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GESTÃO ESCOLAR UNIDADE 4 - PROJETO POLI�TICO- PEDAGO� GICO: COMPROMISSO DEMOCRA�TICO COM A QUALIDADE DA ESCOLA Autoria: Luiz Antonio da Silva dos Santos - Revisão técnica: André de Faria Thomáz Introdução Para construir uma escola de qualidade social, é fundamental saber onde se está, aonde se quer chegar, bem como planejar o trajeto a ser percorrido em busca desse objetivo. Nesse sentido, o Projeto Polı́tico-Pedagógico (PPP), enquanto um projeto coletivo, contribui para o processo de mudança. No entanto, você sabe como é feito esse importante instrumento de ação e intervenção global? Como se dá o trabalho da equipe de gestão enquanto mediadora das ações escolares, a partir desse documento? Quais são os principais itens de tal projeto? Nossas re�lexões intencionam compreendermos como é construı́do o Projeto Polı́tico-Pedagógico e qual é a sua importância para a comunidade educativa. Por isso, é preciso discutirmos sobre a relação do documento com a gestão democrática, veri�icando como ele vem sendo pensado no interior das escolas. Diante desse contexto, nesta última unidade da disciplina, iremos considerar os principais desa�ios da escola para conseguir se desenvolver em uma perspectiva de qualidade social. Além disso, considerando a intencionalidade que as instituições de ensino carregam na busca pela melhoria da qualidade do ensino ofertado à população, nos aprofundaremos sobre esse que é um dos instrumentos teórico-metodológicos mais relevantes, o qual norteia toda a ação educativa. Bons estudos! 4.1 Reflexões introdutórias sobre o Projeto Político- Pedagógico Para que a gestão democrática saia do discurso abstrato e seja transposta para o plano concreto no espaço escolar, faz-se necessária a criação de dispositivos que fortaleçam e propiciem a participação ativa dos sujeitos nos processos decisórios da comunidade educativa. Assim, os órgãos centrais e as escolas têm a incumbência legal de organizarem um planejamento educacional. No campo escolar, temos o Projeto Polı́tico-Pedagógico (PPP), que traz as condições adequadas para o planejamento pedagógico, polı́tico e administrativo das instituições de ensino. Esse projeto é construı́do por muitas mãos, mas é fundamental uma liderança para se criar as condições de participação. Diante disso, a �igura do gestor escolar assume importância central. #PraCegoVer: na �igura, temos a fotogra�ia de uma mulher em primeiro plano, à esquerda, no papel de diretora escolar. Ao fundo, há um corredor e uma porta. Contudo, o que é, de fato, esse projeto? Para que ele serve? E� importante destacar que o termo “Projeto Polı́tico-Pedagógico” adotado aqui não é consenso entre autores, estudiosos e gestores educacionais. Historicamente, ele assumiu outras designações, sem, no entanto, deformar sua �inalidade. Entre elas, podemos mencionar: Projeto Pedagógico, Projeto Pedagógico-Curricular, Projeto Educativo e Projeto de Escola. Inclusive, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394/1996), usam-se termos diferentes para o mesmo objeto: Proposta Pedagógica (artigos 12 e 13) e Projeto Pedagógico (artigo 14). Dessa forma, depreendemos que é necessário explicitar a justi�icativa da adoção de Projeto Polı́tico- Pedagógico (PPP). Isso pode ser traduzido pelo fato de compreendermos que o ato pedagógico é sempre um ato polı́tico, uma vez que implica em escolhas. Isto é, a ideia de que o polı́tico está convivendo na ação pedagógica reforça a importância de �ixar o termo “polı́tico” na nomenclatura, considerando a perspectiva que nenhuma prática educativa carrega neutralidade. Paro (2007) destaca esse elemento que evidencia a disputa entre os projetos societários vigentes e os interesses antagônicos de classes, que estão presentes também na escola. Isso corrobora com o pensamento de Vasconcellos (2013, p. 19): [...] consideramos importante manter o “polı́tico” para jamais descuidarmos desta dimensão tão decisiva do nosso trabalho, não nos esquecermos dos coe�icientes de poder presentes nas práticas educativas e nas suas interfaces com a sociedade como um todo. Da mesma forma, para não perdermos de vista que a algum interesse polı́tico nós sempre servimos, que não há neutralidade, se não temos um projeto explı́cito e assumido, com certeza estamos seguindo o projeto de alguém (que talvez até faça questão de não se manifestar para poder dominar com e�iciência) [...]. Figura 1 - O gestor escolar é indispensável para a criação do PPP Fonte: SDI Productions, iStock, 2020. Entendido esse lado, podemos dizer que se trata de um documento central para analisarmos os projetos educativos de qualquer entidade escolar. Ele pressupõe a prática pedagógica como um ato polı́tico em si, pois busca a formação global dos sujeitos para determinada sociedade, ou seja, refere-se às intencionalidades presentes nas ações formativas. Na concepção de Veiga (1995, p. 13), temos que o […] Projeto Polı́tico-Pedagógico busca um rumo, uma direção. E� uma ação intencional, com um sentido explı́cito, com um compromisso de�inido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto polı́tico, por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolı́tico e com os interesses reais e coletivos da população majoritária. [...]. Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crı́tico e criativo. Pedagógico, no sentido de se de�inir as ações educativas e as caracterı́sticas necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. Baseado no exposto, defendemos que o PPP carrega um caráter singular na de�inição e nas diretrizes para todas as ações formativas da escola, expressando seu componente polı́tico quando se mostra intimamente articulado com os interesses reais e coletivos da comunidade educativa, assim como quando suscita dos sujeitos posicionamentos e tomadas decisões frente ao contexto educacional. Além disso, ele é pedagógico porque traduz um tipo de ser humano que se quer formar, orientando pedagógica e coletivamente para que o conjunto de ações assumido possa ser transformado em metas coletivas. De tal modo, o PPP norteia as ações educativas explicitando o porquê e como ensinar. A�inal, não há como pensar no projeto sem re�letir quanto às práticas que permeiam a instituição escolar. Na ausência dessa re�lexão, observamos uma propensão de reproduzir a realidade existente, afastando-se do avanço e da transformação desejada. Portanto, o Projeto Polı́tico-Pedagógico se constitui como um movimento que a escola utilizada para a sua construção, exigindo em sua essência uma metodologia de trabalho compartilhada e participativa. Nesse sentido, ele também aperfeiçoa o processo de formação continuada. Como nos ensinam Veiga e Resende (1998, p. 9), o PPP é fruto de re�lexão e investigação teórica, [...] exige profunda re�lexão sobre as �inalidades da escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara de�inição de caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e cientı́�ico, constituindo- se em compromisso polı́tico e pedagógico. Quando a escola assume democraticamente sua tarefa ética com a dimensão qualitativa dos processos formativos humanos — ou seja, com a qualidade social da aprendizagens dos estudantes —, ela precisa sistematizar um conjunto de ações a serem executas para que alcance êxito quanto a tais objetivos. Por essa razão, no processo de formulação do PPP, é necessário fazer uma leitura crı́tica das práticas da escola e ter uma visão institucional globalizadora que sinaliza os desa�ios a serem enfrentados. Segundo Lück (2013, p. 38), o “ProjetoPolı́tico-Pedagógico, como não poderia deixar de ser, tem como foco o aluno, a sua formação e aprendizagem e a organização do processo pedagógico para promover essa formação e aprendizagem”. O documento, então, auxilia na tarefa de identi�icar os obstáculos e as forças restritivas do desempenho de qualidade de cada instituição de ensino, para que se possa garantir a operacionalização da tarefa de avaliar re�lexivamente as práticas educativas, propondo ações teoricamente fundamentadas. Avança- se, assim, no processo de construção de identidade e, consequentemente, no exercı́cio de autonomia educacional (VEIGA; RESENDE, 1998). Sob essa perspectiva, quando falamos em autonomia, isso nos reporta às categorias concernentes à liberdade e emancipação. No tocante à liberdade, é importante destacar que ela não é absoluta, mas sempre relativa, pois se assenta mais na capacidade de escolha que na ação independente. Desse modo, a compreensão de autonomia tem como aspecto basilar a ideia da capacidade de tomada de decisões e o senso coletivo de responsabilidade pelas deliberações que foram tomadas. Libâneo, Oliveira e Toschi (2007, p. 333) nos explicam que a instituição autônoma é aquela que tem poder de decisão quanto aos […] seus objetivos e sobre suas formas de organização, que se mantêm relativamente independente do poder central e administra livremente recursos �inanceiros. Assim, as escolas podem traçar o próprio caminho, envolvendo professores, alunos, funcionários, pais e comunidade próxima, que se tornam corresponsáveis pelo êxito da instituição. A corresponsabilidade pelas decisões coletivas assumidas pela instituição oferece oportunidade de pensar e transformar o espaço escolar, a partir de uma perspectiva de compartilhamento de poder. Todavia, não é su�iciente essa autonomia ser exigida da escola por órgãos centrais e por força das leis educacionais. Isto é, a autonomia não é algo que se impõe, mas um movimento processual e dialógico que se apresenta nas relações entre os sujeitos. Silva (1996, p. 60) ainda complementa essa ideia citando que a autonomia “[…] é resultado de um percurso, de um movimento que implica esforço e exercı́cio do poder e não se mantém sem uma atuação ativa do sujeito”. Logo, a autonomia para a construção do PPP se apresenta como um componente valioso para o planejamento e a sistematização da proposta pedagógica, assentada na participação dos atores da escola no processo educativo. #PraCegoVer: na �igura, temos a fotogra�ia de uma multidão ao fundo, com um braço levantado em primeiro plano, sugerindo a ideia de participação. Figura 2 - Participação nos setores decisórios da escola Fonte: Nutthaseth Vanchaichana, iStock, 2020. A construção coletiva do PPP é essencial para que ele não se torne um documento que seja produto de formalismo burocrático ou porque se constitui como uma exigência legal para a instituição escolar, mas, sim, para conferir legitimidade nas atividades planejadas e praticadas. Nesse aspecto, Veiga e Resende (1998, p. 15) assinalam para a necessidade de se repensar a estrutura de poder dentro e fora da escola: Para ser autônoma, a escola não pode depender somente dos órgãos centrais e intermediários que de�inem a polı́tica da qual ela não passa de executora. Ela concebe sua proposta pedagógica ou projeto pedagógico e tem autonomia para executá-lo e avaliá-lo ao assumir uma nova atitude de liderança, no sentido de re�letir sobre as �inalidades sociopolı́ticas e culturais da escola. A� luz dessa premissa teórica, precisamos superar a cultura limitante de que a escola só pode basear o seu fazer — e, especi�icamente, elaborar o PPP — em ações indutoras de órgãos competentes. Dessa maneira, a autonomia também não pode ser exercida como se a instituição escolar fosse uma ilha, ou seja, em que as escolhas traduzem uma tentativa de desligamento social e polı́tico da escola com relação ao mundo. VOCÊ O CONHECE? Ilma Passos Alencastro Veiga tem pós-doutorado em Educação pela reconhecida Universidade de Campinas, e é professora do Centro Universitário de Brasıĺia. Ela defende a importância da construção do Projeto Polıt́ico-Pedagógico e o concebe como a carteira de identidade da escola. Descubra mais um pouco sobre ela e suas ideias em: https://www.youtube.com/watch?v=k_I6M3lW6ss&t=64s (https://www.youtube.com/watch?v=k_I6M3lW6ss&t=64s). 4.2 Embasamento teórico para a elaboração do Projeto Político-Pedagógico A função social da escola passa pelo compromisso ético com a qualidade do trabalho que se produz. Considerando esse aspecto, toda instituição de ensino precisa realizar sua prática educativa com respaldo nas contribuições teóricas vigentes. Por isso, pensar e construir meios formativos de qualidade exigem um processo que reivindica, por parte de seus atores, ações estruturadas e teoricamente fundamentadas. https://www.youtube.com/watch?v=k_I6M3lW6ss&t=64s Com o intuito de superar as incoerências, também não é su�iciente um Projeto Polı́tico-Pedagógico ser escrito com aportes teóricos progressistas, se as bases conceitual e teórica não forem corpori�icadas nas práticas educativas da escola. O PPP e as ações escolares devem caminhar na mesma direção, sob pena de serem apenas mais um procedimento burocrático a ser cumprido. No entanto, como conferir bases teóricas às ações previstas no projeto? De acordo com Veiga e Resende (1998), não há outro caminho a não ser o estudo dos pressupostos teóricos que fundamentam as ações pedagógicas. Iremos conhecer quais são eles com os próximos itens. Acompanhe! 4.2.1 Pressupostos filosófico-sociológicos, epistemológicos e didático-metodológicos Na elaboração do PPP, o repertório teórico dos pressupostos �ilosó�ico-sociológicos absorve as concepções sobre o contexto social, as relações existentes nos setores sociais, bem como as compreensões de ser humano, cidadania, aluno, professor, processo educativo e projeto societário que a instituição escolar defenderá. Veiga e Resende (1998, p. 20) nos trazem que, “De�inindo o tipo de sociedade que queremos construir, discutiremos qual a concepção de educação correspondente”. Nessa linha, as concepções de sociedade e ser humano que carregamos vão determinar os fazeres e as propostas organizativas da intuição escolar. VOCÊ QUER LER? No artigo “Qualidade e equidade em educação: reconsiderando o signi�icado dos ‘fatores intraescolares’”, de Creso Franco e outros autores, é um trabalho de pesquisa que traz as caracterıśticas escolares que estão vinculadas às mudanças nos indicadores de qualidade dessas instituições, mensuradas por testes de Matemática, da quarta série do Ensino Fundamental. A pesquisa também identi�ica e avalia o efeito sobre a equidade de caracterıśticas escolares associadas, simultaneamente, à e�icácia escolar e ampliação das desigualdades educacionais. Vale a leitura! O texto completo está disponıv́el no link: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n55/a07v1555.pdf (http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n55/a07v1555.pdf ). http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n55/a07v1555.pdf Já no caso dos pressupostos epistemológicos, esse fundamento especi�ica como o trabalho e a organização do conhecimento é compreendido e desenvolvido na realidade educativa da escola: como o estudante aprende, como os conteúdos devem ser sistematizados, como os trabalhos serão reconhecidos e valorizados, como serão as práticas avaliativas e o processo de ensino (VEIGA; RESENDE, 1998). Nesse contexto, se os pressupostos �ilosó�ico-sociológicos já situaram as concepções do contexto social, os epistemológicos devem garantir a mesma vertente teórica, ou seja, o conhecimento precisa ser concebido como produção histórica, efetivando-se no processo de interação e assimilação ativas. Dessa maneira, de acordo com Veiga e Resende (1998), os saberes prévios dos estudantes, ou seja, a existência cultural, terá lugar de valorse constituindo um �io condutor dos conhecimentos cientı́�icos. Esses aprendizados prévios dos alunos são ponto de partida, mas nunca ponto de chegada. O ensino também dará ênfase à interação, à pesquisa e ao trabalho coletivo, promovendo o respeito mútuo e a corresponsabilidade pelo processo de aprendizagem. Se o conhecimento é compreendido como um processo, a avaliação se dará da mesma forma. Por �im, nos pressupostos didático-metodológicos, as observações são concentradas para o processo de ensino-aprendizagem. Isto é, de�inindo-se como será a gestão de sala de aula e quais os melhores procedimentos formativos utilizados para que os estudantes aprendam, de fato. O Projeto Polı́tico-Pedagógico deve, também, problematizar a necessidade de uma organização didático- metodológica que considere a diversidade e as diferenças dos estudantes, dialogando com pedagogias distintas. Assim, assumir determinada concepção teórica pode fortalecer o trabalho coletivo, as ações organizativas e planejadas, bem como os resultados obtidos, pois haverá clareza dos caminhos escolhidos e corresponsabilidade pelos resultados, sejam eles positivos, sejam eles negativos. 4.2.2 Características e princípios norteadores do PPP A despeito do PPP, é importante ressaltar caracterı́sticas e princı́pios em que está ancorado o projeto. Essas caracterı́sticas centrais seriam: participação efusiva dos diversos setores da comunidade educativa; desenvolvimento de atividades em consonância com as necessidades, os interesses e os objetivos comuns; constituição de um processo decisório vinculado à participação e decisão da maioria; valorização do ser humano enquanto pessoa integral e como sujeito produtor de sua própria existência; busca da autonomia; articulação orgânica de diferentes níveis e modalidades de ensino; adoção de uma perspectiva crítica pelo caráter coletivo nas decisões; busca pela superação da lógica de fragmentação do trabalho pedagógico; • • • • • • • • construção de um processo dinâmico e reflexivo que transcenda a elaboração de um documento; diálogo e respeite para com as diversidades presentes em vários níveis e modalidades de ensino. Para Veiga (1995, p. 167), “[…] o Projeto Polı́tico-Pedagógico, ao propiciar a estruturação de novas formas de organização de trabalho, enfatiza o fortalecimento da equipe escolar, a gestão democrática, alicerçada na decisão coletiva e na corresponsabilidade do grupo”. Após esclarecimentos conceituais sobre algumas caracterı́sticas fundamentais do PPP, buscamos pontuar alguns princı́pios que, segundo Veiga (1995), norteiam o projeto, especialmente quando ele tem um viés democrático. Veremos a respeito deles com as abas a seguir. • • VOCÊ SABIA? O PPP possui três eixos que se articulam organicamente para estruturar a proposta de sua produção, a saber: eixo pedagógico (movimenta-se pela proposta pedagógica), administrativo (movimenta-se pela gestão democrática) e comunitário (movimenta-se pela participação e interação da comunidade com a escola). O PPP precisar dialogar com a entrada e a permanência qualitativa do estudante na escola. No processo de elaboração do PPP, temos que discutir a qualidade da oferta educativa que estamos proporcionando aos estudantes. • • • Igualdade de condições Qualidade Agora que entendemos um pouco melhor sobre o Projeto Polı́tico-Pedagógico, podemos compreendê-lo como um processo, conforme estudaremos no próximo tópico. Vejamos! Tem como sustentação um novo modo de pensar e operar à administração escolar. Deve-se ter um movimento na direção do compartilhamento das decisões e na corresponsabilidade pelas decisões tomadas, bem com garantido o espaço de fala para todos os atores nos processos decisórios. No contexto escolar, a liberdade tem relação estreita com a autonomia. No tocante à autonomia, remete-se à criação e autorregulação pelos próprios indivı́duos da comunidade educativa, sem interferência externa. Não é possı́vel falar em educação de qualidade sem tocar na valorização dos seus pro�issionais. Esse olhar valorativo passa, entre outros aspectos, pela formação inicial e continuada, bem como pelas melhorias nas condições objetivas e materiais de trabalho e salário. • • 4.3 Projeto Político-Pedagógico como um processo Você já pensou em que se constitui um processo? Aliás, quais os signi�icados contidos na palavra “processo”? Tecnicamente, podemos entender o processo como o “[…] ato de proceder, de ir por diante […]. Sucessão de estados ou de mudanças. […] maneira pela qual se realiza uma operação, segundo determinadas normas” (FERREIRA, 1999, p. 703). Reconhecemos, então, a necessidade de despertar consciências para o interesse coletivo que redunde no aprofundamento re�lexivo sobre o projeto educativo que vem sendo desenvolvido na escola. E� nesse contexto escolar que se con�irmam os contrassensos concernentes à formação continuada existente e às necessidades formativas e de planejamento das ações. Conforme Vasconcellos (2006), o engajamento compartilhado e participativo na construção do Projeto Polı́tico-Pedagógico merece muita atenção e reclama avaliação apurada. O discurso circulante super�icial de uma possı́vel “perda de tempo” em função da acumulação de trabalho desenvolvido e à falta de tempo para a participação, precisa ser ressigni�icado. Isso porque o PPP pode se constituir em importante momento e instrumento para enfrentar tais situações. Diante disso, o gestor e a equipe de gestão têm função estratégica no processo de formulação democrática do Projeto Polı́tico-Pedagógico. Além da coordenação dos esforços coletivos desse processo, o gestor escolar também lidera a elaboração, a sistematização e todo o percurso avaliativo do PPP. Essa tarefa exige um repertório de conhecimentos, habilidades e responsabilidades especı́�icas das equipes de gestão das escolas, pois implica diálogo Gestão democrática Liberdade Valorização do magistério permanente entre os segmentos, articulando a organização pedagógico-administrativa para atender o previsto. Além disso, ainda implica em discutir sobre as concepções existentes, sem perder de vista o eixo mobilizador central de tudo que é ensino-aprendizagem de maior qualidade. #PraCegoVer: na �igura, temos a fotogra�ia de um lı́der em primeiro plano, conversando e articulando com outras pessoas, as quais estão sentadas ao redor do gestor, ouvindo atentamente, ao fundo. O uso de indicadores de desempenho é fator preponderante para a gestão de resultados. Assim, cabe a pergunta: sobre quais indicadores e de quais desempenhos estamos nos referindo quando colocamos em foco a gestão por resultados? Na verdade, estamos falando sobre os desempenhos e resultados que precisam ser considerados em relação aos diferentes processos pelos quais a escola é responsável. Desse modo, com base em pesquisa sobre os limites e as possibilidades da autonomia e construção do Projeto Polı́tico-Pedagógico, Cavagnari (1998) menciona a necessidade de uma coordenação de esforços operacionais diante de todo o processo de elaboração do PPP. Essa liderança, conforme a autora, deve ser desempenhada pelo gestor da escola, pelo supervisor e/ou pela equipe pedagógica, para que as deliberações e ações, tanto administrativas quanto pedagógicas, respeitem as articulações necessárias. Vale lembrar, nesse contexto, que a gestão pedagógica determina a ação do administrativo: Uma coordenação e uma liderança seguras, competentes e criativas incentivam a participação e uni�icam as ações dos professores, favorecendo o crescimento do grupo e da escola. Esse trabalho implica obviamente capacidade de desenvolver competência técnica, polı́tica e humana dos educadores na construção de um projeto de escola autônoma. (CAVAGNARI, 1998, p. 109) Figura 3 - Papel da liderança no processo de construção do PPP Fonte: skynesher, iStock, 2020. #PraCegoVer: no quadro, temos as trêscompetências necessárias (à esquerda) de um gestor que irá coordenar a elaboração do Projeto Polı́tico-Pedagógico: técnica, polı́tica e humana. A� direita, temos o conceito de cada uma delas. Nesse sentido, as competências explicitadas assumem importância central no trabalho da equipe de gestão, pois, sem elas, será inviabilizado o trabalho e os objetivos da instituição escolar. Assim sendo, o trabalho com o PPP tem caráter coletivo e exige corresponsabilidade, conforme reforçado por Veiga e Resende (1998, p. 31): Se, por um lado, a coordenação do processo de construção do projeto pedagógico é tarefa do corpo diretivo e da equipe técnica, por outro, é corresponsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal técnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando, ainda, com a colaboração e assessoria efetivas de pro�issionais ligados à educação. Portanto, viabilizar o projeto pensado e construı́do só se torna possı́vel se executado dentro do princı́pio coletivo, para que ele seja capaz de gerar um sentimento de pertença. Logo, esses atores começam a operar em uma nova lógica: se eu planejo, executo e avalio; o projeto também é meu. Quadro 1 - Competências necessárias ao per�il do gestor na coordenação da construção do PPP Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em CAVAGNARI, 1998. Resumidamente, temos que o papel do gestor escolar na elaborado do PPP envolve nove pontos: viabilizar e articular organicamente ações necessárias para a criação das condições propícias para a construção do PPP; agir democraticamente, promovendo ambiências promotoras do desenvolvimento dos trabalhos; estimular o senso de grupo e o sentimento de pertença, em que todos se sintam responsáveis pela construção PPP; estimular ações de criatividade que somem à elaboração do projeto; incentivar trocas dialógicas de modo que todos possam se sentir livres para cooperar e fazer críticas que subsidiem a proposta; construir bons relacionamentos, comunicação e liderança para que haja interação mútua e contínua no desenvolvimento dos trabalhos; acompanhar o desenvolvimento dos grupos de trabalho junto à comunidade educativa; contribuir de maneira científica com o planejamento do PPP; estimular a renovação do ensino e a melhoria das condições objetivas de trabalho. VOCÊ QUER VER? No vıd́eo “Gestão Escolar Democrática - Prof. Vitor Henrique Paro”, temos uma rica produção de ideias sobre a gestão democrática e os seus desdobramentos sociais, polıt́icos e éticos. A produção traz re�lexões pertinentes sobre o trabalho coletivo como promotor da formação humana de cidadãos autônomos e crıt́icos. Vale assistir ao vıd́eo completo disponıv́el em: https://www.youtube.com/watch?v=WhvyRmJatRs (https://www.youtube.com/watch?v=WhvyRmJatRs). • • • • • • • • • https://www.youtube.com/watch?v=WhvyRmJatRs O compromisso coletivo com a formação humana integral, a cidadania e o trabalho deve permear todo o Projeto Polı́tico-Pedagógico, pondo-se em prática em todas as ações educativas. Ele se con�igura como um eixo mobilizador e indutor da organização e gestão da escola e sala de aula. Por isso, os compromissos ético e coletivo com a qualidade dos resultados que se produz, precisam estar expostos nas intencionalidades exaradas no PPP, permeando as ações educativas. 4.4 Construção do PPP Mesmo reconhecendo as ênfases pedagógica e formativa que podem ser conferidas à produção signi�icativa do Projeto Polı́tico-Pedagógico, precisamos entender os aportes legais que sustentam a exigência de sua construção. Assim, faremos menção à Lei n. 9.394/1996 no que tange à orientação sobre a elaboração do PPP. Em seus artigos 12, 13 e 14, temos que: Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão incumbência de: I. elaborar e executar sua Proposta Pedagógica; […] Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I. participar da elaboração da Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino; II. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino; […] Art. 14. Os sistemas de ensino de�inirão as normas da gestão democrática do ensino público na Educação Básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princı́pios: I. participação dos pro�issionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; […]. (BRASIL, [2009]) Em resumo, podemos constatar que existe uma sustentação legal para a elaboração do PPP com base no princı́pio da participação coletiva e, consequentemente, da comunidade educativa. Podemos compreender, também, que a legislação convoca os professores e todos os atores educacionais para a elaboração do PPP, dentro de uma concepção de coletivo e democracia. O documento, então, passa a ser parte do repertório de uma instituição escolar organizada democraticamente, em que o processo é vivenciado por professores, alunos, funcionários e representantes da comunidade. 4.4.1 Aspectos metodológicos No que diz respeito à metodologia, vamos pensar, agora, na sistematização da elaboração do PPP, ou seja, no como fazer. Para tanto, iremos partir do seguinte questionamento: como elaborar o Projeto Polı́tico- Pedagógico, tendo em vista os princı́pios e as �inalidades já comentados até aqui? Vasconcellos (2005), ancorado na perspectiva de Danilo Gandin (1994), expõe a composição do PPP em três partes articuladas organicamente entre si: Marco Situacional, Marco Filosó�ico ou Doutrinal e Marco Operativo, cujas propriedades estão descritas no quadro a seguir. #PraCegoVer: no quadro, temos os três marcos da composição do PPP, suas principais caracterı́sticas e as questões norteadoras de cada um. Para além da fundamentação legislativa e dos aspectos metodológicos, ainda temos o diagnóstico, que faz uma leitura da realidade da instituição de ensino. Vamos saber mais a respeito dele com o próximo item. 4.4.2 Diagnóstico O diagnóstico é uma expressão da distância entre o real e o ideal, ou seja, con�igura-se como um processo de tomada de consciência entre o ideal (dever de ser) e o que existe concretamente em termos de condições objetivas para que esse “dever de ser” seja alcançado ou efetivado. Conforme Gandin (2002), esse levantamento busca um diagnóstico e é uma leitura sobre a realidade da instituição, acocorado nos marco Situacional e Doutrinal. O autor menciona que existem três elementos que compõem a dimensão do diagnóstico (GANDIN, 2002). Tais elementos nos fornecem um direcionamento para as tarefas do diagnóstico, a saber: ler a realidade por meio de pesquisas e da análise das informações obtidas, objetivando entender o movimento do real; julgar a realidade, confrontando-a entre o ideal e o real, e entre onde estamos e o lugar que queremos chegar; Quadro 2 - Percurso metodológico da construção do PPP Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em VASCONCELLOS, 2005. • • localizar as fragilidades por meio de percepção e avaliação coletiva das necessidades básicas da escola para, assim, construir soluções comuns. Feito isso, podemos passar para a preparação da elaboração do documento colaborativo. 4.4.3 Preparação da elaboração do documento colaborativo Um aspecto a destacar é a sistematização da formulação coletiva do PPP. Entre as várias sistematizações que existem, optamos pelas orientações metodológicas de preparação do professor Vasconcellos (2005), as quais podemos observar no quadro a seguir. #PraCegoVer: no quadro, temos as orientações metodológicas de preparação para a criação do Projeto Polı́tico-Pedagógico: aplicação, primeira sistematização, análise inicial, processo de decisão e redação. E� importante destacarmos as etapas de elaboração do PPP, mas sem descuidarmos do entendimento de que cada escola assume uma con�iguração distinta nessa atuação, em face dos desdobramentos de sua implementação. A seguir, veremosuma etapa estratégica que perpassa todas as dimensões dessa produção: a avaliação. 4.4.4 Avaliação do PPP: notas importantes • Quadro 3 - Programação da elaboração do PPP Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em VASCONCELLOS, 2005. A dimensão avaliativa é algo essencial em qualquer processo humano. Com os instrumentos avaliativos, localizamos pontos de atenção e áreas de fragilidades que precisam ser enfrentadas quando se busca uma transformação dos processos e espaços educativos. Além disso, podemos veri�icar se os resultados têm coerência com os objetivos formulados. Nesse sentido, o movimento avaliativo, com base no princı́pio de autocorreção, permeia toda a metodologia de elaboração do PPP, fazendo alterações ao longo e ao �inal do processo. Temos, então, que a avaliação é um importante processo que proporciona subsı́dios sobre os rumos a serem seguidos, por meio de informações relevantes para a tomada de decisão. A gestão por resultados é uma importante faceta, que consiste em gerir dados que foram coletados por meio de indicadores, a �im de prospectar ações para atingir metas. 4.4.5 Dificuldades na construção do PPP CASO Joelma é coordenadora pedagógica de uma escola pública. Em uma reunião de alinhamento, ela resgatou algumas das ideias referentes à avaliação escolar, pois veri�icou que certos professores não reconheciam a amplitude do processo avaliativo, desenvolvendo avaliações sem as dimensões formativa e diagnóstica. Objetivando subsidiar um despertar de consciências no tocante às práticas avaliativas da escola, a coordenadora propôs a seguinte dinâmica: realizou uma exposição dialogada e teoricamente fundamentada sobre os tipos de avaliação escolar. Em seguida, fez uma rodada de perguntas e escutas sobre a prática avaliativa da escola. Após esse valioso momento, sugeriu que os participantes colocassem no papel, a partir dos aportes teóricos, como a escola poderia melhorar o seu processo avaliativo. Essa situação permitiu que Joelma trabalhasse um diagnóstico que mostrasse a dimensão do real versus o ideal. A coordenadora também consolidou no quadro todas as respostas, gerando um material para possıv́el texto. Trabalhando em formato de plenária, Joelma ainda provocou um novo acordo coletivo para a escola, que se traduziu em uma proposta de avaliação mais contextualiza e, sobretudo, formativa, capaz de desenvolver novas competências e habilidades para os estudantes. Para �inalizar, reconhecemos que a função central do Projeto Polı́tico-Pedagógico é produzir unidade, organicidade, funcionalidade e identidade, assim como conferir qualidade às práticas pedagógicas no interior da escola, fomentando a crescente responsabilidade nos sujeitos do processo educativo. Nesse sentido, a construção do PPP pode ser um percurso metodológico e democrático bastante desa�iador. Alguns desa�ios comuns que podem surgir estão relacionados ao engajamento polı́tico, ao formalismo que reduz o PPP à mera burocracia dos órgãos centrais, à descon�iança da comunidade no PPP, à compreensão da liderança múltipla, à pseudoneutralidade, à inexperiência no exercı́cio da ação democrática, à inércia dos envolvidos e ao medo quanto à mudança e ao novo. Logo, em cada localização do percurso de elaboração do PPP, reconhecemos os desa�ios presentes em sua construção e implementação. O projeto é um processo de tomada de decisões democráticas, construı́do dentro de um movimento de produção que, simultaneamente, acaba se tornando a criação da própria escola. Conclusão Chegamos ao �im da última unidade da disciplina de Gestão Escolar. Aqui, pudemos ter uma compreensão signi�icativa sobre a relevância do Projeto Polı́tico-Pedagógico (PPP) para a construção do desenvolvimento qualitativo do trabalho pedagógico da escola, bem como da formação de sua identidade institucional. Além disso, nos aprofundamos quanto ao papel central das contribuições da equipe gestora diante desse fazer coletivo, traduzido em aportes democráticos. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: entender que o PPP traduz a identidade da instituição escolar e que, sem ele, ficamos à mercê de todos os modismos pedagógicos; compreender o trabalho da equipe de gestão enquanto mediadora e articuladora do trabalho da escola, a partir do Projeto Político-Pedagógico; perceber que o PPP não pode ser reduzido a um instrumento burocrático, mas deve ser compreendido como um processo que oportuniza a reflexão coletiva das práticas escolares, de autonomia da escola e de seus sujeitos; entender que o PPP busca a produção de novas qualidades organizativas e de aprendizagens dos estudantes; verificar que as condições objetivas e materiais do trabalho da escola têm relações vitais com o desenvolvimento qualitativo do trabalho pedagógico da produção do PPP. • • • • • Bibliografia BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brası́lia, DF: Congresso Nacional, [2009]. Online. Disponı́vel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm). Acesos em: 26 jun. 2020. CAVAGNARI, L. B. Projeto Polı́tico-Pedagógico, autonomia e realidade escolar: entraves e contribuições. In: VEIGA, I. P. A.; RESENDE, L. M. G. (orgs.). Escola: espaço do Projeto Polı́tico-Pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. FERREIRA, A. B. de H. Novo Aurélio do século XXI: o dicionário da Lı́ngua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. FRANCO, C. et al. Qualidade e equidade em educação: reconsiderando o signi�icado dos “fatores intraescolares”. Ensaio: Avaliação e Polı́ticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 15, n. 55, p. 277-298, abr./jun. 2007. Online. 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