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Procedimentos Auxiliares na Nova Lei de Licitações

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Logística e Compras Públicas
Procedimentos Auxiliares na 
Nova Lei de Licitações
Enap, 2023
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
Conteudista/s 
Diego dos Santos (Conteudista, 2023).
Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sumário
Módulo 1 – Os procedimentos auxiliares das licitações e contratações 
no âmbito da Lei nº 14.133/2021
Introdução ................................................................................................................ 5
Unidade 1 – Credenciamento ................................................................................. 7
1.1 O que é o Credenciamento? ................................................................................ 7
1.2 Hipóteses de Utilização .............................................................................................. 8
1.3 Regras ......................................................................................................................... 9
Unidade 2 – Pré-Qualificação ................................................................................ 11
2.1 Conceito de Pré-Qualificação ................................................................................. 11
2.2 O que pré-qualificar? ................................................................................................ 13
2.3 Principais Regras e Prazos ....................................................................................... 14
Unidade 3 – Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) ......................16
3.1 O que é o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI)? .......................... 16
3.2 Observações relevantes à realização do PMI ........................................................ 18
Unidade 4 – Sistema de Registro de Preços (SRP) .............................................. 20
4.1 Conceitos existentes no Sistema de Registro de Preços (SRP) ........................... 20
4.2 Possibilidades/Hipóteses de Utilização ................................................................. 22
4.3 Principais diferenças entre licitação SRP e não SRP ............................................. 27
Unidade 5 – Registro Cadastral ............................................................................ 30
5.1 Conceito de Registro Cadastral ............................................................................... 30
5.2 Componentes do Registro Cadastral ..................................................................... 31
5.3 O registro cadastral no Governo Federal: SICAF .................................................. 32
Referências ............................................................................................................ 36
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Olá!
Desejamos boas-vindas ao curso Procedimentos Auxiliares na Nova Lei de 
Licitações.
O curso foi elaborado com foco na Lei Nº 14.133/2021, é o novo marco das licitações 
no Brasil. Com ela surgem muitas inovações. Dentre as novidades: os procedimentos 
auxiliares. Tais procedimentos, alguns já brevemente mencionados em legislação 
anterior e outros fruto de construção doutrinária e/ou jurisprudencial, foram 
unificados no novo comando legal. Os procedimentos auxiliares constituem-se 
de cinco ferramentas operacionais acessórias (credenciamento, pré-qualificação, 
procedimento de manifestação de interesse, sistema de registro de preços e registro 
cadastral), que fornecem ao gestor público a possibilidade de preencher eventuais 
lacunas administrativas, o que induz ao aprimoramento da atividade de licitar. .
O objetivo deste curso é conhecer a finalidade e a aplicação dos procedimentos 
auxiliares previstos no art. 78 da Lei 14.133/2021, na realização das compras públicas.
Antes de alcançar o objetivo geral, habilidades anteriores precisam ser adquiridas 
gradativamente. Por esse motivo, os objetivos específicos descritos abaixo também 
devem ser atingidos ao longo do curso!
Ao final deste curso, espera-se que você seja capaz de:
• Compreender a finalidade e aplicação do procedimento auxiliar 
denominado credenciamento previsto de modo pormenorizado no art 
79 da Lei Nº 14.133/2021;
• Compreender a finalidade e aplicação do procedimento auxiliar 
denominado pré-qualificação, previsto de modo pormenorizado no art. 
80 da Lei Nº 14.133/2021;
• Compreender a finalidade e aplicação do procedimento auxiliar 
denominado procedimento de manifestação de interesse (PMI), previsto 
de modo pormenorizado no art. 81 da Lei Nº 14.133/2021;
• Compreender a finalidade e aplicação do procedimento auxiliar 
denominado sistema de registro de preços (SRP), previsto de modo 
pormenorizado nos arts. 82,83,84,85 e 86 da Lei Nº 14.133/2021;
• Compreender a finalidade e aplicação do procedimento auxiliar 
denominado registro cadastral, previsto de modo pormenorizado nos 
arts. 87 e 88 da Lei Nº 14.133/2021.
Desejamos um excelente estudo!
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Módulo
Os procedimentos auxiliares das 
licitações e contratações no âmbito 
da Lei nº 14.133/20211
Introdução
A Lei nº 14.133/2021 é o novo marco regulatório das licitações no Brasil. Com ela, 
surgiram muitas inovações, dentre as quais estão os procedimentos auxiliares. 
Esses procedimentos estão previstos no art. 78 da nova Lei e objetivam assegurar 
a correta instrução de práticas já há muito adotadas pela Administração, mas que 
careciam de delineamento expresso. 
 Os procedimentos auxiliares podem, ainda, ser compreendidos como uma 
série de técnicas operacionais acessórias, postas à disposição do gestor público, 
complementares às modalidades licitatórias, conforme se depreende do art. 28, §1º, 
da Lei nº 14.133/2021. Complementares, pois, constituem-se de categoria supletiva 
de procedimentos sem vínculo automático a uma modalidade licitatória específica. 
Congregam, no pensamento de Marçal Justen Filho (2021), múltiplos fazeres 
administrativos autônomos que, por não possuírem relação direta com uma licitação 
específica, podem ter seus resultados aproveitados em um número indeterminado 
de contratações, favorecendo a padronização, a economicidade e a racionalização da 
atividade administrativa. Contribuem, portanto, para assegurar a correta resposta 
a ser dada pela Administração frente às inúmeras necessidades de aquisições/
contratações demandadas pelo poder público.
 Os procedimentos auxiliares decorrem, primariamente, do dever 
constitucional de licitar. A figura abaixo representa a cadeia hierárquica da licitação 
no ordenamento jurídico brasileiro:
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 
Mídia 1- Cadeia Hierárquica da Licitação no Ordenamento Jurídico Brasileiro
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1 – Credenciamento
Ao finalizar esta unidade, espera-se que você seja capaz de compreender melhor 
a finalidade e a aplicação do procedimento auxiliar denominado credenciamento, 
previsto de modo pormenorizado no art. 79 da Lei nº 14.133/2021.
1.1 O que é o Credenciamento?
Credenciamento é um procedimento auxiliar previsto no art. 79 da Lei nº 
14.133/2021. De acordo com o art. 6º, XLIII, da Lei nº 14.133/2021, esse instrumento 
auxiliar caracteriza-se como o “processo administrativo de chamamento público 
em que a Administração Pública convoca interessados em prestar serviços ou 
fornecer bens para que, preenchidos os requisitos necessários, se credenciem 
no órgão ou na entidade para executar o objeto quando convocados”.
A Instrução Normativa nº 05, de 26 de maio de 2017, aplicável à contratação de 
serviços sob o regime de execução indireta, cuja aplicação no âmbito da Nova Lei 
de Licitações foi autorizada pela Instrução Normativa SEGES/MEnº 98, de 26 de 
dezembro de 2022, define o “credenciamento” em seu Anexo I, IV. Dali se extrai 
que credenciamento é “ato administrativo de chamamento público destinado 
à pré-qualificação de todos os interessados que preencham os requisitos 
previamente determinados no ato convocatório, visando futura contratação, 
pelo preço definido pela Administração”.
A jurisprudência do Tribunal de Contas da União, por seu turno, considera o 
credenciamento como “[...] hipótese de inviabilidade de competição” (ACORDÃO 
3567/2014 – PLENÁRIO), a ser adotado [...] “quando a Administração tem por 
objetivo dispor da maior rede possível de prestadores de serviços. Nessa situação, 
a inviabilidade de competição não decorre da ausência de possibilidade de 
competição, mas sim da ausência de interesse da Administração em restringir 
o número de contratados” (ACORDÃO 3567/2014 – PLENÁRIO).
Para o professor Marçal Justen Filho (2008), dá-se o credenciamento quando a 
Administração reconhece a ausência de relação de excludência de contratação de um 
número indeterminado de particulares para atendimento de certas necessidades, 
onde serão estabelecidas as condições, os requisitos e os limites não apenas 
para as futuras contratações como também para que os particulares obtenham o 
credenciamento – ato formal por meio do qual o particular é reconhecido como em 
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
condições de ser contratado. O Credenciamento envolve uma espécie de banco 
de prestadores de serviços ou fornecedores e deve estar permanentemente 
aberto a futuros interessados, ainda que seja possível estabelecer certos limites 
temporais para contratações concretas. Por fim, complementa-se com Joel de 
Menezes Niebhur (2003), que afirma ser o credenciamento espécie de registro 
onde se lança todos os interessados em prestar certos tipos de serviços, conforme 
regras de habilitação e remuneração preestabelecidas pelo poder público. Todos os 
credenciados celebram, sob as mesmas condições, contrato administrativo, haja 
vista que, pela natureza do serviço, não há relação de exclusão, isto é, o serviço a ser 
contratado não precisa ser prestado com exclusividade por um ou por outro, mas é 
prestado por todos.
Você não deve confundir o procedimento auxiliar do 
Credenciamento com o processo de contratação em si. Esse 
desdobrar-se-á daquele, porém em procedimento e ritos próprios, 
conforme estabelece o art. 74, IV, da Lei nº 14.133/2021.
Quer conhecer mais sobre o conceito de credenciamento e sua 
aplicação? Acesse o texto do professor Rafael Sérgio de Oliveira: 
https://drive.google.com/file/d/16HQZZCLajftYiWqXYcEtfhJoVOy
4I6fE/view?usp=sharing
Leia, também, o artigo de opinião Credenciamento na nova Lei de 
Licitações, dos professores Bernardo Strobel Guimarães, Jordão 
Violin e Pedro Henrique Braz de Vita.
1.2 Hipóteses de Utilização
Agora que você já conhece o conceito de credenciamento, é importante verificar em 
quais situações fáticas sua utilização poderá ser adotada. Nos termos do art. 79 da 
Lei nº 14.133/2021, o instituto é cabível em três hipóteses:
 + I - Contratações paralelas e não excludentes: caso em que é viável e vantajosa 
para a Administração a realização de contratações simultâneas em 
condições padronizadas.
Por exemplo: contratação de profissionais de saúde; contratação de leiloeiros 
oficiais; compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar, 
das comunidades tradicionais indígenas e das comunidades quilombolas. 
https://drive.google.com/file/d/16HQZZCLajftYiWqXYcEtfhJoVOy4I6fE/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/16HQZZCLajftYiWqXYcEtfhJoVOy4I6fE/view?usp=sharing
https://www.conjur.com.br/2022-jul-10/opiniao-credenciamento-lei-licitacoes
https://www.conjur.com.br/2022-jul-10/opiniao-credenciamento-lei-licitacoes
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 + II - Contratações cuja seleção ficará a critério de terceiros: caso em que a 
seleção do contratado está a cargo do beneficiário direto da prestação.
Por exemplo: determinado órgão público disponibiliza uma gama de 
laboratórios de análises clínicas. Com base nessa informação, o cidadão 
define, por razões de oportunidade e conveniência, o que lhe parecer mais 
adequado. Semelhante exemplo pode ser aplicado às empresas de vistoria/
inspeção veicular. 
 + III - Em mercados fluidos: caso em que a flutuação constante do valor da 
prestação e das condições de contratação inviabiliza a seleção de agente 
por meio de processo de licitação.
Por exemplo: aquisição de passagens aéreas; postos de combustível.
Verifica-se, portanto, no âmbito da nova legislação, uma significativa ampliação das 
possibilidades do uso do credenciamento. Embora as hipóteses de contratação 
“paralela e não excludente” e “com seleção a critério de terceiros” já fossem 
comumente identificadas em credenciamentos de serviços, a hipótese justificadora 
de sua adoção para “mercados fluidos” é uma agradável novidade, ainda pouco 
experimentada antes da nova Lei (NÓBREGA, TORRES, 2020).
1.3 Regras 
É importante mencionar que o Credenciamento será objeto de regulamentação, 
conforme determina o parágrafo único do art. 79 da Lei nº 14.133/2021. Portanto, 
fique sempre atento(a) às normas infralegais. O legislador, porém, já preestabeleceu 
regras para a utilização deste procedimento auxiliar. São seis regras básicas: 
 + I – A Administração deve divulgar e manter à disposição do público, em sítio 
eletrônico oficial, edital de chamamento de interessados a se credenciar, 
de modo a permitir o cadastramento permanente de novos interessados.
 + II – Quando o Credenciamento for do tipo “contratação paralela e não 
excludente”, e o objeto não permitir a contratação imediata e simultânea 
de todos os credenciados, deverão ser adotados critérios objetivos de 
distribuição da demanda, a exemplo de sorteio ou rodízio.
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 + III – O edital de chamamento de interessados deverá prever condições 
padronizadas de contratação e, nas hipóteses de credenciamento dos tipos 
“contratação paralela e não excludente”, e “contratação com seleção a 
critério de terceiros”, deverá definir o valor da contratação.
 + IV – Na hipótese de Credenciamento do tipo “contratação em mercados 
fluidos”, a Administração deverá registrar as cotações de mercado vigentes 
no momento da contratação, ou seja, sem prévia definição de preços. 
 + V – Não é permitido o cometimento a terceiros do objeto contratado sem 
autorização expressa da Administração.
 + VI – Admite-se a denúncia por qualquer das partes nos prazos fixados no 
edital.
Para melhor compreensão das regras acima abordadas, acesse o link a seguir e 
conheça processos de Credenciamento realizados pelo Ministério da Economia/
Fazenda. Assim, você conseguirá observar modelos de Edital e visualizar a aplicação 
prática das questões acima abordadas.
https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-contratos/
licitacoes/credenciamentos
Como visto, os contornos definidos ao Credenciamento pela Nova Lei de Licitações 
(com adoção mais ampliada) avançam, e muito, em relação à anterior legislação, 
permitindo que este procedimento auxiliar amplie sua utilidade no âmbito das 
contratações públicas. [...] Se antes a adoção do Credenciamento estava adstrita à 
contratação de todos os prestadores aptos e interessados em realizar determinados 
serviços, quando o interesse público fosse mais bem atendido com a contratação 
do maior número possível de prestadores simultâneos, segundo o texto da Nova Lei 
de Licitações, ele também pode ser adotado não apenas para a ulterior contratação 
de serviços, mas também para o fornecimento de bens. Trata-se, portanto, de 
regulamentação arrojada e desprendida de velhos dogmas (NÓBREGA, TORRES, 
2020).
https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-contratos/licitacoes/credenciamentos
https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-contratos/licitacoes/credenciamentos11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2 – Pré-Qualificação
Ao finalizar esta unidade, espera-se que você seja capaz de 
compreender melhor a finalidade e a aplicação do procedimento 
auxiliar denominado Pré-Qualificação, previsto de modo 
pormenorizado no art. 80 da Lei nº 14.133/2021.
2.1 Conceito de Pré-Qualificação 
A Pré-qualificação é um procedimento auxiliar previsto no art. 80 da Lei nº 
14.133/2021. Nos termos do art. 6º, XLIV, da Lei nº 14.133/2021, esse instrumento 
auxiliar caracteriza-se como o “procedimento seletivo prévio à licitação, convocado 
por meio de edital, destinado à análise das condições de habilitação, total ou parcial, 
dos interessados ou do objeto”. Convém destacar que não se trata de uma ideia 
exatamente nova. O Decreto-Lei nº 2.300/1986, antecessor da Lei nº 8.666/1993, já 
tratava do tema em seu art. 80, parágrafo único. Dali, extraía-se que “Entende-se 
por pré-qualificação a habilitação dos interessados em procedimento anterior e 
distinto da licitação. Neste caso, somente os pré-qualificados serão convidados 
a apresentar propostas”.  Cumpre salientar que, diferentemente do Decreto-Lei 
nº 2.300/1986, a Lei nº 14.133/2021 não limitou a participação em processo 
licitatório posterior ao procedimento de Pré-Qualificação exclusivamente aos 
que participaram da Pré-Qualificação. Restringiu-se a delegar ao Administrador 
Público a possibilidade dele decidir, em ato discricionário, a respeito (art. 80, §10). 
Cabe anotar que há significativa contribuição doutrinária a tratar do tema. Nesse 
sentido, vale assinalar a compreensão de Pré-Qualificação delineada por Hely Lopes 
Meirelles (1997), cuja noção é de que se trata de evento apto a verificar previamente 
as condições das firmas, consórcios ou profissionais que desejam participar de 
determinadas e futuras concorrências de um mesmo empreendimento. Não 
deve ser confundida com a habilitação preliminar nas concorrências (algo como 
a atualização do registro cadastral), porque isto se faz antes de cada licitação, 
e a Pré-Qualificação se realiza para um sem-número de concorrências. Não se 
confunde também com a classificação das propostas, pois nela os interessados não 
apresentam proposta de preço, mas tão somente documentação apta a comprovar 
a existência de condições técnicas, econômicas e jurídicas pedidas pelo edital de 
Pré-Qualificação. 
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Toshio Mukai (1990) afirma que a Pré-Qualificação, como a própria denominação 
indica, não faz parte do torneio licitatório. É procedimento prévio à licitação, que 
seleciona universo de empresas, após ampla divulgação, para participarem de 
determinado certame licitatório. Na mesma linha, Freire (2022) assevera que é ato 
administrativo que tem por objetivo selecionar pessoas e objetos que atendam a 
certos requisitos claramente fixados no edital que convoca os interessados a se pré-
qualificarem ou a pré-qualificar determinados objetos.
Em adição, importante mencionar Marçal Justen Filho (2021). Afirma o autor que 
o ato de Pré-Qualificação reside na edição do ato administrativo de mesmo nome, 
cujo resultado concreto poderá ser formalizado, por exemplo, por meio da emissão 
de um “certificado”. Esse ato terá um duplo efeito: declaratório e constitutivo. 
Será “declaratório” na medida em que declara que certo licitante 
preenche os requisitos de habilitação exigidos no edital ou 
que o objeto apresentado possui as características mínimas de 
qualidade ali exigidas (JUSTEN FILHO, M., 2021). 
Será “constitutivo”, pois atribuirá ao pré-qualificado o direito 
subjetivo de não lhe ser novamente exigida a documentação dos 
requisitos de habilitação já comprovados ou de lhe ser novamente 
avaliadas as características do objeto pré-qualificado (JUSTEN 
FILHO, M., 2021). 
Importante registrar que a doutrina e a jurisprudência acerca do procedimento 
auxiliar de Pré-Qualificação, nos termos do art. 80 da Lei nº 14.133/2021, ainda é 
incipiente. No âmbito das legislações anteriores, havia no meio jurídico e acadêmico 
divergência a respeito de se a realização de pré-qualificação substituiria a etapa 
de habilitação propriamente dita. Duas eram as discussões predominantes: a) a 
Pré-Qualificação substitui a etapa de verificação das condições de habilitação de 
posterior licitação, pois estas condições já foram atestadas; b) a Pré-Qualificação 
não substitui a etapa de habilitação, pois a interpretação literal do radical/
prefixo “pré” resulta que deve haver uma etapa subsequente, ainda que somente 
para referendar as análises já realizadas por ocasião da pré-qualificação. A este 
respeito, leia o inteiro teor do Acórdão 1891/2006 do Plenário do TCU.
Observação: Na nova lei, esta etapa está prevista no capítulo VI, 
entre os art. 62 e 70.
Portanto, fique sempre atento(a) às regulamentações (art. 78, §1º) e aos 
debates doutrinários e jurisprudenciais que surgirem à luz da nova lei. 
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2.2 O que pré-qualificar?
Conforme o art. 80 da Lei nº 14.133/2021, a Pré-Qualificação é o procedimento 
técnico-administrativo para selecionar previamente:
1 – Licitantes que reúnam condições de habilitação para participar de futura licitação 
ou de licitação vinculada a programas de obras ou de serviços objetivamente 
definidos.
Lembre-se: quando aberta a licitantes, poderão ser dispensados 
os documentos que já constarem do registro cadastral. 
2 – Bens que atendam às exigências técnicas ou de qualidade estabelecidas pela 
Administração. 
Lembre-se: quando aberta a bens, poderá ser exigida a comprovação 
de qualidade. Para tanto, excepcionalmente e justificadamente, 
desde que previsto no edital de pré-qualificação, a Administração 
poderá, já no curso deste procedimento auxiliar, exigir amostra 
ou prova de conceito do bem (art. 41, II).
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2.3 Principais Regras e Prazos
O procedimento técnico-administrativo de Pré-Qualificação, conforme previsto na 
Nova Lei de Licitações, deve observar uma série de regras, ritos e prazos. Entre eles: 
• Publicização do procedimento de Pré-Qualificação, por intermédio de 
edital publicado no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP), 
(art. 174, §2º, III), onde constarão: 
I - as informações mínimas necessárias para definição do objeto;
II - a modalidade, a forma da futura licitação e os critérios de julgamento.
• Apresentação dos documentos exigidos perante órgão ou comissão 
indicada pela Administração, que deverá examiná-los no prazo máximo 
de 10 (dez) dias úteis e determinar correção ou reapresentação de 
documentos, quando for o caso, com vistas à ampliação da competição.
• Inclusão dos bens e dos serviços pré-qualificados no catálogo de bens 
e serviços da Administração.
• A Pré-Qualificação poderá ser realizada de forma seccionada em grupos 
ou segmentos, segundo as especialidades dos fornecedores. 
• A Pré-Qualificação poderá ser parcial ou total, com alguns ou todos 
os requisitos técnicos ou de habilitação necessários à contratação, 
assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de condições entre os 
concorrentes.
• Procedimento de Pré-Qualificação permanentemente aberto para a 
inscrição de interessados.
• Prazo de validade:
I - de 1 (um) ano, no máximo, e poderá ser atualizada a qualquer tempo;
II - não superior ao prazo de validade dos documentos apresentados 
pelos interessados.
• Divulgação obrigatória, sempre mantida à disposição do público, dos 
licitantes e dos bens pré-qualificados.
ATENÇÃO: Em que pese a Lei nº 14.133/2021 já definir uma série de regras 
e ritos, é importante mencionar que o procedimento de Pré-Qualificação 
deve ser objeto de regulamentação, conforme determina o §1º do art. 78 
da referida Lei. Portanto, fique sempre atento(a) às inovações infralegais.
Vamos conhecer mais sobre as características e definições iniciais da Pré-
Qualificação. Assista ao vídeo do professor e consultor Thiago Marrara.É rápido e 
didático. https://www.youtube.com/watch?v=bcwf1B98Agg
https://www.youtube.com/watch?v=bcwf1B98Agg
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Após percorrer esta unidade, você deve ter notado que a Pré-Qualificação pode 
constituir ferramenta apta a afastar possíveis “licitantes aventureiros” e/ou inidôneos, 
bem como produtos desprovidos de mínima qualidade. Por outro lado, acabará por 
restringir, em alguma medida, o caráter competitivo do(s) vindouro(s) certame(s). 
Evidentemente isto não é ilegal, pois como descreve Freire (2022): 
[...] é próprio da licitação restringir o universo 
de licitantes; ela faz isso ao fixar requisitos de 
habilitação, ao prever condições para a aceitabilidade 
dos objetos, ao impor certas obrigações contratuais 
que nem todos os potenciais interessados conseguem 
cumprir [...] em suma, cada requisito, obrigação 
ou condição prevista num edital é um elemento 
restritivo. É por isso que a Constituição requer que as 
exigências sejam as indispensáveis ao cumprimento 
da obrigação (art. 37, XXI). Uma vez respeitada essa 
previsão constitucional (o que só pode ser avaliado 
em concreto), a licitação restrita a pré-qualificados 
não me parece problemática sob o ponto de vista 
constitucional. Está dentro da competência legislativa 
admitir esse tipo de possibilidade.
Todavia, sob pena de conluio/direcionamento indevido durante o processo de Pré-
Qualificação, a inserção desta etapa previamente a futura(s) licitação(s) deve ser 
sempre avaliada com acurado critério. Jamais esqueça de observar os princípios 
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do 
interesse público, da probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da 
transparência, da eficácia, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento 
objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da 
proporcionalidade, da celeridade, etc.
Para se aprofundar no tema da Pré-Qualificação, acesse o artigo 
dos professores José Antônio Remedio e Davi Pereira Remedio 
Lei 14.133/2021: a pré-qualificação como procedimento auxiliar 
das licitações e contratações administrativas.
Chegamos ao final do conteúdo referente à Pré-Qualificação. Agora você conhece as 
principais características desse procedimento auxiliar.
https://revistauniversitas.inf.br/index.php/UNIVERSITAS/article/view/496/337
https://revistauniversitas.inf.br/index.php/UNIVERSITAS/article/view/496/337
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3 – Procedimento de Manifestação de 
Interesse (PMI)
Ao finalizar esta unidade, espera-se que você seja capaz de 
compreender melhor a finalidade e aplicação do procedimento 
auxiliar denominado Procedimento de Manifestação de Interesse 
(PMI), previsto de modo pormenorizado no art. 81 da Lei Nº 
14.133/2021.
3.1 O que é o Procedimento de Manifestação de 
Interesse (PMI)?
O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) é um procedimento auxiliar 
previsto no art. 78, III, e, de modo pormenorizado, no art. 81 da Lei nº 14.133/2021.
Trata da faculdade conferida pelo legislador à Administração para que ela 
solicite, por intermédio de edital de chamamento público, à iniciativa privada a 
propositura e a realização de estudos, investigações, levantamentos e projetos de 
soluções inovadoras que contribuam com questões de relevância pública, na forma 
de regulamento. No âmbito da Administração Pública Federal, esse procedimento 
auxiliar às licitações e contratações é atualmente regulado pelo Decreto nº 8.428, de 
02 de abril de 2015. 
Nos termos desse decreto regulamentador, a finalidade do PMI é subsidiar 
a Administração Pública na estruturação de desestatização de empresa e de 
contratos de parcerias público-privadas, a exemplo de concessões, permissões 
de serviço público, arrendamentos, concessões de direito real e outros negócios 
público-privados que, em função de seu caráter estratégico e de sua complexidade, 
especificidade, volume de investimentos, longo prazo, riscos ou incertezas envolvidos, 
adotem estrutura jurídica semelhante. 
Segundo Moreno (2016), o PMI, também chamado manifestação de interesse privado 
(MIP), solicitação de manifestação de interesse (SMI), propostas não solicitadas (PNS) 
e, mais recentemente, procedimento de autorização dos estudos (PAE), presta-se a 
colher contribuições dos administrados, antes da fase de contratação, para a 
elaboração de contratos de Parceria Público-Privadas(PPP), com fulcro nos preceitos 
e princípios constitucionais da participação, do direito à petição, bem como na Lei 
de PPP (Lei nº 11.079/2004), na Lei de Processo Administrativo (Lei nº 9.784/1999) e 
nos arts. 21 da Lei nº 8.987/1995 e 31 da Lei nº 9.074/1995.
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Schiefler (2013), por seu turno, define o PMI como um procedimento administrativo 
consultivo, submetido ao regime de direito público, com ênfase nos princípios e 
valores constitucionais. É o meio pelo qual a Administração Pública organiza em 
edital a oportunidade para que particulares, por sua conta e risco, elaborem 
estudos e modelagens com vistas à estruturação da delegação de utilidades 
públicas, geralmente por via de concessão comum ou de Parceria Público-Privada. 
É requerimento para que sejam apresentados ao poder público estudos e projetos 
específicos, conforme diretrizes predefinidas, que sejam úteis à futura licitação e 
ao respectivo contrato, sem que seja garantido o ressarcimento pelos respectivos 
dispêndios, a adoção do material elaborado ou o lançamento da licitação pública, 
tampouco qualquer vantagem formal do participante sobre outros particulares. Trata-
se de instituto de direito administrativo cujo propósito é auxiliar na estruturação de 
modelagens de concessões e de parcerias público-privadas. O PMI permite, ainda, 
na compreensão de Schiefler (2013), a aproximação dialogal entre a Administração 
Pública e particulares em etapa prévia aos processos de concessão, ou seja, 
objetiva, por intermédio da participação e do diálogo, reduzir as assimetrias 
informacionais entre a Administração Pública e os particulares.
Em resumo, o PMI é uma ferramenta administrativa destinada a divulgar o interesse 
da Administração em colher informações adicionais para a consolidação de ideias em 
torno de algum projeto que se deseja implantar. É uma sondagem prévia ao mercado, 
com o objetivo de ajustar os interesses públicos aos interesses privados (LIMA, 2014).
Para conhecer mais sobre as características e definições iniciais 
do Procedimento de Manifestação de Interesse, assista ao vídeo 
do advogado e economista Jaques Reolon: https://www.youtube.
com/watch?v=5WiFRYxg1qY.
A esta altura, você pode estar pensando: mas se o 
Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) é 
processo dialogal para da iniciativa privada receber 
subsídios à consolidação de uma ideia com o objetivo de 
diminuir a assimetria informacional entre a Administração 
Pública e particulares, por que utilizá-lo? Por que não 
utilizar o Diálogo Competitivo?
Bem...inicialmente, é preciso ter em mente que o Diálogo 
Competitivo é uma modalidade licitatória, isto é, trata-se de uma 
disputa. Existirão, portanto, concorrentes, propostas de preço, 
vencedores e vencidos. O PMI, por outro lado, é procedimento 
auxiliar e prévio à eventual futura licitação. Não há que falar 
https://www.youtube.com/watch?v=5WiFRYxg1qY
https://www.youtube.com/watch?v=5WiFRYxg1qY
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
nesta etapa de disputa, vencedores e vencidos em sentido estrito. 
Em outras palavras, PMI e o Diálogo Competitivo são institutos 
distintos, que ocorrem em momentos distintos e com finalidades 
e procedimentos distintos.
Para saber mais sobre as diferenças entre o PMI e o Diálogo 
Competitivo, leia o artigo Uma análise comparativa entre o 
Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) e o Diálogo 
Competitivo, de Cláudia Castello Branco Lima.
3.2 Observaçõesrelevantes à realização do PMI
Quando da instauração do procedimento auxiliar denominado PMI, deve-se ter 
em mente que a realização, pela iniciativa privada, de estudos, investigações, 
levantamentos e projetos em decorrência do procedimento de manifestação de 
interesse previsto no caput do art. 81 da Lei nº 14.133/2021:
 + Não atribuirá ao realizador dos estudos, investigações, levantamentos e 
projetos direito de preferência em eventual e futuro processo licitatório.
 + Não obrigará o poder público a realizar licitação.
 + Não implicará, por si só, direito a ressarcimento de valores envolvidos na 
elaboração de estudos, investigações, levantamentos e projetos etc.
 + Não haverá, sob qualquer hipótese, a cobrança de valores do poder público, 
sendo a realizadora de estudos, investigações, levantamentos e projetos 
remunerada somente pelo vencedor de eventual e ulterior licitação, que de 
seus estudos se servir.
 + Não poderá ser inferior a 20 (vinte) dias o prazo para apresentação de 
requerimento de autorização para apresentação de projetos, levantamentos, 
investigações ou estudos, contados da data de publicação do edital de 
chamamento (Decreto nº 8.428/2015, art. 4º, §3º).
LEMBRE-SE:
Para aceitação dos produtos e serviços de que trata o caput do art. 
81 da Lei nº 14.133/2021, a Administração deverá elaborar parecer 
fundamentado com a demonstração de que o produto ou serviço 
entregue/proposto é adequado e suficiente à compreensão do 
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19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
objeto, bem como de que as premissas adotadas são compatíveis 
com as reais necessidades do órgão e, ainda, que a metodologia 
proposta é a que propicia maior economia e vantagem entre as 
demais possíveis.
O procedimento de manifestação de interesse poderá ser 
restrito a startups, assim considerados os microempreendedores 
individuais, as microempresas e as empresas de pequeno 
porte, de natureza emergente e com grande potencial, que se 
dediquem à pesquisa, ao desenvolvimento e à implementação de 
novos produtos ou serviços baseados em soluções tecnológicas 
inovadoras que possam causar alto impacto, exigida, na seleção 
definitiva da inovação, validação prévia fundamentada em 
métricas objetivas, de modo a demonstrar o atendimento das 
necessidades da Administração.
Para outras observações relevantes acerca do PMI, assista mais 
uma significativa contribuição do professor Jaques Reolon: 
https://www.youtube.com/watch?v=negdSSyt7o8.
ATENÇÃO: O PMI deve ser amplamente divulgado. É que, ressalvado 
o disposto no art. 81, § 4º, da Lei nº 14.133/2021, se apenas um seleto 
grupo participa do PMI, pode haver direcionamento indevido 
para pleno atendimento dos interesses destes particulares. Tal 
situação, se ocorrer, pode, sob a perspectiva do interesse público, 
resultar na não adoção da melhor solução disponível no mercado. 
Para obter mais informações sobre o Procedimento de 
Manifestação de Interesse, leia os estudos de Gustavo Henrique 
Carvalho Schiefler AQUI, e de Maís Moreno AQUI.
Chegamos ao final do conteúdo referente ao Procedimento de Manifestação de 
Interesse (PMI). Agora você conhece um pouco mais sobre as características desse 
procedimento auxiliar.
https://www.youtube.com/watch?v=negdSSyt7o8
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/107525/318832.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-08082016-161204/publico/160531DisseratacaoMestradoMaisMoreno.pdf
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 4 – Sistema de Registro de Preços (SRP)
Ao finalizar esta unidade, espera-se que você seja capaz de 
compreender melhor a finalidade e a aplicação do procedimento 
auxiliar denominado Sistema de Registro de Preços (SRP), 
previsto de modo pormenorizado nos arts. 82, 83, 84, 85 e 86 da 
Lei nº 14.133/2021.
4.1 Conceitos existentes no Sistema de Registro de 
Preços (SRP)
O procedimento auxiliar denominado “Sistema de Registro de Preços (SRP)”, que 
deve ser adotado sempre que pertinente (art. 40, II), compreende, nos termos do 
art. 6º, XLV, da Lei nº 14.133/2021, o “conjunto de procedimentos para realização, 
mediante contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou concorrência, 
de registro formal de preços relativos à prestação de serviços, a obras e a aquisição 
e locação de bens para contratações futuras”. 
Consiste, na visão do Tribunal de Contas da União (TCU), do conjunto de 
procedimentos adotados pela Administração para registro formal de preços 
relativos à execução de serviços e fornecimento de bens. É um cadastro de produtos 
e fornecedores, selecionados mediante prévio processo de licitação, para eventual 
e futura contratação de bens e serviços por parte da Administração. Difere-se do 
sistema convencional, na medida em que nele a licitação destina-se a selecionar 
fornecedor e proposta para contratação específica, efetivada pela Administração 
ao final do procedimento. SRP, por outro lado, a licitação direciona-se a selecionar 
fornecedor e proposta para contratações não específicas, que poderão ser realizadas, 
por repetidas vezes, durante certo período. Permite-se, assim, a redução de custos 
operacionais e otimização dos processos de contratação de bens e serviços pela 
Administração (TCU, 2010).
O SEBRAE, por seu turno, vai em sentido semelhante. Sobre o SRP, assevera 
tratar-se de um sistema de compras já consolidado no setor público, sobretudo 
na Administração Federal, cujo objetivo é produzir um registro formal de preços 
de produtos, ou de prestação de serviços, para contratações futuras. Tem como 
característica não ser semelhante a nenhum outro, funcionando como um grande 
cadastro de produtos e fornecedores, selecionados mediante licitação (SEBRAE, 
2017).
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enquanto conjunto de procedimentos, o SRP congrega inúmeras noções e 
concepções. As principais delas são as seguintes:
 + I - Ata de registro de preços: documento vinculativo e obrigacional, com 
característica de compromisso para futura contratação, no qual são 
registrados o objeto, os preços, os fornecedores, os órgãos participantes e 
as condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no edital 
da licitação, no aviso ou instrumento de contratação direta e nas propostas 
apresentadas. Apesar do nome, não deve ser confundida com a ata da 
sessão pública do certame. 
 + II – Adesão (tardia) à ata de registro de preços “carona”: solução 
administrativa por meio da qual um órgão ou entidade da Administração 
Pública que não participou do procedimento público de intenção de registro 
de preços pode utilizar-se do registro de preços do órgão gerenciador da ata 
na condição de órgão ou entidade não participante, observado o disposto 
no art. 86, §2º, da Lei nº 14.133/2021. 
 + III – Órgão ou entidade gerenciadora: órgão ou entidade da Administração 
Pública responsável pela condução do conjunto de procedimentos para 
registro de preços e pelo gerenciamento da ata de registro de preços dele 
decorrente.
 + IV – Órgão ou entidade participante: órgão ou entidade da Administração 
Pública que participa dos procedimentos iniciais da contratação para 
registro de preços e integra a ata de registro de preços.
 + V – Órgão ou entidade não participante: órgão ou entidade da Administração 
Pública que não participa dos procedimentos iniciais da licitação para 
registro de preços e não integra a ata de registro de preços.
 + VI – Intenção de registro de preços (IRP): procedimento administrativo, da 
fase preparatória do processo licitatório, operacionalizado por intermédio 
de módulo de sistema estruturante governamental específico, que deve ser 
utilizado pelos órgãos, para fins de registro de preços e realização de 
procedimento público de aviso de intenção de registrar preços para, nos 
termos de regulamento, possibilitar, pelo prazo mínimo de 8 (oito) dias 
úteis, a participação de outros órgãos ou entidadesna respectiva ata. Serve, 
ainda, para determinar a estimativa total de quantidades da contratação.
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 + VII – SRP Digital: ferramenta informatizada, integrante do Compras.gov.br, 
disponibilizada pela Secretaria de Gestão e Inovação do Ministério da 
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, para o registro formal de preços 
relativos à prestação de serviços, obras e aquisição e locação de bens para 
contratações futuras, consoante a definição do art. 6º, XLV, da Lei nº 
14.133/2021.
 + VIII – Cadastro de reserva: registro formal, incluído na ata de registro de 
preços, na forma de anexo, contendo as informações relativas aos licitantes 
ou fornecedores que aceitarem cotar os bens, obras ou serviços com preços 
iguais aos do adjudicatário, na ordem de classificação da etapa competitiva 
da licitação. Pode ser considerado uma ação de contingência para mitigar 
situações de provável desabastecimento ou descontinuidade de serviço 
público, no caso de impossibilidade de atendimento das demandas da 
Administração pelo signatário da ata.
Vê-se, portanto, que o SRP é um procedimento auxiliar repleto de nuances, mas que 
serve de excelente ferramenta para a Administração Pública, proporcionando maior 
agilidade, eficiência e controle nas aquisições e contratações de bens e serviços 
(SEBRAE, 2017).
4.2 Possibilidades/Hipóteses de Utilização
O Sistema de Registro de Preços (SRP), enquanto procedimento auxiliar complexo 
e repleto de nuances, possui uma gama enorme de possibilidades de utilização, 
previstas tanto na Lei nº 14.133/2021 quanto em regulamento. A Lei nº 14.133/2021 
não delineou de forma taxativa a aplicação do SRP. Ampliou, portanto, as hipóteses 
de utilização do instrumento em relação às antigas normas. 
O novel texto legal limitou-se a esclarecer que o planejamento das compras deverá 
considerar a expectativa anual de consumo e observar o processamento por meio 
do SRP sempre que pertinente (art. 40, II). Como diferente não podia ser, o art. 3º do 
Decreto nº 11.462, de 31 de março de 2023, seguiu a toada e definiu as hipóteses 
de emprego do SRP de forma igualmente aberta. Restringiu-se a repetir a Lei, 
mencionando a adoção do SRP, em especial:
 + I – Quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de 
contratações permanentes ou frequentes.
http://Compras.gov.br
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 + II – Quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas 
parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida, 
como quantidade de horas de serviço, postos de trabalho ou em regime de 
tarefa.
 + III – Quando for conveniente para atendimento a mais de um órgão ou a 
mais de uma entidade, inclusive nas compras centralizadas. 
 + IV – Quando for atender a execução descentralizada de programa ou projeto 
federal, por meio de compra nacional ou da adesão de que trata o §2º do 
art. 32 do Decreto nº 11.462, de 31 de março de 2023.
 + V – Quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o 
quantitativo a ser demandado pela Administração.
Ou seja, o SRP poderá ser usado sempre que considerado viável para a contratação 
de bens e serviços, inclusive obras e serviços de engenharia. O gestor público, 
entretanto, para utilização do SRP, deve observar as seguintes condições:
I – realização prévia de ampla pesquisa de mercado;
II – seleção de acordo com os procedimentos previstos em regulamento;
III – desenvolvimento obrigatório de rotina de controle;
IV – atualização periódica dos preços registrados;
V – definição do período de validade do registro de preços.
E mais, quando adotado o SRP, o edital de licitação para registro de preços observará 
as regras da Lei nº 14.133/2021, e disporá, obrigatoriamente, sobre:
I – as especificidades da licitação e de seu objeto, inclusive a quantidade 
máxima de cada item que poderá ser adquirida;
II – a quantidade mínima a ser cotada de unidades de bens ou, no caso de 
serviços, de unidades de medida;
III – a possibilidade de prever preços diferentes:
a) quando o objeto for realizado ou entregue em locais diferentes;
b) em razão da forma e do local de acondicionamento;
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
c) quando admitida cotação variável em razão do tamanho do lote;
d) por outros motivos justificados no processo;
IV – a possibilidade de o licitante oferecer ou não proposta em quantitativo 
inferior ao máximo previsto no edital, obrigando-se nos limites dela;
V – o critério de julgamento da licitação, que será o de menor preço ou o de 
maior desconto sobre tabela de preços praticada no mercado;
VI – as condições para alteração de preços registrados;
VII – o registro de mais de um fornecedor ou prestador de serviço, desde 
que aceitem cotar o objeto em preço igual ao do licitante vencedor, 
assegurada a preferência de contratação de acordo com a ordem de 
classificação;
VIII – a vedação à participação do órgão ou entidade em mais de uma ata 
de registro de preços com o mesmo objeto no prazo de validade daquela de 
que já tiver participado, salvo na ocorrência de ata que tenha registrado 
quantitativo inferior ao máximo previsto no edital;
IX – as hipóteses de cancelamento da ata de registro de preços e suas 
consequências.
Em adição, importante mencionar que a utilização do SRP para a execução de obras 
e serviços de engenharia é uma possibilidade prevista na Lei nº 14.133/2021 (art. 
85), desde que atendidos os seguintes requisitos:
I – existência de projeto padronizado, sem complexidade técnica e 
operacional;
II – necessidade permanente ou frequente de obra ou serviço a ser 
contratado.
Todavia, quando falamos sobre as hipóteses de utilização do 
procedimento auxiliar denominado Sistema de Registro de Preços, 
talvez o que mais se sobressaía seja a possibilidade de adesão à 
ata de registro de preços por órgãos que não participaram dos 
procedimentos iniciais do certame, as famosas “caronas”. Sobre 
isso, a Lei nº 14.133/2021, estabeleceu no art. 86, §§ 2º a 8º, algumas 
regras e outras tantas exceções. Entre elas:
a) As aquisições ou as contratações adicionais por órgãos 
ou entidades não participantes do registro de preços, não 
poderão exceder, por órgão ou entidade, a 50% (cinquenta 
por cento) dos quantitativos dos itens do instrumento 
convocatório registrados na ata de registro de preços 
25Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
para o órgão gerenciador e para os órgãos participantes 
(art. 86, §4º).
b) O quantitativo decorrente das adesões à ata de registro 
de preços por órgãos ou entidades não participantes do 
registro de preços não poderá exceder, na totalidade, 
ao dobro do quantitativo de cada item registrado na ata 
de registro de preços para o órgão gerenciador e órgãos 
participantes, independentemente do número de órgãos 
não participantes que aderirem (art. 86, §5º).
 + Exemplificando: 
O órgão gerenciador “A” assinou ata de registro de preços para aquisição de 
1.000 canetas esferográficas. Logo, o limite máximo de adesões que o órgão 
“A” pode conceder são 2.000 canetas esferográficas, ou seja, o dobro. 
Os órgãos não participantes “B”, “C”, “D” e “E”... por seu turno, poderão, 
justificadamente, desde que autorizados pelo órgão gerenciador, aceito 
pelo fornecedor e mediante comprovação de compatibilidade de preços 
com os valores de mercado, adquirir até 50% do quantitativo registrado, ou 
seja, no máximo 500 canetas esferográficas cada. Caso o órgão “F” também 
manifeste interesse em adquirir canetas, não mais haverá saldo disponível, 
eis que o dobro do quantitativo inicialmente registrado foi atingido. O órgão 
gerenciador “A” deverá negar o pedido de “F”. 
Por outro lado, caso os órgãos não participantes “B”, “C”, “D” e “E” tenham 
solicitado quantitativo inferior a 50%, o sobressalente poderá ser concedido 
para outros órgãos não participantes, desde que observado o limite individualde cada órgão, ou seja, 50%, e o limite geral, ou seja, o dobro. 
 + Resumindo:
Total registrado em Ata: 1.000 canetas esferográficas. 
Total disponível para adesões por órgãos não participantes: 2.000 canetas 
esferográficas.
Adesões concedidas: 500 unidades para “B” + 500 unidades para “C” + 500 
unidades para “D” + 500 unidades para “E” = 2.000. Limite de adesões atingido. 
Adesões concedidas: 100 unidades para “B” + 400 unidades para “C” + 200 
unidades para “D” + 450 unidades para “E” = 1.150. Restam, ainda, 850 
unidades disponíveis para adesão até que se atinja o limite geral de adesões 
possíveis, ou seja, 2.000 canetas. 
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 + EXCEÇÕES: 
A adesão à ata de registro de preços de órgão ou entidade gerenciadora 
do Poder Executivo Federal por órgãos e entidades da Administração Pública 
estadual, distrital e municipal poderá ser exigida para fins de transferências 
voluntárias, não ficando sujeita ao limite acima mencionado se destinada 
à execução descentralizada de programa ou projeto federal e comprovada a 
compatibilidade dos preços registrados (art. 86, § 6º).
Para aquisição emergencial de medicamentos e material de consumo 
médico-hospitalar por órgãos e entidades da Administração Pública 
federal, estadual, distrital e municipal, a adesão à ata de registro de preços 
gerenciada pelo Ministério da Saúde não estará sujeita aos limites acima 
mencionados (art. 86, §7º).
Por fim, vale mencionar uma importante definição da Nova Lei de Licitações 
e Contratos, qual seja, a impossibilidade de “pegar carona para baixo”. É o que 
se depreende da leitura sistêmica do §3° c/c o §8º, ambos do art. 86 da Lei nº 
14.133/2021, que mencionam o seguinte:
Art. 86
[…]
§ 3º A faculdade conferida pelo § 2º deste artigo estará limitada a órgãos e 
entidades da Administração Pública federal, estadual, distrital e municipal que, 
na condição de não participantes, desejarem aderir à ata de registro de preços 
de órgão ou entidade gerenciadora federal, estadual ou distrital.
[…]
§ 8º Será vedada aos órgãos e entidades da Administração Pública federal a 
adesão à ata de registro de preços gerenciada por órgão ou entidade estadual, 
distrital ou municipal.
27Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Ilustrativamente funciona assim:
Mídia 7- Tabela
Para mais informações sobre a (im)possibilidade de adesões entre 
municípios, leia interessante artigo de Rogério Correa AQUI.
Para aprofundar-se na temática do SRP, assista ao vídeo Minuto 
ENAP com o professor e procurador-federal da Advocacia-Geral da 
União (AGU) Daniel Barral, em que ele reforça a possibilidade de 
utilização do SRP para a contratação de serviços contínuos. É rápido 
e didático: https://www.youtube.com/watch?v=mhrrcm4U5mg
4.3 Principais diferenças entre licitação SRP e não 
SRP
As compras e contratações podem ser processadas de duas maneiras:
Com a utilização do sistema de registro de preços.
Sem a utilização do sistema de registro de preços.
https://www.youtube.com/watch?v=mhrrcm4U5mg
28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Quando processadas pelo Sistema de Registro de Preços, costumam ser chamadas 
“Licitações SRP”; quando processadas sem a utilização de registro de preços, 
denominam-se compras/contratações “tradicionais”. Dependendo do modelo 
de processamento adotado, existirão diferenças procedimentais na condução e 
formalização do certame. 
Algumas das diferenças entre os procedimentos licitatórios processados sob o SRP 
e os processados fora dele são as seguintes:
29Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para se aprofundar ainda mais na temática do SRP, assista ao 
terceiro episódio da série produzida pela ENAP sobre a Nova Lei 
de Licitações. https://www.youtube.com/watch?v=Gf2IzXfPgdk
Pronto. Chegamos ao final do conteúdo sobre o Sistema de Registro de Preços (SRP). 
Agora você conhece um pouco mais deste procedimento auxiliar.
https://www.youtube.com/watch?v=Gf2IzXfPgdk
30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 5 – Registro Cadastral
Ao finalizar esta unidade, espera-se que você seja capaz de 
compreender melhor a finalidade e a aplicação do procedimento 
auxiliar denominado Registro Cadastral, previsto de modo 
pormenorizado nos arts. 87 e 88 da Lei nº 14.133/2021.
5.1 Conceito de Registro Cadastral
O Registro Cadastral é um procedimento auxiliar previsto nos art. 87 e 88 da Lei nº 
14.133/2021. Em termos práticos, versa sobre um sistema informatizado de utilização 
obrigatória pelos órgãos e entidades da Administração. Reúne as informações 
jurídicas, fiscais, econômico-financeiras, qualificações técnicas, etc. de fornecedores 
interessados em negociar/comercializar com a Administração Pública. Trata-se, 
pois, de importante instrumento de aferição das condições de habilitação quando 
da realização de procedimentos licitatórios e contratações diretas, em linha com os 
princípios da eficiência, julgamento objetivo, celeridade e economia processual. 
Consiste, nos termos do Decreto nº 52.205, de 27 de setembro de 2007, do estado 
de São Paulo, de um cadastro disponível a todos os interessados em licitar e 
contratar com órgãos da administração direta, autarquias, fundações instituídas ou 
mantidas pelo poder público; sistema eletrônico de informações, por meio do qual 
serão inscritos e mantidos os registros dos interessados em participar de licitações 
e contratar com qualquer órgão da Administração direta e indireta. 
A noção de Registro Cadastral não é, portanto, exatamente uma novidade. Até 
porque já estava previsto no art. 34 da Lei nº 8.666/1993 e antes disso no art. 27 do 
Decreto-Lei nº 2.300/1986. Conhecido por muitos a partir do Governo Federal que 
lhe chama SICAF, é também parte do cotidiano em Estados e Municípios. O estado 
de São Paulo, por exemplo, o chama CAUFESP; a Bahia, CAF, e o estado do Rio de 
Janeiro adota, desde 2019, o SICAF do Governo Federal. A Nova Lei de Licitações e 
Contratos vai na direção da iniciativa do estado do Rio de Janeiro, qual seja: a da 
lógica da otimização, por meio da unificação e compartilhamento de um mesmo 
registro cadastral de licitantes, hospedado em plataforma centralizada específica 
(o Portal Nacional de Contratações Púbicas – PNCP), a ser utilizado por todas as 
esferas e instâncias da Administração Pública, conforme o art. 87, caput, e o art. 
174, §3º, I, da Lei nº 14.133/2021. 
31Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para se aprofundar ainda mais na temática do Registro 
cadastral, assista ao segundo episódio da série produzida pela 
ENAP sobre a Nova Lei de Licitações. https://www.youtube.
com/watch?v=HHf0dClr9rI&list=PLCDO8oMmhbxsnjUzFA0TCVio 
H9eqvRwkD&index=2.
5.2 Componentes do Registro Cadastral
O art. 88 da Lei nº 14.133/2021 diz que, “ao requerer, a qualquer tempo, inscrição 
no cadastro ou a sua atualização, o interessado fornecerá os elementos necessários 
exigidos para habilitação previstos nesta Lei”. Assim, forçoso reconhecer que o 
Registro Cadastral é composto dos mesmos documentos previstos no Capítulo VI 
da Lei nº 14.133/2021. Logo, a inscrição no Registro Cadastral compreende:
 + I – Habilitação jurídica (art. 66)
 + II – Habilitação técnica (art. 67)
 + III – Habilitação fiscal, social e trabalhista (art. 68)
 + IV – Habilitação econômico-financeira (art. 69)
Veja, como o art. 87, § 2º, veda a exigência, pelo órgão ou entidade licitante, 
de registro cadastral complementar para acesso a edital e anexos e o art. 87, 
§3º, permite a realização de licitação restrita a fornecedores cadastrados, este 
procedimento auxiliar é medida de estímulo e de simplificação extremamente 
relevante, pois fomenta a ampla participação de fornecedores que antes podiam se 
sentir desencorajados a comercializar com órgãos públicos, tamanha a burocracia 
e a complexidade em se atender a um sem números de cadastros e de exigências, 
muitas das vezes desarrazoadas em relação ao custo/benefício.Explore um pouco mais das novidades previstas na Lei nº 
14.133/2021 acerca do “Registro Cadastral”. O texto de Rafael 
https://www.youtube.com/watch?v=HHf0dClr9rI&list=PLCDO8oMmhbxsnjUzFA0TCVioH9eqvRwkD&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=HHf0dClr9rI&list=PLCDO8oMmhbxsnjUzFA0TCVioH9eqvRwkD&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=HHf0dClr9rI&list=PLCDO8oMmhbxsnjUzFA0TCVioH9eqvRwkD&index=2
32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Carvalho de Fassio e de Marcos Nóbrega traz uma interessante 
leitura sobre as inovações deste procedimento auxiliar. Aguce a 
sua curiosidade e leia o artigo Procedimentos Auxiliares na Nova 
Lei de Licitações: O Rating de Fornecedores no Registro Cadastral 
e o Procedimento de Manifestação de Interesse.
PARA LEMBRAR: No caso da modalidade licitatória “leilão” não 
será exigido Registro Cadastral prévio (art. 31, §4º).
5.3 O registro cadastral no Governo Federal: SICAF
O SICAF (Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores) é o registro cadastral 
no âmbito do Governo Federal. Sobre o SICAF, a Instrução Normativa nº 03, de 26 
do abril de 2018, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que regula o 
procedimento, assim dispõe:
[...] O Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf constitui o 
registro cadastral do Poder Executivo Federal [...] O Sicaf conterá os registros da 
habilitação jurídica, da regularidade fiscal e da qualificação econômico-financeira, 
bem como das sanções aplicadas pela Administração Pública, conforme previsto 
na legislação e nesta Instrução Normativa, em especial as que acarretem a 
proibição de participação em licitações e celebração de contratos com o Poder 
Público. Parágrafo único. Excetuam-se das exigências para habilitação 
prévia no Sicaf as relativas à qualificação técnica da interessada, as 
quais somente serão demandadas quando a situação o exigir. (grifou-se).
A tendência é o aproveitamento do SICAF como o registro cadastral único. É o que 
se depreende do episódio dois da série Nova Lei de Licitações: um ano para a 
construção do futuro, produzida pela ENAP e que assistimos há pouco. 
Evidentemente, serão necessários ajustes para atender a nova realidade, consoante 
às determinações da Lei nº 14.133/2021, especialmente a unificação (art. 87, caput), 
a inclusão de consultas ao CEIS e ao CNEP (art. 91, §4º), a inclusão dos atestados 
de cumprimento das obrigações (atestados de capacidade técnica) com menção 
https://www.parceriasgovernamentais.com.br/procedimentos-auxiliares-na-nova-lei-de-licitacoes-o-rating-de-fornecedores-no-registro-cadastral-e-o-procedimento-de-manifestacao-de-interesse/
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ao desempenho dos fornecedores na execução contratual (art. 88, §3º e §4º) e 
a inclusão de um índice (rating) com atribuição de notas (art. 37, III), de modo a 
possibilitar a implementação de medidas de incentivo aos licitantes que possuírem 
ótimo desempenho anotado em seu registro cadastral (art.88, §4º). 
Por ora, tudo segue como está, ou seja, os órgãos de todos os entes podem utilizar 
os sistemas de registro cadastrais atualmente disponíveis para cadastramento de 
fornecedores  para efeito de participação nas licitações e contratações públicas, 
incluindo, mas não se limitando ao Sistema de Cadastramento Unificado de 
Fornecedores do Governo Federal (SICAF). É que, embora o art. 87 da Lei nº 
14.133/2021 tenha estabelecido a unificação do registro cadastral, a Nova Lei de 
Licitações foi omissa ao estabelecer a unificação do poder regulamentar do art. 
87. Na prática, isso inviabiliza a construção de um registro cadastral unificado, pois 
todos os entes podem baixar, nos termos da Lei, regulamentos próprios. 
Nesse sentido, o Tribunal de Contas da União reconheceu, em sede de Acórdão 
nº 2.852/2021-Plenário (TC 039.727/2021-1), que o desenvolvimento do Sistema de 
Registro Cadastral Unificado de que trata a NLLCA pressuporia o estabelecimento 
de competência regulamentar uniforme sobre a matéria. Dada a constatação, houve 
a proposição no Congresso Nacional do Projeto de Lei nº 249/2022 para alterar a 
regra do art. 87 da Lei nº 14.133/2021, definindo-se a titularidade da regulamentação 
da matéria para o Poder Executivo federal. Assim sendo, somente após a eventual 
aprovação e sanção do Projeto de Lei nº 249/2022, será viável o estabelecimento de 
uma regulamentação uniforme sobre o tema e, posteriormente, o desenvolvimento 
tecnológico de um sistema unificado, nos termos do disposto na novel legislação 
(COMUNICADO nº 1/2023).
Saiba Mais: Para acompanhar o andamento do Projeto de Lei nº 
249/2022, CLIQUE AQUI.
about:blank
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2314510
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No que se refere ao atual SICAF, é acessível a partir de https://www3.comprasnet.
gov.br/sicaf-web/index.jsf. Na sequência, será necessário possuir uma chave de 
acesso junto ao portal gov.br (https://www.gov.br/pt-br), que é a página de serviços 
ao cidadão do governo brasileiro.
Página inicial do SICAF
Cumprida a etapa de acesso, o sistema é bastante intuitivo e compreende o cadastro, 
que se dá por intermédio da inclusão de dados pessoais dos sócios, dados jurídicos, 
regularidade fiscal, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, uplodas/
downloads de documentos, etc. Contempla, também, a possibilidade de consultas 
diversas sobre os logs de acesso e de alteração de dados no sistema, as condições 
de habilitação, a validade do registro, as sanções administrativas sofridas, eventuais 
impedimentos de licitar. O passo a passo, epender dependendo de sua qualificação 
(fornecedor ou governo) pode ser detalhadamente conferido nos manuais abaixo:
Manual Normativo
Manual Operacional Fornecedor 
Tutorial Fornecedor
Tutorial Governo (para uso de servidores)
https://www3.comprasnet.gov.br/sicaf-web/index.jsf
https://www3.comprasnet.gov.br/sicaf-web/index.jsf
http://gov.br
https://www.gov.br/pt-br
https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/manuais/manual-sicaf/manual-normativo-sicaf.pdf
https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/manuais/manual-sicaf/manual_do_sicaf__versao_final_sistema_fornecedor-1-5.pdf
https://tutoriais.comprasgovernamentais.gov.br/sicaf/html/
https://tutoriais.comprasgovernamentais.gov.br/sicaf_governo/html/
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Para outras consultas e o saneamento de dúvidas, acesse o link a seguir: https://
www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/conheca-o-compras/sicaf-digital.
Em síntese, o Registro Cadastral é um procedimento auxiliar que se materializa a partir 
de um banco de dados que congrega as informações cadastrais, jurídicas, fiscais, 
entre outras, a respeito das pessoas físicas ou jurídicas que com a Administração 
Pública pretendem transacionar. Afigura-se, em verdade, em ferramenta de gestão 
apta a conferir celeridade, otimização e racionalização do trabalho administrativo, 
eis que deve reunir, nos termos do art. 88 da Lei nº 14.133/2021, as informações 
necessárias exigidas para habilitação de licitantes interessados em negociar com a 
Administração Pública. 
Chegamos ao final do conteúdo sobre o procedimento auxiliar denominado Registro 
Cadastral. Agora você conhece um pouco mais sobre o assunto. 
Conclusão
Pois bem caro(a) participante, cumprimos o objetivo geral, com a demonstração, um 
a um, dos cinco procedimentos auxiliares previstos no art. 78 da Nova Lei de Licitações 
e Contratos, o que nos direciona à conclusão do curso sobre os “Procedimentos 
Auxiliares na Nova Lei de Licitações”. Importante ressaltar que a utilização plena da 
Lei nº 14.133/2021, ainda é bastante recente. Desse modo, você deve estar sempre 
atento e atualizado frente às discussões doutrinárias e à jurisprudência que envolve 
a matéria, sobretudo às oriundas do Tribunal de Contas da União (TCU), por força 
do que dispõe o art. 71 da Constituição Federal, o art. 169 daLei nº 14.133/2021 e a 
Súmula nº 222 do TCU. 
Note, o grande desafio das contratações públicas agora é romper com ideários 
arcaicos. A nova legislação exige aplicação à luz de práticas condizentes com o 
século XXI, sem, entretanto, perder de vista que o fim é sempre a contratação mais 
vantajosa, o bem comum e o interesse público. Os procedimentos auxiliares, que 
agora você conhece um pouco mais a fundo, estão aí para ajudar nessa árdua tarefa. 
Para consultar a jurisprudência do Tribunal de Contas da União e 
manter-se sempre atualizado, CLIQUE AQUI. 
https://www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/conheca-o-compras/sicaf-digital
https://www.gov.br/compras/pt-br/sistemas/conheca-o-compras/sicaf-digital
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Referências 
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comunicados/comunicado-no-1-2023-portal-nacional-de-contratacoes-publicas-
pncp. Acesso em: 03 mar. 2023.
BRASIL. Decreto nº 11.462, de 31 de março de 2023. Regulamenta os art. 82 a 
art. 86 da Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, para dispor sobre o sistema de 
registro de preços para a contratação de bens e serviços, inclusive obras e serviços 
de engenharia, no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e 
fundacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 mar. 2023. Seção 1 – Extra C, 
pág. 3. 
BRASIL. Decreto nº 8.428, de 02 de abril de 2015. Dispõe sobre o Procedimento 
de Manifestação de Interesse a ser observado na apresentação de projetos, 
levantamentos, investigações ou estudos, por pessoa física ou jurídica de direito 
privado, a serem utilizados pela administração pública. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 06 abr. 2015. Seção 1. 
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.300, de 21 de novembro de 1986. Dispõe sobre licitações 
e contratos da Administração Federal e dá outras providências. Diário Oficial da 
União, Brasília, DF, 25 nov. 1986. Seção 1. 
BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos 
Administrativos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1º abr. 2021. Edição 61 -F. Seção 
1 - Extra.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da 
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração 
Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 jun. 1993, 
republicado em 06 jul.1994. Seção 1. 
BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Instrução 
Normativa Nº 5, de 26 de maio de 2017. Dispõe sobre as regras e diretrizes do 
procedimento de contratação de serviços sob o regime de execução indireta no 
âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional. Brasília, 
DF: Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, 26 maio 2017. Disponível 
em: https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-
normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017-atualizada. Acesso 
em: 15 jan.2023.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instrução Normativa 
Nº 03, de 26 do abril de 2018. Estabelece regras de funcionamento do Sistema de 
https://www.gov.br/pncp/pt-br/acesso-a-informacao/comunicados/comunicado-no-1-2023-portal-nacional-de-contratacoes-publicas-pncp
https://www.gov.br/pncp/pt-br/acesso-a-informacao/comunicados/comunicado-no-1-2023-portal-nacional-de-contratacoes-publicas-pncp
https://www.gov.br/pncp/pt-br/acesso-a-informacao/comunicados/comunicado-no-1-2023-portal-nacional-de-contratacoes-publicas-pncp
https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017-atualizada.%20Acesso%20em:%2015%20jan.2023
https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017-atualizada.%20Acesso%20em:%2015%20jan.2023
https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucao-normativa-no-5-de-26-de-maio-de-2017-atualizada.%20Acesso%20em:%2015%20jan.2023
37Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf, no âmbito do Poder Executivo 
Federal. Disponível em: https://www.gov.br/compras/pt-br/acesso-a-informacao/
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de-2018. Acesso em: 30 jan. 2023.
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Brasília, DF: Tribunal de Contas da União [2014]. Disponível em: https://pesquisa.
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https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/12901/Trabalho%20individual.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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https://ronnycharles.com.br/wp-content/uploads/2021/01/A-nova-lei-de-licitacoes-credenciamento-e-e-marketplace-o-turning-point-da-inovacao-nas-compras-publicas.pdf
https://ronnycharles.com.br/wp-content/uploads/2021/01/A-nova-lei-de-licitacoes-credenciamento-e-e-marketplace-o-turning-point-da-inovacao-nas-compras-publicas.pdf
http://dobuscadireta.imprensaoficial.com.br/default.aspx?DataPublicacao=20070928&Caderno=DOE-I&NumeroPagina=1
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https://www.gov.br/compras/pt-br/fornecedor/midia/sistema-de-registro-de-preos-srp.pdf
https://www.gov.br/compras/pt-br/fornecedor/midia/sistema-de-registro-de-preos-srp.pdf
https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas:livro:1990;000118797
https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas:livro:1990;000118797
https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas:livro:1990;000118797
	Introdução
	Referências 
	5.3 O registro cadastral no Governo Federal: SICAF
	5.2 Componentes do Registro Cadastral
	5.1 Conceito de Registro Cadastral
	Unidade 5 – Registro Cadastral
	4.3 Principais diferenças entre licitação SRP e não SRP
	4.2 Possibilidades/Hipóteses de Utilização
	4.1 Conceitos existentes no Sistema de Registro de Preços (SRP)
	Unidade 4 – Sistema de Registro de Preços (SRP)
	3.2 Observações relevantes à realização do PMI
	3.1 O que é o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI)?
	Unidade 3 – Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI)
	2.3 Principais Regras e Prazos
	2.2 O que pré-qualificar?
	2.1 Conceito de Pré-Qualificação 
	Unidade 2 – Pré-Qualificação
	1.3 Regras 
	1.2 Hipóteses de Utilização
	1.1 O que é o Credenciamento?
	Unidade 1 – Credenciamento

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