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O método clínico centrado na pessoa

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MED 181 - Habilidades Médicas 1
O MÉTODO CLÍNICO
CENTRADO NA PESSOA
● O método clínico centrado na pessoa busca contemplar as necessidades singulares de
cada indivíduo, abrangendo suas preocupações e vivências que corroboram para a
relação saúde-doença. Além disso, busca criar uma relação médico-paciente de confiança
e longitudinalidade, possibilitando maior aderência ao tratamento, melhora da saúde
mental, diminuição da somatização de sintomas e da procura por serviços de saúde e
satisfação de ambas as partes.
● Tal método propõe orientações para o fluir do atendimento:
1 - explorar a doença e a experiência da pessoa com a doença: realizar exames físicos e
avaliar sintomas, sinais, expressões verbais ou não-verbais, pistas, histórias, sentimentos,
percepções e expectativas do paciente sobre a doença (SIFE: sentimentos, ideias,
funcionamento e expectativas).
2 - entender a pessoa como um todo, inteira: levar em conta o meio no qual a pessoa está
inserida, aspectos culturais, familiares, religiosos, emprego e comunidade, enxergar o
problema não como um fenômeno isolado, mas todo seu entorno, além de esclarecer
dúvidas com uma linguagem compreensível.
3 - elaborar um projeto comum de manejo: chegar a um entendimento dos problemas e
priorizar o tratamento inicial dos mais importantes em consenso e que mais se adeque
com a realidade do paciente, aplicando o atendimento longitudinal para resolver todos os
problemas nas consultas seguintes.
4 - incorporar a prevenção e a promoção de saúde: aplicar uma abordagem educacional,
buscando informar e conscientizar o paciente a fim de prevenir riscos e agravamentos de
problemas preexistentes.
5 - fortalecer a relação médico-pessoa: demonstrar compaixão, entendimento, empatia e
criar uma relação de igualdade, confiança e cuidado, visto que uma simples conversa
possui enorme poder de proporcionar bem-estar e cura.
6 - ser realista: focar nos problemas que necessitam de mais atenção naquele momento e
construir planos que se adequem a realidade de ambos e sejam possíveis de realizar no
tempo proposto, além de propor ações conjuntas a outros profissionais caso seja
necessário.
● A partir de tais métodos, certamente será possível realizar uma abordagem humanitária
e empática, tendo em vista o bem estar não apenas físico, como também o emocional do
paciente, que pode se sentir sozinho, desconfortável, desamparado e vulnerável ao lidar
com quadros patológicos. Além disso, construir uma relação de confiança, e possibilitando
a exploração de outras camadas da vida de cada paciente e entender como cada fato ou
situação contribui para a doença a fim de buscar os meios mais efetivos e a melhor forma
de tratamento para a individualidade de cada um, quebrando a abordagem tradicional e
distante e promovendo uma dinâmica orgânica e próxima.

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