocupação do solo Perfis de alteração e intemperismo: cada perfil tem diferentes tipos de processos erosivos, de acordos com as características dos solos. Aptidões e modos de ocupação: cada região possui potencialidades e restrições em função dos tipos de solos. O planejamento é fundamental para essas definições. Processos erosivos: impactos associados a cada tipo de solo. Impactos ambientais sobre os solos Podzólicos, cambissolos, litólicos: processos erosivos, escorregamentos, mineração. Hidromórficos: inundações, solapamento de margens. Latossolos: compactação, processos erosivos. AULA 13 – A TERRA E O TEMPO GEOLÓGICO O tempo além do tempo Embora, do ponto de vista científico, o tempo seja uma medida de frequência, possui variadas definições, por ser intrínseco à consciência humana, com sua diversidade e complexidade. Nesse sentido, comparações entre o tempo da vida humana, da história da Terra e do Universo podem se tornar também bastante complexas. Tempo cosmológico: decorrente da origem do horizonte cósmico que deu origem ao Universo. Tempo geológico: a partir da formação do planeta Terra. Escalas e magnitudes: lidar com diferentes ordens de grandeza para compreender e comparar as diferentes noções de tempo. Comparações: criação de classificações e escalas para comparar o tempo atual e os eventos ou mudanças no tempo geológico e cósmico. Evidências e técnicas: contribuições e descobertas científicas sobre a história da Terra e do Universo. Calendário cósmico Jan Big-Bang Matéria, energia, formação de elementos químicos. Formação de galáxias Fev Mar Abr Mai 1 Via Láctea Jun Jul Ago Set 9 Sistema Solar 14 Planeta Terra 25 Vida na Terra Out 2 Rochas mais antigas encontradas na Terra 9 Fósseis mais antigos Nov 1 Diferenciação sexual dos seres vivos. 12 Fotossíntese. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 9 15 Eucariontes. Dez 14 Esponjas 18 Vertebrados 24 Pangeia 25 Dinossauros 26 Mamíferos 30 Extinção em massa (~65 Ga) 31 20h10min: surgimento de hominídeos 22h30min: uso de instrumentos 23h52: Homo sapien sapiens 23h56: migrações humanas pelo mundo. Às 23h59 min 11s Última Era do Gelo. 37s Agricultura e assentamentos permanentes. 56s Império romano. 58s Civilização maia, Império Bizantino, Cruzadas. 59s Início da colonização na América. Os últimos 100 anos estão em aproximadamente 0,2s. Elaborado a partir de: SAGAN, Carl. The Dragons of Eden: speculations on the evolution of human intelligence. New York: Ballantine Books, 1978, p. 14-16. Calendário geológico Jan 1 Nebulosa planetária: origem da Terra. Fev 25 Origem da vida: primeiras células. Mar 5 Rochas mais antigas. 21 Algas e estromatólitos (procariontes). Abr 18 Bactérias. Mai Jun Jul 18 Células com núcleo (eucariontes). Ago Set 3 Organismos multicelulares (algas). Out Nov 8 Vermes marinhos e águas-vivas. 14 Fauna de Ediacara. 21 Cordados, peixes Dez 3 Plantas com sementes 5 Primeiros répteis 13 Primeiros dinossauros 14 Primeiros mamíferos 26 Extinções em massa: fim dos sauros No dia 31 de dezembro 17h20min Primeiros hominídeos 23h02min Homo habilis 23h48min Homo sapien sapiens 23h59min O último minuto representa, aproximadamente, os últimos 250 anos. Elaborado a partir de: KENTUCKY GEOLOGICAL SURVEY. The geologic time scale. Lexington: University of Kentucky, 2011. Investigando pistas Os estudos que se debruçam sobre o que pode ter ocorrido estão apoiados por um conjunto de métodos para decifrar as pistas deixadas pelas transformações na história da Terra e do Universo. A estratigrafia (estudo das sequências de rochas) e o decaimento isotópico (a meia- vida dos elementos químicos, com taxas de decaimento de tempos diferentes) estão entre os mais comuns, embora haja outras técnicas. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 10 Fonte: <http://www.netxplica.com/figuras_netxplica/verifica/isotopos.png>. Grandes eventos na história da Terra De maneira geral e resumida, a história do planeta Terra pode ser dividida nos seguintes grandes eventos: Acreção e resfriamento do planeta. Origem e presença de água. Origem e desenvolvimento da vida. Ocorrência de eventos extremos (eras de gelo e Terra bola de neve, por exemplo). Extinções em massa. AULA 14 – PALEONTOLOGIA: A HISTÓRIA DA VIDA NA TERRA Como um campo de estudos das geociências, a paleontologia destina-se a pesquisar e buscar explicações científicas a respeito da vida no passado terrestre, em termos de origem, desenvolvimento e evolução. Para isso, a busca por registros está orientada por alguns métodos, também usados em outros estudos sobre o Sistema Terra: Estratigrafia: estudo das camadas, ou estratos, e sequências de rochas, para compreender a estrutura e o comportamento ao longo do tempo (como surgiram, quais sequências são mais antigas, quanto tempo entre uma e outra etc.). A comparação entre sequências também é importante para essa compreensão. Fósseis: os restos de seres vivos que conseguiram resistir às ações do tempo e permaneceram relativamente coesos são as bases da paleontologia. Datações isotópicas: as concentrações e o decaimento radioativo de alguns elementos químicos também podem indicar a idade de fósseis e sequências estratigráficas (os elementos químicos possuem uma meia-vida, que pode variar). Rochas sedimentares: testemunhos As dificuldades em encontrar fósseis em rochas metamórficas ou ígneas (por conta de condições como temperaturas e pressões elevadas nas camadas mais profundas da geosfera, por exemplo) tornam as rochas sedimentares os grandes recipientes que conservaram os registos de fósseis no planeta. Os testemunhos estudados pela paleontologia respeitam alguns princípios. Superposição Sucessão das camadas de rochas sedimentares: as mais recentes na parte superior e as mais antigas mais interiores. Em geral são horizontais, desde que não tenham ocorrido alterações tectônicas importantes. Horizontalidade Disposição horizontal das camadas. Cronoestratigrafia/sucessão estratigráfica As sequências encontradas funcionam como marcas de uma linha do tempo. Se houver fósseis em um estrato, eles devem ter se formado no mesmo período que as rochas constituintes desses estratos. Além disso, se são encontrados os mesmos fósseis em camadas e lugares diferentes, é possível que tenhamse formado no mesmo período. Atualismo Os mecanismos geodinâmicos do passado seriam os mesmos de hoje (por exemplo, as alterações no nível do mar). Como os paleontólogos trabalham? http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 11 AULA 15 – A Escala de Tempo Geológico (I) Divisões na Escala Superéon Éon Era Período Época ou Série A tabela da Escala de Tempo Geológico Tempo (Ma) ~ 4.567 Superéon: Pré-cambriano Éon: Hadeano Era: Críptico Formação da Terra e da Lua Impacto de Theia ~4.500 Era: Basin Compostos orgânicos ~4.300 Era: Nectárico ~ 4.100 Era: Ímbrico Bombardeamento por meteoros do Sistema Solar interior. ~ 4.000 Éon: Arqueano ~ 3.600 Era: Eoarqueano Procariontes Era: Paleoarquea no Vaalbara ~ 3.200 Era: Mesoarquea no Cianobactérias ~ 2.800 Era: Neoarquean o Glaciação Éon: Proterozoico ~ 2.500 Era: Paleo proterozoico Oxigênio/fotossíntese ~ 2.300 Glaciação huroniana ~ 2.050 Oxigênio Organismos com núcleo celular ~ 1.800 Supercontinente Columbia ~ 1.600 Era: Meso proterozoico Eucariontes ~ 1.400 Plataformas continentais Algas vermelhas Diferenciação sexual Expansão de plataformas ~ 1.000 Era: Neo proterozoico Rodínia ~ 720 Terra “bola de neve” 635 Biota de Ediacara Além das Eras, há os Períodos e Séries ou Épocas, outras subdivisões desse tipo de escala. http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 12 AULA 16 – A Escala de Tempo Geológico (II) Superéon: a Comissão Estratigráfica Internacional não definiu outro superéon após o Pré-Cambriano. Todas as eras e períodos a seguir pertencem ao Éon Fanerozoico Tempo (Ma) Era Período ~ 541 Paleozoico Cambriano Explosão cambriana Trilobitas, braquiópodes, esponjas, cordados Gondwana ~ 485,4 Ordoviciano Peixes,corais, algas terrestres Plantas e fungos Idade do gelo ~ 443,8 Siluriano Plantas vasculares Artrópodes Domínio dos trilobites e moluscos ~ 419,2 Devoniano Diversificação de peixes Árvores Plantas c/ sementes Anfíbios Supercontinente Euramerica ~ 358,9 Carbonífero Árvores e bosques de samambaias gigantes Répteis Diversidade marinha ~ 298,9 Permiano Extinção em massa (~ 95%) Pangeia ~ 252,17 Mesozoico Triássico Recolonização Samambaias, gimnospermas, coníferas Répteis, sauros Grandes répteis marinhos Amonites ~ 201,3 Jurássico Dinossauros Primeiras aves Proliferação de mamíferos Gimnospermas Laurásia e Gondwana ~ 145 Cretáceo Grandes sauros Angiospermas Mamíferos Separação do Gondwana Extinção em massa (~75%) ~ 66 Cenozoico Paleógeno Grandes mamíferos Domínio de angiospermas Orogenia do Himalaia Temperaturas moderadas a frias Antártida, idade do gelo Mamíferos modernos Evolução e diversidade de fauna e flora Variações climáticas ~ 23,03 Neógeno Épocas de http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 13 climas mais frios/glaciações Cavalos, mastodontes, gramíneas Climas frios e secos Hominídeos ~ 2,58 Quaternário Glaciações, aquecimentos e oscilações marinhas Extinções (megafauna do Pleistoceno) Homo sapiens Ascensão da humanidade Presente Tecnógeno AULA 17 – GEOMORFOLOGIA: AS FORMAS DE RELEVO Princípios A formação das feições de relevo sofre influência de fenômenos geodinâmicos, como os processos de erosão e sedimentação, o controle estrutural provocado pela geodinâmica interna (orogênese e epirogênese, por exemplo), além dos próprios processos geodinâmicos. Por isso, a análise e a classificação das formas de relevo estão associadas a alguns princípios: Gênese: origem do relevo, em termos de processos geodinâmicos internos e externos. Cronologia: como o relevo evoluiu ou se modificou no tempo. Dinâmica: elementos como o intemperismo, os processos erosivos, entre outros fenômenos que contribuem para modificações do relevo no tempo. Morfometria: altura, amplitude, altitude etc. Morfografia: a classificação do relevo. As formas de relevo Planicies: predominam processos de acumulação (sedimentação). Planaltos: altos, planos a ondulados; predominam processos erosivos. Depressões: podem estar abaixo do nível do mar ou abaixo de outras formações regionais (por exemplo, a Depressão Periférica, abaixo dos níveis altimétricos da Serra do Mar e dos planaltos interiores). Montanhas: feições altas e onduladas; dobramentos/vulcânicas/domos. Chapadas Tabuleiros Colinas Serrras Morros Morrotes Escarpas Terraços http://www.stoodi.com.br/ GEOLOGIA E RELEVO Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 14 AULA 18 – ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL No interior de uma placa O Brasil encontra-se no interior da placa tectônica sul- americana. Esse fator tem garantido uma estabilidade à processos geodinâmicos internos, pois o país está relativamente distante de grandes falhamentos ou de áreas de contato tectônico. Estruturas principais O Brasil está sob um conjunto de embasamentos considerados antigos do ponto de vista da história geológica terrestre. Maciços cristalinos/escudos antigos: desgastes de longa duração. o Rochas magmáticas. o Rochas metamórficas Bacias sedimentares: depressões e áreas de sedimentação. Fonte: <http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2013/03/estrutura- geologica-do-brasil-mapa.gif>. AULA 19 – CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO BRASILEIRO Formas de estudo do relevo Pesquisas de campo. Aerofotogrametria. Radares. Imagens de satélite Classificações mais importantes Aroldo de Azevedo (década de 1940). Aziz Ab’Sáber (década de 1960). Jurandyr Ross (década de 1980). Compartimentos Planaltos: predomínio de processos erosivos. Planícies: predomínio de processos de sedimentação. Depressões: entre planícies e planaltos, onde predominam erosão. http://www.stoodi.com.br/ CARTOGRAFIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – MAPAS E CARTAS: UM HISTÓRICO O mundo e a sua representação Os mapas e cartas são formas de representar o espaço real de forma reduzida e fazer o registro das diferentes feições e fenômenos espaciais que se deseja representar. As representações do espaço são o resultado da necessidade de se orientar e reconhecer caminhos. O ser humano já fazia representações e criava referências nas paisagens antes de existirem mapas e cartas (pinturas rupestres e elementos da natureza, por exemplo). Contribuições (algumas) Erastóstenes: calcula da circunferência da Terra. Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Erat%C3%B3stenes#/media/File:Erat%C3%B3stenes- Ptolomeo.png>. Anaximandro: mapa-múndi talhado em uma rocha. Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Anaximandro#/media/File:Anaximander_world_map- pt.svg>. Ptolomeu: coleção de mapas e referências cartográficas (atlas). Navegações e mudança As navegações europeias por todos os mares do planeta permitiram a expansão da cartografia e das tecnologias necessárias para o mapeamento cada vez mais preciso do espaço. Bússola Astrolábio Cartas-portulano Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Portulano#/media/File:JapanesePortolanMap.jpg>. Cartografia A incorporação de métodos e inovações típicas do conhecimento científico, a cartografia torna-se fundamental para as geociências. Projeções Coordenadas geográficas Escala Precisão geodésica http://www.stoodi.com.br/ CARTOGRAFIA Copyright © 2017 Stoodi Ensinoe Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 2 – REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA Fenômenos espaciais Para as geociências, a cartografia é uma das áreas do conhecimento mais importantes, pois permite a representação de diferentes fenômenos que possuam dimensão espacial em mapas e cartas. Mapa: representação de fenômenos físicos, bióticos ou socioeconômicos, sem uma finalidade específica. Exemplos: mapa dos Estados do Brasil, mapa de relevo, mapa de municípios. Carta: representação de fenômenos espaciais com uma finalidade prática. Exemplos: cartas topográficas (para avaliar altitudes), cartas de navegação, cartas geotécnicas (para o planejamento urbano). Elementos de mapas e cartas Mapas e cartas projetados de maneira adequada possuem as seguintes características: Tema Legenda Orientação Projeção Escala Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Portulano#/media/File:JapanesePortolanMap.jpg>. AULA 3 – SISTEMAS DE PROJEÇÃO Terra irregular Visto do espaço, o planeta Terra parece redondo, mas é, na verdade, um geoide e possui feições irregulares. Tipos de projeção Para representar feições como a da Terra, irregulares e tridimensionais, em um papel ou em objetos bidimensionais, é necessário utilizar sistemas de projeção. Cilíndricas Cônicas Polares ou planas Peters Mercator Ortográfica Polar/azimutal AULA 4 – COORDENADAS GEOGRÁFICAS Orientação espacial A orientação espacial de mapas e cartas permite identificar a direção e o sentido corretos, servindo de referência para a análise dos fenômenos representados. A rosa-dos- ventos é a forma mais conhecida de representação. Sistema de coordenadas Em um plano bidimensional cartesiano, a adoção de sistemas de coordenadas permite identificar qualquer ponto representado em um determinado espaço através do cruzamento de eixos. Meridianos: a partir de Greenwich, as linhas verticais dividem o planeta entre Hemisfério Ocidental (Ocidente) e Hemisfério Oriental (Oriente). o Longitude: de 0º até 180º, a partir do Meridiano de Greenwich (L ou O). Paralelos: a partir do Equador, as linhas horizontais dividem o planeta entre Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. o Latitude: de 0º até 90º, a partir do Equador (N ou S). http://www.stoodi.com.br/ CARTOGRAFIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 AULA 5 – FUSOS HORÁRIOS Rotação O ciclo de rotação da Terra ocorre de Oeste para Leste, a cada 23h56min04s, aproximadamente. Fusos horários Dividem a Terra em 24 zonas horárias, cada uma com uma faixa longitudinal de 15º, correspondente a um fuso. A Linha Internacional de Data é o faixa que determina o fim ou o início do dia terrestre. AULA 6 – A LINHA INTERNACIONAL DE DATA Rotação A Linha Internacional de Data é um limite que marca a mudança de datas, respeitando a sequência das 24 zonas horárias representadas pelos fusos, de leste para oeste. Fonte: < http://2.bp.blogspot.com/- D69tiGgk1W4/UzsQOKE0qSI/AAAAAAAAPto/8R45lqtJ9w4/s1600/Linha+Internacio nal+de+Data.jpg>. AULA 7 – FUSOS HORÁRIOS NO BRASIL Do lado oeste O território brasileiro está a oeste do Meridiano de Greenwich, em quatro faixas horárias de abrangência (GMT -2h, GMT -3h, GMT -4h, e GMT -5h). É importante lembrar que as linhas de limites entre fusos horários não são simétricas, pois a definição de fusos no mundo também passa por decisões políticas de cada território (por exemplo, quais Estados estarão no fuso de Brasília ou não). Fonte: IBGE < http://teen.ibge.gov.br/images/teen/Mao_na_roda/localizacaogeografica/smlmapafu sos.gif >. Do lado oeste O território brasileiro está a oeste do Meridiano de Greenwich, em quatro faixas horárias de abrangência (GMT -2h, GMT -3h, GMT -4h, e GMT -5h). É importante lembrar que as linhas de limites entre fusos horários não são simétricas, pois a definição de fusos no mundo também passa por decisões políticas de cada território (por exemplo, quais Estados estarão no fuso de Brasília ou não). AULA 8 – ESCALAS Representar dados reais http://www.stoodi.com.br/ http://2.bp.blogspot.com/-D69tiGgk1W4/UzsQOKE0qSI/AAAAAAAAPto/8R45lqtJ9w4/s1600/Linha+Internacional+de+Data.jpg http://2.bp.blogspot.com/-D69tiGgk1W4/UzsQOKE0qSI/AAAAAAAAPto/8R45lqtJ9w4/s1600/Linha+Internacional+de+Data.jpg http://2.bp.blogspot.com/-D69tiGgk1W4/UzsQOKE0qSI/AAAAAAAAPto/8R45lqtJ9w4/s1600/Linha+Internacional+de+Data.jpg CARTOGRAFIA Copyright © 2017 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 A adoção de escalas é útil para representar objetos e fenômenos muito grandes no papel ou em outras formas que tornem os fenômenos espaciais acessíveis ao nosso campo de visão. Ampliação e redução: mecanismos que permitem aumentar ou diminuir a representação de determinado objeto ou fenômeno espacial. Para isso, usa-se um sistema de coordenadas de referência. Escala numérica: relação entre comprimento no mapa e a distância no terreno. Escala gráfica: segmento de reta graduada. AULA 9 – CARTOGRAFIA TEMÁTICA Símbolos A utilização de símbolos, cores ou outros elementos ajudam a representar fenômenos espaciais ou temas. Alguns tipos de mapas temáticos Altimétrico/hipsométrico: altitudes. Isoípsas: curvas de nível. Isoietas: quantidades de chuva. Isotermas: temperaturas Isotalantes: amplitude térmica. Isoígras: umidade do ar. Isóbatas: profundidade marítima. Anamorfoses. http://www.stoodi.com.br/ CLIMA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – A ATMOSFERA A esfera dos gases A atmosfera é a camada do sistema Terra que concentra a maior parte dos gases existentes no planeta. Por que os gases não escapam? Os gases presentes no planeta praticamente não conseguem se dissipar para o espaço exterior por conta de alguns fatores, dentre os quais: Interação gravitacional entre os gases e o planeta. Campo geomagnético terrestre. Condições de temperatura e pressão planetárias. Nosso planeta azul A aparência azulada da Terra pode ser atribuída a fatores como: Dispersão da radiação solar: ao interagirem com os gases da atmosfera, os fótons da radiação solar difundem comprimentos de onda nas bandas do azul e do violeta (dispersão de luz). Presença de ozônio (O3): a interação dos fótons com as moléculas de ozônio interfere na deflexão da luz nos comprimentos de onda na faixa do azul. Camadas da atmosfera Fonte: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_terrestre#/media/File:Atmosphere_layers- pt.svg > http://www.stoodi.com.br/ CLIMA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 AULA 2 – ELEMENTOS DO TEMPO Tempo atmosférico Para a meteorologia, o tempo é o estado das condições momentâneas e da ocorrência de fenômenos em um curto período. Por isso, tempo e clima são termos com significados diferentes. Os principais elementos Temperatura: estado de agitação molecular na atmosfera. Por padrão, são medidas em graus Celsius (º C). Precipitação: quantidade total de chuvas ou a queda de outros meteoros similares formados por água (neve, granizo) ao longo de um período (diário, mensal, anual, etc). É medido em mm. Amplitude térmica: diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima ao longo de um período, geralmente diário. Umidade relativa: porcentagem do vapor de água em suspensão na baixa troposfera. Pressão atmosférica: volume da coluna de ar sobre uma região, medido em hPa (hectopascal). A pressão atmosférica no nível do mar é de 1.013,25 hPa ou 1 atm. Fenômenos do tempo Precipitações Geadas Ventos Nevoeiros AULA 3 – FATORESDO CLIMA O que é o clima? É a sucessão habitual do tempo meteorológico. Para definir as características e classificações de tipos climáticos, é necessário coletar dados meteorológicos para observar padrões comuns de comportamento da atmosfera. Séries históricas: conjuntos de dados meteorológicos organizados em tabelas. São úteis para construção de gráficos (climogramas/pluviogramas, por exemplo) e os tipos climáticos. Tipos climáticos: são as características do clima em uma região. Os tipos de clima são definidos a partir da análise de séries históricas de, pelo menos, 30 anos, utilizando, principalmente, as seguintes informações: Temperatura: variações das temperaturas. As médias são construídas a partir de dados de temperatura máxima, média e mínima. Precipitação: variações na quantidade de chuvas ao longo do ano, em mm/mês. Os dados podem ser organizados na forma de gráficos específicos, que combinam temperatura e pluviosidade, os climogramas ou pluviogramas. Principais fatores Latitudinal: relacionado à inclinação terrestre e à incidência da radiação solar em diferentes latitudes. Esse fator também tem relação com as estações do ano, e, portanto, com a translação. Maritimidade e continentalidade: influência das distâncias entre as áreas terrestres e marítimas. o Regiões mais próximas aos oceanos e mares recebem mais influência da maritimidade. o Regiões mais distantes de oceanos e mares, e que também estejam em extensas áreas terrestres são mais influenciadas pela continentalidade. Circulação atmosférica: diferenças de pressão, volume e temperatura das massas de ar, correntes marinhas e outros fenômenos de circulação. Altitude: distância entre o nível do mar e as camadas mais elevadas da troposfera. A cada 100m de altitude, a temperatura diminui 0,65º C. Biótico: influências da evapotranspiração e de outros processos responsáveis pela emissão de gases e vapor d’água por seres vivos. Antrópico/antropogênico: influência das atividades humanas. AULA 4 – FENÔMENOS CLIMÁTICOS: MASSAS DE AR As massas da atmosfera http://www.stoodi.com.br/ CLIMA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 As massas de ar são porções da atmosfera terrestre que possuem propriedades de pressão, volume e temperatura distintas. Em função dos elementos do tempo e de fatores do clima, as massas de ar podem variar no comportamento. Os principais tipos são: De ar quente De ar frio De ar úmido De ar seco Massas de ar no Brasil mEc: massa Equatorial continental. mEa: massa Equatorial atlântica. mTc: massa Tropical continental. mTa: massa Tropical atlântica. mPa: massa Polar atlântica. Fonte: <https://marcosbau.files.wordpress.com/2011/01/massas-no-verao.jpg>. AULA 5 – FENÔMENOS CLIMÁTICOS: EL NIÑO E LA NIÑA Ocorrência regional, consequências globais Os fenômenos cíclicos El Niño e La Niña, gerados em algumas áreas do Oceano Pacífico, contribuem para influenciar periodicamente o clima terrestre. El Niño: aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, na região equatorial entre a Oceania e a América do Sul. As médias em cada evento podem variar entre 0,5ºC e 10ºC de aumento nas temperaturas. Fonte: < http://cses.washington.edu/cig/figures/englobe_big.gif>. La Niña: período de redução na temperatura das águas no Oceano Pacífico Equatorial, entre a Oceania e a América do Sul, podendo durar, em média, até 2 anos, em intervalos de El Niño. Fonte: <http://enos.cptec.inpe.br/saiba/img/globo-azul.gif>. Possíveis causas Alterações na atividade solar. Movimentos terrestres. Influências da geodinâmica interna sobre os oceanos. http://www.stoodi.com.br/ CLIMA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 AULA 6 – CLASSIFICAÇÕES DO CLIMA Diferentes classificações Como o comportamento climático pode variar bastante, é necessário criar uma regionalização das condições atmosféricas ao longo dos anos. Classificações consagradas Lysia Bernardes: cinco tipos. o Equatorial. o Semiárido. o Tropical. o Tropical de Altitude. o Subtropical. Regime de chuvas: de verão, de inverno, de outono ou distribuídas ao longo do ano. Köppen-Geiger: relaciona temperaturas e pluviosidade com o objetivo de padronizar as classificações em todo o planeta, através de um sistema de letras. Tipo do clima Letra Características A Quente e úmido B Seco C Mesotérmico Chuvas f Ano todo m Ano todo (estação seca) s Inverno s’ Outono/inverno w Verão w' Verão/outono Temperatura h Quente a Verão quente e inverno brando b Verão brando e inverno rigoroso Strahler: cinco climas. AULA 7 – CLIMOGRAMAS Gráficos de clima Os climogramas ou pluviogramas possuem o objetivo de representar o comportamento climático da atmosfera através de dados sobre temperaturas e pluviosidade (quantidade de chuvas) durante o ano. Os dados são representados através das médias mensais medidas ao longo de um ano. Através da análise de climogramas, é possível interpretar o comportamento climático e o tipo de clima em cada região. http://www.stoodi.com.br/ VEGETAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – FORMAÇÕES VEGETAIS: INTRODUÇÃO A esfera dos gases As características das formações vegetais encontradas em todo o planeta são o resultado das influências de diferentes elementos e fenômenos do sistema Terra (atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera). Fatores de influência Alguns dos principais fatores que influenciam nas características dos domínios de vegetação: Clima: comportamento geral das temperaturas e da pluviosidade. Água: disponibilidade, através das chuvas, corpos d’água ou águas subterrâneas, por exemplo. Formações geológicas: características das rochas, que interferem na formação dos solos. Relevo: declividades e feições dos terrenos. Interações biológicas: formas de organização da biosfera em uma região, as trocas de matéria e energia entre seres vivos e as interações destes com outros elementos do sistema Terra. Fatores astronômicos: luminosidade solar e ciclos relacionados à translação (estações do ano). Antropismo: interferências humanas nos ambientes. AULA 2 – FORMAÇÕES FLORESTAIS Campo da biogeografia A biogeografia é um campo das geociências destinado a estudar e interpretar a distribuição espacial e as interações entre as diferentes formas de vida no planeta. Como a vegetação (elemento da biosfera) é influenciada por essas interações entre as esferas do sistema Terra, o estudo das formações vegetais nos dá pistas importantes para compreender aspectos como o clima, o relevo, a hidrografia, os solos e outros fenômenos dos meios natural, biótico ou mesmo as repercussões para os seres humanos. Regiões biogeográficas e zonas climáticas Polar/glacial: ao norte da região do Círculo Polar Ártico (Hemisfério Norte) ou ao sul da região do Círculo Polar Antártico (Hemisfério Sul). Temperada e Subtropical: entre a região do Círculo Polar Ártico e o Trópico de Câncer (Hemisfério Norte) ou entre a região do Círculo Polar Antártico e o Trópico de Capricórnio (Hemisfério Sul). Intertropical e Equatorial: entre as regiões dos trópicos de Câncer e de Capricórnio e o Equador. Fonte: < http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2014/10/zonas- termicas-da-terra-polares-temperadas-e-tropical.png>. Formações vegetais no brasil Florestais/arbóreas Arbustivas/herbáceas Complexas Formações florestais Formação florestal Características Amazônica Latifoliada: folhas largas e grandes. Higrófita: vegetação adaptada à presença deelevada umidade e pluviosidade. Perene: tem folhagens durante todo o ano, sem períodos de queda de folhas. Ombrófila: desenvolvida em climas chuvosos. Heterogênea: elevada diversidade vegetal. Mata de igapó: próxima aos rios e aos igarapés (cursos d’água estreitos e pouco profundos). Mata de várzea: sujeita às inundações periódicas. Mata de terra firme: floresta densa e de grande porte arbóreo. Mata Atlântica Cobria grande faixa do Brasil próxima ao litoral (norte do RS até RN). Características semelhantes à floresta amazônica Antropismo: redução da área original. http://www.stoodi.com.br/ VEGETAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Mata dos Pinhais/Florest a de Araucárias Aberta Aciculifoliada: as folhas das árvores possuem formato semelhante ao de agulhas. Mais homogênea: não possui a mesma diversidade de áreas como a Mata Atlântica ou a Amazônia. Ameaçada de extinção Mata de Cocais Transição entre os domínios da Amazônia, e da Caatinga, além de áreas de transição com o Cerrado. Espécies como o babaçu, a carnaúba, o buriti e a oiticica são característicos. Matas ciliares/galeria Vegetação que ocupa margens dos cursos d’água. O nome ciliar faz analogia aos cílios, que protegem os olhos. Desse modo, a mata seria uma proteção contra o assoreamento dos rios A densidade e a diversidade da vegetação estão associadas aos ricos solos das margens dos cursos d’água. AULA 3 – FORMAÇÕES ARBUSTIVAS E HERBÁCEAS Pluviosidade e porte arbóreo As formações arbustivas e herbáceas estão associadas, além de outros fatores, à menores taxas de pluviosidade e menor porte arbóreo. Formação arbustiva/herbácea Características Cerrado Duas estações, sendo uma mais seca. Solos com pouca fertilidade. Troncos e galhos retorcidos Troncos e galhos retorcidos. Diferentes níveis/portes arbóreos: campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerradinho, cerradão. Caatinga Sertão do Nordeste e partes de MG (norte do Estado). Menores índices pluviométricos do país: entre 500 mm e 1000 mm/ano. Temperaturas elevadas: médias acima de 25ºC. Densamente povoado. Problemas socioambientais: redução da vazão, irrigação em grandes propriedades, transposição de rios como o São Francisco. Campos Formação arbustiva: gramíneas e arbustos. Associada à topografia: acompanhando o relevo de áreas como as colinas da Campanha gaúcha, por exemplo. Prática de pecuária extensiva. Problemas socioambientais: erosão e assoreamento. AULA 4 – FORMAÇÕES COMPLEXAS Ecótonos As formações complexas possuem faixas de transição entre diferentes biomas, pois podem conter espécies de diferentes formações vegetais. Formação Características Pantanal Planícies extensas e inundáveis no centro do continente. Altitude média de 200 m. Troncos e galhos retorcidos Presença de vários corpos d’água. Mangues Vegetação de linha costeira em quase todo o Brasil Halófitas: adaptadas às condições ambientais da maritimidade (salinidade e baixo nível de oxigênio, por exemplo). Temperaturas elevadas: médias acima de 25ºC. Pneumatóforas: raízes adaptadas para as trocas gasosas com o ambiente. Degradação ambiental: ocupação urbana, lançamento de esgoto e resíduos urbanos, empreendimentos imobiliários, falta de fiscalização governamental. AULA 5 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Ocorrência regional, consequências globais O conceito de domínios morfoclimáticos consideram as características e as interações no quadro natural (geologia, relevo, clima, solos, vegetação, etc.), além das influências antrópicas sobre essas áreas. O geógrafo Aziz Ab’Sáber, um dos cientistas mais importantes da história http://www.stoodi.com.br/ VEGETAÇÃO Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 brasileira, é um dos pioneiros nesse tipo de classificação e análise da paisagem. Domínios morfoclimáticos Domínio Características Amazônico Terras baixas, de florestas equatoriais. Cerrado Chapadões com cerrados. Caatinga Depressões semiáridas Mares de Morros Áreas planálticas de Mata Atlântica. Araucárias Planaltos subtropicais com araucárias. Pradarias Coxilhas com vegetação de prados/campinas. Faixas de transição Transição entre domínios e formações complexas. http://www.stoodi.com.br/ HIDROGRAFIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – O CICLO DA ÁGUA Planeta água O planeta Terra possui, em sua superfície, quantidade significativa de água: aproximadamente ¾ das áreas na parte mais externa da geosfera. De toda a água existente, a maior parte está nos oceanos e mares (97,5%). Fonte: < http://water.usgs.gov/edu/graphics/portuguese/earthwheredistribution.gif>. Elevada atividade O ciclo da água é o conjunto de fenômenos mais ativos na superfície terrestre: Clima: comportamento geral das temperaturas e da pluviosidade. Água: disponibilidade, através das chuvas, corpos d’água ou águas subterrâneas, por exemplo. Formações geológicas: características das rochas, que interferem na formação dos solos. Relevo: declividades e feições dos terrenos. Interações biológicas: formas de organização da biosfera em uma região, as trocas de matéria e energia entre seres vivos e as interações destes com outros elementos do sistema Terra. Fatores astronômicos: luminosidade solar e ciclos relacionados à translação (estações do ano). Antropismo: interferências humanas nos ambientes. O que influencia? Energia solar. Gravidade: comportamento geral das temperaturas e da pluvios Movimentos da Terra: através das variações na incidência de luz solar ao longo do ano (como na translação, por exemplo). Processos físico-químicos: ligados, principalmente, ao intemperismo físico e ao intemperismo químico. Processos biológicos: trocas de matéria e energia entre os seres vivos (biosfera) e as outras esferas do sistema Terra. Fonte: < http://water.usgs.gov/edu/graphics/watercycleportuguesehigh.jpg>. AULA 2 – CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO HÍDRICA Água em todo o lugar Elemento abundante na superfície terrestre, a água está distribuída pelo planeta de várias formas: Rios, lagos, lagoas. Mares, oceanos. Gelo (calotas polares, geleiras nas montanhas e no subsolo, o permafrost), a Criosfera. Aquíferos: conjuntos de reservatórios de água doce. No Brasil são mais conhecidos: Aquífero Guarani. Aquífero Alter do Chão. Classificação de uma bacia hidrográfica Nascente. Alto curso. Médio curso. Baixo curso. Foz Em delta Em estuário http://www.stoodi.com.br/ HIDROGRAFIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 Regime hídrico: variações periódicas nos períodos de cheia e vazantes. Divisores de águas: delimitam a estrutura das bacias hidrográficas segundo mapas de curvas de nível (hipsometria). Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/2/352555/slides/slide_3.jpg>. AULA 3 – BACIAS HIDROGRÁFICAS Bacias hidrográficas no Brasil A divisão hídrica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) leva em conta características naturais de cada região e as necessidades regionais para uma melhor gestão de recursos hídricos. Bacia hidrográfica Características Amazônica Maior do mundo (em volume de águas). Influenciada pela grande quantidade de chuvas. Área de drenagem: cerca de 60%. Tocantins- Araguaia Drenagem alimentada por nascentes nas chapadas do Brasil Central. Ilha do Bananal: maior ilha fluvial do mundo. Grandes projetos energéticos (Tucuruíe Belo Monte, por exemplo). São Francisco Área de drenagem em MG e Estados do Nordeste. Drenagem perene e exorreica (a foz fica entre os Estados de Sergipe e Alagoas, no Oceano Atlântico). Ligado à interiorização do país. Recentes projetos de transposição. Paraná Rios de planalto (formam-se nas serras). Densa ocupação e povoamento (navegação, urbanização, agropecuária). Paraguai Rios de planície. Influência da sazonalidade das chuvas. Uruguai Brasil, Uruguai e Argentina. Subtropical. Do Amapá Bacias Litorâneas Nordeste Sul e Sudeste Leste AULA 4 – LITORAL BRASILEIRO: CARACTERÍSTICAS Relevo e dinâmica das correntes Abaixo da lâmina d’água nos oceanos, existem formas de relevo variadas que caracterizam o assoalho oceânico. Essas formas interferem na circulação das correntes marinhas, nas diferentes temperaturas das águas, na formação das massas de ar e em outros fenômenos que interferem no sistema Terra. Plataforma continental. Talude continental. http://www.stoodi.com.br/ HIDROGRAFIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Bacia oceânica. Cadeia mesoceânica. Ilhas vulcânicas. Região abissal. Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/2/352555/slides/slide_3.jpg>. Marés: resultado das forças gravitacionais entre o Sol e a Lua. Sizígia Quadratura Efeito coriolis: relações com o geomagnetismo da Terra. Elementos naturais no oceano: Atois. Vulcanismo. AULA 5 – APROVEITAMENTO SOCIOECONÔMICO Território extenso Extensão do litoral: 7.408 km. Origem: desmembramento entre América do Sul e África. Litoral pouco recortado: golfos, penínsulas, baías, reentrâncias, presença de rios. Divisões Região Características Equatorial Cabo Orange (AP) ao Golfo do Maranhão. Costas baixas / de acumulação. Nordeste Golfo do Maranhão ao Cabo de S. Roque (RN). Dunas, restingas e lagoas de acumulação (formação de diques e salinas, por influência das marés e dos ventos alísios). Tropical Cabo de S. Roque (RN) ao Cabo de S. Tomé (RJ). Barreiras/falésias planas. Recifes de coral/arenito. Subtropical Cabo de S. Tomé (RJ) ao Arroio Chuí (RS). Costões/falésias (Serra do Mar, baixadas, ilhas). Ilhas oceânicas http://www.stoodi.com.br/ RECURSOS MINERAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – CLASSIFICAÇÃO E IMPORTÂNCIA Elementos químicos da geosfera A geosfera terrestre é composta, basicamente, por agregados de rochas com as mais variadas composições químicas. A estrutura atual é o resultado dos processos de formação do planeta ao longo de sua história geológica e das interações com as outras esferas do sistema Terra. Mineral: corpo sólido, com características cristalinas em sua estrutura (geometria molecular), sendo composto por um ou mais elementos. Mineraloide: mineral com composição heterogênea. Minério: minerais com viabilidade de aproveitamento econômico. Rocha: composta por um agregado de materiais (um ou mais elementos químicos, com diferentes estruturas de arranjos moleculares). Tipos de rochas Ígneas ou magmáticas: originadas a partir do magma existente no interior da geosfera. o Extrusivas: conhecidas como vulcânicas, resultam do extravasamento do magma. o Intrusivas: surgidas do resfriamento do magma no interior da geosfera, sem terem tido contato direto com a superfície. Sedimentares: resultantes das constantes transformações e interações da geosfera com os outros elementos da Terra (hidrosfera, atmosfera e biosfera) e afetadas pelos processos de intemperismo (físico e químico). o Clásticas o Mecânicas o Bioquímicas o Biomecânicas Metamórficas: formadas por processos físicos e químicos decorrentes do confinamento no interior da crosta terrestre, submetidas às pressões e temperaturas mais elevadas. Minerais e dureza Os minerais podem ser classificados em metálicos e não- metálicos. Além disso, podem ser considerados a partir de sua dureza, em um sistema conhecido como Escala de Mohs. Essa escala leva em consideração o aspecto cristalino e os diferentes arranjos da geometria molecular dos elementos químicos constituintes de cada mineral. Mineral Dureza Pode ser arranhado? Talco 1 Com a unha. Gipsita 2 Unha, com mais dificuldade. Calcita 3 Moeda de cobre. Fluorita 4 Faca de cozinha. Apatita 5 Faca de cozinha, com mais dificuldade. Ortoclásio 6 Vidro ou liga de aço. Quartzo 7 Arranha o vidro. Topázio 8 Arranha o quartzo. Coríndon 9 Arranha o topázio. Diamante 10 O mais duro. Arranha todos os outros e só pode ser arranhado por outro diamante. AULA 2 – PRINCIPAIS MINÉRIOS E PRODUÇÃO MINERAL Minério: mineral que possui aproveitamento socioeconômico. Ferro o Redução de óxidos. o Derivações: magnetita, hematita, siderita, limonita. o Brasil: segundo maior produtor mundial. o Usos: siderurgia, fundição, beneficiamento. Manganês o Óxidos, silicatos, carbonatos. o Extraído, especialmente, da pirolusita. o Usado na produção de aço. o Brasil: segundo maior produtor mundial. o Usos: siderurgia, ligas metálicas, pilhas. Alumínio http://www.stoodi.com.br/ RECURSOS MINERAIS Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 o Produzido através da bauxita, por eletrólise. o Brasil: terceiro maior produtor mundial. o Processo de transformação em alumínio requer muita energia. o Usos: siderurgia, bens de consumo. Estanho o Obtido através da cassiterita. o Brasil: 11% das reservas mundiais (5º lugar). o Sexto maior produtor mundial. o Usos: ligas metálicas (reforço, anticorrosivo). Chumbo o Obtido a partir da galena. o Brasil: importador desse minério. o Usos: isolantes, blindagem, baterias. Cobre o Obtido através da calcopirita ou cuprita. o Brasil: importador desse minério. o Usos: fios e cabos, ligas, eletrônica. Outros minérios: Ouro, Césio, Tálio, Sal, terras raras. AULA 3 – PRINCIPAIS PROVÍNCIAS E GRANDES PROJETOS Províncias minerais Quadrilátero Ferrífero: em Minas Gerais (áreas ao redor da Região Metropolitana de Belo Horizonte). Principal produtora do país. Vale do Rio Doce e Vale do Paraopeba: escoamento da produção via Estrada de Ferro Vitória-Minas, até o porto de Tubarão (ES). Maciço do Urucum: região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Possui jazidas de ferro e manganês. Serra dos Carajás: no Pará. Possui jazidas de ferro, manganês e cobre. A produção é escoada via Estrada de Ferro Carajás até o Porto de Itaqui, em São Luís (Maranhão). Serra do Navio (Amapá) Alguns projetos de extração mineral Alunorte. Albrás. Carajás. http://www.stoodi.com.br/ ENERGIA Copyright © 2015 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – ENERGIAS RENOVÁVEIS E NÃO- RENOVÁVEIS O que é energia? O conceito de energia é um dos mais abstratos e de difícil definição na natureza. De modo muito simples, é a relação entre elementos em um sistema que realizam trabalho, capaz de provocar transformações nesse sistema. Fontes diferentes O ser humano tem buscado, ao longo de sua existência, diferentes maneiras de realizar trabalho buscando fontes de energia mais eficientes para facilitar sua vida (fogo, água, vento, tração mecânica, etc). A Revolução Industrial impulsionou a busca por novas tecnologias na geração de energia mais barata e provocou mudanças na matriz energética mundial. As descobertas da ciência foram fundamentais para a utilização de várias fontes de energia. Fontes renováveis e não-renováveis Energias renováveis: podem ser geradas utilizando recursos naturais que não apresentam risco iminente de esgotamento ou com reservas limitadas. Fonte
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