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Ad mi nistração de P o r P o l i a n a P e d r o s o @ r e s u m _ i n d o e n f e r m a g e m Medicament os Olá querido leitor/estudante M E U N O M E É P O L I A N A , E S O U E S T U D A N T E D E E N F E R M A G E M . E S S E R E S U M O , A S S I M C O M O O S O U T R O S , E U F I Z P A R A M E A J U D A R A E S T U D A R . E E S P E R O Q U E A S S I M C O M O T E M M E A J U D A D O , A J U D E V O C Ê T A M B É M . E S S E M A T E R I A L F O I E L A B O R A D O D E P O I S D E M U I T O L E R , R E V I S A R , E S T U D A R , P E S Q U I S A R . @resum_indoenfermagem P R O I B I D A A V E N D A D E S S E M A T E R I A L Farmacocinética e Farmacodinâmica Para entender os conceitos de farmacocinética e farmacodinâmica, é preciso, primeiramente, compreender a resposta terapêutica, que é dividida em três partes: fase farmacêutica, fase farmacocinética e farmacodinâmica. Por resposta terapêutica, entenda-se o efeito causado pela droga no organismo de quem a consumiu. É importante destacar, também, que um mesmo medicamento pode apresentar efeitos terapêuticos diferentes em outros indivíduos. Isso porque fatores como gênero, idade, peso, uso de álcool e/ou tabaco, além de condições patológicas, como problemas hepáticos, cardíacos, anemias, entre outros, interferem no resultado final. Também conhecida como biofarmacêutica, essa primeira fase da resposta terapêutica estuda desde a liberação da droga a partir da forma em que foi sintetizada (comprimido, cápsula, xarope, entre outros) até a absorção pelo nosso organismo. Ou seja, a fase farmacêutica é, basicamente, dividida em duas etapas. Fase Farmacêutica Liberação Essa etapa pode ser complexa e até mesmo demorada, dependendo da forma de sintetização (xarope, cápsula, supositório, entre outras) e a sua via de administração. A liberação ocorre com a ajuda do meio biológico no qual o fármaco é administrado. Por exemplo, o nível de pH e os movimentos peristálticos presentes nas vias de entrada (boca e ânus), responsáveis, principalmente, pela quebra das drogas sólidas (comprimidos). Depois, libera-se o conteúdo ativo propriamente dito. Ou seja, nesse caso, a liberação é um processo um pouco mais demorado e complexo, pois exige a dispersão do medicamento em sua forma sólida. Somente depois é que ele passa para o meio aquoso. É por isso que medicamentos intravenosos, por exemplo, têm uma ação muito mais rápida, uma vez que já estão no estado líquido, facilitando a absorção. Dissolução É a etapa que ajuda a determinar o quão rápido e intenso o produto ativo vai entrar em nosso organismo. Chama-se de dissolução porque realiza uma mistura líquida. A água é adicionada para dissolver o medicamento e, então, ser posteriormente absorvido. Novamente, quanto mais sólido e compacto for a forma de administração, mais demorada será a entrada do produto ativo em nosso organismo. Fase Farmacocinética Absorção Distribuição Biotransformação Biodisponibilidade Excreção. Enteral: oral, sublingual ou retal Parenteral: intravenoso, subcutânea, intramuscular e intradérmica. é o caminho percorrido pelo fármaco desde a sua via de administração até a sua posterior excreção. A etapa farmacocinética é composta por cinco fases: 1. 2. 3. 4. 5. No entanto, vale ressaltar que, a partir do momento em que o medicamento é absorvido pelo organismo, todas as demais fases acontecem ao mesmo tempo. A divisão apresentada, portanto, é meramente didática. Absorção É a passagem do fármaco do local onde foi administrado até a circulação sanguínea. Existem, basicamente dois tipos de vias de administração: a enteral e a parenteral. As vias de administração parental costumam ser de mais fácil absorção que as enterais. Distribuição Todo o caminho percorrido pelo fármaco depois que ele é absorvido e chega à corrente sanguínea recebe o nome de distribuição. No entanto, isso não quer dizer que a parada final é onde ele deveria chegar. Aliás, o medicamento pode atingir outros locais que não o desejado: Local onde deveria chegar e vai cumprir os efeitos que prometeTecidos, onde ficará acumulado e não trará efeito algumLocal indesejado – em vez de cumprir o efeito terapêutico, vai causar efeitos colateraisFígado ou outro local onde será metabolizado, onde a ação pode ser aumentada ou diminuídaRins e outros órgãos excretores, a partir dos quais será eliminado.Biotransformação/metabolismo Esse é o processo no qual o fármaco sofre uma biotransformação, passando a ser um composto solúvel em água para facilitar a extração. Boa parte do metabolismo ocorre no fígado, onde existem três cenários possíveis de acontecer: A substância fica inativa, e não acontecem maiores consequências, que é o cenário mais comumA excreção é facilitada, pois metabólitos mais polares são formados, tornando-se hidrossolúveis e, consequentemente, favorecendo a sua eliminaçãoAcontece uma ativação de compostos inativos, o que altera o perfil farmacocinético, podendo levar a reações adversas ao medicamento. Apesar de boa parte do processo metabólico de medicamentos ocorrer no fígado, nada impede que, em uma frequência menor, ele ocorra em outros órgãos. Nesse caso, rins e pulmões são mais prováveis. No intestino, pelas fezes Nos pulmões, se foram substâncias voláteis Pelas glândulas sudoríparas, através do suor Do canal lacrimal, por meio das lágrimas Também através do leite materno. Biodisponibilidade Diz respeito a quão disponível a droga fica ao atingir a circulação sistêmica e chegar ao local de ação. Por que você acha que quando um medicamento é administrado intravenosamente ele faz efeito mais rápido? Porque a sua biodisponibilidade é de 100%. Ou seja, não há nenhum tipo de desperdício pelo caminho. Agora, quando o fármaco é administrado oralmente, por exemplo, a sua biodisponibilidade diminui. Isso acontece porque a absorção demora mais para acontecer e as chances de ela se metabolizar parcialmente são grandes. Por isso, a biodisponibilidade é uma das etapas mais importantes dentro da farmacocinética. O profissional responsável pela administração do medicamento precisa calcular corretamente as doses quando a via de aplicação não for intravenosa. Assim, diminui-se as chances de desperdício e potencializa-se a ação terapêutica. Excreção Etapa em que colocamos para fora todos metabólicos que não foram absorvidos pelo organismo. Essa eliminação pode ocorrer por meio de diversos órgãos, sendo o mais comum os rins, através da urina. A excreção também acontece: A farmacodinâmica, por sua vez, vai um pouco além. Mais do que estudar o caminho da droga dentro do nosso organismo, ela analisa também os efeitos que determinado medicamento causa em seu tecido alvo. Ou seja, quais são as consequências terapêuticas e tóxicas que o fármaco em questão gera no local em que se propõe agir. Fase Farmacodinâmica Quando você toma um remédio para dor de cabeça, por exemplo, ocorrem alterações no interior do seu corpo para que, como em um passe de mágica, sua enxaqueca vá embora sem deixar saudades. A farmacodinâmica também é dividida, didaticamente, em fases. Mas, em vez de cinco, como na farmacocinética, tem três: local de ação, mecanismo de ação e efeito terapêutico. Locais de ação São, normalmente, os receptores, locais que ligam as substâncias endógenas, aquelas que nós mesmos produzimos, com as exógenas, produzidas pelos medicamentos. São nesses locais de ação que as substâncias interagem, proporcionando uma resposta farmacológica. Mecanismo de ação É o que acontece quando o fármaco entra em contato com o organismo. O produto ativo é liberado, gerando uma resposta terapêutica. Efeito terapêutico É o que se busca ao ingerir determinado medicamento. Ou seja, os benefícios que o fármaco causa em nosso organismo. Por exemplo, o alívio de dores, relaxamento, cura de infecções, entre outros. Aspectos Éticos e Legais na Administração de medicamentos A Enfermagem pode ser definida como a ciência do cuidar, em que os profissionais, utilizandoconhecimento técnico-científico, prestam assistência ao indivíduo, nas suas necessidades biológicas, psicológicas e espirituais, e à comunidade onde ele esteja inserido. Compete também à Enfermagem a participação na educação dos pacientes e da comunidade, visando à promoção da saúde. Os profissionais da área da saúde e a equipe de enfermagem podem vivenciar no dia a dia, conflitos de natureza ética, como eutanásia, escolha por tratamentos alternativos, injustiça social, recusa de tratamento e doação de órgãos, fazendo-os refletir sobre seus valores pessoais, que, inúmeras vezes, não correspondem às escolhas dos pacientes. A Resolução 564/2017 do Conselho Federal de Enfermagem Segundo a legislação do Cofen, que aprova o exercício profissional de enfermagem, o profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visam satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. Entre as atividades desenvolvidas cotidianamente na enfermagem, a administração de medicamentos é a mais realizada. Sua execução envolve aspectos legais e éticos, além da responsabilidade do profissional de enfermagem. No Brasil, essa atividade é realizada, na maioria das instituições de saúde, por técnicos e auxiliares de enfermagem sob a supervisão do enfermeiro. O processo “administração de medicamentos” envolve várias etapas: compreensão da prescrição médica, conferência do fármaco, cálculo de dosagem, preparo da medicação, administração do medicamento, entre outras. Em quaisquer dessas etapas podem ocorrer falhas, que podem ou não causar danos ao paciente. O profissional de enfermagem, independentemente do seu nível de atuação, deve ter conhecimento teórico e prático dos procedimentos por ele executados. A administração de medicamentos não fica fora dessa necessidade, uma vez que, para sua execução, são necessários conhecimentos abrangentes, como: fisiologia, anatomia, farmacologia, matemática e as técnicas de enfermagem, propriamente ditas. Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica. Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e demais normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais de Enfermagem no desempenho de atividades em organizações da categoria. Na seção Proibições, os artigos que envolvem a administração de medicamentos são: Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, via de administração e potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional. Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações de emergência. Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que comprometam a segurança da pessoa. O Decreto no 94.406/1987, que regulamenta o exercício profissional da enfermagem, em seus artigos 10, 11 e 13, determina: Art. 10 O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe: I – assistir ao enfermeiro: […] b) na prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave; Art. 11 O auxiliar de enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à equipe de enfermagem, cabendo-lhe: III – executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de enfermagem, tais como: ministrar medicamentos por via oral e parenteral; […] Imprudência: realizar uma ação sem o cuidado necessário. É uma atuação precipitada, insensata ou impulsiva. Imperícia: realizar um ato incompetente por falta de habilidade técnica; desconhecimento técnico; falta de conhecimento no exercício de sua profissão. Negligência: falta de dirigência incluindo desleixo, preguiça, indolência e descuido, podendo resultar da falta de observação dos deveres que as condutas exigem, caracterizando-se por inércia, inação, desatenção, passividade, sendo sempre de caráter omisso. Conceitos Importantes – Negligência, Imprudência e Imperícia Erros na Administração de medicamentos Erro no cálculo de dosagem de medicamento.Erro na diluição de medicamentos.Medicamentos administrados em horários não prescritos.Medicamentos não administrados.Troca de medicamento por outro com nome semelhante.Medicamento administrado por via incorreta.Aprazamento errado do medicamento.Exposição corpórea do paciente durante o ato de administrar medicamento.Exposição do paciente aos riscos de infecção e lesões decorrentes de erros de diluição e de técnica na administração de medicamento. Art. 13 As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e direção de enfermeiro. Os 13 certos na administração De medicamentos Paciente Certo Antes de administrar a medicação, cheque se o paciente é o certo, ou seja, se a medicação é destinada a ele. Confira o nome completo, número do leito, pulseira de identificação. Você também pode perguntar diretamente ao paciente: Medicamente Certo Aqui o mantra é “o medicamento certo para a pessoa certa”. Nós sabemos que não é incomum, trocar medicações de pacientes. Isso ocorre por inúmeros motivos. Para evitar ou minimizar tal erro, confira o nome e composição da medicação, data de validade, estado da embalagem, verifique caso seja necessário realizar diluição ou cálculo de medicação. Dosagem Certa A dosagem é a quantidade de medicamento (posologia) que será administrada no paciente. Verifique se será dosagem única, múltiplas doses ou dosagem contínua. Também cheque o tempo de intervalo entre as dosagens. Faça anotações adequadas e claras para a próxima dose no prontuário. Aspectos da Medicação Certa Neste quesito, vamos verificar o estado geral da embalagem e da substância (droga ativa). Verifique se a embalagem foi violada ou apresenta vazamentos, assim como se há mudanças na textura ou coloração da medicação. Prazo de Validade Certo confira o prazo de validade. Medicamentos que estejam vencidos devem ser encaminhados imediatamente ao setor de farmácia do hospital ou unidade de saúde. Mesmo que a medicação tenha vencido a poucas horas ou poucos dias, não se deve realizar a administração no paciente. Via de Administração Certa Verifique se a medicação é adequada para a via escolhida. Muitas vezes, você encontrará essa informação na própria embalagem/rótulo. Compare com a via que prescrita pelo médico/farmacêutico/enfermeiro. Em caso de diferença, consulte quem prescreveu a medicação. Horário Certo A medicação deve ser preparada no momento em que for administrada. Assim, evita-se, por exemplo, o acúmulo de mais de um medicamento no corpo do paciente. Uma prática muito comum na enfermagem é montar um carrinho com vários medicamentos ou soros para serem administrados nos leitos ao mesmo tempo. É algo que devemos ter cuidado, pois há risco de confundir as prescrições. Compatibilidade Certa Confira se a medicação é incompatível com outras medicações e se é compatível com a ingestão de alimentos. Algumas podem ser fornecidas junto com alimentos, outras não! Orientação Certa Forneça ao paciente a orientação correta quanto: dosagem, indicação, possíveis efeitos da medicação, reações, alergias, sinais ou sintomas. Esclareça possíveis dúvidas. Direito de Recusa Informeao paciente que, se ele desejar e conhecer os riscos, poderá se recusar a receber o medicamento. Registro Certo Relate no prontuário as seguintes informações: medicamento, dosagem, horário, via de administração, cancelamentos, agendamentos, adiamentos, eventos adversos ou quaisquer outras informações que julgar pertinentes. Tempo de Administração Certo Cheque por quanto tempo a droga será infundida (4 horas, 12 horas, 24 horas, etc). Ação Certa O medicamento deverá ter a indicação correta, para minimizar desconfortos ou promover a cura de patologias. Confira a indicação e se ele irá ter a esperada ação no organismo. Administração de medicamentos 1. Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico; 2. A prescrição deve ser escrita e assinada. Somente em caso de emergência, a enfermagem pode atender prescrição verbal que deverá ser transcrita pelo médico logo que possível; 3. Nunca administrar medicamento sem rótulo. 4. Verificar data de validade do medicamento. 5. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas. 6. Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos e efeitos colaterais: - Melhor horário; - Diluição formas, tempo de validade; - Ingestão com água, leite, sucos; - Antes, durante ou após as refeições ou em jejum; - Incompatibilidade ou não de mistura de drogas. 7. Tendo dúvida sobre o medicamento, não administrá- lo. 8. Manter controle rigoroso sobre medicamentos disponíveis. 9. Alguns medicamentos como antibióticos, vitaminas e sulfas precisam ser guardados corretamente, pois se alteram na presença da luz, do ar ou do calor. TRÊS LEITURAS CERTAS DO FÁRMACO PRIMEIRA VEZ: antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos SEGUNDA VEZ: antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola TERCEIRA VEZ: antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente Nunca confie! A prescrição de medicamentos é um documento com valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o paciente e sociedade, aqueles que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos. É regida por certos preceitos gerais, de forma a não deixar dúvida nem tão pouco dificuldades de interpretação. A prescrição de medicamento Vias de Administração de Medicamentos: Via Oral - Absorção intestinal e Absorção sublingual • Via Retal • Via Injetável (Parenteral): - Via intradérmica - Via subcutânea - Via intramuscular - Via endovenosa Outras vias: Ocular; Inalatória (ex: gases utilizados em anestesia e medicamentos contra asma) - Intranasal Dérmica Vaginal (ex: droga para induzir o trabalho de parto) Via oral e sublingual Pacientes inconscientes. Pacientes com dificuldade de deglutição. Vômito. Pacientes em jejum para cirurgias e exames. A administração de medicamentos pela via oral consiste em oferecer o medicamento que será deglutido ou não com auxílio de líquidos. As formas de apresentação dos fármacos para administração por via oral são: Comprimidos.Cápsulas.Drágeas.Soluções.Suspensão.Pó. Vantagens e Desvantagens: Facilidade para administração.Paladar desagradável de alguns medicamentos.Dispensa acompanhamento de profissional qualificado.Incerteza de dosagem absorvida pelo organismo.Baixo custo financeiro.A ação da droga não é imediata, necessitando absorção gástrica ou enteral.Método não invasivo para administração.Dificuldade de fracionamento de cápsulas, drágeas e comprimidos. Contraindicações para administração de medicamentos por via oral: Sublingual: Aqui, os medicamentos não são ingeridos, mas sim colocados sob a língua ou entre a gengiva e os dentes, para que sejam dissolvidos pela saliva e absorvidos diretamente pelos vasos sanguíneos locais. Essa via é muito utilizada em situações que necessitam de um tratamento de emergência, como nas crises de hipertensão. Isso porque sua ação farmacológica é rápida, fazendo com que o paciente retome à normalidade em poucos minutos. Para que tenha o efeito desejado, porém, é preciso que o comprimido utilizado tenha ação sublingual. Via retal Em forma de supositório, o medicamento é misturado com uma substância cerosa, capaz de se dissolver após ser introduzida no reto. Nesse formato, a absorção do medicamento é igualmente rápida, tendo em vista que o revestimento do reto é fino e possui ampla irrigação sanguínea. Essa via costuma ser indicada quando o paciente sente náuseas fortes que o impossibilita de tomar o medicamento por via oral. Ou, ainda, quando ele não consegue degluti-lo ou possui restrições alimentares. Via ocular Essa via é utilizada especialmente quando se quer administrar medicamentos para tratar problemas oculares, como conjuntivite e glaucoma. Neste caso, o produto é misturado com substâncias que produzam um líquido, gel ou pomada, que permitam a aplicação tópica nos olhos. Via parenteral Via parenteral: via injetável • Os medicamentos administrados por via injetável têm a vantagem de fornecer uma via mais rápida; quando a VO é contraindicada, favorecendo, assim a absorção mais rápida. • Para realizarmos esse procedimento, é necessário entender sobre a seringa e sua graduação e o calibre das agulhas disponíveis. Tipos de agulha: • 13 x 4,5 = utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; uscular e endovenosa; intramuscular e endovenosa; • 40 x 10 ou 40 x 12 = utilizadas para aspiração das medicações, durante o preparo. • 25 x 7 subcutânea ou 25 x 8 neas, intram = utilizadas para as vias • 30 x 7 ou 30 x 8 = utilizadas para as vias Jelco 16: Adolescentes e Adultos, cirurgias importantes, sempre que se deve infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa, exige veia calibrosa. • Jelco 18: Crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Administrar sangue, hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa, exige veia calibrosa. • Jelco 20: Crianças, adolescentes e adultos. Adequado para a maioria das infusões venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados). Jelco 22: Bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas e frágeis, deve ser mantida uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no caso de pele resistente. • Jelcos 24 e 26: RN's, bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a maioria das infusões, mas a velocidade de infusão deve ser menor. É ideal para veias muito estreitas, por exemplo, pequenas veias digitais ou veias internas do antebraço em idosos. • Esses dispositivos são numerados em números ímpares do 19 (agulha maior e mais calibrosa) ao 25 (agulha menor e menos calibrosa). Tipos de seringa: • 1ml = utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; • 3ml = utilizadas para as vias subcutânea e intramuscular; • 5ml = utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa (no caso de medicações que não são diluídas); • 10ml = utilizadas para a via endovenosa; • 20ml = utilizadas para a via endovenosa; Via Intradérmica (ID) • Após aspirar a medicação estar atento para a diluição preconizada para cada medicação. • Após aspirar o conteúdo do frasco ampola lembrar de rediluir a medicação conforme padronização. • Nesta via, os medicamentos são administrados na pele (na derme). Via muito restrita, usada para pequenos volumes (de 0,1 a 0,5 ml). Usada para reações de hipersensibilidade, como provas de ppd (tuberculose), e sensibilidade de algumas alergias. Via intradérmica (ID) O local de aplicação mais utilizado é a face interna do antebraço. • É também utilizada para aplicação de BCG (vacina contra tuberculose), sendo de uso mundial a aplicação ao nível da inserção inferior do músculo deltoide. Técnica para aplicação: • Realizar a antissepsia do local de aplicação com algodão embebido em álcool a 70%; • Esticar a pele utilizando os dedos polegar e indicador para inserir a agulha; • A agulha deve ser introduzida com o bisel para cima e com angulação de 15graus; •Injetar o medicamento que não deve ultrapassar 0,5ml, observando a formação de pápula (elevação da pele); • Descartar a seringa e agulha em recipiente apropriado. Na via subcutânea ou hipodérmica, os medicamentos são administrados debaixo da pele, no tecido subcutâneo. • Nesta via a absorção é lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura. Usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo), anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes (insulina). O volume não deve exceder 1,0 ml. • As regiões de injeção SC incluem regiões superiores externas dos braços, o abdome ( entre os rebordos costais e as cristas ilíacas), a região anterior das coxas e a região superior do dorso. Via subcutânea (SC) A administração via intramuscular permite que você injete o medicamento diretamente no músculo em graus de profundidade variados. • É usado para administrar suspensões e soluções oleosas, garantindo sua absorção a longo prazo. • Devemos estar atentos quanto a quantidade a ser administrada em cada músculo. • É necessário que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do volume que esse local possa receber. Via intramuscular (IM) A escolha do músculo utilizado vai depender do volume a ser aplicado: • 1ª escolha: vasto lateral da coxa - máximo de 5ml; • 2ª escolha: glúteo ( ventro glútea e dorso glútea) – máximo 5ml; • 3ª escolha: deltóide ( exceto em vacinas) – máximo 3ml. Vasto Lateral da Coxa • Local seguro por ser livre de vasos sanguíneos e nervos importantes; Extensa área de aplicação; • Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou crianças chorosas. • O local de aplicação é 12cm abaixo do trocanter e de 9 a 12cm acima do joelho (no centro dessa região delimitada) Vasto Lateral da Coxa • Local seguro por ser livre de vasos sanguíneos e nervos importantes; Extensa área de aplicação; • Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou crianças chorosas. • O local de aplicação é 12cm abaixo do trocanter e de 9 a 12cm acima do joelho (no centro dessa região delimitada) Dorso Glútea • Indicada para administração de grandes volumes (máximo de 5ml); • Não é indicado para crianças menores de 2 anos; • ATENTAR para localização do nervo ciático; • O local de aplicação é o quadrante superior externo do glúteo. Técnica para aplicação: • Lavar as mãos antes e após o procedimento; • Explicar ao cliente o que será realizado. Orientando-o a manter uma posição que auxilie o relaxamento do músculo onde será feita a injeção, evitando o extravasamento e minimizando a dor; • Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para aplicação; • Calçar as luvas de procedimento; • Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%; Com a mão não dominante, segure firmemente o músculo para aplicação da injeção; • Introduzir a agulha no músculo escolhido, sempre com o bisel lateralizado, num ângulo de 90°; • Após introdução da agulha, realizar aspiração certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado; • Injete lentamente o medicamento após aspiração local; • Retirar a agulha em movimento único; Realizar leve massagem no local da aplicação (é contra indicado para medicamentos de ação prolongada, como os anticoncepcionais injetáveis); • Descartar o material utilizado em local apropriado; • Lavar as mãos. Ventro Glútea • É mais indicada por estar livre de estruturas anatômicas importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos); • Indicada para qualquer faixa etária; • Ainda é muito pouco utilizada. Técnica para aplicação: O profissional de enfermagem deve colocar a mão não dominante espalmada sobre a região trocanteriana no quadril do cliente, apontar o polegar para a virilha e os outros dedos para a cabeça do cliente, colocar o indicador sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca. • Esta posição formará um V. O centro da letra V é o local para aplicação. Aplicação Método Trajeto Z • É uma técnica utilizada na aplicação de drogas irritativas para proteção da pele e de tecidos subcutâneos, é um método eficaz na vedação do medicamento dentro dos tecidos musculares. • Deve ser realizada em grandes e profundos músculos, como Glúteo Dorsal ou Ventral. Técnica para aplicação: • Segure a pele esticada com a mão não dominante; • Realizar antissepsia do local de aplicação; • Introduzir a agulha no músculo com angulação de 90°; • Aspirar a seringa após introdução da agulha, SEM soltar a pele; Injete o medicamento lentamente. Ao término da injeção permaneça com a agulha introduzida aproximadamente por 10 segundos, permitindo melhor distribuição do medicamento; • Evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulo e outros, pois podem dificultar a absorção do medicamento; • As complicações mais comuns desta via incluem o aparecimento de nódulos locais, abscessos, necrose e lesão de nervo. • Retire a agulha num único movimento e solte a pele. A soltura da pele implicará em vedação do orifício da injeção impedindo a saída do medicamento. Via Endovenosa (EV) • É a administração de medicamento diretamente na corrente sanguínea através de uma veia. • A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua. • Como o medicamento ou a solução é absorvido imediatamente, a reposta do cliente também é imediata. • A biodisponibilidade instatânea transforma a via EV na primeira opção para ministrar medicamentos durante uma emergência. • Como a absorção pela corrente sanguínea é completa, grandes doses de substâncias podem ser fornecidas em fluxo contínuo. Indicam-se diluições em seringas de 10 e 20ml, ou seja, com 10 ou 20ml de água destilada. • Para medicamentos com altas concentrações, indica-se diluições em frascos de soluções salinas (Soro Fisiológico 0.9%) ou glicosadas (Soro Glicosado 5%). Via Endovenosa A veia basílica mediana costuma ser a melhor opção, pois a cefálica é mais propensa à formação de hematomas. • Já no dorso da mão, o arco venoso dorsal é o mais recomendado por ser mais calibroso, porém a veia dorsal do metacarpo também poderá ser puncionada. Técnica para punção venosa: • O scalp deve ser trocado a cada 48 horas ou quando houver necessidade (p.ex.; flebite); • O gelco deve ser trocado a cada 72 horas ou quando houver necessidade. • Lavar as mãos antes e após o procedimento; • Explicar o cliente o que será realizado; • Calçar as luvas de procedimento; Deixar o cliente em posição confortável com a área de punção apoiada; • Escolher o local para punção ( sempre iniciar a punção pelas veias das extremidades); • Garrotear o local para melhor visualizar a veia; • Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70% no sentido do proximal para distal; Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha num ângulo de 45°; • Após a punção realizar a fixação adequada com esparadrapo; • Identificar o esparadrapo com data para controle de uma nova punção; • Reunir o material utilizado e coloca-lo em local apropriado; • Realizar anotação de enfermagem do procedimento, descrevendo local e intercorrências. Durante a administração das medicações podem ocorrer alguns acidentes relacionados à manutenção e permanência do dispositivo venoso: 1. Extravasamento: ocorre infiltração da medicação ou solução que está sendo injetada, causando a formação de edema, dor local. A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado; Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum momento e o dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo, impedindo a infusão da solução. Indica-sea injeção de solução salina ou água destilada (10ml em seringa de 10ml em bolus), garantindo assim a permeabilidade do cateter; Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e/ou administração da medicação; O cliente apresenta dor local, calor, edema, sensibilidade ao toque e hiperemia (vermelhidão). A infusão deve ser interrompida e o cateter deve ser retirado. Medicamentos • É toda substância que, introduzida no organismo, vai atender a uma finalidade terapêutica. FINALIDADES: • PREVENTIVA. Ex.: vacinas; • PALIATIVA. Ex.: analgésico; • CURATIVA. Ex.: antibiótico; • SUBSTITUTIVA. Ex.: insulina. Fatores determinantes Dose e efeito Dose prescrita adesão do paciente erros de medicação/distribuição. • Dose administrada Taxa e absorção, superfície corporal, ligação à proteínas plasmático e taxa de eliminação • Concentração no local de ação Variáveis fisiológicas; fatores patológicos/ genéticos; interação com outros fármacos/ tolerância; •Intensidade do efeito efeito placebo Interação fármaco receptor; estado funcional. Prejuízos e Danos Medicamentos administrados erroneamente podem causar prejuízos/danos ao cliente devido a fatores como: Incompatibilidade farmacológica Reações indesejadas Interações farmacológicas Controle na Administração Medicamento Ação do profissional de Enfermagem: consciência, segurança, conhecimentos ou acesso às informações necessárias. Dúvidas, incerteza e insegurança: fatores de risco para a ocorrência de erros no processo de administração de medicamentos. Enfermeiro: supervisão das atividades de Enfermagem durante o preparo e administração de medicamentos (formação com conhecimentos suficientes para conduzir tal prática de modo seguro). Terapia infusional • I - Bolus • II - Infusão lenta • III - Infusão rápida • IV - Infusão contínua • V - Administração Intermitente • TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO • Timby (2001) medicamento deve ser administrado conforme recomendado ou 1 ml/minuto caso não exista informação disponível • Na administração em Bolus os efeitos adversos ocorrem ao mesmo tempo e velocidade que os efeitos terapêuticos • Na administração Lenta podemos interromper imediatamente a administração caso seja observada qualquer reação • Exemplos: • Fenitoína e Diazepam: administradas em tempo + prolongado Infusão lenta Diluição de medicamento As informações sobre diluição de medicamentos no dia a dia não estão disponíveis de forma simples e prática, é necessário protocolo de diluição de medicamentos • Exemplo (1): • Nome: Keflin • Apresentação: 1gr + água destilada 4ml • Reconstituição: Próprio diluente (AD) • Diluentes/Volumes: Água Destilada 10ml • Tempo mínimo de infusão: 1 minuto • Forma de administração: Seringa Exemplo (2) • Nome: Dipirona (novalgina) • Apresentação: Ampola 2 ml • Reconstituição: Não há necessidade • Tempo mínimo de infusão: 1 min • Mais seguro: Diluir em 8 ml de AD • Forma de administração: Seringa Infusão rápida É a administração IV realizada entre 1 e 30 minutos Seringa: infusões em tempo menores Bureta: infusões em tempo > 10 minutos Infusão contínua ou intermitente IV - Infusão contínua: administração realizada em tempo > 60minutos, ininterruptamente • V - Administração Intermitente: não contínua, por exemplo de 6 em 6 horas Para este tipo de terapia é importante a preocupação com a manutenção da permeabilidade do cateter que permanecerá fechado nos intervalos da medicação Como heparinizar O cateter Material necessário: Seringa de 10 ml Agulha 25x8 Água Destilada 10ml Heparina - frasco ampola de 5000U/ml • Só poderá ser utilizada a Heparina em frasco ampola (5.000U/ml) Primeira Diluição: • Aspirar 0,1 ml heparina (500U) + 9,9 ml de AD = (10ml=500U) • Segunda Diluição: • Aspirar 2 ml de primeira diluição (100 U) e completar com 08 ml de AD = (10ml=100U) • Preencher: Scalp = 0,7 ml da solução Abocath c/ polifix = 1,5 ml da solução Cuidados no preparo Da medicação Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico, e a sua administração não é ato simples, tanto no que diz respeito ao preparar quanto no administrar. Regra dos Cinco Certo Medicamento certo Via certa Dose certa Hora certa Paciente certo Local da guarda dos medicamentos • Farmácia / Almoxarifado • Unidade de enfermagem (menor quantidade). Controle dos entorpecentes e psicotrópicos Cuidados no preparo da medicação Concentrar a atenção no trabalho e evitar outras atividades paralelas; Utilizar, para consulta e identificação da medicação preparada, os cartões de medicação, prescrição médica ou relatório de enfermagem; Limpar a bandeja com álcool e colocar os cálices ou outros recipientes com as identificações por sequência de n° de leito e via de administração; Estar ciente do estado geral do paciente, efeitos desejados e colaterais do medicamento; Quando houver dúvidas( letra ilegível, medicamento sem rótulo etc), não preparar o medicamento até o seu esclarecimento; Todo medicamento preparado deve ser rotulado com os dados de identificação do paciente: - N° do leito - Nome da medicação - Via de administração - Horário Ler o rótulo do medicamento três vezes: • Antes de retirá-lo do recipiente; • Antes de colocar o medicamento no cálice ou aspirá-lo na seringa; • Antes de recolocar o recipiente no lugar ou desprezar a ampola e frasco vazios. Colocar o recipiente ou seringa com a medicação junto aos cartões que os identificam ou rotular com fita adesiva; Lavar as mãos antes de iniciar o preparo das medicações; Desprezar o medicamento quando houver alteração de odor, consistência ou outras características indesejáveis. Providenciar o medicamento em falta na clínica, não o substituindo por outro se não tiver certeza absoluta que ambos possuem o mesmo efeito farmacológico desejável. Antes de começar a administrar as medicações, deixar o local em ordem e limpo. Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa e nem permitir que familiares e pacientes o façam; Não deixar a bandeja de medicação na enfermaria, caso necessite sair do aposento; Antes de administrar a medicação, conferir nº do leito e o nome do paciente; Somente após a ingestão ou aplicação do medicamento, ele será checado no horário correspondente; Se o paciente recusar o medicamento, estiver ausente da clínica, não houver o medicamento no hospital, ou qualquer outro motivo, RODELAR o horário e justificar no relatório de enfermagem; Anotar e notificar as anormalidades que o paciente apresentar; Após a administração, lavar, enxugar e/ou colocar em lugar apropriado os materiais utilizado.Observações gerais: - Não ultrapassar a dose prescrita; - Em caso de emergência, a medicação poderá ser dada sob ordem verbal do médico, mas anotada no relatório da enfermagem. Após a prescrição ser feita, colocar o horário e checar; Em geral a prescrição médica é válida por 24h. Principais abreviaturas: • CC ou ml ou cm3 = centímetro cúbico ou mililitro; • gt=gotas amp= ampola • cgt = conta gota • mgt = microgota • g=gotas • mg = miligrama • Cp ou comp = comprimido Reconstituição É a recomendação do diluente e do volume deste usado para reconstituir medicamentos liofilizados. Diluição É a recomendação da solução e volume para diluir o medicamento, em função do pH e da solubilidade do mesmo. Velocidade de infusão para via endovenosa Soroterapia A soroterapia é uma técnica que tem como objetivo suplementar vitaminas, minerais, antioxidantes e aminoácidos por meio de aplicação direta na veia. Isso ocorre através de um soro, que também pode ser aplicado de forma intramuscular. Muitas pessoas sofrem com a deficiência de uma série de substâncias no organismo, por isso, médicos indicam tratamentos para que essas necessidades sejam supridas. No caso da soroterapia, o que muda é que o soro é aplicado diretamente na veia, o que pode garantir uma absorção mais rápida. . Lavar as mãos e calçar as luvas. 02. Preparar a medicação (reservar para o casode ser colocada no soro). 03. Abrir o pacote do equipo de soro evitando contaminar a extremidade acoplada ao frasco. 04. Retirar o soro da embalagem plástica e desinfetar o gargalo e o bico do frasco com algodão embebido em álcool a 70%. 05. Abrir o bico do frasco de soro girando o bico. 06. Conectar o equipo no frasco de soro cuidando para não contaminar o equipo. 07. Fazer o nível da câmara gotejadora, abrir a pinça do equipo retirando todo o ar do mesmo (algumas câmeras gotejadoras são flexíveis e permitem que, com os dedos polegar e indicador, se aperte o local, possibilitando alcançar o nível mais facilmente). 08. Fechar a pinça assim que o soro sair pela ponta do equipo. 09. Somente após o equipo estar cheio e sem ar é que se introduzirá o medicamento prescrito no frasco. Desta forma, não haverá perda de medicamento no momento de preencher o equipo e o não cumprimento da dosagem correta ao paciente. 10. Colocar escala de horário no frasco de soro e o rótulo com identificação do cliente: nome completo, leito, quarto, soro original, medicamentos, dose, horário, gotejamento, além do nome de quem preparou e instalou o mesmo. 11. As normas de qualidade sugerem que este rótulo não cubra o rótulo do fabricante que tem dados importantes, como data de vencimento e lote impressos e devem estar visíveis ao cliente e demais profissionais. 12. Reunir em uma bandeja todo o material e levá-lo à unidade do paciente. 13. Orientar o cliente sobre o procedimento a ser realizado e colocar o frasco de soro no suporte. 14. Conectar o equipo no cateter venoso e abrir a pinça do equipo, tendo-se certificado de que a agulha cateter está dentro da veia. 15. Controlar o gotejamento do soro conforme prescrito. 16. Deixar o cliente confortável e orientado a não mexer na pinça de gotejamento. 17. Lavar as mãos e destinar o material ao lixo próprio. Materiais perfuro cortantes precisam de descarte especial para que não tragam risco ao meio ambiente e nem ao usuário. O descarte das seringas, agulhas e outros produtos de uso único, se feito de forma segura minimiza os impactos ambientais, e evita o risco de acidentes e doenças para os usuários, profissionais da saúde e da limpeza urbana. Evite riscos: Não reutilize seringas e agulhas. Seringas: se reutilizadas, permitem erros na dosagem do medicamento, pois apresentam desgastes na escala, e vazamento de ar e líquido através do pistão. Agulhas: se reutilizadas, perdem sua capacidade de penetração na pele, causando dor ao usuário durante a aplicação, pois o bisel (ponta da agulha) foi danificado e sua lubrificação (silicone) perdida durante o primeiro uso. Perfuro cortantes São todos os objetos e instrumentos contendo canto, bordas, cantos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar e perfurar ao mesmo tempo. Os objetos perfuro cortantes constituem as lâminas, bisturi, agulhas, scalps, ampolas de vidro, vidrarias, lancetas e outros assemelhados, contaminados ou não por agentes químicos ou biológicos. Os profissionais de saúde que atuam em laboratórios e têm contato direto com estes objetos devem realizar com segurança o descarte desses materiais. Como descartar material perfuro cortant Após o uso o material deve ser imediatamente depositado nas caixas de descarte, que devem ficar localizadas o mais próximo possível do local de uso. Identifique o recipiente com o material contaminado, o qual deverá ser incinerado ou aterrado de forma segura e correta. Cuidados com materiais Perfurocortantes Método de administração em que o fármaco é depositado de maneira “paralela” ao TGI e essa deposição nãoseja por meio de uso de injeções. Fármacos podem ser administrados da seguinte maneira: Cutânea, Sprays nasais, Colírios, Inalação, etc. A grande vantagem de se administrar o medicamento de forma parenteral indireta é que o fármaco geralmente age diretamente no local de seu sítio de ação, sem que seja necessário passar por efeitos de primeira passagem, o que implica que pouca quantidade (porém efetiva) do fármaco deverá ser utilizada. Via parenteral indireta Via parenteral transdérmica Bandeja inox para apoiar o medicamento. Luvas de procedimento, se necessário. Medicamento. Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica- mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa. Lavar as mãos. Orientar o paciente sobre a administração do medicamento. Escolher o local para fixação do adesivo, preferencialmente áreas sujeitas a pouca movimentação. Retirar o produto da embalagem e fixá-lo na pele, sem tocar na parte adesiva. Deixar o paciente confortável. Desprezar o material. Lavar as mãos. Fazer anotação no prontuário conforme rotina da instituição. Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar relacionadas ao fármaco administrado. É a via utilizada para administrar medicamento por meio da pele com o uso de adesivos. Esses medicamentos podem ter ação local ou sistêmica. Material: Técnica: Via inalatória A via inalatória utiliza gases como meio de transporte para medicamentos. Na sua maioria, os medicamentos assim administrados têm ação no sistema respiratório. Popularmente, essa via é conhecida por inalação. Material: Bandeja inox para apoiar o medicamento e o micronebuli- zador.Micronebulizador adequado para o paciente (adulto ou criança).Medicamento.Lenço de papel ou toalha de papel para o paciente secar o rosto. Técnica: Reunir a medicação seguindo a regra dos 5 Certos: medica- mento certo, dose certa, paciente certo, via certa e hora certa.Higienizar as mãos.Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.Preparar o medicamento, se necessário, na frente do paciente ou de seu acompanhante.Adaptar o micronebulizador à rede de gases (oxigênio ou ar comprimido).Manter a vazão do gás entre 10 e 15 litros por minuto, ou a critério médico.Orientar o paciente a respirar normalmente enquanto faz a micronebulização.Remover possíveis resíduos do medicamento com auxílio de lenço de papel.Deixar o paciente confortável.Desprezar o material.Lavar as mãos.Fazer anotação no prontuário conforme rotina da instituição.Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar relacionadas ao fármaco administrado. Nasal Ocular Vaginal Uretral e peniana Auricular VIA TRANSMUCOSA Via transmucosa Transmucosa (difusão através de uma membrana mucosa), é o caso da nitroglicerina sublingual. Vias especiais Injeção Intra-óssea: Quando for difícil ou impossível à infusão venosa rápida, a infusão intra-óssea permite a disposição de líquidos, medicações ou sangue total na medula óssea. Executada em neonatos e crianças, esta técnica é utilizada em emergências como parada cardiopulmonar ou colapso circulatório, hipopotassemia, provocada por lesão traumática ou desidratação, estado epilético, estado asmático, queimaduras, pseudo-afogamento e septicemia opressiva ( KAWAMOTO & FORTES, 1997 ) Injeção Intra-articular: Uma injeção intra-articular deposita as medicações diretamente na cavidade articular para aliviar a dor, ajudar a preservar a função, prevenir contraturas e retardar a atrofia muscular. As medicações geralmente administradas via intra- articular incluem corticosteróide, anestésicos e lubrificantes. É contra-indicada em pacientes com infecção articular, fratura ou instabilidade articular ou infecção fúngica sistêmica ( KAWAMOTO & FORTES, 1997 ) Via Intra-arterial: É raramente empregada, por dificuldades técnicas e riscos que oferece. A justificativa de uso tem sido obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição por toda circulação. Uma variante dessa é a via intracardíaca, hoje em desuso, desde que foi substituída pela punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos em reanimação cardio-respiratória ( CASTRO & COSTA 1999). Seleção do cateter e sítio de inserção Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido. Na duração da terapia. Na viscosidade do fluido. Nos componentes do fluido e nas condições de acesso venoso.Não use cateteres periféricospara infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L.Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula. Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos administrados e reduz o risco de flebite química (irritação da parede da veia por produtos químicos).Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio. Seleção do cateter e sítio de inserção em adultos Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites.Para pacientes pediátricos, selecione o vaso com maior probabilidade de duração de toda a terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e braço (região abaixo da axila). Evite a área anticubital28. (III)Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as veias da cabeça. Caso a criança não caminhe, considere as veias do pé.Considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para inserção do cateter, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro não dominante.Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos planejados.Usar metodologia de visualização para instalação de cateteres em adultos e crianças com rede venoso difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso Preparo da pele Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente.Em caso de sujidade visível no local da futura punção, removê-la com água e sabão antes da aplicação do antisséptico.O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico (técnica do no touch). Em situações onde se previr necessidade de palpação do sítio calçar luvas estéreis.Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%. Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos. Indica-se que a aplicação da clorexidina deva ser realizada por meio de movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos circulares (dentro para fora). Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção.A remoção dos pelos, quando necessária, deverá ser realizada com tricotomizador elétrico ou tesouras. Não utilize laminas de barbear, pois essas aumentam o risco de infecção.Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro no total. Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam custos e os riscos de complicações. Pacientes com dificuldade de acesso requerem avaliação minuciosa multidisciplinar para discussão das opções apropriadas. Estabilização Estabilizar o cateter significa preservar a integridade do acesso, prevenir o deslocamento do dispositivo e sua perda. A estabilização dos cateteres não deve interferir na avaliação e monitoramento do sítio de inserção ou dificultar/impedir a infusão da terapia. A estabilização do cateter deve ser realizada utilizando técnica asséptica. Não utilize fitas adesivas e suturas para estabilizar cateteres periféricos. É importante ressaltar que fitas adesivas não estéreis (esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa não estéreis, como micropore®, não devem ser utilizadas para estabilização ou coberturas de cateteres. Rolos de fitas adesivas não estéreis podem ser facilmente contaminados com micro-organismos patogênicos. Suturas estão associadas a acidentes percutâneos, bem como favorecem a formação de biofilme e aumentam o risco de IPCS. Considerar dois tipos de estabilização dos cateteres periféricos: um cateter com mecanismo de estabilização integrado combinado com um curativo de poliuretano com bordas reforçadas ou um cateter periférico tradicional combinado a um dispositivo adesivo específico para estabilização. Coberturas Os propósitos das coberturas são os de proteger o sítio de punção e minimizar a possibilidade de infecção, por meio da interface entre a superfície do cateter e a pele, e de fixar o dispositivo no local e prevenir a movimentação do dispositivo com dano ao vaso.Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril, podendo ser semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou membrana transparente semipermeável. Utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas quando a previsão de acesso for menor que 48h. Caso a necessidade de manter o cateter seja maior que 48h não utilizar a gaze para cobertura devido ao risco de perda do acesso durante sua troca.A cobertura não deve ser trocada em intervalos pré- estabelecidos.A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver suspeita de contaminação e sempre quando úmida, solta, suja ou com a integridade comprometida. Manter técnica asséptica durante a troca.Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o banho. Flushing e manutenção do cateter periférico Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e prevenir complicações.Realizar o flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis.Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas comercialmente disponíveis para a prática de flushing e lock do cateter. Seringas preenchidas podem reduzir o risco de ICSRC e otimizam o tempo da equipe assistencial. Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por exemplo, bags e frascos de soro) como fonte para obter soluções para flushing.Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de conservantes para flushing e lock dos cateteres periféricos. Usar o volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen interno do cateter mais a extensão para flushing. Assim como os volumes maiores (como 5 ml para periféricos e 10 ml para cateteres centrais) podem reduzir depósitos de fibrina, drogas precipitadas e outros debris do lúmen. No entanto, alguns fatores devem ser considerados na escolha do volume, como tipo e tamanho do cateter, idade do paciente, restrição hídrica e tipo de terapia infusional. Infusões de hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras soluções viscosas podem requerer volumes maiores. Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos cateteres. Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter ao passo que utilizando as seringas de diâmetro de 10 ml para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de resistência. Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de seringa. Em caso de resistência, avaliar possíveis fatores (como, por exemplo, clamps fechados ou extensores e linhas de infusão dobrados). Não utilizar seringas preenchidas para diluição de medicamentos.Utilizar a técnica da pressão positiva visto que minimiza o retorno de sangue para o lúmen do cateter. O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da seringa, dessa forma é reduzido com a sequência flushing, fechar o clamp e desconectar a seringa. Solicitar orientações do fabricante de acordo com o tipo de conector valvulado utilizado. Considerar o uso da técnica do flushing pulsátil (push pause). Estudos in vitro demonstraram que por exemplo, a técnica do flushing com breves pausas, por gerar fluxo turbilhonado, podeser mais efetivo na remoção de depósitos sólidos (fibrina, drogas precipitadas) quando comparado a técnica de flushing contínuo, que gera fluxo laminar.A principio realizar o flushing e lock de cateteres periféricos imediatamente após cada uso Avaliação Cuidado com o sítio de inserção A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária. Remover o cateter periférico tão logo não haja medicamentos endovenosos prescritos se caso nesse meio tempo o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas. O cateter periférico instalado em situação de emergência com comprometimento da técnica asséptica deve ser trocado por conseguinte tão logo quanto possível. Remover por fim, o cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações ou mau funcionamento. Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado logo após um período inferior a 96 h. A decisão de estender a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às boas práticas recomendadas nesse documento, em conclusão: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril. Em contraste com pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o cateter rotineiramente. Além disso, é imprescindível que os serviços garantam as boas práticas recomendadas neste documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e por fim estabilização estéril. Dessa forma avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas adjacentes quanto à presença de rubor, edema e drenagem de secreções por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto e valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e parestesia. A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do paciente. Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, por exemplo, sedados ou com déficit cognitivo: avaliar a cada 1 – 2 horas. Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por turno. Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno. Remoção do cateter Cálculo D e medicaç ão @resum_indoenfermagem Por Poliana Pedroso Cálculos de diluição e gotejamento DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS 1º Exemplo: Frasco-ampola de Keflin de 1g ( Cefalotina Sódica) Deve-se diluir de preferência por um volume de 5 ml de solvente, assim obtém- se uma solução total de 5ml. Para saber quanto de Keflin existe em cada ml, deve-se seguir a Regra de Três. Então, 1000mg – 5ml X mg – 1ml x = 200 mg Resposta: Cada ml da diluição terá 200mg 2º Exemplo: Frasco-ampola de Amplicilina de 500 mg. Deve-se diluir de preferência com 5 ml de solvente, assim obtém-se uma solução medicamentosa total de 5ml onde estarão 500 mg de Amplicilina.. Então, 500mg – 5ml X mg – 1ml X = 100 mg (cada ml da diluição terá 100mg) Resposta: Cada ml da diluição terá 100mg A capacidade da maioria dos frascos - ampolas de medicamentos é de no máximo 10ml. PENICILINA CRISTALINA Antibiótico de largo espectro largamente utilizado em unidades hospitalares tem frasco- ampola em apresentações mais comuns com 5.000.000 UI e 10.000.000 UI. Diferente da maioria das medicações, no solvente da penicilina cristalina, deve-se considerar o volume do soluto, que no frasco- ampola de 5.000.000 UI equivale a 2 ml e no frasco de 10.000.000 UI equivale a 4 ml. Quando coloca-se 8ml de Água Destilada em 1 Frasco-Ampola de de 5.000.000 UI, obtém- se como resultado uma solução contendo 10ml. Quando coloca-se 6 ml de Água Destilada em 1 Frasco-Ampola de 10.000.000 UI, obtém- se como resultado uma solução contendo 10ml. Esquematizando: se 5.000.000 UI estão para 8 ml AD + 2 ml de cristais (10ml), logo 5000.000 UI estão para 10 ml. se 10.000.000 UI estão para 6 ml AD + 4 ml de cristais (10 ml), logo 10.000.000 UI estão para 10 ml. se 10.000.000 UI estão para 16 ml AD + 4 ml de cristais (20 ml), logo 10.000.000 UI estão para 20 ml. Observação: 1) Lembre-se que a quantidade de solvente (AD), se não estiver expressa na prescrição ou houver orientação do fabricante, quem determina é quem está preparando. 2) Utiliza-se 8ml no caso de Penicilina Cristalina de 5.000.000 UI e 6ml no caso de Penicilina Cristalina de 10.000.000 UI, para que tenha-se maior facilidade na hora do cálculo. 3) Ao administrar Penicilina Cristalina, lembre-se que esta medicação é colocada normalmente em bureta com 50ml ou 100ml, conforme PM. Exemplo: Foi prescrito Penicilina Cristalina 4.800.000 UI, na unidade tem-se o frasco ampola de 10.000.000UI. Como proceder? Deve-se entender o que foi pedido, então coloca-se o que se tem. PM – PC: 4.800.000 UI AP – PC: FA 10.000.000 UI DIL – 6ml (lembrou que quem determina é quem está preparando?) Resposta: Deve-se aspirar da solução 4,8ml que corresponde a 4.800.000UI REDILUIÇÃO Se diluir uma solução significa dissolver (Pasquale, 2009); adiciona-se a ela solvente não alterando a massa do soluto. Então o que é rediluição ? É diluir mais ainda o medicamento, aumentando o volume do solvente (Água Destilada, SF, SG ou diluente para injeção), com o objetivo de obter dosagens pequenas, ou seja concentrações menores de soluto, porém com um volume que possa ser trabalhado (aspirado) com segurança. Utiliza-se a rediluição quando se necessita de doses bem pequenas, como as utilizadas em: neonatologia, pediatria e algumas clínicas especializadas. Fazendo este exercício pode-se entender melhor; Foi prescrito Aminofilina 15mg IV, tem-se na unidade, ampolas de 240mg/10 ml. Como proceder? Deve-se entender o que foi pedido e então colocar o que se tem. Vamos fazer um comparativo para melhor entendimento: Quando se tem muitas pessoas para o jantar, porém não se estava esperando, lembre-se da expressão: "Colocar mais água no feijão". A quantidade de grãos é a mesma, no entanto, ao se colocar mais água, o volume torna-se maior. O mesmo ocorre quando prepara-se o suco em pó e coloca-se mais água do que o indicado pelo fabricante. A quantidade de pó é a mesma, porém o volume foi aumentado (Refluímos o pó do suco). Ficou mais claro com esses exemplos? Tem-se agora uma nova apresentação. Lembre-se que falamos de aumento de volume com a mesma quantidade de soluto (24mg). Agora é só aspirarmos mais 9ml de AD completando 10ml que corresponde a 24mg. Por que completar 10 ml? Apenas para facilitar os cálculos: Foi prescrito Penicilina G Potássica 35.000 UI IV, tem-se na unidade frascos-ampolas de 10.000.000 UI. Como proceder? Novamente, após aspirar este 1 ml, completa-se na seringa 10 ml, adicionando 9 ml de AD; o que resulta em uma nova apresentação a ser utilizada Cálculo com insulina REGULAR (simples ou composta) ação rápida ou média - aspecto límpida NPH – ação lenta – aspecto leitoso Insulina glargina (Lantus) – ação contínua (uma única dose a cada 24 h) – aspecto incolor A insulina é sempre medida em unidades internacionais (UI) ou (U). Atualmente existem no mercado frascos de insulina graduada em 100 UI/ml e seringas de insulina graduadas também em 100 UI/ml. Exemplo: Prescrição Médica 20 UI de insulina NPH rotulado 100 UI/ml e seringa de insulina graduada 100 UI/ml. Resposta: Deve-se aspirar na seringa de insulina até a demarcação de 20 UI. Neste caso é muito tranquilo, pois tanto o frasco quanto a seringa tem a mesma relação unidades/ml; isto significa que o frasco tem a apresentação 100 UI/ml e a seringa também tem esta apresentação. Quando se tem frascos com apresentação diferente da graduação da seringa ou ainda quando não existir seringa de insulina na unidade,utiliza-se uma "fórmula". Será necessário o uso de seringas hipodérmicas de 3 ou 5 ml. Utilizando o mesmo exemplo de uma prescrição de 20 UI de insulina NPH, tendo o frasco de 100 UI/ml, mas com seringas de 3 ml Se não houver nenhum tipo de seringa de insulina na unidade e sendo necessário o uso de seringa hipodérmica (3 ml-5 ml), o volume aspirado terá por base sempre 1ml da seringa, não importando o tamanho da seringa. Atenção: caso a Prescrição Médica seja em valores mínimos, não sendo possível aspirá-lo, o médico deverá ser comunicado, pois não está indicada a diluição da insulina devido a perda da estabilidade. Soro É uma solução que pode ser isotônica, hipertônica e hipotônica e tem como finalidades: hidratação, alimentação, curativos, solvente de medicações (ampolas), compressa ocular, compressas diversas, e outros. Define-se da seguinte forma: Solução Isotônica: a concentração é igual ou próxima a do plasma sanguíneo. Solução Hipertônica: a concentração é maior que a do plasma sanguíneo. Solução Hipotônica: a concentração é menor que a do plasma sanguíneo. Alguns tipos de soro mais utilizados: Soro Glicosado 5 % e 10% (SG 5% e SG 10%) Soro Fisiológico 0,9% (SF 0,9%) Soro glicofisiológico (SGF) Soro ringer com lactato ou ringer simples Seus volumes podem variar de ampolas de 10 ml ou 20 ml e frascos de 100 ml, 250 ml, 500 ml e 1000 ml. Pode-se manipular de forma a aumentar ou diminuir a concentração ou estabelecer uma nova solução. Para aumentar a concentração de um soro: Neste caso será necessário descobrir de quanto é a concentração do soro prescrito e a concentração da solução que temos disponível na unidade. Vamos recordar? Quando fala-se de SG 5% tem-se 5g —100ml Quando fala-se de SG 10% tem-se 10g —100ml Quando fala-se de SG 15% tem-se 15g —100ml Quando fala-se de SF 0,9% tem-se 0,9g —100ml 1º Exemplo: Soro prescrito SF 7,5% 500 ml Soro que se tem disponível na unidade SF 0,9% 500 ml Solução disponível na unidade Ampolas de NaCl 20% 10ml 3) Queremos um soro que contenha 37,5 gramas de cloreto de sódio; como tem-se um soro com 4,5 gramas, é preciso acrescentar 33 gramas ;(pois 37,5 g – 4,5 g =33 g 5) sabendo quantos gramas tem-se em cada ampola Lembre-se... o frasco do soro não suporta o volume adicional. Para adicionar 165 ml deve-se desprezar 165 ml (!). GOTEJAMENTO DE SOLUÇÕES LEGENDA Vol = Volume t = Tempo min = Minutos gts = gotas mgts = microgotas Ainda que na maioria dos Serviços essa tarefa seja realizada por bombas de infusão, é preciso observar que em provas, concursos e em casos de falhas nos equipamentos deve-se utilizar as fórmulas tradicionais com os seguintes elementos: ● Volume a ser infundido em ml (V) ● Tempo que se leva para que a solução “corra”; podendo ser em horas e minutos (T) ● Gotas (gts) ● Microgotas (mgts) Então vamos demonstrá-las Resposta: Em 30 minutos deverá correr 200 mgts/min. Observação: Podemos ainda encontrar enunciados de outras formas: onde temos o volume o número de gotas/minuto e queremos determinar o tempo. Qual o tempo necessário para o término de uma solução? Para descobrirmos o tempo necessário para o término de uma solução, devemos: Ex: Vol = 500 ml Nº de gotas / min. = 10 gts/min. No exemplo anterior, afirmamos que o soro será infundido a uma velocidade de 10 gotas/min. Utilizamos a fórmula para chegarmos ao tempo para o término da solução: Substituímos na fórmula os valores determinados. Tempo = 16,6 h ou 16 h + 0,6 h (separamos 16 horas inteiras mais 0,6 horas) Para obtermos a fração 0,6 h e somente relembrarmos a regra de 3. 1h – 60 min. 0,6 – x x = 36 min. Portanto a solução de 500 ml, infundindo a uma velocidade de 10 gotas/min, irá terminar em 16 horas e 36 min. O cálculo para conhecermos o tempo necessário para o término de uma solução que corre em micro gotas/min. é idêntico ao de gotas/min. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA – Volumes I e II BOYER, MJ. Calculo de dosagem e preparação de medicamentos (trad. Carlos Henrique Cosendey e Alexandre Cabral de Lacerda). Rio de janeiro: Guanaba Koogan, 2010. CASSANI, SHB. A segurança do paciente e o paradoxo no uso de medicamentos. Rev. Bras. Enfermagem 2005; 88(1): 95-9. CIPRO Neto, P. Dicionário da língua portuguesa comentado pelo Professor Pasquale. Barueri, SP: Gold Editora, 2009. DESTRUTI, ABCB et all. Cálculos e conceitos em farmacologia. 8 ed. São Paulo: Editora Senac, 2004. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem: 2007-2008. Rio de janeiro: EPUB, 2006. KELLEY, EG. Medicação e Matemática na Enfermagem. 1 ed. São Paulo: EPU Editora, 1977. PEDREIRA MLG. Errar é humano: estratégias para a busca da segurança do paciente. In: Harada MJCS, Pedreira MLG (org). O erro humano e a segurança do paciente. São Paulo: Atheneu, 2006. p. 1-18. PETERLINI MAS, CHAUD MN, PEDREIRA MLG. Órfãos da terapia medicamentosa: a administração de medicamentos por via intravenosa em crianças hospitalizadas. Rev Latino- am Enfermagem 2003; 11(1): 88-95. REASON J. Beyond the organizational accident: the need for "error wisdom" on the frontline. Qual Saf Health Care 2004;13(Suppl II):ii28–ii33. RUBINSTEIN, C. et al. Matemática para o curso de formação de professores de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. 2ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 1997. SILVA, MT e SSILVA, SRLPT. 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