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07 Estácio - Disciplina online

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Contabilidade Internacional
Aula 7: Redução ao valor recuperável de ativos e valor justo
Apresentação
Nesta aula, estudaremos a existência de evidências claras das perdas de valor do ativo. Deverá ser registrada uma perda
no resultado por desvalorização em contra partida de uma conta reti�cadora desse ativo – NBC TG 01 – CPC 01 x IAS 36.
Também compreenderemos os conceitos e a hierarquia de valor justo aplicados aos ativos conforme a Norma Brasileira
de Contabilidade NBC TG 46 e o CPC 46.
Objetivo
Reconhecer as perdas por recuperabilidade dos ativos;
Identi�car os critérios hierárquicos de valor justo.
Redução ao valor recuperável de ativos – NBC TG 01 - CPC 01 x
IAS 36
 Fonte: pixabay
A perda de recuperabilidade de um ativo signi�ca que ele está registrado na contabilidade por um valor superior ao valor que
seria obtido por meio da sua venda.
De acordo com Santos et. al. (2015, p. 312):
“Quando existirem evidências claras que os ativos avaliados
por um valor superior àquele que será recuperado no futuro,
deverá ser registrada uma perda com a desvalorização”.
Isso signi�ca dizer que a entidade deve reconhecer em seu resultado a contrapartida dessa estimativa de perda de
recuperabilidade do ativo.
Lançamento contábil:

Débito – perdas por desvalorização (resultado)

rédito – perdas estimadas por valor não recuperável (ativo)
Essa conta no ativo é classi�cada como reti�cadora do ativo.
Atenção
Lembrando que as contas reti�cadoras no ativo são denominadas de perdas estimadas e nunca denominadas como uma
provisão.
O pronunciamento contábil que estabelece os procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos
estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação é o CPC 01, em correlação com o IAS
36 nas normas internacionais.
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade NBC TG 01 e CPC 01:
“[...] deve ser aplicado na contabilização de ajustes por desvalorização de todos os
ativos, exceto: 
(a) Estoques (ver CPC 16 – Estoques); 
(b) Ativos de contrato e ativos resultantes de custos para obter ou cumprir
contratos que devem ser reconhecidos de acordo com o CPC 47 – Receita de
Contrato com Cliente (Alterada pela Revisão CPC 12); 
(c) Ativos �scais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre
o Lucro); 
(d) Ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver Pronunciamento
Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados); 
(e) Ativos �nanceiros que estejam dentro do alcance do CPC 48 – Instrumentos
Financeiros; (Alterada pela Revisão CPC 12) 
(f) Propriedade para investimento que seja mensurado ao valor justo (ver
Pronunciamento Técnico CPC 28 – Propriedade para Investimento); 
(g) Ativos biológicos relacionados à atividade agrícola dentro do alcance do
Pronunciamento Técnico CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola mensurado
ao valor justo líquido de despesas de vender (Alterada pela Revisão CPC 08); 
(h) Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro dentro do
alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 – Contratos de Seguro; e 
(i) Ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda)
classi�cados como mantidos para venda em consonância com o Pronunciamento
Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada. 
O CPC 01 não se aplica a estoques, ativos advindos de contratos de construção,
ativos �scais diferidos, ativos advindos de planos de benefícios a empregados ou
ativos classi�cados como mantidos para venda (ou incluídos em grupo de ativos
que classi�cados como disponível para venda) em decorrência de os
Pronunciamentos Técnicos do CPC vigentes aplicáveis a esses ativos conterem
disposições orientadoras para reconhecimento e mensuração desses ativos”.
De�nições dos termos
O pronunciamento contábil CPC 01 traz a de�nição e signi�cado especí�cos para os seguintes termos:
Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação,
amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.
Unidade geradora de caixa é o menor grupo identi�cável de ativos que gera entradas de caixa, que são, em grande parte,
independentes das entradas de caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que
indiretamente, para os �uxos de caixa futuros da unidade geradora de caixa sob revisão e de outras unidades geradoras de
caixa.
Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma
unidade geradora de caixa, excluindo as despesas �nanceiras e de impostos sobre o resultado gerado.
Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou outra base, que substitua o custo nas demonstrações
contábeis, menos seu valor residual.
Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante
sua vida útil.
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma
transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Ver CPC 46 – Mensuração do Valor Justo).
Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa exceda seu
valor recuperável.
Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de
venda e o seu valor em uso.
Vida útil é:
(a) Período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo;
(b) Número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter do ativo.
Valor em uso é o valor presente de �uxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de
caixa.
Na identi�cação de ativo que pode estar desvalorizado, deve ser avaliado se há alguma indicação de que o ativo possa ter
sofrido desvalorização. A entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações:
Fontes Externas:
(a) Há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu signi�cativamente durante o período, mais do que seria de
se esperar como resultado da passagem do tempo ou do uso normal (Alterada pela Revisão CPC 03);
(b) Mudanças signi�cativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o período, ou ocorrerão em futuro
próximo, no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o
ativo é utilizado;
(c) As taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre investimentos aumentaram durante o
período. Esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e
diminuirão materialmente o valor recuperável do ativo;
(d) O valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas ações no mercado;
Fontes Internas:
(a) Evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;
(b) Mudanças signi�cativas, com efeito adverso sobre a entidade, que ocorreram durante o período, ou devem ocorrer em
futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira na qual, um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças incluem o ativo
que se torna inativo ou ocioso, planos para descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo pertence,
planos para baixa de ativo antes da data anteriormente esperada e reavaliação da vida útil de ativo como �nita ao invés de
inde�nida;
(c) Evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempenho econômico de um ativo é ou será
pior que o esperado;
(d) Dividendo de controlada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada;
(e) Para um investimento em controlada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada,a investidora reconhece
dividendo advindo desse investimento e existe evidência disponível de que:
(i) o valor contábil do investimento nas demonstrações contábeis separadas excede os valores contábeis dos ativos
líquidos da investida reconhecidos nas demonstrações consolidadas, incluindo eventual ágio por expectativa de
rentabilidade futura (goodwill);
(ii) o dividendo excede o total de lucro abrangente da controlada, empreendimento controlado em conjunto ou
coligada, no período em que o dividendo é declarado.
 
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Conforme o CPC 01, essa relação de indicação de perda de recuperabilidade do ativo não é exaustiva, ou seja, a entidade pode
identi�car outras fontes de informação de que indique que o ativo pode ter se desvalorizado, exigindo da entidade que
determine o seu valor recuperável.
Clique nos botões para ver as informações.
O item 14 do CPC 01 menciona as evidências provenientes de relatório interno da entidade, que indique que um ativo pode
ter sofrido desvalorização e inclui a existência de:
(a) �uxos de caixa para adquirir o ativo ou necessidades de caixa subsequentes para operar ou mantê-lo, que sejam
signi�cativamente mais elevadas do que originalmente orçadas;
(b) �uxos de caixa líquidos realizados ou lucros ou prejuízos operacionais gerados pelo ativo, que são
signi�cativamente piores do que aqueles orçados;
(c) queda signi�cativa nos �uxos de caixa líquidos orçados ou no lucro operacional, ou aumento signi�cativo no
prejuízo orçado, gerados pelo ativo;
(d) prejuízos operacionais ou saídas de caixa líquidas advindos do ativo, quando os números do período atual são
agregados com números orçados para o futuro.
Item 14 do CPC 01 
Conforme item 15, o pronunciamento CPC 01:
[...] requer que um ativo intangível, com vida útil inde�nida, ou ainda não disponível para uso, e o ágio por expectativa de
rentabilidade futura (goodwill) sejam testados com relação ao valor recuperável pelo menos uma vez ao ano.
Item 15 do CPC 01 
O item 16 do CPC 01 traz como ilustração ao item 15:
[...] se as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre investimentos aumentarem no período,
a entidade não precisa fazer uma estimativa formal do valor recuperável de um ativo nos seguintes casos:
(a) se for improvável que a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso do ativo tenha sido afetada pelo
aumento nessas taxas de mercado. Por exemplo, os aumentos nas taxas de juros de curto prazo podem não ter efeito
material sobre a taxa de desconto utilizada para um ativo que tenha vida útil remanescente longa;
(b) se for provável que a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso do ativo tenha sido afetada pelo
aumento nessas taxas de mercado, porém a análise prévia de sensibilidade do valor recuperável indique que: (i) é
improvável que haja diminuição signi�cativa no valor recuperável, porque os �uxos de caixa futuros provavelmente
também aumentarão (exemplo: em alguns casos, a entidade pode ser capaz de demonstrar que ajusta suas receitas
para compensar qualquer aumento nas taxas de mercado); ou (ii) é improvável que a diminuição no valor recuperável
resulte em perda material por desvalorização”.
Item 16 do CPC 01 
O item 17 do CPC 01 alerta:
[...] se houver indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização, isso pode indicar que a vida útil remanescente, o
método de depreciação, amortização e exaustão ou o valor residual para o ativo necessitem ser revisados e ajustados em
consonância com os Pronunciamentos Técnicos aplicáveis ao ativo, mesmo que nenhuma perda por desvalorização seja
reconhecida para o ativo.
Item 17 do CPC 01 
Mensuração do valor recuperável
O pronunciamento CPC 01 de�ne valor recuperável como o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um
ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em uso.
O item 19 atenta orienta que:
[...] nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo e seu valor em uso. Se
qualquer um desses montantes exceder o valor contábil do ativo, este não tem desvalorização e, portanto, não é
necessário estimar o outro valor.
Conforme Santos et. al. (2015, 316) “o valor em uso de um ativo representa
o valor presente dos �uxos de caixa futuros previstos para o ativo ou
unidade geradora de caixa”.
Em consonância com o item 30 do CPC 01:
As bases para as estimativas de �uxos de caixa futuros devem indicar as projeções de �uxos de caixa em premissas razoáveis
e fundamentadas que representem a melhor estimativa, por parte da administração, das condições econômicas que existirão
ao longo da vida útil remanescente do ativo, em conformidade com o item 33 letra a do CPC 01. Ainda devem ser observadas
as letras b e c do referido pronunciamento.
[...] os seguintes elementos devem ser re�etidos no cálculo do valor em uso do ativo: 
(a) estimativa dos �uxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo;
(b) expectativas acerca de possíveis variações no montante ou no período de ocorrência desses �uxos de caixa
futuros;
(c) valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros livre de risco;
(d) preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo (prêmio);
(e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do mercado iriam considerar ao preci�car os �uxos
de caixa futuros esperados da entidade, advindos do ativo.
A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos: 
(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa derivadas do uso contínuo do ativo e de sua baixa �nal;
(b) aplicar a taxa de desconto apropriada a esses �uxos de caixa futuros.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Valor Justo – NBC TG 46 – CPC 46 x IFRS 13
A Norma Brasileira de Contabilidade e o pronunciamento contábil
responsável em atribuir as orientação e aplicação das de�nições do valor
justo em correlação ao IFRS 13 são NBC TG 46 e o CPC 46.
Conforme Santos et. al. (2015, p.728): Até o advento da Lei nº 11.941/2009 não era utilizado na legislação societária, cuja base
é a Lei nº 6.404/76, o conceito de ajuste a valor justo (fair Value), mas sim o de valor de mercado, que nem sempre coincide
com o valor justo.
Atenção
Portanto, você pode veri�car que o reconhecimento inicial é o valor presente da operação, que se equivale ao valor de mercado ou
valor justo.
Santos et. al. (2015) asseguram que, no momento inicial, o valor justo e o valor presente da transação geralmente se equivalem,
mas, com o passar do tempo, esses valores divergem. Enquanto o valor presente tem relação com a taxa de juros aplicada no
contrato, o valor justo sofre modi�cações ao longo do tempo em virtude do mercado.
Clique nos botões para ver as informações.
Em consonância com o item 2 do CPC 46:
[...] valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração especi�ca da entidade. Para alguns
ativos e passivos, pode haver informações de mercado ou transações de mercado observáveis disponíveis e, para outros,
pode não haver.
Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo, em ambos os casos, é o mesmo – estimar o preço pelo qual uma
transação não forçada para vender o ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre participantes do mercado na data
de mensuração sob condições correntes de mercado (ou seja, um preço de saída na data de mensuração do ponto de
vista de participante do mercado que detenha o ativo ou o passivo).
Item 2 do CPC 46 
O item 3 do CPC 46 diz que, quando o preço para um ativo ou passivo idêntico não é observável, a entidade mensura o
valor justo utilizando outra técnica de avaliação que maximiza o uso de dados observáveis relevantes e minimiza o uso de
dados não observáveis. Por ser uma mensuração baseada em mercado, o valor justo é mensurado utilizando as
premissas que os participantes do mercado utilizariam ao preci�car o ativo ou o passivo, incluindo premissassobre risco.
Como resultado, a intenção da entidade de manter um ativo ou de liquidar ou, de outro modo, satisfazer um passivo não é
relevante ao mensurar o valor justo.
Item 3 do CPC 46 
No item 9 do CPC 46, constatamos que:
[...] a de�nição de valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a
entidade deve levar em consideração as características do ativo ou passivo se os participantes do mercado, ao preci�car
o ativo ou o passivo na data de mensuração, levarem essas características em consideração.
Essas características incluem, por exemplo:
(a) Condição e a localização do ativo;
(b) Restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo”.
Item 9 do CPC 46 
No item 15:
[...] a mensuração do valor justo presume que o ativo ou o passivo é trocado em uma transação não forçada entre
participantes do mercado para a venda do ativo ou a transferência do passivo na data de mensuração nas condições
atuais de mercado.
A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: (a) no
mercado principal para o ativo ou passivo; ou (b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o
ativo ou passivo.
A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo com as premissas que os participantes do mercado
utilizariam ao preci�car o ativo ou o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam em seu melhor
interesse econômico, conforme item 22 do CPC 46.
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma
transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de
mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado
utilizando-se outra técnica de avaliação.
Item 15 do CPC 46 
O preço no mercado principal (ou mais vantajoso) utilizado para mensurar o valor justo do ativo ou do passivo não deve
ser ajustado para re�etir custos de transação. Os custos de transação devem ser contabilizados de acordo com outros
Pronunciamentos. Os custos de transação não são uma característica de um ativo ou passivo; em vez disso, são
especí�cos de uma transação e podem diferir dependendo de como a entidade realizar a transação para o ativo ou
passivo, segundo item 25 do CPC 46.
Item 25 do CPC 46 
Os custos de transação não incluem custos de transporte. Se a localização for uma característica do ativo (como pode ser
o caso para, por exemplo, uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) deve ser ajustado para
re�etir os custos, se houver, que seriam incorridos para transportar o ativo de seu local atual para esse mercado, segundo
item 26 do CPC 46.
Item 26 do CPC 46 
O reconhecimento inicial do valor justo é quando o ativo é adquirido ou o
passivo assumido em transação de troca para esse ativo ou passivo, o preço
da transação é o preço pago para adquirir o ativo ou recebido para assumir o
passivo (um preço de entrada).
Técnicas de Avaliação
Conforme item 63 do CPC 46, em alguns casos, uma única técnica de avaliação é apropriada (por exemplo, ao avaliar um ativo
ou um passivo utilizando preços cotados em mercado ativo para ativos ou passivos idênticos).
Em outros casos, múltiplas técnicas de avaliação são apropriadas (esse pode ser o caso, por exemplo, de avaliar uma unidade
geradora de caixa). Se múltiplas técnicas de avaliação forem utilizadas para mensurar o valor justo, os resultados (respectivas
indicações do valor justo) serão avaliados considerando-se a razoabilidade da faixa de valores por eles indicada.
A mensuração do valor justo é o ponto dentro dessa faixa que melhor representa o valor justo nas circunstâncias.
De acordo com o item 67:
[...] as técnicas de avaliação utilizadas para mensurar o valor justo devem maximizar o uso de dados observáveis relevantes
e minimizar o uso de dados não observáveis. 
Exemplos de mercados nos quais informações possam ser observáveis para alguns ativos e passivos (por exemplo,
instrumentos �nanceiros) incluem mercados bursáteis , mercados de revendedores, mercados intermediados e
mercados não intermediados.
As técnicas podem ser de abordagem de mercado, abordagem do custo e abordagem da receita. A entidade deve utilizar
técnicas de avaliação consistentes com uma ou mais dessas abordagens para mensurar o valor justo.
1
Hierarquia de Valor Justo
Para aumentar a consistência e a comparabilidade nas mensurações do valor justo e nas divulgações correspondentes, o CPC
46 estabelece uma hierarquia de valor justo que classi�ca em três níveis as informações aplicadas nas técnicas de avaliação
utilizadas na mensuração do valor justo.
A hierarquia de valor justo dá a mais alta prioridade a preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou
passivos idênticos (informações de Nível 1) e a mais baixa prioridade a dados não observáveis (informações de Nível 3).
 Informações de Nível I , Informações de Nível II e Informações de Nível III
 Clique no botão acima.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/gon249/aula7.html
Informações de Nível I
De acordo com o item 76:
Informações de Nível 1 são preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos
a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração. 
O preço cotado em mercado ativo oferece a evidência mais con�ável do valor justo e deve ser utilizado sem ajuste
para mensurar o valor justo sempre que disponível.
Uma informação de Nível 1 está disponível para muitos ativos �nanceiros e passivos �nanceiros, alguns dos quais
podem ser trocados em múltiplos mercados ativos (por exemplo, em diferentes bolsas). Portanto, a ênfase no Nível 1
está em determinar ambas as opções:
(a) O mercado principal para o ativo ou passivo ou, na ausência de um mercado principal, o mercado mais
vantajoso para o ativo ou passivo; 
(b) Se a entidade pode realizar uma transação com o ativo ou passivo pelo preço nesse mercado na data de
mensuração.
Um exemplo bem prático de informação de Nível 1 que você constatar é a tabela FIPE, que disponibiliza ao mercado a
cotação dos preços ajustados ao valor de mercado dos veículos.
Informações de Nível II
São informações observáveis para o ativo ou passivo, direta ou indiretamente, exceto para preços cotados incluídos no
Nível 1. Se o ativo ou o passivo tiver prazo determinado (contratual), a informação de Nível 2 deve ser observável
substancialmente pelo prazo integral do ativo ou passivo. Informações de Nível 2 incluem os seguintes:
(a) Preços cotados para ativos ou passivos similares em mercados ativos;
(b) Preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou similares em mercados que não sejam ativos;
(c) Informações, exceto preços cotados, que sejam observáveis para o ativo ou passivo, como, por exemplo: (i) taxas
de juros e curvas de rendimento observáveis em intervalos comumente cotados; (ii) volatilidades implícitas; e (iii)
spreads de crédito; (d) informações corroboradas pelo mercado.
Os ajustes em informações (inputs) de Nível 2 variam dependendo de fatores especí�cos do ativo ou passivo. Tais
fatores incluem os seguintes: (a) a condição ou localização do ativo; (b) em que medida as informações estão
relacionadas a itens que são comparáveis ao ativo ou passivo (incluindo os fatores descritos no item 39); e (c) o
volume ou nível de atividade nos mercados em que as informações são observadas.
Informações de Nível III
Dados não observáveis devem ser utilizados para mensurar o valor justo na medida em que dados observáveis
relevantes não estejam disponíveis, admitindo situações em que há pouca ou nenhuma atividade de mercado para o
ativo ou passivo na datade mensuração. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo permanece o mesmo, ou
seja, um preço de saída na data de mensuração do ponto de vista de um participante do mercado que detém o ativo
ou deve o passivo.
Portanto, dados não observáveis re�etem as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao preci�car o
ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco.
Premissas sobre risco incluem o risco inerente a uma técnica de avaliação especí�ca utilizada para mensurar o valor
justo (como, por exemplo, um modelo de preci�cação) e o risco inerente às informações utilizadas na técnica de
avaliação.
Uma mensuração que não incluísse um ajuste para re�etir o risco não representaria uma mensuração do valor justo
se, ao preci�car o ativo ou o passivo, os participantes do mercado incluíssem um ajuste.
Por exemplo, pode ser necessário incluir ajuste de risco quando houver incerteza signi�cativa na mensuração (quando
houver diminuição signi�cativa no volume ou nível de atividade em comparação à atividade normal do mercado para o
ativo ou passivo, ou para ativos ou passivos similares, e a entidade tiver determinado que o preço da transação ou o
preço cotado não representa o valor justo).
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Divulgação
Em consonância com o item 91 do CPC 46:
[...] a entidade deve divulgar informações que auxiliem os usuários de suas demonstrações contábeis a avaliar ambas as
seguintes opções: 
(a) Para ativos e passivos mensurados ao valor justo de forma recorrente ou não recorrente no balanço patrimonial após o
reconhecimento inicial, as técnicas de avaliação e informações utilizadas para desenvolver essas mensurações; 
(b) Para mensurações do valor justo recorrentes que utilizem dados não observáveis signi�cativos (Nível 3), o efeito das
mensurações sobre o resultado do período ou outros resultados abrangentes para o período.
Para atingir os objetivos do item 91, a entidade deve considerar os itens seguintes:
Nível de detalhamento necessário para atender aos requisitos de divulgação;
Ênfase que se deve dar a cada um dos diversos requisitos;
Quantidade de agregação ou desagregação que se deve efetuar;
De�nição se os usuários de demonstrações contábeis necessitam de informações adicionais para avaliar as informações
quantitativas divulgadas.
Atividade
1. Complete as frases:
a) Quando existirem evidências claras que os ativos avaliados por um valor superior àquele que será recuperado no futuro, deverá
ser registrada uma digite a resposta com a desvalorização.
b) digite a resposta é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu
valor recuperável.
c) digite a resposta é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração especi�ca da entidade.
d) Informações de digite a resposta são digite a resposta (não ajustados) em mercados ativos para ativos
ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração.
Notas
Mercados bursáteis 1
Mercado de ações
Referências
BRAGGIO, M. B. Contabilidade Internacional. Rio de Janeiro: SESES, 2017.
DOS SANTOS, J.L.; SCHMIDT, P.; FERNANDES, L. A.; GOMES, J.M.M.. Manual de Práticas Contábeis: aspectos societários e
tributários. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
IUDICIBUS, S. DE; MARTINS E.; GELBCKE, E.R.; SANTOS, A. DOS. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 2010.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução 2017/NBCTG01(R4). Disponível em:
//www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTG01(R4)&arquivo=NBCTG01(R4).doc. Acesso em: 05 set.
2019.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento técnico CPC 01 (R1). Disponível em:
//static.cpc.aatb.com.br/Documentos/27_CPC_01_R1_rev%2012.pdf Acesso em: 05 set. 2019.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento técnico CPC 46. Disponível em:
//static.cpc.aatb.com.br/Documentos/395_CPC_46_rev%2012.pdf. Acesso em: 05 set. 2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução 2017/NBCTG46(R2). Disponível em:
//www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTG46(R2)&arquivo=NBCTG46(R2).doc. Acesso em: 05 set.
2019.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Mensuração do valor justo. Disponível em:
//static.cpc.aatb.com.br/Documentos/462_CPC%2046%20Sumario.pdf. Acesso em: 05 set. 2019.
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