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Aula 02
TCE-ES - Estatuto dos Servidores
Públicos Civis - 2022 FGV (Pré-Edital)
Autor:
Tiago Zanolla
14 de Setembro de 2022
10777696797 - GRACIELE VIEIRA RABELO 
Tiago Zanolla
Aula 02
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Direitos e Vantagens dos Servidores (Arts. 66 ao 121) 3
TCE-ES - Estatuto dos Servidores Públicos Civis - 2022 FGV (Pré-Edital)
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DOS DIREITOS E VANTAGENS 
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO 
Remuneração de servidor público é um assunto bastante complicado para quem não é funcionário 
público :P. São dezenas de linhas, cada uma delas no seu contracheque por um fundamento diferente, 
de maneira que só você e o Diretor do RH tem condições de explicar porque raios aquilo ali está ali. 
Mas vamos devagar. 
Você terá um cargo público, certo? Este cargo tem uma retribuição pecuniária (dinheirinho no seu 
bolso). Este valor será pago a você pelo desempenho de suas atividades em virtude de lei. Pois bem, 
este é o seu vencimento (também chamado vencimento básico). 
Art. 66 - Vencimento é a retribuição pecuniária mensal devida ao servidor público civil pelo efetivo exercício 
do cargo, fixada em lei. 
Mas o vencimento não é a única verba que estará no seu contracheque. Existem determinadas 
vantagens que integram a sua remuneração, mas que não constituem vencimentos. O melhor exemplo 
disto é o adicional de tempo de serviço previsto adiante em seu estatuto. 
Pois bem, a soma de todas as verbas constantes no seu holerite constitui a sua remuneração. 
Art. 69. Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes 
estabelecidas em lei. 
Vamos anotar isso? 
Vencimento 
Vencimento é o valor certo, fixado em lei, como retribuição pelo 
exercício de cargo público. 
Remuneração É o vencimento acrescido de vantagens pecuniárias permanentes. 
Veja um exemplo: 
 
Esse vencimento, em partes, é sagrado: 
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Art. 67 - Os vencimentos do servidor público, acrescidos das vantagens de caráter permanente, e os 
proventos são irredutíveis, observarão o princípio da isonomia, e terão reajustes periódicos que preservem 
seu poder aquisitivo. 
NOTA 01: O reajuste periódico atende a determinação Constitucional de reposição inflacionária: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser 
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão 
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
Assim, prevê o estatuto: 
Art. 70 - A revisão geral da remuneração dos servidores públicos da administração direta, das autarquias e 
das fundações públicas far-se-á sempre na mesma data e nos mesmos índices. 
§ 1º - Os vencimentos e os proventos dos servidores públicos estaduais deverão ser pagos até o último dia 
útil do mês de trabalho, corrigindo-se os seus valores, se tal preço ultrapassar o décimo dia do 
mês subseqüente no vencido, com base nos índices oficiais de variação da economia do país. 
§ 2º - As vantagens pecuniárias devidas ao servidor público serão pagas com base nos valores vigentes no 
mês de pagamento inclusive quanto às parcelas em atraso. 
Outra coisa BEM IMPORTANTE: A previsão acima não garante 100% q reposição anual. 
O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos vencimentos dos servidores 
públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/1988, não gera direito subjetivo a indenização. 
Deve o Poder Executivo, no entanto, pronunciar-se de forma fundamentada acerca das razões 
pelas quais não propôs a revisão. [RE 565.089, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 25-9-2019, 
P, DJE de 28-4-2020, Tema 19] 
Imagine um cenário de pandemia em que a arrecadação do Estado reduz drasticamente 
 
NOTA 02: Sobre o princípio da isonomia, o estatuto diz o seguinte: 
§ 1º - O princípio da isonomia objetiva assegurar o mesmo tratamento, a equivalência e a igualdade de 
remuneração entre os cargos de atribuições iguais ou assemelhadas. 
§ 2º - Na avaliação da ocorrência da isonomia serão levados em consideração a escolaridade, as atribuições 
típicas do cargo, a jornada de trabalho e demais requisitos exigidos para o exercício do cargo. 
A ideia é a seguinte: servidores com funções iguais devem receber o mesmo vencimento. 
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==1dd71f==
É algo bem comum na iniciativa privada um funcionário ganhar mais que o outro, mesmo exercendo a 
mesma função. Daí que, se acionar a justiça do trabalho, ele vai pedir equiparação salarial com base no 
paradigma. 
No serviço público isso é mais difícil, pois, exige lei para alterar vencimentos. O STF, inclusive, tem até 
sumula sobre isso: 
Súmula Vinculante 37: Não cabe ao poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar 
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. 
Ainda sobre a isonomia: 
Art. 68 - Os vencimentos dos servidores públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são 
idênticos para cargo de atribuições iguais ou assemelhadas, observando-se como parâmetro aqueles 
atribuídos aos servidores do Poder Executivo. 
Já adianto que isso é bem complicado, pois, os servidores exercem funções diferentes. Ademais, cada 
Poder tem seu próprio plano de cargos e salários. 
 
NOTA 03: O vencimento, a remuneração e os proventos não sofrerão descontos além dos previstos 
em lei, nem serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, salvo quando se tratar de: 
• prestação de alimentos, resultante de decisão judicial; e 
• reposição de valores pagos indevidamente pela Fazenda Pública estadual, hipótese em que 
o desconto será promovido em parcelas mensais não excedentes a vinte por cento da 
remuneração, ou provento. 
o Caso os valores recebidos a maior sejam superiores à 50% da remuneração que deveria 
receber, fica o servidor público obrigado a devolvê-lo de uma só vez no prazo de setenta 
e duas horas; 
• Reposições à fazenda: Caso o servidor cause prejuízos, deverá repor aos cofres públicos 
o A indenização de prejuízo causado à Fazenda Pública Estadual em virtude de alcance, 
desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimentos ou entradas nos prazos legais 
será feita de uma só vez, em valores atualizados. 
o O servidor público em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver a 
sua aposentadoria ou disponibilidade cassadas, terá o prazo de até sessenta dias, a partir 
da publicação do ato, para quitá-lo. A não-quitação do débito no prazo implicará sua 
inscrição em dívida ativa. 
 
NOTA 04: Descontos autorizados. 
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Art. 74 - Mediante autorização do servidor público, poderá haver consignação em folha de pagamento, a 
favor de terceiros, custeada pela entidade correspondente, a critério da administração, na forma definida 
em regulamento. 
A Administração Pública, preocupada com o endividamento do servidor, determina que a soma das 
consignações facultativas e compulsórias não poderá ultrapassar 70% do vencimento e vantagens 
permanentes atribuídosao servidor público. 
 
Nota 05: Remuneração Máxima 
Todo mundo conhece a máxima constitucional: o teto do funcionalismo público é o subsídio dos 
ministros do STF. Mas o legislador estadual achou por bem limitar no âmbito do estado também: 
Art. 71 - Nenhum servidor público poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração ou provento, 
importância superior à soma dos valores fixados como remuneração, em espécie, a qualquer título, por 
membro da Assembleia Legislativa, Desembargadores e Secretários de Estado, respectivamente, de 
acordo com o Poder a cujo quadro de pessoal pertença, observado o disposto no art. 69. 
Mas, nem tudo se sujeita ao teto. 
Excluem-se do teto da remuneração os adicionais e gratificações constantes do art. 93, I, c a I, II, a, b e 
c, e III, o décimo terceiro vencimento, as indenizações e os auxílios pecuniários previstos nesta Lei 
Art. 93 - Poderão ser concedidos ao servidor público: 
I – gratificação por: 
c) exercício de atividades em condições insalubres, perigosas e penosas; 
 d) execução de trabalho com risco de vida; 
e) prestação de serviço extraordinário; 
f) prestação de serviço noturno; 
g) revogado; 
h) encargo de professor ou auxiliar em curso oficialmente instituído, para treinamento e aperfeiçoamento 
funcional; e 
II – adicional de: 
a) tempo de serviço; 
b) férias; 
c) assiduidade; 
Nota 06 - Vencimento mínimo. 
O menor vencimento atribuído aos cargos de carreira não poderá ser inferior a um trinta avos do 
maior vencimento, incluída a gratificação de representação, quando houver. 
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Nota 06: Opção pelo vencimento. 
Art. 72 - O servidor público efetivo enquanto em exercício de cargo em comissão deixará de perceber o 
vencimento ou remuneração do cargo efetivo, ressalvado o direito de opção, na forma do art. 96. 
Nota 06: Proventos ao cônjuge ou companheiro em caso de falecimento. 
Art. 75 - A remuneração ou provento que o servidor público falecido tenha deixado de receber será pago ao 
cônjuge ou companheiro sobrevivente ou à pessoa a quem o alvará judicial determinar. 
 
DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS 
Vantagens pecuniárias são acréscimos ao vencimento constituídos em caráter definitivo, a título de 
adicional, ou em caráter transitório ou eventual, a título de gratificação. 
Vamos conhecê-las: 
VANTAGENS 
PECUNIÁRIAS
INDENIZAÇÃO
AUXÍLIOS FINANCEIROS
13º VENCIMENTO
GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
 
ATENÇÃO! 
• As indenizações e os auxílios financeiros não se incorporam ao vencimento ou provento para 
qualquer efeito. 
• As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e 
condições indicados em lei. 
• As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de 
quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento. 
• Nenhuma vantagem pecuniária poderá ser concedida sem autorização específica na lei de 
diretrizes orçamentárias. 
 
 
 
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DAS INDENIZAÇÕES 
Diárias, e Ajudas de Custo e transporte são todas espécies de indenização. 
As indenizações dividem um aspecto comum: elas buscam ressarcir o servidor de determinados gastos 
realizados no interesse da Administração Pública. 
Se você, por exemplo, for enviado para outro município, do outro lado do estado, e lá tiver de 
permanecer por três dias para realizar determinado trabalho, é natural que tenha de se hospedar em 
algum local para dormir. 
Pois bem, o dono do hotel não vai aceitar o seu crachá como forma de pagamento, tampouco vai lhe 
fornecer um teto para dormir baseando-se tão somente na condição de funcionário público (aliás, 
quando alguém faz isso, normalmente funcionário e particular acabam indo parar no noticiário). 
Você terá de entregar dinheiro ao dono do hotel, dinheiro este que sairá do seu bolso. Mas, como você 
só está gastando este dinheiro porque está desempenhando suas funções no interesse da 
Administração, é justo que você seja ressarcido pelos gastos. 
E esta a característica compartilhada por todas as hipóteses de indenização: ressarcir gastos. 
Art. 77 - Constituem indenizações ao servidor público: 
I – ajuda de custo; 
II – diária; e 
III – transporte. 
 Comecemos então pela ajuda de custo. 
Art. 78 - A ajuda de custo é a retribuição concedida ao servidor público estadual para compensar as 
despesas de sua mudança para novo local, em caráter permanente, no interesse do serviço, pelo 
afastamento referido no art.83, por prazo superior a 15 (quinze) dias e pelo afastamento previsto nos arts. 
57, II e 128, devendo ser paga adiantadamente. 
Como regra, a ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que 
passou a ter exercício em nova sede de forma PERMANENTE. 
Assim, a diferença marcante entre a ajuda de custo e a diária é o fundamento em que se baseia o 
pagamento da respectiva vantagem. 
Mas tem uma regrinha importante: Em alguns casos de afastamento TEMPORÁRIO, também é devida 
a ajuda de custo. Vejamos quais são: 
• Afastamentos temporários por prazo SUPERIOR a 15 dias (ao invés da diária recebe ajuda de 
custo) 
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Art. 85. Parágrafo único - Na hipótese de necessidade de afastamento por prazo superior a 15 (quinze) 
dias, o servidor fará jus a ajuda de custo. 
• Cumprir missão de interesse do serviço; e 
• Ao licenciado para tratamento de saúde que se deslocar do Estado para outro ponto do território 
nacional, por exigência de laudo médico oficial, será concedido transporte, por conta do Estado, 
inclusive para uma pessoa da família. 
 
E olha que legal: no caso de mudança de sede, a ajuda de custo é uma compensação. Para tanto: 
§ 1º - Correrão à conta da administração pública as despesas com transporte do servidor público e de sua 
família, inclusive um empregado. 
§ 2º - Nos casos de serviço ou cumprimento de missão em outro Estado ou no estrangeiro, a ajuda de custo 
será paga para fazer face às despesas extraordinárias. 
§ 3º - À família do servidor público que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para 
a localidade de origem. 
E qual é o valor? 
Art. 79 - A ajuda de custo será fixada pelo Chefe do Poder competente e será calculada sobre a 
remuneração mensal do servidor público, não podendo exceder a importância correspondente a 03 (três) 
meses de vencimento, salvo a hipótese de cumprimento de missão no exterior. 
Tem duas informações finais que você precisa ficar atento: 
A primeira é que não é devida em caso de mudança/retorno em virtude de mandato eletivo ou 
nomeação para cargo em comissão 
Art. 80 - Não será concedida ajuda de custo ao servidor público que se afastar do cargo, ou reassumí-lo, em 
virtude de mandato eletivo, por ter sido cedido, na forma dos arts. 54, 55 e 56 ou afastado na forma do art. 
57, I e III. 
 
Art. 82 - Será concedida a ajuda de custo àquele que, sendo servidor público do Estado, for nomeado para 
cargo em comissão, com mudança de domicílio. 
Imagine que você trabalha no interior do Estado e, em função de sua eleição para Deputado Estadual, 
tenha de se afastar de seu cargo atual para exercer o mandato do seu novo cargo eletivo. 
Este deslocamento que você terá de fazer do município em que se encontra para a Capital não será 
indenizado por ajuda de custo, tampouco o seu retorno, por ocasião do término do mandato. 
A segunda é quanto a restituição: 
Art. 81 - O servidor público restituirá a ajuda de custo quando:I – não se transportar para a nova sede no prazo determinado; 
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II – pedir exoneração ou abandonar o serviço; 
 III – não comprovar a participação em missão a que se refere o art. 57, II; 
IV - Ocorrer qualquer das hipóteses prevista no art. 84. 
 Ora! O servidor recebeu a ajuda de custo para se deslocar para uma nova sede. Se ele não se apresentou 
ao trabalho no prazo determinado, o que raios ele fez com o dinheiro? Lembrando que, em regra, a 
ajuda de custo é paga antecipadamente ao funcionário. 
Se o servidor não cumpre a obrigação que lhe foi atribuída, o que exatamente haveria para se indenizar? 
Pense nisso! 
Mas existe hipótese de retorno antecipado no qual o servidor não precisa devolver a ajuda de custo: 
Parágrafo único - O servidor público não estará obrigado a restituir a ajuda de custo quando seu regresso à 
sede anterior for determinado de ofício ou decorrer de doença comprovada na sua pessoa ou em pessoa de 
sua família. 
Nestes casos, o servidor não tem culpa de ter regressado. 
No primeiro caso, o servidor pode, por exemplo, ter sido removido de ofício para unidade em outra sede, 
o que teria justificado seu deslocamento para a nova cidade. Porém, no meio da missão, a 
Administração mudou de ideia e chamou ele de volta (obedecer a determinação superior). 
Como o deslocamento foi necessário, ele provavelmente recebeu ajuda de custo para fazer a mudança, 
porém, agora que recebeu uma contraordem, terá de voltar, mas poderá manter o valor recebido a 
título de ajuda de custo. 
A segunda hipótese cuida do servidor que retornou à lotação original por motivo de doença (afinal, ficar 
doente também não foi culpa dele). 
Das Diárias 
Como mencionei, enquanto a ajuda de custo busca indenizar gastos inerentes á mudança permanente 
do local onde o servidor exerce seu cargo, as diárias indenizam afastamentos em caráter temporário. 
Art. 83 - Ao servidor público que a serviço, se afastar do Município onde tenha exercício regular em caráter 
eventual ou transitório, por período de até quinze dias, será concedida, além da passagem, diária para cobrir 
as despesas com pousada e alimentação, na forma disposta em regulamento. 
Guarde muito bem: o afastamento da sede tem de ser temporário. Se for permanente, já sabe: ajuda 
de custo, gente! 
O restante não traz grandes dificuldades: 
• A diária será concedida por dia de afastamento, sendo também devida em valores a serem 
definidos em regulamento, quando não houver pernoite, e será paga adiantadamente. 
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• Quando o deslocamento ocorrer para fora do Estado, o servidor público fará jus a uma 
complementação de diária, destinada a cobrir despesas com transporte urbano, a ser definida 
em regulamento. 
• A diária também será devida ao servidor público designado para participar de órgão colegiado 
estadual, quando resida em localidade diversa daquela em que são realizadas as sessões do 
órgão, bem como ao pessoal cedido para prestar serviços ao governo estadual. 
• Não será devida diária quando o deslocamento do servidor ocorrer entre os municípios da 
Região Metropolitana da Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana), entre 
municípios limítrofes ou quando a distância entre as suas sedes for inferior a 150 (cento 
e cinqüenta quilômetros), salvo, neste último caso, se ocorrer pernoite. 
• O servidor público que receber diária e não se afastar da sede, por qualquer motivo, ou o que 
retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá o valor total 
das diárias recebidas ou o que exceder o que lhe for devido, no prazo de cinco dias, a contar do 
recebimento ou retorno, conforme o caso. 
• A diária será fixada com observância dos valores médios de despesas com pousada e 
alimentação. 
• Ocorrendo reajuste no valor da diária durante o afastamento do servidor público, será este 
reembolsado da diferença. 
 
Do Transporte 
A indenização de transporte é concedida ao servidor público que utilize meio próprio de locomoção para 
execução de serviços externos, mediante apresentação de relatório. 
A utilização de meio próprio de locomoção depende de prévia e expressa autorização, na forma definida em 
regulamento. 
 
DOS AUXÍLIOS FINANCEIROS 
Serão concedidos ao servidor público: 
Auxílio-transporte 
O auxílio-transporte será devido ao servidor público ativo, na forma da lei, 
para pagamento das despesas com o seu deslocamento da residência para o 
trabalho e do trabalho para a residência, por um ou mais modos de 
transporte público coletivo, computados somente os dias trabalhados. 
Também fará jus ao auxílio-transporte o servidor público matriculado e que 
esteja frequentando curso de formação ou especialização na Escola de 
Serviço Público ou em outro órgão público. 
Auxílio-alimentação 
O auxílio-alimentação será devido ao servidor público ativo na forma e 
condições estabelecidas em regulamento. 
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Auxílio-creche 
auxílio-creche será devido ao servidor público ativo que possua filho em 
idade de zero a seis anos, em creche, na forma e condições estabelecidas em 
regulamento 
Bolsa de estudo 
Fará jus a bolsa de estudos o servidor público regularmente matriculado em 
curso específico de formação inicial ou curso de especialização, em qualquer 
nível, e em estabelecimento oficial de ensino, ou na Escola de Serviço Público 
do Estado do Espírito Santo, quando exigido em cargo da mesma carreira em 
que se encontre. 
O valor e as condições de concessão da bolsa de estudos serão fixados em 
regulamento. 
 
Das Gratificações e Adicionais 
Classicamente, seu professor, neste ponto da aula, recorreria a um trecho do livro da Maria Sylvia 
Zanella Di Pietro, citando Hely Lopes Meireles: 
“Vantagens pecuniárias são acréscimos de estipêndio do funcionário concedidas a título definitivo ou 
transitório, pela decorrência de tempo de serviço (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funções 
especiais (ex facto officii), ou em razão das condições anormais em que se realiza o serviço (propter laborem), 
ou, finalmente, em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). As duas primeiras espécies 
constituem os adicionais (adicionais de vencimento e adicionais de função); as duas últimas formam a 
categoria das gratificações de serviço e gratificações pessoais”. 
Na teoria do Direito Administrativo, adicionais e gratificações compõem grupos distintos de vantagens. 
E é exatamente essa definição que o estatuto adota: 
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Inúmeras gratificações, não? Sugiro que não se concentre em memorizar estas gratificações agora. 
Exceto nos casos expressamente previstos em Lei, o afastamento eventual ou temporário do 
exercício do seu cargo, a lotação ou designação do funcionário para servir em outro órgão, acarreta o 
cancelamento automático das gratificações atribuídas ao mesmo e não incorporadas ao vencimento. 
As gratificações recompensam o servidor por um “evento tido por relevante” que hoje desempenhada 
e que amanhã poderá não ser mais. Assim, a natureza dos eventos é que eles não duram para sempre. 
E, o mais importante: quando o servidor não está mais desempenhando a atividade ou sujeito à 
condição que autoriza o pagamento da gratificação, seu pagamento, em regra, cessa. Resumindo a 
história: as gratificações“não pertencem” ao servidor. 
Se o servidor se afasta do cargo temporariamente, se sua lotação é alterada ou se ele é designado para 
servir em outro órgão, a única coisa que ele pode levar consigo é aquilo que é seu: o vencimento do 
cargo (nas hipóteses em que a legislação autorizar seu recebimento, pois, do contrário, ele ficará sem 
nada). 
Vantagens pecuniárias
I – gratificação por:
a) exercício de função gratificada;
b) exercício de cargo em comissão;
c) exercício de atividades em condições insalubres, 
perigosas e penosas;
d) execução de trabalho com risco de vida;
e) prestação de serviço extraordinário;
f) prestação de serviço noturno;
h) encargo de professor ou auxiliar em curso 
oficialmente instituído, para treinamento e 
aperfeiçoamento funcional; e
i) produtividade;
II – adicional de:
a) tempo de serviço;
b) férias;
c) assiduidade;III – gratificação de representação.
IV - gratificação especial de 
participação em comissão de licitação 
e de pregão.
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Daí também a previsão de que o servidor poderá receber as gratificações incorporadas: elas passaram 
a compor seu vencimento. 
E o afastamento permanente do cargo professor? Ora, meu caro, afastamento permanente do cargo é 
o desligamento do mesmo: neste caso, o servidor nem mais servidor é, e não vai receber coisa alguma. 
 
Enfim, a concessão de licença é um ato administrativo, certo? Por isso, tome nota da autoridade 
competente: 
§ 1º - Para conceder as gratificações previstas neste artigo, exceto as referidas no inciso I, alíneas “a”, “d” e 
“e”, são competentes: 
I – na Administração Direta do Poder Executivo, o Secretário responsável pela administração de pessoal; e 
II – nas autarquias e fundações públicas, os respectivos dirigentes. 
§ 2º - As gratificações excepcionadas no parágrafo anterior serão concedidas pelos secretários das 
respectivas pastas. 
§ 3º - Nos demais Poderes é competente para concessão das gratificações e adicionais a autoridade de igual 
nível hierárquico ao de Secretário de Estado. 
 
Da Gratificação por Exercício de Função Gratificada 
Gratificação de Função é a que corresponde a encargos de gerência, chefia ou supervisão de órgãos e 
outros definitivos em regulamento, não podendo ser atribuída a ocupante de cargo em comissão. 
Art. 94 - Ao servidor público efetivo investido em função gratificada é devida uma gratificação pelo seu 
exercício. 
Parágrafo único - A gratificação prevista neste artigo será fixada por lei e recebida concomitantemente com 
o vencimento ou remuneração do cargo efetivo. 
Pois bem, função, é uma “atribuição sem cargo respectivo”: Elas buscam remunerar encargos de chefia, 
gerência ou supervisão de órgãos e, por não estarem atrelados a um cargo público, não podem ser 
ocupadas por servidores ocupantes de cargo em comissão (apenas ocupantes de cargo de provimento 
efetivo podem preencher funções). 
Estas funções, como você também já sabe, não fazem parte do conjunto de atribuições do cargo. Elas 
são “anexadas” ao servidor, que desde então, fica responsável pelo seu exercício, o que expande o 
conjunto original de serviços que podiam ser exigidos do servidor. A gratificação de função busca 
recompensar o servidor pela aceitação do encargo adicional. 
A regra geral nos diz que essa gratificação deveria ser cancelada se o servidor se afastasse temporária 
ou eventualmente. Mas também permite que a lei abra exceções a esta previsão. 
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Ocorre que o próprio estatuto já cuidou de abrir algumas exceções para esta regra na gratificação de 
função: 
Art. 95 - Não perderá a gratificação o servidor público que se ausentar em virtude de férias, luto, casamento, 
licenças previstas no art. 122, I a IV e X, e serviço obrigatório por Lei. 
 Se a ausência decorrer de uma das causas apontadas no Art. 95 (são todas ausências remuneradas), o 
servidor continua a receber o vencimento e a gratificação de função. 
 
Da Gratificação por Exercício de Cargo em Comissão 
A gratificação por exercício de cargo em comissão será concedida ao servidor público que, investido em 
cargo de provimento em comissão, optar pelo vencimento do seu cargo efetivo. 
A gratificação corresponderá a 65% do vencimento do cargo em comissão. 
EXEMPLO: Servidor que ganha R$ 5.000,00 e passa a ocupar um cargo em comissão que pague R$ 
3.000,00. Ele deve optar por um ou outro. 
É claro que vai optar pelo vencimento do cargo. Nesse caso, além dos R$ 5.000, vai receber mais R$ 
1.950 pelo exercício do cargo em comissão (65% de R$ 3.000) 
 Da Gratificação por Exercício de Atividade em Condições Insalubres, Perigosas ou Penosas 
O servidor público que trabalhe com habitualidade em locais considerados insalubres ou perigosos ou 
que exerça atividades penosas fará jus a uma gratificação calculada sobre o vencimento do cargo efetivo 
ou em comissão que exerça. 
Atenção ao conceito de cada um: 
INSALUBRE 
Considera-se insalubre o trabalho realizado em contato com portadores de 
moléstias infectocontagiosas ou com substâncias tóxicas, poluentes e radioativas ou 
em atividades capazes de produzir sequelas. 
PERIGOSO 
Considera-se perigoso o trabalho realizado em contato permanente com inflamáveis, 
explosivos e em setores de energia elétrica sob condições de periculosidade. 
PENOSO 
Consideram-se penosas as atividades normalmente cansativas ou excepcionalmente 
desgastantes exercidas com habitualidade pelo servidor público, na forma prevista em 
regulamento. 
Pelo Estatuto, o funcionário só receberá a gratificação de insalubridade ou a gratificação de 
periculosidade enquanto se encontrar prestando serviços em locais insalubres ou perigosos, 
respectivamente. 
Essa gratificação possuí valor fixo. 
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§ 4º - As gratificações referidas neste artigo serão fixadas em percentuais variáveis entre quinze e quarenta 
por cento do respectivo vencimento, de acordo com o grau de insalubridade, periculosidade ou penosidade a 
que esteja exposto o servidor público, e que será definido em regulamento. 
Art. 98 - Será alterado ou suspenso o pagamento da gratificação de insalubridade, 
periculosidade ou penosidade durante o afastamento do efetivo exercício do cargo ou função, exceto nos 
casos de férias, licenças previstas no art. 122, I, II, IV e X, casamento, luto e serviço obrigatório por lei, ou 
quando ocorrer a redução ou eliminação da insalubridade, periculosidade ou penosidade ou forem adotadas 
medidas de proteção contra os seus efeitos. 
 
Art. 99 - É proibida a atribuição de trabalho em atividades ou operações consideradas insalubres, perigosas 
ou penosas à servidora pública gestante ou lactante. 
 
 
Da Gratificação por Execução de Trabalho com Risco de Vida 
A gratificação por execução de trabalho com risco de vida será concedida ao servidor público que 
desempenhe atribuições ou encargos em circunstâncias potencialmente perigosas à sua integridade 
física, com possibilidade de dano à vida. 
§ 1º - A gratificação de que trata este artigo variará entre os limites de vinte e quarenta por cento, calculados 
sobre o valor do vencimento do cargo exercido e será fixada em regulamento. 
§ 2º - A gratificação por execução de trabalho com risco de vida apenas será devida enquanto o servidor 
público execute suas atividades nas mesmas condições que deram causa à concessão da vantagem, mantido 
o direito à percepção da mesma apenas nas ausências por motivo de férias, luto, casamento, licenças 
previstas no art.122, I a IV e X, e serviço obrigatório por lei. 
§ 3º - A gratificação prevista neste artigo não será concedida ao servidor público que já estiver percebendo a 
gratificação constante do art. 97. 
 
Da Gratificação por Prestação de Serviço Extraordinário 
Ao contrário da crença popular, funcionário público trabalha, e às vezes, trabalha além do expediente 
normal. Nada com que você deva se preocupar: a Administração pode precisar de você, mas está 
disposta a remunerar o seu empenho extra. 
A gratificação pela prestação de serviço extraordinário funciona da mesma forma que a hora extra da 
relação de emprego: o servidor receberá, um acréscimo de 50% sobre o valor da sua hora normal pelo 
serviço extraordinário. 
Entretanto, isto não é uma forma de aumentar artificialmente os seus vencimentos! Lógico que uma 
graninha a mais no fim do mês ajuda muito, mas o serviço extraordinário tem condições bem específicas 
para ser permitido: 
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Art. 101 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de cinquenta por cento em relação 
à hora normal de trabalho. 
§ 1º - Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, 
respeitado o limite máximo de duas horas diárias, e não excederá 180 (cento e oitenta) dias por ano. 
§ 2º - A gratificação somente será devida ao servidor público efetivo que trabalhe além da jornada normal, 
vedada sua incorporação à remuneração. 
Da Gratificação por Prestação de Serviço Noturno 
O serviço noturno será remunerado com o acréscimo de 20% ao valor da hora normal, considerando-se 
para os efeitos deste artigo, os serviços prestados em horário compreendido entre as vinte e duas horas 
de um dia e as cinco horas do dia seguinte. 
Mas não é só isso: A hora de trabalho do serviço noturno será computada como de cinquenta e dois 
minutos e trinta segundos. Assim, aquele que labora das 22 às 5 vai ter computado 8 horas de trabalho. 
 
Da Gratificação por Encargo de Professor ou Auxiliar em Curso Oficialmente 
Instituído, para Treinamento e Aperfeiçoamento Funcional 
Art. 104 - A gratificação por encargo de professor ou auxiliar em curso para treinamento e aperfeiçoamento 
funcional será devida ao servidor público que for designado para participar como professor ou auxiliar em 
curso da Escola de Serviço Público, devendo ser fixada pelo Secretário de Estado responsável pela 
administração de pessoal. 
 
Da Gratificação por Produtividade 
Art. 105 - A gratificação de produtividade só será devida ao ocupante de cargo efetivo, na forma e condições 
definidas em Lei. 
 
Do Adicional de Tempo de Serviço 
Art. 106 - O Adicional de Tempo de Serviço, respeitado do disposto no artigo 166, será concedido ao servidor 
público, a cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício, no percentual de 5% (cinco por cento), limitado a 35% 
(trinta e cinco por cento) e calculado sobre o valor do respectivo vencimento. 
Parágrafo único - Em caso de acumulação legal, o adicional de tempo de serviço será devido em razão do 
tempo prestado em cada cargo. 
Esse adicional é um dos grandes motivos que você encontra contracheques bem gordinhos daqueles 
que tem mais tempo de serviço. 
A cada 5 anos, um adicional de 5% calculados sobre o vencimento, limitados a 35%: 
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Exemplo: 
EXERCÍCIO VENCIMENTO ADICIONAL VALOR TOTAL 
5 anos R$ 5.000,00 5% R$ 250,00 R$ 5.250,00 
10 anos R$ 5.850,00 10% R$ 585,00 R$ 6.435,00 
15 anos R$ 6.844,50 15% R$ 1.026,68 R$ 7.871,18 
20 anos R$ 8.008,07 20% R$ 1.601,61 R$ 9.609,68 
25 anos R$ 9.369,44 25% R$ 2.342,36 R$ 11.711,80 
30 anos R$ 10.962,24 30% R$ 3.288,67 R$ 14.250,91 
35 anos R$ 12.825,82 35% R$ 4.489,04 R$ 17.314,86 
 
 Do Adicional de Férias 
Art. 107 - Por ocasião das férias do servidor público, ser-lhe-á devido um adicional de um terço da 
remuneração percebida no mês em que se iniciar o período de fruição. 
Parágrafo único - O adicional de férias será devido apenas uma vez em cada exercício. 
 
Do Adicional de Assiduidade 
Art. 108. Após cada decênio ininterrupto de efetivo exercício prestado à administração direta, autarquias e 
fundações do Estado do Espírito Santo, o servidor público em atividade terá direito a um adicional de 
assiduidade, em caráter permanente, correspondente a 2% (dois por cento) do vencimento básico do cargo, 
respeitando o limite de 15% (quinze por cento) com integração da mesma vantagem concedida 
anteriormente sob regime jurídico diverso. 
§ 1º - A gratificação de assiduidade para o decênio em curso na data de promulgação desta Lei 
Complementar será calculada proporcionalmente e de forma mista. 
§ 2º - Para aplicação do disposto no § 1º será considerado percentual de 5% (cinco por cento) para os anos já 
trabalhados e de 2% (dois por cento) para os anos a serem trabalhados até a complementação do decênio. 
 Vamos aos pontos principais: 
- Muita atenção!!!! O adicional não leva em conta o tempo de serviço público prestado aos 
municípios, mas tão somente à administração direta, autarquias e fundações do Estado do Espírito 
Santo. 
- A concessão é feita a cada 10 anos. 
- Atenção ao nome "adicional de assiduidade". Ela é paga, portanto, ao servidor que frequenta ao 
serviço. Todavia, é praticamente impossível o servidor não se ausentar durante 10 anos de trabalho. 
Mas, fica tranquilo! Não são todos os afastamentos que interrompem a contagem. 
Art. 109 - Interrompem a contagem do tempo de serviço, para efeito de cômputo de decênio previsto no 
"caput" deste artigo, os seguintes afastamentos: 
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I - Licença para trato de interesses particulares; 
II - Licença por motivo de deslocamento do cônjuge ou companheiro, quando superiores a 30 (trinta) dias 
ininterruptos ou não; 
III - Licença por motivo de doença em pessoa da família, quando superiores a 30 (trinta) dias ininterruptos ou 
não; 
IV - Licença para tratamento da própria saúde, quando superiores a 60 (sessenta) dias, ininterruptos ou não. 
V - Faltas injustificadas; 
VI - Suspensão disciplinar, decorrente de conclusão de processo administrativo disciplinar; 
VII - Prisão mediante sentença judicial, transitada em julgado. 
 § 1º - A interrupção do exercício de que trata o "caput" deste artigo, determinará o reinício da contagem 
do tempo de serviço para efeito de aquisição do benefício, a contar da data do término do afastamento. 
§ 2º - Excetuam-se do disposto no inciso IV deste artigo os afastamentos decorrentes de licença por acidente 
em serviço ou doença profissional e aqueles superiores a 60 (sessenta) dias ininterruptos de licença 
concedidos por junta médica oficial. 
§ 3º - A exceção constante do parágrafo anterior aplica-se à hipótese de afastamento determinado por junta 
médica oficial para tratamento de doenças graves especificadas no Art.131, independente do período de 
licença concedido. 
 § 4º - As licenças concedidas em decorrência de acidente em serviço após o período no § 2º, desde que 
necessárias ao prosseguimento de tratamento terapêutico, serão consideradas como de efetivo exercício 
para a concessão do adicional de assiduidade. 
§ 5º - As licenças da natureza gravídica da servidora concedidas antes ou após a licença de gestação, 
serão também consideradas como de efetivo exercício para a concessão do adicional de assiduidade. 
 
Art. 110 - As faltas injustificadasao serviço, bem como as decorrentes de penalidades disciplinares e de 
suspensão, retardarão a concessão da assiduidade na proporção de sessenta dias por falta. 
 
Art. 111 - O servidor público com direito ao adicional de assiduidade poderá optar pelo gozo de 3 (três) 
meses de férias-prêmio, na forma prevista no art.118. 
 
Art. 112 - Em caso de acumulação legal, o servidor público fará jus ao adicional de assiduidade em relação a 
cada um dos cargos isoladamente. 
 
Da Gratificação de Representação 
A gratificação de representação destina-se a atender às despesas extraordinárias, decorrentes de 
compromissos de ordem social ou profissional inerentes a representatividade de ocupantes de cargos 
de proeminência e destaque dentro da administração pública estadual. 
A gratificação não poderá ser percebida cumulativamente pelo servidor público que ocupe cargo efetivo 
e em comissão aos quais a mesma seja atribuída, distintamente, sendo facultada, nesta hipótese, a 
opção pela de maior valor. 
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A gratificação de representação será fixada por lei até o limite máximo de cinquenta por 
cento do vencimento do cargo. 
 
Da Gratificação Especial de Participação em Comissão de Licitação e de Pregão 
Aos presidentes e membros das comissões de licitação, aos pregoeiros e aos membros das equipes de 
pregão será atribuída uma gratificação especial, a ser paga mensalmente, observada a seguinte 
especificação por modalidade de licitação: 
• concorrência ou tomada de preços - 60 (sessenta) Valores de Referência do Tesouro Estadual 
- VRTEs; 
• carta convite - 40 (quarenta) VRTEs; 
• pregão: 
o a) 60 VRTEs, quando o valor for equivalente à concorrência ou tomada de preços, e 
o b) 40 VRTEs, quando o valor for referente à carta convite. 
A gratificação devida aos presidentes e pregoeiros, será acrescida de 20 % (vinte por cento). 
 
Ainda: 
§ 2º Independente da quantidade de licitação ou pregão realizado por mês, o pagamento da gratificação 
prevista no “caput” deste artigo não será inferior a 300 (trezentos) VRTEs e não poderá ultrapassar a 550 
(quinhentos e cinqüenta) VRTEs. 
§ 3º Para fins de remuneração da gratificação instituída neste artigo, o número de integrantes das comissões 
de licitação e do pregão não poderá ser superior a 04 (quatro) efetivos. 
§ 4º O membro suplente somente receberá a gratificação quando formalmente designado para substituição 
durante o período de férias de membro efetivo da respectiva comissão ou equipe. 
 
Do Décimo Terceiro Vencimento 
O servidor público terá direito anualmente ao décimo terceiro vencimento, com base no número de 
meses de efetivo exercício no ano, na remuneração integral que estiver percebendo ou no valor do 
provento a que o mesmo fizer jus, conforme dispuser o regulamento. 
§ 1º O 13º vencimento será pago no mês de dezembro, proporcionalmente aos meses trabalhados, à razão 
de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício no ano. 
§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral. 
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§ 3º No mês de aniversário do servidor será efetuado o pagamento de adiantamento do 13º vencimento, 
deduzidos os valores correspondentes ao Imposto de Renda e à contribuição previdenciária do servidor, os 
quais serão liquidados no mês de dezembro. 
§ 4º Quando a admissão do servidor ocorrer durante o decurso do ano civil, o pagamento do 13º vencimento 
será feito exclusivamente no mês de dezembro, na proporção dos meses de efetivo exercício, observada a 
regra prevista no § 1º. 
§ 5º Quando o servidor se afastar do exercício do cargo, antes do recebimento do adiantamento do 13º 
vencimento, o pagamento será efetuado no mês subsequente ao do afastamento, à razão de 1/12 (um doze 
avos) por mês de efetivo exercício. 
§ 6º Quando ocorrer o afastamento do exercício do cargo, após o recebimento do adiantamento do 13º 
vencimento, o servidor restituirá ao Erário os valores antecipados, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês 
não trabalhado no ano em curso. 
§ 7º São hipóteses de afastamento a que se referem os §§ 5º e 6º: 
I - licenças sem vencimentos; 
II - afastamento para exercício de mandato eletivo; 
III - exoneração; 
IV - falecimento; 
V - aposentadoria. 
 
DAS FÉRIAS 
O servidor público terá direito anualmente ao gozo de um período de férias por ano de efetivo exercício, 
que poderão ser acumuladas até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade de serviço, 
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica, na seguinte proporção: 
FALTAS NO PERÍODO AQUISITIVO1 DIAS DE FÉRIAS A USUFRUIR 
Não faltar mais de 5 dias 30 dias 
De 6 a 14 faltas 24 dias 
De 15 a 23 faltas 18 dias 
De 24 a 32 faltas 12 dias 
Os afastamentos por motivo de licença para o trato de interesses particulares e 
para frequentar cursos com duração superior a doze meses, suspendem o período aquisitivo 
para efeito de férias, reiniciando-se a contagem a partir do retorno do servidor público. 
 
1 Art. 115. § 7º - O período referência, para apurar as faltas previstas no incisos I a IV deste artigo, será o ano civil anterior ao ano que 
corresponde o direito as férias. 
 
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O servidor público que opere direta e permanentemente com Raios X e substâncias 
radioativas gozará, obrigatoriamente, vinte dias consecutivos de férias, por semestre de 
atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação. 
Bem, aí temos uma série de regras. Elas são de fácil entendimento, mas se ficar com dúvidas, chama lá 
no fórum. 
§ 1º - Vencidos os dois períodos de férias deverá ser, obrigatoriamente, concedido um deles antes de 
completado o terceiro período. 
§ 2º - Somente após completado o primeiro ano de efetivo exercício adquirirá o servidor público, o direito 
a gozar férias. 
§ 3º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. 
§ 4º - As férias observarão a escala previamente publicada, não sendo permitido o afastamento, em um só 
mês, de mais de um terço dos servidores públicos de cada setor. 
§ 5º - Nos caso de afastamento para mandatos eletivos, serão considerados como de férias os períodos de 
recesso. 
§ 6º - O servidor público afastado em mandato classista deverá observar, com relação às férias, o disposto 
neste artigo. 
§ 8º - A exoneração de servidor com períodos de férias completos ou incompletos determinará um cálculo 
proporcional, à razão de 1/12 (um doze avos) por mês: 
a) para indenização do servidor, na hipótese das férias não terem sido gozadas; 
 b) para ressarcimento ao erário público, na hipótese das férias terem sido gozadas sem ter completado 
período aquisitivo. 
§ 9º - O servidor perderá o direito ao gozo ou indenização das férias, que não atender o limite disposto no § 
1º deste artigo. 
§ 10 - Aplica-se ao servidor, no ano em que se der a sua aposentadoria, o disposto no §§ 8º e 9º deste artigo. 
§ 11 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, convocação para júri, 
serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou 
entidade. 
§ 12 - O período de férias interrompido será gozado de uma só vez, observando o disposto no artigo 118. 
§ 13. As férias regulamentares de servidores públicos cônjuges poderão ser usufruídas no mesmo mês, desde 
que requeridas, ainda que os servidores estejam lotados em órgãos distintos da Administração PúblicaEstadual, e que não tragam prejuízos para o funcionamento da máquina administrativa. 
§ 14. As férias regulamentares de servidores públicos poderão ser fracionadas para serem gozadas em dois 
períodos de 15 (quinze) dias cada, a pedido do servidor e no interesse da administração pública. 
ATENÇÃO! O que ocorre com as férias não usufruídas do servidor que tomar posse em outro cargo? 
A resposta é depende: 
• Se tiver QUEBRA DE CONTINUIDADE, perde dos dias; 
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• Se NÃO TIVER QUEBRA DE CONTINUIDADE, transfere para o novo cargo. 
2. A jurisprudência desta Corte firmou o entendimento de que, ocorrendo vacância, 
por posse em outro cargo inacumulável, sem solução de continuidade no tempo de 
serviço, o direito à fruição das férias não gozadas e nem indenizadas transfere-se para 
o novo cargo, ainda que este último tenha remuneração maior. Precedente. (AgRg no 
Ag 1008567/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, 
julgado em 18/09/2008, DJe 20/10/2008) 
 
DAS FÉRIAS-PRÊMIO 
O estatuto não prevê mais a hipótese de licença-prêmio, mas tem ainda das férias-prêmio a cada 10 
anos de efetivo exercício. 
Art. 118 - As férias-prêmio serão concedidas ao servidor público efetivo que, tendo adquirido direito ao 
adicional de assiduidade de acordo com o art. 1082, optar por esse afastamento. 
Parágrafo único - O servidor público que optar pelo benefício constante deste artigo, deverá requerê-lo no 
prazo de até sessenta dias imediatamente anteriores à data prevista para aquisição do direito. 
 
Art. 119 - O número de servidores públicos em gozo simultâneo de férias-prêmio não poderá ser superior à 
sexta parte do total da lotação da respectiva unidade administrativa. 
§ 1º - Quando o número de servidores públicos existentes na unidade administrativa for menor que seis, 
somente um deles poderá ser afastado, a cada mês. 
§ 2º - Na hipótese prevista neste artigo, terá preferência para entrada em gozo de férias-prêmio o servidor 
público que contar maior tempo de serviço público prestado ao Estado. 
§ 3º - As férias-prêmio deverão ser gozadas de uma só vez. 
 
Art. 120 - O servidor público terá, a contar da publicação do ato respectivo, o prazo de trinta dias para entrar 
em gozo de férias-prêmio. 
 
Art. 121 - É vedada a interrupção das férias-prêmio durante o período em que for concedida. 
 
 
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