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Disciplina: BIOLOGIA BÁSICA Biologia é o estudo da vida. *Níveis de organização dos seres vivos: Átomo: É a menor parte de uma matéria. Molécula: Conjunto de átomos com características e propriedades químicas. Célula: Unidade morfológica e funcional dos seres vivos. Tecido: Células e substância intercelular que interagem para realizar suas funções. Órgão: Conjunto de tecidos que interagem para a execução das suas funções. Sistema: Conjunto de órgãos. Organismo: Conjunto de sistemas Espécie: Indivíduo visto de forma isolada da sua população. População: Organismos da mesma espécie que vivem em um mesmo local ao mesmo tempo. Comunidade: Populações de diferentes espécies que vivem em um mesmo local ao mesmo tempo. Ecossistema: Conjunto dos fatores bióticos e abióticos. Biosfera: Conjunto de todos os ecossistemas da Terra. *Características dos seres vivos: O corpo de todos os organismos é formado por células. Seis elementos químicos que são mais frequentes e essenciais na composição dos seres vivos: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P) e enxofre (S). Características fundamentais são: →Organização celular: Célula Procariota: Não possui compartimentos internos nem membrana delimitando o material genético. Célula Eucariota: Possui compartimentos internos e membrana delimitando o material genético (possui um núcleo) →Metabolismo: catabolismo, que consiste na destruição de partículas para a liberação de substâncias mais simples, ex respiração celular. Anabolismo síntese ou construção de moléculas, por ex: fotossíntese. → Crescimento e Reprodução: Unicelulares: aumento do tamanho da célula Multicelulares: aumento do número das células do corpo. →Hereditariedade: Características transmitidas de uma geração para outra →Mudança e adaptação: A evolução biológica faz parte da adaptação dos seres vivos. A adaptação pode ser vista como uma estratégia de defesa para manutenção da espécie, como é o caso da camuflagem. →Irritabilidade é a capacidade dos seres vivos reagirem à mudanças e estímulos vindos do ambiente. Genômica: É um ramo da genética bioquímica que engloba todo e qualquer estudo do genoma. A genômica é a extensão da tecnologia à análise global dos ácidos nucleicos presentes em um núcleo, uma célula, um organismo ou um grupo de espécies correlatas. Expressão gênica refere-se a todo o processo de decodificação da informação genética de genes ativos. Quando os genes estão ativos (expressos) ao longo da vida de uma célula ou organismo, eles apresentam expressão constitutiva. DNA (Ácido Desoxirribonucleico) O DNA é uma molécula extremamente importante para os seres vivos e que possui as seguintes funções: Armazenar e transmitir as informações genéticas. Funcionar como molde para a síntese da molécula de RNA. O DNA, portanto, é fundamental para a síntese de proteínas, uma vez que contém as informações que comandam a síntese de RNA. Classificação Biológica Devemos enxergar a vida como uma grande e única árvore, na qual todas as formas partem de um tronco único e se ramificam. As principais categorias taxonômicas são: domínio, reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. A classificação dos seres vivos em três domínios agrupa os organismos procariontes nos Domínios Archaea e Bacteria, e os eucariontes, no Domínio Eukarya →Domínio Bactéria: As Bactérias são os procariotos mais diversificados e disseminados, e atualmente se dividem em muitos reinos. Cada uma das estruturas em forma de bastão nesta foto constitui uma célula bacteriana. →Domínio Archaea: Alguns dos procariotos conhecidos como Archaea, ou arqueias, habitam ambientes extremos da Terra, como lagos salgados e gêiseres de água quente. O domínio Archaea inclui múltiplos reinos. →Domínio Eukarya: O Reino Plantae consiste em eucariotos multicelulares (plantas de solo) que fazem fotossíntese, a conversão de energia luminosa em energia química no alimento. O Reino Animalia consiste em eucariotos multicelulares que ingerem outros organismos. O Reino Fungi é definido em parte pelo modo nutricional de seus componentes (como este cogumelo), que absorvem nutrientes ao decompor material orgânico. Protistas são em sua maioria eucariotos unicelulares e seus relativamente simples parentes multicelulares. Esta figura apresenta um sortimento de protistas habitando uma poça d’água. Cientistas têm debatido sobre como distribuir os protistas em reinos que reflitam precisamente suas relações evolutivas. A matéria consiste em elementos químicos na forma pura e em combinações chamadas de compostos Os elementos não podem ser degradados quimicamente em outras substâncias. Um composto contém dois ou mais elementos diferentes em uma proporção fixa. Aproximadamente 96% da matéria viva é composta de carbono, de oxigênio, de hidrogênio e de nitrogênio (elementos essenciais da vida) As propriedades de um elemento dependem da estrutura dos seus átomos Um átomo, a menor unidade de um elemento, essas minúsculas partículas da matéria são compostas de partes ainda menores, chamadas de partículas subatômicas. Seguintes componentes: Núcleo Prótons (carga +) determina o elemento, Elétrons (carga –) forma a nuvem negativa e determina o comportamento químico, Nêutrons (sem carga) determina o isótopo Átomo. Os prótons e os elétrons são eletricamente carregados. Cada próton tem uma unidade de carga positiva, e cada elétron tem uma unidade de carga negativa. Um nêutron, como seu nome pressupõe, é eletricamente neutro. Um átomo eletricamente neutro tem igual número de elétrons e de prótons; o número de prótons determina o número atômico. A massa atômica, medida em daltons, é aproximadamente igual à soma de prótons mais nêutrons. Os isótopos de um elemento diferem no número de nêutrons e, portanto, na massa. Os isótopos instáveis emitem partículas e energia como radioatividade. Em um átomo, os elétrons ocupam camadas de energia específicas; os elétrons em uma camada têm um nível de energia característico. A distribuição eletrônica nas camadas determina o comportamento químico de um átomo. Um átomo com camada de valência incompleta é reativo. Os elétrons existem em orbitais, espaços tridimensionais com formas específicas, componentes das camadas eletrônicas. As moléculas consistem em dois ou mais átomos ligados covalentemente. Os elétrons de uma ligação covalente polar são atraídos para perto do átomo mais eletronegativo. Se os dois átomos são iguais, têm a mesma eletronegatividade, a ligação covalente é não polar. Uma ligação de hidrogênio é a atração entre um átomo de hidrogênio carregando uma carga parcial positiva (δ) e um átomo eletronegativo (δ-). As interações de van der Waals ocorrem entre regiões temporariamente positivas e negativas das moléculas. As ligações fracas reforçam as formas de grandes moléculas e ajudam as moléculas a aderir umas às outras. A forma molecular é determinada pelas posições dos átomos nos orbitais de valência. As ligações covalentes resultam em orbitais híbridos, responsáveis pelas formas da H2O, CH4 e de muitas moléculas biológicas mais complexas. A forma é geralmente a base para o reconhecimento de uma molécula biológica por outra. As reações químicas transformam os reagentes em produtos enquanto conservam a matéria. Todas as reações químicas são teoricamente reversíveis. O equilíbrio químico é alcançado quando as velocidades das reações direta e reversa são iguais. Bioquímica: →Compostos Inorgânicos: Água: é o componente mais abundante nos seres vivos,solvente universal, moderador de temperatura. Polaridade: possui um polo positivo (nos hidrogênios) e outro negativo (no oxigênio), assim a água dissolve moléculas polares ou hidrófilas (como o sódio), e não dissolve moléculas apolares ou hidrofóbicas (como as gorduras). *Propriedades da água: a)Coesão: As ligações de hidrogênio mantêm as moléculas da água próximas. Essa coesão ajuda a puxar a água para cima nos vasos microscópicos das plantas. A ligação de hidrogênio também é responsável pela tensão superficial da água. b)Moderação datemperatura: A água tem calor específico elevado: o calor é absorvido quando as ligações de hidrogênio se rompem e liberado quando as ligações de hidrogênio se formam. Isso ajuda a manter a temperatura relativamente estável, dentro dos limites favoráveis à vida. O esfriamento evaporativo baseia-se no elevado calor de vaporização da água. A perda por evaporação das moléculas mais energéticas da água resfria as superfícies. c)Isolamento térmico de corpos de água pelo gelo flutuante: O gelo flutua porque é menos denso do que a água líquida. Isso permite existir vida embaixo das superfícies congeladas de lagos e mares polares. d) Solvente Universal: A água é um solvente de rara versatilidade porque suas moléculas polares são atraídas por substâncias carregadas e polares. As substâncias hidrofílicas têm afinidade pela água; as substâncias hidrofóbicas, não. Condições ácidas e básicas afetam os organismos vivos Uma molécula de água pode transferir um H para outra molécula de água para formar H3O (representado simplesmente por H) e OH. Os efeitos de mudanças no pH A concentração de H é expressa como pH, onde pH log [H]. Os tampões em fluidos biológicos resistem a mudanças no pH. Um tampão consiste em um par ácido-base que se combina reversivelmente com íons hidrogênio. Ameaças à qualidade da água na Terra. A queima de combustível fóssil resulta na emissão de óxidos (levando à precipitação ácida) e aumenta as quantidades de CO2. Parte do CO2 dissolve nos oceanos, diminuindo o pH e afetando potencialmente a taxa de calcificação de recife de corais. Carbono A matéria viva é composta principalmente por carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, com quantidades menores de enxofre e fósforo. Os compostos orgânicos já foram considerados oriundos apenas dos organismos vivos, mas essa ideia (vitalismo) foi descartada quando engenheiros químicos conseguiram sintetizar compostos orgânicos em laboratório. Os átomos de carbono podem formar diversas moléculas ligando-se a outros quatro átomos. O carbono, com valência igual a 4, pode formar ligações com diversos outros átomos, incluindo O, H e N. O carbono também pode fazer ligações com outros átomos de carbono, formando o esqueleto carbônico dos compostos orgânicos. O esqueleto carbônico das moléculas orgânicas varia em comprimento e em forma e tem sítios de ligação para átomos de outros elementos. Hidrocarbonetos são formados apenas por carbono e hidrogênio. Isômeros são compostos de igual fórmula molecular, mas com diferentes estruturas e propriedades. Existem três tipos de isômeros: estruturais, geométricos e enantiômeros. Poucos grupos químicos são essenciais para o funcionamento das moléculas biológicas Os grupos químicos ligados ao esqueleto carbônico das moléculas orgânicas participam de reações químicas (grupos funcionais) ou contribuem para a função, afetando a estrutura molecular. O ATP, importante fonte de energia para os processos celulares,consiste em uma molécula orgânica chamada de adenosina ligada a uma série de três grupos fosfato. O ATP “armazena” energia, é mais correto considerá-lo uma molécula que “armazena” o potencial de reagir com água. Essa reação libera energia que pode ser utilizada pela célula. Macromoléculas são polímeros construídos a partir de monômeros Carboidratos, proteínas e ácidos nucleicos são polímeros, cadeias de monômeros. Os componentes dos lipídeos variam. Monômeros formam moléculas maiores por meio de reações de desidratação, onde moléculas de água são liberadas. Os polímeros podem ser clivados pela reação inversa, a hidrólise. Uma grande variedade de polímeros pode ser construída a partir de um pequeno conjunto de monômeros. → Carboidratos servem como combustível e material de construção Monossacarídeos: (1 molécula de carboidrato), açucares simples, não sofrem hidrólise, possuem de 3 até 7 carbonos. Monossacarídeos: glicose, frutose. Dissacarídeos: lactose, sacarose. Combustível, fontes de carbono que podem ser convertidas em outras moléculas ou combinadas em polímeros Polissacarídeos: • Celulose (plantas) • Amido (plantas) • Glicogênio (animais) • Quitina (animais) • Reforço das paredes celulares das plantas • Armazenamento de glicose para energia • Armazenamento de glicose para energia • Reforço do exoesqueleto e das paredes celulares dos fungos. → Lipídeos: são um grupo diversificado de moléculas hidrofóbicas, são orgânicos, insolúveis em água (polar), solúveis em solventes orgânicos(apolar) (éter, acetona, benzina) "Semelhante dissolve semelhante" Funções: isolamento térmico, constituinte da M.P., reserva de energia, hormonal, proteção mecânica. Triacilgliceróis (gorduras e óleos): glicerol 3 ácidos graxos, Importante fonte de energia. Óleos (vegetal, líquido, insaturado) melhor! Gorduras (animal, sólido, saturado) pior! Fosfolipídeos: grupo fosfato 2 ácidos graxos, Bicamada lipídica das membranas. Forma a M.P. das células. Esteróides: quatro anéis fusionados com grupos químicos ligados, constituem a M.P, regula a fluidez da M.P, precursor de vitamina D, precursor dos sais biliares. Componente da membrana celular (colesterol) Sinalizadores que percorrem o corpo (hormônios). → Proteínas: têm ampla gama de estruturas e funções. •Enzimas: Catalisam reações químicas • Proteínas estruturais: Fornecem suporte estrutural • Proteínas de armazenamento: Armazenam aminoácidos • Proteínas de transporte: Transportam substâncias • Hormônios: Coordenam respostas do organismo • Proteínas receptoras: Recebem sinais de fora da célula • Proteínas motoras: Atuam no movimento celular • Proteínas de defesa: Protegem contra doenças →Ácidos nucleicos armazenam e transmitem a informação hereditária. DNA: Açúcar • desoxirribose • Bases nitrogenadas C, G, A, T • Geralmente dupla fita: Armazena a informação hereditária RNA: Açúcar • ribose • Bases nitrogenadas C, G, A, U • Geralmente fita simples: Transporta instruções para a codificação das proteínas, do DNA até a maquinaria de síntese de proteínas Teoria da Evolução ● Darwin definiu evolução como "descender com modificações", a ideia de que as espécies mudam ao longo do tempo, dão origem a novas espécies e compartilham um ancestral comum. ● O mecanismo que Darwin propôs para evolução é a seleção natural. Em razão dos recursos limitados, organismos com características hereditárias que favoreçam a sobrevivência e a reprodução tendem a deixar mais descendentes do que os demais, o que faz com que essas características aumentem em frequência ao longo das gerações. ● A seleção natural faz com que as populações se tornem adaptadas, ou cada vez mais bem integradas a seus ambientes ao longo do tempo. A seleção natural depende do ambiente e requer a existência de variações genéticas em um grupo. Darwin concluiu que: ● Em uma população, alguns indivíduos vão herdar características que os ajudam a sobreviver e reproduzir (dadas as condições ambientais, como predadores e fonte de nutrientes disponíveis). Os indivíduos com essas características benéficas vão deixar uma prole maior na próxima geração quando comparados aos demais, já que tais características os tornam mais aptos a sobreviver e reproduzir. ● Como as características úteis são herdáveis, e os organismos com essas vantagens deixam uma prole maior, elas se tornarão mais comuns (presentes em uma fração maior da população) na próxima geração. ● Ao longo das gerações, a população se tornará adaptada ao seu ambiente (visto que indivíduos com características úteis a este ambiente têm, consistentemente, maior sucesso reprodutivo que os seus contemporâneos). Darwin descreveu quatro observações da natureza, das quais fez duas inferências: Observação #1: Membros de uma população geralmente possuem grande variação em suas características. Observação #2: Características são herdadas dos pais pela prole. Observação #3: Todas as espécies são capazes de produzir uma prole maior do que o ambiente pode suportar). Observação #4: Devido à falta de alimento ou outro recurso, muitos descendentes não sobrevivem.Inferência #1: Indivíduos que herdaram características que conferem maior probabilidade de sobrevivência e reprodução em dado ambiente tendem a deixar mais descendentes do que outros indivíduos. Inferência #2: Essa diferença na habilidade dos indivíduos em sobreviver e reproduzir levará ao acúmulo de características favoráveis na população ao longo de gerações. Citologia É a área da biologia que estuda a célula.Toda célula apresenta os seguintes componentes: membrana plasmática, citoplasma, material genético e ribossomo. Para estudar as células, os biólogos utilizam microscópios e ferramentas da bioquímica. Avanços na microscopia que afetam os parâmetros de magnificação, de resolução e de contraste catalisaram o progresso no estudo da estrutura celular. As microscopias óptica e eletrônica (MO e ME) permanecem importantes ferramentas. Biólogos celulares podem obter sedimentos enriquecidos de determinados componentes celulares por centrifugação de células rompidas a velocidades sequenciais. Os componentes maiores ficam no sedimento após a centrifugação a baixa velocidade, e os componentes menores, após a centrifugação a alta velocidade. Células eucarióticas possuem membranas internas que compartimentalizam suas funções. Comparação entre células procarióticas e eucarióticas Todas as células estão ligadas pela membrana plasmática. Ao contrário das células eucarióticas, as células procarióticas não possuem núcleo e outras organelas envoltas por membrana. A proporção entre superfície e volume é um parâmetro importante que afeta o tamanho e a forma da célula. Células de vegetais e de animais compartilham inúmeras organelas. O citoesqueleto é uma rede de fibras que organiza estruturas e atividades na célula .Funções do citoesqueleto: suporte, mobilidade e regulação. O citoesqueleto funciona no suporte estrutural para a célula e na mobilidade e transmissão de sinal. Os microtúbulos dão formato à célula, guiam o movimento das organelas e separam os cromossomos nas células em divisão. Os cílios e flagelos são apêndices para o movimento e contêm microtúbulos. Os cílios primários também exercem papéis sensoriais e de sinalização. Os microfilamentos são bastões finos que funcionam na contração muscular, no movimento ameboide, no fluxo citoplasmático e no suporte dos microtúbulos. Os filamentos intermediários sustentam o formato da célula e fixam as organelas no local. CÉLULA ESTRUTURA FUNÇÃO BACTÉRIA ANIMAL VEGETAL Membrana Plasmática Define o limite entre os meios extra e intra celular, seleciona a entrada e saída de substâncias e protege o conteúdo celular. V V V Parede Celular Confere proteção e resistência á célula vegetal, fungo, bacteriana V X V Núcleo Abriga e protege o material genético. X V V DNA Hereditariedade e participa da síntese de proteínas. V V V Citoesqueleto Estruturação da célula. X V X Centríolos Formação das fibras do fuso e formação de cílios e flagelos. X V X Ribossomo Síntese de proteínas. V V V Ret. Endo. Rugoso Participa de síntese de proteínas e funciona como uma linha de distribuição das mesmas. X V V Ret. Endo. Liso Síntese de lipídios e desintoxição celular. X V V Complexo de golgi Armazenamento e secreção de substâncias, modificação de proteínas e formação dos lisossomos. X V V Lisossomos Digestão celular X V V Vacúolo Central Armazenamento de substâncias, inclusive da substâncias de reserva. X V V Peroxissomo Descomposição da água oxigenada e desintoxicação celular. X V V Mesossomo Divisão celular e respiração celular V X X Mitocôndria Respiração celular e produção de energia X V V Croroplasto Responsável pela fotossíntese X V V Respiração Celular A respiração celular e a fermentação são reações do metabolismo energético dos organismos, que tem como objetivo a obtenção de energia para as reações metabólicas a partir da quebra da glicose em ATP (adenosina tri-fosfato). O ATP guarda em suas ligações fosfato, energia que será utilizada no metabolismo. Este nucleotídeo é a moeda energética da célula. Os processos da respiração celular ocorrem no citoplasma e nas mitocôndrias. As três etapas da respiração são: a glicólise; o ciclo de Krebs; a cadeia respiratória. Os produtos finais da respiração celular são o gás carbônico e a água. Como o oxigênio participa do ciclo de Krebs e da cadeia respiratória, chamamos esse tipo de respiração de respiração aeróbica. A glicólise ocorre no citosol da célula, fora da mitocôndria, e não utiliza o oxigênio. Nela, acontece a quebra inicial da glicose, gerando duas moléculas de piruvato, também chamado de ácido pirúvico. Quatro dos hidrogênios foram retidos pelos aceptores intermediários de elétrons, os NAD (Dinucleótido de Nicotinamida e Adenina), que passam de uma forma oxidada para uma forma reduzida. A glicólise possui como produtos finais 2 ATP e 2 NADH2, e como o oxigênio não está presente nesse processo, dizemos que é uma etapa aneróbica. Ciclo de Krebs: Após a glicólise, os piruvatos entram na mitocôndria e passam por uma fase preparatória. Na matriz mitocondrial, ocorre o ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico. Os piruvatos quebram e formam radicais Acetil, com dois carbonos, que participam do ciclo.Nesse ciclo, ocorre a descarboxilação e desidrogenação completa dos piruvatos, liberando gás carbônico e elétrons, que são capturados por aceptores intermediários, o NAD e o FAD (Dinucleótido de Flavina e Adenina). No final do processo, formam-se 2 ATP. Além disso, o oxigênio está presente nesse processo, sendo uma etapa aeróbica. Cadeia respiratória Os transportadores intermediários seguem para as cristas mitocondriais, nas quais ocorrerá a cadeia respiratória, que também pode ser chamada de cadeia transportadora de elétrons ou de fosforilação oxidativa. Os elétrons levados pelo NAD e FAD passam por diversos transportadores, sendo os mais importantes os citocromos. A energia do elétron é utilizada para bombear prótons para o espaço intermembranas. Por causa do gradiente de elétrons (H+), o espaço intermembrana fica carregado e os elétrons tentam retornar para a matriz mitocondrial. Esse retorno dos elétrons ocorre com a ajuda de uma enzima ATP sintase, que abre um canal. Conforme os H+ retornam para a matriz, a enzima promove reações que geram ATP.lCom o aumento da concentração de H+ dentro da mitocôndria, para evitar a acidez da organela, os elétrons se ligam ao oxigênio, que é o último aceptor de elétrons, formando água. A cadeia respiratória tem como produto final 34 ATP e água. Fermentação A fermentação é um processo anaeróbico de obtenção de energia, ou seja, ocorre quando não há oxigênio disponível no meio. A fermentação pode ser uma fermentação alcoólica ou uma fermentação lática.A etapa inicial da fermentação é a mesma da respiração celular: a glicólise. O rendimento energético da fermentação é mais baixo, apenas dos 2 ATP que são produzidos na glicólise. Porém é um processo mais rápido que a respiração aeróbica. Fermentação alcoólica: Na fermentação alcoólica, após a glicólise o piruvato perde o gás carbônico, formando um aldeído (acetaldeído ou etanal). Quando ele recebe os hidrogênios do NAD forma o etanol. Esse tipo de fermentação é feita por leveduras. Fermentação lática: Na fermentação lática, após a glicólise o NAD reoxida o piruvato, que se transforma em ácido lático. Esse tipo de fermentação é feita pelas células musculares e por bactérias. Ciclo Celular O ciclo celular consiste, basicamente, na vida celular. Seu início se dá a partir da origem da célula e se finda quando esta célula se divide em células-filhas, englobando o processo de crescimento e desenvolvimento celular. É dividido, basicamente, em duas fases: a interfase e a fase de divisão celular. Interfase A interfase consiste no período entre duas divisões celulares. É o estágio de maior atividade metabólica, quando ocorre o crescimento celular e sua preparação para a divisão celular. Essa preparação inclui a duplicação do DNA, a divisão dos centríolos e aprodução de proteínas. É o período mais longo do ciclo celular, durando, em média, 95% do seu tempo de vida. A interfase é subdividida em três fases: G1, S e G2. As fases G recebem esse nome por causa do inglês gap que significa intervalo. Essas fases consistem em intervalos entre a divisão celular e a fase S, que é a responsável pela duplicação do DNA. Também é em determinados pontos de G1 e G2 que as células tomam decisões de seguirem para a próxima fase e culminar na divisão celular ou de interromper o processo para garantir mais tempo de preparação. Fase G1 A fase G1 antecede a fase S, logo, antecede a duplicação do DNA. Nesse período as células são metabolicamente ativas, e continuam seu processo de crescimento e aumento de volume, reiniciando a produção de RNA e síntese proteínas e organelas citoplasmáticas, que estavam pausadas durante a fase de divisão celular. Nesse período também ocorre a duplicação dos centrossomos. Ao fim desse processo, ocorrem alguns pontos de checagem, verificando se o processo ocorreu de forma correta. O principal sinal de parada dado em G1 é ofertado por uma proteína conhecida como p53. A p53 pode, inclusive, induzir a célula à apoptose, caso o dano genético seja muito acentuado. Alterações ou ausência da p53 pode ocasionar o câncer, que consiste num crescimento de forma descoordenada de células, e muitas com defeitos no seu funcionamento. Dito isso, entende-se porquê a fase G1 tem um papel importante no controle do ciclo celular. Neste período pode-se definir se a célula continua proliferando ou se retira-se do ciclo e entra em estado de quiescência (G0). A interrupção temporária induzida pela presença de danos no DNA, permite que os mecanismos de reparo atuem antes da replicação na fase S. Fase S (síntese) É a fase mais importante e longa da interfase. Essa é a fase responsável pela replicação do DNA. Trata-se, também, de um ponto de não retorno do ciclo, que leva necessariamente à divisão celular. O processo de replicação (ou duplicação do DNA) consiste na cópia do material genético a partir da ação combinada de várias enzimas, principalmente a DNA polimerase. Para isso, ocorre a separação das fitas da dupla hélice do DNA que servirão como como molde para a produção de uma nova fita. Toda célula eucariótica diplóide inicia seu ciclo em G1 com uma quantidade de DNA igual a 2n. Durante a fase de síntese, essa quantidade duplica, passando de 2n para 4n, e assim permanece até o final da divisão celular (e consequentemente do ciclo celular), quando é igualmente repartida para as duas células-filhas. As duas células-filhas formadas serão células 2n. Fase G2 A fase G2, corresponde ao intervalo entre a síntese de DNA e a divisão celular. Nessa etapa, a célula reabastece seu estoque de energia, continua seu crescimento e sintetiza proteínas necessárias para a manipulação e movimentação dos cromossomos. Também ocorre a duplicação de algumas organelas e o citoesqueleto é desmontado para fornecer recursos para a divisão celular. Ou seja, todas as preparações para a fase de divisão celular devem ocorrer até o fim do G2. E, assim como no G1, ao final dessa fase também ocorrerão pontos de checagem para garantir que células com anormalidades não serão divididas e multiplicadas. Divisão celular A divisão celular também é conhecida como fase M (de mitose). Esta fase engloba o processo de separação dos cromossomos e finaliza com a citocinese, que é a completa divisão celular. Mesmo com sua elevada importância, esse processo, apesar de complexo, consome a menor parte do tempo do ciclo celular, estimando-se que dure, em média, 1 hora. Durante a divisão celular, ocorre a condensação dos cromossomos, seguido de ruptura do envoltório nuclear, reorganização do citoesqueleto para a formação do fuso mitótico e movimento dos cromossomos em direção aos pólos celulares. Essa série de eventos finaliza com a citocinese, que é a separação citoplasmática e divisão da membrana celular, separando-se completamente em duas células-filhas. A divisão celular pode ser ainda de duas formas: divisão mitótica e divisão meiótica. A divisão mitótica é uma divisão equacional, onde as células-filhas continuam com o mesmo número de cromossomos das células-mãe. Já a divisão meiótica é reservada para a formação dos gametas, e as células-filhas são células haplóides. DNA material genético O DNA é o material genético que se encontra no cromossomo. Watson e Crick propuseram um modelo estrutural para o DNA, uma fita dupla em espiral composta por polinucleotídeos. A replicação do DNA é semi conservativa e diversas proteínas atuam juntas na réplica A procura pelo material genético: Pesquisa Científica Experimentos com bactérias e fagos forneceram as primeiras evidências contundentes de que o material genético é o DNA. Construindo um modelo estrutural para o DNA: Pesquisa Científica Watson e Crick deduziram que o DNA é uma dupla-hélice. Duas cadeias açúcar-fosfato antiparalelas se enrolam na face externa da molécula; as bases nitrogenadas se projetam para o seu interior, onde estão pareadas por meio de pontes de hidrogênio em pares específicos, A com T, G com C. Diversas proteínas atuam juntas na replicação e no reparo do DNA. O princípio básico: pareamento de bases com fita molde O experimento de Meselson-Stahl mostrou que a replicação é semiconservativa: a molécula parental se desenrola, e cada fita serve de molde para a síntese de uma nova fita de acordo com as regras de pareamento de bases. Verificação e reparo do DNA: As enzimas DNA-polimerases revisam o DNA novo, substituindo os nucleotídeos incorretos. No reparo de maus pareamentos, enzimas corrigem os erros que ainda persistirem. O reparo por excisão de nucleotídeos é um processo não específico, no qual enzimas clivam e substituem porções danificadas de DNA. Replicando as extremidades das moléculas de DNA: As extremidades do DNA dos cromossomos dos eucariotos se tornam mais curtas a cada ciclo de replicação. A presença de telômeros, sequências repetitivas nas extremidades das moléculas de DNA lineares, posterga a erosão dos genes. A telomerase catalisa o alongamento dos telômeros nas células germinativas. Um cromossomo consiste em uma molécula de DNA empacotada com proteínas: O cromossomo bacteriano é geralmente uma molécula de DNA circular com algumas proteínas associadas. A cromatina eucariótica que compõem o cromossomo é formada principalmente por DNA e proteínas histonas. As histonas se ligam umas às outras e ao DNA para formar o nucleossomo, a unidade básica do empacotamento do DNA. As caudas das histonas se projetam de cada nucleossomo. Níveis adicionais de empacotamento levam a uma forma mais condensada da cromatina, observada nos cromossomos metafásicos. Nas células em interfase, a maior parte da cromatina está menos compactada (eucromatina), mas algumas regiões permanecem altamente condensadas (heterocromatina). Modificações nas histonas podem influenciar o estado de condensação da cromatina. GENÉTICA Diferenças entre mitose e meiose: Mitose Meiose Ocorre uma divisão celular. Ocorrem duas divisões celulares. Produzem-se duas células. Produzem-se quatro células. As células formadas são geneticamente idênticas. As células formadas são geneticamente modificadas. Há a duplicação de células diploides (2n). Há a transformação de células diplóides (2n) em células haploides (n). Processo equitativo, pois as células-filhas possuem o mesmo número de cromossomos da célula-mãe. Processo reducional, pois as células-filhas têm metade do número de cromossomos da célula-mãe. Uma célula pode gerar muitas outras, pois o ciclo celular mitótico se repete. Formam-se apenas quatro células-filhas, que podem não sofrer outras duplicações. Ocorre na maioria das células somáticas do corpo. Ocorre em células germinativas e esporos. Diferenças entre mitose animal e vegetal: Mitose em células animais Mitose em células vegetais Mitose cêntrica devido à presença de centríolos. Mitose acêntrica devido à ausência de centríolos. Mitose astraldevido à presença de fibras do áster. Mitose anastral pela ausência de fibras do áster. Citocinese centrípeta, ou seja, ocorre de fora para dentro. Citocinese centrífuga, que ocorre de dentro para fora. →Fases da mitose: *Prófase ● Cada cromossomo possui um centrômero que une dois filamentos denominados cromátides. ● A membrana que envolve o núcleo, a carioteca, é fragmentada e o nucléolo desaparece. ● Os cromossomos se tornam mais curtos e espessos com o processo de espiralização. ● A formação das fibras do fuso facilitam o deslocamento no citoplasma. *Metáfase ● O material nuclear é disperso no citoplasma devido ao desaparecimento da carioteca. ● Os cromossomos encontram-se em grau máximo de espiralização e são unidos às fibras polares do fuso mitótico pela região do centrômero. ● Ocorre o deslocamento dos cromossomos para região mediana da célula, formando uma placa equatorial. *Anáfase ● As duas cromátides-irmãs são separadas com a divisão do centrômero, tornando-se independentes cromossomos-filhos. ● Cada cromossomo-filho dirige-se para um polo da célula pelo encurtamento das fibras do fuso. ● O material genético que chega em cada polo é idêntico ao da célula-mãe. *Telófase ● Encerra-se a divisão nuclear e os cromossomos desespiralizam-se, tornando-se novamente longos e finos filamentos. ● Há a desintegração do fuso, reorganização do nucléolo e reconstituição da carioteca. ● Os novos núcleos adquirem o mesmo aspecto do núcleo interfásico. ● A citocinese faz com que haja a divisão do citoplasma e o estrangulamento produz duas células. No período de interfase, as células não estão em processo de divisão. Essa fase é dividida em três períodos: G1 (síntese de RNA), S (síntese de DNA) e G2 (antecede a duplicação). → Fases da meiose 1 Corresponde à etapa reducional, que consiste na redução do número de cromossomos pela metade. *Prófase 1 ● Os centríolos movem-se para os polos da célula. https://www.todamateria.com.br/interfase/ ● Ocorre a condensação dos cromossomos. ● Formação de cromômeros, que correspondem às pequenas e densas condensações nos cromossomos. ● Há a troca de fragmentos entre cromátides-homólogas durante o crossing-over. *Metáfase 1 ● Ocorre o desaparecimento da membrana celular. ● Os cromossomos encontram-se em nível máximo de condensação. ● O cinetócoro liga o par de cromossomos homólogos às fibras do fuso. ● Os cromossomos homólogos alinham-se aos pares na região equatorial da célula. *Anáfase 1 ● Ocorre a separação dos cromossomos homólogos devido ao encurtamento das fibras do áster. ● O cromossomo duplicado de cada par migra para um dos polos da célula. ● Inicia-se a descondensação. *Telófase 1 ● A carioteca e o nucléolo reorganizam-se em cada polo da célula. ● Divisão celular e formação de duas haploides com metade do número de cromossomos da célula-mãe. ● Ocorre a citocinese, ou seja, a divisão do citoplasma. →Fases da meiose 2 Corresponde à etapa equacional, que consiste na divisão das células e o número de cromossomos é igual aos do que iniciaram o processo. *Prófase 2 ● A carioteca é rompida e os nucléolos desaparecem. ● Os cromossomos condensam-se. ● Formam-se as fibras do áster. ● As células são haploides, pois possuem um cromossomo de cada tipo. *Metáfase 2 ● Os cromossomos são orientados pelas fibras do áster e alinham-se na região equatorial da célula. ● Os cromossomos estão em grau máximo de condensação. *Anáfase 2 ● As cromátides-irmãs são direcionadas pelas fibras do áster para lados opostos. ● Uma cromátide passa a ser um cromossomo simples. ● Inicia-se a descondensação. *Telófase 2 ● As células formadas são haploides. ● A carioteca reorganiza-se e o nucléolo reaparece. ● A citocinese faz com que ocorra a separação das células. Leis de Mendel As Leis de Mendel são um conjunto de fundamentos que explicam o mecanismo da transmissão hereditária durante as gerações. Os estudos do monge Gregor Mendel foram a base para explicar os mecanismos de hereditariedade. Ainda hoje, são reconhecidos como uma das maiores descobertas da Biologia. Isso fez com que Mendel fosse considerado o "Pai da Genética". A metodologia de Mendel consistiu em realizar cruzamentos entre diversas linhagens de ervilhas consideradas "puras". A planta era considerada pura por Mendel quando após seis gerações ainda apresentava as mesmas características. Após encontrar as linhagens puras, Mendel começou a realizar cruzamentos de polinização cruzada. O procedimento consistia, por exemplo, de retirar pólen de uma planta com semente amarela e depositá-lo sob o estigma de uma planta com sementes verdes. As características observadas por Mendel foram sete: cor da flor, posição da flor no caule, cor da semente, textura da semente, forma da vagem, cor da vagem e altura da planta. Ao longo do tempo, Mendel foi realizando diversos tipos de cruzamentos com objetivo de verificar como as características eram herdadas ao longo das gerações. Com isso, ele estabeleceu as suas Leis, que também ficaram conhecidas por Genética Mendeliana. *Primeira lei: Lei da Segregação dos Fatores ou Moibridismo Tal lei afirma que cada característica do indivíduo é determinada por dois fatores (genes), que se separam na formação dos gametas e após a fecundação o fator de um indivíduo se une a de outro. Consequentemente é estabelecida uma relação de dominância, que faz com que uma das características seja expressa. Essa lei possui o seguinte enunciado: “Cada caráter é determinado por um par de fatores que se separam na formação dos gametas, indo um fator do par para cada gameta, que é, portanto, puro”. Mendel fez essa dedução após constatar que as ervilhas mesmo híbridas - originárias da fecundação de duas linhagens diferentes -, a geração F1 era formada somente por ervilhas de sementes amarelas. Assim como, a geração F2 era constituída por sementes amarelas (75%) e de sementes verdes (25%). As ervilhas da geração F1 amarelas carregavam o fator A, que se manifestou, sendo nomeado de dominante. Enquanto o fator b, que não se manifestou na F1, foi denominado de recessivo. *Segunda lei: Lei da Segregação Independente dos Genes ou Diibridismo Na segunda lei, Mendel também realizou o cruzamento de ervilhas de linhagens puras: sementes amarelas e lisas (fator dominante) com sementes verdes e rugosas (fator recessivo). Como ele esperava, a geração F1 foi composta por sementes amarelas e lisas. Em seguida, as ervilhas da F1 foram autofecundadas e descobriu-se na F2 diferentes fenótipos: • 9 sementes amarelas e lisas; • 3 sementes verdes e lisas; • 3 sementes amarelas e rugosas; • 1 semente verde e rugosa. Essa lei possui o seguinte enunciado: “As diferenças de uma característica são herdadas independentemente das diferenças em outras características”. Mendel concluiu que os fatores de características diferentes eram segregados de modo independente, dando origem aos indivíduos de características não relacionadas. Ou seja, uma semente amarela não será necessariamente lisa, bem como a verde não será necessariamente rugosa. INVERTEBRADOS Os animais invertebrados pertencem ao Reino Animal e são caracterizados pela ausência de coluna vertebral e crânio. Fazem parte desse grupo as borboletas, as formigas, os vermes, as minhocas, os ouriços do mar, as esponjas, entre outros animais. Os invertebrados representam aproximadamente 94% dos animais e são divididos em vários filos, entres eles: poríferos, cnidários, platelmintos, nematelmintos, moluscos, anelídeos, equinodermos e artrópodes. A segunda subdivisão do reino animal refere-se aos animais vertebrados, que possuem as estruturas ausentes (coluna vertebral e crânio) no invertebrados. Esse segundo grupo é formado por cinco classes: anfíbios, peixes, répteis, mamíferos e aves. Os invertebrados e vertebrados possuem duas características celulares em comum: 1) são eucariontes, pois têm o núcleo celular envolvido por uma membrana e 2) são pluricelulares, uma vez que o corpo desses animas é composto por várias células que desempenham funçõesespecíficas. Principais características dos animais invertebrados: Endoesqueleto: os animais invertebrados não possuem coluna vertebral, por esse motivo, não têm endoesqueleto, ou seja, não possuem o esqueleto interno que é responsável pela sustentação e locomoção. Aeróbicos: esses animais precisam do oxigênio para obterem energia e sobreviverem. Para tal, capturam essa substância do ar ou da água, conforme o local que vivem. Contudo, o sistema respiratório varia entre as espécies. Por exemplo, os anelídeos respiram através da pele (respiração cutânea), enquanto a maioria dos moluscos por meio das brânquias (respiração branquial). Heterótrofos: os invertebrados não possuem clorofila e não são capazes de produzir o seu próprio alimento. Em função disso, eles precisam ingerir outros seres vivos para continuarem sobrevivendo. Reprodução sexuada: grande parte dos invertebrados se reproduz de forma sexuada, com a presença de gametas masculino e feminino. Algumas espécies, como as esponjas e anêmonas, se reproduzem de forma assexuada. Simetria: a maioria desses animais têm o corpo simétrico, isto é, as duas metades idênticas. Há também os invertebrados com simetria radial (eixos iguais com um porto de partida central). Os animais invertebrados podem ser alocados em vários filos. Conheça alguns deles: Poríferos – esse grupo é compostos por animais invertebrados de estrutura simples, sem órgãos e corpos cheios de poros. Eles possuem diversos formatos, tamanhos e cores, e podem viver fixados em rochas ou outras estruturas submersas em água. As esponjas ou espongiários são os principais representantes dos poríferos. Uma das suas principais características desses animais é a capacidade de regeneração, ou seja, elas podem repor partes do corpo perdidas ou lesadas. Cnidários – também denominados de celenterados, esses animais invertebrados vivem em ambientes aquáticos e foram os primeiros a desenvolverem uma cavidade digestiva. Além disso, possuem uma célula específica nos tentáculos com um liquido urticante. Existem cerca de 11 mil espécies de cnidários no mundo. Esse filo é representado principalmente pelos corais, águas vivas, hidras, caravelas e anêmonas do mar. Platelmintos – nesse grupo estão vermes de corpo achatado e pouca espessura. Esses animais se desenvolvem na água, mas devido o estilo de vida livre também pode viver na terra. Eles também possuem órgãos e sistemas diferenciados. A maioria dos platelmintos são parasitas. Entre seus representantes podemos citar: esquistossomos, causador da esquistossomose (barriga d’água) e tênia, conhecida como solitária, responsável pela teníase. Nematelmintos – esse filo também abriga os vermes, mas estes possuem um formato cilíndrico e corpo não segmentado. Esses animais invertebrados habitam os ambientes aquático ou terrestre, enquanto os parasitas vivem em plantas e outros animais. Em humanos, esses vermes podem causar doenças como amarelão, ascaridíase, elefantíase (filariose) e bicho-geográfico. Moluscos – cerca de 50 mil de invertebrados fazem desse grupo, que é representado por animais de corpo mole e, geralmente, envolto por uma concha. Os mais conhecidos são as ostras, os mariscos, os caracóis e os caramujos. Equinodermos – os animais desse grupo vivem em ambiente exclusivamente marinho, de maneira isolada ou fixos em um substrato. Os representantes desse filo são a estrela do mar, o lírio do mar e o ouriço. Anelídeos – esse grupo é formado por vermes que possuem o corpo dividido em anéis. Eles ainda são organizados em três classes: oligoquetas (minhocas, tubifex e minhocuçu), hirudíneos (sanguessugas) e poliquetas (nereis e tubícolas.) Artrópodes – a maioria das espécies de animais estão presentes nesse filo, cuja principal característica é a presença de patas articuladas, exoesqueleto (esqueleto externo) e corpo segmentado. Esse filo ainda é subdividido em outras categorias, de acordo com o número de patas, a presença de antenas e as divisões do corpo. Principais representantes: • Aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos, etc. • Crustáceos: caranguejos, lagostas, camarões, cracas, etc. • Insetos: borboletas, besouros, formigas, abelhas, baratas, moscas, etc. • Miriápodes: lacraias, piolhos-de-cobra, centopeias, etc. VERTEBRADOS Sua principal característica é a presença da medula espinhal e coluna vertebral. Os animais vertebrados pertencem ao reino Animalia, e ao filo Chordata. Esses animais têm vértebras, isto é, os ossos formam a coluna vertebral. Nem todos os animais vertebrados possuem coluna vertebral, um exemplo disso são os ágnatos ou ciclostomados, que são peixes primitivos, sem mandíbulas e maxilas. Além dos Ágnatos, os peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos pertencem ao subfilo dos animais vertebrados. →Principais características dos animais vertebrados: A principal característica entre os animais vertebrados é a presença de medula espinhal e coluna vertebral, que é formada por diversas vértebras. Os vertebrados possuem músculos e esqueleto, proporcionando a realização de movimentos mais difíceis que os animais invertebrados. Muitos animais vertebrados possui um sistema nervoso desenvolvido, tendo o sistema central construído pelo cérebro e pela medula espinhal. Os chamados animais vertebrados inferiores são controlados, em grande parte das vezes, pelo cérebro. O cérebro desempenha o papel de orientar as funções dos órgãos sensoriais. Esse tipo de animal vertebrado possui o cérebro mais extenso, propiciando a troca de informações mais intensa entre diferentes partes do corpo. Os músculos e o esqueleto montam estruturas necessárias para que os animais se adequem à forma de vida que levam. Todos os vertebrados apresentam cabeça e crânio contornando o encéfalo. Na fase embrionária eles apresentam crista neural, que cria estruturas como as cefálicas. A respiração dos animais vertebrados é realizada por meio de brânquias, pulmões ou ainda pela pele. Exemplos de animais vertebrados * Mamíferos: Os animais mamíferos possuem glândulas mamárias, permitindo que as fêmeas desse subgrupo produzam leite e amamentem seus filhotes. Os animais mamíferos apresentam o corpo revestido por pelo e possuem respiração pulmonar. Alguns animais mamíferos: gato, cachorro, macaco, ser humano, onça, cavalo, carneiro, coelho, rato, urso, entre outros. *Aves: As aves apresentam um copo revestido por penas. Esses animais nascem em ovos e possuem patas, bicos e asas. A respiração das aves é realizada através de pulmões. Várias espécies de aves podem voar. Isso permite que elas alcance altas velocidades e percorram grandes distâncias. *Peixes: Os peixes possuem a pele coberta por escamas, eles são capazes de respirar embaixo da água - respiração branquial -, por serem animais basicamente aquáticos. Esses animais podem ter esqueleto ósseo ou cartilaginoso, a cartilagem possui o mesmo papel dos ossos, entretanto, são mais flexíveis. Exemplos de peixes: tubarão, cavalo marinho, lampreia, peixe-palhaço, dourado, entre outros. *Répteis: Os répteis possuem a pele coberta por escamas ou carapaça. A respiração é feita através de pulmões. Grande parte desses animais é terrestre e vivem próximos a ambientes aquáticos. Os répteis nascem de ovos que saem da cloaca. A partir daí, a temperatura ambiente irá determinar se a ninhada será formada por machos ou fêmeas. Exemplos de répteis: tartaruga, cobra, lagarto, lagartixa, jacaré, entre outros. *Anfíbios: Os anfíbios apresentam uma pele lisa e úmida, sem pelos. Os ovos desses bichos se desenvolvem na água e quando adultos passam a viver na terra. Contudo, sempre em locais de alta umidade. O corpo do anfíbio pode se modificar no decorrer do seu amadurecimento até a fase adulta. Ao nascerem recebem o nome de girinos e apresentam respiração braquial, quando crescem se transformam a passam a ter respiração pulmonar. Exemplos de anfíbios: rã, sapo, perereca, cobra-cega, salamandras, entre outros. BOTÂNICA: ESTUDO DAS PLANTAS As principais características das plantas são: ● Célulaseucariontes: núcleo delimitado por membrana nuclear; ● Seres autotróficos: produzem o seu próprio alimento; ● Fotossintetizantes: realizam fotossíntese, o processo para obtenção de alimento e energia. As plantas são constituídas pelas células vegetais. Elas diferenciam-se das células animais por possuírem vacúolos, cloroplastos e parede celular. Os vacúolos são organelas que ocupam a maior parte do citoplasma. Eles são responsáveis por armazenar substâncias e regular a entrada de água na célula, controlando a sua turgidez. Os cloroplastos são organelas exclusivas de células vegetais. É o local onde é encontrada a clorofila, o pigmento necessário para a realização da fotossíntese. A parede celular dos vegetais é constituída pelo polissacarídeo celulose. Ela é responsável pela sustentação, resistência e proteção contra patógenos. Os tecidos vegetais são divididos em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/repteis https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/agua ● Tecidos meristemáticos: são responsáveis pelo crescimento do vegetal e formação dos tecidos permanentes. ● Tecidos permanentes: são diferenciados e classificam-se conforme a função que desempenham. As partes da planta são: raízes, folhas, caule, flores e frutos. Cada uma delas desempenha uma função que garante a sobrevivência do vegetal. ● Raiz: Absorção e condução de substâncias. Em alguns casos, podem armazenar substâncias energéticas. ● Folhas: Responsável pela fotossíntese, respiração e transpiração. ● Caule: Sustentação e transporte de substâncias. ● Flores: Responsáveis pela reprodução. ● Frutos: Dispersão de sementes, garantindo a sobrevivência da espécie. Algumas plantas não apresentam flores e frutos, como veremos a seguir nos grupos das plantas. As plantas que apresentam flores e uma estrutura reprodutora visível são denominadas de fanerógamas, como pinheiros, cicas, roseiras, mangueiras, laranjeiras, limoeiros, macieiras, coqueiros, entre outros. Já aquelas em que a estrutura reprodutora não se encontra visível e que não possuem flores ou sementes são chamadas de criptógamas, como samambaias, avencas, hepáticas e musgos. *Briófitas: o grupo de plantas mais simples As briófitas representam as plantas de pequeno porte e que habitam os ambientes úmidos. O grupo é representado pelos musgos e hepáticas. Essas plantas não apresentam tecido condutor. Assim, o transporte das substâncias ocorre célula a célula, através de difusão. A reprodução pode ser de forma assexuada ou sexuada. A maioria das espécies é dioica, ou seja, há plantas femininas e masculinas. As demais são monoicas, isto é, hermafroditas. A reprodução sexuada é dependente da água que transporta os anterozoides masculinos até a planta feminina. *Pteridófitas:Samambaia, um exemplo de pteridófita As pteridófitas são plantas que possuem vasos condutores e sem sementes. São representadas pelas samambaias, avencas e cavalinhas. A reprodução pode ser de forma assexuada ou sexuada. Na reprodução assexuada ocorre o brotamento. Enquanto a sexuada depende da água para o encontro dos gametas masculinos e femininos. *Gimnospermas: Araucária As gimnospermas são plantas que apresentam sementes, porém não produzem frutos. A característica do grupo é apresentar as sementes "nuas", ou seja, não envolvidas por fruto. A planta mais conhecida desse grupo é a araucária ou pinheiro-do-paraná. A estrutura reprodutiva do grupo é o estróbilo que pode ser masculino ou feminino. Os estróbilos femininos são conhecidos como pinhas. *Angiospermas :As angiospermas são os vegetais mais complexos As angiospermas são as plantas mais complexas que existem na natureza. Elas são as únicas que apresentam sementes, flores e frutos. Esse é o grupo mais numeroso e diversificado da natureza, com mais de 250 mil espécies. A flor é a estrutura reprodutiva das plantas angiospermas. O fruto é o resultado do desenvolvimento do ovário da flor, após a fecundação. O fruto protege a semente que dará origem a uma nova planta. A reprodução das angiospermas depende da polinização, que representa a transferência do grão de pólen da parte masculina da flor para a parte feminina. FOTOSSÍNTESE As plantas realizam a fotossíntese, capturando a energia luminosa do sol e convertendo-a em energia química armazenada em açúcar e outras moléculas orgânicas. O local onde ocorre a fotossíntese nos vegetais é denominado de cloroplasto. O cloroplasto é formado por duas membranas: a Membrana externa e a Membrana interna. O seu interior é preenchido por um líquido denso, o estroma, e por um elaborado sistema de sacos membranosos interconectados, denominados tilacoides. Os tilacoides podem estar organizados em colunas denominadas grana (singular granum). Nas membranas dos tilacoides ocorrem as reações luminosas, já o Ciclo de Calvin ocorre no estroma. A fotossíntese é um processo em que a energia solar é capturada e utilizada na produção de moléculas orgânicas. ● A fotossíntese acontece nos cloroplastos. ● Clorofila e carotenoides estão arranjados nos tilacoides dos cloroplastos, em unidades chamadas de fotossistemas. ● Duas etapas podem ser observadas na fotossíntese: reações luminosas e reações de fixação de carbono. ● No final da fotossíntese, são produzidos carboidratos. ● A fotossíntese garante que oxigênio seja disponibilizado para o meio ambiente. ● Os organismos fotossintetizantes são produtores na cadeia alimentar. Equação da fotossíntese A H2O e o CO2 são as substâncias necessárias para realização da fotossíntese. As moléculas de clorofila absorvem a luz solar e quebram a H2O, liberando O2 e hidrogênio. O hidrogênio une-se ao CO2 e forma a glicose. Esse processo resulta na equação geral da fotossíntese, a qual representa uma reação de oxidação-redução. A H2O doa elétrons, como o hidrogênio, para reduzir o CO2 até formar carboidratos na forma de glicose (C6H12O6). *Ciclo de Calvin é o nome dado a um conjunto de reações químicas que ocorrem no estroma do cloroplasto. As reações químicas que compõem o ciclo de Calvin ocorrem na etapa de fixação do carbono, uma das fases da fotossíntese. Nesse ciclo, o CO2 é reduzido a gliceraldeído 3-fosfato e a ribulose 1,5 bifosfato, aceptor do CO2, é regenerada. → Etapas do Ciclo de Calvin O ciclo de Calvin ocorre em três etapas básicas: fixação, redução e regeneração do receptor. A seguir apresentaremos três voltas do ciclo, que é o número de voltas necessárias para que seja produzida no final uma molécula de gliceraldeído 3-fosfato (PGAL). 1. Fixação: Na etapa de fixação, três moléculas de dióxido de carbono entram no ciclo e são combinadas (fixadas) com três moléculas de RuBP (Ribulose 1,5-bifosfato). São formadas nesse momento três moléculas de um composto instável, que rapidamente é quebrado em seis moléculas de PGA (3- fosfoglicerato). A reação de fixação de carbono é catalisada pela enzima Rubisco (RuBP carboxilase/oxigenase). 2. Redução: Na etapa de redução, seis moléculas de PGA são reduzidas a seis moléculas de PGAL ( gliceraldeído 3-fosfato). Inicialmente, a enzima 3-fosfoglicerato quinase cataliza a transferência do fosfato da molécula de ATP (molécula que contém energia) para a molécula de PGA. Essa transferência produz uma molécula de 1,3 bifosfoglicerato. Esse último composto é reduzido a PGAL em uma reação catalisada pela enzima gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase. O NADPH fornece elétrons para essa reação de redução. 3. Regeneração do receptor: Na última etapa do ciclo, cinco das seis moléculas de PGAL são utilizadas para regenerar três moléculas de RuBP. Assim sendo, o ganho do ciclo de Calvin é de uma molécula de PGAL. Essa molécula é utilizada pelas plantas para sintetizar amido, açúcares, entre outros componentes da célula vegetal. Disciplina: ERGONOMIA DO TRABALHO A ergonomia também é chamada de fatores humanos na literatura internacional. É definida pela Associação Internacional de Ergonomia (IEA)como uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementosou sistemas, com uso de teorias, princípios, dados e métodos em projetos, cujo objetivo é otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema. No Brasil, ela é normatizada pela Norma Regulamentadora nº 17 (NR 17), a qual aponta as diretrizes que devem ser seguidas pelas organizações em relação aos aspectos ergonômicos do trabalho, propondo um ambiente laboral seguro, eficiente e confortável. Nesse sentido, o profissional que atua como ergonomista deverá estar atento a diferentes aspectos ligados ao trabalho, como manuseio de cargas, levantamento de peso, questões relacionadas ao mobiliário e às ferramentas, da mesma forma que deverá compreender os impactos dos agentes ambientais e das condições relacionadas à organização do trabalho sobre o trabalhador. Ergonomia física: se preocupa com questões relacionadas ao espaço da empresa e à saúde física do colaborador. A área abrange desde a qualidade dos equipamentos utilizados até a postura corporal do empregado, dentro do campo de fisioterapia. Alguns itens ligados à ergonomia física são: ● ventilação e temperatura do ambiente; ● iluminação; ● condições sanitárias; ● condições de trabalho durante o exercício da função (por exemplo, se há necessidade de adquirir equipamentos, como cadeiras ergonômicas ou suporte para computador); ● sinalização interna adequada, saídas de emergência ou quadros de classificação de risco; ● quantidade de ruído; ● organização do ambiente; ● tempo em que é necessário ficar de pé ou levantando peso excessivo; ● disponibilidade e qualidade dos equipamentos. Ergonomia organizacional Já a ergonomia organizacional observa o modus operandi da instituição, com a intenção de melhorar os processos internos que podem oferecer riscos à saúde. Podemos citar: ● rotinas do trabalho informatizado — funcionário sentado a maior parte do tempo em frente a um computador, o que pode gerar dor nas costas, problemas de visão e até complicações mais graves; ● trabalho exaustivo e/ou repetitivo — pode propiciar o desenvolvimento de lesões por esforço repetitivo (LER); ● quantidade insuficiente de colaboradores ou alto volume de trabalho — colabora para a sobrecarga mental; ● falta de orientação ou despreparo em relação à segurança do trabalho — pode expor o funcionário ao perigo e, até mesmo, provocar acidentes. Ergonomia cognitiva: observa aspectos relacionados às condições mentais do trabalhador. Dessa forma, busca adotar medidas de combate ao estresse e a ansiedade, comuns na vida moderna, os quais interferem muito na produtividade e podem causar ou agravar diversos males. Alguns exemplos de situações observadas nessa área da ergonomia são: ● cobrança excessiva em relação ao tempo; ● falta de treinamento; ● ausência de abertura para o diálogo (funcionário não se sente à vontade para se comunicar com os líderes); ● ambiente de trabalho hostil ou muito competitivo. Ergonomia organizacional: preocupa-se com a otimização dos sistemas sociotécnicos, incluindo suas estruturas, políticas e processos organizacionais. Alguns aspectos são: ● trabalho em grupo; ● tempo de trabalho; ● gestão de qualidade; ● processos comunicativos; ● projetos participativos. Toda vez que se inicia uma intervenção ergonômica, é preciso estar atento a três aspectos relacionados com o ambiente de trabalho: aspectos físicos, cognitivos e organizacionais. A partir da interpretação desses aspectos, deve-se sempre pensar em propostas que visem a um ambiente mais confortável, mais seguro e mais eficiente. →Aspectos ergonômicos relacionados com os equipamentos de trabalho: Em postos que envolvem o processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo (computadores), apontam-se as seguintes observações: a) proporcionar condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; d) os computadores devem ser posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. →Aspectos ergonômicos posturais Uma boa postura, quando mantida por muito tempo, pode levar à fadiga ou ao desconforto pelo aumento do estresse articular e dos tecidos moles envolvidos. Embora os músculos tenham como característica a manutenção postural, eles não são capazes de se manterem contraídos por muito tempo de forma isométrica. Por exemplo, os assentos das cadeiras devem apoiar o corpo como um todo. Entretanto, mesmo que o estofado seja confortável, com bordas arredondadas, apoio para antebraços e toracolombar, o corpo experimenta uma série de reações se a postura for mantida por longos períodos, incluindo: � ►aumento da carga compressiva dos discos intervertebrais; � ►fluxo sanguíneo reduzido para os músculos, resultando na compressão de tecidos moles pela contração estática (isométrica), com hipoestesia em membros inferiores e dor associadas; � ► aumento da estase venosa em membros inferiores, o que reduz ainda mais o fluxo sanguíneo e pode resultar em doenças vasculares, além de queixas de dor e cansaço; � ►contração de musculatura postural constante, causando cansaço e fadiga. Análise ergonômica do trabalho: A análise ergonômica do trabalho (AET) é um documento que deve ser elaborado por fisioterapeutas do trabalho e demais profissionais com formação em ergonomia. A elaboração desse documento segue etapas que exigem atenção, pois estão relacionadas à empresa, ao trabalhador e ao ambiente de trabalho, com muitas variáveis envolvidas. A Norma Regulamentadora 17, conhecida como norma da ergonomia, traz recomendações sobre as adequações necessárias no ambiente de trabalho, no posto de trabalho e nos mobiliários, necessárias na avaliação da adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. A postura é parte crucial na avaliação de condições de trabalho, feita pelo fisioterapeuta do trabalho na elaboração da análise ergonômica do trabalho. Estudar sobre as medidas antropométricas com apoio normativo, como o da Norma Regulamentadora nº 17, é importante, assim como a compreensão das relações entre a postura sentada e outros fatores, como as alterações no assento, cadeira e apoio de pés; dessa forma, pode-se obter uma análise completa desse item. A ergonomia classificada de três formas quanto à sua contribuição:� ►Ergonomia de concepção: quando ocorre na fase de projeto de produtos, da máquina ou do ambiente. � ►Ergonomia de correção: aplicada em situações reais existentes, como problemas de fadiga e doenças ocupacionais. � ►Ergonomia de conscientização: ocorre quando os problemas não são resolvidos nas fases de concepção e correção, tornando-se necessário conscientizar o operador a trabalhar de forma segura e fornecer treinamentos para a execução das atividades. Quanto aos seus domínios de especialização, a ergonomia divide-se conforme a ocasião em que é efetuada: � ►Ergonomia física: relacionada a anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica. � ►Ergonomia cognitiva: relacionada aos processos mentais, como percepção, memória e raciocínio. � ►Ergonomia organizacional: relacionada às otimizações de sistemas sociotécnicos. Divisão da AET: ►Análise de demanda: Em que são denidos os problemas a serem resolvidos ►Análise de tarefa: Para o estudo sobre as condições de trabalho nas quais o trabalhador exerce suas atividades ► Análise de atividade: Onde se estuda o comportamento humano no ambiente de trabalho Etapas de execução da AET, de acordo com a NR 17: As análises ergonômicas do trabalho deverão ser datadas, impressas, ter folhas numeradas e rubricadas e contemplar, obrigatoriamente, as seguintes etapas de execução: ● explicitação da demanda do estudo; ● análise das tarefas, atividades e situaçõesde trabalho; ● discussão e restituição dos resultados aos trabalhadores envolvidos; ● recomendações ergonômicas específicas para os postos avaliados; ● avaliação e revisão das intervenções efetuadas com a participação dos trabalhadores, supervisores e gerentes; ● avaliação da eficiência das recomendações. Características da análise ergonômica do trabalho As AETs do trabalho devem contemplar, no mínimo (BRASIL, 1990, documento on-line): a) descrição das características dos postos de trabalho no que se refere ao mobiliário, utensílios, ferramentas, espaço físico para a execução do trabalho e condições de posicionamento e movimentação de segmentos corporais; b) avaliação da organização do trabalho demonstrando: 1. trabalho real e trabalho prescrito; 2. descrição da produção em relação ao tempo alocado para as tarefas; 3. variações diárias, semanais e mensais da carga de atendimento, incluindo variações sazonais e intercorrências técnico-operacionais mais frequentes; 4. número de ciclos de trabalho e sua descrição, incluindo trabalho em turnos e trabalho noturno; 5. ocorrência de pausas interciclos; 6. explicitação das normas de produção, das exigências de tempo, da determinação do conteúdo de tempo, do ritmo de trabalho e do conteúdo das tarefas executadas; 7. histórico mensal de horas extras realizadas em cada ano; 8. explicitação da existência de sobrecargas estáticas ou dinâmicas do sistema osteomuscular; c) relatório estatístico da incidência de queixas de agravos à saúde colhidas pela Medicina do Trabalho nos prontuários médicos; d) relatórios de avaliações de satisfação no trabalho e clima organizacional, se realizadas no âmbito da empresa; e) registro e análise de impressões e sugestões dos trabalhadores com relação aos aspectos dos itens anteriores; f) recomendações ergonômicas expressas em planos e propostas claros e objetivos, com definição de datas de implantação. A NR 17 estabelece que, quando as atividades exigem solicitação intelectual e atenção constantes, como em salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, as condições de conforto são (BRASIL, 1990): a) Os níveis de ruído, a serem medidos por meio de decibelímetro nos postos e no ambiente de trabalho. É indicado que os níveis de ruído sejam medidos próximo à zona auditiva, e as demais variáveis, na altura do tórax do trabalhador. Assim, a medição de ruído em salas de reunião de escritório, por exemplo, deve obedecer ao limite de 30 a 40dB(A) ou 25 a 35NC, entre outras especificações de locais de trabalho que devem ser consultadas na NBR 10.152. b) O índice de temperatura efetiva deve ficar entre 20 e 23°C, podendo ser medido por meio de um termômetro de globo bulbo seco úmido. c) A velocidade do ar não deve ser superior a 0,75 m/s, podendo ser medida por meio de anemômetro. d) A unidade relativa do ar não deve ser inferior a 40%. A análise dos trabalhos estático e dinâmico é feita por meio do estudo das posturas do trabalhador durante as suas atividades. O trabalho estático exige contração contínua de alguns músculos, para manter uma determinada posição. Já no trabalho dinâmico, essas contrações e relaxamentos dos músculos são alternadas. As posturas referem-se a posicionamentos de partes do corpo. Existem três situações em que a má postura pode produzir danos: •nos trabalhos estáticos; � •nos trabalhos que exigem muita força; � •nos trabalhos que exigem posturas desfavoráveis. Quando o objetivo é o conforto ambiental, o foco é a boa adequação do trabalhador ao ambiente laboral para a realização de uma tarefa; se o objetivo é o conforto térmico, então está relacionado com os processos de transferência de calor (p. ex., condução, convecção, evaporação e condensação) e radiação, sendo adequado em situações em que há equilíbrio entre a produção e a perda de calor. Os ofuscamentos podem ser classificados em: � -relativos: por excessivos contrastes de claridade em diferentes partes do campo visual. � -absolutos: quando a fonte de luz é muito clara, tornando difícil a adaptação.� -adaptativos: de forma temporária quando saímos de um quarto escuro O Anexo I da NR17 regulamenta o passo a passo das condutas ergonômicas dos sistemas de autosserviço e checkout, como supermercados, hipermercados e comércio atacadista, estabelecendo que o trabalho dos operadores de checkout deve: � -atender às características antropométricas de 90% dos trabalhadores; � -assegurar a postura para o trabalho na posição sentada e em pé, respeitando os ângulos-limite e as trajetórias naturais dos movimentos, com mobiliário sem quinas vivas ou rebarbas; � -disponibilizar apoio para os pés, independentemente da cadeira; � -adotar, em cada posto de trabalho, um sistema de esteira eletromecânica para melhor movimentação de mercadorias nos checkouts com cumprimento de 2,70 metros ou superior. Elaboração de relatório de análise ergonômica do trabalho ►Método OWAS é utilizado na análise das posturas das costas, dos braços, das pernas e do esforço do trabalhador, fornecendo uma categoria de ação em que se pode analisar a frequência e o tempo em que o trabalhador fica em cada postura em sua tarefa. Assim, é possível avaliar cada postura, fornecendo pontos, bem como o nível de esforço avaliado por carga. A porcentagem de tempo em determinada postura apresenta categorias de ação, mensurando também a força empregada e as propostas de categorias de ação conforme a pontuação.Existem quatro classes de posturas, conforme descrito a seguir. 1. Postura normal: sem necessidade de medida corretiva. 2. Postura levemente prejudicial: pode ser necessária uma medida corretiva. 3. Postura prejudicial: é necessário corrigir a postura o mais rápido possível. 4. Postura extremamente prejudicial: são necessárias medidas imediatas de correção. ►Método RULA é uma adaptação do OWAS, utilizando esquemas de postura do corpo com tabelas de risco de exposição a fatores de cargas externos. Assim, a demonstração do risco de desenvolver doenças ocupacionais é mais simples, é muito utilizado para a análise das sobrecargas concentradas no pescoço e nos membros inferiores durante a execução das atividades laborais. Para o método RULA, o corpo é dividido em duas partes: A e B, que são os membros superiores e os inferiores (pescoço, tronco, pernas e pés). A análise é feita de acordo com as angulações do corpo e dos membros, com pontuação de 1 a 7, sendo 1 o menor risco e 7 o maior risco de lesão. ►Método NIOSH é um órgão do governo norte-americano que desenvolveu uma equação que permite calcular o limite de peso recomendável, levando-se em consideração fatores como a manipulação assimétrica de cargas, a duração da tarefa, a frequência dos levantamentos e a qualidade da pega. � -Biomecânico: limita o estresse na região lombossacral. � -Fisiológico: limita o estresse metabólico e a fadiga associada a tarefas repetitivas. � -Psicofísico: limita a carga conforme a percepção da capacidade do trabalhador. O NIOSH é uma ótima ferramenta para estimar os limites de carga, o que é essencial em empresas cujos serviços envolvem a descarga de materiais, não é aplicável às tarefas em que a frequência de levantamento é elevada (mais de seis levantamentos por minuto).Localização-padrão de levantamento é empregado na definição dos fatores da equação, sendo uma referência no espaço tridimensional para avaliar a postura de levantamento. ►Método REBA avalia as posturas não previstas. Derivado do OWAS e do RULA, a análise do REBA consiste na somatória de pontos dos grupos A (tronco, pescoço e pernas) e B (braços e pulsos), sendo adicionadas as pontuações de carga, força e apoio. A pontuação de carga e força consiste em: � +0: a carga ou força aplicada é inferior a 5 kg. � +1: a carga ou força aplicada está entre 5 e 10 kg. � +2: a carga ou força aplicada é superior a 10 kg. Uma pontuação adicional +1 ocorre quando a força é aplicada bruscamente. A pontuação de pega da carga consiste em: � +0: pega boa. � +1: pega regular. � +2: pega ruim. � +3: pega inaceitável.Ergonomia e saúde postural A ergonomia é uma ciência que busca criar um ambiente harmonioso entre o homem e a máquina, nos mais diferentes ambientes, seja o do estudo, do lazer ou do trabalho. Mesmo que isso possa parecer distante, a maioria dos equipamentos utilizados no mundo moderno tem ajustes ergométricos para que o seu uso possa ser feito da melhor maneira possível, minimizando os riscos de lesões e ampliando o conforto. →As 4 fases da história da ergonomia 1. Ergonomia tradicional Teve início na Segunda Grande Guerra. O objetivo era conseguir melhorias nas questões fisiológicas e mecânicas do ambiente de trabalho. Também havia uma preocupação com a adequação dos objetos às limitações do homem, sem, no entanto, que ele explorasse além do esperado de sua capacidade. Foi utilizada inicialmente na área militar e, em seguida, na civil. Preocupação: redimensionamento dos postos de trabalho. 2. Ergonomia do meio ambiente Percebeu-se que as interferências no trabalho do indivíduo iam além de suas limitações físicas ou mecânicas. O meio ambiente também era a origem de alguns dos problemas da produtividade do homem. A ergonomia do meio ambiente, ainda hoje observada, buscou compreender melhor a relação de agentes ambientais (ruídos, temperatura, iluminação) com o trabalho humano. Preocupação: adequação do ambiente às necessidades do homem. 3. Ergonomia cognitiva A ergonomia é uma ciência multidisciplinar. Portanto, não demorou muito para que os conhecimentos da psicologia e da fisiologia se voltassem para os fatores cognitivos do trabalho. Na década de 1980, a mão de obra humana deixou de executar diretamente as atividades para comandar máquinas que eram responsáveis pela tarefa. A tecnologia da informação era uma extensão do cérebro, daí a necessidade de ter atenção quanto aos fatores cognitivos. Preocupação: transmissão de informações adequadas à capacidade psíquica do indivíduo. 4. Macroergonomia A partir de 1980, o campo de estudo da ergonomia ampliou-se ainda mais. A premissa da macroergonomia é a de que as empresas devem buscar um equilíbrio entre a tecnologia, a própria organização e as pessoas. Esse sistema trabalha para alcançar um fim em comum — e todas essas variáveis devem ser consideradas para a melhoria do trabalho. Além disso, as ações de ergonomia devem ser utilizadas em escala, ao longo de toda a cadeia produtiva: desde a concepção de máquinas e materiais até a execução das atividades. Preocupação: administração de recursos, trabalho em equipe, jornada de trabalho. →Quatros grupos condicionantes para a avaliação da ergonomia de uma situação de trabalho: -Postura e movimentos corporais: refere-se à forma como o corpo age no trabalho, quer esteja sentado, em pé, carregando peso, digitando, etc. -Fatores ambientais: refere-se à estrutura do local de trabalho, abrangendo a existência de ruídos, exposição ao Sol, o mobiliário, o maquinário, etc. -Informação: refere-se ao quanto as informações do ambiente afetam o sujeito. Se, por exemplo, o local de trabalho apresenta ruídos, mas o trabalhador utiliza protetores auriculares, é importante saber a altura dos ruídos que chegam aos ouvidos do trabalhador munido de proteção. -Cargos e tarefas: refere-se ao cargo e à tarefa do sujeito, dados imprescindíveis para compreender as necessidades e características de sua função. A ergonomia possui três domínios, que podem ser considerados como seus campos de atuação: -Ergonomia física: relacionada diretamente às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, sendo um campo estreitamente relacionado com a educação física e a ginástica laboral. Nesse domínio, são abordados temas como movimentos repetitivos e postura. -Ergonomia cognitiva: relacionada aos processos mentais, como a memória e a percepção, e o modo como eles interferem nas relações interpessoais. -Ergonomia organizacional: relacionada à estrutura organizacional da empresa, às políticas e processos, envolvendo fatores como lideranças, comunicação e gerenciamento. Riscos físicos e ergonômicos: Riscos ocupacionais no trabalho são os perigos que incidem sobre a saúde humana e o bem-estar de profissionais de determinadas áreas e são causas frequentes dos acidentes, da diminuição da produtividade dos colaboradores e do aumento na taxa de absenteísmo. Os riscos ocupacionais são classificados pelo Ministério do Trabalho de acordo com sua natureza: física, química, biológica, ergonômica e acidente. São considerados riscos físicos as diversas formas de energia e os riscos ergonômicos os que têm origem na ausência ou nas condições precárias de adequação do ambiente de trabalho ao homem. A probabilidade de um trabalhador sofrer algum dano em consequência das suas atividades profissionais é denominada risco ocupacional, isto é, acidentes ou doenças possíveis a que estão expostos os trabalhadores no exercício do seu trabalho ou por motivo da ocupação que exercem. Esses riscos estão relacionados ao ambiente em que o trabalhador está sujeito a ruídos, vibrações, gases, vapores e iluminação inadequada, entre outros. A exposição do profissional ao risco depende do seu processo produtivo, portanto, para cada tipo de empresa e ocupação a característica do risco é diferente ► Tipos de riscos físicos: São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como ruído, vibrações, temperaturas extremas (frio/calor), radiações ionizantes e não ionizantes e pressão anormal. São três os tipos de ergonomia: -Ergonomia física: a qual está relacionada ao estudo da postura no trabalho, ao manuseio de materiais, aos movimentos repetitivos, aos distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, ao projeto de posto de trabalho, à segurança e à saúde. -Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, cujos tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, a tomada de decisão, o desempenho especializado, a interação homem-computador, o estresse e o treinamento, conforme esses se relacionam a projetos envolvendo seres humanos e sistemas. -Ergonomia organizacional: inclui as estruturas organizacionais, políticas e de processos, como projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede e gestão da qualidade ►Riscos ergonômicos: São exemplos de riscos ergonômicos: esforços físicos intensos; levantamento e transporte manual de peso; exigências e posturas inadequadas; controle rígido de produtividade; imposição de ritmos excessivos; trabalho em turnos e trabalhos noturnos; jornadas de trabalho prolongadas; monotonia e repetitividade; outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico. Consequências dos riscos ergonômicos: Algumas das patologias que podem ter relação com o trabalho e podem ser consideradas LER/DORT (lesões por esforços repetitivos ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) são: - Tendinite: inflamação aguda ou crônica dos tendões. Geralmente é provocada por movimentação frequente e período de repouso insuficiente. -Síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano no túnel do carpo. As causas mais comuns desse tipo de lesão são a exigência de flexão e extensão do punho. Biomecânica e a saúde do trabalhador O profissional de Educação Física, em uma empresa, tem como função principal prescrever os exercícios a serem executados durante a jornada de trabalho. Para isso, o educador físico precisa identificar as sobrecargas impostas ao sistema locomotor nos diversos postos de trabalho a fim de prevenir lesões musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho. A biomecânica ocupacional é uma área de atuação da biomecânica que tem como objetivo estudar as posturas e as tarefas laborais do ser humano no ambiente de trabalho. Ela está diretamente ligada à ergonomia e busca solucionar os problemas causados pela adaptação do ser humano ao trabalho. O ambiente de trabalho, os produtos e os equipamentos devem ser adaptados ergonomicamente ao trabalhador
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