Buscar

Higiene do trabalho_Aprendizagem em Foco

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

WBA0308_v1.1
HIGIENE DO TRABALHO I
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Flávio Augusto Carraro
Leitura crítica: Joubert R. S. Júnior
Prezado aluno!
Começaremos nossos estudos referentes à Higiene do trabalho I 
abordando o viés histórico, com a Primeira Revolução Industrial 
como cenário para o surgimento da ciência da higiene ocupacional, 
época em que houve a massificação dos problemas de segurança e 
saúde dos trabalhadores, dadas as condições sociais e de trabalho 
existentes.
A partir do referido momento histórico, a higiene ocupacional 
(sinônimo de higiene no trabalho) cresceu como ciência, tornando-se 
multidisciplinar, havendo evolução de seu corpus do conhecimento 
quanto à abordagem dos agentes e fatores de risco relacionados às 
atividades laborais, principalmente se lesivos à saúde, segurança e 
bem-estar do trabalhador.
Em nosso estudo abordaremos, além dos fundamentos da higiene 
ocupacional, temáticas que envolvam conceitos, classificação e 
reconhecimento dos riscos físicos no ambiente de trabalho e sua 
correlação com os normas NR-09 e NR-15, dando especial atenção 
aos agentes: térmico, pressões anormais, ruído, vibração e radiações. 
Serão considerados conceitos, princípios, domínios de atuação da 
segurança no trabalho de cada um destes agentes e a forma de 
reconhecimento de suas características essenciais, metodologias 
e estratégias para que você, futuro profissional de segurança no 
trabalho, esteja instrumentalizado dos conhecimentos necessários 
para sua prática profissional.
3
Na parte inicial do estudo serão expostos os cuidados relacionados 
quanto à medição, abordagem amostral e identificação dos 
fenômenos da interação do trabalhador com agentes e fatores de 
risco. A identificação dos agentes e fatores de risco é importante para 
sua atuação profissional, mas conhecer os parâmetros normativos 
(limites de tolerância, nível de ação, diferentes graus de intensidade, 
tempo de exposição etc.) é essencial para garantir ações de 
tratamento, bloqueio, mitigação e minimização dos efeitos dos riscos 
ao mesmo tempo em que se promove condições de segurança a 
favor do bem-estar do trabalhador. 
É importante salientar que o estudo das temáticas abordadas nesta 
disciplina não se resume ao conjunto de conhecimentos expostos 
aqui, pois existe uma constante evolução das normas de segurança e 
da legislação pertinentes às questões trabalhistas e previdenciárias, 
somada à constante evolução do conhecimento científico acerca 
dos temas. Por este motivo, uma das principais habilidades que 
precisará adquirir para se manter ativo no mercado de trabalho em 
segurança no trabalho é desenvolver senso de pesquisador, dadas as 
constantes atualizações que devem ocorrer. 
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. 
Vem conosco!
TEMA 1
Fundamentos da higiene 
do trabalho
______________________________________________________________
Autoria: Flávio Augusto Carraro
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
5
DIRETO AO PONTO
Higiene ocupacional é sinônimo de higiene industrial e higiene 
no trabalho, e, essencialmente, objetiva identificar, reconhecer, 
avaliar e controlar os riscos do ambiente de trabalho e seus agentes 
causadores. Dá-se o nome de agentes ambientais ao conjunto de 
variáveis capazes de influenciar e causar danos à saúde e bem-
estar do trabalhador. Grande parte do conhecimento obtido para 
higiene derivou dos acontecimentos ocorridos durante a Primeira 
Revolução Industrial, na transformação dos meios de produção e, 
por conseguinte, a transição do trabalho artesanal para produção em 
massa dentro das indústrias.
O ritmo da máquina subverteria o trabalho artesanal, ocasionando 
uma condição da fadiga física e mental, pois novas condições 
ergonômicas e de acidente, decorrentes de mecanismos ágeis para 
produção e rudimentares em termos de proteção, ocasionaram 
inúmeros acidentes e geraram doenças osteomusculares, muitas 
das quais incapacitaram os trabalhadores de forma definitiva ou as 
doenças adquiridas tinham alto índice de letalidade. 
Assim como novas metodologias de produção estavam sendo 
inseridas, houve também a inserção de novos materiais e processos, 
sem pleno domínio de sua composição química e transformação 
física, gerando riscos residuais. Nesse contexto, sem suficiente 
conhecimento e proteção devida ao trabalhador, com o tempo este 
sentiria os efeitos prejudiciais à saúde. 
Soma-se a isso as transformações degradantes pelas quais as cidades 
e as fábricas passaram durante a Primeira Revolução Industrial, 
cujas condições ambientais tornaram-se insalubres e sem condições 
para promoção da higiene coletiva, muito em função das dinâmicas 
sociais, econômicas e culturais à época da transição dos processos 
6
produtivos artesanais para o industrial. O meio ambiente do trabalho 
forneceria, com a Revolução Industrial, todo o arcabouço para estudo 
de várias ciências, dentre elas a medicina, a ergonomia, o direito, a 
higiene ocupacional, entre outras, e que hoje correspondem a todo o 
conhecimento para a prevenção da saúde e segurança no trabalho. 
No Brasil, a industrialização incipiente acontece após a Primeira 
Guerra Mundial, mais precisamente entre as décadas de 1930 e 
1940, ou seja, de forma tardia se comparada à Primeira Revolução 
Industrial. Por isso, o “aprendizado” em termos de aparato estatal, 
legislação e normas aconteceu posteriormente, sendo que as normas 
regulamentadoras surgiram em 1978, momento de consolidação do 
parque fabril brasileiro.
As Normas Regulamentadoras foram criadas com a Lei Federal 
n. 6.514 de 1977 (BRASIL, 1977), que primeiramente alterou o 
Capítulo V, Título II da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 
que versava alguns aspectos referentes à Segurança e Medicina 
do Trabalho. A aprovação das Normas Regulamentadoras (NRs) 
efetivamente ocorreu com a Portaria MTB n. 3.214, em 8 de junho 
de 1978 (BRASIL, 1978).
Mas o que são as normas regulamentadoras? São instrumentos 
legais que referenciam boas práticas e norteiam a prevenção à 
saúde e bem-estar do trabalhador em relação às condições de 
trabalho em estabelecimentos e empreendimentos de qualquer 
natureza em que haja relações trabalhistas. O processo de criação 
e revisão das normas regulamentadoras segue o fluxo descrito 
na Figura 1, e qualquer que seja a ação a ser executada, inicia-
se diretamente da demanda da sociedade (que pode derivar de 
lacunas na legislação, mediação de conflitos e entendimentos 
ou mesmo novas normas para atender a rápida modificação do 
mercado de trabalho).
7
Figura 1 – Processo de regulamentação e atualização das NRs 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Um princípio básico de qualquer norma ou legislação está associado 
ao conflito de interesses e, por este motivo, sua relevância está ligada 
diretamente à discussão entre as partes envolvidas, empregadores, 
empregados e governantes (discussão tripartite).
Qual a diferença entre as Normas Regulamentadoras (NRs) e as 
Normas de Higiene Ocupacional (NHOs)? As NRs são instrumentos 
para o estabelecimento de boas práticas, o que deve ou não 
ser adotado, ao passo que as NHOs estabelecem critérios e 
procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional aos 
agentes de risco, e seu surgimento é direcionado a amparar as 
metodologias de levantamento de dados.
Referências
BRASIL. Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V 
do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à segurança e 
8
medicina do trabalho e dá outras providências. Brasília: Presidência da 
República, 1977.
BRASIL Ministério da Economia. Portaria MTB n. 3.214, de 8 de junho de 
1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, 
da Consolidação das Leisdo Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do 
Trabalho. Brasília: Ministério da Economia, 1978.
PARA SABER MAIS
A criação e revisão das Normas Regulamentadoras (NRs) e 
Normas de Higiene Ocupacional (NHO) estão sob a organização do 
Ministério do Trabalho, com suporte da Fundacentro (Fundação 
Jorge Duprat e Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho). 
A Fundacentro é denominada em homenagem ao fundador, 
e tem por função básica desenvolver pesquisas e estudos 
pertinentes à segurança, higiene e medicina do trabalho. Trata-
se de uma instituição vinculada ao Ministério do Trabalho e dá 
assessoria técnica ao Legislativo e ao Executivo Federais para o 
desenvolvimento de normas de segurança no trabalho. Assim, 
coordena e promove a formação de profissionais especializados 
em segurança e saúde na área, de modo a difundir uma política 
oficial.
Por meio da Escola Nacional de Inspeção do Trabalho (ENIT) 
e o seu portal na internet podemos acessar os estudos, as 
proposições do texto-base e os trabalhos de discussões e 
evolução quanto à mudança de normas das comissões tripartites. 
A comissão tripartite é citada primeiramente na NR-06, e para isto 
ampara-se na Portaria MTE n° 59 de 19 de junho de 2008 (BRASIL, 
2008). 
Como futuro profissional de segurança no trabalho, é 
necessário habituar-se à constante visualização das normas 
9
regulamentadoras, pois nos últimos anos intensificaram os 
trabalhos destas comissões tripartites, no sentido da atualização 
das normas. A aquisição deste hábito de consulta constante às 
normas regulamentadoras é essencial, pois a partir delas consiste 
a elaboração dos instrumentos legais listados a seguir:
PCA – Programa de Conservação Auditiva.
PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos.
LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho.
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria n. 59, de 19 de junho de 
2008. Cria a Comissão Nacional Tripartite da NR-06. Brasília: MTE, 2008.
TEORIA EM PRÁTICA
No início de sua trajetória profissional dentro do ramo da 
segurança do trabalho, você foi interpelado por um empresário 
de uma atividade rural, que lhe questionou se tinha a necessidade 
de implantação de medidas protetivas de saúde e segurança 
no trabalho em sua propriedade rural, uma vez que a atividade 
econômica que desenvolve necessitava do apoio de empregados 
para atingir seus objetivos. Você, hesitante, muito em função de 
seu início profissional, ficou na dúvida quanto a esta necessidade. 
Onde procurar a informação? Em que parte das normas poderia 
10
Lorem ipsum dolor sit amet
Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
respaldar sua resposta? Quais são as obrigações do empregador e 
do empregado constantes nas normas regulamentadoras?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
A questão dos postos de trabalho suscita muitas dúvidas 
principalmente no começo profissional, e a leitura deste artigo 
auxiliará a entender como o transporte coletivo urbano impacta 
o deslocamento de pessoas, permitindo a acessibilidade e 
integração de diversas áreas econômicas. O que aparentemente 
seria restrito ao profissional do transporte, como no caso do 
artigo de Bermudes, Minette e Cunha (2019), transcende sua 
função e tem impactos sociais, econômicos, previdenciários 
e de saúde, o que demandará toda uma rede assistencial 
do aparato governamental. Entender a metodologia, as 
variáveis consideradas e incorporar alguns termos usados nos 
levantamentos e análises de risco fazem parte desta sugestão 
de leitura. Para acessar o artigo, consulte o parceiro EBSCO na 
Biblioteca Virtual e busque pelo título do artigo.
BERMUDES, W. L.; MINETTE, L. J.; CUNHA, J. R. Avaliação de riscos 
ocupacionais de motorista de ônibus intermunicipal: um estudo de 
caso no estado do Pará. Revista SUSTENERE, Rio de Janeiro, v. 7, p. 
4-18, jan./jul. 2019. 
Indicações de leitura
11
Indicação 2
A proposição da leitura do artigo de Marques e Silva Jr. (2015) 
se dá pela maneira facilitada com que ocorre a delimitação dos 
grupos homogêneos para fins da abordagem dos ambientes 
e das funções descritas. A proposição da leitura também se 
dá para o entendimento de estudo transversal analítico, que é 
uma metodologia definida por pesquisa observacional, na qual 
se analisa dados coletados ao longo de um período de tempo, 
podendo ser uma população amostral ou em um subconjunto 
predefinido. Outro ponto a se destacar é que o artigo faz uso de 
metodologia e instrumentos que auxiliam na identificação das 
condições ergonômicas, e para isto foi realizada uma avaliação 
ergonômica dos postos de trabalho com aplicação da ferramenta 
OWAS (Ovako Working posture Assessment System). Essa ferramenta 
não é a única, mas é importante observar o motivo pelos quais os 
autores fizeram a opção por esta. Para acessar o artigo, consulte o 
parceiro EBSCO na Biblioteca Virtual e busque pelo título do artigo.
MARQUES, G. M.; SILVA-JUNIOR, J. S. Síndrome do manguito 
rotador em trabalhadores de linha de montagem de caminhões. 
Cad. Saúde Colet., [online], v. 23, n. 3, p. 323-329, 2015. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
12
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. A Revolução Industrial Inglesa (Primeira Revolução Industrial) 
ocorreu na segunda metade do século XVIII e, segundo os 
relatos históricos, marcou a humanidade pela transformação 
da produção artesanal para manufatura industrial, na 
qual a máquina a vapor permitiu aumento vertiginoso da 
produtividade e dos processos de manufatura. Por isso, 
é considerada uma das conquistas quanto à evolução 
tecnológica, entretanto, a saúde e segurança do trabalhador 
ficou subjugada ao “ritmo” da máquina. Muitas destas 
evoluções tecnológicas geraram impactos imediatos ao 
trabalhador, além dos impactos sociais, econômicos e sobre a 
saúde pública, por isso, é neste momento da história que boa 
parte dos fundamentos da higiene do trabalho surgiram. Com 
base no conhecimento obtido, complete as lacunas: 
A ___________ configura-se como uma __________ e visa 
__________, reconhecer, avaliar e controlar _____________, de 
modo a evitar ______________. 
 
Indique a alternativa que contenha os termos que melhor se 
encaixam nas lacunas:
a. Higiene hospitalar; Organização; Antecipar; Dados; Doenças 
ocupacionais.
b. Higiene hospitalar; Organização; Postergar; Agentes de risco; 
Doenças ocupacionais.
c. Higiene ocupacional; Ciência; Antecipar; Agentes de risco; 
Doenças ocupacionais.
13
d. Higiene urbana; Organização; Mediar; Agentes de risco; 
Doenças ocupacionais.
e. Higiene ocupacional; Arte; Postergar; Agentes de risco; 
Condições ambientais adequadas. 
2. São instrumentos legais que referenciam as boas 
práticas e norteiam a prevenção à saúde e bem-estar 
do trabalhador em relação às condições de trabalho 
em estabelecimentos e empreendimentos de qualquer 
natureza em que haja relações trabalhistas. 
 
Assinale a alternativa a que se refere o texto da questão:
a. Normas regulamentadoras.
b. Agentes de risco.
c. Constituição Federal. 
d. Higiene ocupacional.
e. Embargo e interdição.
GABARITO
Questão 1–Resposta C
Resolução: Para que o texto tenha coerência dentro do 
contexto apresentado no enunciado e no que foi estudado 
até agora, a alternativa correta é a que contém os termos: 
higiene ocupacional, ciência, antecipar, agentes de risco,doenças ocupacionais. A higiene ocupacional configura-
se como uma ciência e visa antecipar, reconhecer, avaliar 
e controlar agentes de risco, de modo a evitar doenças 
ocupacionais.
14
Questão 2–Resposta A
Resolução: As normas regulamentadoras são instrumentos 
legais que referenciam boas práticas e norteiam a prevenção 
à saúde e bem-estar do trabalhador em relação às condições 
de trabalho em estabelecimentos e empreendimentos de 
qualquer natureza em que haja relações trabalhistas.
TEMA 2
Agentes ambientais do trabalho
______________________________________________________________
Autoria: Flávio Augusto Carraro
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
16
DIRETO AO PONTO
As normas NR-9 – Avaliação e controle das exposições ocupacionais 
a agentes físicos, químicos e biológicos (BRASIL, 2020b) e NR-15 – 
Atividades e operações insalubres (BRASIL, 2019) são essenciais para 
sua prática profissional, e alguns cuidados e nuances normativas 
devem estar corretamente fixados. A classificação dos riscos é um 
item importante e está disposto na Figura 1: 
Figura 1 – Agentes de riscos quantificáveis e qualificáveis
Fonte: elaborada pelo autor.
Perigo é algo inerente à natureza da fonte, já o risco é um 
processo de interação, normalmente associa-se a ação ativa ou 
passiva pelo qual pode ser amortizado. Os riscos podem evoluir a 
uma doença laboral ou incômodo ao bem-estar do trabalhador. A 
Figura 2 demonstra a relação entre perigo, interação e o risco:
17
Figura 2 – Relação perigo / interação / risco
Fonte: elaborada pelo autor.
A relação entre a NR-9 (BRASIL, 2020b) e a NR-15 (BRASIL, 2019) é 
direta, enquanto a primeira direciona a obrigatoriedade de quais 
riscos devem ser relatados, a segunda fornece os parâmetros, 
níveis de ação e limites de exposição. Quanto ao item 9.6.1 da NR-
15 (BRASIL, 2019), podemos extrair dois conceitos essenciais: 
• Limite de tolerância: descrito na NR-15 como a intensidade 
ou concentração na qual se observa a exposição máxima 
relacionada à natureza da fonte e tempo de exposição, de 
modo que não cause danos à saúde dos trabalhadores 
expostos no transcorrer de sua vida laboral (BRASIL, 2019).
• Nível de ação: deriva do conceito da Norma de Higiene 
Ocupacional 1 - NHO 1* - relaciona o valor acima do qual 
iniciam-se ações preventivas que minimizem a probabilidade 
à exposição de agentes ambientais que ultrapassam os 
limites de exposição (GIAMPAOLI et al., 2001).
Alguns pontos devem ser observados em relação a esses 
dois conceitos. Primeiramente, nem todo agente tem limite 
de tolerância (umidade, por exemplo), esse conceito se aplica 
somente aos quantificáveis. A condição destes limites de 
tolerância considera a jornada de trabalho (8 horas) e um 
18
problema é que a NR-15 (BRASIL, 2019) direciona ao risco 
em si e suas variáveis, mas não dá parâmetros atualizados 
das consequências ao corpo humano, tampouco demostra 
metodologias capazes de identificar as suscetibilidades individuais, 
repassando a responsabilidade para o PCMSO – Programa de 
Controle Médico e Saúde Ocupacional (NR-7) (BRASIL, 2020a). 
Transposto o limite de tolerância, o trabalhador adquire o direito 
à insalubridade. No entanto, o PGR não é o instrumento que 
determinará a aplicação deste direto, embora possa identificar 
a condição insalubre, documentalmente, precisa ser confirmado 
pela execução de um laudo de insalubridade.
Atividades insalubres são atividades nas quais os trabalhadores 
ficam expostos aos agentes nocivos em função da concentração, 
intensidade e exposição, em valor superior aos limites de 
tolerância normativamente estabelecidos. Juridicamente, somente 
serão consideradas as que estiverem devidamente listadas na NR-
15 ou normas referenciadas por esta.
Uma analogia possível quanto à insalubridade é de um “copo”, que 
pode ser visualizado na Figura 3, no qual o conteúdo é colocado 
até que transborde. O meio do copo seria o ponto no qual o 
nível de ação para mitigação do risco seria satisfatório, bem 
antes do copo transbordar (parte verde), a partir deste ponto, 
nos aproximaríamos do limite de tolerância (parte amarela), na 
qual as ações de mitigação já se tornariam mais onerosas, já que 
a intensidade seria maior, logo, ações mais especializadas seriam 
necessárias, e uma vez ultrapassado tal limite a insalubridade 
seria instalada.
19
 Figura 3 – Nível de ação, limite de tolerância e insalubridade 
Fonte: elaborada pelo autor.
Nem todos os limites de tolerância estão descritos na NR-15 
(BRASIL, 2019), por este motivo, a NR-9 (BRASIL, 2020b) sugere 
os parâmetros da ACGIH (American Conference of Governmental 
Industrial Hygienists) ou Conferência Americana de Higienistas 
Industriais Governamentais, sediada nos Estados Unidos. Isso 
ocorre pois a NR-15 (BRASIL, 2019) se baseia nas normas da 
ACGIH, mas estas derivam de parâmetros de 1976, ao passo que 
a ACGIH é constantemente revisada e por isto possui parâmetros 
mais atualizados em pesquisas mais recentes.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-07 – Programa de 
controle médico de saúde ocupacional. Brasília, DF: MTPS, 2020a. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-09 – Avaliação 
e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e 
biológicos. Brasília, DF: MTPS, 2020b. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-15 – Atividades e 
operações insalubres. Brasília, DF: MTPS, 2019. 
GIAMPAOLI, E. et al. NHO 1 - Procedimento Técnico - Avaliação da 
Exposição Ocupacional ao Ruído. Brasília: Ministério do Trabalho e 
Emprego; Fundacentro, 2001. 
20
LEIDEL, N. A.; BUSCH, K. A.; LYNCH, J. R. Occupational Expusure Sampling 
strategy Manual. DHHS (NIOSH), Ohio, n. 77-173, jan. 1977. 
PARA SABER MAIS
As normas da ACGIH são referência quanto aos limites de 
exposição ocupacional, em especial às substâncias químicas, 
agentes físicos e índices de exposição biológicos adotados. São 
referências internacionais e servem de parâmetros para países 
cujas normas ainda se encontram em evolução, como é o caso 
do Brasil. No que se refere aos produtos químicos, dentre as 
principais contribuições da ACGIH está a determinação do TLV 
- Threshold Limit Value (valor limite). É esse limite sob o qual 
acredita-se que a maioria dos trabalhadores poderia estar exposta 
sem danos à sua saúde e bem-estar. Além desses limites, em suas 
notações, faz referência a quais substâncias e subclassifica quanto 
aos efeitos no corpo humano. A Figura 4 exemplifica esses limites. 
Figura 4 - Limites previstos na ACGIH 
Fonte: elaborada pelo autor.
21
TEORIA EM PRÁTICA
Você foi acionado para fazer uma consultoria em segurança 
no trabalho em uma empresa metalúrgica que foi acionada 
em uma demanda judicial trabalhista. O demandante alegava 
ter direito à insalubridade, pois, em sua percepção, os níveis 
de ruído aos quais estava submetido enquanto trabalhava na 
empresa lhe causavam transtornos auditivos (dores), primeiro 
pela intensidade e depois pelo tempo de exposição, mesmo 
com o uso de equipamentos de proteção individual – EPIs. 
Acontece, que mais de um trabalhador alegou a mesma coisa. 
Nesse sentido, o dono da empresa questiona: se o Programa de 
Gerenciamento de Risco (PGR) elaborado por outro profissional 
não indicou a condição, o PGR pode estar errado na abordagem 
desse risco ambiental? Como fazer a verificação correta desse 
aspecto? Há como gerar alguma prova de valor judicial para 
contrapor a reclamação trabalhista?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Estamos em pleno processo de revisão das normativas 
relacionadas ao trabalho e mais recentemente novos textos 
foram aprovados para as normas regulamentadoras, inclusive 
Indicações de leitura
22
com a mudança de nomenclaturas, como a NR-9 – Programa 
de Gerenciamento de Risco (PGR), que substituiu oPrograma 
de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Por esse motivo, é 
interessante se habituar à consulta sistemática ao site da Escola 
Nacional da Inspeção do Trabalho (ENIT), começando pela NR-9.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-01 – 
Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. 
Brasília, DF: MTPS, 2020. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. NR-09 – 
Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes 
físicos, químicos e biológicos. Brasília, DF: MTPS, 2020.
Indicação 2
O artigo indicado demonstra, mesmo que de maneira indireta, a 
importância do PPRA, atualmente denominado PGR (Programa 
de Gerenciamento de Risco), e do PCMSO dentro das empresas, 
visto que a abordagem epidemiológica demonstra impacto na 
saúde pública. A ausência de políticas mais contundentes de 
prevenção à saúde e segurança no trabalho e de fiscalização 
pode levar à sobrecarga do aparato estatal (previdência, 
saúde e segurança), e, nesse caso, o maior prejudicado é o 
trabalhador.
CAZARIN, G.; AUGUSTO, L. G. S.; MELO, R. A. M. Doenças 
hematológicas e situações de risco ambiental: a importância do 
registro para a vigilância epidemiológica. Rev. Bras. Epidemiol., 
[online], v. 10, n. 3, p. 380-390, 2007. 
23
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Agentes ocupacionais são agentes que podem causar 
danos à saúde do trabalhador. Entender a necessidade da 
identificação e controle dos agentes de risco é de suma 
importância, uma vez que a elaboração de documentos 
como o Mapa de Riscos e o PGR requerem conhecimento 
específico destes agentes. Para tanto, é necessário ter 
domínio sobre os conceitos relacionados abaixo. 
 
Correlacione as colunas e indique a alternativa correta: 
 
1. Agentes físicos 
A. Qualquer tipo de substância, 
compostos ou produtos químicos que 
possam penetrar nas mucosas, pele ou 
vias respiratórias.
2. Agentes 
químicos 
B. Entram nesta classificação qualquer 
tipo de energia, e tem como principal 
característica a possibilidade de ser 
mensurado com unidades de medidas.
24
3. Agentes 
Biológicos 
C. Associados ao meio e interação com o 
corpo humano.
4. Ergonômico 
D. Micro-organismos de qualquer 
natureza ou agentes transmissores/
portadores destes.
5. de Acidentes 
E. Associados à biomecânica do corpo 
humano.
a. 1-C; 2-B; 3-D; 4-E; 5-A.
b. 1-A; 2-B; 3-D; 4-E; 5-C.
c. 1-B; 2-A; 3-D; 4-E; 5-C.
d. 1-C; 2-D; 3-B; 4-E; 5-A.
e. 1-B; 2-D; 3-C; 4-E; 5-A.
2. Para os fins da ___________________, considera-se o nível 
de ação o valor ___________________ do qual devem 
ser iniciadas as ações ___________________, de forma 
a ___________________ a ___________________ de que as 
exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites 
de exposição. As ações devem incluir o monitoramento 
periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e 
o controle médico. 
 
Indique a alternativa que contenha as palavras que 
permitem a coerência do texto em relação ao assunto 
abordado:
a. NR-9; Abaixo; Preventivas; Maximizar; Certeza.
b. NR-15; Acima; Preventivas; Mediar; Probabilidade.
c. NR-15; Abaixo; Corretivas; Maximizar; Certeza.
25
d. NR-9; Acima; Preventivas; Minimizar; Probabilidade.
e. NR-9; Acima; Corretivas; Mediar; Probabilidade.
GABARITO
Questão 1–Resposta C
Resolução: A correta correlação dos termos e seus 
significados fica melhor colocado se correlacionado 
conforme descrito a seguir:
Agentes físicos: entram nesta classificação qualquer 
tipo de energia, e tem como principal característica a 
possibilidade de ser mensurado com unidades de medidas. 
Agentes químicos: qualquer tipo de substância, 
compostos ou produtos químicos que possam penetrar 
nas mucosas, pele ou vias respiratórias.
Agentes biológicos: micro-organismos de qualquer 
natureza ou agentes transmissores/portadores destes.
Ergonômico: associados à biomecânica do corpo humano.
de Acidentes: associados ao meio e interação com o corpo 
humano.
Questão 2–Resposta D
Resolução: O texto se alinha com a norma de referência 
quando se colocados nas lacunas os seguintes termos: 
“Para os fins da NR-9, considera-se o nível de ação o valor 
acima do qual devem ser iniciadas as ações preventivas, 
de forma a minimizar a probabilidade de que as 
exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites 
26
de exposição. As ações devem incluir o monitoramento 
periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e 
o controle médico”.
TEMA 3
Avaliação Ocupacional do Calor
______________________________________________________________
Autoria: Flávio Augusto Carraro
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
28
DIRETO AO PONTO
A avaliação do agente calor toma por base a temperatura aferida 
por IBUTG, que se referência ao Anexo nº 3 – Limites de tolerância 
para exposição ao calor da NR-15 – atividades e operações 
insalubres. Acessória a estas normas, podemos fazer uso da ISO/
DIS 7726 - Ergonomia do ambiente térmico - Instrumentos para 
medir quantidades físicas (ISO,1998), que nos auxilia quanto às 
características dos instrumentos de medição. 
O medidor de stress térmico, ou medidor índice de IBUTG, é 
usado para medição dos parâmetros ligados ao calor, e conjuga 
os sensores bulbo seco, úmido e globo. Por meio deste conjunto 
de sensores podemos obter os parâmetros ambientais de 
temperatura, cuja escala de medição da temperatura do ar é entre 
10 °C a 60 °C e sua precisão deve ser de ± 1 °C. A finalidade 
do termômetro de bulbo úmido (TBUn) é captar a influência 
da ventilação e é fornecida por um pavio limpo, sem detritos, 
embebido com água destilada. A finalidade do termômetro de 
globo (TG) é medir o calor radiante existente no ambiente de 
trabalho, ou seja, a junção de todos os “vetores” de calor emitidos 
pelo ambiente e sua influência sobre o corpo.
Para se medir o stress térmico, utiliza-se a estimativa da 
taxa metabólica, que é a quantidade de calor produzida pelo 
organismo, ou seja, é a energia metabólica no desempenho das 
atividades laborais e que, segundo a ISO 8996, é obtida pelo 
consumo de oxigênio do trabalhador ou pela estimativa de taxas 
referenciadas em função das atividades, em tabelas contidas nas 
normas. 
29
Por situação térmica entende-se cada parte do ciclo de sobrecarga 
térmica a que o trabalhador está exposto ao calor. Pode ser 
considerada estável a taxa metabólica média (média ponderada 
no tempo das taxas metabólicas em um intervalo de 60 minutos). 
O conceito de IBUTG médio é a relação de média ponderada no 
tempo dos valores obtidos pelo equipamento em um intervalo de 
60 minutos. 
Para a abordagem do índice de IBUTG, considerando o Anexo 
3 da NR-15 e a NHO 6 e os critérios de avaliação da exposição 
ocupacional ao calor adotado pela presente norma, tem-se por 
base o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) 
relacionado à Taxa Metabólica (M). Primeiramente abordaremos 
Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) pelas 
expressões indicadas no Quadro 1: 
Quadro 1 – Expressões para cálculo do IBTUG
Ambientes internos ou externos 
sem carga solar
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga 
solar
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural, tg = temperatura de 
globo, tbs = temperatura de bulbo seco (somente usado quando tiver 
carga solar).
Fonte: adaptado de NR-15 (BRASIL, 1978a).
As expressões do Quadro 1 são para ambientes homogêneos, 
nos quais as fontes de calor possuem as mesmas características. 
Já em ambientes heterogêneos, ou seja, em ambientes em que 
o trabalhador estejasujeito à ocorrência de stress térmico e que 
os valores obtidos não sejam constantes ao redor do trabalhador 
30
mais vulnerável, é necessário balizar ao que recomenda a ISO 
7726 (ISO,1998). A sugestão é que sejam feitas ao menos três 
coletas de dados em quatro posições diferentes, considerando as 
seguintes situações:
1) Para pessoas em pé: a 0,1 m do piso, a 1,1 m do piso e a 1,7 m 
do piso. 
2) Para pessoas sentadas: a 0,1 m do piso, a 0,6 m do piso e a 1,1 
m do piso.
E com base nos dados, o IBUTG médio é então calculado pela 
seguinte expressão ponderada: 
É importante considerar que todos os parâmetros descritos 
pelas NR-15 (BRASIL, 1978a) estão considerando jornadas 
legalmente consideradas (8 horas), e que os Limites de Tolerância 
para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente, 
referenciam-se em 60 minutos, já que os gastos calóricos estão 
tabelados na NHO 6 e no Anexo 3 da NR-15. Ao se ter mais de 
uma situação térmica, é necessário a obtenção do IBUTG médio, 
considerando os tempos parciais de cada situação térmica 
conforme indicado na Equação 2:
O mesmo raciocínio deve ser feito para a obtenção da taxa 
metabólica média, na ponderação dos tempos parciais e nas 
respectivas situações térmicas a que faz referência, conforme 
indicado na Equação 3:
31
Segundo o item 2.3 do Anexo 3 da NR-15:
São caracterizadas como insalubres as atividades ou operações 
realizadas em ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial 
de calor sempre que o IBUTG (médio) medido ultrapassar os limites 
de exposição ocupacional estabelecidos com base no Índice de Bulbo 
Úmido Termômetro de Globo apresentados no Quadro 1 ( IBUTG 
máximo, ponderado pela) e determinados a partir da taxa metabólica 
das atividades, apresentadas no Quadro 2 ambos deste anexo.
Para mais de uma situação térmica, o procedimento deve ser feito a 
uma ponderação de IBUTG médio e Taxa Metabólica Média (W), pelas 
fórmulas informadas anteriormente. Para IBUTG médio, identificar os 
ciclos parciais e respectivos tempos, e ponderar para 60 minutos.
Para Taxa Metabólica Média (W), o procedimento é equivalente 
quanto à consideração dos tempos parciais, e as taxas metabólicas 
parciais (consultada no Quadro 2) também devem ser ponderadas 
por 60 minutos. Somente depois de feito isto é que se recorre ao 
Quadro 2 do Anexo 3 da NR-15, e se compara se o IBUTG obtido é 
menor que o valor máximo da tabela, sendo menor é salubre, sendo 
maior, insalubre.
Quadro 2 - Taxa metabólica por tipo de atividade 
(exemplificação, completa consultar norma)
Atividade Taxa metabólica (W)
Sentado
Em repouso 100
Trabalho leve com as mãos 126
32
Trabalho moderado com as mãos 153
Trabalho pesado com as mãos 171
Trabalho leve com um braço 162
Trabalho moderado com um braço 198
Continua (...) – consultar norma 
Em pé, agachado ou ajoelhado 
Em repouso 126
Trabalho leve com as mãos 153
Trabalho moderado com as mãos 180
Continua (...) – consultar norma
Fonte: anexo 3 da NR-15.
Referências
International Organization for Standardization (Organização Internacional 
para Padronização). ISO 7726:1998 Ergonomics of the thermal 
environment — Instruments for measuring physical quantities, Technical 
Committee: ISO/TC 159/SC 5 Ergonomics of the physical environment. 1998-
10, 2 ed., 51 p., Genebra, 1988.
International Organization for Standardization (Organização Internacional 
para Padronização). ISO 8996:2004 Ergonomics of the thermal 
environment — Determination of metabolic rate. Technical Committee: ISO/
TC 159/SC 5 Ergonomics of the physical environment. 2004-10, 2. ed., 24 p., 
Genebra, 2004.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora Nº 15 
- Atividades e Operações Insalubres. Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho 
de 1978a. Publicação D.O.U. 06/07/78. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora Nº 22 
- Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração. Portaria MTb nº 3.214, de 
8 de junho de 1978b. Publicação D.O.U. 06/07/78. 
33
GIAMPAOLI, E.; SAAD, I. F. de S. D.; DA CUNHA, I. Â.; SHIBUYA, E. K. NHO 06 
- Avaliação da exposição ocupacional ao calor: Procedimento técnico. 
Fundacentro. 48 p. 2. ed. Fundacentro, 2017. São Paulo, 2001.
PARA SABER MAIS
A metodologia de cálculo dos índices de IBUTG pode num primeiro 
momento assustar, e a dificuldade aparece se não forem bem 
identificados os ciclos de trabalho dentro de 60 minutos. Exemplo, 
se um trabalhador exerce duas atividades, sendo que a atividade 
A dura 10 minutos e a atividade B dura 5 minutos, quanto ciclos de 
cada atividade temos para se perfazer 60 minutos?
Temos que o ciclo total A+B = 15 minutos, em uma hora 
poderíamos encaixar 4 ciclos dentro de 60 minutos.
Se olharmos com atenção os parâmetros contidos no Anexo 3 
da NR-15, estão referenciados em 60 minutos/ 1 hora, e por este 
motivo a necessidade desta conversão, pois as taxas metabólicas 
estão relatadas em Kcal/h (quilocaloria por hora).
TEORIA EM PRÁTICA
Você, novato na profissão, foi convidado por um profissional mais 
antigo a ajudá-lo na finalização de alguns laudos que estavam 
atrasados, mas que os levantamentos haviam sido feitos. O caso que 
este profissional lhe apresentou se relacionava a uma metalúrgica e o 
ambiente avaliado possuía fornos de fundição, em ambiente fechado 
(sem radiação solar), e no qual foram levantados pelos menos três 
ciclos de trabalho
34
1. No ciclo A o metalúrgico pega lingotes (10 Kg) de latão ao 
nível da boca do forno (nível da cintura) e abastece o forno 
para derretimento, duração: 2 minutos.
2. O ciclo B consistia no derretimento da barra, duração 
de 10 min, no entanto o trabalhador tinha obrigações 
administrativas do controle do estoque digitando no 
computador, e ficava sentado em uma mesa, em outro 
ambiente, escritório, separado do ambiente dos fornos.
3. No ciclo C, ao nível da boca do forno era feita a coleta do 
latão líquido e derramamento por uma concha do latão 
derretido na coquilha (forma), e disforma numa plataforma 
colocada ao lado do forno. Duração 3 minutos.
Quadro 3 - Dados do exercício
ciclo A Tbn= 40 °C Tg = 28 °C
ciclo B Tbn= 28 °C Tg = 23 °C
ciclo C Tbn= 40 °C Tg = 29 °C
Fonte: elaborado pelo autor.
O profissional, já vislumbrando a sua contratação, lhe questionou:
1. Qual expressão você deveria usar e por quê?
2. Quantos ciclos de trabalho e de descanso são possíveis 
identificar dentro de uma hora (60 minutos)?
3. Para quantos locais devem ser feitos os cálculos e como?
4. Como calcular o IBUTG médio?
5. Como considerar o metabolismo ponderado para cada ciclo 
(dica: enquadrar Quadro 2, Anexo 3, da NR-15)?
35
6. E, por fim, o profissional que quer lhe contratar pede 
para concluir o laudo e justificar o motivo pelo qual o 
trabalhador pode ou não estar enquadrado em condição de 
insalubridade.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Como o próprio resumo do artigo sugere, é uma abordagem de 
exposição ao calor em atividades a céu aberto em um canteiro de 
obra relacionada à construção civil pela metodologia de IBUTG. 
Com base na referência bibliografia abaixo buscar em sites de 
busca na internet ou biblioteca digital o texto indicado abaixo para 
o desenvolvimento do estudo:
AMORIM, A. E. B.; LABAKI, L. C.; MAIA, P. A.; BARROS, T. M. S.; 
MONTEIRO, L. R. Exposição ocupacional ao calor em atividades 
a céu aberto na construção de estruturas de edifícios. Revista 
Ambient. constr., v. 20, n.1, Porto Alegre, jan./mar. 2020. 
Indicação 2
Este artigo mostra a metodologia adotada para abordagem de 
condições ambientais relacionadas ao trabalhador rural incluindo 
seus aspectos de saúde. Com basena referência bibliografia 
Indicações de leitura
36
abaixo buscar em sites de busca na internet ou biblioteca digital o 
texto indicado abaixo para o desenvolvimento do estudo:
ROSCANI, R. C.; MAIA, P. A.; MONTEIRO, M. I. Sobrecarga térmica 
em áreas rurais: a influência da intensidade do trabalho. Revista 
Brasileira de Saúde Ocupacional. Versão impressa ISSN 0303-
7657. Versão On-line ISSN 2317-6369. V. 44, São Paulo, 2019. ePUB 
nov. 11, 2019. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. ___________ é uma medida estatística do nível de _________ 
entre __________, relacionado com o deslocamento da 
energia __________ de um átomo ou molécula. Em Física, a 
temperatura está relacionada com a energia interna de um 
sistema _________. A temperatura costuma ser medida por um 
termômetro e indica o grau de intensidade do calor em um 
determinado território. 
 
Fonte: adaptado site Significados. “Significado de 
Temperatura”. 
37
 
Indique a alternativa cujos termos completam o trecho de 
forma coerente ao que foi estudado.
a. Resfriamento; Estabilidade; Corpos; Tangencial; 
Hemodinâmico.
b. Temperatura; Agitação; Moléculas; Cinética; 
Termodinâmico.
c. Aquecimento; Estabilidade; Gases; Rotacional; 
Termodinâmico.
d. Temperatura; Agitação; Moléculas; Potencial; 
Termodinâmico.
e. Temperatura; Agitação; Moléculas; Mecânica; 
Hemodinâmico. 
2. O ser humano, em suas operações de sobrevivência existe já 
um gasto _____________, que aqui chamaremos de metabolismo 
_________________, ou seja, independentemente de sua 
condição de atividade, até mesmo em repouso, necessitará 
para manter as ______________ (respiração, movimento do 
corpo etc.). Quando em atividade laboral daremos o nome 
de metabolismo __________________, que é a energia que o 
corpo humano exigirá para desenvolver suas atividades, e 
_________________ será este quanto _________________ forem 
as amplitudes de movimentos e o uso de sua estrutura 
osteomuscular. 
 
Indique quais das alternativas abaixo completa corretamente 
as lacunas: 
38
a. Mecânico; Basal; Funções somente de respiração; De 
trabalho; Menor; Maiores.
b. Energético; De trabalho; Funções somente cardiovasculares; 
Basal; Menor; Maiores. 
c. Mecânico; Basal; Funções vitais; De trabalho; Menor; 
Maiores.
d. Energético; Basal; Funções vitais; De trabalho; Maior; 
Maiores.
e. Energético; De trabalho; Funções vitais; Basal; Maior; 
Maiores.
GABARITO
Questão 1–Resposta B
Resolução: Temperatura é uma medida estatística do 
nível de agitação entre moléculas, relacionado com o 
deslocamento da energia cinética de um átomo ou molécula. 
Em Física, a temperatura está relacionada com a energia 
interna de um sistema termodinâmico. A temperatura 
costuma ser medida por um termômetro e indica o grau de 
intensidade do calor em um determinado território.
Questão 2–Resposta D
Resolução: O ser humano, em suas operações de 
sobrevivência existe já um gasto energético, que 
aqui chamaremos de metabolismo basal, ou seja, 
independentemente de sua condição de atividade, até 
mesmo em repouso, necessitará para manter as funções 
vitais (respiração, movimento do corpo etc.). Quando em 
39
atividade laboral daremos o nome de metabolismo de 
trabalho, que é a energia que o corpo humano exigirá para 
desenvolver suas atividades, e maior será este quanto 
maiores forem as amplitudes de movimentos e o uso de sua 
estrutura osteomuscular.
TEMA 4
Trabalho em pressões anormais
______________________________________________________________
Autoria: Flávio Augusto Carraro
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
41
DIRETO AO PONTO
A abordagem de requisitos normativos relativos às pressões 
anormais em segurança no trabalho ainda é pouco explorada, por 
se tratar de atividades econômicas muito específicas, como, por 
exemplo, trabalhos que usam ar comprimido para pressurização 
de ambientes (construção civil, por exemplo) e atividades ligadas ao 
mergulho. 
O ponto crucial para entendimento do conjunto de tabelas e demais 
requisitos da norma relaciona-se primeiramente à composição do ar 
que respiramos: 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% relativo a 
demais gases. Quando o oxigênio se encontra em níveis inferiores 
a 19,5%, criam-se condições para que o nitrogênio interaja com o 
processo de respiração celular e também tenha sua acumulação 
em alguns tecidos do corpo humano, tornando-se agente asfixiante 
ou letal para o trabalhador que esteja sob trabalhos em pressão 
anormais. 
O Anexo 6 da NR-15 (BRASIL, 1978a) é a parte das normas 
regulamentadoras que faz referência a este tipo de agente de risco 
e, em seu escopo, consta tipos de trabalhos mais comuns, dentro da 
realidade do mercado brasileiro, focando seu conteúdo e requisitos 
normativos em trabalhos relacionados às condições hiperbáricas. 
Não há menção de requisitos normativos para condições hipobáricas.
Essencialmente, são dois parâmetros do Anexo 6 da NR-15 (BRASIL, 
1978a) que você precisa ter domínio: profundidade e pressão. 
Percebe-se, no entanto, pelas próprias condições e variáveis 
envolvidas, uma dedicação diferenciada deste anexo na exposição 
dos requisitos de segurança que se relacionam ao uso do ar 
comprimido e aos trabalhos de mergulho, sendo grande parte 
da norma dedicado a este segundo. Esta diferenciação se dá pela 
42
complexidade e variação dos equipamentos envolvidos e em função 
das profundidades que são atingidas por estes trabalhos.
O Anexo 6 da NR-15 (BRASIL, 1978a) sugere que a abordagem de 
requisitos de segurança seja observada segundo um raciocínio 
metodológico, cujos itens são listados na Figura 1: planejamento, 
preparação, execução e procedimentos de emergência.
Figura 1 - Trabalho em pressões anormais 
Fonte: adaptado de Anexo 6 da NR-15 (BRASIL, 1978a).
43
Os trabalhos em pressões anormais, segundo o Anexo 6 da NR-
15 (BRASIL, 1978a), devem observar requisitos peculiares do local 
e do tipo de atividade, acompanhando raciocínio metodológico 
sugerido pela norma, e especial atenção é necessária para os 
registros dos processos em todas as fases, além de requisitos 
de segurança aplicados, é necessário cuidado com a parte 
documental.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Anexo 6 da Norma 
Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres. Portaria 
MTb nº 3.214, de 8 de junho de 1978a. Publicação D.O.U. 06/07/78.
BRASIL. Decreto n. 3.048 - Aprova o Regulamento da Previdência Social 
e dá outras providências, de 6 de maio de 1999. Presidência da República. 
Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
PARA SABER MAIS
O Anexo 6 da NR-15 (BRASIL, 1978a) considera especialmente o 
controle completo das condições de saúde do trabalhador, com 
exames regulares, antes, durante e depois dos processos de 
descida, onde ocorre a compressão, e de subida, onde ocorre a 
descompressão. A atuação de uma equipe de acompanhamento 
e o registro documental irão amparar os processos decisórios da 
medicina do trabalho quanto à liberação da atividade (condições 
prévias da saúde do trabalhador), observância dos efeitos à saúde 
do trabalhador e mesmo na recuperação (quando for o caso) do 
trabalhador exposto a condições hiperbáricas.
Este controle sistêmico e documental é requisito obrigatório 
segundo o Anexo 6 da NR-15 (BRASIL, 1978a), e visa permitir 
rastreabilidade, já que os efeitos podem ser imediatos, mas 
44
também decorrente de consecutivas “doses”, logo, se manifestam 
no tempo. Tamanha é a importância desta rastreabilidade, que 
o Anexo 6 da NR-15 (BRASIL, 1978a) dispõe de um conjuntode tabelas e gráficos, usados especificamente pela medicina 
no trabalho, para tratamento do trabalhador no processo de 
recuperação de doenças descompressivas. 
Outro ponto a se observar, segundo o Anexo 6 da NR-15 (BRASIL, 
1978a), independentemente dos parâmetros e condições 
de trabalho, é a aplicação do adicional de insalubridade em 
grau máximo, e por força de lei o trabalhador tem o direito à 
aposentadoria especial após 25 anos de atividade laboral em 
pressões anormais conforme Decreto Federal n. 3048/99 – Anexo 
IV (BRASIL, 1999).
TEORIA EM PRÁTICA
Em um determinado dia de trabalho, o engenheiro de segurança 
responsável por um trabalho relacionado à escavação não 
compareceu por motivos particulares. Seu superior imediato 
solicitou, em função de sua formação na área de segurança do 
trabalho, que você orientasse os profissionais designados para 
realizar a tarefa de escavação de um tubulão. Como já estavam 
em pleno processo e as características dos trabalhos já eram 
conhecidas, lhe adiantaram que a operação em termos de tempo 
duraria cinco horas e a pressão de trabalho seria de 1,7 kgf/cm2.
Como nenhum dos trabalhadores está habituado com o Anexo 6 
da NR-15, lhe fizeram as seguintes perguntas:
Qual tabela devemos utilizar?
45
Quantos são os estágios de descompressão e as pressões de 
referência?
Em quanto tempo o trabalhador deverá ser retirado da 
campânula?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O presente artigo faz um estudo de caso de uma patologia 
denominada “barotrauma ocular bilateral” decorrente de 
atividade de mergulho autônomo, e é interessante sua leitura 
pois retoma alguns conceitos de física. Além disso, mostra os 
cuidados que devem ser adotados na execução do trabalho 
de mergulho, além de permitir a compreensão de algumas 
fisiopatogenias típicas para este tipo de atividade. Busque na 
internet na base Scielo o artigo pelo título:
DE SÁ , M. F. A.; RODRIGUES, M. P. M.; MENDONÇA, R. C. 
de; DE SÁ, J. C. A. Relato de caso: barotrauma ocular durante 
mergulho autônomo. Revista Brasileira de Oftalmologia, 
versão impressa, ISS 0034-7280, Rev. bras. oftalmol., v. 70, n. 6, 
Rio de Janeiro, nov./Ddz. 2011.
Indicações de leitura
46
Indicação 2
O presente artigo é um estudo de caso relacionado a doenças 
ligadas à variação de pressão e relata a ocorrência de 
“barotrauma da orelha média” ou “barotite média (BM)”, que 
consiste na inflamação traumática aguda ou crônica causada 
por alterações da pressão atmosférica que normalmente ocorre 
em tripulantes de aeronaves, em função das condições de 
pressurização e despressurização típicas de aeronaves. Busque 
na internet na base Scielo o artigo pelo título:
BASTOS, A. G. D.; SOUZA, A. T. C. L. de. Barotite média 
em tripulantes da aviação civil. Revista Brasileira de 
Otorrinolaringologia. Versão impressa ISSN 0034-7299. Rev. 
Bras. Otorrinolaringol., v. 70, n.1, São Paulo, jan./fev. 2004.
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. O ar atmosférico se constitui por uma mistura de elemento 
químicos em forma de gás e essencialmente na sua maior 
composição é possível identificar diversos gases, dentre eles 
47
o nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e gases nobres (argônio 
(Ar), neônio (Ne), radônio (Rn), hélio (He), criptônio (Kr) e 
xenônio (Xe)). Além dos gases, compõe o ar atmosférico o 
vapor d´água, mas sua quantidade e características decorrem 
de fatores como clima, temperatura e características de 
localização. Pelo que foi estudado até o momento, qual é o 
gás que devemos monitorar durante operações hiperbáricas 
e os limites de percentual mínimo para que o trabalhador não 
tenha consequências sobre as atividades vitais e não esteja 
submetido a traumas decorrentes da variação bárica?
a. Nitrogênio a 68%.
b. Criptônio a 1%.
c. Oxigênio a 22%.
d. Oxigênio a 19,5%.
e. Nitrogênio a 22%.
2. No desenvolvimento de atividades em pressões anormais 
é essencial o atendimento de todos os requisitos descritos 
no Anexo 6 da NR-15, especificamente para trabalho em 
tubulões, previamente é determinado que o trabalhador 
não poderá sofrer mais de uma descompressão em um 
período específico mínimo de _________ e não pode exceder 
uma pressão de trabalho superior a _____________. 
 
De acordo com a norma, quais são respectivamente este 
período (intervalo mínimo) e pressão limite? 
a. 8 horas e 1,4 kgf/cm2. 
b. 24 horas e 3,4 kgf/cm2.
c. 4 horas e 2,6 kgf/cm2.
d. 16 horas e 3,4 kgf/cm2.
e. 24 horas e 2,4 kgf/cm2.
48
GABARITO
Questão 1–Resposta D
Resolução: O ponto crucial para entendimento do conjunto 
de tabelas e demais requisitos da norma está relacionado 
à composição do ar que respiramos, pois em conjunto 
estão presentes nele o oxigênio, nitrogênio e demais gases, 
representando respectivamente 21%, 78% e 1%, em que o 
primeiro pode, em níveis inferiores a 19,5%, criar condições 
para que o nitrogênio interaja com o processo de respiração 
celular ou mesmo adentre em tecidos, tornando-se agente 
asfixiante ou letal para o trabalhador que esteja sob trabalhos 
em pressão anormais.
Questão 2–Resposta B
Resolução: Conforme disposto nos itens do Anexo 6 da NR-15:
1.3.2 O trabalhador não poderá sofrer mais que uma 
compressão num período de 24 (vinte e quatro) horas. 
1.3.3 Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, 
nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 
kgf/cm2, exceto em caso de emergência ou durante tratamento 
em câmara de recompressão, sob supervisão direta do médico 
responsável. 
49
TEMA 5
Ruído e a saúde do trabalhador
______________________________________________________________
Autoria: Flávio Augusto Carraro
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
50
DIRETO AO PONTO
O ruído/som no ambiente de trabalho, dependendo da intensidade e 
tempo de exposição, geram efeitos diretos na saúde do trabalhador, 
como a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), que pode ser 
parcial ou permanente a depender se a lesão for mecânica/condutiva 
ou neurológica. Associam-se também outros efeitos como a perda 
da produtividade, estresse, irritação, cansaço, entre outros efeitos de 
ordem psicológica.
Toma-se por referência, no Brasil, para fins de identificação do risco 
ruído e discussão da insalubridade, os parâmetros contidos nos 
anexos 1 e 2 da NR-15 (BRASIL, 1978a), que tratam de “limites de 
tolerância para ruído contínuo e intermitente” e “limites de tolerância 
para limites para ruídos de impacto”, e normas referenciadas por 
estas. A Norma de Higiene Ocupacional de número 1 (Procedimento 
Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído) NHO 
1 (GIAMPAOLI, 2001) é complementar aos anexos 1 e 2 da NR-
15 (BRASIL, 1978a), versando procedimentos técnicos quanto à 
Avaliação de Exposição Ocupacional ao Ruído. Assim, os anexos 1 e 2 
da NR-15 (BRASIL, 1978a) citam: 
• Ruído contínuo ou intermitente: aquele que não é ruído 
de impacto.
• Ruído de impacto: com duração inferior a um segundo, em 
intervalos superiores a um segundo.
A diferenciação dos tipos de ruído é feita pela frequência, e para isto, 
os anexos 1 e 2 (BRASIL, 1978a) citam as Curvas de Compensação ou 
Ponderação (Circuito A, B, C e D). Os aparelhos de mediação já são 
programados para fazer estas compensações dentro das oito faixas 
de frequência dessas curvas. A NHO 1 (GIAMPAOLI, 2001) reforça 
51
a importância da consideração das faixas e suas compensações na 
metodologia de levantamentos de condições de riscode ruídos, e os 
aparelhos de mensuração já estão devidamente calibrados e com 
banda de oitava (frequências).
O Anexo 1, pela própria definição do tipo de ruído contínuo e 
intermitente, leva em consideração o circuito de compensação “A” 
e resposta lenta (SLOW), e a medida precisa ser tomada próximo 
ao ouvido do trabalhador com instrumento de nível de pressão. 
As informações no Quadro 1 demonstram quais são as faixas de 
frequências consideradas em banda de oitava:
Quadro 1 – Frequências (banda de oitava)
Frequências baixas ou 
graves (Hz)
Frequências da voz 
falada (Hz)
Frequências altas ou 
agudas (Hz)
31,5 63 125 250 500 1000 2000 4000 8000 16000
Fonte: adaptado de Saliba (2018, p. 29).
Os valores expostos no Anexo 1 da NR-15 (BRASIL, 1978a) para 
ruídos intermitentes considera o nível de ruído dB, tendo a curva 
de compensação (A) em função do tempo de exposição máxima 
diária permissível, e considera trabalhadores sem o uso de 
equipamentos de proteção individual. Se durante a jornada de 
trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição aos 
ruídos de diferentes níveis, devem ser considerados os seus 
efeitos combinados pela curva de compensação (D), desde que a 
soma das seguintes frações não ultrapasse os níveis de pressão e 
o tempo preconizado previsto pelo Anexo 1 da NR-15 (BRASIL, 
1978a), desde que não exceda 115 dB: 
52
Subsequente a isto aplica-se o conceito de Leq - nível equivalente 
de ruído: 
 
Segundo o Anexo 1 da NR-15 (BRASIL, 1978a), há o fator de 
dobra no tempo a cada 5 dB de variação, ao passo que a NHO 
1 (GIAMPAOLI, 2001) tem esta variação a cada 3 dB de variação 
(quadros 2 e 3, respectivamente):
Quadro 2 – Decibel e tempo exposição (anexo 1 NR-15)
Nível de ruído
Tempo máximo diário 
permissível (Tn) em horas
85 dB (A) 8 horas
90 dB (A) 4 horas
95 dB (A) 2 horas
100 dB (A) 1 hora
105 dB (A) 30 minutos
110 dB (A) 15 minutos
115 dB (A) 7 minutos
Fonte: anexo 1 da NR-15.
53
Quadro 3 - Decibel e tempo exposição (NHO-1)
Nível de ruído
Tempo máx. 
diário permissível 
(Tn) em minutos
Hora, % de hora 
80 1523,9 25,40
81 1209,52 20,16
82 960 16,00
83 761,95 12,70
84 604,76 10,08
85 480 8,00
86 380,97 6,35
87 302,38 5,04
88 240 4,00
89 190,48 3,17
90 151,19 2,52
91 120 2,00
92 95,24 1,59
Fonte: Giampaoli (2001).
As equações que levam em consideração para estes o fator de 
dobra em 5 dB:
54
Referente ao Anexo 2 (BRASIL, 1978a) e a ruídos de impacto, as 
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador, com 
medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e 
circuito de resposta para impacto, e adota-se válida a leitura feita 
no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação 
“C”. Existem equipamentos específicos para medição de ruídos de 
impacto. O limite de tolerância será de 120 dB(C) para ruídos de 
impacto e devemos seguir os parâmetros a seguir expostos no 
Quadro 4, derivados da NHO-1 (GIAMPAOLI, 2001):
Quadro 4 - Correlação entre dB e número de impactos por dia
Nível de pressão sonora 
dB (em picos de dB)
Número de impactos permitidos 
(por dia)
140 100
130 1.000
120 10.000
Quando o número de impactos exceder 10.000 o ruído será 
considerado como contínuo ou intermitente.
Fonte: adaptado de Giampaoli (2001).
Na busca de intervenção quanto a ruído contínuo ou de impacto, 
prioritariamente, devemos adotar equipamentos de proteção 
coletiva (EPC) e também isolamento da fonte (construção de 
barreiras separando a fonte do ruído do ambiente em que o 
rodeia, exemplo: parede isolante), ou ainda, isolamento do 
receptor (trabalhador) com construção de barreiras separando a 
fonte do ruído do ambiente em que o trabalhador está exposto 
(ex.: cabine de um equipamento móvel).
55
Mesmo nas tomadas das ações de proteção coletiva e/ou 
individual o trabalhador poderá fazer jus ao adicional de 
insalubridade, isso se as ações tomadas não forem suficientes 
para neutralizar ou diminuir a níveis aceitáveis a exposição do 
trabalhador ao ruído.
Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Anexo 1 e Anexo 2 da Norma 
Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres. Portaria 
MTb nº 3.214, de 8 de junho de 1978a. Publicação D.O.U. 06/07/78. 
GIAMPAOLI, E.; SAAD, I. F. de S. D.; CUNHA, I. de Â. da.; SILVA, M. D. da. NHO 
1 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional ao 
Ruído. Ministério do trabalho e emprego. São Paulo: Fundacentro, 2001. 41 
p. 
SALIBA, T. M.; LANZA, M. B. de F. Manual prático de higiene ocupacional 
e PPRA: avaliação e controle dos riscos ambientais. 9. ed. São Paulo: 
Editora Ltr, 2018.
PARA SABER MAIS
O ruído e o desconforto psicofisiológico causados no aparelho 
auditivo humano estão relacionados à intensidade de vibração e 
pressão sonora. Existe uma falsa ideia de que o aumento de 1 Bel 
ocasionaria efeito linear, sendo que o tímpano e os componentes 
do ouvido médio (martelo, estribo e bigorna) trabalhariam com 
resposta linear de trabalho, mas não é isso que acontece. O 
ouvido, em termos de sensibilidade, possui resposta logarítmica, 
o que equivale a dizer que para cada 1 Bel (B) acrescido na leitura 
do equipamento de medida, o tímpano estaria sujeito a trabalhar 
dez vezes mais em relação ao valor referenciado, no limiar da 
audibilidade e, da mesma forma, quando lido 2 Bel, o tímpano 
estará sujeito a uma condição de trabalho 100 vezes maior. Logo, 
56
deve ser tomado um cuidado muito grande para mitigação de 
cada Bel, visto que este intensifica logaritmicamente os efeitos 
sobre a saúde do trabalhador. 
TEORIA EM PRÁTICA
Considere que você está em período de experiência em uma 
indústria e possui formação em segurança do trabalho. Foi 
demandado pela diretoria da empresa que você avaliasse a 
situação na qual um funcionário, sem ter o desvio da função, tem 
o seu fluxo de trabalho submetido a três condições diferentes de 
risco ao ruído na primeira leitura do decibelímetro:
Quadro 5 - Situação A
Setor Nível 
ruído dB 
(A)
Tempo 
exposição 
(Horas) (Cn)
Máxima 
Exposição Diária 
(Horas) (Tn)
Setor A 75 2 32
Setor B 83 3 10,33
Setor C 82 3 12,08
Logo de cara percebeu-se que se tratava de uma situação na qual 
se aplicariam as fórmulas abaixo: 
E na sequência:
57
Por motivos internos a empresa, o trabalhador foi alocado em 
mais duas situações para executar o mesmo trabalho, mas que as 
leituras obtidas tendo variação do tempo de exposição e ruídos 
estão descritas nas situações B e C:
Quadro 6 - Situação B
Setor Nível 
ruído dB 
(A)
Tempo 
exposição 
(Horas) (Cn)
Máxima 
Exposição Diária 
(Horas) (Tn)
Setor A 90 2 4
Setor B 83 3 10,33
Setor C 82 3 12,08
Quadro 7 - Situação C
Setor Nível 
ruído dB 
(A)
Tempo 
exposição 
(Horas) (Cn)
Máxima 
Exposição Diária 
(Horas) (Tn)
Setor A 90 4 4
Setor B 83 3 10,33
Setor C 82 2 12,08
A diretoria então lhe solicitou um relatório no qual fizesse uma 
análise dos diferentes posicionamentos (A, B e C) e sobre qual 
a influência em termos de Db para cada uma das condições 
impostas, e que você indicasse qual delas seria menos prejudicial 
ao trabalhador.
58
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Como os anexos 1 e 2 da NR-15 não possuem informações 
suficientes para o entendimento de metodologia de 
levantamento, é necessário fazer uso da NHO 1, que detalha 
Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional ao 
Ruído. Na NHO 1 podemos demonstrar campos de aplicação, 
referências normativas, inclusive de outros países, definições, 
símbolos e abreviaturas, critérios para avaliação de exposição 
ocupacional ao ruído, procedimento de avaliação, relatórios. 
Para consultar a NHO 1, acesse o site da Fundacentro e entre na 
aba “biblioteca”, em seguida em “biblioteca digital” e pesquise 
por NHO.
GIAMPAOLI, E.; SAAD, I. F. de S. D. CUNHA, I. de Â. da.; SILVA, 
M. D. da. NHO 1 - Procedimento Técnico- Avaliação da 
Exposição Ocupacional ao Ruído. Fundacentro, 2001, 41 p. 
Indicação 2
O presente artigo demonstra e compara a percepção dos 
profissionais das áreas de enfermagem e administrativa 
frente ao ruído no pronto-socorro. Acesse a página da Scielo e 
pesquise por:
Indicações de leitura
59
FILUS, W. A.; SAMPAIO, J. M. R.; ALBIZU, E. J.; MARQUES, J. M.; 
LACERDA, A. B. M. de. Percepção de equipes de trabalho sobre 
o ruído em pronto-socorro. Audiology - Communication 
Research. Versão on-line: ISSN 2317-6431. Audiol., Commun. 
Res., v. 23, São Paulo, 2018. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Os artigos 189 e 190 da Consolidação da Leis do Trabalho 
definem “consideradas atividades ou operações insalubres 
aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de 
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos 
à saúde” e possuem a caracterização da insalubridade. 
Os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de 
proteção e o tempo máximo de exposição do empregado 
a esses agentes devem ser levantados e normativamente 
referenciados. Quais anexos da NR-15 descrevem os requisitos 
sobre ruídos contínuo/intermitente e ruídos de impactos, 
respectivamente?
60
a. Anexo 1 e Anexo 3.
b. Anexo 3 e Anexo 6.
c. Anexo 1 e Anexo 2.
d. Anexo 5 e Anexo 6.
e. Anexo 1 e Anexo 5.
2. Indique qual das alternativas completa corretamente a 
lacuna no texto abaixo: 
 
O profissional de segurança no trabalho deve 
constantemente acessar as normas regulamentadoras 
para buscar o referenciamento normativo para ações de 
mitigações dos agentes ambientais. A NR-15 e seus anexos 
visam contribuir para delimitação dos riscos em atividades 
e operações insalubres, porém, em alguns de seus 
anexos, não se detalha a metodologia para se mensurar a 
exposição ao risco. Considerando os ruídos intermitentes e 
de impacto, respectivamente, a Fundacentro disponibiliza 
a Norma de Higiene Ocupacional - _________, que trata 
de Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição 
Ocupacional ao Ruído. 
a. NHO 6.
b. NHO 3.
c. NHO 2.
d. NHO 1.
e. NHO 4.
61
GABARITO
Questão 1–Resposta C
Resolução: Os anexos que fazem referência, respectivamente, 
para ruídos contínuo ou intermitente e ruídos de impacto são 
o Anexo 1 e Anexo 2.
Questão 2–Resposta D
Resolução: A NHO 1 - Procedimento Técnico - Avaliação 
da Exposição Ocupacional ao Ruído. Na NHO 1 podemos 
demonstrar campos de aplicação, referências normativas, 
inclusive de outros países, definições, símbolos e abreviaturas, 
critérios para avaliação de exposição ocupacional ao ruído, 
procedimento de avaliação, relatórios, além de uma referência 
bibliográfica a qual a NHO 01 se baseia.
62
TEMA 6
Vibração ocupacional
______________________________________________________________
Autoria: Flávio Augusto Carraro
Leitura crítica: Joubert R. S. Júnior
63
DIRETO AO PONTO
A vibração ocupacional é a manifestação de movimentos oscilatórios 
desenvolvidos por maquinários (tratores, empilhadeiras, caminhões, 
entre outros) e por ferramentas (marteletes, britadeiras, furadeiras 
etc.). Em síntese, é a manifestação de energia mecânica, influente no 
trabalhador por meio das VCIs - Vibrações de Corpo Inteiro e VMBs – 
Vibrações de Mãos e Braços. 
Na avaliação de VCIs, de acordo com a Norma de Higiene 
Ocupacional 9 (NHO 09), são observados o valor da aceleração 
resultante de exposição normalizada* (aren), que não pode ser 
superior a 1,1 m/s2; e o valor da dose de vibração resultante (VDVR) 
de 21,0 m/s 1,75. Para avaliação de VMBs, para fins de aplicação da 
metodologia do levantamento e de acordo com o Anexo 8 da NR-15 
(BRASIL, 1978b), não pode ser superior à aceleração resultante de 
exposição normalizada* (aren) de 5 m/s2. 
Cuidado especial na metodologia sugerida pelas NHO 9 e NHO 10 
deve ser dado aos valores de aceleração, em especial RMS, que 
devem ser levantados e considerados conforme eixos de referência 
para VCI e VMB, com as devidas ponderações das frequências em 
função destes eixos de referência que podem ser visualizados nas 
figuras 1 e 2, e partem do pressuposto que cada parte do corpo 
humano responde de forma diferenciada a depender do eixo e da 
frequência de onda mecânica. 
64
Figura 1 - Eixos de direção adotados para medição para VCI 
Fonte: adaptada de ISO 2631:1997.
Figura 2 - Localização do sistema de coordenadas para 
vibração de mãos e braços (VMB) 
Fonte: NHO 10 – Fundacentro.
O equipamento responsável por desenvolver a leitura das 
acelerações e frequências de vibração nos três eixos é o 
acelerômetro ou sensor piezoelétrico. Sua leitura consiste na 
65
medição da aceleração dinâmica por meio deste dispositivo, 
no qual se mede a tensão, consequente das ações das ondas 
mecânicas nas faixas de frequências em que estão alocadas VCI e 
VMB.
Para se observar os efeitos das vibrações no corpo humano, 
em avaliação de corpo inteiro, adota-se que a sensibilidade de 
corpo inteiro deve ser feita nas frequências de 1,0 a 80 Hz como 
um todo, mas em análise individualizada por eixo de referência 
(conforme descrito na Figura 1) o eixo Z é mais sensível para 
frequências de 4 Hz a 8 Hz, ao passo que nos eixos X e Y estão 
mais sensíveis para 1 e 2 Hz respectivamente. Isso decorre da 
densidade de massa (densidade de tecidos e ossos) que as 
frequências entrarão em contato.
Como é diferenciada a condição de respostas às diferentes 
frequências, a maioria dos equipamentos já possui calibração para 
tal, de modo que o valor obtido da aceleração já venha ponderado 
na frequência, por meio desta “correção”.
A norma ISO 2631 e a ACGIH fornecem um conjunto de tabelas e 
ábacos para consulta, e ajudam sobretudo a entender as zonas de 
precaução e os limites de tolerância, a maioria dos equipamentos 
de mensuração da vibração referenciam-se nelas para ponderação 
das acelerações nas frequências. 
O Quadro 1 a seguir resume as principais informações em relação 
à avaliação de VCI e VMB:
66
Quadro 1 - Relação de equações para avaliação de VCI e VMB
VCI - Vibrações de Corpo Inteiro VMB - Vibrações de Mãos e Braços
Limites previstos Anexo 8 da NR-15:
a) Valor da aceleração resultante 
de exposição normalizada* 
(AREN) de 1,1 m/s2. 
b) Valor da dose de vibração 
resultante (VDVR) de 21,0 m/s 1,75.
Limites previstos Anexo 8 da NR-15:
aceleração resultante de 
exposição normalizada* (AREN) 
de 5 m/s2.
Para os cálculos dos limites, 
usamos: 
Para os cálculos dos limites, 
usamos:
Para o AREN:
1. Aceleração total ou 
resultante
2. Aceleração equivalente 
ponderada
3. Aceleração Resultante de 
Exposição Normalizada na 
jornada (AREN)
4. VDV e VDVR 
1. Aceleração total ou 
resultante 
2. Aceleração equivalente 
ponderada
 
3. Aceleração Resultante de 
Exposição Normalizada na 
jornada (AREN)
Fonte: elaborado pelo autor. 
67
O Anexo 8 da NR-15 é relativamente suscinto e não pode ser 
analisado de forma isolada, já que nele somente constam os 
limites de tolerância, sendo necessário recorrer às NHOs 9 e 
10, nas quais estão explicitados aspectos metodológicos para 
avaliação de VCI e VMB respectivamente, elucida pontos para 
o levantamento quantitativo (baseados em números), além de 
subsidiar o conjunto de equações e as variáveis envolvidas no 
processo de avaliação. 
Segundo a NR-9 - Programa de Gerenciamento de Risco - PGR 
(antigo PPRA), nenhum levantamento com equipamentos de 
mensuração de vibração deve ser feito sem que haja uma 
avaliação criteriosa e qualitativa das condições, tais como: 
ambientação do trabalho, processo e operações e as condições 
de exposição à vibração,características peculiares das máquinas, 
veículos, ferramentas e demais interações homem-máquina que 
pode influir na vibração. Isso inclui condições de uso, manutenção 
e estado de conservação deles, com especial atenção aos 
componentes e dispositivos de isolamento e amortecimento que 
interfiram a exposição à vibração de operadores e condutores. 
Em relação ao ponto de vista do trabalhador, é prudente observar 
que a vibração deve ser medida por tempo de exposição, logo, 
deve se observar a estimativa do tempo efetivo de exposição 
diária ao equipamento/ferramenta ou conjunto de equipamentos/
ferramentas e seus tempos parciais de uso, além da condição de 
exigência de esforços físicos e aspectos posturais.
É importante ressaltar, que antes de se desenvolver os 
levantamentos por equipamentos de mensuração, deve se realizar 
uma avaliação qualitativa, principalmente no sentido de identificar 
variáveis interferentes no processo de avaliação e que podem 
distorcer os dados numéricos envolvidos se não corretamente 
observadas as metodologias de levantamento sugeridas pelas 
NHOs.
68
PARA SABER MAIS
O que é um acelerômetro?
O acelerômetro é o nome dado aos equipamentos que têm a 
função de medir as vibrações, podem ser do tipo transdutores 
(que mede variação sísmica), sendo sua utilização para 
frequências mais altas, ou sensores piezoelétricos, compostos 
por cristais sensíveis a pressões (tensões) para frequências mais 
baixas.
A diferença está na sensibilidade de recepção da onda vibratória, 
já que na forma com que interpretam e transformam a tensão 
da onda mecânica o princípio é o mesmo. Ocorre a recepção da 
energia potencial das ondas mecânicas, que são transformadas 
em tensão elétrica, em diferentes níveis de intensidade, para 
que cada frequência absorvida seja corretamente interpretada 
por um circuito e sua leitura, com a devida “calibração”, é obtida. 
Os dispositivos sísmicos (movimento oscilatório) conseguem 
em maior ou menor grau uma carga elétrica de alta impedância 
proporcional à força aplicada e, assim, proporcional à aceleração. 
A piezeletricidade é assim interpretada como a carga elétrica de 
baixa impedância como a resposta de energia elétrica devido à 
compressão sobre determinados materiais, como alguns tipos de 
cristais que são utilizados por estes equipamentos.
TEORIA EM PRÁTICA
No preparo de um canteiro de obras, ainda com o terreno 
por limpar, foram chamadas algumas pessoas para limpeza 
e organização do canteiro, e dentre as pessoas chamadas foi 
necessário contratar um operador de motosserra, em um 
69
contrato temporário, pois estava autorizado pelo órgão ambiental 
municipal a derrubada de algumas árvores que ali existiam. A 
empresa pensa em atender requisitos normativos de segurança, 
mesmo em condições de contrato temporário, e conforme 
previsão do cronograma da obra ficaria pelo menos um mês 
trabalhando na derrubada e no desbaste e limpeza dos troncos 
para uso posterior na obra. Diante disto, você foi chamado a 
avaliar o primeiro dia de trabalho deste trabalhador e verificar se 
estaria em condições limites conforme Anexo 8 da NR-15, e por 
meio da metodologia sugerida pela NHO 10 obteve-se as seguintes 
métricas:
1 hora – 13 m/s2 / 2 horas: 10 m/s2 / 5 horas - 8 m/s2
Avalie uma forma de deixar o operador de motosserra dentro dos 
limites de tolerância para VMB conforme Anexo 8 da NR-15.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
A vibração do corpo inteiro (VCI) está presente em diversos 
veículos pesados, e os ônibus urbanos não fogem à regra. Tem 
sido fonte de muitas ações trabalhistas as ações que envolvem 
distúrbios na região lombar. O presente artigo objetivou avaliar 
os riscos associados à VCI em condutores e passageiros. O 
Indicações de leitura
70
artigo foi referenciado na norma ISO-2631-1997 e a análise dos 
limites ocupacionais se pautou na Diretiva Europeia (2002).
FIGUEIREDO, M. A. de M.; SILVA, L. F.; BARNABÉ, T. L.Transporte 
coletivo: vibração de corpo-inteiro e conforto de passageiros, 
motoristas e cobradores. Journal of Transport Literature, 
versão ISSN 2238-1031. J. Transp. Lit., v. 10, n. 1, Manaus, Jan./
Mar. 2016. Universidade Federal de Itajubá, Itajubá, 2016. 
Indicação 2
Esta pesquisa foi desenvolvida em marcenarias localizadas 
nos municípios de Jerônimo Monteiro e Alegre, Sul do Espírito 
Santo. O objetivo do presente artigo foi quantificar as vibrações 
transmitidas ao sistema mão-braço dos trabalhadores pelas 
máquinas nas atividades de fabricação de móveis. A vibração 
foi medida de acordo com as três coordenadas ortogonais 
definidas na norma ISO 5349-1 (ISO, 2001) e explicada pelo EU 
Good Practice Guide HAV, seguindo as orientações da Directive 
2002/44/EC da União Européia. Para realizar a leitura, procure 
pelo título da obra na internet.
FIEDLER, N. C. et al. Análise das vibrações transmitidas aos 
trabalhadores em marcenarias no Sul do Espírito Santo. Cerne 
[online], v.16, n. 2, p.235-242, 2010. ISSN 0104-7760. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
71
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Para avaliação de VCI e VMB, embora o foco seja o Anexo 8 da 
NR-15 e as normas NHO-9 e NHO-10, é também imprescindível 
que se consulte a seguinte norma regulamentadora: 
a. NR-5. 
b. NR-9.
c. NR-7.
d. NR-17.
e. NR-18.
2. O equipamento responsável por desenvolver a leitura das 
_______________ e _______________ de vibração nos três eixos 
é o acelerômetro ou sensor piezoelétrico, e sua leitura 
consiste na medição da aceleração dinâmica. Por meio 
deste dispositivo mede-se a _______________, consequente 
das ações das ondas _______________ nas faixas de 
frequências em que estão alocadas VCI e VMB. 
 
Indique a alternativa correta quantos aos termos que 
preenchem as lacunas para que o texto tenha coerência do 
assunto abordado: 
a. Velocidades; Frequências; Amortização; Eletromagnéticas.
b. Acelerações; Frequências; Amortização; Transversais.
c. Acelerações; Frequências; Tensão; Mecânicas.
d. Velocidades; Frequências; Tensão; De rádio.
e. Acelerações; Médias de tempos; Tensão; Mecânicas.
72
GABARITO
Questão 1–Resposta B
Resolução: A avalição de VCI e VMB, embora o foco seja o 
Anexo 8 da NR-15 e as normas NHO-9 e NHO-10, muitos se 
esquecem da NR-9, que antes de desenvolver o levantamento 
e mensuração do risco (avaliação quantitativa) sugere a 
necessidade do desenvolvimento de uma avaliação preliminar 
da exposição, na qual podem identificar situações que podem 
influir sobre a amostra.
Questão 2–Resposta C
Resolução: Para que o texto tenha coerência, as lacunas serão 
melhor preenchidas com os seguintes termos:
O equipamento responsável para desenvolver a leitura das 
acelerações e frequências de vibração nos três eixos é o 
acelerômetro ou sensor piezoelétrico, e sua leitura consiste na 
medição da aceleração dinâmica. Por meio deste dispositivo 
mede-se a tensão, consequente das ações das ondas 
mecânicas nas faixas de frequências em que estão alocadas VCI 
e VMB.
73
TEMA 7
Radiações relacionadas 
ao trabalho
______________________________________________________________
Autoria: Flávio Augusto Carraro
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior
74
DIRETO AO PONTO
A radiação está presente na natureza e tem aplicabilidades benéficas 
em nossas vidas, como os raios-x usados para diagnósticos e nas 
análises laboratoriais e no controle de proliferação de bactérias 
na indústria de alimentos. Quanto à aplicação de radiações não 
ionizantes, existe

Continue navegando