Buscar

Qual o papel da tecnologia na vida dos sujeitos atuais Rev01

Prévia do material em texto

1. Qual o papel da tecnologia na vida dos sujeitos atuais? 
2. Como a tecnologia pode impactar na vida das pessoas com relação à educação e ao meio ambiente ?
	
	
O ser humano e sua prodigiosa mente não se cansa em buscar meios tecnológicos que melhor auxiliem no domínio da natureza das coisas , tanto de si mesmo bem como, fora dele.
Mergulhado num contínuo processo dialético de apreensão de novos conhecimentos , viu na “modernidade” , o florescer de novas tecnologias, nunca vista antes , que repaginaram idiossincraticamente o modo social de se viver.
As revoluções tecnológicas e seus desdobramentos reverberaram em todos os setores do cotidiano humano. A reboque dessas inovações , as ciências em geral e as comunicações estão entre as que mais sofreram impactos desses avanços.
Em que pese esses avanços tecnológicos, visivelmente presentes na contemporaneidade, onde o imperialismo econômico sobra a braçadas largas, com supostas propostas de amplo desenvolvimento para sociedade como um todo, na prática , o que se vê, é um fosso descomunal quando se trata de países “sub desenvolvidos” ou “em desenvolvimento”, onde o acesso a essas ferramentas são , muitas vezes , drasticamente ignoradas pelo modelo capitalista preponderante no mundo globalizado.
Se de um lado temos uma tecnologia digital que transborda em facilidades , permitindo aos indivíduos ter melhor qualidade de vida, num outro giro social , temos milhões de pessoas que estão as margens dessa “evolução” .
Inegável o progresso proporcionado pelas novas ferramentas tecnológicas a humanidade, mas mesmo com todo esse aparato , não há um real interesse na universalização desses dados, causando sérios prejuízos as pessoas e povos que, cada dia mais, dependem do acesso a esses novos movimentos informacionais.
Sabemos o quanto as novas formas de interação social vêm ocorrendo de maneira positiva no mundo virtual sem fronteiras. Vemos de maneira exponencial acontecer, por conta deste magnifico mundo que a internet possibilitou aos indivíduos, bater às portas, tanto do setor público como do setor privado, em escolas, estabelecimentos de saúde, segurança, lazer, infraestruturas, comércio, indústria, agricultura, saneamento, energia, telefonia, lares, meio ambiente etc.…. A Robótica, a Inteligência Artificial, as Nanos Tecnologias são algumas dessas engenhocas que ilustram muito bem essa evolução nos dias atuais.
Salta aos olhos, “pipocando” a todo instante e lugares, inovações que atendem as necessidades e desejos das massas humanas para a alegria e riqueza de um seleto grupo mercadológico. Isso tudo é muito bem-vindo, necessário e de interesse de todos.
É também muito patente pra todos nós, em especial a comunidade mercantilista internacional, esta “lua de mel” entre mercado fornecedor de tecnologias diversas e o ávido público consumidor, não demandando ao senso comum, nenhuma dificuldade de percepção dessa realidade pós moderna para uma determinada fatia social humana.
Acontece que a moeda é uma e tem duas facetas, ângulos diferentes que rolam no mesmo tabuleiro global. E ao “deitar” dessa mesma moeda de intercâmbio mundial, mostrando que o lado avesso às sociedades “privilegiadas”, como diagnosticada anteriormente aqui, a realidade se revela bem sombria.
O impacto tecnológico proporcionado a essas populações menos “prestigiadas” tem evidenciado papel “manchado” na vida dos sujeitos atuais. Note-se aí, neste repertório de injustiças sociais, relações humanas indignas e predatórias advindas desse mercantilismo, que não apenas minam e exaurem seus parcos recursos, bem como atingem princípios basilares de qualquer nação que pretenda crescer no campo político, econômico e social.
Tomando o brasil como exemplo de país “em desenvolvimento”, a penetração dos modos digitais segue a pequenos passos comparado aos países “desenvolvidos” em seus diversos segmentos produtivos ou não. O Comitê Gestor da Internet no Brasil, apontou no ano de 2017, pesquisa que mostra o quanto ainda é desigual o acesso a internet por parte da nossa população aos meios digitais. Revela discrepância flagrante da utilização nas residências rurais comparado aos centros urbanos, onde estes são contemplados em 59 por cento e aquele em vinte e seis por cento.
Destaca nesta mesma pesquisa, o desequilíbrio do poder de renda entre essas populações, onde, apenas, vinte e nove por cento dos lares brasileiros que tem ganho monetário de até um salário mínimo, tem acesso a meios virtuais, ao passo que, a camada social com proventos de até dez salários mínimos, totaliza noventa e oito por cento dos seus habitantes que usam a internet. Uma desigualdade que compromete em muito o desempenho do seu IDH (Indice de desenvolvimento Humano), mais tocante mente, nas áreas da Saúde, Renda e Educação.
Saliente-se que é através de uma boa educação escolar, formadora de cidadãos com bom nível de consciência política critica, é capaz de provocar mudanças evolutivas significativas e menos desigual a uma nação. O que faz de um povo próspero na prática é seu sistema de bases escolares, munidos de políticas públicas eficientes, que investem maciçamente no aprofundamento de tecnologias de ponta.
O Brasil ainda está longe de ser um lugar unanime de fala para construção de uma consciência cidadã sólida e consistente, promovida através dos bancos escolares.
Quando se tem uma desigualdade social alarmante, respinga de maneira robusta no sistema educacional de uma nação. No Brasil não é diferente e padece desse terrível mal: não vem oferecendo estrutura de internet de boa qualidade gratuita ou valores acessíveis as populações pobres e mais distantes do país.
Concomitante ao descaso elencado acima, a tecnologia digital não tem sido utilizada apenas com um único propósito, o de impactar positivamente as pessoas. A fundação FHC descreve em seu blog o que vem observando nas variadas plataformas digitais ‘’No mundo de hoje, a comunicação se dá cada vez mais no meio digital. As redes sociais e os diversos aplicativos de mensagens instantâneas - como o WhatsApp e o Telegram - são um retrato do avanço da tecnologia, mas também representam um desafio enorme para a democracia e para a comunicação em sociedade, tais como propagação de fake news, teorias conspiratórias e discursos de ódio. Separar informações verdadeiras de mentiras, entender o passado do país e sua relação com o mundo e saber quais são nossos direitos e como eles foram construídos são tarefas cada vez mais difíceis.  É neste contexto que forças extremistas, em especial de extrema direita, vêm ganhando força.’’
O que se pensar e fazer quando essa equação não fecha em sua finalidade de educar para transformar, em padrões razoáveis de respeito e civilidade entre os seres humanos no meio digital nas escolas? A mesma escola que tem função transformadora dos indivíduos em sujeitos ativos intelectualmente, a serviço de sua própria melhoria de vida e da sociedade, caminhando por novas metodologias pedagógicas digitais , a exemplo da gamificação , ensino à distância, intercâmbio virtual etc.… vem sendo palco de atos cibernéticos reprováveis , delituosos , criminosos, que ferem práticas da boa conduta educacional, segregando , transgredindo valores éticos , que atentam contra direitos humanos com comportamentos racistas , de intolerância religiosa, de desrespeito a orientação sexual e de gênero, ataque político desabonador, desprezo e elitização de classe social.
Da mesma maneira que não podemos pensar em ter uma sociedade com alto índice de desenvolvimento humano, sem passar por um sistema educacional bem estruturado e ancorado em tecnologia digital de ponta, a questão socioambiental também é, sem dúvida, outra importante prioridade humana a ser sistematicamente observada e de demanda permanente para preservação de todo o ecossistema.
Sabemos que o surgimento da Indústria trouxe grandes transformações, não só acelerou o modo de produção de bens de consumo, mas deu novo direcionamento ao modo social de consumir o produzido. À revelia do que a o meio ambiente possa suportar,o impacto ambiental provocado pelo advento das grandes máquinas e suas tecnologias, trouxe triste realidade, o esgarçamento de recursos naturais e poluição.
O desafio da pós modernidade se debruça sobre o alcance de se ter crescimento sustentável por meio de tecnologia ambiental menos agressiva, que contribuam para o equilíbrio do ecossistema.
Quando falamos em recursos naturais, lembramos que o Brasil é um dos principais protagonistas em riqueza natural e tem seu vitrinismo para o mundo quando se trata de proteção e preservação ambiental. A fundação FHC sentencia: “Precisamos aproveitar as oportunidades que as novas tecnologias, ancoradas na digitalização, e a indispensável descarbonização do planeta oferecem ao Brasil. A destruição da Amazônia nos condenaria ao isolamento e ao retrocesso. O seu desenvolvimento sustentável é o bilhete de entrada (ou saída) num mundo ameaçado pela emergência climática. “
A premente necessidade de preservação ambiental pressiona por tecnologias que apontem para soluções menos poluentes, mais sustentáveis. A energia do biogás, a energia solar, o armazenamento do sal fundido, Wetlands para tratamento de esgoto, etc… são novas ferramentas tecnológicas que vem se expandido ecoeficientemente.
Diante das constantes transformações que a sociedade vem presenciando atualmente, no que concerne ao impacto tecnológico e seus desdobramentos no âmbito educacional e de meio ambiente, há de se constatar o quão essas duas proposituras estão casadas e entrelaçadas. São dependentes uma da outra em números e graus de importância.
Portanto, pautas tecnológicas voltadas para educação e meio ambiente, devem ser amplamente estimuladas por pessoas, empresas e governos comprometidos, aproveitando o que de melhor essas tecnologias tenham a nos oferecer e assim, quem sabe, possamos ver surgir uma sociedade com bom nível de consciência crítica em relação aos novos desafios, visando satisfatória interação do homem e o seu habitat natural.

Continue navegando