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As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira Apresentação Já parou para pensar no que tem por trás de cada nomenclatura? A educação a distância é conhecida por sua sigla EAD no Brasil. Mas e em outras partes do mundo? Como é aplicada e quais são as diferenças? É fato que no Brasil a escalabilidade é uma característica marcante e a nossa extensão territorial também proporciona uma interessante reflexão do que a EAD pode fazer para o desenvolvimento educacional pela sua flexibilidade e autonomia dos estudantes. Entender a história e a legislação da EAD no Brasil vai lhe proporcionar uma visão sistêmica dessa modalidade e entender as exigências e estruturas necessárias das instituições de ensino tanto para o ensino médio como para o ensino superior. A EAD une a praticidade de estudar no tempo e espaço que o aluno puder, personaliza o movimento da aprendizagem e promove a inclusão dos estudos. É preciso fazer EAD e entender como aplicar as metodologias e os objetos de aprendizagem ideais para que seja aplicado um ensino de qualidade. A EAD não é um repositório, ao contrário do que muitos praticam. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as nomenclaturas da EAD no mundo, além de estudar a legislação brasileira, que estabelece os princípios dessa modalidade de educação. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conceituar EAD.• Comparar as diferentes nomenclaturas do ensino on-line no Brasil e exterior.• Identificar as legislações brasileiras que mudaram a história da EAD.• Desafio É fato que está cada vez mais desafiador ser professor para os nativos digitais, porque estão à frente do tempo com relação às tecnologias. Segundo Presnky (2001), as conexões neurais desses estudantes são diferente dos imigrantes digitais, ou seja, de quem nasceu antes dessa geração. Talvez isso explique um pouco esse desafio. Contudo, o fato é que os professores precisam se envolver com as tecnologias e, principalmente, saber usar e planejar aulas para garantir que o objetivo de aprendizagem seja cumprido. De acordo com essas ideias, reflita sobre a seguinte situação. Sendo assim, que tipo de planejamento você pode realizar para ter sucesso nessa atividade? A sugestão é que a proposta esteja de acordo com sua área de formação ou temática de interesse. Infográfico Os marcos históricos da EAD no Brasil mostram que o advento da criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) aumentou a popularização dessa modalidade, potencializando a conclusão do ensino superior e dos cursos de pós-graduação. Foi sem dúvida um momento primordial em contexto nacional, qualificando cada vez mais o processo de ensino e aprendizagem, desde a educação básica. Afinal, professores qualificados revelam alunos engajados com a construção do conhecimento. Neste Infográfico, você vai ver pontos relevantes sobre a contextualização da UAB na propagação da EAD. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/5e9bbc17-1775-4b47-8978-b04f3d585367/4b9112df-1afa-4b88-aa9b-9c53a7583eaf.jpg Conteúdo do livro Os processos educacionais no século XXI estão em plena transformação, especialmente devido às novas demandas tecnológicas e virtuais, que exercem grande influência na dinâmica do processo de ensino e aprendizagem. Nesse âmbito, a EAD é uma das modalidades de educação que mais cresce em cenário tanto nacional quanto internacional. É por meio da EAD que diferentes contextos virtuais vêm sendo assumidos para qualificar a aprendizagem dos alunos. Esses contextos diversos assumem ideias e conceitos que caminham por nomenclaturas e legislações. No capítulo As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as principais nomenclaturas e modelos da EAD, bem como seus objetivos e suas viabilidades. Além disso, vai conhecer as leis nacionais que organizam e orientam essa modalidade de educação para que você entenda o percurso de conquistas da EAD. Boa leitura. INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – EAD OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Conceituar EAD. > Comparar as diferentes nomenclaturas do ensino on-line no Brasil e exterior. > Identificar as legislações brasileiras que mudaram a história da EAD. Introdução No século XXI, caracterizado como a era da informação, o rápido acesso ao mundo digital permite que a sociedade viva intensamente essa perspectiva, sobretudo por meio do advento da internet. Nesse contexto, a educação a distância (EAD) está mais presente no cotidiano das pessoas do que se pode imaginar, caracterizando-se por ser uma modalidade em que alunos e professores estão separados fisicamente, mas unidos pelo objetivo de construir conhecimento, independentemente do espaço e do tempo. Imagine as várias vantagens que essa modalidade de educação pode oferecer: estudar de acordo com sua disponibilidade, seu tempo e sua organização, de onde você estiver; estudar no conforto do seu lar, de pijama, nos intervalos do trabalho As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira Tamires Pereira Duarte Goulart ou ainda diante da bela paisagem de uma praia. Isso tudo se torna possível dentro do contexto EAD. Neste capítulo, você entenderá o percurso histórico da EAD e como essa moda- lidade foi se tornando no cenário mundial e brasileiro uma ferramenta importante para oportunizar a continuação dos estudos de milhões de pessoas. Conceito e história da EAD A história da EAD começou muito antes dos aparelhos celulares, da inter- net, dos smartphones, tablets ou computadores. Seu legado foi inspirado na comunicação a distância, quando as principais informações ainda eram trocadas entre as pessoas por meio de cartas. Aqui no Brasil, datam de 1904 os primeiros registros da EAD, quando em jornais eram ofertados de forma classificada cursos de datilografia por correspondência. Assim, esse modelo didático teve um início voltado à ideia de profissionalização. Em torno de 1920, as emissoras de rádio assumiram um importante papel dentro da perspectiva de transmissão de conhecimento a distância. Entre 1960 e 1970, mediante o Código Brasileiro de Telecomunicações, foram criados programas em redes privadas de transmissão voltados à educação, como a TV Cultura e a TV Escola (ALVES, 2011). Mais recentemente, na tentativa de oportunizar a conclusão dos estudos para adultos que não tiveram acesso à escolarização na idade certa, o programa Telecurso 2000 foi um movimento importante tanto para o mercado de trabalho quanto para o avanço em termos a distância. No entanto, foi a partir do surgimento da internet nos anos 1990 e seu avanço no início do novo milênio que a EAD teve um salto em suas possibi- lidades de oferta e aceitabilidade do público, tendo como principal objetivo a disseminação do conhecimento por meio de um processo de ensino e aprendizagem que oportuniza a escolarização para o maior número de alunos. O acesso às telas smart, aos laptops e a uma maior velocidade de conexão com as informações só tem aumentado, sendo que o estudante de EAD é tanto consumidor quanto produtor de informações, e esse mecanismo aponta para uma crescente ainda maior nos próximos anos. Souza (2016) enfatiza que a internet massifica cada vez mais o ensino, fazendo com que pessoas ao redor do mundo possam adquirir conhecimento sem frequentar grandes universidades. As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 2 A Figura 1 apresenta uma linha temporal com os marcos históricos mais significativos em âmbito mundial. Figura 1. Linha do tempo da história da EAD em contexto mundial. Fonte: Adaptada de Vasconcelos ([2006]) e Alves (2011). As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 3 Por sua vez, a Figura 2 apresenta uma linha temporalsimilar, mas dessa vez destacando os marcos históricos da evolução da EAD em âmbito nacional. Figura 2. Linha do tempo da história da EAD em contexto nacional. Fonte: Adaptada de Vasconcelos ([2006]) e Alves (2011). As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 4 Observe que o advento da criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em 2005 foi um passo importante para as políticas públicas brasileiras, dando maior oportunidade para que o ensino público, gratuito e de qualidade chegue ao maior número de brasileiros que desejam concluir seus estudos em nível de graduação. Esse foi sem dúvida um marco para o ensino, em especial para o aperfeiçoamento profissional dos professores e, consequentemente, para qualificação e melhoria do ensino básico ofertado nas escolas públicas municipais e estaduais. De modo geral, a EAD vem marcando esse espaço de estudos e qualificação profissional, tornando-se uma modalidade procurada por milhões de pessoas. Na próxima seção, você vai entender as diferentes formas assumidas pelo contexto de ensino on-line. Nomenclaturas do ensino on-line no Brasil e exterior Não há dúvidas em relação à importância que a EAD assume perante à dis- seminação do conhecimento, proporcionando a muitos a continuidade dos estudos, o que de forma presencial não poderiam fazê-lo. É importante entender que, sob a perspectiva da EAD, dois momentos no processo de ensino e aprendizagem são utilizados: os momentos síncronos e os momentos assíncronos. Os momentos síncronos são aqueles em que o professor realiza uma aula ao vivo com os alunos, e mesmo em espaços diferentes todos se conectam ao mesmo tempo. Os momentos assíncronos, por sua vez, são caracterizados pelas aulas gravadas pelo professor, disponíveis aos alunos para que possam assistir quando puderem e quantas vezes forem necessárias. O desenvolvimento das tecnologia da informação e comunicação (TIC) e o amplo acesso em relação à internet facilitaram em grande escala a interação e a ampliação educativa na EAD. Para envolver o aluno nessa dinâmica de estudos a distância, algumas habilidades precisam ser dimensionadas pelo próprio aluno, tais como: � motivação; � autonomia; � disciplina; As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 5 � compromisso; � gerenciamento de tempo e espaço; � domínio de recursos digitais; � atenção; � organização. Outras habilidades, no entanto, precisam ser pensadas e planejadas pelo outro lado, ou seja, pela universidade ou empresa que oferta o curso a distância. Uma dessas habilidades é a capacidade de organização do material ofertado e a preparação de conteúdos atrativos e que promovam a apren- dizagem do aluno, levando em conta seu poder explicativo, tendo em vista que, muitas vezes, esse estará estudando sozinho. Para facilitar essa ideia, a EAD conta com os ambientes virtuais que acabam se tornando a sala de aula de cada estudante — uma sala de aula virtual, que organiza e disponibiliza estratégias de aprendizado levando em conta várias medidas. Na sequência, você vai conhecer algumas abordagens que possibilitam esse processo. A partir da perspectiva de EAD, que surgiu há muitos anos, a educação on-line, que é a modalidade de educação realizada pela internet, contando com a interação entre professor–aluno pelas formas síncronas ou assíncronas, cresceu em todas as áreas didáticas. De acordo com Almeida (2003), essas formas garantem três modelos comunicativos: comunicação de um a um, de um para muitos e de muitas pessoas para muitas pessoas. A seguir, examinaremos as principais dentre as muitas alternativas que foram surgindo e ganhando força no cenário educacional com o objetivo de cumprir demandas específicas de setores e áreas do conhecimento. � E-learning: é uma modalidade que se desenvolveu com suporte da internet a partir de necessidades de empresas relacionadas com o treinamento de seus funcionários, cujas práticas estão centradas na seleção, organização e disponibilização de recursos didáticos hiper- mediáticos. A ideia de um estudo voltado para o e-learning busca principalmente apoio nos computadores. Segundo Almeida (2003), muitos dos estudantes dessa modalidade alegam baixa capacidade de interação e troca de experiências. � B-learning (blended learning, ou aprendizagem mesclada/híbrida): derivado da modalidade e-learning, traz a inovação do ensino híbrido. De acordo com Roza, Veiga e Roza (2020), o conceito de b-learning As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 6 pode ser entendido como uma possibilidade de combinação entre o ensino presencial e o ensino on-line. É por meio das TICs que essa ideia vem sendo ampliada. Por sua vez, Moran (2015) entende que a educação sempre foi mesclada, ao combinar vários tempos, atividades, metodologias e diferentes públicos. O ensino híbrido, segundo Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015), segue uma tendência de mudança que ocorreu em praticamente todos os serviços e processos de produção de bens que incorporaram os recursos das tecnologias digitais. Dessa forma, é uma modalidade de ensino que une o que há de maior potencial na educação presencial com o que há mais de mais significativo na EAD. � U-learning (ubiquitous learning, ou aprendizagem onipresente): adap- tando-se às necessidades modernas e aliando os avanços tecnológico e digital, em especial a evolução das telas (tablets, smartphones, etc.), surge o formato u-learning, para facilitar ainda mais o processo de EAD. Assim, a aprendizagem onipresente, tradução da ideia dessa aborda- gem, entende ser possível o maior engajamento de alunos, por meio, por exemplo, de um aparelho de celular, prevendo uma aprendizagem autônoma, independente de um tutor de ensino. � M-learning (mobile learning, ou aprendizagem móvel): na busca por potencializar a EAD por meio de dispositivos móveis, esta é uma aborda- gem que procura utilizar esses dispositivos a favor da aprendizagem, a fim de promover o conhecimento. A ideia de produção e transmissão de conteúdo está relacionada a essa modalidade, permitindo que o aluno seja mais do mero consumidor de informações, tornando-se também um produtor do conhecimento. O formato da exposição dos conteúdos aqui também ganha novas dimensões: mapas mentais, esquemas, tópicos, infográficos, realidades aumentadas, podcasts, vídeos 360°, bibliotecas virtuais, entre outros, a fim de facilitar o entendimento do aluno e apresentando praticidade para o ensino-aprendizagem. Vale destacar que em todas as quatro perspectivas recém examinadas, o aluno ganha um novo olhar ativo e protagonista, engajando-se e envolvendo- -se em suas aprendizagens e conseguindo atribuir sentido e significado para a construção do conhecimento. As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 7 Também vale mencionar que entre as alternativas da EAD há o chamado ensino remoto, uma modalidade que segue os padrões da EAD, em que alunos e professores estão separados temporal e espacialmente, mas que tem o caráter e a finalidade emergenciais, sendo utilizada em situações excepcionais, em que o ensino presencial torna-se inviável, como no caso de pandemias, isolamentos sociais e catástrofes. A Figura 3 traz um esquema contemplando as considerações tecidas nesta seção. Figura 3. EAD e ramificações das possibilidades de ensino on-line. Toda essa nomenclatura pode variar, mas a essência das propostas são a mesma: ampliar as ofertas de EAD, aliando-se às melhores formas e metodo- logias para isso. Os Estados Unidos, por exemplo, têm apostado na educação híbrida, também entendida como ensino híbrido, semipresencial, semivirtual, aprendizagem combinada, entre outras denominações, para qualificar sua educação básica. Dessa forma, desde o início de sua vida escolar os estudantes já estão em contato com essa nova forma de fazer educação. No Brasil, a aposta mais recente, suscitada pelo períodopandêmico, em que a escola precisou cumprir o isolamento social, foi o ensino remoto. Nessa perspectiva, os alunos da educação básica tiveram por dois anos aulas totalmente on-line, com momentos síncronos em plataformas como Google Meet, Zoom, Microsoft Teams, etc. Atualmente, com o retorno das aulas pre- senciais e o término do isolamento social, tende-se à uma prática híbrida, no As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 8 entendimento de que o professor precisa resgatar o que há de maior potencial nas aulas presenciais e o que teve de maior produtividade no ensino remoto, combinando esses dois momentos no seu planejamento para desenvolver um aluno criativo, dinâmico e protagonista. O ensino superior a distância, nesse mesmo sentido, vem apostando no ensino híbrido, proporcionando momentos presenciais aos graduandos nos polos das universidades; no entanto, também há opções de graduações totalmente a distância. Esse cenário de alternativas tornou-se possível por meio de legislações que aos poucos foram ampliando os caminhos da EAD. Assim, na próxima seção, você poderá refletir sobre as principais leis que versam sobre essa modalidade de ensino. Legislações brasileiras que mudaram a história da EAD A trajetória da EAD é marcada por importantes leis e decretos em cenário nacional, com o objetivo de qualificar e ampliar essa modalidade de ensino. No Quadro 1, você encontrará os principais marcos legislativos nacionais e seu principal foco em relação à EAD. Quadro 1. Principais leis e decretos sobre a EAD e seus respectivos objetivos Legislação brasileira Objetivo Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996 Regulamentar a EAD e as modalidades ofertadas. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005 Entender a EAD como a modalidade educacional em que a mediação didático-pedagógica nos processos de didáticos ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos, bem como apresentar critérios para essa abordagem. Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006 Dispor sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. (Continua) As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 9 Legislação brasileira Objetivo Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007 Trazer mudanças sobre as diretivas da regulação, credenciamento, regras de avaliação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. Resolução nº 1, de 11 de março de 2016 Conselho Nacional de Educação (CNE) Apresentar as Diretrizes e Normas Nacionais para a oferta de Programas e Cursos de Educação Superior na Modalidade a Distância. Portaria nº 1.134, de 10 de outubro de 2016 Direcionar e fundamentar as ofertas de cursos na modalidade EAD. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017 Possibilitar o credenciamento de instituições de ensino superior para cursos de EAD sem o credenciamento para cursos presenciais. A garantia dessas leis, portarias, decretos e regulamentações vigentes torna possível que a EAD esteja sempre em busca de melhorias que visem a qualidade e o aperfeiçoamento do ensino. De todo modo, o Brasil ainda tem muito a avançar em relação à EAD, e é notório que o processo de transforma- ção vem acontecendo não apenas nessa modalidade de ensino, mas também na educação presencial. Tampouco se pode negar que a abordagem on-line, especialmente sob a perspectiva do ensino híbrido e das metodologias ativas, está se tornando uma realidade também no ensino básico (fundamental e mé- dio). Esse é um fator importante que promove a expansão dessa modalidade. Além disso, em especial em período pós-pandemia covid-19, o ensino on-line atraiu novos olhares e melhores entendimentos por parte dos estu- dantes e comunidade escolar. É importante, sim, que desde cedo os alunos já estejam cientes de como ocorre a aprendizagem em modalidade EAD, para que possam desenvolver as habilidades essenciais para garantir a construção do conhecimento, incluindo autonomia, organização e disciplina. Nesse cenário, não há como retroceder, e a EAD só avançará cada dia mais. A legislação está aí para comprovar isso e contribuir para esses avanços. Essa premissa revela o potencial dessa modalidade, que vai além do tempo e do espaço. As ofertas de trabalho nesse âmbito também apontam para um novo caminho, já que a demanda de produção em EAD necessita do engajamento de vários profissionais. Pensar nisso é se preparar para um futuro com muitas expectativas e possibilidades. (Continuação) As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 10 As inovações tecnológicas precisam caminhar a favor da aprendizagem, desenvolvendo um aluno crítico, maker e protagonista ao envolvê-lo num processo dinâmico, criativo e produtivo. Para isso, novas leis ainda precisarão ser criadas, reforçando a importância de empregar a EAD para contemplar de alguma forma a realidade do estudante e as perspectivas do futuro social e profissional. Você sabe o que é um aluno maker? É um aluno que faz, cria e cons- trói, não somente recebendo informações, mas também criando conteúdos. O conceito vem da metodologia ativa denominada cultura maker, que entende o “colocar a mão na massa”. Na busca de aperfeiçoamento e qualificação profissional, estão previstos na legislação e em modalidade EAD os cursos livres. Profissionais e estudantes das mais diversas áreas buscam na internet cursos de curta duração para ampliação do currículo e capacitação sobre algum assunto. O mercado nesse contexto apresenta muitas ofertas, em que o aluno organiza seus próprios horários e estilos didáticos para continuar seus estudos. São cursos que não requerem autorização do Ministério da Educação e são reconhecidos em todo território nacional, amparados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, pelo Decreto nº 5.154/04 e pela Deliberação CEE 14/97 (Indicação CEE 14/97). Atualmente, a EAD está numa crescente, com foco em cursos de graduação, pós-graduação e aperfeiçoamento profissional. Em Portugal, por exemplo, já existe universidade pública ofertando cursos de mestrado e doutorado nessa modalidade, como a Universidade dos Açores (UAC). Essa é uma realidade que tende a se espalhar em vários países, e em breve certamente chegará ao Brasil, em âmbito de política pública nas universidades federais. Na educação básica, por sua vez, já se entende a relevância do uso das novas tecnologias e do ensino híbrido, fato que potencializa a EAD, pois consegue preparar o estudante para um ótimo aproveitamento de aulas e conteúdos digitais. Essa tendência vai ao encontro das necessidades atuais, principalmente dos nativos digitais. Em termos gerais, é de fundamental relevância entender as nomenclaturas e ramificações existentes dentro da perspectiva EAD para que se possa avançar em termos de legislação e das possibilidades de buscar o aperfeiçoamento nesse âmbito. As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 11 Referências ALMEIDA, M. E. B DE. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Em Foco: Educação e Pesquisa, v. 29, n. 2, p. 327-340, jul./dez. 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/dSsTzcBQV95VGCf6GJbtpLy/ abstract/?lang=pt. Acesso em: 11 set. 2022. ALVES, L. 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O poder da educação on-line: como a internet vem reformulando a edu- cação a distância e impactando positivamente na vida de milhares de pessoas. [S. l.: s. n.], 2016. E-book. VASCONCELOS, S. P. G. Educação a distância: histórico e perspectivas. In: FÓRUM DE ESTUDOS LINGÜÍSTICOS, 8., [2006], Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: UERJ, [2006]. Disponível em: http://www.filologia.org.br/viiifelin/19.htm. Acesso em: 11 set. 2022. Leituras recomendadas ABED. Censo EAD.BR: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil 2014. Curitiba: Ibpex, 2015. Disponível em: https://www.abed.org.br/site/pt/midiateca/ censo_ead/. Acesso em: 11 set. 2022. BEHAR, P. A. et al. Objetos de aprendizagem para educação a distância. In: BEHAR, P. A. (orgs.). Modelos pedagógicos em educação a distância. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 66-92. BRASIL. Decreto nº 5.154 de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. Brasília: Presidência da Repú- blica, 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/ decreto/d5154.htm. Acesso em: 11 set. 2022. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 11 set. 2022. CARNEIRO, A. P. N.; GOEDERT, L. Tutoria no CEAD: perfil e qualificação. In: PANDINI, C. M. C. et al. (org.). Práticas pedagógicas na educação a distância: reflexões, expe- riências e processos. Florianópolis: UDESC, 2015. p. 93-106. Disponível em: https:// www.udesc.br/arquivos/cead/id_cpmenu/1715/2015_livro_praticas_cead_gra- fica_2015_16517716664395_1715.pdf. Acesso em: 11 set. 2022. As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 12 SÃO PAULO. Conselho Estadual de Educação. Deliberação CEE nº 14/97. Fixa diretrizes para a educação profissional no sistema de ensino do Estado de São Paulo. São Paulo: CEE, 1997. Disponível em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/notas/ delcee14_97.htm. Acesso em: 11 set. 2022. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. As diferentes nomenclaturas da EAD no mundo e a legislação brasileira 13 Dica do professor Das nomenclaturas que assumem o cenário da EAD, duas delas têm sido utilizadas frequentemente não somente para os cursos de graduação e pós-graduação, como para a educação básica, em especial devido ao período vivenciando pela escola durante a pandemia da covid-19. São elas: ensino híbrido e ensino remoto. Entretanto, há diferença na prática entre essas nomenclaturas? Nesta Dica do Professor, você vai entender os princípios desses dois modelos de EAD. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ca87a4eee82627d6ddaeeda56366d963 Exercícios 1) A EAD é uma modalidade de ensino organizada que requer do aluno uma série de habilidades para que o processo de aprendizagem se efetive. Sobre o conceito dessa modalidade de educação, marque a alternativa correta. A) A EAD é uma modalidade de educação em que os alunos e professores estão separados pelo tempo e pelo espaço, mas unidos pela aplicabilidade de tecnologias da informação e comunicação (TICs). B) A EAD é uma modalidade de educação em que a figura do professor é potencialmente substituída pelos avanços da tecnologia, o que permite a autonomia do aluno no processo de aprendizagem. C) A EAD é uma modalidade de educação em que a figura do estudante é secundária, tendo em vista o pouco esforço que precisa realizar para acompanhar o processo de ensino e aprendizagem. D) A EAD é uma modalidade de educação em que professor e aluno são convidados a construir o processo de ensino e aprendizagem de uma maneira mais rápida e acessível do que na educação presencial. E) A EAD é uma modalidade de educação que visa ao aumento do número de pessoas com o diploma de licenciatura em todos os países, independentemente do alinhamento entre a teria e a prática. 2) A partir dos anos de 1990, quando o acesso à internet se tornou maior em todos os países, a EAD ganhou mais força e popularidade. Diante disso, políticas públicas surgiram para promover e qualificar as práticas a distância, estabelecendo o objetivo central dessa modalidade. Assinale a alternativa que descreve o principal objetivo da EAD. A) Ofertar graduações e pós-graduações gratuitas a todos que não tiveram acesso ainda na idade jovem e inserir esse público no mercado de trabalho. B) Disseminar o conhecimento por meio de um processo de ensino e aprendizagem que oportunize a escolarização de qualidade para o maior número de alunos. Unicamps Realce Unicamps Realce C) Divulgar a supremacia que as TICs assumem no processo de ensino e aprendizagem, sem elas a educação falha. D) Ampliar a rápida qualificação profissional de jovens e adultos, que podem em curto período conquistar vários certificados em EAD. E) Promover as instituições privadas de ensino, levando em conta que a EAD é uma modalidade de educação privada e precisa da garantia de recursos. 3) A EAD tem conquistado seu espaço no cenário educacional, mostrando seu potencial de realizar práticas pedagógicas que promovem o conhecimento. Para isso, conta com uma série de marcos históricos que vão revelando a importância de políticas públicas em sua ampliação. Sobre os marcos da EAD em contexto brasileiro, assinale a opção que apresenta um fato verdadeiro. A) Em 1939, a inauguração da Universidade do Ar permitiu que milhares de alunos estudassem por apostilas e realizassem a correção das atividades por meio de um programa de rádio. B) Em 1976, a TV Escola foi criada para promover, por meio da EAD, a qualificação e o aperfeiçoamento de vários profissionais, entre eles professores, enfermeiros e veterinários. C) Em 1976, a inauguração do Instituto Universal Brasileiro garantiu que milhares de alunos fossem atendidos por correspondência, formando-se em cursos das áreas de educação e mecânica. D) Em 1996, foi criada a Universidade Aberta de Brasília, fato que permitiu que todas as universidades federais brasileiras aderisem ao sistema de EAD em suas ofertas. E) Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira regulmentou o contexto da EAD na educação brasileira, orientando e normatizando sua oferta. Estratégias de aprendizagem inovadoras demandam diversidade de espaços e de recursos responsivos, ou seja, com leitura em vários dispositivos (tablet, computador, celular). A professora Pâmela planeja suas aulas e sua prática pedagógica centradas na perspectiva do modelo de aprendizagem onipresente, isto é, utiliza o avanço tecnológico para engajar os alunos. Assim, ela utiliza recursos que não precisam de tutoria, destacando a autonomia do aluno. 4) Unicamps Realce Levando em conta essas características pedagógicas,é correto afirmar que essa abordagem EAD está inserida no contexto de: A) m-learning. B) u-learning. C) e-learning. D) b-learning. E) ensino híbrido. 5) Leis, portarias e decretos brasileiros garantem e organizam a perspectiva da EAD no país, promovendo grande avanço nessa modalidade de ensino. Diante dessa legislação, assinale a alternativa que apresenta um objetivo previsto em lei para a consolidação da EAD. A) Direcionar o processo de avaliação das instituições públicas e privadas em âmbito EAD para o caráter de diagnóstico. B) Determinar a metodologia e a abordagem digital que os professores da EAD devem seguir. C) Apresentar as diretrizes e normas nacionais para a oferta de programas e cursos de educação superior na modalidade a distância. D) Ampliar as diretrizes e normas nacionais para a oferta de programas que viabilizem o ensino fundamental na modalidade a distância. E) Determinar os recursos e projetos digitais e virtuais que poderão fazer parte da metodologia da EAD. Unicamps Realce Unicamps Realce Na prática No contexto EAD, cada nova abordagem que surge, de acordo com as necessidades e os avanços do mundo, requer estudo e dedicação dos professores EAD para a garantia da qualidade e promoção da aprendizagem. Os alunos público-alvo da educação especial também exigem qualificação e preparo do professor para que seu conteúdo chegue de forma efetiva em sua vida, cumprindo os princípios da inclusão e equidade. Confira, Na Prática, uma reflexão sobre como promover a inclusão do aprendizado para alunos com deficiência diante do modelo e-learning. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: O uso do e-learning como ferramenta de ensino e aprendizagem O e-learning é uma poderosa ferramenta educacional, desde que processos fundamentais sejam realizados, como a melhoria contínua dos sistemas utilizados e o treinamento das pessoas. Saiba mais sobre o e-learning na educação fazendo a leitura deste artigo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Estilos de aprendizagem em EAD: construção e evidências de validade de instrumento Este artigo aborda os estilos de aprendizagem no contexto da EAD voltada à educação superior. Os estilos de aprendizagem são variáveis essenciais para o sucesso da EAD, pois referem-se às características dos estudantes e às estratégias que aplicam ao realizarem cursos nessa modalidade. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. As políticas brasileiras para a educação superior a distância: desafios da expansão A legislação brasileira referente à EAD foi regulamentada na década de 1990, portanto, é recente. Este artigo discute o processo pelo qual as políticas voltadas à EAD vem passando em prol da qualidade da educação, sobretudo por conta do aumento significativo da procura por cursos nessa modalidade. https://www.cc.faccamp.br/ojs-2.4.8-2/index.php/RTA/article/view/1390/687 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812018000100009 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. EAD com Terry Anderson e Neuza Pedro Promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, de Portugal, este vídeo reúne Neuza Pedro (professora na Universidade de Lisboa e pesquisadora na área de EAD) e Terry Anderson (pesquisador e professor na Universidade de Athabasca, Canadá) para um debate acerca da inserção súbita (e improvisada) da EAD no ensino durante a pandemia da covid-19. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Competências em EAD A EAD alterou não apenas o espaço físico ou a forma de enviar e receber conteúdos, mas a exigência de todos os sujeitos envolvidos uma nova forma de pensar e fazer a educação. Nesse sentido, surgiu a figura do tutor, que é um professor auxiliar, um mediador. Saiba mais sobre o tutor e seus papéis na EAD lendo o Capítulo 7 desta obra, Competências dos atores da educação a distância: professor, tutor e aluno. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-72382019000100193 https://www.youtube.com/embed/fk5PNBrNKrs Os profissionais e fornecedores da EAD Apresentação Uma grande mudança vem ocorrendo na área da educação, e não é de hoje que isso acontece. O ensino está em constante atualização, muitas vezes, por questões de modelo de ensino, outras, por necessidade ou, ainda, por urgência do momento. Uma coisa é certa: essas mudanças são necessárias e essenciais para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. O modelo tradicional, se não fracassou, está necessitado de avanços. Com tantos avanços tecnológicos, inclusive na área da educação, é preciso perceber que as ferramentas digitais, os avanços e a evolução da educação a distância (EAD) se mostram mais instigantes, atrativos e efetivos do que o modelo presencial tradicional. A geração de estudantes nativos digitais, nascidos neste período de grandes avanços tecnológicos, se mostra apta a acompanhar essa evolução na educação. Com a informação em tempo real, “na palma da mão”, o ensino tradicional, considerado maçante por muitos discentes, vem caindo em desuso com a falta de interesse por parte dos alunos. Isso torna imprescindível a adaptação e a apropriação de novas habilidades e competências por parte dos profissionais de educação, sob o risco de ficarem para trás nessa grande revolução e evolução do ensino. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai identificar as profissões que atuam e podem atuar nas equipes multidisciplinares da EAD. Também serão descritas as diferenças entre as características dos profissionais do ensino presencial e dos profissionais de EAD. Por fim, você vai conhecer as habilidades e competências que deverão ser desenvolvidas e o que se espera do profissional de EAD neste momento de transição e de avanços na educação. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as profissões que atuam em uma equipe de EAD.• Comparar as atividades dos profissionais da modalidade presencial e da EAD.• Apontar os principais fornecedores do mercado EAD.• Desafio Os profissionais da EAD devem apresentar habilidades e competências específicas para uma eficaz atuação no ensino a distância. Ao se apropriar desses conhecimentos, o profissional se habilita a atuar dentro de um contexto de revolução e evolução digitais que vêm ocorrendo em ritmo acelerado nos últimos anos. Esse profissional estará apto a atuar, inovar e desenvolver soluções para a instituição de educação em que venha a atuar, aprimorando os métodos de ensino e agregando novas metodologias de ensino mais eficazes e atuais. Analise a situação a seguir: Considerando esse cenário, responda: a) De forma geral, que conhecimentos e habilidades a equipe deve ter para ajudar nas melhorias do material? b) Qual contribuição cada um dos profissionais da equipe poderia oferecer para promover a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem e de avaliação realizados por meio do ambiente virtual? Lembre-se de que a equipe de EAD é formada por diversos outros profissionais. Não se prive de citá-los, caso necessário. Infográfico Os profissionais de uma equipe multidisciplinar que atuam na EAD precisam desenvolver habilidades e competências específicas para sua atuação nessa área. Neste Infográfico, você vai conhecer quem são os fornecedores especializados em EAD e qual é a função de cada um na equipe do projeto de EAD. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/48f2685c-cb19-4ed1-a98b-c2641aa52f82/77e906a9-de35-4a5a-b12c-f8f089f5d694.jpg Conteúdodo livro Na experiência de realizar um curso a distância, muitas vezes não imaginamos a quantidade de profissionais, com suas respectivas competências, que se faz necessária para que a atividade-fim seja realizada. Uma complexa equipe com diferentes saberes trabalha antecipadamente para garantir uma melhor experiência para o aluno. Da mesma maneira, em muitas etapas da construção dos materiais instrucionais, várias são as organizações que prestam suporte, seja com a disponibilização do ambiente virtual de aprendizagem e da biblioteca virtual ou, até mesmo, com o armazenamento em servidores na nuvem, que possibilitam o acesso a qualquer momento pelos alunos. No capítulo Os profissionais e fornecedores da EAD, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar esses e outros aspectos referentes às pessoas físicas e jurídicas que possibilitam que a educação a distância atenda aos projetos pedagógicos idealizados pelas instituições de ensino. Boa leitura. INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – EAD OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Identificar as profissões que atuam numa equipe de EAD. > Comparar as atividades dos profissionais da modalidade presencial e da EAD. > Apontar os principais fornecedores do mercado EAD. Introdução A educação a distância (EAD) apresenta particularidades ímpares se comparada à educação presencial. Nos seus primórdios, percebia-se claramente carên- cias na equipe de apoio ao desenvolvimento desta modalidade de ensino e aprendizagem, bem como no perfil de professores. Porém, gradativamente as paredes que separavam a educação presencial da EAD foram demolidas, até que, com o advento da pandemia, tudo veio ao chão. Projetos pedagógicos que eram puramente presenciais tiveram que se adaptar para garantir a continuidade de seus serviços educacionais, reduzindo as impressões — às vezes equivocadas — sobre a modalidade virtual. Atualmente, as competên- cias de docentes e da equipe multidisciplinar de suporte à EAD fundem-se com a educação presencial. Em muitas instituições de ensino superior (IES), os quadros funcionais são compostos pelo mesmo conjunto de pessoas. Da mesma forma, expandiu-se a quantidade de fornecedores de EAD. Diz-se no Os profissionais e fornecedores da EAD Claudio Marlus Skora meio econômico que, se há demanda, o mercado encontrará meios de ofertar soluções para atendê-la. Diante do conjunto de tecnologias disponíveis, é bom saber selecionar aquelas que poderão atender as demandas dos projetos pedagógicos das IES neste novo ambiente de aprendizado, em que o presencial e o virtual convivem quase sem distinção. Neste capítulo, você estudará os principais aspectos do trabalho de pro- fissionais fornecedores no âmbito de EAD que prestam serviços para projetos pedagógicos a distância promovidos por instituições de ensino. A equipe da EAD A oferta de EAD apresenta complexidades diferentes daquelas formas tra- dicionais de ensino, e a principal razão disso é que a preparação de quase todo processo deve ocorrer antecipadamente ao momento do encontro entre alunos e professores. Enquanto o momento da aula ocorre necessariamente de maneira síncrona na educação presencial, para aquela mediada por tecno- logias de informação e comunicação (TICs) uma série de eventos anteriores se faz necessária. Para que esses momentos ocorram, uma equipe multidisciplinar de profis- sionais deve atuar. De acordo com os Referenciais de qualidade para educação superior a distância trata-se de uma: Equipe responsável por elaborar e/ou validar o material didático. Conta com professores responsáveis por cada conteúdo de cada disciplina, bem como os demais profissionais nas áreas de educação e técnica (webdesigners, desenhistas gráficos, equipe de revisores, equipe de vídeo, etc.) (BRASIL, 2007, p. 19). Apesar da diversidade de maneiras de se ofertar a EAD, em todas as modalidades existe uma infraestrutura humana, tecnológica e física res- ponsável para que a experiência didática seja disponibilizada ao aluno. Vejamos a seguir uma lista dos profissionais essenciais para a composição da equipe de EAD: � Analista de back-office — mantém a boa apresentação e eficiência das informações do site e do curso on-line, atualizando a interface da página de acordo com o interesse dos alunos. Os profissionais e fornecedores da EAD2 � Coordenador de EAD — gerencia a equipe de EAD, reunindo os esforços para o cumprimento do planejamento da área. � Curador — coordena todos os fatores que promovem melhor aprendi- zagem dentro das mais inovadoras técnicas didáticas. � Designer de multimídias — responsável por planejar e desenvolver projetos nos ambientes digitais. � Designer gráfico — desenvolve os projetos de comunicação e entretenimento. � Designer instrucional — responsável por planejar, coordenar e ava- liar os processos e estratégias educacionais com o uso de novas tecnologias. � Mediadores — responsáveis pelo controle e acompanhamento de informações, cumprimento de cronograma e tarefas no ambiente virtual. � Professor conteudista — responsável pelos assuntos abordados e por uma comunicação eficaz, trazendo informações que servirão de dados para atender a proposta de aprendizagem. � Revisor de textos — com formação em linguagens, responsável por escrita correta, dinâmica e coerente, mantendo coesão textual. � Tutor — efetua a apresentação dos conteúdos e domina o ambiente virtual de aprendizagem. Elabora os planos de aula e tutoria, efetuando a mediação entre alunos e professor. � Videomaker — sugere roteiros, faz a orientação técnica aos professores e trabalha na edição dos materiais audiovisuais. A equipe técnica e administrativa tem como fundamento de trabalho propiciar todo o suporte da atividade-meio, de modo a: [...] oferecer o apoio necessário para a plena realização dos cursos ofertados, atuando na sede da instituição junto à equipe docente responsável pela gestão do curso e nos polos descentralizados de apoio presencial (BRASIL, 2007, p. 22-23). Os escopos de trabalho desses profissionais podem ser classificados como aqueles com propósitos administrativos e aqueles com atribuições tecnológicas, como observado no Quadro 1. Os profissionais e fornecedores da EAD 3 Quadro 1. Dimensões do trabalho das equipes multidisciplinares Administrativo Tecnológico � Acompanhamento do cumprimento de prazos processuais e de produção de materiais � Avaliação e certificação dos estudantes � Cuidados com as exigências legais em todas as instâncias acadêmicas � Funções de secretaria acadêmica � Registro e acompanhamento de procedimentos de matrícula � Apoio aos professores conteudistas na produção de materiais didáticos em diversas mídias � Manutenção e zeladoria de materiais e equipamentos tecnológicos � Responsabilidade pelo suporte e desenvolvimento dos sistemas de informática � Suporte técnico aos estudantes � Suporte técnico para laboratórios e bibliotecas Fonte: Adaptado de Brasil (2007). Entre todos os integrantes da equipe multidisciplinar Behar (2013) e Brasil (2007) destacam a importância dos professores e dos tutores. Behar (2013) descreve que o docente na EAD cumpre mais do que atividades pedagógicas, pois se encarrega de outros afazeres. Concordando com essa premissa, os Referenciais de qualidade para educação superior a distância (BRASIL, 2007) ressaltam que o trabalho dos docentes na EAD compreende um escopo mais amplo quando comparado às funções daqueles presenciais. Nas IES que promovem EAD, os professores devem ser capazes de: � estabelecer os fundamentos teóricos do projeto; � selecionar e preparar todo o conteúdo curricular articulado a proce- dimentos e atividades pedagógicas; � identificar os objetivos referentes a competências cognitivas, habili- dades e atitudes; � definir bibliografia, videografia, iconografia, audiografia, tanto básicas quanto complementares; � elaborar o material didático para programas a distância;� realizar a gestão acadêmica do processo de ensino-aprendizagem, em particular motivar, orientar, acompanhar e avaliar os estudantes; � avaliar se continuamente como profissional participante do coletivo de um projeto de ensino superior a distância. Os profissionais e fornecedores da EAD4 O outro agente importante na equipe de EAD é o tutor, profissional com formação igual ou superior à graduação que atua em sua área de formação como suporte aos alunos para as eventuais dificuldades encontradas quando do uso do ambiente virtual de aprendizagem, bem como na compreensão de algum ponto específico da disciplina (BRASIL, 2007). Na visão de Gabarrone (2017), cabe a esse profissional assumir o papel de criação, orientação e apoio em diversos momentos da jornada do aluno, assumindo essencialmente a responsabilidade de mediar a aprendizado com o uso das TICs seleciona- das pela IES no projeto de EAD implantado. Suas atribuições específicas variam de uma organização para outra, mas podem incluir atividades de feedback, correção de exercícios e provas, esclarecimento de pontos das disciplinas, interação em fóruns assíncronos, condução de chats síncronos, entre outras funções. Os tutores podem exercer suas atividades de maneira presencial ou a distância. Conforme os Referenciais de qualidade para educação superior a distância, o tutor a distância “atua a partir da instituição, mediando o processo pedagógico junto a estudantes geograficamente distantes, e referenciados aos polos descentralizados de apoio presencial” (BRASIL, 2007, p. 21). As principais atribuições correspondem a: [...] criação de espaços de construção coletiva de conhecimento, selecionar material de apoio e sustentação teórica aos conteúdos e, frequentemente, faz parte de suas atribuições participar dos processos avaliativos de ensino-aprendizagem, junto com os docentes (BRASIL, 2007, p. 21). Por sua vez, o tutor presencial que atende os estudantes em horários preestabelecidos: [...] deve conhecer o projeto pedagógico do curso, o material didático e o conteúdo específico dos conteúdos sob sua responsabilidade, a fim de auxiliar os estudantes no desenvolvimento de suas atividades individuais e em grupo, fomentando o hábito da pesquisa, esclarecendo dúvidas em relação aos conteúdos específicos, bem como ao uso das tecnologias disponíveis (BRASIL, 2007, p. 21). Muitas vezes, são atribuições do tutor presencial realizar avaliações, ministrar aulas práticas e acompanhar procedimentos em laboratórios es- pecíficos e nos campos de estágio. Devido a suas atribuições, devem manter contato extremo com os demais membros da equipe multidisciplinar de modo a fornecer feedback constante sobre como os alunos estão se desenvolvendo e opinando sobre as experiências didáticas. Os profissionais e fornecedores da EAD 5 De modo geral, a complexidade da EAD exige o trabalho de uma equipe multidisciplinar composta por diversas pessoas com competências comple- mentares. À luz do que se detalha nos padrões de qualidade da educação à distância, compete a esses profissionais acompanhar todo o processo que corresponde à jornada do aluno em sua aprendizagem, exercendo atividades- -meio e atividades-fim de modo a cumprir com o modelo de EAD definido no projeto pedagógico. Competências dos profissionais de EAD Há quase uma verdadeira “guerra semântica” para definir o que é compe- tência. Isso acontece porque o termo é objeto de estudo de várias ciências, como pedagogia, psicologia e outras. Dessa forma, obter uma uniformidade de entendimento é tarefa quase impossível. Por outro lado, esse consenso nem deve ser buscado. Cada ciência tem seu campo de estudo definido e, dessa maneira, precisa de flexibilidade para o conceito de competência de forma a provar suas intencionalidades de pesquisa. Dávalos e Vásquez (2013) contribuem para as discussões semânticas abordando competências sobre os pontos de vista individual e profissional. Ao se debruçarem sobre os pensamentos e discussões do tema no âmbito individual, eles descrevem que: [...] as competências individuais são os conjuntos de características pessoais e conhecimento que dão às pessoas a capacidade de desempenhar funções cor- respondente à sua ocupação de forma satisfatória. São repertórios de comporta- mentos que algumas pessoas dominam melhor do que outras, o que torna eficaz em determinada situação. As competências representam, então, uma linha de união entre as características individuais e as qualidades necessárias para realizar missões profissionais precisas (DÁVALOS; VÁSQUEZ, 2013, documento on-line). Prosseguem os autores ao discorrer sobre a interpretação de competência profissional Dávalos e Vásquez (2013, documento on-line): [...] a capacidade de aplicar, em condições operacionais e de acordo com nível exigido, as habilidades, conhecimentos e atitudes adquiridos pelo treinamento e experiência, incluindo possíveis novas situações que possam surgir. Entre os diversos conceitos existentes para competências, opta-se pela definição de Fleury e Fleury (2001, p. 187), que as define como “um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir Os profissionais e fornecedores da EAD6 conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. Há a visão aqui de que um pro- fissional competente é aquele que sabe agir em situações diversas, indo além do prescrito e tomando iniciativas quando necessário. O conceito também indica que a competência não está ligada apenas a uma relação de conhecimentos teóricos e empíricos que as pessoas dominam sobre um determinado tema. Percebe-se, então, que não basta saber tudo sobre uma determinada coisa, pois ter competência sobre algo é muito maior do que isso. Para Amaral et al. (2008), a definição de competência deve ser compreendida em três dimensões: a tríade conhecimento + habilidade + atitude (CHA). Ela pode ser compreendida de uma forma fácil: num primeiro momento, tem-se o conhecimento, que deve ser entendido como a busca pelo saber. Constantemente, deve-se buscar aprender e reaprender, uma vez que, conforme dominamos uma competência ou até mesmo subimos de posição na hierarquia das organizações, deparamos com problemas de maior complexidade. Dessa forma, quanto mais sabemos mais estamos preparados para enfrentar desafios mais complexos e, como consequência, mais capacitados nos tornamos. Em seguida, apresenta-se a habilidade, ou seja, saber utilizar o conheci- mento adquirido para resolver os problemas. Vale ressaltar que a habilidade não é a mera aplicação do conhecimento, mas também a utilização de co- nhecimentos diversos nunca pensados para cada situação. Isso é uma forma de demonstrar criatividade: encontrar novos usos para os conhecimentos adquiridos, criando ideias. A competência amadurece por completo quando demonstramos atitude, que consiste em saber fazer acontecer. Com atitude, conseguimos apresentar excelentes resultados com a melhor utilização do conhecimento e da habi- lidade. Trata-se de mobilizar de modo eficaz pessoas e recursos na direção desejada. Como resultado do desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, pode-se afirmar, como fazem Amaral et al. (2008, documento on- -line), que uma pessoa competente: “passa a ser a consequência da utilização adequada pelo profissional de seus atributos de competência, isto é, dos conhecimentos, habilidades e atitudes que possui e que são compatíveis com a função que ele desempenha”. É relevante adicionar também a compreensão de Ruas (2005, p. 39), segundo o qual o conceito de competência também assimila a ideia de capacidade: Os profissionais e fornecedores da EAD 7 Capacidades seriam conhecimentos, habilidades e atitudes desenvolvidas em diversas situações (como a formação superior, a experiência prática) e passíveis de serem mobilizadas em situações específicas no trabalho. O exercício de uma competênciaconsistirá na combinação e na mobilização dessas capacidades para cumprir uma demanda de trabalho, ou um evento. Ruas (2005) acrescenta que é preciso contextualizar cada competência a ser realizada. Uma forma de ilustrar isso é observar em cada situação quais recursos são necessários para elaborar determinado trabalho e quais são as formas de realizá-lo. Ao fazer a melhor escolha possível, colocam- -se em prática as condições necessárias para exercer tal competência. Aqui percebe-se mais uma vez a necessidade de saber cada vez mais: ao possuirmos mais conhecimentos, podemos ter um leque maior de opções de escolha e, desta forma, aumentamos nossa competência na solução de problemas. Na EAD, há competências alusivas a um dos agentes principais do processo de ensino e aprendizado mediado pelas TICs: o docente. Esse profissional deve ter uma tríade de saberes para sua atuação: � competências de conteúdo; � competências pedagógicas; � competências tecnológicas. Ademais, é preciso identificar que o conjunto de competências dos do- centes é diferente nas modalidades a distância e presencial: � Corpo docente na modalidade a distância — conjunto de profissionais vinculados à IES com funções que envolvem o conhecimento do con- teúdo, avaliação, estratégias didáticas, organização metodológica, interação e mediação pedagógica, como autor de material didático, coordenador de curso e professor responsável por disciplina. � Corpo docente na modalidade presencial — para fins de avaliação, considera-se corpo docente o conjunto de professores com formação mínima em nível de especialização, vinculados à IES, que desenvolvam atividades de ensino na graduação (BRASIL, 2017). Os profissionais e fornecedores da EAD8 Ao cotejar as responsabilidades dos docentes nas duas modalidades, percebe-se que, para fins de avaliação, espera-se do corpo docente na modalidade a distância um conjunto de saberes mais completo do que na modalidade presencial. Atenua-se a distinção, porém, quando se percebe que poucos são os docentes que atuam exclusivamente numa das modalidades e que, devido aos impactos da pandemia da covid-19, todos praticamente tiveram que migrar para o meio virtual, agregando, assim, competências por meio da experiência empírica forçada, subsidiada ou não por um sistema de capacitação das instituições de ensino. O construto das competências apresenta múltiplas interpretações e di- ficilmente será encontrada uma concordância semântica entre as diversas acepções do termo. Também percebe-se que, devido os acontecimentos da recente pandemia, distinguir as competências dos docentes e da equipe multidisciplinar de apoio a EAD daquela presencial faz pouco sentido, uma vez que a pandemia reduziu os hiatos e levou — mesmo que forçosamente — todos à virtualização da educação. Fornecedores na EAD Para que a EAD seja ofertada por uma IES, um conjunto de procedimentos deve ser realizado, desde a etapa de planejamento e inclusão do propósito no Plano de Desenvolvimento Institucional até o momento em que o aluno tem o seu aprendizado mediado por TICs. Em muitas situações, as faculdades, centros universitários e universida- des não asseguram internamente todos os recursos necessários para atuar na EAD. Isso ocorre por falta de recursos financeiros ou de tempo para o desenvolvimento interno, ou ainda por estratégia deliberada para que o foco fique no gerenciamento do processo-fim e não se estenda à produção de soluções para as atividades-meio. Para possibilitar que o aluno tenha uma experiência de aprendizado completa, as IES recorrem à terceirização de parte dos subsistemas de apoio à oferta da EAD, por meio da contratação de fornecedores. De acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED, [2022a], documento on-line): “a prestação de serviço consiste na contratação de uma empresa especializada para realizar uma tarefa específica para a contratante”. Para essa associação, na EAD muitas são as organizações que Os profissionais e fornecedores da EAD 9 prestam apoio para as IES realizarem a oferta da educação nessa modalidade. Entre os processos subsidiados, encontramos: [...] produção de materiais didáticos em diversos formatos, como vídeos, anima- ções, textos, etc.; digitalização de materiais; aplicação de materiais didáticos em plataformas digitais; gravação de aulas em vídeo, entre outros (ABED, [2022a], documento on-line). Expandindo a relação de fornecedores para a EAD, a Abed ([2022a]) apre- senta uma lista de possibilidades de contratação de serviços e produtos para a atuação no setor: � agência de consultoria e serviços em marketing digital; � agência de publicidade; � assessoria de imprensa; � consultoria pedagógica e educacional; � desenvolvimento de conteúdo para EAD; � editorial (produção de conteúdo textuais impressos ou digitais e/ou multimídia); � impressão e gráfica; � produção audiovisual; � recursos didáticos para metodologias ativas, simuladores e jogos educacionais; � tecnologia da informação (hardware). No censo que a Abed [2022b] realiza constantemente, verificou-se a incidência de quais são os serviços mais frequentes cuja contratação é patrocinada pelas faculdades, centros universitários e universidades, e até mesmo por organizações não educacionais, mas que estruturaram suas universidades corporativas. Na Figura 1, percebe-se que soluções para webconferência, tais como Zoom, Teams e Meet, aparecem em primeiro lugar. Na segunda posição vem a contratação de bibliotecas virtuais, seguida, por 38% das IES pesquisadas, da contratação de plataformas denominadas Learning Management System (LMS), ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Os profissionais e fornecedores da EAD10 Figura 1. Serviços contratados pelas instituições em 2020, por segmento, em %. Fonte: Adaptada de Abed [2022b]. Especificamente, nomeando em ordem alfabética os principais for- necedores de LMS no Brasil, temos: � Blackboard; � Canvas; � D2L Brasil; Os profissionais e fornecedores da EAD 11 � Digital Pages; � DTCom; � Edools; � Grupo A; � Otimize-TI; � Soluções baseadas em Moodle; � Thinkr (GUIA..., 2018). Ao se contratar um fornecedor, alguns cuidados precisam ser tomados. Pensando em seus associados, a Abed teceu algumas recomendações. A pri- meira delas consiste na análise da necessidade da contratação. Nesse aspecto: [...] é importante que a organização contratante tenha um coordenador especializado em EAD para que o projeto da ação educativa seja desenvolvido. O coordenador deve conhecer as etapas de planejamento, desenvolvimento e avaliação de um projeto de EAD (ABED, [2022a], documento on-line). Tal fato, que à primeira vista parece ser uma obviedade, é de real per- tinência, uma vez que a IES contratante vai se deparar com um ambiente com necessidades e linguagens diferentes da educação presencial, e cujas competências são mais específicas. Antes de realizar contratações de for- necedores, cabe ao coordenador realizar as seguintes indagações (ABED, [2022a], documento on-line): Qual é o público da ação educativa em EAD? Quais suas características? Quais são os objetivos da ação educativa? Quais são os recursos humanos e financeiros disponíveis na instituição para a contratação? Quais etapas do projeto podem ser desenvolvidas pela equipe da instituição contratante e quais precisam ser terceiri- zadas? Qual é o tempo disponível para a realização do trabalho a ser contratado? Quais responsáveis da instituição contratante ficarão encarregados do acompa- nhamento do trabalho da empresa contratada e como esse acompanhamento será realizado? Em quantas etapas o projeto pode ser desenvolvido? (Exemplo: planejamento, produção, implantação, entre outros). Compreendido o projeto de EAD a ser implantado, parte-se para a definição e comunicação clara do serviço desejado. Nesta etapa, a coordenação de implantação da EAD na IES já conhece o escopo do projeto e pode elaborar as premissaspara avaliar as necessidades a serem incorporaras ao projeto por meio das competências de terceiros. Deve-se ter o cuidado de especificar, Os profissionais e fornecedores da EAD12 principalmente por meio de contratos, todos os pontos essenciais, de modo a evitar discordâncias entre o que é esperado pelo contratante e aquilo que é entregue pelo fornecedor. Conforme lembra a Abed ([2022a], documento on-line): “Uma organização com vasta experiência em resolver diversos pro- blemas de EAD em instituições diferentes pode oferecer soluções que não foram pensadas pela contratante e que podem ser mais efetivas e pertinentes”. Uma ação de parceria constante deve nortear as relações entre IES e empresas de suporte a EAD. Segundo a Abed ([2022a]), outra etapa a ser cumprida pelas IES quando da contratação de serviços de apoio a EAD é a pesquisa de mercado sobre pres- tadoras de serviço. É preciso conhecer de antemão os padrões de qualidade do serviço e seu respeito aos prazos, atributos essenciais na educação, seja qual for a modalidade. Como medida efetiva, a associação sugere contactar outras IES atendidas pela empresa, bem como pesquisar se existem demandas judiciais contra o fornecedor, por exemplo. A Abed ([2022a], documento on-line) também lembra que é preciso es- tabelecer os critérios para avaliação das propostas, diante de aspectos administrativos, técnicos e financeiros, como detalhado a seguir: Do ponto de vista administrativo, por exemplo, para que uma empresa seja selecionada, ela deve apresentar documentação previamente determinada. A orientação para a definição dos documentos necessários deve ser fornecida pelo setor financeiro e administrativo da contratante (exemplo: registro, comprovação de pagamento de impostos, entre outros). Do ponto de vista técnico, é neces- sário definir os critérios usados para avaliar as propostas, como adequação ao público, originalidade, tempo para realização, entre outros. Do ponto de vista financeiro, os critérios também devem ser divulgados. Por exemplo, o critério para seleção pode ser o menor preço ou o valor disponível pela contratante para a realização do projeto. Também pode ser a relação entre a melhor proposta técnica e o menor preço. Por meio de critérios objetivos, a IES poderá aferir as propostas e iden- tificar aquelas que realizarão a melhor entrega de valor para os propósitos de EAD delineados pela organização. Outra medida salutar no processo de escolha e entrega de serviços dos fornecedores é o acompanhamento do processo de produção. A in- tencionalidade dessa ação reside em evitar atrasos no cumprimento de cronogramas de execução e produção realizados às pressas, comprome- tendo a qualidade. Os profissionais e fornecedores da EAD 13 É preponderante também que todas as etapas do processo tenham algum tipo de inferência do Núcleo de Educação a Distância, como prescreve a Abed ([2022a], documento on-line), ao detalhar que: [...] se a prestação de serviço é a produção de um programa de vídeo, é importante prever a análise e avaliação do roteiro antes da gravação. Quando o material ainda está no roteiro, é possível corrigir aspectos de conteúdo ou pedagógicos que seriam de difícil correção depois da gravação. Tal cuidado evita retrabalhos que incidiriam em majoração de custos. Por fim, uma última medida é ressaltada pela Abed ([2022a]) ao considerar as preocupações quanto à contratação de empresas terceirizadas para a realização de atividades educacionais a distância: a avaliação das etapas de trabalho e do projeto. As métricas de avaliação devem ser construídas em comum acordo entre contratante e contratada, de modo a perceber o mais rápido possível se algum ponto está ocorrendo fora do previsto. Segundo a Abed ([2022a], documento on-line): A avaliação nas etapas permite negociações e mudanças de rumo, quando for o caso. Evita acumular distorções nas interpretações e garante seguir uma trilha mais segura na direção do desenvolvimento dos produtos. A contratante e a con- tratada devem buscar uma parceria em que cada um colabore da melhor maneira possível no processo. A preocupação aqui é garantir aos gestores que o investimento realizado traga o retorno esperado e, ao mesmo tempo, garantir prontidão para o ajuste de rumos caso se perceba que o serviço estregue não atende às expectativas. É muito importante conhecer também os detalhes dos contratos firmados para decidir quanto à pertinência e ao ensejo de trocar de fornecedor, caso esta seja a melhor alternativa para as instituições que ofertam a EAD. Muitas IES ou universidades corporativas efetivam a oferta de seus ser- viços educacionais por meio de parcerias que colaboram com os projetos disponibilizando plataformas de webconferência, bibliotecas e ambientes virtuais de aprendizagem, entre tantas outras soluções disponíveis. Para evitar dissabores na contratação de terceiros, uma série de recomendações deve ser seguida, de modo a garantir que os investimentos realizados entreguem a qualidade esperada. Os profissionais e fornecedores da EAD14 Referências ABED. Censo EAD.BR 2020: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil. Curitiba: InterSaberes, [2022b]. ABED. Orientações para escolha de fornecedores de soluções para a educação a dis- tância: projeto de EAD: algumas dicas para contratação de fornecedores de serviços e soluções. São Paulo: Abed, [2022a]. Disponível em: https://www.abed.org.br/site/pt/ universo_ead/orientacoes_fornecedores/. Acesso em 08/09/2022. AMARAL, R. M. et al. Modelo para o mapeamento de competências em equipes de inteligência competitiva. Ciência da Informação, v. 37, n. 2, 2008. Disponível em: https:// revista.ibict.br/ciinf/article/view/1208. Acesso em: 23 set. 2022. BEHAR, P. A. Competências em educação a distância. Porto Alegre: Penso, 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Instrumento de avaliação de cursos de graduação presencial e a distância. Brasília: MEC, 2017. BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília: MEC, 2007. DÁVALOS, C. G.; VÁSQUEZ, G. A. N. 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Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Os profissionais e fornecedores da EAD 15 Dica do professor As habilidades inerentes aos profissionais e fornecedores da educação estão em transição. Uma mudança vem ocorrendo nos últimos anos em função do avanço da EAD. Isso exige que os profissionais e fornecedores se adaptem aos novos moldes desse ramo, para que sejam absorvidos pelas instituições e, também, em suas equipes de trabalho. A atuação dos fornecedores é de suma importância para o bom andamentodo processo de implementação e desenvolvimento da EAD. O problema é que existem profissionais e fornecedores de excelência que ainda não “viraram a chave” para a EAD. Mesmo com a importante evolução das ferramentas de melhoria, aprimoramento e desenvolvimento de competências e habilidades, alguns profissionais ainda estão voltados ao ensino presencial e às demais modalidades tradicionais. Para entrar nesse caminho que a educação abre com a evolução das tecnologias, faz-se necessário conhecer alguns tópicos que são relevantes na área. Esses tópicos devem ser de conhecimento dos profissionais que não apenas desejam, mas que devem se inserir nesse novo rumo da educação, sendo seu entendimento necessário para o bom desenvolvimento das atividades profissionais na EAD e o reconhecimento de bons fornecedores desse ramo. Nesta Dica do Professor, você vai ver alguns conceitos relevantes para o desenvolvimento com êxito das atividades pertinentes aos profissionais e fornecedores de EAD. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1ac6bdcd21cf2e7338396c78d9e0f7e9 Exercícios 1) Atualmente, ocorre a revolução do ensino — e por que não dizer uma evolução? A forma de aprender e ensinar está mudando cada vez mais rápido, as ferramentas digitais avançam em um constante aprimoramento, e os processos educacionais se reinventam a todo instante. Mas a questão que mais chama a atenção é que a velocidade com que as pessoas se adaptam às tecnologias é tão rápida quanto a velocidade em que essas tecnologias evoluem. Assim, cabe um questionamento: se é possível adaptar-se de uma forma tão prática e rápida a esses avanços tecnológicos, por que o processo de ensino e aprendizagem não avança concomitantemente? Assinale a resposta correta: A) Os avanços tecnológicos não se adequam às aplicações que são direcionadas à área da educação. Isso faz com que se tenha uma lacuna em relação aos avanços da tecnologia e à evolução das tecnologias de comunicação e informação que acontecem continuamente. B) Os avanços na educação são independentes dos avanços tecnológicos e digitais. Há um distanciamento entre a utilização e o aprimoramento dos recursos digitais na aprendizagem e no seu uso na área de tecnologia da informação, o que justifica esse distanciamento. C) Os avanços na educação ocorrem rapidamente. Os avanços tecnológicos, as habilidades e as competências são importantes. O impeditivo é que os profissionais ainda não se apropriaram das habilidades inerentes ao ensino, resultando em alunos desestimulados. D) Os avanços na educação ocorrem em seu próprio tempo. Alunos têm dificuldades de aprendizagem. Ressalta-se a falta de acesso ao ensino presencial de qualidade, não permitindo a convivência e a construção de relações que contribuiriam para o crescimento pessoal. E) Os avanços das tecnologias e ferramentas digitais de ensino ocorrem de forma concomitante, porém a velocidade com que isso acontece em comparação com a área de ensino é o diferencial. A evolução das tecnologias é mais lenta do que a evolução da aprendizagem. Muitos institutos de ensino superior absorveram profissionais de educação da modalidade presencial para as equipes multidisciplinares na EAD. Alguns desses profissionais apresentam grande resistência às mudanças que vêm ocorrendo no que diz respeito às tecnologias educacionais e às teorias que se desenvolvem a partir desses avanços. As habilidades e competências desses profissionais são voltadas para o ensino presencial, e eles sempre atuaram dessa forma. Tentar absorver um profissional que ainda não se apropriou dos saberes necessários para atuar nessa nova modalidade é muito complexo. 2) Unicamps Realce Com base nos estudos realizados, quais habilidades e competências são de suma importância para que um profissional tenha êxito na modalidade de EAD? Assinale a alternativa correta: A) É importante que o profissional voltado à EAD desenvolva habilidades na área da comunicação e informação, já que tais competências não fazem parte de sua formação. Isso é possível de se realizar facilmente, uma vez que tais mudanças não ocorrem com grande velocidade. B) O profissional deverá se capacitar no desenvolvimento de materiais educacionais para a utilização em suas aulas, bem como produzir vídeos e animações que serão utilizadas em suas atividades. C) O profissional deverá desenvolver aptidões relativas à comunicação, pois a nova modalidade de ensino exige que o profissional se expresse como exímio palestrante, organizando ideias e sendo bem-sucedido em repassá-las aos discentes. D) O profissional deve desenvolver habilidades e competências para o uso de tecnologias, a realização e a criação de planejamentos na nova realidade da EAD, capacitando-se e se preparando para inovar e criar práticas atrativas que permitam a aprendizagem significativa. E) O profissional da EAD deverá desenvolver a habilidade de oratória, de forma que, ao se pronunciar quando estiver atuando, se faça ouvir, e quando estiver palestrando, se faça entender. Ele deve estar preparado para o mercado, mas não há pressa para desenvolver tais competências e habilidades. 3) Muitos profissionais de educação não estão preparados para atuar em EAD. Mesmo assim, muitos deles estão sendo absorvidos em equipes multidisciplinares, ainda que não detenham o conhecimento necessário para atuar na modalidade EAD. O que motiva as instituições de ensino a contratarem ou absorverem esse profissional em seu quadro multidisciplinar de trabalho na modalidade EAD? Assinale a alternativa correta: A) O tempo de serviço do profissional e o carisma dele durante a execução do trabalho são fatores preponderantes para a manutenção nos quadros da empresa. B) A simpatia e a desenvoltura do profissional no trato com os alunos são características preponderantes e suficientes para a sua atuação na equipe multidisciplinar. A capacidade de se reinventar em uma nova realidade de ensino EAD, agregando habilidades e competências que permitirão o planejamento, a produção e a execução de atividades C) Unicamps Realce Unicamps Realce dentro da instituição de ensino EAD, são fatores suficientes para a sua atuação na equipe multidisciplinar. D) O fato de o profissional participar de cursos que lhe renderão as habilidades e competências necessárias para o trabalho, bem como o fato de o professor de ensino presencial ter a prática que talvez o profissional de EAD não tenha. E) A possibilidade de trazer a atuação da modalidade presencial para a modalidade EAD é um fator suficiente para a sua atuação na equipe multidisciplinar, uma vez que não há diferença entre as habilidades e competências dos dois tipos de profissionais. 4) A equipe multidisciplinar formada para atuar na implementação da EAD em uma instituição é constituída por diferentes profissionais das mais diversas áreas. Entre elas, é possível destacar profissionais de comunicação e informação. Com base nos seus estudos, quais outros profissionais são de suma importância para o bom andamento da implementação da EAD em uma instituição? A) Profissionais de tecnologia da informação, engenheiro de software e pedagogo, devido à importância de suas habilidades. B) Psicólogo, profissional de marketing e programador, devido à importância de suas habilidades. C) Projetista, analista de sistemas e designer instrucional, devido à importância de suas habilidades. D) Gestor organizacional, administrador e estatístico, devido à importância de suas habilidades. E) Todos os profissionais são importantes, pois têm características específicas para cada etapa do projeto. 5) Com o intuito de se adaptar às necessidades do aluno e às mudanças tecnológicas vivenciadas em tempo real, percebe-se que haverá a necessidade de profissionais com perfis específicos para cada segmento de atuação da equipe que trabalha na implementação
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