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O reconhecimento das libras como status de língua e os surdos como representantes de uma cultura surda. Flaviane Ramos Silvestre Pessoa. Em 2002 com a criação da Lei 10.436 deu-se o reconhecimento legal de LIBRAS como a língua materna dos cidadãos surdos, ocorrendo um considerável avanço pela formalização como uma língua em todo o território brasileiro assegurando seus direitos como cidadão. A inclusão dos surdos é essencial para o reconhecimento da importância da LIBRAS no âmbito acadêmico, profissional e social. Porém, vivemos em uma sociedade que acredita ser inclusiva, e que enxerga políticas que reduzem a desigualdade como privilégio. Dessa forma torna-se mais árdua a tarefa de implementar políticas de inclusão para as minorias, inclusive a real valorização da língua brasileira de sinais em todo o país. A cultura surda engloba possibilidades e elementos próprios da vida dos sujeitos que se reconhecem como surdos, abrangendo não apenas aspectos mais corriqueiros da vida de cada um, mas também o grupo social que constituem. Uma das diferenças entre as línguas de sinais e as línguas orais é o canal de comunicação utilizado. Enquanto as línguas orais utilizam o canal oral-auditivo, as línguas de sinais utilizam o canal viso-motor. As línguas de sinais são estruturadas a partir de unidades mínimas que formam unidades mais complexas, utilizadas dentro de contextos. Para se expressar na língua de sinais, é necessário atenção visual, memória visual, discriminação visual, agilidade manual e expressão facial e corporal. As expressões faciais e corporais são importantes na comunicação da língua brasileira de sinais, porque é através delas que o não ouvinte se comunica para transmitir uma informação. E para isso, a linguagem corporal em libras precisa ser estudada em todo o seu contexto para esclarecer as ideias e que haja comunicação. Devido os quesitos educacionais, sociais e culturais os surdos não são reconhecidos pelo seu potencial existente, e sim por suas limitações devido a sua condição numa sociedade que pouco utiliza a linguagem de sinais, impossibilitando o desenvolvimento, a evolução e a acessibilidade da língua para os cidadãos, o atraso desencadeia a falta de acesso dos surdos a libras, e com isso a vivência em um mundo puramente ouvinte torna-se mais complicado. E a inclusão de crianças surdas em escolas convencionais, acaba desvalorizando a importância da linguagem corporal e alfabetização em libras. A cultura surda é fundamental para o acolhimento e a participação social dos surdos, tanto entre si quanto com o restante da população que é essencial para que os indivíduos não se sintam distantes da sociedade e para conseguirem se encontrar em um grupo, se sentindo mais representados. Portanto, essas organizações contribuem significativamente para a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas. A cultura surda é uma forma de inclusão dos surdos na sociedade, pois os indivíduos podem se apoiar nos grupos, em seus familiares e, também, em empresas e instituições que oferecem facilidades, visando a melhora da qualidade de vida. Consequentemente, as pessoas surdas podem melhorar seu bem-estar e ter maior aceitação da deficiência. Referências https://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17962/material/ Estrutura%20gramatical%20da%20libras.pdf https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/37656/html https://www.linkedin.com/pulse/o-reconhecimento-da-libras-como-status-de- l%C3%ADngua-juliana-farias/?originalSubdomain=pt https://ensino.digital/blog/a-importancia-da-cultura-surda https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/37656/html https://www.linkedin.com/pulse/o-reconhecimento-da-libras-como-status-de-l%C3%ADngua-juliana-farias/?originalSubdomain=pt https://www.linkedin.com/pulse/o-reconhecimento-da-libras-como-status-de-l%C3%ADngua-juliana-farias/?originalSubdomain=pt
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