Buscar

CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 2(1)

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
ATIVISMO JUDICIAL
ARAPIRACA-AL
2023
DISCENTES
 Iris Farias Tenório: 01546118
Maria Izabelle Costa Silva: 01549203
 Maxsuel Vinicius Cordeiro de Lima: 01533811
Mayara Gomes de Souza: 01549793
Paulo Roger Farias Lopes: 01566093
ATIVISMO JUDICIAL
Trabalho solicitado no curso de Direito 3º Período na disciplina de Hermenêutica e Argumentação Jurídica, da Universidade Maurício de Nassau. 
Orientador: Marcus Robson
ARAPIRACA-AL 
2023
O ativismo judicial é um tema recorrente no poder judiciário. Dessa maneira, entende-se que o ativismo judicial é a forma de julgar um assunto, não somente de acordo com o texto constitucional, mas sim de forma que a análise do juiz seja expandida. Ademais, o ativismo judicial é uma prática jurídica que envolve juízes interpretando e aplicando leis ou princípios constitucionais de acordo com suas próprias convicções pessoais ou filosóficas, em vez de seguir apenas o que está escrito na lei. Muitas vezes, ele é criticado por aqueles que argumentam que os juízes estão ultrapassando seus limites e se intrometendo na política. No entanto, o ativismo judicial pode ser uma ferramenta poderosa para proteger os direitos das minorias e garantir a justiça social. Em muitos casos, as leis existentes podem não ser suficientes para abordar questões complexas e emergentes, ou podem ter se tornado obsoletas. Nesses casos, os juízes têm a responsabilidade de interpretar a lei de uma forma que promova a justiça e a igualdade para todos os cidadãos, especialmente aqueles mais vulneráveis ou marginalizados. Diante disso, sabe-se que esta problemática está intrinsecamente ligada a proteção dos direitos fundamentais, a superação da inércia legislativa, ao avanço da jurisprudência e ao combate às desigualdades e injustiças.
Nesse contexto, é indubitável que a proteção aos direitos humanos está relacionada ao ativismo judicial. Pois, os direitos fundamentais são à base de uma sociedade justa e igualitária. Todavia, em alguns casos, pode haver uma tensão entre a vontade popular, expressa por meio do Legislativo, e a proteção desses direitos. O ativismo judicial desempenha um papel crucial ao assegurar que os direitos fundamentais sejam respeitados, mesmo que isso contrarie opiniões majoritárias, evitando assim a "tirania da maioria". Além disso, na superação da inércia legislativa, o ativismo judicial se manifesta quando o Poder Judiciário se envolve ativamente na interpretação das leis, especialmente em casos nos quais o Legislativo falhou em legislar de forma adequada ou deixou de agir diante de questões urgentes. Nesse sentido, o ativismo judicial é uma resposta necessária para superar a inércia legislativa, garantindo a proteção dos direitos fundamentais e acompanhando a evolução da sociedade.
Outrossim, o avanço da jurisprudência, o qual contribui de forma direta com o ativismo judicial, visto que ao estabelecer precedentes e interpretar a lei de maneira mais ampla, com base em princípios constitucionais e valores fundamentais. Essa abordagem permite adaptar o ordenamento jurídico às mudanças sociais, tecnológicas e culturais, conferindo maior flexibilidade ao sistema legal. Além de que, no combate as desigualdades e injustiças, o ativismo judicial desempenha um papel importante na luta contra as desigualdades e injustiças. Ao interpretar a lei de forma progressista e inclusiva, os juízes podem corrigir lacunas legislativas que perpetuam discriminações e violações de direitos. Através dessa atuação, o Poder Judiciário cumpre sua função de garantir a igualdade de todos perante a lei, promovendo a justiça social.
Ademais, o ativismo judicial pode ser uma resposta legítima quando outros ramos do governo falham em agir de maneira adequada ou efetiva para proteger os direitos dos cidadãos. Enquanto os juízes respeitarem a Constituição e o Estado de Direito, eles podem desempenhar um papel importante em aumentar a responsabilidade do governo e garantir que as políticas e leis sejam aplicadas de maneira justa e equitativa. Desse modo, entende-se que o ativismo judicial é um equilíbrio delicado entre proteger os direitos dos cidadãos e respeitar a separação de poderes. Quando usado de forma responsável e criteriosa, pode ajudar a garantir que as leis e políticas sejam justas e igualitárias para todos.
Diante dos argumentos apresentados, fica evidente que o ativismo judicial é um instrumento necessário para o avanço democrático e a garantia dos direitos fundamentais. Com isso, a atuação mais ativa do Poder Judiciário possibilita superar a inércia legislativa, proteger direitos, promover o desenvolvimento da jurisprudência e combater desigualdades. Contudo, é importante ressaltar que o ativismo judicial deve ser exercido com responsabilidade e dentro dos limites estabelecidos pela Constituição, respeitando o princípio da separação dos poderes e o sistema democrático como um todo.

Continue navegando