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interpretação e produção de texto

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IMPORTANTE
Data limite para aplicação 
desta prova: 10/06/2023 
UNIP EAD 
Código da Prova: 123715094148
Curso: GEOGRAFIA (LICENCIATURA)
Série: 3 Tipo: Bimestral - AP
Aluno: 2206709 - LEONARDO ANTONIO DE MENESES
I - Questões objetivas – valendo 10 pontos 
Gerada em: 05/06/2023 às 10h46
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Instruções para a realização da prova:
1. Leia as questões com atenção.
2. Confira seu nome e RA e verifique se o caderno de questão e folha de respostas correspondem à sua disciplina.
3. Faça as marcações primeiro no caderno de questões e depois repasse para a folha de respostas.
4. Serão consideradas somente as marcações feitas na folha de respostas.
5. Não se esqueça de assinar a folha de respostas.
6. Utilize caneta preta para preencher a folha de respostas.
7. Preencha todo o espaço da bolha referente à alternativa escolhida, a caneta, conforme instruções: não rasure, não 
preencha X, não ultrapasse os limites para preenchimento.
8. Preste atenção para não deixar nenhuma questão sem assinalar.
9. Só assinale uma alternativa por questão.
10. Não se esqueça de responder às questões discursivas, quando houver, e de entregar a folha de respostas para o tutor 
do polo presencial, devidamente assinada.
11. Não é permitido consulta a nenhum material durante a prova, exceto quando indicado o uso do material de apoio.
12. Lembre-se de confirmar sua presença através da assinatura digital (login e senha).
Boa prova!
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Questões de múltipla escolha
Disciplina: 536630 - INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS
Questão 1: Leia o trecho do sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman, extraído do livro Amor líquido, e o 
meme feito com sua imagem.
Nos compromissos duradouros, a líquida razão moderna enxerga a opressão; no engajamento permanente percebe a 
dependência incapacitante. Essa razão nega direito aos vínculos e liames, espaciais ou temporais. Eles não têm 
necessidade ou uso que possam ser justificados pela líquida racionalidade moderna dos consumidores. Vínculos e liames 
tornam “impuras” as relações humanas - como o fariam com qualquer ato de consumo que presuma a satisfação 
instantânea e, de modo semelhante, a instantânea obsolescência do objeto consumido. […]
A vida consumista favorece a leveza e a velocidade. E também a novidade e a variedade que elas promovem e facilitam. 
É a rotatividade, não o volume de compras, que mede o sucesso na vida do Homo consumens.
Em geral, a capacidade de utilização de um bem sobrevive à sua utilidade para o consumidor. Mas, usada 
repetidamente, a mercadoria adquirida impede a busca por variedade, e a cada uso a aparência de novidade vai se 
desvanecendo e se apagando. Pobres daqueles que, em razão da escassez de recursos, são condenados a continuar 
usando bens que não mais contêm a promessa de sensações novas e inéditas. Pobres daqueles que, pela mesma razão, 
permanecem presos a um único bem em vez de flanar entre um sortimento amplo e aparentemente inesgotável. Tais 
pessoas são os excluídos da sociedade de consumo, os consumidores falhos, os inadequados e os incompetentes, os 
fracassados - famintos definhando em meio à opulência do banquete consumista.
BAUMAN, Z. Amor líquido. p. 31.
política e organização 3
Observação: Tinder é um aplicativo que promove relacionamentos.
Disponível em: https://www.picbear.org/tag/modernidadeliquida. Acesso em: 21 fev. 2020.
Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas.
I. Segundo o pensamento de Bauman, os relacionamentos atuais seguem a mesma lógica do consumo de 
mercadorias: observam-se a descartabilidade e a valorização da novidade.
PORQUE
II. O meme, ao colocar uma foto de Bauman em que ele parece espantado, ratifica as ideias do sociólogo, criticando a 
volatilidade dos relacionamentos atuais.
Assinale a alternativa correta:
A) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
B) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
C) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
D) A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
E) As duas asserções são falsas.
Questão 2: Leia o trecho do livro Sociedade do cansaço, do pensador contemporâneo Byung-Chul Han, e os 
quadrinhos.
“Cada época possuiu suas enfermidades fundamentais. [...] Visto a partir da perspectiva patológica, o começo do 
século XXI não é definido como bacteriológico nem viral, mas neuronal. Doenças neuronais como a depressão, 
transtorno de déficit de atenção com síndrome de hiperatividade (Tdah), transtorno de personalidade limítrofe (TPL) 
ou a Síndrome de Burnout (SB) determinam a paisagem patológica do começo do século XXI. Não são infecções, mas 
enfartos, provocados não pela negatividade de algo imunologicamente diverso, mas pelo excesso de positividade. 
Assim, eles escapam a qualquer técnica imunológica, que tem a função de afastar a negatividade daquilo que é 
estranho.”
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes, 2015, p. 7.
política e organização 3
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/428545720776091114/. Acesso em: 10 mar. 2022.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. De acordo com o filósofo Byong-Chul Han, no século XXI, o cenário patológico é formado exclusivamente por 
doenças neuronais.
II. O objetivo dos quadrinhos é mostrar a importância de se consultar um médico no caso de qualquer doença, pois 
as pessoas, na pós-modernidade, apresentam excesso de positividade, como afirma o texto do filósofo.
III. Segundo Byung-Chul Han, as doenças também são determinadas historicamente, de acordo com as condições 
sociais em que vivem as pessoas.
É correto o que se afirma em:
A) I, II e III.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I e III, apenas.
E) III, apenas.
Questão 3: Leia o texto 1, do livro Os nascimentos, de Eduardo Galeano, que narra pensamentos e mitos dos 
povos pré-colombianos, e o texto 2, da filósofa Marilena Chauí.
Texto 1
O Fogo
As noites eram de gelo e os deuses tinham levado o fogo embora. O frio cortava a carne e as palavras dos homens. Eles 
suplicavam, tiritando, com a voz quebrada; e os deuses se faziam de surdos. 
Uma vez lhes devolveram o fogo. Os homens dançaram de alegria e alçaram cânticos de gratidão. Mas, de repente, os 
deuses enviaram chuva e granizo e apagaram as fogueiras. 
Os deuses falaram e exigiram: para merecer o fogo, os homens deveriam abrir peitos com um punhal de pedra e 
entregar corações. 
Os índios quichés ofereceram o sangue de seus prisioneiros e se salvaram do frio. 
Os cakchiqueles não aceitaram o preço. Os cakchiqueles, primos dos quichés e também herdeiros dos maias, deslizaram 
com pés de pluma através da fumaça, roubaram o fogo e o esconderam nas covas de suas montanhas.
GALEANO, E. Os nascimentos. Porto Alegre: LP&M, 2010.
Texto 2
O antropólogo Claude Lévi-Strauss estudou o “pensamento selvagem” para mostrar que os chamados selvagens não são 
atrasados nem primitivos, mas operam com o pensamento mítico. O mito e o rito, escreve Lévi-Strauss, não são lendas 
nem fabulações, mas uma organização da realidade a partir da experiência sensível enquanto tal. Para explicar a 
composição de um mito, Lévi-Strauss refere-se a uma atividade que existe em nossa sociedade e que, em francês, se 
chama bricolage. O que faz um bricoleur, ou seja, quem pratica bricolage? Produz um objeto novo a partir de pedaços e 
fragmentos de outros objetos. Vai reunindo, sem um plano muito rígido, tudo o que encontra e que serve para o objeto 
que está compondo. O pensamento mítico faz exatamente a mesma coisa, isto é, vai reunindo as experiências, as 
narrativas, os relatos, até compor um mito geral. Com esses materiais heterogêneos, produz a explicação sobre a origem 
política e organização 3
e a forma das coisas, suas funções e suas finalidades, os poderes divinossobre a Natureza e sobre os humanos. O mito 
possui, assim, três características principais, citadas a seguir. 
1. Função explicativa: o presente é explicado por alguma ação passada cujos efeitos permaneceram no tempo. Por 
exemplo, uma constelação existe porque, no passado, crianças fugitivas e famintas morreram na floresta e foram 
levadas ao céu por uma deusa que as transformou em estrelas; as chuvas existem porque, nos tempos passados, uma 
deusa apaixonou-se por um humano e, não podendo unir-se a ele diretamente, uniu-se pela tristeza, fazendo suas 
lágrimas caírem sobre o mundo etc.
2. Função organizativa: o mito organiza as relações sociais (de parentesco, de alianças, de trocas, de sexo, de idade, de 
poder, etc.) de modo a legitimar e garantir a permanência de um sistema complexo de proibições e permissões. Por 
exemplo, um mito como o de Édipo existe (com narrativas diferentes) em quase todas as sociedades selvagens e tem a 
função de garantir a proibição do incesto, sem a qual o sistema sociopolítico, baseado nas leis de parentesco e de 
alianças, não pode ser mantido.
3. Função compensatória: o mito narra uma situação passada, que é a negação do presente e que serve tanto para 
compensar os humanos de alguma perda como para garantir-lhes que um erro passado foi corrigido no presente, de 
modo a oferecer uma visão estabilizada e regularizada da Natureza e da vida comunitária. Por exemplo, entre os mitos 
gregos, encontra-se o da origem do fogo, que Prometeu roubou do Olimpo para entregar aos mortais e permitir-lhes o 
desenvolvimento das técnicas. Numa das versões desse mito, narra-se que Prometeu disse aos homens que se 
protegessem da cólera de Zeus realizando o sacrifício de um boi, mas que se mostrassem mais astutos do que esse deus, 
comendo as carnes e enviando-lhe as tripas e gorduras. Zeus descobriu a artimanha e os homens seriam punidos com a 
perda do fogo se Prometeu não lhes ensinasse uma nova artimanha: colocar perfumes e incenso nas partes dedicadas ao 
deus.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994 (com adaptações).
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O mito dos povos pré-colombianos em relação ao surgimento do fogo não coincide com o mito grego de 
Prometeu, o que comprova a invalidade do mito na sua função explicativa dos fenômenos naturais.
II. De acordo com o antropólogo Lévi-Strauss, os mitos não são fabulações, eles correspondem a uma explicação 
racional e verdadeira do Universo e, por isso, não se pode considerar que os povos indígenas são atrasados.
III. O mito narrado no texto 1 cumpre a função explicativa do domínio do fogo pelos humanos e também revela 
diferentes comportamentos dos povos em relação ao mesmo dilema.
IV. Tanto no texto 1 quanto no texto 2, o mito sobre o domínio do fogo baseia-se em uma artimanha humana para 
enganar os deuses.
É correto o que se afirma somente em
A) II, III e IV.
B) I e II.
C) II e IV.
D) II e III.
E) III e IV.
Questão 4: De acordo com o Dicionário Houaiss, utopia pode ser definida como “um lugar ou estado ideal, de
completa felicidade e harmonia entre os indivíduos, ou ainda como qualquer descrição imaginativa de uma 
sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente 
comprometidas com o bem-estar da coletividade”.
A respeito do tema, leia os textos a seguir.
Texto 1.
política e organização 3
Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/116320345739/o-pensador-e-escritor-eduardo-galeano-partiu. Acesso em: 21 fev. 2020.
Texto 2.
A desaparição da utopia ocasiona um estado de coisas estático, em que o próprio homem se transforma em coisa. 
Iríamos, então, nos defrontar com o maior paradoxo imaginável: o do homem que, tendo alcançado o mais alto grau de 
domínio racional da existência, se vê deixado sem nenhum ideal, tornando-se um mero produto de impulsos. O homem 
iria perder, com o abandono das utopias, a vontade de construir a história e, também, a capacidade de compreendê-la.
Disponível em: https://www.imaginie.com.br/temas/redacao-fuvest-as-utopias/. Acesso em: 21 fev. 2020.
Com base na leitura dos textos, analise as asserções e a relação proposta entre elas.
I. A utopia pode ser entendida como um horizonte que nunca será alcançado, cuja função é orientar e motivar certas 
ações.
PORQUE
II. A utopia diz respeito à sociedade futura, a um estágio definitivo da organização social, no qual se contemplam as 
consequências das ações que fazemos no presente.
Assinale a alternativa correta:
A) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
B) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
C) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
D) A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
E) As duas asserções são falsas.
Questão 5: Leia o texto a seguir.
A descartabilidade das mercadorias e pessoas: consumo, obsolescência e relacionamentos humanos
Rita Alves
Recentemente, circulou pelas redes sociais digitais uma pequena história na qual um casal de idosos, juntos há décadas, 
é interrogado sobre o segredo de se manter um relacionamento tão longo; respondem que na época em que se casaram 
não se costumava jogar fora um aparelho quebrado, mas se buscava consertá-lo e, assim, seguia-se a vida por muitos 
anos com os mesmos equipamentos. O casal estava dizendo, em outras palavras, que a longevidade de seu 
relacionamento se baseava na capacidade de “consertar” as fissuras da relação em vez de descartá-la quando os 
problemas aparecem.
Os relacionamentos, assim como as mercadorias, passam por um período de intensa descartabilidade. O cientista social 
polonês Zygmunt Bauman já apontou a íntima relação entre as práticas de consumo contemporâneas e a fragilidade 
dos laços humanos na atualidade.
O consumo é pautado pela obsolescência planejada e pelo desejo intenso por novidades, mudanças e, principalmente, 
novos desejos. Para ele, a satisfação dos desejos é angustiante na medida em que nos obriga a eleger um novo objeto de 
desejo; aponta que atualmente “o desejo não deseja a satisfação; o desejo deseja o desejo”. Daí a sensação constante de 
angústia e a incessante busca por novos desejos e realizações. O mesmo acontece com os relacionamentos atuais. As 
relações amorosas, as amizades, os contratos de trabalho e até mesmo os laços familiares são afetados por essa lógica 
da descartabilidade e da efemeridade do consumo, ou melhor, do consumismo.
Segundo o antropólogo David Harvey, trata-se da lógica do capitalismo implementada após a Segunda Guerra Mundial, 
que trouxe a alteração das nossas noções de tempo e espaço a partir da aceleração do tempo de giro das mercadorias. 
Os bens materiais passaram a ser produzidos, distribuídos, consumidos e descartados com maior velocidade. Com essa 
compressão do tempo, passamos a valorizar a velocidade e a aceleração, que se transformaram em valores 
inquestionáveis, como se o veloz fosse, necessariamente, o bom e o desejável.
A partir daí, nosso cotidiano passou a ser pautado pela efemeridade, pela volatilidade, pela instantaneidade, pela 
simultaneidade e, no limite, pela descartabilidade. Para Bauman, neste mundo líquido, flexível e mutável em que 
vivemos, a única coisa sólida e perene que nos sobra é o lixo, que se amplia, acumula e permanece como um dos 
maiores problemas do planeta.
política e organização 3
O desejo de mudança já está interiorizado e presente nas nossas ações. Desejamos mudar os cabelos, a cor das paredes 
das nossas casas, nossos corpos, automóveis. “Mude a sua sala de estar mudando apenas a mesinha de centro”, dizia o 
anúncio de uma revista de decoração.
“Mude, seja outra pessoa”, sugere a cultura contemporânea. Os reality shows de intervenção trocam todo o guarda-
roupa dos participantes e jogam no lixo toda sua história, todas as suas lembranças e memórias impregnadas nas 
roupas; trocam todos os móveis da casa por outros novos e alinhados com as tendências contemporâneas, mas que, 
sabe-se,não durarão mais que cinco ou seis anos em boas condições, posto que são feitos apenas para atender à moda 
do momento. Essas práticas de consumo envolvem não só a qualidade das mercadorias adquiridas, mas também a 
quantidade, nunca tivemos tantos objetos.
É esse o cenário que envolve também os relacionamentos humanos, dos matrimônios às amizades, da sexualidade aos 
circuitos familiares. As relações amorosas, por exemplo, entram na mesma lógica quantitativa e efêmera que 
desenvolvemos com os objetos, especialmente entre os jovens, que não escondem a valorização dos “ficantes” nas suas 
baladas noturnas; numa mesma noite “fica-se” com vários parceiros efêmeros e passageiros, às vezes nem mesmo 
perguntam-se os nomes e já partem para outra conquista rápida; ao final da noite, uma contabilidade geral indica o 
status de cada um. Mesmo quando a relação é duradoura, o tempo entre o namoro, o casamento e a separação pode ser 
de alguns anos, às vezes meses. A angústia do compromisso duradouro está na base dessa volatilidade amorosa; “será 
que estou perdendo algo melhor?”; o medo da descartabilidade aflige as duas partes: ou seremos descartados ou 
descartaremos nosso par. Entre as amizades juvenis, acontece quase o mesmo; troca-se de turma, incorporam-se novos 
amigos; as redes sociais digitais registram a intensidade do relacionamento, “adorei te conhecer!”, e, depois de alguns 
dias de exposição das afinidades e afetos, deixa-se que a nova amizade esfrie até que seja substituída por outra mais 
nova ainda. No âmbito de trabalho, antigamente dedicava-se à mesma empresa por 30 ou 40 anos; hoje em dia, dizem 
os especialistas em gestão de carreiras que não se deve permanecer num mesmo emprego por mais de cinco anos, que 
isso pode parecer acomodação e falta de ousadia profissional. Busca-se descartar o emprego antes de ser descartado 
pelo patrão.
De certa forma, as redes sociais digitais vieram contribuir para essa situação, provocando o aumento dos 
relacionamentos superficiais e passageiros, as conversas fragmentadas e teatralizadas, o excesso de “amigos” e convites 
para eventos aos quais não conseguimos dar muita atenção.
As vozes pessimistas consideram que as tecnologias digitais estão contribuindo para o isolamento, a separação e a 
superficialidade das relações humanas. Isso pode ser verdadeiro em muitas situações, mas existem outros lados dessa 
questão. As redes on-line também resgatam antigas amizades e recuperam, mesmo que pontualmente, relações 
deixadas no passado; recuperam-se fotografias antigas, marcam-se encontros de turmas do colégio, apresentam-se os 
filhos e maridos ou esposas. Com a recente entrada dos idosos nas redes sociais, temos presenciado interessantes 
alterações nas dinâmicas familiares, com a criação de novos canais de comunicação entre avós e netos, por exemplo, ou 
ainda entre parentes há muito separados pela distância ou dificuldades de locomoção; as separações geográficas e 
geracionais no âmbito familiar estão sendo reconfiguradas de forma interessante e contribuindo positivamente para o 
resgate da socialização dos idosos.
Apesar do quadro desalentador que envolve o consumo exacerbado e os relacionamentos humanos, temos observado 
práticas alternativas que vão na contramão dessa situação. Espalha-se pelo mundo o movimento slow, que questiona a 
velocidade e a descartabilidade das mercadorias e relações, propondo um retorno às práticas desaceleradas de tempos 
atrás. A vertente mais conhecida desse movimento é o slow food, que propõe que voltemos a preparar a comida 
lentamente, que conversemos com o açougueiro, o padeiro e o verdureiro; que convivamos com nossos amigos na beira 
do fogão enquanto preparamos a comida lentamente. Na contramão do fast food, o slow food busca resgatar os rituais 
de alimentação que sempre estruturaram as relações familiares e de amizades. Vemos ainda a emergência de grupos 
que questionam o consumo excessivo e inconsequente, propondo o consumo consciente no qual se buscam informações 
sobre as práticas sociais das empresas produtoras, questionam-se as embalagens, aponta-se a possibilidade de reutilizar 
e reciclar embalagens e objetos.
Existe ainda o recente consumo colaborativo, no qual os sujeitos partilham equipamentos como máquinas de cortar 
grama, furadeiras elétricas e até automóveis, considerando que individualmente estão subutilizados e que com os usos 
partilhados e coletivos pode-se otimizar os recursos. Do ponto de vista das relações humanas, temos observado nas 
grandes cidades o surgimento de grupos que propõem o resgate das relações de vizinhança, a ocupação e revitalização 
das praças públicas, a produção de hortas urbanas comunitárias, piqueniques coletivos e o resgate da convivência 
comunitária nos bairros. Na base desses movimentos está uma consciência ecológica renovada, que vai além dos 
discursos de preservação da natureza e que se volta à transformação dos cotidianos e das relações interpessoais. Para 
além da descartabilidade das mercadorias e pessoas, continuamos com a certeza de que a base da humanidade não 
está no avanço da tecnologia ou no acúmulo de riquezas, mas na força dos relacionamentos humanos; foram eles que 
ergueram o edifício da sociedade e da cultura e, seguramente, não serão descartados com tanta facilidade.
Disponível em: <http://www.sescsp.org.br/online/artigo/6687_OBSOLESCENCIA+PROGRAMADA#/tagcloud=lista>. Acesso em: 15 dez. 2015.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
I. O foco do texto é valorizar o mundo atual, em que os produtos são efêmeros e o consumo é possível, pois há 
liberdade de mercado.
II. Segundo o texto, apesar do consumismo desenfreado da sociedade atual, surgiram movimentos contrários a essa 
tendência, que propõem a desaceleração das atividades cotidianas e questionam a descartabilidade de objetos e 
relacionamentos.
III. Para o sociólogo Bauman, vivemos na época das relações líquidas e qualquer mudança é negativa.
IV. A autora posiciona-se contra o fim dos matrimônios, que deveriam ser indissolúveis como antigamente.
A) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
B) Apenas a afirmativa II é correta.
C) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
D) Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas.
E) Nenhuma afirmativa é correta.
Questão 6: Analise a ilustração e as afirmativas a seguir.
Disponível em: <https://www.facebook.com/137459689780175/photos/a.409068539285954.1073741892.137459689780175/409068882619253/?
type=3&theater>. Acesso em: 15 out. 2015.
I. A ilustração aponta o aspecto positivo das redes sociais na construção da autoestima.
II. Segundo a ilustração, as curtidas recebidas na página da rede social representam a aprovação do outro, o que 
alimenta o ego do indivíduo e o torna mais sensível à coletividade.
III. O foco da crítica da ilustração é o uso das redes sociais como forma de exposição da intimidade das pessoas.
Assinale a alternativa correta.
A) Nenhuma afirmativa é correta.
B) Apenas a afirmativa I é correta.
C) Apenas a afirmativa II é correta.
D) Apenas a afirmativa III é correta.
E) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
Questão 7: Leia o texto e analise as afirmativas.
Como o brasileiro cuida e quanto gasta com seus animais de estimação
Pesquisa mostra que brasileiros consideram seus animais de estimação como membros da família e gastam 
mais dinheiro com os bichinhos
política e organização 3
política e organização 3
Animais de estimação são cada vez mais considerados como membros da família ou filhos para seus donos. Eles passam 
mais tempo dentro de casa e recebem mais ração, sachês ou petiscos.
Com tanto afeto pelos bichinhos, é natural que o gasto com eles esteja crescendo. Donos de cães gastam em média R$ 
389 por mês, sendo R$ 121 em ração. Os donos de gatos gastam em média R$ 291, sendo R$ 90 em ração. A pesquisa 
entrevistou 3.675 donos de cães e 2.270 donos de gatos em todo o país. De acordo com o documento, os petshops de 
bairros e os mega petshops concentramcada vez mais as compras, em detrimento de supermercados. 
Gastos com animais de estimação.
Disponível em: https://abrilexame.files.wordpress.com/2018/04/animais-de-estimaccca7acc83o-karin-salomacc83o1-1.png. Acesso em: 21 fev. 
2020. Adaptado.
I. A pesquisa revelou que os donos de cães são mais numerosos e têm mais cuidados com seus animais do que os 
donos de gatos.
II. De acordo com a pesquisa, os gastos com ração, tanto para os donos de cães quanto para os donos de gatos, 
representam cerca de 31% do total.
III. Segundo os dados, observa-se tendência de crescimento do percentual de animais com plano de saúde.
É correto o que se afirma apenas em:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e III.
D) III.
E) II.
Questão 8: Observe a figura, retirada de uma reportagem da edição 73, de 2015, da revista Ser médico e 
analise as afirmativas a seguir.
política e organização 3
I. Segundo o gráfico, 71% das pessoas ganham salários mensais de até 10 mil dólares.
II. De acordo com o gráfico, 8,1% da população mundial concentram mais de 80% da riqueza mundial.
III. O gráfico mostra que a má distribuição de renda é responsabilidade dos países não desenvolvidos, como o Brasil.
IV. Na base da pirâmide, encontram-se aproximadamente 3,4 bilhões de pessoas que, juntas, possuem 3% da riqueza 
global.
Está correto o que se afirma somente em:
A) II, III e IV.
B) I e II.
C) II e IV.
D) I, II e IV.
E) III e IV.
Questão 9: Leia os quadrinhos a seguir.
política e organização 3
Disponível em: <http://www.quadrinhosacidos.com.br/2015/07/89-e-mais-facil-descartar.html?m=1>. Acesso em: 17 dez. 2015.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
I. O objetivo dos quadrinhos é criticar o discurso da descartabilidade da sociedade contemporânea, na qual os 
objetos e as relações pessoais tendem à efemeridade.
II. Os quadrinhos enaltecem a sociedade contemporânea, na qual problemas são resolvidos rapidamente com a 
substituição de produtos.
III. A crítica dos quadrinhos concentra-se no machismo, uma vez que os homens esperam que as mulheres resolvam 
seus problemas cotidianos.
A) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
B) Apenas as afirmativas I e III são corretas.
C) Apenas a afirmativa I é correta.
D) Apenas a afirmativa II é correta.
E) Nenhuma afirmativa é correta.
Questão 10: Leia a charge.
política e organização 3
Disponível em: http://arevolucaotecnologica.blogspot.com/2011/09/evolucao-humana.html. Acesso em: 21 fev. 2020.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O objetivo da charge é enaltecer a evolução humana, mostrando, em ordem cronológica, os avanços tecnológicos 
em diversos períodos da história.
II. A charge ironiza a ideia de que há progresso na história da humanidade, mostrando que o comportamento do 
homem no trato com as ferramentas de trabalho não sofreu alterações.
III. A charge tem por objetivo indicar que apenas a partir da Era Moderna as tecnologias deixaram de ter finalidade 
bélica.
Assinale a alternativa certa:
A) Nenhuma afirmativa é correta.
B) Apenas a afirmativa I é correta.
C) Apenas as afirmativas I e III são corretas.
D) Apenas a afirmativa II é correta.
E) Todas as afirmativas são corretas.
política e organização 3

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