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AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM -

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As diferentes nomenclaturas da EAD no 
mundo e a legislação brasileira
Apresentação
Já parou para pensar no que tem por trás de cada nomenclatura? A educação a distância é 
conhecida por sua sigla EAD no Brasil. Mas e em outras partes do mundo? Como é aplicada e quais 
são as diferenças? É fato que no Brasil a escalabilidade é uma característica marcante e a nossa 
extensão territorial também proporciona uma interessante reflexão do que a EAD pode fazer para o 
desenvolvimento educacional pela sua flexibilidade e autonomia dos estudantes.
Entender a história e a legislação da EAD no Brasil vai lhe proporcionar uma visão sistêmica dessa 
modalidade e entender as exigências e estruturas necessárias das instituições de ensino tanto para 
o ensino médio como para o ensino superior. A EAD une a praticidade de estudar no tempo e 
espaço que o aluno puder, personaliza o movimento da aprendizagem e promove a inclusão dos 
estudos. É preciso fazer EAD e entender como aplicar as metodologias e os objetos de 
aprendizagem ideais para que seja aplicado um ensino de qualidade. A EAD não é um repositório, 
ao contrário do que muitos praticam.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as nomenclaturas da EAD no mundo, além de 
estudar a legislação brasileira, que estabelece os princípios dessa modalidade de educação.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conceituar EAD.•
Comparar as diferentes nomenclaturas do ensino on-line no Brasil e exterior.•
Identificar as legislações brasileiras que mudaram a história da EAD.•
Desafio
É fato que está cada vez mais desafiador ser professor para os nativos digitais, porque estão à 
frente do tempo com relação às tecnologias. Segundo Presnky (2001), as conexões neurais desses 
estudantes são diferente dos imigrantes digitais, ou seja, de quem nasceu antes dessa geração. 
Talvez isso explique um pouco esse desafio. Contudo, o fato é que os professores precisam se 
envolver com as tecnologias e, principalmente, saber usar e planejar aulas para garantir que o 
objetivo de aprendizagem seja cumprido.
De acordo com essas ideias, reflita sobre a seguinte situação.
Sendo assim, que tipo de planejamento você pode realizar para ter sucesso nessa atividade? A 
sugestão é que a proposta esteja de acordo com sua área de formação ou temática de interesse.
Infográfico
Os marcos históricos da EAD no Brasil mostram que o advento da criação da Universidade Aberta 
do Brasil (UAB) aumentou a popularização dessa modalidade, potencializando a conclusão do 
ensino superior e dos cursos de pós-graduação. Foi sem dúvida um momento primordial em 
contexto nacional, qualificando cada vez mais o processo de ensino e aprendizagem, desde a 
educação básica. Afinal, professores qualificados revelam alunos engajados com a construção do 
conhecimento.
Neste Infográfico, você vai ver pontos relevantes sobre a contextualização da UAB na propagação 
da EAD.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/5e9bbc17-1775-4b47-8978-b04f3d585367/4b9112df-1afa-4b88-aa9b-9c53a7583eaf.jpg
Conteúdo do livro
Os processos educacionais no século XXI estão em plena transformação, especialmente devido às 
novas demandas tecnológicas e virtuais, que exercem grande influência na dinâmica do processo de 
ensino e aprendizagem. Nesse âmbito, a EAD é uma das modalidades de educação que mais cresce 
em cenário tanto nacional quanto internacional. É por meio da EAD que diferentes contextos 
virtuais vêm sendo assumidos para qualificar a aprendizagem dos alunos. Esses contextos diversos 
assumem ideias e conceitos que caminham por nomenclaturas e legislações.
No capítulo As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira, base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as principais nomenclaturas e modelos da EAD, 
bem como seus objetivos e suas viabilidades. Além disso, vai conhecer as leis nacionais que 
organizam e orientam essa modalidade de educação para que você entenda o percurso de 
conquistas da EAD.
Boa leitura.
INTRODUÇÃO 
À EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA – EAD
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Conceituar EAD. 
 > Comparar as diferentes nomenclaturas do ensino on-line no Brasil e exterior.
 > Identificar as legislações brasileiras que mudaram a história da EAD. 
Introdução
No século XXI, caracterizado como a era da informação, o rápido acesso ao mundo 
digital permite que a sociedade viva intensamente essa perspectiva, sobretudo por 
meio do advento da internet. Nesse contexto, a educação a distância (EAD) está mais 
presente no cotidiano das pessoas do que se pode imaginar, caracterizando-se por 
ser uma modalidade em que alunos e professores estão separados fisicamente, 
mas unidos pelo objetivo de construir conhecimento, independentemente do 
espaço e do tempo. 
Imagine as várias vantagens que essa modalidade de educação pode oferecer: 
estudar de acordo com sua disponibilidade, seu tempo e sua organização, de onde 
você estiver; estudar no conforto do seu lar, de pijama, nos intervalos do trabalho 
As diferentes 
nomenclaturas da 
EAD no mundo e a 
legislação brasileira 
Tamires Pereira Duarte Goulart
ou ainda diante da bela paisagem de uma praia. Isso tudo se torna possível dentro 
do contexto EAD. 
Neste capítulo, você entenderá o percurso histórico da EAD e como essa moda-
lidade foi se tornando no cenário mundial e brasileiro uma ferramenta importante 
para oportunizar a continuação dos estudos de milhões de pessoas. 
Conceito e história da EAD
A história da EAD começou muito antes dos aparelhos celulares, da inter-
net, dos smartphones, tablets ou computadores. Seu legado foi inspirado 
na comunicação a distância, quando as principais informações ainda eram 
trocadas entre as pessoas por meio de cartas. Aqui no Brasil, datam de 1904 
os primeiros registros da EAD, quando em jornais eram ofertados de forma 
classificada cursos de datilografia por correspondência. Assim, esse modelo 
didático teve um início voltado à ideia de profissionalização. 
Em torno de 1920, as emissoras de rádio assumiram um importante papel 
dentro da perspectiva de transmissão de conhecimento a distância. Entre 
1960 e 1970, mediante o Código Brasileiro de Telecomunicações, foram criados 
programas em redes privadas de transmissão voltados à educação, como a 
TV Cultura e a TV Escola (ALVES, 2011). Mais recentemente, na tentativa de 
oportunizar a conclusão dos estudos para adultos que não tiveram acesso à 
escolarização na idade certa, o programa Telecurso 2000 foi um movimento 
importante tanto para o mercado de trabalho quanto para o avanço em 
termos a distância. 
No entanto, foi a partir do surgimento da internet nos anos 1990 e seu 
avanço no início do novo milênio que a EAD teve um salto em suas possibi-
lidades de oferta e aceitabilidade do público, tendo como principal objetivo 
a disseminação do conhecimento por meio de um processo de ensino e 
aprendizagem que oportuniza a escolarização para o maior número de alunos. 
O acesso às telas smart, aos laptops e a uma maior velocidade de conexão 
com as informações só tem aumentado, sendo que o estudante de EAD é 
tanto consumidor quanto produtor de informações, e esse mecanismo aponta 
para uma crescente ainda maior nos próximos anos. Souza (2016) enfatiza 
que a internet massifica cada vez mais o ensino, fazendo com que pessoas 
ao redor do mundo possam adquirir conhecimento sem frequentar grandes 
universidades. 
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 2
A Figura 1 apresenta uma linha temporal com os marcos históricos mais 
significativos em âmbito mundial.
Figura 1. Linha do tempo da história da EAD em contexto mundial.
Fonte: Adaptada de Vasconcelos ([2006]) e Alves (2011).
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 3
Por sua vez, a Figura 2 apresenta uma linha temporalsimilar, mas dessa 
vez destacando os marcos históricos da evolução da EAD em âmbito nacional.
Figura 2. Linha do tempo da história da EAD em contexto nacional.
Fonte: Adaptada de Vasconcelos ([2006]) e Alves (2011).
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 4
Observe que o advento da criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) 
em 2005 foi um passo importante para as políticas públicas brasileiras, dando 
maior oportunidade para que o ensino público, gratuito e de qualidade chegue 
ao maior número de brasileiros que desejam concluir seus estudos em nível 
de graduação. Esse foi sem dúvida um marco para o ensino, em especial 
para o aperfeiçoamento profissional dos professores e, consequentemente, 
para qualificação e melhoria do ensino básico ofertado nas escolas públicas 
municipais e estaduais. 
De modo geral, a EAD vem marcando esse espaço de estudos e qualificação 
profissional, tornando-se uma modalidade procurada por milhões de pessoas. 
Na próxima seção, você vai entender as diferentes formas assumidas pelo 
contexto de ensino on-line.
Nomenclaturas do ensino on-line no Brasil 
e exterior
Não há dúvidas em relação à importância que a EAD assume perante à dis-
seminação do conhecimento, proporcionando a muitos a continuidade dos 
estudos, o que de forma presencial não poderiam fazê-lo. É importante 
entender que, sob a perspectiva da EAD, dois momentos no processo de 
ensino e aprendizagem são utilizados: os momentos síncronos e os momentos 
assíncronos. 
Os momentos síncronos são aqueles em que o professor realiza 
uma aula ao vivo com os alunos, e mesmo em espaços diferentes 
todos se conectam ao mesmo tempo. Os momentos assíncronos, por sua vez, 
são caracterizados pelas aulas gravadas pelo professor, disponíveis aos alunos 
para que possam assistir quando puderem e quantas vezes forem necessárias. 
O desenvolvimento das tecnologia da informação e comunicação (TIC) e o 
amplo acesso em relação à internet facilitaram em grande escala a interação 
e a ampliação educativa na EAD. Para envolver o aluno nessa dinâmica de 
estudos a distância, algumas habilidades precisam ser dimensionadas pelo 
próprio aluno, tais como:
 � motivação;
 � autonomia; 
 � disciplina;
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 5
 � compromisso;
 � gerenciamento de tempo e espaço;
 � domínio de recursos digitais;
 � atenção;
 � organização. 
Outras habilidades, no entanto, precisam ser pensadas e planejadas 
pelo outro lado, ou seja, pela universidade ou empresa que oferta o curso a 
distância. Uma dessas habilidades é a capacidade de organização do material 
ofertado e a preparação de conteúdos atrativos e que promovam a apren-
dizagem do aluno, levando em conta seu poder explicativo, tendo em vista 
que, muitas vezes, esse estará estudando sozinho. 
Para facilitar essa ideia, a EAD conta com os ambientes virtuais que acabam 
se tornando a sala de aula de cada estudante — uma sala de aula virtual, 
que organiza e disponibiliza estratégias de aprendizado levando em conta 
várias medidas. Na sequência, você vai conhecer algumas abordagens que 
possibilitam esse processo. 
A partir da perspectiva de EAD, que surgiu há muitos anos, a educação 
on-line, que é a modalidade de educação realizada pela internet, contando 
com a interação entre professor–aluno pelas formas síncronas ou assíncronas, 
cresceu em todas as áreas didáticas. De acordo com Almeida (2003), essas 
formas garantem três modelos comunicativos: comunicação de um a um, de 
um para muitos e de muitas pessoas para muitas pessoas. 
A seguir, examinaremos as principais dentre as muitas alternativas que 
foram surgindo e ganhando força no cenário educacional com o objetivo de 
cumprir demandas específicas de setores e áreas do conhecimento.
 � E-learning: é uma modalidade que se desenvolveu com suporte da 
internet a partir de necessidades de empresas relacionadas com o 
treinamento de seus funcionários, cujas práticas estão centradas na 
seleção, organização e disponibilização de recursos didáticos hiper-
mediáticos. A ideia de um estudo voltado para o e-learning busca 
principalmente apoio nos computadores. Segundo Almeida (2003), 
muitos dos estudantes dessa modalidade alegam baixa capacidade 
de interação e troca de experiências. 
 � B-learning (blended learning, ou aprendizagem mesclada/híbrida): 
derivado da modalidade e-learning, traz a inovação do ensino híbrido. 
De acordo com Roza, Veiga e Roza (2020), o conceito de b-learning 
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 6
pode ser entendido como uma possibilidade de combinação entre 
o ensino presencial e o ensino on-line. É por meio das TICs que essa 
ideia vem sendo ampliada. Por sua vez, Moran (2015) entende que a 
educação sempre foi mesclada, ao combinar vários tempos, atividades, 
metodologias e diferentes públicos.
O ensino híbrido, segundo Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015), segue 
uma tendência de mudança que ocorreu em praticamente todos 
os serviços e processos de produção de bens que incorporaram os recursos 
das tecnologias digitais. Dessa forma, é uma modalidade de ensino que une o 
que há de maior potencial na educação presencial com o que há mais de mais 
significativo na EAD. 
 � U-learning (ubiquitous learning, ou aprendizagem onipresente): adap-
tando-se às necessidades modernas e aliando os avanços tecnológico 
e digital, em especial a evolução das telas (tablets, smartphones, etc.), 
surge o formato u-learning, para facilitar ainda mais o processo de EAD. 
Assim, a aprendizagem onipresente, tradução da ideia dessa aborda-
gem, entende ser possível o maior engajamento de alunos, por meio, 
por exemplo, de um aparelho de celular, prevendo uma aprendizagem 
autônoma, independente de um tutor de ensino. 
 � M-learning (mobile learning, ou aprendizagem móvel): na busca por 
potencializar a EAD por meio de dispositivos móveis, esta é uma aborda-
gem que procura utilizar esses dispositivos a favor da aprendizagem, a 
fim de promover o conhecimento. A ideia de produção e transmissão de 
conteúdo está relacionada a essa modalidade, permitindo que o aluno 
seja mais do mero consumidor de informações, tornando-se também 
um produtor do conhecimento. O formato da exposição dos conteúdos 
aqui também ganha novas dimensões: mapas mentais, esquemas, 
tópicos, infográficos, realidades aumentadas, podcasts, vídeos 360°, 
bibliotecas virtuais, entre outros, a fim de facilitar o entendimento 
do aluno e apresentando praticidade para o ensino-aprendizagem. 
Vale destacar que em todas as quatro perspectivas recém examinadas, o 
aluno ganha um novo olhar ativo e protagonista, engajando-se e envolvendo-
-se em suas aprendizagens e conseguindo atribuir sentido e significado para 
a construção do conhecimento. 
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 7
Também vale mencionar que entre as alternativas da EAD há o chamado 
ensino remoto, uma modalidade que segue os padrões da EAD, em que alunos 
e professores estão separados temporal e espacialmente, mas que tem o 
caráter e a finalidade emergenciais, sendo utilizada em situações excepcionais, 
em que o ensino presencial torna-se inviável, como no caso de pandemias, 
isolamentos sociais e catástrofes.
A Figura 3 traz um esquema contemplando as considerações tecidas nesta 
seção. 
Figura 3. EAD e ramificações das possibilidades de ensino on-line.
Toda essa nomenclatura pode variar, mas a essência das propostas são a 
mesma: ampliar as ofertas de EAD, aliando-se às melhores formas e metodo-
logias para isso. Os Estados Unidos, por exemplo, têm apostado na educação 
híbrida, também entendida como ensino híbrido, semipresencial, semivirtual, 
aprendizagem combinada, entre outras denominações, para qualificar sua 
educação básica. Dessa forma, desde o início de sua vida escolar os estudantes 
já estão em contato com essa nova forma de fazer educação. 
No Brasil, a aposta mais recente, suscitada pelo períodopandêmico, 
em que a escola precisou cumprir o isolamento social, foi o ensino remoto. 
Nessa perspectiva, os alunos da educação básica tiveram por dois anos aulas 
totalmente on-line, com momentos síncronos em plataformas como Google 
Meet, Zoom, Microsoft Teams, etc. Atualmente, com o retorno das aulas pre-
senciais e o término do isolamento social, tende-se à uma prática híbrida, no 
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 8
entendimento de que o professor precisa resgatar o que há de maior potencial 
nas aulas presenciais e o que teve de maior produtividade no ensino remoto, 
combinando esses dois momentos no seu planejamento para desenvolver um 
aluno criativo, dinâmico e protagonista. O ensino superior a distância, nesse 
mesmo sentido, vem apostando no ensino híbrido, proporcionando momentos 
presenciais aos graduandos nos polos das universidades; no entanto, também 
há opções de graduações totalmente a distância. 
Esse cenário de alternativas tornou-se possível por meio de legislações 
que aos poucos foram ampliando os caminhos da EAD. Assim, na próxima 
seção, você poderá refletir sobre as principais leis que versam sobre essa 
modalidade de ensino. 
Legislações brasileiras que mudaram 
a história da EAD
A trajetória da EAD é marcada por importantes leis e decretos em cenário 
nacional, com o objetivo de qualificar e ampliar essa modalidade de ensino. 
No Quadro 1, você encontrará os principais marcos legislativos nacionais e 
seu principal foco em relação à EAD.
Quadro 1. Principais leis e decretos sobre a EAD e seus respectivos objetivos
Legislação brasileira Objetivo
Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional nº
9394/1996
Regulamentar a EAD e as modalidades 
ofertadas.
Decreto nº 5.622, de 19 de 
dezembro de 2005
Entender a EAD como a modalidade educacional 
em que a mediação didático-pedagógica nos 
processos de didáticos ocorre com a utilização 
de meios e tecnologias de informação e 
comunicação, com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em 
lugares ou tempos diversos, bem como 
apresentar critérios para essa abordagem.
Decreto nº 5.773, de 9 de 
maio de 2006
Dispor sobre o exercício das funções de 
regulação, supervisão e avaliação de 
instituições de educação superior e cursos 
superiores de graduação e sequenciais no 
sistema federal de ensino.
(Continua)
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 9
Legislação brasileira Objetivo
Decreto nº 6.303, de 12 de 
dezembro de 2007
Trazer mudanças sobre as diretivas da 
regulação, credenciamento, regras de avaliação, 
supervisão e avaliação de instituições de 
educação superior e cursos superiores de 
graduação e sequenciais no sistema federal de 
ensino.
Resolução nº 1, de 11 de 
março de 2016
Conselho Nacional de 
Educação (CNE)
Apresentar as Diretrizes e Normas Nacionais 
para a oferta de Programas e Cursos de 
Educação Superior na Modalidade a Distância.
Portaria nº 1.134, de 10 de 
outubro de 2016
Direcionar e fundamentar as ofertas de cursos 
na modalidade EAD.
Decreto nº 9.057, de 25 de 
maio de 2017
Possibilitar o credenciamento de instituições 
de ensino superior para cursos de EAD sem o 
credenciamento para cursos presenciais.
A garantia dessas leis, portarias, decretos e regulamentações vigentes 
torna possível que a EAD esteja sempre em busca de melhorias que visem a 
qualidade e o aperfeiçoamento do ensino. De todo modo, o Brasil ainda tem 
muito a avançar em relação à EAD, e é notório que o processo de transforma-
ção vem acontecendo não apenas nessa modalidade de ensino, mas também 
na educação presencial. Tampouco se pode negar que a abordagem on-line, 
especialmente sob a perspectiva do ensino híbrido e das metodologias ativas, 
está se tornando uma realidade também no ensino básico (fundamental e mé-
dio). Esse é um fator importante que promove a expansão dessa modalidade. 
Além disso, em especial em período pós-pandemia covid-19, o ensino 
on-line atraiu novos olhares e melhores entendimentos por parte dos estu-
dantes e comunidade escolar. É importante, sim, que desde cedo os alunos 
já estejam cientes de como ocorre a aprendizagem em modalidade EAD, para 
que possam desenvolver as habilidades essenciais para garantir a construção 
do conhecimento, incluindo autonomia, organização e disciplina. 
Nesse cenário, não há como retroceder, e a EAD só avançará cada dia mais. 
A legislação está aí para comprovar isso e contribuir para esses avanços. Essa 
premissa revela o potencial dessa modalidade, que vai além do tempo e do 
espaço. As ofertas de trabalho nesse âmbito também apontam para um novo 
caminho, já que a demanda de produção em EAD necessita do engajamento 
de vários profissionais. Pensar nisso é se preparar para um futuro com muitas 
expectativas e possibilidades. 
(Continuação)
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 10
As inovações tecnológicas precisam caminhar a favor da aprendizagem, 
desenvolvendo um aluno crítico, maker e protagonista ao envolvê-lo num 
processo dinâmico, criativo e produtivo. Para isso, novas leis ainda precisarão 
ser criadas, reforçando a importância de empregar a EAD para contemplar 
de alguma forma a realidade do estudante e as perspectivas do futuro social 
e profissional. 
Você sabe o que é um aluno maker? É um aluno que faz, cria e cons-
trói, não somente recebendo informações, mas também criando 
conteúdos. O conceito vem da metodologia ativa denominada cultura maker, 
que entende o “colocar a mão na massa”. 
Na busca de aperfeiçoamento e qualificação profissional, estão previstos 
na legislação e em modalidade EAD os cursos livres. Profissionais e estudantes 
das mais diversas áreas buscam na internet cursos de curta duração para 
ampliação do currículo e capacitação sobre algum assunto. O mercado nesse 
contexto apresenta muitas ofertas, em que o aluno organiza seus próprios 
horários e estilos didáticos para continuar seus estudos. São cursos que 
não requerem autorização do Ministério da Educação e são reconhecidos 
em todo território nacional, amparados pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação nº 9394/96, pelo Decreto nº 5.154/04 e pela Deliberação CEE 14/97 
(Indicação CEE 14/97). 
Atualmente, a EAD está numa crescente, com foco em cursos de graduação, 
pós-graduação e aperfeiçoamento profissional. Em Portugal, por exemplo, já 
existe universidade pública ofertando cursos de mestrado e doutorado nessa 
modalidade, como a Universidade dos Açores (UAC). Essa é uma realidade 
que tende a se espalhar em vários países, e em breve certamente chegará ao 
Brasil, em âmbito de política pública nas universidades federais. 
Na educação básica, por sua vez, já se entende a relevância do uso das 
novas tecnologias e do ensino híbrido, fato que potencializa a EAD, pois 
consegue preparar o estudante para um ótimo aproveitamento de aulas e 
conteúdos digitais. Essa tendência vai ao encontro das necessidades atuais, 
principalmente dos nativos digitais. Em termos gerais, é de fundamental 
relevância entender as nomenclaturas e ramificações existentes dentro da 
perspectiva EAD para que se possa avançar em termos de legislação e das 
possibilidades de buscar o aperfeiçoamento nesse âmbito. 
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 11
Referências 
ALMEIDA, M. E. B DE. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos 
ambientes digitais de aprendizagem. Em Foco: Educação e Pesquisa, v. 29, n. 2, p. 327-340, 
jul./dez. 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/dSsTzcBQV95VGCf6GJbtpLy/
abstract/?lang=pt. Acesso em: 11 set. 2022.
ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista 
Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 10, 2011. Disponível em: http://seer.
abed.net.br/index.php/RBAAD/article/view/235. Acesso em: 11 set. 2022.
BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. (org.). Ensino híbrido: personalização e 
tecnologia na educação.Porto Alegre: Penso, 2015. E-book.
MORAN, J. Educação híbrida: um conceito-chave para a educação, hoje. In: BACICH, L.; 
TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. (org.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na 
educação. Porto Alegre: Penso, 2015. E-book.
ROZA, J. C.; VEIGA, A. M. R.; ROZA, M. P. Blended learning: revisão sistemática da literatura 
em periódicos científicos internacionais (2015–2018). Educação em Revista, v. 3, 2020. 
Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/PDGg3zvjgc6LS6jKhtttQZn/?lang=pt. 
Acesso em: 11 set. 2022.
SOUZA, M. C. O poder da educação on-line: como a internet vem reformulando a edu-
cação a distância e impactando positivamente na vida de milhares de pessoas. [S. l.: 
s. n.], 2016. E-book.
VASCONCELOS, S. P. G. Educação a distância: histórico e perspectivas. In: FÓRUM DE 
ESTUDOS LINGÜÍSTICOS, 8., [2006], Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: UERJ, [2006]. 
Disponível em: http://www.filologia.org.br/viiifelin/19.htm. Acesso em: 11 set. 2022.
Leituras recomendadas
ABED. Censo EAD.BR: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil 2014. 
Curitiba: Ibpex, 2015. Disponível em: https://www.abed.org.br/site/pt/midiateca/
censo_ead/. Acesso em: 11 set. 2022.
BEHAR, P. A. et al. Objetos de aprendizagem para educação a distância. In: BEHAR, P. 
A. (orgs.). Modelos pedagógicos em educação a distância. Porto Alegre: Artmed, 2009. 
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BRASIL. Decreto nº 5.154 de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os 
arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional, e dá outras providências. Brasília: Presidência da Repú-
blica, 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/
decreto/d5154.htm. Acesso em: 11 set. 2022.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
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www.udesc.br/arquivos/cead/id_cpmenu/1715/2015_livro_praticas_cead_gra-
fica_2015_16517716664395_1715.pdf. Acesso em: 11 set. 2022.
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 12
SÃO PAULO. Conselho Estadual de Educação. Deliberação CEE nº 14/97. Fixa diretrizes 
para a educação profissional no sistema de ensino do Estado de São Paulo. São 
Paulo: CEE, 1997. Disponível em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/notas/
delcee14_97.htm. Acesso em: 11 set. 2022.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 13
Dica do professor
Das nomenclaturas que assumem o cenário da EAD, duas delas têm sido utilizadas frequentemente 
não somente para os cursos de graduação e pós-graduação, como para a educação básica, em 
especial devido ao período vivenciando pela escola durante a pandemia da covid-19. São elas: 
ensino híbrido e ensino remoto. Entretanto, há diferença na prática entre essas nomenclaturas?
Nesta Dica do Professor, você vai entender os princípios desses dois modelos de EAD.
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Exercícios
1) A EAD é uma modalidade de ensino organizada que requer do aluno uma série de 
habilidades para que o processo de aprendizagem se efetive. Sobre o conceito dessa 
modalidade de educação, marque a alternativa correta. 
A) A EAD é uma modalidade de educação em que os alunos e professores estão separados pelo 
tempo e pelo espaço, mas unidos pela aplicabilidade de tecnologias da informação e 
comunicação (TICs).
B) A EAD é uma modalidade de educação em que a figura do professor é potencialmente 
substituída pelos avanços da tecnologia, o que permite a autonomia do aluno no processo de 
aprendizagem.
C) A EAD é uma modalidade de educação em que a figura do estudante é secundária, tendo em 
vista o pouco esforço que precisa realizar para acompanhar o processo de ensino e 
aprendizagem.
D) A EAD é uma modalidade de educação em que professor e aluno são convidados a construir o 
processo de ensino e aprendizagem de uma maneira mais rápida e acessível do que na 
educação presencial.
E) A EAD é uma modalidade de educação que visa ao aumento do número de pessoas com o 
diploma de licenciatura em todos os países, independentemente do alinhamento entre a teria 
e a prática.
2) A partir dos anos de 1990, quando o acesso à internet se tornou maior em todos os países, a 
EAD ganhou mais força e popularidade. Diante disso, políticas públicas surgiram para 
promover e qualificar as práticas a distância, estabelecendo o objetivo central dessa 
modalidade.
Assinale a alternativa que descreve o principal objetivo da EAD.
A) Ofertar graduações e pós-graduações gratuitas a todos que não tiveram acesso ainda na 
idade jovem e inserir esse público no mercado de trabalho.
B) Disseminar o conhecimento por meio de um processo de ensino e aprendizagem que 
oportunize a escolarização de qualidade para o maior número de alunos.
Unicamps
Realce
Unicamps
Realce
C) Divulgar a supremacia que as TICs assumem no processo de ensino e aprendizagem, sem elas 
a educação falha.
D) Ampliar a rápida qualificação profissional de jovens e adultos, que podem em curto período 
conquistar vários certificados em EAD.
E) Promover as instituições privadas de ensino, levando em conta que a EAD é uma modalidade 
de educação privada e precisa da garantia de recursos.
3) A EAD tem conquistado seu espaço no cenário educacional, mostrando seu potencial de 
realizar práticas pedagógicas que promovem o conhecimento. Para isso, conta com uma 
série de marcos históricos que vão revelando a importância de políticas públicas em sua 
ampliação.
Sobre os marcos da EAD em contexto brasileiro, assinale a opção que apresenta um fato 
verdadeiro.
A) Em 1939, a inauguração da Universidade do Ar permitiu que milhares de alunos estudassem 
por apostilas e realizassem a correção das atividades por meio de um programa de rádio.
B) Em 1976, a TV Escola foi criada para promover, por meio da EAD, a qualificação e o 
aperfeiçoamento de vários profissionais, entre eles professores, enfermeiros e veterinários.
C) Em 1976, a inauguração do Instituto Universal Brasileiro garantiu que milhares de alunos 
fossem atendidos por correspondência, formando-se em cursos das áreas de educação e 
mecânica.
D) Em 1996, foi criada a Universidade Aberta de Brasília, fato que permitiu que todas as 
universidades federais brasileiras aderisem ao sistema de EAD em suas ofertas.
E) Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira regulmentou o contexto da EAD 
na educação brasileira, orientando e normatizando sua oferta.
Estratégias de aprendizagem inovadoras demandam diversidade de espaços e de recursos 
responsivos, ou seja, com leitura em vários dispositivos (tablet, computador, celular).
A professora Pâmela planeja suas aulas e sua prática pedagógica centradas na perspectiva 
do modelo de aprendizagem onipresente, isto é, utiliza o avanço tecnológico para engajar os 
alunos. Assim, ela utiliza recursos que não precisam de tutoria, destacando a autonomia do 
aluno.
4) 
Unicamps
Realce
Levando em conta essas características pedagógicas,é correto afirmar que essa abordagem 
EAD está inserida no contexto de:
A) m-learning.
B) u-learning.
C) e-learning.
D) b-learning.
E) ensino híbrido.
5) Leis, portarias e decretos brasileiros garantem e organizam a perspectiva da EAD no país, 
promovendo grande avanço nessa modalidade de ensino. Diante dessa legislação, assinale a 
alternativa que apresenta um objetivo previsto em lei para a consolidação da EAD.
A) Direcionar o processo de avaliação das instituições públicas e privadas em âmbito EAD para o 
caráter de diagnóstico.
B) Determinar a metodologia e a abordagem digital que os professores da EAD devem seguir.
C) Apresentar as diretrizes e normas nacionais para a oferta de programas e cursos de educação 
superior na modalidade a distância.
D) Ampliar as diretrizes e normas nacionais para a oferta de programas que viabilizem o ensino 
fundamental na modalidade a distância.
E) Determinar os recursos e projetos digitais e virtuais que poderão fazer parte da metodologia 
da EAD.
Unicamps
Realce
Unicamps
Realce
Na prática
No contexto EAD, cada nova abordagem que surge, de acordo com as necessidades e os avanços 
do mundo, requer estudo e dedicação dos professores EAD para a garantia da qualidade e 
promoção da aprendizagem. Os alunos público-alvo da educação especial também exigem 
qualificação e preparo do professor para que seu conteúdo chegue de forma efetiva em sua vida, 
cumprindo os princípios da inclusão e equidade.
Confira, Na Prática, uma reflexão sobre como promover a inclusão do aprendizado para alunos com 
deficiência diante do modelo e-learning.
 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O uso do e-learning como ferramenta de ensino e aprendizagem
O e-learning é uma poderosa ferramenta educacional, desde que processos fundamentais sejam 
realizados, como a melhoria contínua dos sistemas utilizados e o treinamento das pessoas. Saiba 
mais sobre o e-learning na educação fazendo a leitura deste artigo.
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Estilos de aprendizagem em EAD: construção e evidências de 
validade de instrumento
Este artigo aborda os estilos de aprendizagem no contexto da EAD voltada à educação superior. Os 
estilos de aprendizagem são variáveis essenciais para o sucesso da EAD, pois referem-se às 
características dos estudantes e às estratégias que aplicam ao realizarem cursos nessa modalidade.
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As políticas brasileiras para a educação superior a distância: 
desafios da expansão
A legislação brasileira referente à EAD foi regulamentada na década de 1990, portanto, é recente. 
Este artigo discute o processo pelo qual as políticas voltadas à EAD vem passando em prol da 
qualidade da educação, sobretudo por conta do aumento significativo da procura por cursos nessa 
modalidade.
https://www.cc.faccamp.br/ojs-2.4.8-2/index.php/RTA/article/view/1390/687
 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812018000100009 
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EAD com Terry Anderson e Neuza Pedro
Promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, de Portugal, este vídeo reúne Neuza 
Pedro (professora na Universidade de Lisboa e pesquisadora na área de EAD) e Terry Anderson 
(pesquisador e professor na Universidade de Athabasca, Canadá) para um debate acerca da 
inserção súbita (e improvisada) da EAD no ensino durante a pandemia da covid-19.
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Competências em EAD
A EAD alterou não apenas o espaço físico ou a forma de enviar e receber conteúdos, mas a 
exigência de todos os sujeitos envolvidos uma nova forma de pensar e fazer a educação. Nesse 
sentido, surgiu a figura do tutor, que é um professor auxiliar, um mediador. Saiba mais sobre o tutor 
e seus papéis na EAD lendo o Capítulo 7 desta obra, Competências dos atores da educação a 
distância: professor, tutor e aluno.
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http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-72382019000100193 
https://www.youtube.com/embed/fk5PNBrNKrs
Os profissionais e fornecedores da EAD
Apresentação
Uma grande mudança vem ocorrendo na área da educação, e não é de hoje que isso acontece. O 
ensino está em constante atualização, muitas vezes, por questões de modelo de ensino, outras, por 
necessidade ou, ainda, por urgência do momento. Uma coisa é certa: essas mudanças são 
necessárias e essenciais para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
O modelo tradicional, se não fracassou, está necessitado de avanços. Com tantos avanços 
tecnológicos, inclusive na área da educação, é preciso perceber que as ferramentas digitais, os 
avanços e a evolução da educação a distância (EAD) se mostram mais instigantes, atrativos e 
efetivos do que o modelo presencial tradicional.
A geração de estudantes nativos digitais, nascidos neste período de grandes avanços tecnológicos, 
se mostra apta a acompanhar essa evolução na educação. Com a informação em tempo real, “na 
palma da mão”, o ensino tradicional, considerado maçante por muitos discentes, vem caindo em 
desuso com a falta de interesse por parte dos alunos. Isso torna imprescindível a adaptação e a 
apropriação de novas habilidades e competências por parte dos profissionais de educação, sob o 
risco de ficarem para trás nessa grande revolução e evolução do ensino.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai identificar as profissões que atuam e podem atuar nas 
equipes multidisciplinares da EAD. Também serão descritas as diferenças entre as características 
dos profissionais do ensino presencial e dos profissionais de EAD. Por fim, você vai conhecer as 
habilidades e competências que deverão ser desenvolvidas e o que se espera do profissional de 
EAD neste momento de transição e de avanços na educação.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as profissões que atuam em uma equipe de EAD.•
Comparar as atividades dos profissionais da modalidade presencial e da EAD.•
Apontar os principais fornecedores do mercado EAD.•
Desafio
Os profissionais da EAD devem apresentar habilidades e competências específicas para uma eficaz 
atuação no ensino a distância. Ao se apropriar desses conhecimentos, o profissional se habilita a 
atuar dentro de um contexto de revolução e evolução digitais que vêm ocorrendo em ritmo 
acelerado nos últimos anos.
Esse profissional estará apto a atuar, inovar e desenvolver soluções para a instituição de educação 
em que venha a atuar, aprimorando os métodos de ensino e agregando novas metodologias de 
ensino mais eficazes e atuais.
Analise a situação a seguir:
Considerando esse cenário, responda:
a) De forma geral, que conhecimentos e habilidades a equipe deve ter para ajudar nas melhorias do 
material?
b) Qual contribuição cada um dos profissionais da equipe poderia oferecer para promover a 
melhoria dos processos de ensino e aprendizagem e de avaliação realizados por meio do ambiente 
virtual? Lembre-se de que a equipe de EAD é formada por diversos outros profissionais. Não se 
prive de citá-los, caso necessário.
Infográfico
Os profissionais de uma equipe multidisciplinar que atuam na EAD precisam desenvolver 
habilidades e competências específicas para sua atuação nessa área.
Neste Infográfico, você vai conhecer quem são os fornecedores especializados em EAD e qual é a 
função de cada um na equipe do projeto de EAD. 
 
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/48f2685c-cb19-4ed1-a98b-c2641aa52f82/77e906a9-de35-4a5a-b12c-f8f089f5d694.jpg
Conteúdodo livro
Na experiência de realizar um curso a distância, muitas vezes não imaginamos a quantidade de 
profissionais, com suas respectivas competências, que se faz necessária para que a atividade-fim 
seja realizada. Uma complexa equipe com diferentes saberes trabalha antecipadamente para 
garantir uma melhor experiência para o aluno. Da mesma maneira, em muitas etapas da construção 
dos materiais instrucionais, várias são as organizações que prestam suporte, seja com a 
disponibilização do ambiente virtual de aprendizagem e da biblioteca virtual ou, até mesmo, com o 
armazenamento em servidores na nuvem, que possibilitam o acesso a qualquer momento pelos 
alunos.
No capítulo Os profissionais e fornecedores da EAD, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, 
você vai estudar esses e outros aspectos referentes às pessoas físicas e jurídicas que possibilitam 
que a educação a distância atenda aos projetos pedagógicos idealizados pelas instituições de 
ensino.
Boa leitura.
INTRODUÇÃO 
À EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA – EAD
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Identificar as profissões que atuam numa equipe de EAD.
 > Comparar as atividades dos profissionais da modalidade presencial e 
da EAD.
 > Apontar os principais fornecedores do mercado EAD.
Introdução
A educação a distância (EAD) apresenta particularidades ímpares se comparada 
à educação presencial. Nos seus primórdios, percebia-se claramente carên-
cias na equipe de apoio ao desenvolvimento desta modalidade de ensino e 
aprendizagem, bem como no perfil de professores. Porém, gradativamente as 
paredes que separavam a educação presencial da EAD foram demolidas, até 
que, com o advento da pandemia, tudo veio ao chão. Projetos pedagógicos 
que eram puramente presenciais tiveram que se adaptar para garantir a 
continuidade de seus serviços educacionais, reduzindo as impressões — às 
vezes equivocadas — sobre a modalidade virtual. Atualmente, as competên-
cias de docentes e da equipe multidisciplinar de suporte à EAD fundem-se 
com a educação presencial. Em muitas instituições de ensino superior (IES), 
os quadros funcionais são compostos pelo mesmo conjunto de pessoas. Da 
mesma forma, expandiu-se a quantidade de fornecedores de EAD. Diz-se no 
Os profissionais e 
fornecedores da EAD
Claudio Marlus Skora
meio econômico que, se há demanda, o mercado encontrará meios de ofertar 
soluções para atendê-la. Diante do conjunto de tecnologias disponíveis, é 
bom saber selecionar aquelas que poderão atender as demandas dos projetos 
pedagógicos das IES neste novo ambiente de aprendizado, em que o presencial 
e o virtual convivem quase sem distinção. 
Neste capítulo, você estudará os principais aspectos do trabalho de pro-
fissionais fornecedores no âmbito de EAD que prestam serviços para projetos 
pedagógicos a distância promovidos por instituições de ensino.
A equipe da EAD
A oferta de EAD apresenta complexidades diferentes daquelas formas tra-
dicionais de ensino, e a principal razão disso é que a preparação de quase 
todo processo deve ocorrer antecipadamente ao momento do encontro entre 
alunos e professores. Enquanto o momento da aula ocorre necessariamente 
de maneira síncrona na educação presencial, para aquela mediada por tecno-
logias de informação e comunicação (TICs) uma série de eventos anteriores 
se faz necessária. 
Para que esses momentos ocorram, uma equipe multidisciplinar de profis-
sionais deve atuar. De acordo com os Referenciais de qualidade para educação 
superior a distância trata-se de uma: 
Equipe responsável por elaborar e/ou validar o material didático. Conta com 
professores responsáveis por cada conteúdo de cada disciplina, bem como os 
demais profissionais nas áreas de educação e técnica (webdesigners, desenhistas 
gráficos, equipe de revisores, equipe de vídeo, etc.) (BRASIL, 2007, p. 19).
Apesar da diversidade de maneiras de se ofertar a EAD, em todas as 
modalidades existe uma infraestrutura humana, tecnológica e física res-
ponsável para que a experiência didática seja disponibilizada ao aluno. 
Vejamos a seguir uma lista dos profissionais essenciais para a composição 
da equipe de EAD:
 � Analista de back-office — mantém a boa apresentação e eficiência 
das informações do site e do curso on-line, atualizando a interface da 
página de acordo com o interesse dos alunos.
Os profissionais e fornecedores da EAD2
 � Coordenador de EAD — gerencia a equipe de EAD, reunindo os esforços 
para o cumprimento do planejamento da área.
 � Curador — coordena todos os fatores que promovem melhor aprendi-
zagem dentro das mais inovadoras técnicas didáticas.
 � Designer de multimídias — responsável por planejar e desenvolver 
projetos nos ambientes digitais.
 � Designer gráfico — desenvolve os projetos de comunicação e 
entretenimento.
 � Designer instrucional — responsável por planejar, coordenar e ava-
liar os processos e estratégias educacionais com o uso de novas 
tecnologias.
 � Mediadores — responsáveis pelo controle e acompanhamento de 
informações, cumprimento de cronograma e tarefas no ambiente 
virtual.
 � Professor conteudista — responsável pelos assuntos abordados e por 
uma comunicação eficaz, trazendo informações que servirão de dados 
para atender a proposta de aprendizagem.
 � Revisor de textos — com formação em linguagens, responsável por 
escrita correta, dinâmica e coerente, mantendo coesão textual.
 � Tutor — efetua a apresentação dos conteúdos e domina o ambiente 
virtual de aprendizagem. Elabora os planos de aula e tutoria, efetuando 
a mediação entre alunos e professor.
 � Videomaker — sugere roteiros, faz a orientação técnica aos professores 
e trabalha na edição dos materiais audiovisuais.
A equipe técnica e administrativa tem como fundamento de trabalho 
propiciar todo o suporte da atividade-meio, de modo a:
[...] oferecer o apoio necessário para a plena realização dos cursos ofertados, 
atuando na sede da instituição junto à equipe docente responsável pela gestão 
do curso e nos polos descentralizados de apoio presencial (BRASIL, 2007, p. 22-23). 
Os escopos de trabalho desses profissionais podem ser classificados 
como aqueles com propósitos administrativos e aqueles com atribuições 
tecnológicas, como observado no Quadro 1.
Os profissionais e fornecedores da EAD 3
Quadro 1. Dimensões do trabalho das equipes multidisciplinares
Administrativo Tecnológico
 � Acompanhamento do cumprimento 
de prazos processuais e de 
produção de materiais
 � Avaliação e certificação dos 
estudantes
 � Cuidados com as exigências 
legais em todas as instâncias 
acadêmicas
 � Funções de secretaria acadêmica
 � Registro e acompanhamento de 
procedimentos de matrícula
 � Apoio aos professores 
conteudistas na produção de 
materiais didáticos em diversas 
mídias
 � Manutenção e zeladoria de 
materiais e equipamentos 
tecnológicos
 � Responsabilidade pelo suporte e 
desenvolvimento dos sistemas de 
informática
 � Suporte técnico aos estudantes
 � Suporte técnico para laboratórios 
e bibliotecas
Fonte: Adaptado de Brasil (2007).
Entre todos os integrantes da equipe multidisciplinar Behar (2013) e Brasil 
(2007) destacam a importância dos professores e dos tutores. Behar (2013) 
descreve que o docente na EAD cumpre mais do que atividades pedagógicas, 
pois se encarrega de outros afazeres. Concordando com essa premissa, os 
Referenciais de qualidade para educação superior a distância (BRASIL, 2007) 
ressaltam que o trabalho dos docentes na EAD compreende um escopo mais 
amplo quando comparado às funções daqueles presenciais. Nas IES que 
promovem EAD, os professores devem ser capazes de: 
 � estabelecer os fundamentos teóricos do projeto; 
 � selecionar e preparar todo o conteúdo curricular articulado a proce-
dimentos e atividades pedagógicas; 
 � identificar os objetivos referentes a competências cognitivas, habili-
dades e atitudes; 
 � definir bibliografia, videografia, iconografia, audiografia, tanto básicas 
quanto complementares; 
 � elaborar o material didático para programas a distância;� realizar a gestão acadêmica do processo de ensino-aprendizagem, 
em particular motivar, orientar, acompanhar e avaliar os estudantes;
 � avaliar se continuamente como profissional participante do coletivo 
de um projeto de ensino superior a distância. 
Os profissionais e fornecedores da EAD4
O outro agente importante na equipe de EAD é o tutor, profissional com 
formação igual ou superior à graduação que atua em sua área de formação 
como suporte aos alunos para as eventuais dificuldades encontradas quando 
do uso do ambiente virtual de aprendizagem, bem como na compreensão de 
algum ponto específico da disciplina (BRASIL, 2007). Na visão de Gabarrone 
(2017), cabe a esse profissional assumir o papel de criação, orientação e apoio 
em diversos momentos da jornada do aluno, assumindo essencialmente a 
responsabilidade de mediar a aprendizado com o uso das TICs seleciona-
das pela IES no projeto de EAD implantado. Suas atribuições específicas 
variam de uma organização para outra, mas podem incluir atividades de 
feedback, correção de exercícios e provas, esclarecimento de pontos das 
disciplinas, interação em fóruns assíncronos, condução de chats síncronos, 
entre outras funções. 
Os tutores podem exercer suas atividades de maneira presencial ou a 
distância. Conforme os Referenciais de qualidade para educação superior a 
distância, o tutor a distância “atua a partir da instituição, mediando o processo 
pedagógico junto a estudantes geograficamente distantes, e referenciados 
aos polos descentralizados de apoio presencial” (BRASIL, 2007, p. 21). As 
principais atribuições correspondem a:
[...] criação de espaços de construção coletiva de conhecimento, selecionar material 
de apoio e sustentação teórica aos conteúdos e, frequentemente, faz parte de suas 
atribuições participar dos processos avaliativos de ensino-aprendizagem, junto 
com os docentes (BRASIL, 2007, p. 21). 
Por sua vez, o tutor presencial que atende os estudantes em horários 
preestabelecidos: 
[...] deve conhecer o projeto pedagógico do curso, o material didático e o conteúdo 
específico dos conteúdos sob sua responsabilidade, a fim de auxiliar os estudantes 
no desenvolvimento de suas atividades individuais e em grupo, fomentando o 
hábito da pesquisa, esclarecendo dúvidas em relação aos conteúdos específicos, 
bem como ao uso das tecnologias disponíveis (BRASIL, 2007, p. 21). 
Muitas vezes, são atribuições do tutor presencial realizar avaliações, 
ministrar aulas práticas e acompanhar procedimentos em laboratórios es-
pecíficos e nos campos de estágio. Devido a suas atribuições, devem manter 
contato extremo com os demais membros da equipe multidisciplinar de modo 
a fornecer feedback constante sobre como os alunos estão se desenvolvendo 
e opinando sobre as experiências didáticas. 
Os profissionais e fornecedores da EAD 5
De modo geral, a complexidade da EAD exige o trabalho de uma equipe 
multidisciplinar composta por diversas pessoas com competências comple-
mentares. À luz do que se detalha nos padrões de qualidade da educação à 
distância, compete a esses profissionais acompanhar todo o processo que 
corresponde à jornada do aluno em sua aprendizagem, exercendo atividades-
-meio e atividades-fim de modo a cumprir com o modelo de EAD definido no 
projeto pedagógico. 
Competências dos profissionais de EAD
Há quase uma verdadeira “guerra semântica” para definir o que é compe-
tência. Isso acontece porque o termo é objeto de estudo de várias ciências, 
como pedagogia, psicologia e outras. Dessa forma, obter uma uniformidade 
de entendimento é tarefa quase impossível. Por outro lado, esse consenso 
nem deve ser buscado. Cada ciência tem seu campo de estudo definido e, 
dessa maneira, precisa de flexibilidade para o conceito de competência de 
forma a provar suas intencionalidades de pesquisa.
Dávalos e Vásquez (2013) contribuem para as discussões semânticas 
abordando competências sobre os pontos de vista individual e profissional. 
Ao se debruçarem sobre os pensamentos e discussões do tema no âmbito 
individual, eles descrevem que: 
[...] as competências individuais são os conjuntos de características pessoais e 
conhecimento que dão às pessoas a capacidade de desempenhar funções cor-
respondente à sua ocupação de forma satisfatória. São repertórios de comporta-
mentos que algumas pessoas dominam melhor do que outras, o que torna eficaz 
em determinada situação. As competências representam, então, uma linha de 
união entre as características individuais e as qualidades necessárias para realizar 
missões profissionais precisas (DÁVALOS; VÁSQUEZ, 2013, documento on-line).
Prosseguem os autores ao discorrer sobre a interpretação de competência 
profissional Dávalos e Vásquez (2013, documento on-line): 
[...] a capacidade de aplicar, em condições operacionais e de acordo com nível 
exigido, as habilidades, conhecimentos e atitudes adquiridos pelo treinamento e 
experiência, incluindo possíveis novas situações que possam surgir.
Entre os diversos conceitos existentes para competências, opta-se pela 
definição de Fleury e Fleury (2001, p. 187), que as define como “um saber 
agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir 
Os profissionais e fornecedores da EAD6
conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à 
organização e valor social ao indivíduo”. Há a visão aqui de que um pro-
fissional competente é aquele que sabe agir em situações diversas, indo 
além do prescrito e tomando iniciativas quando necessário. O conceito 
também indica que a competência não está ligada apenas a uma relação 
de conhecimentos teóricos e empíricos que as pessoas dominam sobre um 
determinado tema.
Percebe-se, então, que não basta saber tudo sobre uma determinada coisa, 
pois ter competência sobre algo é muito maior do que isso. Para Amaral et al. 
(2008), a definição de competência deve ser compreendida em três dimensões: 
a tríade conhecimento + habilidade + atitude (CHA). Ela pode ser compreendida 
de uma forma fácil: num primeiro momento, tem-se o conhecimento, que deve 
ser entendido como a busca pelo saber. Constantemente, deve-se buscar 
aprender e reaprender, uma vez que, conforme dominamos uma competência 
ou até mesmo subimos de posição na hierarquia das organizações, deparamos 
com problemas de maior complexidade. Dessa forma, quanto mais sabemos 
mais estamos preparados para enfrentar desafios mais complexos e, como 
consequência, mais capacitados nos tornamos.
Em seguida, apresenta-se a habilidade, ou seja, saber utilizar o conheci-
mento adquirido para resolver os problemas. Vale ressaltar que a habilidade 
não é a mera aplicação do conhecimento, mas também a utilização de co-
nhecimentos diversos nunca pensados para cada situação. Isso é uma forma 
de demonstrar criatividade: encontrar novos usos para os conhecimentos 
adquiridos, criando ideias.
A competência amadurece por completo quando demonstramos atitude, 
que consiste em saber fazer acontecer. Com atitude, conseguimos apresentar 
excelentes resultados com a melhor utilização do conhecimento e da habi-
lidade. Trata-se de mobilizar de modo eficaz pessoas e recursos na direção 
desejada.
Como resultado do desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e 
atitudes, pode-se afirmar, como fazem Amaral et al. (2008, documento on-
-line), que uma pessoa competente: “passa a ser a consequência da utilização 
adequada pelo profissional de seus atributos de competência, isto é, dos 
conhecimentos, habilidades e atitudes que possui e que são compatíveis 
com a função que ele desempenha”.
É relevante adicionar também a compreensão de Ruas (2005, p. 39), 
segundo o qual o conceito de competência também assimila a ideia de 
capacidade: 
Os profissionais e fornecedores da EAD 7
Capacidades seriam conhecimentos, habilidades e atitudes desenvolvidas em 
diversas situações (como a formação superior, a experiência prática) e passíveis 
de serem mobilizadas em situações específicas no trabalho. O exercício de uma 
competênciaconsistirá na combinação e na mobilização dessas capacidades para 
cumprir uma demanda de trabalho, ou um evento.
Ruas (2005) acrescenta que é preciso contextualizar cada competência 
a ser realizada. Uma forma de ilustrar isso é observar em cada situação 
quais recursos são necessários para elaborar determinado trabalho e quais 
são as formas de realizá-lo. Ao fazer a melhor escolha possível, colocam-
-se em prática as condições necessárias para exercer tal competência. 
Aqui percebe-se mais uma vez a necessidade de saber cada vez mais: ao 
possuirmos mais conhecimentos, podemos ter um leque maior de opções 
de escolha e, desta forma, aumentamos nossa competência na solução 
de problemas.
Na EAD, há competências alusivas a um dos agentes principais do processo 
de ensino e aprendizado mediado pelas TICs: o docente. Esse profissional 
deve ter uma tríade de saberes para sua atuação: 
 � competências de conteúdo;
 � competências pedagógicas; 
 � competências tecnológicas. 
Ademais, é preciso identificar que o conjunto de competências dos do-
centes é diferente nas modalidades a distância e presencial: 
 � Corpo docente na modalidade a distância — conjunto de profissionais 
vinculados à IES com funções que envolvem o conhecimento do con-
teúdo, avaliação, estratégias didáticas, organização metodológica, 
interação e mediação pedagógica, como autor de material didático, 
coordenador de curso e professor responsável por disciplina. 
 � Corpo docente na modalidade presencial — para fins de avaliação, 
considera-se corpo docente o conjunto de professores com formação 
mínima em nível de especialização, vinculados à IES, que desenvolvam 
atividades de ensino na graduação (BRASIL, 2017).
Os profissionais e fornecedores da EAD8
Ao cotejar as responsabilidades dos docentes nas duas modalidades, 
percebe-se que, para fins de avaliação, espera-se do corpo docente 
na modalidade a distância um conjunto de saberes mais completo do que na 
modalidade presencial. Atenua-se a distinção, porém, quando se percebe que 
poucos são os docentes que atuam exclusivamente numa das modalidades e 
que, devido aos impactos da pandemia da covid-19, todos praticamente tiveram 
que migrar para o meio virtual, agregando, assim, competências por meio da 
experiência empírica forçada, subsidiada ou não por um sistema de capacitação 
das instituições de ensino. 
O construto das competências apresenta múltiplas interpretações e di-
ficilmente será encontrada uma concordância semântica entre as diversas 
acepções do termo. Também percebe-se que, devido os acontecimentos da 
recente pandemia, distinguir as competências dos docentes e da equipe 
multidisciplinar de apoio a EAD daquela presencial faz pouco sentido, uma 
vez que a pandemia reduziu os hiatos e levou — mesmo que forçosamente — 
todos à virtualização da educação. 
Fornecedores na EAD
Para que a EAD seja ofertada por uma IES, um conjunto de procedimentos 
deve ser realizado, desde a etapa de planejamento e inclusão do propósito 
no Plano de Desenvolvimento Institucional até o momento em que o aluno 
tem o seu aprendizado mediado por TICs. 
Em muitas situações, as faculdades, centros universitários e universida-
des não asseguram internamente todos os recursos necessários para atuar 
na EAD. Isso ocorre por falta de recursos financeiros ou de tempo para o 
desenvolvimento interno, ou ainda por estratégia deliberada para que o 
foco fique no gerenciamento do processo-fim e não se estenda à produção 
de soluções para as atividades-meio. Para possibilitar que o aluno tenha 
uma experiência de aprendizado completa, as IES recorrem à terceirização 
de parte dos subsistemas de apoio à oferta da EAD, por meio da contratação 
de fornecedores. 
De acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED, 
[2022a], documento on-line): “a prestação de serviço consiste na contratação 
de uma empresa especializada para realizar uma tarefa específica para a 
contratante”. Para essa associação, na EAD muitas são as organizações que 
Os profissionais e fornecedores da EAD 9
prestam apoio para as IES realizarem a oferta da educação nessa modalidade. 
Entre os processos subsidiados, encontramos: 
[...] produção de materiais didáticos em diversos formatos, como vídeos, anima-
ções, textos, etc.; digitalização de materiais; aplicação de materiais didáticos em 
plataformas digitais; gravação de aulas em vídeo, entre outros (ABED, [2022a], 
documento on-line). 
Expandindo a relação de fornecedores para a EAD, a Abed ([2022a]) apre-
senta uma lista de possibilidades de contratação de serviços e produtos 
para a atuação no setor: 
 � agência de consultoria e serviços em marketing digital;
 � agência de publicidade;
 � assessoria de imprensa;
 � consultoria pedagógica e educacional;
 � desenvolvimento de conteúdo para EAD;
 � editorial (produção de conteúdo textuais impressos ou digitais e/ou 
multimídia);
 � impressão e gráfica;
 � produção audiovisual;
 � recursos didáticos para metodologias ativas, simuladores e jogos 
educacionais;
 � tecnologia da informação (hardware).
No censo que a Abed [2022b] realiza constantemente, verificou-se a 
incidência de quais são os serviços mais frequentes cuja contratação é 
patrocinada pelas faculdades, centros universitários e universidades, e até 
mesmo por organizações não educacionais, mas que estruturaram suas 
universidades corporativas. Na Figura 1, percebe-se que soluções para 
webconferência, tais como Zoom, Teams e Meet, aparecem em primeiro 
lugar. Na segunda posição vem a contratação de bibliotecas virtuais, 
seguida, por 38% das IES pesquisadas, da contratação de plataformas 
denominadas Learning Management System (LMS), ou Ambientes Virtuais 
de Aprendizagem (AVA). 
Os profissionais e fornecedores da EAD10
Figura 1. Serviços contratados pelas instituições em 2020, por segmento, em %.
Fonte: Adaptada de Abed [2022b].
Especificamente, nomeando em ordem alfabética os principais for-
necedores de LMS no Brasil, temos: 
 � Blackboard;
 � Canvas;
 � D2L Brasil;
Os profissionais e fornecedores da EAD 11
 � Digital Pages;
 � DTCom;
 � Edools;
 � Grupo A;
 � Otimize-TI;
 � Soluções baseadas em Moodle;
 � Thinkr (GUIA..., 2018).
Ao se contratar um fornecedor, alguns cuidados precisam ser tomados. 
Pensando em seus associados, a Abed teceu algumas recomendações. A pri-
meira delas consiste na análise da necessidade da contratação. Nesse aspecto: 
[...] é importante que a organização contratante tenha um coordenador especializado 
em EAD para que o projeto da ação educativa seja desenvolvido. O coordenador 
deve conhecer as etapas de planejamento, desenvolvimento e avaliação de um 
projeto de EAD (ABED, [2022a], documento on-line).
Tal fato, que à primeira vista parece ser uma obviedade, é de real per-
tinência, uma vez que a IES contratante vai se deparar com um ambiente 
com necessidades e linguagens diferentes da educação presencial, e cujas 
competências são mais específicas. Antes de realizar contratações de for-
necedores, cabe ao coordenador realizar as seguintes indagações (ABED, 
[2022a], documento on-line):
Qual é o público da ação educativa em EAD? Quais suas características? Quais 
são os objetivos da ação educativa? Quais são os recursos humanos e financeiros 
disponíveis na instituição para a contratação? Quais etapas do projeto podem ser 
desenvolvidas pela equipe da instituição contratante e quais precisam ser terceiri-
zadas? Qual é o tempo disponível para a realização do trabalho a ser contratado? 
Quais responsáveis da instituição contratante ficarão encarregados do acompa-
nhamento do trabalho da empresa contratada e como esse acompanhamento 
será realizado? Em quantas etapas o projeto pode ser desenvolvido? (Exemplo: 
planejamento, produção, implantação, entre outros).
Compreendido o projeto de EAD a ser implantado, parte-se para a definição 
e comunicação clara do serviço desejado. Nesta etapa, a coordenação de 
implantação da EAD na IES já conhece o escopo do projeto e pode elaborar 
as premissaspara avaliar as necessidades a serem incorporaras ao projeto 
por meio das competências de terceiros. Deve-se ter o cuidado de especificar, 
Os profissionais e fornecedores da EAD12
principalmente por meio de contratos, todos os pontos essenciais, de modo 
a evitar discordâncias entre o que é esperado pelo contratante e aquilo que 
é entregue pelo fornecedor. Conforme lembra a Abed ([2022a], documento 
on-line): “Uma organização com vasta experiência em resolver diversos pro-
blemas de EAD em instituições diferentes pode oferecer soluções que não 
foram pensadas pela contratante e que podem ser mais efetivas e pertinentes”. 
Uma ação de parceria constante deve nortear as relações entre IES e 
empresas de suporte a EAD. 
Segundo a Abed ([2022a]), outra etapa a ser cumprida pelas IES quando da 
contratação de serviços de apoio a EAD é a pesquisa de mercado sobre pres-
tadoras de serviço. É preciso conhecer de antemão os padrões de qualidade 
do serviço e seu respeito aos prazos, atributos essenciais na educação, seja 
qual for a modalidade. Como medida efetiva, a associação sugere contactar 
outras IES atendidas pela empresa, bem como pesquisar se existem demandas 
judiciais contra o fornecedor, por exemplo.
A Abed ([2022a], documento on-line) também lembra que é preciso es-
tabelecer os critérios para avaliação das propostas, diante de aspectos 
administrativos, técnicos e financeiros, como detalhado a seguir: 
Do ponto de vista administrativo, por exemplo, para que uma empresa seja 
selecionada, ela deve apresentar documentação previamente determinada. A 
orientação para a definição dos documentos necessários deve ser fornecida pelo 
setor financeiro e administrativo da contratante (exemplo: registro, comprovação 
de pagamento de impostos, entre outros). Do ponto de vista técnico, é neces-
sário definir os critérios usados para avaliar as propostas, como adequação ao 
público, originalidade, tempo para realização, entre outros. Do ponto de vista 
financeiro, os critérios também devem ser divulgados. Por exemplo, o critério 
para seleção pode ser o menor preço ou o valor disponível pela contratante para 
a realização do projeto. Também pode ser a relação entre a melhor proposta 
técnica e o menor preço. 
Por meio de critérios objetivos, a IES poderá aferir as propostas e iden-
tificar aquelas que realizarão a melhor entrega de valor para os propósitos 
de EAD delineados pela organização. 
Outra medida salutar no processo de escolha e entrega de serviços 
dos fornecedores é o acompanhamento do processo de produção. A in-
tencionalidade dessa ação reside em evitar atrasos no cumprimento de 
cronogramas de execução e produção realizados às pressas, comprome-
tendo a qualidade. 
Os profissionais e fornecedores da EAD 13
É preponderante também que todas as etapas do processo tenham 
algum tipo de inferência do Núcleo de Educação a Distância, como 
prescreve a Abed ([2022a], documento on-line), ao detalhar que: 
[...] se a prestação de serviço é a produção de um programa de vídeo, é importante 
prever a análise e avaliação do roteiro antes da gravação. Quando o material ainda 
está no roteiro, é possível corrigir aspectos de conteúdo ou pedagógicos que seriam 
de difícil correção depois da gravação. 
Tal cuidado evita retrabalhos que incidiriam em majoração de custos. 
Por fim, uma última medida é ressaltada pela Abed ([2022a]) ao considerar 
as preocupações quanto à contratação de empresas terceirizadas para a 
realização de atividades educacionais a distância: a avaliação das etapas de 
trabalho e do projeto. As métricas de avaliação devem ser construídas em 
comum acordo entre contratante e contratada, de modo a perceber o mais 
rápido possível se algum ponto está ocorrendo fora do previsto. Segundo a 
Abed ([2022a], documento on-line): 
A avaliação nas etapas permite negociações e mudanças de rumo, quando for o 
caso. Evita acumular distorções nas interpretações e garante seguir uma trilha 
mais segura na direção do desenvolvimento dos produtos. A contratante e a con-
tratada devem buscar uma parceria em que cada um colabore da melhor maneira 
possível no processo.
A preocupação aqui é garantir aos gestores que o investimento realizado 
traga o retorno esperado e, ao mesmo tempo, garantir prontidão para o ajuste 
de rumos caso se perceba que o serviço estregue não atende às expectativas. 
É muito importante conhecer também os detalhes dos contratos firmados 
para decidir quanto à pertinência e ao ensejo de trocar de fornecedor, caso 
esta seja a melhor alternativa para as instituições que ofertam a EAD.
Muitas IES ou universidades corporativas efetivam a oferta de seus ser-
viços educacionais por meio de parcerias que colaboram com os projetos 
disponibilizando plataformas de webconferência, bibliotecas e ambientes 
virtuais de aprendizagem, entre tantas outras soluções disponíveis. Para evitar 
dissabores na contratação de terceiros, uma série de recomendações deve 
ser seguida, de modo a garantir que os investimentos realizados entreguem 
a qualidade esperada. 
Os profissionais e fornecedores da EAD14
Referências 
ABED. Censo EAD.BR 2020: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil. 
Curitiba: InterSaberes, [2022b].
ABED. Orientações para escolha de fornecedores de soluções para a educação a dis-
tância: projeto de EAD: algumas dicas para contratação de fornecedores de serviços 
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universo_ead/orientacoes_fornecedores/. Acesso em 08/09/2022.
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inteligência competitiva. Ciência da Informação, v. 37, n. 2, 2008. Disponível em: https://
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BRASIL. Ministério da Educação. Instrumento de avaliação de cursos de graduação 
presencial e a distância. Brasília: MEC, 2017.
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distância. Brasília: MEC, 2007.
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GABARRONE, M. R. Cocriação didática: o processo colaborativo de produção de material 
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— Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2017.
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nosuperior.com.br/guia-fornecedores. Acesso em: 23 set. 2022.
RUAS, R. et al. Os novos horizontes da gestão: aprendizagem organizacional e compe-
tências. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Os profissionais e fornecedores da EAD 15
Dica do professor
As habilidades inerentes aos profissionais e fornecedores da educação estão em transição. Uma 
mudança vem ocorrendo nos últimos anos em função do avanço da EAD. Isso exige que os 
profissionais e fornecedores se adaptem aos novos moldes desse ramo, para que sejam absorvidos 
pelas instituições e, também, em suas equipes de trabalho.
A atuação dos fornecedores é de suma importância para o bom andamentodo processo de 
implementação e desenvolvimento da EAD. O problema é que existem profissionais e fornecedores 
de excelência que ainda não “viraram a chave” para a EAD. Mesmo com a importante evolução das 
ferramentas de melhoria, aprimoramento e desenvolvimento de competências e habilidades, alguns 
profissionais ainda estão voltados ao ensino presencial e às demais modalidades tradicionais.
Para entrar nesse caminho que a educação abre com a evolução das tecnologias, faz-se necessário 
conhecer alguns tópicos que são relevantes na área. Esses tópicos devem ser de conhecimento dos 
profissionais que não apenas desejam, mas que devem se inserir nesse novo rumo da educação, 
sendo seu entendimento necessário para o bom desenvolvimento das atividades profissionais na 
EAD e o reconhecimento de bons fornecedores desse ramo.
Nesta Dica do Professor, você vai ver alguns conceitos relevantes para o desenvolvimento com 
êxito das atividades pertinentes aos profissionais e fornecedores de EAD.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1ac6bdcd21cf2e7338396c78d9e0f7e9
Exercícios
1) Atualmente, ocorre a revolução do ensino — e por que não dizer uma evolução? A forma de 
aprender e ensinar está mudando cada vez mais rápido, as ferramentas digitais avançam em 
um constante aprimoramento, e os processos educacionais se reinventam a todo instante. 
Mas a questão que mais chama a atenção é que a velocidade com que as pessoas se 
adaptam às tecnologias é tão rápida quanto a velocidade em que essas tecnologias evoluem.
Assim, cabe um questionamento: se é possível adaptar-se de uma forma tão prática e rápida 
a esses avanços tecnológicos, por que o processo de ensino e aprendizagem não avança 
concomitantemente? Assinale a resposta correta:
A) Os avanços tecnológicos não se adequam às aplicações que são direcionadas à área da 
educação. Isso faz com que se tenha uma lacuna em relação aos avanços da tecnologia e à 
evolução das tecnologias de comunicação e informação que acontecem continuamente.
B) Os avanços na educação são independentes dos avanços tecnológicos e digitais. Há um 
distanciamento entre a utilização e o aprimoramento dos recursos digitais na aprendizagem e 
no seu uso na área de tecnologia da informação, o que justifica esse distanciamento.
C) Os avanços na educação ocorrem rapidamente. Os avanços tecnológicos, as habilidades e as 
competências são importantes. O impeditivo é que os profissionais ainda não se apropriaram 
das habilidades inerentes ao ensino, resultando em alunos desestimulados.
D) Os avanços na educação ocorrem em seu próprio tempo. Alunos têm dificuldades de 
aprendizagem. Ressalta-se a falta de acesso ao ensino presencial de qualidade, não 
permitindo a convivência e a construção de relações que contribuiriam para o crescimento 
pessoal.
E) Os avanços das tecnologias e ferramentas digitais de ensino ocorrem de forma concomitante, 
porém a velocidade com que isso acontece em comparação com a área de ensino é o 
diferencial. A evolução das tecnologias é mais lenta do que a evolução da aprendizagem.
Muitos institutos de ensino superior absorveram profissionais de educação da modalidade 
presencial para as equipes multidisciplinares na EAD. Alguns desses profissionais 
apresentam grande resistência às mudanças que vêm ocorrendo no que diz respeito às 
tecnologias educacionais e às teorias que se desenvolvem a partir desses avanços. As 
habilidades e competências desses profissionais são voltadas para o ensino presencial, e eles 
sempre atuaram dessa forma. Tentar absorver um profissional que ainda não se apropriou 
dos saberes necessários para atuar nessa nova modalidade é muito complexo.
2) 
Unicamps
Realce
Com base nos estudos realizados, quais habilidades e competências são de suma 
importância para que um profissional tenha êxito na modalidade de EAD? Assinale a 
alternativa correta:
A) É importante que o profissional voltado à EAD desenvolva habilidades na área da 
comunicação e informação, já que tais competências não fazem parte de sua formação. Isso é 
possível de se realizar facilmente, uma vez que tais mudanças não ocorrem com grande 
velocidade.
B) O profissional deverá se capacitar no desenvolvimento de materiais educacionais para a 
utilização em suas aulas, bem como produzir vídeos e animações que serão utilizadas em suas 
atividades.
C) O profissional deverá desenvolver aptidões relativas à comunicação, pois a nova modalidade 
de ensino exige que o profissional se expresse como exímio palestrante, organizando ideias e 
sendo bem-sucedido em repassá-las aos discentes.
D) O profissional deve desenvolver habilidades e competências para o uso de tecnologias, a 
realização e a criação de planejamentos na nova realidade da EAD, capacitando-se e se 
preparando para inovar e criar práticas atrativas que permitam a aprendizagem significativa.
E) O profissional da EAD deverá desenvolver a habilidade de oratória, de forma que, ao se 
pronunciar quando estiver atuando, se faça ouvir, e quando estiver palestrando, se faça 
entender. Ele deve estar preparado para o mercado, mas não há pressa para desenvolver tais 
competências e habilidades.
3) Muitos profissionais de educação não estão preparados para atuar em EAD. Mesmo assim, 
muitos deles estão sendo absorvidos em equipes multidisciplinares, ainda que não detenham 
o conhecimento necessário para atuar na modalidade EAD.
O que motiva as instituições de ensino a contratarem ou absorverem esse profissional em 
seu quadro multidisciplinar de trabalho na modalidade EAD? Assinale a alternativa correta:
A) O tempo de serviço do profissional e o carisma dele durante a execução do trabalho são 
fatores preponderantes para a manutenção nos quadros da empresa.
B) A simpatia e a desenvoltura do profissional no trato com os alunos são características 
preponderantes e suficientes para a sua atuação na equipe multidisciplinar.
A capacidade de se reinventar em uma nova realidade de ensino EAD, agregando habilidades 
e competências que permitirão o planejamento, a produção e a execução de atividades 
C) 
Unicamps
Realce
Unicamps
Realce
dentro da instituição de ensino EAD, são fatores suficientes para a sua atuação na equipe 
multidisciplinar.
D) O fato de o profissional participar de cursos que lhe renderão as habilidades e competências 
necessárias para o trabalho, bem como o fato de o professor de ensino presencial ter a prática 
que talvez o profissional de EAD não tenha.
E) A possibilidade de trazer a atuação da modalidade presencial para a modalidade EAD é um 
fator suficiente para a sua atuação na equipe multidisciplinar, uma vez que não há diferença 
entre as habilidades e competências dos dois tipos de profissionais.
4) A equipe multidisciplinar formada para atuar na implementação da EAD em uma instituição 
é constituída por diferentes profissionais das mais diversas áreas. Entre elas, é possível 
destacar profissionais de comunicação e informação. 
Com base nos seus estudos, quais outros profissionais são de suma importância para o bom 
andamento da implementação da EAD em uma instituição?
A) Profissionais de tecnologia da informação, engenheiro de software e pedagogo, devido à 
importância de suas habilidades.
B) Psicólogo, profissional de marketing e programador, devido à importância de suas habilidades.
C) Projetista, analista de sistemas e designer instrucional, devido à importância de suas 
habilidades.
D) Gestor organizacional, administrador e estatístico, devido à importância de suas habilidades.
E) Todos os profissionais são importantes, pois têm características específicas para cada etapa 
do projeto. 
5) Com o intuito de se adaptar às necessidades do aluno e às mudanças tecnológicas 
vivenciadas em tempo real, percebe-se que haverá a necessidade de profissionais com perfis 
específicos para cada segmento de atuação da equipe que trabalha na implementação

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