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SISTEMA DE ENSINO
PSICOLOGIA 
Teorias e Técnicas Psicoterápicas
Livro Eletrônico
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
PSICOLOGIA 
Ariete Bittencourt Pinto
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Teorias e Técnicas Psicoterápicas .........................................................................................................................4
1. Aspectos Históricos e Conceituais de Psicoterapia ...............................................................................4
2. Teorias e Técnicas Psicoterápicas ....................................................................................................................4
2.1. Teoria Psicoterápica Psicanalítica ................................................................................................................4
2.2. Teoria Psicoterápica Humanista ....................................................................................................................8
2.3. Teoria Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC) .................................................................11
2.4. Teoria Psicoterápica Sistêmica ....................................................................................................................19
Resumo ............................................................................................................................................................................... 28
Mapa Mental ....................................................................................................................................................................29
Exercícios ...........................................................................................................................................................................30
Gabarito ..............................................................................................................................................................................43
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................44
Referências .......................................................................................................................................................................62
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
PSICOLOGIA 
Ariete Bittencourt Pinto
ApresentAção
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. Na aula de hoje estudaremos 
a Unidade I – Teorias e Técnicas Psicoterápicas, que aborda Aspectos Históricos e Concei-
tuais de Psicoterapia; a Teoria Psicoterápica Psicanalítica; Teoria Psicoterápica Humanista; 
Terapia Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Psicoterápica istêmica. A 
aula foi elaborada visando explanar aspectos que permitem compreender de forma detalhada 
o conteúdo. Em caso de dúvidas, estarei à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
PSICOLOGIA 
Ariete Bittencourt Pinto
TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS
1. Aspectos Históricos e conceituAis de psicoterApiA
A palavra psicoterapia tem origem nas palavras gregas Psykê (mente) e Therapeuein 
(curar), e desde o final do século XIX, vem sendo utilizada como uma forma de tratamento 
(‘cura pela fala’). Suas origens remetem a hipnose, especialmente a Josef Breuer, um médico 
e fisiologista austríaco, que começou a utilizar o mesmo, como forma de tratamento de pa-
cientes histéricas. Sigmund Freud, neurologista de for’mação, interessado nos estudos e resul-
tados obtidos por tal método, passou também a utilizá-lo, observando, contudo seus efeitos 
transitórios. Desse modo, abandonou o uso da hipnose e passou a evocar os eventos relatados 
por meio da hipnose, durante os estados de consciência do paciente, utilizando de estratégias 
de associação livre e interpretação dos sonhos. Freud desenvolveu a Psicanálise, reconhecida 
como a primeira forma de psicoterapia. Atualmente, a psicoterapia pode ser definida como um 
método de tratamento, embasado em conceitos teóricos e técnicos, devendo ser realizado por 
um profissional habilitado.
Contudo, é possível citar alguns modelo conceituais e técnico usados em psicoterapias e 
dos quais trataremos nessa aula. Teorias psicanalíticas/psicodinâmicas (e seus principais re-
presentantes Sigmund Freud, Melaine Klein, Wilfred Bion, Carl Jung, Donald Winnicott e outros), 
Sistêmicas (Salvador Minuchin), Humanista (Carl Roger), Comportamentalistas (Aaron Beck). 
Cabe mencionar que além dessas, existem outras abordagens/teorias psicoterápicas.
2. teoriAs e técnicAs psicoterápicAs
2.1. teoriA psicoterápicA psicAnAlíticA
A psicanálise tem como marco o trabalho de Freud intitulado ‘A interpretação dos Sonhos’, 
considerada, por ele mesmo, sua obra mais importante. Para Freud, os sonhos seriam a forma 
através da qual se teria acesso à dimensão inconsciente da vida psíquica, sendo eles uma 
expressão dos desejos mais íntimos do indivíduo e dos mecanismos de censura que operam 
para mascarar tais desejos, conhecidos como repressão.
Uma das contribuições significativas de Freud foi a construção de uma teoria sobre o in-
consciente, pré-consciente e consciente.
Na parte superior, o consciente é composto pela percepção, atenção, pensamentos/
raciocínio, ou seja, tudo aquilo que está acessível. O pré-consciente, na porção intermediá-
ria, é formado pelos conteúdos que não estão totalmente disponíveis na consciência, mas 
que, podem se tornar conhecidos, como algumas memórias e conhecimentos. Por fim, a 
fração mais profunda da mente, o inconsciente. Nele, encontram-se conteúdos que o indi-
víduo não se dá conta, que foram “escondidos” por causarem angústia, vergonha ou culpa 
(motivações violentas, desejos egoístas, etc). A esse processo de tornar oculto, Freud deu 
o nome de recalque ou recalcamento.
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
PSICOLOGIA 
Ariete Bittencourt Pinto
Ao longo de seus estudos, Freud identificou que o aparelho psíquico era mais complexo do 
que supunha anteriormente ao propor as três dimensões da mente (consciente, pré-consciente 
e inconsciente). Introduziu, então, a hipótese da existência de outras três instâncias psíquicas 
(id, ego e superego), que não anulam suas ideias anteriores, do contrário, as complementam 
(NÁSIO, 1999; SCHULTZ; SCHULTZ, 2015).
Id: é a instância pulsional, a fonte de energia psíquica. É regido pelo Princípio do Prazer, ou 
seja, seu objetivo é a obtenção de prazer e a evitação da dor. É constituído principalmente por 
aspectos inatos, não conhece ética, moral ou valores. É egoísta, impulsivo, irracional e agressi-
vo, a parte animal da nossa personalidade.
Ego: é a instânciaresponsável pelo contato com a realidade. Seu objetivo é satisfazer as 
demandas dos instintos primitivos (id) de modo adequado ao ambiente em que vive. É regido 
pelo Princípio da Realidade, que se configura pelo adiamento da gratificação (obtenção do 
prazer e evitação da dor). Representante do equilíbrio psíquico e tem função mediadora e inte-
gradora entre as pulsões do id e as exigências do superego. Tem componentes conscientes, 
pré-conscientes e inconscientes. Se desenvolve a partir do id, já nos primeiros anos de vida por 
meio das interações sociais do indivíduo.
Superego: é a instância da moralidade. Se funda a partir do ego e tem como objetivo su-
primir os impulsos inaceitáveis do id, de modo a possibilitar a convivência civilizada. É respon-
sável pelo senso de certo e errado, pois compreende os valores morais e culturais do indiví-
duo e seu grupo. É, portanto, o responsável pelos sentimentos de vergonha, culpa e remorso 
(SCHULTZ; SCHULTZ, 2015).
Os mecanismos de defesa do ego são inconscientes, sendo que a pessoa não se dá conta 
de que os está utilizando. De modo geral, podemos dizer que eles servem para proteger o in-
divíduo de verdades ameaçadoras e que causariam um sofrimento que ele considera intenso 
demais para lidar.
• Negação: Refere-se a negação de uma realidade difícil de suportar.
EXEMPLO
Os pais de uma criança que acabaram de receber a notícia de que o filho está com uma 
grave doença. É comum que, num primeiro momento, eles se auto enganem, agindo como 
se não fosse verdade.
• Projeção: consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo em nós 
mesmos.
EXEMPLO
Um rapaz que acusa a namorada de estar lhe traindo quando, na verdade, quem está desejando 
cometer a traição é ele.
• Racionalização: compreende e elaboração de uma explicação racional e convincente a 
fim de encobrir sentimentos/emoções dolorosas.
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
PSICOLOGIA 
Ariete Bittencourt Pinto
EXEMPLO
Um estudante que reprovou de ano e passa a dizer que foi muito melhor assim, pois terá a 
oportunidade de aprender os conteúdos novamente; quando, na verdade, está se sentindo 
fracassado e triste.
• Recalcamento, recalque ou repressão: É o mecanismo que impede os impulsos que cau-
sam ameaças, desejos, pensamentos e sentimentos dolorosos chegarem à consciência.
• Regressão: refere-se ao recuo do ego, fugindo de situações de conflitos atuais para o 
estágio anterior.
EXEMPLO
Um adulto volta a um modelo infantil, no qual se sentia mais feliz e mais protegido. Assim, a 
infantilização é uma forma de regressão que protege o ego do encontro com as dificuldades 
do mundo adulto.
• Deslocamento: acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva) 
são projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima 
mais inofensiva.
• Isolamento: Atua de forma a isolar um pensamento ou comportamento, fazendo 
com que as demais ligações com o conhecimento de si ou com outros pensamen-
tos fiquem interrompidos. Assim, os outros pensamentos e comportamentos são 
excluídos da consciência.
• Sublimação: A sublimação é o processo através do qual a libido se afasta do objeto da 
pulsão para outra espécie de satisfação.
EXEMPLO
O sujeito que transforma a energia da libido (desejo sexual, agressividade e necessidade ime-
diata de prazer) em trabalho ou arte, sem saber que o faz. Grande parte dos artistas, dos gran-
des cientistas, das grandes personalidades e dos grandes feitos só foram possíveis graças a 
esse mecanismo de defesa.
• Formação reativa: Ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer alguma 
coisa, mas faz o oposto.
EXEMPLO
A pessoa procura encobrir algo inaceitável por meio da adoção de uma posição oposta.
Embora o conceito de inconsciente se amplie ao longo da evolução da teoria psicanalítica, 
o inconsciente freudiano já surge como um ‘lugar’ de grande influência sobre o Homem e a 
partir de ‘onde’ as ações, escolhas e formas de compreensão do mundo são estabelecidas.
O modelo freudiano de mente tem sido transformado/reformulado/ampliado ao longo dos 
anos de desenvolvimento da teoria, culminando no surgimento de várias ‘escolas psicanalíti-
cas’, dentre as quais se destacam Melanie Klein (1882-1960) e Wilfred Bion (1897-1979).
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
PSICOLOGIA 
Ariete Bittencourt Pinto
A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças alcançou gran-
des avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instrumento de 
grande importância para o trabalho psicanalítico. Klein ainda reformulou e ampliou vários 
conceitos psicanalíticos freudianos, sendo que sua influência se reflete nos trabalhos de 
vários autores posteriores. 
Bion destinou-se a investigar a vida mental de pacientes psicóticos com importantes acha-
dos que norteiam o pensamento clínico psicanalítico atual. Além disso, Bion também se pre-
ocupou com a função analítica, estabelecendo conceitos e vértices que promovem a compre-
ensão do funcionamento do par analítico paciente-analista, fundamentando parâmetros novos 
para o desenvolvimento da própria função psicanalítica.
No processo psicoterápico a transferência e contratransferência são pontos centrais na 
técnica psicanalítica. A definição de transferência em psicologia é quando um cliente direciona 
seus sentimentos de um outro significativo ou pessoa em sua vida para o psicólogo. Contra-
transferência pode ser definida como reações inconscientes do analista à pessoa do analisan-
do e, mais particularmente, à transferência deste.
Hoje a contratransferência também é entendida com um importante canal de comunicação 
primitiva entre as mentes do paciente e do terapeuta, podendo ser um poderoso instrumento 
a favor da empatia.
Tanto a transferência como a contratransferência são conceitos que vem sendo ampliados 
até o presente e que vão ganhar diferenças a partir de cada escola psicanalítica, entretanto, 
ambos os fenômenos se mostram presentes nas relações humanas e devem ser observados, 
principalmente nas relações de cuidado.
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
PSICOLOGIA 
Ariete Bittencourt Pinto
2.2. teoriA psicoterápicA HumAnistA
No humanismo, o indivíduo é percebido na sua totalidade (corpo, mente e emoções). 
As pessoas são consideradas seres ativos e capazes de se desenvolverem, em busca da 
sua autorrealização.
O humanismo propõe uma abordagem terapêutica não-diretiva e centrada na pessoa. Par-
te-se do pressuposto que é o indivíduo que possui a responsabilidade pela condução e pelo 
sucesso do tratamento (FADMAN E FRAGER, 2002).
A psicologia humanista teve sua origem nos principais pressupostos de Abraham Maslow, 
instituidor da pirâmide das necessidades. Foi na década de 1950 que Maslow se tornou um 
dos fundadores e impulsionadores da escola de pensamento da Psicologia Humanista.O humanismo foi um movimento em contraposição à Psicanálise de Freud e o Behavioris-
mo de Watson. Essa abordagem se diferenciava dessas teorias pois, defendia que o homem 
não era regido por um inconsciente e nem mesmo por fatores externos mas, segundo Maslow 
se interessava em saber o que fazia as pessoas felizes e o que elas faziam para atingir esse 
objetivo (FADMAN E FRAGER, 2002).
Para Maslow, as pessoas têm um desejo natural de serem auto realizadas portanto, buscam 
atender necessidades inerentes do ser humano, nomeada de hierarquia das necessidades.
Principais conceitos propostos por Abraham Maslow expostos na chamada Pirâmide de Maslow.
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Teorias e Técnicas Psicoterápicas
PSICOLOGIA 
Ariete Bittencourt Pinto
Para Maslow, os indivíduos buscam satisfazer, em primeiro lugar, suas necessidades fisio-
lógicas. Sem que essas necessidades sejam satisfeitas, o ser humano não consegue avançar 
na hierarquia das necessidades. Depois que isso ocorre, o ser humano busca satisfazer as 
necessidades de segurança. Em seguida, as necessidades sociais. Depois a estima e por fim, 
chega no topo da pirâmide, em busca da sua autorrealização.
2.2.1. Carl Rogers: Terapia Centrada na Pessoa (no Cliente)
Carl Rogers, que foi um psicólogo humanista que concordou com as pressuposições 
de Maslow e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar, precisa de 
um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser aceito 
como é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido). Rogers comple-
menta que sem isso, relacionamentos e personalidades saudáveis não se desenvolvem 
como deveriam (FADMAN E FRAGER, 2002).
Rogers centrava seus estudos e atenção no ser humano saudável. Logo, o considerava 
agente de sua mudança, e não um ser humano doente à espera de fatores condicionantes. 
Rogers denominou o indivíduo como cliente.
2.2.2. Princípios da Psicologia Humanista
Uma das contribuições de Carl Rogers e que ele acreditava mais importante foi a descrição 
de uma pessoa totalmente funcional. Uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para che-
gar a autorrealização. O indivíduo com funcionamento integral possui variadas características, 
dentre elas (FADMAN E FRAGER, 2002):
1. Abertura à experiência: Implica na pouca utilização dos sinais de alerta, que restringem 
a percepção consciente do momento presente. Assim, a pessoa fica mais aberta aos senti-
mentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver completamente a experiência do seu orga-
nismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
2. Viver no Presente: É a busca por realizar-se completamente a cada momento.
3. Confiança nas exigências internas e no julgamento intuitivo: Consiste na confiança 
sempre crescente na capacidade de tomar decisões.
2.2.3. Self Ideal
Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gosta-
ria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o Self ideal é um 
indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode se tornar um 
obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).
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PSICOLOGIA 
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Como sou e como me vejo
2.2.4. Congruência e Incongruência
2.2.4.1. Congruência
Congruência é definida como o grau de exatidão entre a experiência da comunicação e a 
tomada de consciência. Um alto grau da congruência significa que a comunicação (o que se 
está expressado), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de cons-
ciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes.
EXEMPLO
Quando tenho fome, como; quando estou cansado, sento-me; quando estou com sono, durmo.
2.2.4.2. Incongruência
A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência 
e a comunicação desta. A incongruência pode ser sentida como tensão, ansiedade ou, em cir-
cunstâncias mais extremas, como confusão interna.
EXEMPLO
Um paciente internado em hospital psiquiátrico que declara não saber onde está, em que 
hospital, qual a hora do dia, ou mesmo quem ele é, está exibindo alto grau de incongruência.
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2.2.5. Tendência à Autoatualização
Esta tendência atualizante sugere que há um impulso inato dentro de cada ser humano 
voltado para o desenvolvimento pleno de suas potencialidades. Rogers compreende o impul-
so em direção à saúde como força motriz numa pessoa que está funcionando de modo livre, 
não paralisada por eventos passados ou por crenças correntes que mantinham incongruência 
(FADMAN E FRAGER, 2002).
2.2.6. Crescimento Psicológico
Rogers acredita na existência de forças naturais inerentes ao organismo que o impulsio-
nam positivamente em direção à saúde e ao crescimento. Trata de uma tendência e um movi-
mento natural para resolução diante do conflito (FADMAN E FRAGER, 2002).
2.2.7. Obstáculos ao Crescimento
Os obstáculos ao crescimento aparecem na infância e são aspectos normais do desenvolvimento.
EXEMPLO
Quando a criança começa a tomar consciência do self, desenvolve uma necessidade de amor 
ou “consideração positiva”.
Esta necessidade é universal e existe em todo ser humano. A criança considera o amor 
algo tão importante que acaba por ser conduzida, não pela característica agradável ou desa-
gradável dos seus comportamentos, mas pela promessa de afeto. Sendo assim, as crianças 
tendem agir de forma a assegurar amor ou aprovação (FADMAN E FRAGER, 2002).
2.3. teoriA psicoterápicA cognitivo-comportAmentAl (tcc)
Ao longo dos tempos a TCC vem evoluindo em seus modelos conceituais e nos últimos 
anos, convencionou-se dividir a história das terapias de base cognitiva e comportamental em 
três períodos - referidos como “ondas”.
No Brasil, temos uma “cronologia invertida”, pois enquanto nos EUA foi necessária a che-
gada da terceira onda para a popularização das terapias com foco externalista, no Brasil, as 
terapias deste tipo, representadas pela Terapia Analítico-Comportamental, entre outras, já es-
tavam estabelecidas desde a primeira onda brasileira, por volta dos anos de 1970. Além disso, 
vale lembrar a inexistência de superioridade das ondas mais recentes em relação às mais an-
tigas, estando a divisão nestes três momentos mais relacionada a uma organização didática 
e históricadas ideias.
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2.3.1. A Primeira Onda: Terapia Comportamental
O termo Terapia Comportamental foi introduzido por pelos menos três diferentes grupos 
de pesquisadores:
Durante a primeira onda, o principal objetivo era a eliminação das respostas indesejadas e 
das reações emocionais avaliadas como inadequadas por meio de técnicas. Além disso, este 
grupo de terapias era caracterizado por um rigor experimental que, segundo alguns autores, 
limitou o estudo de questões humanas menos objetivas, que foram relegadas para tradições 
menos empíricas (OSÓRIO et. all., 2022).
O modelo comportamental tem uma de suas origens no final do século XIX, com os tra-
balhos de Pavlov (Condicionamento Pavloviano, Clássico ou Respondente). Outros trabalhos 
como os de Watson e Mary Cover Jones, Skinner, entre outros, foram necessários para que o 
desenvolvimento das intervenções que mais tarde vieram a ser chamadas de Terapia Compor-
tamental se constituíssem como uma modalidade de tratamento psicológico. Os trabalhos 
de Watson se propõe a estudar o comportamento observável por meio do método científico 
experimental, a fim de prevê-lo e controlá-lo (OSÓRIO et. all., 2022).
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No início de 1970 houve um grande questionamento das práticas comportamentais, uma 
vez que eram consideradas demasiadamente rígidas. Tal situação culminou na tentativa de 
acrescentar componentes cognitivos às técnicas existentes, o que facilitou o surgimento das 
abordagens cognitivas. Neste movimento, vale ressaltar o trabalho de Albert Bandura (1925). 
Seus estudos sobre aprendizagem social enfatizam a modificação do comportamento do indi-
víduo através da interação e observação de outros indivíduos. Para ele, a aprendizagem pode 
ocorrer por meio da exposição do indivíduo a contingências sociais (relação de dependência 
entre variáveis do organismo e do ambiente social), mas também, sem que o indivíduo te-
nha sido diretamente exposto às situações, ou seja, indiretamente, por meio da observação 
das contingências às quais outros indivíduos foram expostos. Segundo ele, a maior parte do 
comportamento humano seria aprendido pela observação de outros, em processo chamado 
modelação. Após Bandura houve um avanço nas pesquisas que acrescentam os processos 
cognitivos aos modelos comportamentais, o que contribuiu para o surgimento da abordagem 
cognitivo-comportamental.
2.3.2. A Segunda Onda: o Modelo Cognitivo
A segunda onda das TCC’s surgiu com o modelo cognitivo. O modelo cognitivo propõe que 
os transtornos psicológicos são derivados de um modo distorcido/disfuncional de perceber a 
si mesmo, os outros/o mundo e o futuro (denominada tríade cognitiva). Neste sentido, estas 
distorções de pensamento influenciam e são afetadas pelas emoções e pelo comportamento. 
É possível dividir as abordagens da segunda onda em Racionalistas e Construtivistas. As abor-
dagens Racionalistas pressupõem a primazia do pensamento sobre a emoção. Sendo assim, 
a atividade cognitiva desencadearia uma resposta emocional, fisiológica e comportamental 
subjacente. Já as abordagens Construtivistas enfatizam o papel das emoções na atividade 
cognitiva. Entretanto, ambas as abordagens são consideradas abordagens das terapias cogni-
tivas, pois são fundamentadas no conceito de influência mútua entre razão e emoção.
2.3.2.1. Principais Autores da Segunda Onda
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As abordagens de Beck e de Ellis são consideradas abordagens Racionalistas, pois visam 
à reformulação de padrões disfuncionais de pensamentos, responsáveis por alterações no 
estado de humor e comportamentos. Por outro lado, a abordagem Construtivista de Mahoney 
prioriza as emoções como ponto central do entendimento do funcionamento mental.
A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psicoterapia baseada em 
evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.
Dentre os pressupostos básicos TC tem-se que:
a) a cognição afeta as emoções e comportamentos;
b) a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada;
c) alterando as cognições pode-se modificar as emoções e comportamentos subjacentes.
Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si, que estão entre as 
causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo.
Obs.: � A maneira com que esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensa-
mento Automático (PA), os quais podem ser definidos como pensamentos espon-
tâneos, diretamente ligados a situações e disponíveis à consciência após um 
treino adequado.
Os PA’s distorcidos são frequentes nos transtornos psicológicos e apresentam 
distorções cognitivas,
EXEMPLO
Inferência arbitrária (tirar conclusões a partir de poucas evidências), abstração seletiva (pres-
ta-se atenção em apenas alguns aspectos e não se consegue ver o todo), previsão de futuro 
(antecipar o futuro de forma tão horrível que será insuportável), desqualificação do positivo 
(desqualificar e descontar as experiências e acontecimentos positivos insistindo que estes 
não contam), leitura mental (acredita-se tem certeza dos pensamentos ou intenções do outro 
sem evidências suficientes).
2.3.2.2. A Origem dos Pensamentos Automáticos (PA’s)
Os PA’s são oriundos de Crenças Centrais (ou Nucleares). As crenças centrais consti-
tuem o modo mais profundo da estrutura cognitiva e são compostas por ideias rígidas e 
globais que o indivíduo tem sobre si mesmo, sobre os outros, o mundo e também sobre o 
futuro. Estas crenças se desenvolvem na infância como uma tentativa de organização do 
mundo interno e externo.
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Tais crenças influenciam o modo como indivíduo lida com o mundo, levando-o a sele-
cionar detalhes sobre o ambiente e a lembrar dados relevantes que confirmem esta crença. 
A partir das crenças centrais, desenvolvem-se outras categorias de crenças denominadas 
crenças intermediárias (também denominadas crenças condicionais ou crenças regra).
As crenças intermediárias não estão diretamente ligadas a situações e costumam ocorrer 
em forma de suposições ‘se... então...’ ou regras ‘tenho que’, ‘deveria’. As crenças intermediárias 
revelam as estratégias compensatórias, que são comportamentos por meio dos quais o indi-
víduo imagina que suas crenças centrais negativas serão encobertas ou nãose manifestarão.
EXEMPLO
Se uma pessoa com a crença central ‘eu sou incompetente’ ativada e associada à crença 
intermediária ‘se eu sou incompetente então tenho que me empenhar o máximo’, pode enga-
jar-se em tarefas extremamente difíceis (estratégia compensatória) para encobrir a crença 
central ‘sou incompetente’.
As crenças intermediárias refletem ideias ou entendimentos mais resistentes à mudança 
que os pensamentos automáticos. Segundo a TC, as distorções cognitivas não são os úni-
cos fatores associados aos transtornos mentais. Outros fatores como predisposição genética, 
alterações bioquímicas, conflitos interpessoais também estão relacionados aos transtornos 
mentais e as distorções cognitivas os agravam ou os mantém.
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2.3.3. A Terceira Onda: Abordagens Integrativas
As abordagens da Terceira Onda foram desenvolvidas no início da década de 1990, quando 
analistas do comportamento norte-americanos propuseram um modelo de terapia baseado 
na análise do comportamento, com o objetivo de se diferenciar dos ecléticos terapeutas com-
portamentais, dando origem à clínical behavior analysis (análise do comportamento clínica). 
São propostas que adotam o externalismo da análise do comportamento, mantém o foco na 
cognição e na emoção, das TCC’s, substituindo a ideia de modificação dos comportamentos 
e sentimentos/cognições, característicos da primeira e segunda onda, respectivamente, pela 
aceitação deles, enfatizando a relação do indivíduo com os eventos psicológicos.
Obs.: � A ideia é que os pensamentos não devem controlar diretamente a ação, mas sim os 
valores do indivíduo. Outra característica marcante da terceira onda é a integração de 
diferentes conceitos e técnicas. A maioria destas abordagens compartilha os pressu-
postos das abordagens de base cognitiva ou comportamental e utilizam suas técnicas.
Entretanto, integram à sua prática clínica estratégias do tipo Mindfulness, técnicas da Ges-
talt Terapia, aceitação e outras escolas de psicoterapia. Além disso, muitas delas fundamen-
tam seu entendimento (além do comportamento) em teorias como Teoria Evolucionista, Teoria 
do Apego e Psicanálise. Exemplos de modelos integrativos são: Terapia de Aceitação e Com-
promisso, Psicoterapia Analítica Funcional, Terapia do Esquema, a Terapia Comportamental 
Dialética, e Terapia Cognitiva Processual.
2.3.4. Conceitos da Técnica em TCC
A TCC é um tipo de intervenção psicoterápica breve (de 10 a 20 sessões), com foco na re-
solução dos problemas atuais do cliente. As sessões de psicoterapia possuem uma estrutura 
em que o cliente participa ativamente de sua construção.
Na estrutura das sessões tem-se:
a) verificação do humor (como o paciente sente-se naquele dia e semana anterior);
b) discussão da agenda para a sessão (organiza-se tópicos a serem conversados na 
sessão do dia);
c) feedback da sessão anterior (se e como a sessão anterior ajudou o paciente);
d) revisão da tarefa de casa (dificuldades e aprendizados com a tarefa de casa);
e) discussão dos itens da agenda e planejamento nova tarefa de casa (o cliente elabora 
ativamente sua tarefa de casa baseado nos tópicos da sessão);
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f) resumo a sessão e feedback (no início do tratamento o terapeuta faz o resumo da ses-
são, posteriormente o cliente faz o resumo).
O objetivo principal da TCC é a reestruturação cognitiva do cliente, envolvendo seus esque-
mas, crenças e atitudes.
Como trata-se de uma abordagem que preconiza a participação ativa do paciente, é pré-
-requisito que estes possuam alta motivação, boa capacidade de tolerância à ansiedade, boa 
aliança terapêutica. Por outro lado, a TCC é contraindicada para pacientes com alto nível de 
ansiedade, dificuldade de vínculo, ausência de motivação, psicose aguda e deficiência mental 
grave (nesses casos, há necessidade de adaptação das técnicas).
2.3.4. Psicoterapia de Grupo
O interesse pelo estudo do comportamento e da psicologia dos grupos data do século 20, 
onde se destacam as contribuições de Le Bom e Freud, acerca da influência dos fenômenos 
sociais/grupais na constituição do sujeito. Os primeiros relatos do uso psicoterapêutico dos 
grupos ocorreram nos EUA, no início dos anos 1900, com as experiências de Pratt, Lazel e 
Marsh. Em 1908, Joseph Pratt, um médico americano, considerado hoje o precursor da psi-
coterapia de grupo, adotou o uso de tais grupos no tratamento de pacientes tuberculosos por 
motivos econômicos e de ordem prática. Duas vezes por semana, realizava encontros com 
cerca de 20 a 30 pacientes, discutindo aspectos da saúde e da condição de vida (por meio de 
conselhos, instruções e apoio), observando melhoras consideráveis nestes quesitos, sobre-
tudo em função do reconhecimento, por parte dos doentes, de que não eram os únicos com 
vivências de sofrimento, e que o mesmo poderia ser compartilhado e acolhido. E.W. Lazell, em 
1921, publicou um artigo no periódico Psychoanalytic Review intitulado “The group treatment 
of dementia praecox’, relatando sua experiência na condução de um grupo de pacientes inter-
nados com demência precoce (hoje denominada esquizofrenia), onde temas diversos eram 
discutidos com um enfoque psicanalítico. Ele apontou que a participação dos pacientes nos 
grupos favorecia um avanço no tratamento do transtorno. Marsh, se apropriando destas expe-
riências prévias, iniciou uma atividade de grupo com pacientes psicóticos internados, reunindo 
cerca de 200 a 400 deles, três vezes por semana com o objetivo de “integrar a mente, a emoção 
e a atividade motora” (p.3). Posteriormente estendeu este tipo de trabalho aos familiares dos 
pacientes, trazendo esta contribuição inovadora. Com o passar do tempo, esta prática foi sen-
do apropriada por outros psiquiatras, no tratamento de pacientes psiquiátricos institucionali-
zados, e posteriormente a nível ambulatorial. Destaca-se a grande expansão desta modalidade 
de tratamento durante e pós 2ª Guerra Mundial, em função da grande demanda de problemas 
emocionais associados à guerra e a escassez de equipes de tratamento, sendo importantes 
os trabalhos desenvolvidos por S.H. Foulkes, W. Bion e Moreno, estimulando e expandindo o 
uso de tal recurso para uso com outras populações específicas nas áreas da saúde, social, 
educacional e organizacional.
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Assim como na psicoterapia individual, as psicoterapias de grupo são realizadas tendo-se 
por referência diferentes abordagens teóricas e técnicas, e diferentes objetivos, entre eles:
Sob a perspectiva da técnica, os grupos podem ser:
1) fechados ou abertos (número fixo ou não de membros),
2) homogêneos ou heterogêneos (quanto às queixas, características clínicas, sociodemo-
gráficas, entre outras),3) ter duração pré-determinada ou não, número de participantes e periodicidade (diário, 
mensal) variados.
A opção por alguma destas especificidades se associa diretamente aos objetivos terapêu-
ticos do grupo e às características da população-alvo. Os grupos terapêuticos são vistos como 
um contexto privilegiado para o aprendizado do relacionamento humano.
Segundo Bechelli e Santos os grupos “facilitam a identificação, a revelação de parti-
cularidades e intimidades, o oferecimento de apoio ao semelhante, o desenvolvimento de 
um objetivo comum, e a resolução das dificuldades e dos desafios que se assemelham” 
(p.6). Fora isto, os grupos apresentam fatores terapêuticos específicos e únicos conforme 
apontado brilhantemente na obra de Vinogradov e Yalon.
Estes autores destacaram a presença de pelo menos 11 fatores terapêuticos grupais:
Instalação de esperança, universalidade, oferecimento de informação, altruísmo, desenvol-
vimento de técnicas de socialização, comportamento imitativo, catarse, reedição corretiva do 
grupo primário, fatores existenciais, coesão e aprendizagem interpessoal.
A efetividade das psicoterapias de grupo é também comprovada por inúmeros estudos e 
sua aplicação tem espaço consolidado no tratamento, sobretudo dos sintomas/transtornos 
mentais, seja como terapia primária ou coadjuvante.
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2.4. teoriA psicoterápicA sistêmicA
O Pensamento Sistêmico, hoje disseminado nas diversas áreas do conhecimento, ganhou 
um arcabouço teórico e reconhecimento na primeira metade do século XX. Embora suas bases 
tenham sido formuladas entre as décadas de 30 e 40, o processo de mudança do paradigma 
mecanicista para o ecológico tem ocorrido de forma não linear há muitos séculos, com retro-
cessos e avanços nos vários campos da ciência.
2.4.1. Precursores Históricos do Pensamento Sistêmico e a Teoria Geral 
dos Sistemas
O biólogo austríaco Ludwig Von Bertalanffy apresenta a Teoria Geral dos Sistemas e, 
em 1940, e o matemático norte-americano Norbert Wiener inicia a elaboração da Ciberné-
tica. Ambas as teorias tiveram desenvolvimento paralelo no século XX e configuram os 
limites paradigmáticos para a Teoria Sistêmica, em conjunto com a influência da Teoria da 
Comunicação Humana, criada por Gregory Bateson e Paul Watzlawick. A seguir, tratar-se-á 
de cada uma das teorias supracitadas.
Desde a década de 1920, quando inicia sua carreira como biólogo em Viena, Ludwig 
Von Bertalanffy critica a predominância do enfoque mecanicista tanto na teoria quanto 
na pesquisa científica. Em 1925, ele publica suas ideias em alemão e, em 1930, lança al-
guns artigos na Inglaterra. Na década seguinte, o autor apresenta sua teoria do organismo 
considerado como sistema aberto. Em meio ao contexto da Segunda Guerra Mundial, as 
ideias de Bertalanffy não foram bem aceitas em um primeiro momento. O biólogo conhece 
então, a Teoria da Cibernética que florescia nos Estados Unidos e passa a ser influenciado 
por ela. Em 1960, Bertalanffy começa a ministrar conferências nos Estados Unidos e em 
1967 e 1968 publica a Teoria Geral dos Sistemas por meio de uma editora canadense e, 
em função da maior propagação de suas ideias, que passam a estar disponíveis em língua 
inglesa, a Teoria ganha visibilidade (VASCONCELLOS, 2010).
A Teoria Geral dos Sistemas também é conhecida por Teoria Sistêmica. Contudo, elas são 
diferentes, visto que a Teoria Geral dos Sistemas é mais ampla e abarca todas as áreas do co-
nhecimento (Física, Química, entre outras). Já a Teoria Sistêmica está mais voltada para a área 
da Psicologia. Para fins práticos, elas serão utilizadas como sinônimos, o que não se mostra 
errôneo, mas faz-se essa ressalva para fins didáticos e de esclarecimento (COSTA, 2010).
Bertalanffy confere importância ao Pensamento Sistêmico como um movimento científi-
co por meio de suas concepções de sistema aberto e de sua Teoria Geral dos Sistemas. De 
acordo com o autor, organismos vivos são sistemas abertos que não podem ser descritos pela 
termodinâmica clássica, que trata de sistemas fechados em estado de equilíbrio térmico ou 
próximo dele. Os sistemas abertos podem se alimentar de um contínuo fluxo de matéria e de 
energia extraídas e devolvidas ao meio ambiente. Mantêm-se, portanto, afastados do equilíbrio 
em um estado quase estacionário ou em equilíbrio dinâmico (CAPRA, 2006).
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O objetivo da Teoria Geral dos Sistemas se constituía em estudar os princípios universais 
aplicáveis aos sistemas em geral, sejam eles de natureza física, biológica ou sociológica. Ber-
talanffy conceitua sistema como um complexo de elementos em estado de interação. A inte-
ração ou a relação entre os componentes torna os elementos mutuamente interdependentes 
e caracteriza o sistema, diferenciando-o do aglomerado de partes independentes (VASCON-
CELLOS, 2010). A Teoria Geral dos Sistemas combina conceitos do Pensamento Sistêmico 
e da Biologia (COSTA, 2010), incidindo na generalização do Modelo Organicista, ou seja, na 
noção de que o universo pode ser pensado como um grande organismo vivo (PINHEIRO, CRE-
PALDI, & CRUZ, 2012). Assim, pressupõem-se que os fenômenos não podem ser considerados 
isoladamente, e sim, como parte de um todo.
Os conceitos básicos da teoria são: homeostase, morfogênese, circularidade (VAS-
CONCELLOS, 2010).
Ao pensar sobre os Sistemas destacados na Teoria Sistêmica, é importante destacar que 
os sistema aberto, o resultado de seu funcionamento independe do ponto de partida, ou seja, 
o equilíbrio é determinado pelos parâmetros do sistema; diferentes condições iniciais geram 
igualdade de resultados e diferentes resultados podem ser gerados por diferentes condições 
iniciais. Desta forma, nos sistemas fechados o estado de equilíbrio é dado pelas condições 
iniciais (BARCELLOS & MORÉ, 2007; OSORIO, 2002; VASCONCELLOS, 2010).
A Teoria Geral dos Sistemas também fez uso do conceito de retroalimentação ou fee-
dback que emergiu na cibernética o qual garante a circulação de informações entre elemen-
tos do sistema. A retroalimentação pode ser negativa, o que acontece quando esse mantém 
a homeostase, ou positiva, ocorre quando o sistema responde pela mudança sistêmica (mor-
fogênese) (VASCONCELLOS, 2010).
Na década de 1940, aportes teóricos se articularam à Teoria Geral dos Sistemas: a Ciber-
nética e a Teoria da Comunicação.
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2.4.2. A Cibernética
A Teoria da Cibernética foi desenvolvida pelo matemático americano, e professor do Mas-
sachussets Institute of Technology (MIT), Norbert Wiener (1894-1964). No início da década de 
1940, Wiener participava de reuniões vinculadas à escola de Medicina de Harvard nas quais se 
discutia o método científico. Estas reuniões tinham uma propostainterdisciplinar, pois partici-
pavam professores e pesquisadores de diversas áreas que se interessavam pelo tema. Assim, 
Wiener conheceu Walter Cannon e Arturo Rosenblueth (fisiologistas), com os quais iniciou dis-
cussões que deram início ao pensamento que originou a Cibernética (VASCONCELLOS, 2010).
Naquela época, o mundo vivia a Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos começou a 
financiar pesquisas que pudessem contribuir para a melhoria das máquinas de guerra. Com 
isso, Wiener, em parceria com Rosenblueth e com o engenheiro eletrônico Julian Bigelow, criou 
um projeto que aprimorou a artilharia antiaérea. Wierner desenvolveu programas e “máquinas 
computadoras” que tinham conexão com o sistema nervoso humano. A ideia de Wierner e dos 
pesquisadores com quem trabalhava era de projetar máquinas que tivessem performance de 
funções humanas. Nas pesquisas realizadas para a execução do projeto, Wiener e Bigelow 
criaram o conceito de feedback, também chamado de realimentação ou retroação (como já 
mencionado anteriormente), o qual foi desenvolvido para explicar de que forma pode-se corri-
gir desvios a máquinas computadorizadas, os quais eram essenciais para a guerra e se fazia 
analogia entre o funcionamento do sistema nervoso e o funcionamento das máquinas de com-
putação (VASCONCELLOS, 2010).
Em 1944, houve um encontro em Princenton para discutir “Cibernética”, do qual participa-
ram engenheiros, projetistas de máquinas computadorizadas, fisiologistas, neurocientistas e 
matemáticos. Em 1946, acontece a 1ª Conferência Macy em Nova Iorque, a qual teve como 
tema “Feedback” e que contou com a presença dos pesquisadores acima citados e de psicó-
logos, antropólogos, economistas e especialistas na Teoria dos Jogos. O encontro pretendia 
reunir cientistas que pudessem ajudar na compreensão do sistema nervoso, comunidades so-
ciais e meios de comunicação. Nos anos subsequentes, houve várias conferências Macy e po-
de-se afirmar que o arcabouço teórico da Cibernética foi construído nestes encontros. A partir 
dessas reuniões, a área foi reconhecida por inúmeras realizações tecnológicas, tais como: 
aparelho que permite aos cegos a leitura auditiva de um texto impresso, computadores ultrar-
rápidos, próteses para membros perdidos, máquinas artificiais com performances altamente 
elaboradas, pulmão artificial, máquina de jogar xadrez, aparelho auditivo para deficientes au-
ditivos, máquinas para atuarem em situações em que o trabalho implica risco para o homem, 
dentre outras invenções (VASCONCELLOS, 2010).
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Desta forma, no final de década de 1940, Wierner escreveu sobre a Teoria da Cibernética, 
também chamada de “Ciência da Comunicação”. O termo Cibernética origina-se da palavra gre-
ga kybernetes que significa piloto, condutor. Desta forma, tal teoria apresenta uma tendência 
mecanicista por sua associação com máquinas ou sistemas artificiais. A preocupação do au-
tor era com a construção de sistemas que reproduzissem os mecanismos de funcionamento 
de sistemas vivos (VASCONCELLOs, 2010).
Para Wiener, o propósito da Cibernética era o de desenvolver uma linguagem e técnicas 
que permitissem abordar o problema da comunicação e do controle em geral. Portanto, 
considerava que a mensagem era o elemento central, tanto na comunicação quanto no 
controle, ou seja, quando nos comunicamos enviamos uma mensagem e, da mesma for-
ma, quando comandamos. A mensagem pode ser transmitida por meios elétricos, mecâni-
cos ou nervosos e é considerada uma sequência de eventos mensuráveis, distribuídos no 
tempo (VASCONCELLOS, 2010).
Por esta razão, o antropólogo Gregory Bateson, que também participava das conferên-
cias Macy, desenvolve a Teoria da Comunicação que contribui de forma significativa para 
a melhoria das máquinas Cibernéticas. A Teoria da Cibernética divide-se em Cibernética de 
1ª ordem e de 2ª ordem.
A 1ª Cibernética trata dos processos morfoestáticos (manutenção da mesma forma), resul-
tantes da retroalimentação negativa ou retroação autorreguladora, a qual conduz o sistema de 
volta a seu estado de equilíbrio homeostático, otimizando a obtenção da meta. Assim, trata da 
capacidade de auto estabilização ou de automanutenção do sistema (VASCONCELLOS, 2010).
Já a 2ª Cibernética trata dos processos morfogenéticos (gênese de novas formas), resul-
tantes de retroalimentação positiva ou retroação amplificadora de desvios, amplificação que 
pode - caso não produza a destruição do sistema e se a estrutura do mesmo permitir - promo-
ver sua transformação, levando-o a um novo regime de funcionamento. Trata da capacidade de 
auto-mudança do sistema (VASCONCELLOS, 2010).
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2.4.3. A Teoria da Comunicação
Gregory Bateson (1904-1980), antropólogo inglês, se utilizou das teorias acima citadas para 
desenvolver a Teoria da Comunicação. O autor, junto com seus colaboradores de Palo Alto (Ca-
lifórnia), descreveu a comunicação patogênica na família do esquizofrênico e apresentou a hi-
pótese do duplo vínculo, ou seja, uma forma de comunicação paradoxal que tem profundas im-
plicações nas relações interpessoais. Bateson fazia uso de analogias, metáforas e histórias por 
acreditar que esses recursos eram um caminho para o estudo das relações (OSÓRIO, 2002).
A teoria também apresenta o conceito da metacomunicação (comunicação sobre 
a comunicação) e o uso de mensagens congruentes ou incongruentes (WATZLAWICK, 
BEAVIN, & JACKSON, 1973).
A Teoria da Pragmática da Comunicação Humana afirma que a comunicação afeta o com-
portamento ocasionando implicações nas relações interpessoais. De acordo com Watzlawick 
et al. (1973), “atividade ou inatividade, palavras ou silêncio, tudo possui valor de mensagem, 
influencia os outros, e estes outros que, por sua vez, não podem não responder a essas comu-
nicações, estão, portanto, comunicando também” (p. 45).
Além disso, Bateson e Watzlawick preconizaram que a teoria também abarca os cinco 
axiomas que são:
1) É impossível não comunicar;
2) Toda comunicação tem aspecto de relato (conteúdo) e de ordem (relação);
3) A natureza de uma relação está na contingência da pontuação das sequências comuni-
cacionais entre os comunicantes (cada comportamento é causa e efeito do outro);
4) Os seres humanos se comunicam de maneira digital (comunicação verbal) e analógica 
(comunicação não-verbal);
5) Todas as permutas comunicacionais ou são simétricas ou complementares, e estão 
baseadas na igualdade ou na diferença (WATZLAWICK et al. 1973).
2.4.4. Critérios Fundamentais do Pensamento Sistêmico e a Prática Sistêmica 
no Campo da Psicologia
A palavra “sistema” deriva do grego synhistanai que significa colocar junto. O entendimento 
sistêmico requer uma compreensão dentro de um contexto, de forma a estabelecer a natureza 
das relações. Cada um dos sistemas forma um todo com relação as suas partes e também é par-
te de um todo. A existência de diferentes níveis de complexidade com diferentes tipos de leis ope-
rando em cada nível forma a concepção de “complexidade organizada” (VASCONCELLOS, 2010).
O primeiro dos critérios fundamentais do Pensamento Sistêmico se refere à mudançadas 
partes para o todo. Outro critério diz respeito à capacidade de deslocar a atenção de um lado 
para o outro entre níveis sistêmicos (VASCONCELLOS, 2010).
Por fim, o último critério se refere à mudança da ciência objetiva para a epistêmica; o 
método de questionamento torna-se parte integral das teorias científicas. A compreensão do 
processo de conhecimento precisa ser explicitamente incluída na descrição dos fenômenos 
naturais, de forma que tais descrições não são objetivas (CAPRA, 2006; GRANDESSO, 2000; 
VASCONCELLOS, 2010).
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Fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas proposta por Bertalanffy, na Cibernética de 
Wiener e na Teoria da Comunicação, formulada por Bateson e Watzlawick, surge a prática sistê-
mica. Capra destaca que “com o forte apoio subsequente vindo da Cibernética, as concepções 
de Pensamento Sistêmico e de Teoria Sistêmica tornaram-se partes integrais da linguagem 
científica estabelecida, e levaram a numerosas metodologias e aplicações novas” (1996, p. 53).
No campo da Psicologia Clínica, a Teoria Sistêmica passa a ganhar força trazendo a pro-
posta de mudança no foco das teorias clínicas do indivíduo para os sistemas humanos, ou 
seja, do intrapsíquico para o interrelacional. Dessa forma, nas décadas de 50 e 60, ocorre um 
movimento de combinação entre abordagens já consolidadas, tais como a psicanalítica, e no-
vos conceitos baseados na Teoria dos Sistemas, na Cibernética e na Teoria da Comunicação. 
(KREPPNER, 2003, p. 202).
O Pensamento Sistêmico passa a ser o substrato de propostas de intervenção para a clíni-
ca de família. Dessen (2010) ressalta a relevante contribuição da Teoria Sistêmica da família, 
a partir da segunda metade do século XX, visto que trouxe um novo olhar para o contexto 
familiar. A adoção da Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um sistema 
complexo, composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como o 
conjugal e o parental (KREPPNER, 2000).
2.4.5. Desenvolvimento das Escolas de Terapia de Família
Nas décadas de 1960 e 1970, várias escolas se diferenciaram no que se refere as 
terapias sistêmicas:
• ESCOLA TRIGERACIONAL: Murrey Bowen – terapia familiar, mesmo trabalhando as vezes 
com um adulto da família estabelece-se relação com o contexto familiar até 3 gerações
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• ESCOLA EXISTENCIAL: Carl Whitaker e Virgínia Satir – enfatizam o trabalho intenso com 
as emoções e vivências no aqui e agora da família e do terapeuta.
• TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL: Salvador Minuchin – enfatiza as questões organiza-
cionais da família na gênese e na resolução de problemas.
• ESCOLA COMUNICACIONAL: Escola de Palo Alto (EUA) – Fundada por Gregory 
Bateson e outros intelectuais como Paul Watzlawick - o trabalho concentra-se nas 
comunicações interpessoais verbais e não- verbais que se estabelecem na tentativa 
infrutífera de resolver o sintoma.
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• ESCOLA ESTRATÉGICA: Jay Haley – intervenções terapêuticas que tendem a reestru-
turar o funcionamento familiar estabelecido em torno do sintoma. Desenvolveram-se 
também grupos de terapia familiar comportamental destinadas a extinguir sintomas.
2.4.6. Por Que Tratar a Família?
A família pode ser considerada um sistema vivo, semi-aberto, que se desenvolve e se trans-
forma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais dá continuidade e se 
transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar em conta pelo menos 
três gerações (ANDOLFI et al., 1984)
2.4.7. A Família com Bom Funcionamento
A família é mais do que uma soma de seus membros. É um sistema vivo com leis próprias 
de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a dupla capacidade de morfogê-
nese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que garante a esta-
bilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971).
Obs.: � Famílias com bom funcionamento = todos os membros desenvolvem-se de acordo 
com suas necessidades.
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CARACTERÍSTICAS DAS FAMÍLIAS COM BOM FUNCIONAMENTO
• Igualdade de poder entre os cônjuges;
• Ampla expressão de ideias e afetos;
• Incentivo a autonomia pessoal com respeito às necessidades do outro;
• Percepção e respeito pela interdependência entre os membros da família;
• História familiar compartilhada;
• Capacidade de usar adequadamente o humor;
• Envolvimento com grupos e movimentos sociais.
2.4.8. Mudanças ao Longo do Ciclo Familiar
FASES DO CICLO VITAL 
DA FAMÍLIA CARACTERÍSTICAS
Individuação do adulto Conhecimento de si mesmo
Casamento
• afinidades culturais, religiosas, políticas e de classe social = maior 
facilidade de ADAPTAÇÃO entre os cônjuges;
• papel do homem e da mulher
Nascimento do 
primeiro filho
• acomodação de uma terceira pessoa;
• Triângulo relacional = cuidado com a interferência da atenção da mãe ao 
filho e descuido na relação conjugal;
• Diminuição dos contatos externos para aquisição de novos hábitos (família);
• Reaproximação dos avós = cuidados do bebê (é importante que essa 
colaboração seja oferecida sem competição com os pais)
• Famílias de dupla carreira têm desafios próprios a resolver na divisão das 
tarefas da casa e dos cuidados dos filhos.
Família com filhos 
pequenos
• Preparação familiar para a chegada da nova criança = irmãos que sofrem 
com medo de perder seu lugar na família;
• pais devem adequar seus cuidados à idade e personalidade de cada um 
dos filhos;
• educação – capacidade de criar filhos saudáveis as exigências da vida fora 
de casa: creche, escola....;
Família com filhos 
adolescentes
• crise de desenvolvimento = tanto dos pais que precisam compreender 
as mudanças ocorridas consigo a partir da idade; quanto dos filhos que 
buscam liberdade e definição de sua identidade;
• Escolha profissional dos filhos;
• Namoro dos filhos
Síndrome do “ninho vazio” 
ou família da maturidade
• Saída dos filhos de casa;
• Preparação para a velhice
�Obs.: Nas classes populares, essa síndrome dificilmente ocorre = 
adolescentes tem filhos e são acolhidos na casa dos pais = falta de perspectiva 
econômica e social dos adolescentes e de suas famílias.
Obs.: � Conhecer as mudanças que ocorrem ao longo do ciclo vital das famílias orienta o 
tratamento.
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RESUMO
• Teoria Psicoterápica Psicanalítica:
A psicanálise tem como marco o trabalho de Freud intitulado ‘A interpretação dos Sonhos’, 
considerada, por ele mesmo, sua obra mais importante. Para Freud, os sonhos seriam a forma 
através da qual se teria acesso à dimensão inconsciente da vida psíquica, sendo eles uma 
expressão dos desejos mais íntimos do indivíduo e dos mecanismos de censura que operam 
para mascarar tais desejos, conhecidos como repressão.
Uma das contribuições significativas de Freud foi a construção de uma teoria sobre o in-
consciente, pré-consciente e consciente
• Teoria Psicoterápica Humanista:
Uma das contribuições de Carl Rogers e que ele acreditava mais importante foi a descrição 
de uma pessoa totalmente funcional. Uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para che-
gar a autorrealização. O indivíduo com funcionamento integral possui variadas características, 
dentre elas (FADMAN E FRAGER, 2002).
• Terapia Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC)
Como trata-se de uma abordagem que preconiza a participação ativa do paciente, é pré-
-requisito que estes possuam alta motivação, boa capacidade de tolerância à ansiedade, boa 
aliança terapêutica. Por outro lado, a TCC é contra-indicada para pacientes com alto nível de 
ansiedade, dificuldade de vínculo, ausência de motivação, psicose aguda e deficiência mental 
grave (nesses casos, há necessidade de adaptação das técnicas).
• Terapia Psicoterápica Sistêmica:
A adoção da Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um sistema com-
plexo, composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como o conju-
gal e o parental (KREPPNER, 2000).
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MAPA MENTAL
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EXERCÍCIOS
001. (2022/IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA) Relacione a 
Coluna 1 à Coluna 2, associando autores com descrições de teorias da personalidade 
(HANSENNE, 2003).
Coluna 1
1. Sigmund Freud.
2. Carl Rogers.
3. Aaron Beck.
4. B. F. Skinner.
Coluna 2
( ) No caso da depressão, o autor postulou que os doentes deprimidos têm distorções 
cognitivas, que fazem com que eles decodifiquem a realidade de maneira inadequada. 
Com base nisso, o autor elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modifica-
rem as distorções cognitivas.
( ) Trabalhou com conceitos fundamentais para o desenvolvimento da personalidade, em espe-
cial: a empatia, a consideração positiva incondicional e a congruência.
( ) Os elementos mais importantes desta teoria são: a personalidade é um conjunto dinâmico 
constituído por componentes em conflito, dominadas por forças inconscientes, e a sexualida-
de tem um papel crucial nesta teoria.
( ) O autor considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e 
que, em função das suas consequências, elas serão ou reproduzidas ou eliminadas. Refere 
ainda que os comportamentos respondem a leis: é possível controlá-los através de mani-
pulações do ambiente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4
b) 2 – 3 – 4 – 1.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 4 – 2 – 1 – 4
e) 4 – 3 – 2 – 1.
002. (INÉDITA/2022) O conceito de empatia passou a ser estudado pelo psicólogo Carl Ro-
gers com a finalidade de aplicá-lo em sua prática terapêutica conhecida por Abordagem Cen-
trada na Pessoa.
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003. (2018/PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/PSICÓLOGO) Afirma-se que Carl Rogers, em 
sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas plenamente funcionais ou psicologicamen-
te saudáveis quando apresentam:
a) uma mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência e de novidades, assim como 
também, necessidade contínua de maximizar o seu potencial.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d)uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.
004. (INÉDITA/2022) Complete corretamente a sentença:
“________________, que foi um psicólogo _______________ que concordou com as pressuposi-
ções de __________________ e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar, 
precisa de um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser 
aceito como é, sem imposição de condições) e empatia (ser compreendido)”.
a) Sigmund Freud; humanista; Maslow
b) Carl Rogers; humanista; Maslow
c) Aaron Beck; humanista; Maslow
d) Minuchin; humanista; Maslow
005. (INÉDITA/2022) Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que 
o indivíduo gostaria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o 
Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode 
se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).
006. (INÉDITA/2022) Exemplos de Conceitos e Técnicas Humanistas:
( ) Self ideal: pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gostaria 
de ter e perceber sobre si mesmo
( ) Congruência: alto grau da congruência significa que a comunicação (o que se está expressa-
do), a experiência (o que está ocorrendo em nosso campo) e a tomada de consciência (o que 
se está percebendo) são todas semelhantes.
( ) A incongruência ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência 
e a comunicação desta.
Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso a sequência 
correta das proposições acima é, respectivamente:
a) V – F – V
b) V – V – V
c) F – V – V
d) V – V – F
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007. (INÉDITA/2022) Carl Rogers, em sua terapia centrada na pessoa,considera pessoas ple-
namente funcionais ou psicologicamente saudáveis quando apresentam:
a) a pessoa fica mais aberta aos sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver com-
pletamente a experiência do seu organismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.
008. (INÉDITA/2022) O humanismo foi um movimento que surgiu seguindo os princípios da 
Psicanálise de Freud e o Behaviorismo de Watson (FADMAN E FRAGER, 2002).
009. (INÉDITA/2022) Rogers acredita na existência de forças naturais inerentes ao organismo 
que o impulsionam positivamente em direção à saúde e ao crescimento. Trata de uma tendên-
cia e um movimento natural para resolução diante do conflito (FADMAN E FRAGER, 2002).
Essa afirmativa diz respeito ao:
a) Self Ideal
b) Persona
c) Crescimento Pessoal
d) Incongruência
010. (CIAAR/2014/PSICOLOGIA) No que diz respeito aos princípios psicoterapêuticos da 
abordagem centrada na pessoa, pode-se afirmar que essa modalidade terapêutica trouxe gran-
des contribuições para a psicologia. A terapia centrada na pessoa expressa a visão da perso-
nalidade humana acreditando que a melhora do paciente é responsabilidade dele, e não do 
terapeuta, assim como ocorre na psicoterapia ortodoxa. (Schultz & Schultz p. 415.) A terapia 
centrada na pessoa foi fundada pelo autor:
a) Carl Jung.
b) Carl Rogers.
c) Alfred Adler.
d) George Miller.
011. (2018/PREFEITURA DE MARINGÁ – PR/PSICÓLOGO/NASF) A psicanálise é uma es-
cola de psicologia fundada por Sigmund Freud. Esta escola de pensamento enfatizou a in-
fluência da mente inconsciente no comportamento. Freud acreditava que a mente humana 
era composta por três elementos: o id, o ego e superego, Freud acreditava que a interação 
desses três elementos foi o que levou a todos os comportamentos humanos complexos, 
assim é CORRETO afirmar que:
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a) O id é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como percepção, me-
mória, sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal 
influente na interação entre sujeito e ambiente externo. É um componente moral, que leva em 
consideração as normas éticas existentes e atua como mediador entre id e superego.
b) O ego é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamente ligado a libido, está relacionado 
a ação de impulsos é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem 
conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo portanto apenas a partir de estímulos instin-
tivos, o que lhe atribui a característica de amoral.
c) O id consiste em instintos mais primitivos, enquanto o ego é o componente da personalida-
de acusado de lidar com a realidade. O superego é a parte da personalidade que mantém todos 
os ideais e valores que internalizamos de nossos pais e cultura.
d) O ego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado 
hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre 
agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O ego é, 
então, componente moral e social da personalidade.
012. (2020/PREFEITURA DE ABELARDO LUZ – SC/PSICÓLOGO) De acordo com Freud, quais 
os três conceitos criados para explicar o funcionamento da mente humana.
a) Complexo de Édipo, Complexo de Castração e Nirvana.
b) Consciente, Prazer e Desprazer.
c) Inconsciente, Corpo e Prazer.
d) Id, Ego e Superego.
e) Instinto de Vida, Instinto de Morte e Instinto de Conservação.
013. (2018/PSICÓLOGO HOSPITALAR) A transferência é um conceito psicanalítico 
freudiano que compreende as atitudes e os sentimentos inconscientes do paciente para 
com o médico e vice-versa.
014. (INÉDITA/2022) Consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo 
em nós mesmos.
a) Contratransferência
b) Racionalização
c) Negação
d) Projeção
015. (INÉDITA/2022) Acontece quando os sentimentos e emoções (geralmente a raiva) são 
projetados para longe da pessoa que é o alvo e, de forma geral, para uma vítima mais inofensiva.
a) Deslocamento
b) Projeção
c) Sublimação
d) Regressão
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016. (INÉDITA/2022) A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças 
alcançou grandes avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instrumen-
to de grande importância para o trabalho psicanalítico.
017. (INÉDITA/2022) Bion se preocupou com a função analítica, estabelecendo a compreen-
são do funcionamento do par analítico paciente-analista.
018. (2014/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE – CE/PSICÓLOGO) No desen-
volvimento da personalidade segundo a psicanálise o sujeito lança mão de mecanismos de de-
fesa, nesse sentido assinale a alternativa que corresponde ao mecanismo de formação reativa:
a) Reverter a um comportamento imaturo, de um estágio anterior de desenvolvimento;
b) Agir exatamente ao contrário dos seus impulsos inaceitáveis;
c) Colocar, sem saber, uma lembrança ou um pensamento desagradável no inconsciente;
d) Substituir impulsos socialmente inaceitáveis por comportamentos socialmente aceitáveis.
019. (2010/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA DE PSICOLOGIA) Julgue os itens a 
seguir, relativos às teorias da personalidade.
Entre os mecanismos de defesa do indivíduo, incluem-se deslocamento, introjeção, repressão, 
formação reativa e ansiedade de castração.
020. (2009/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) De acordo com o modelo dinâmico 
da estruturação da personalidade, proposto por Sigmund Freud, o EGO
a) Funciona pelo princípio do prazer
b) É o responsável pelo processo primário
c) Dá juízo de realidade
d) É responsável pela internalização de normas referentes ao que é moralmente proibido
021. (INÉDITA/2022) “A família é mais do que a soma de seus membros. É um sistema 
vivo com leis próprias de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a 
capacidade de morfogênese e de homeostase” (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971). 
Dentre as alternativas abaixo, assinale corretamente aquela que corresponde ao conceito 
de morfogênese e homeostase:
a) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de 
homeostase - capacidade para mudar com o passar do tempo.
b) morfogênese – capacidade de resolução de conflitos e de homeostase - capacidade para 
mudar com o passar do tempo.
c) morfogênese - que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de 
homeostase - capacidade de perceber a pessoa na sua singularidade.
d) morfogênese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que 
garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital.
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