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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS Prof. Esp. Beatriz Damasceno A PRÁTICA EDUCATIVA Entendemos que a educação é um fenômeno humano. Fruto do trabalho do homem nas relações sociais, constitutivas do existir humano e que tem por finalidade a produção do humano; a humanização do homem. Nesse sentido a educação é uma prática de toda a sociedade. Especialmente, a educação escolar tem por finalidade possibilitar que nesse processo de humanização os alunos trabalhem os conhecimentos das ciências e da tecnologia, das artes e da cultura, desenvolvendo as habilidades para conhecê-los, revê-los, operá-los, transformá-los e as atitudes necessárias para tornar os conhecimentos cada vez mais direcionados na construção do humano, superando, portanto, os determinantes da humanização. A formação é uma tarefa complexa. Não para poucos. Dentre eles, os professores. Para os que necessitam ser preparados, formados. Uma formação que coloque no início, antecipadamente, o resultado das ações que se propõe empreender. (Pinto, 1969). O que, em se tratando de formar professores, implica num conhecimento (teórico-prático) da realidade existente. Este é, pois, o pressuposto básico na formação de professores: o conhecimento (teórico-prático) da realidade. O que se espera da formação do professor, assim como outro profissional é que, ao final do curso, o professor seja capaz de dominar os instrumentos necessários para o desempenho de suas funções e desenvolver metodologias e estratégias de intervenção pedagógicas adequadas às crianças. Na formação é estudado os Fundamentos da Educação (Fundamentos Sócio-filosóficos, Psicologia e História da Educação e da Educação Infantil); Organização do Trabalho Pedagógico (Sistema Educacional Brasileiro, Bases Pedagógicas do Trabalho em Educação e Ação Docente. Assim a organização de um trabalho é sempre embasado em um documento norteador, no caso do planejamento escolar e a prática do professor obedece as Proposições Curriculares de cada local, como um projeto de cultura comum que deve ser desenvolvido com crianças, pré-adolescentes e adolescentes, jovens e adultos para que a experiência educativa escolar seja de aprendizagem e crescimento, numa perspectiva de educação como direito à formação humana. As crianças, os pré-adolescentes e os adolescentes, os jovens e os adultos chegam às escolas “com identidades de classe, raça, etnia gênero, território, campo, cidade, periferia [....]” (Arroyo). Essas identidades são marcadas pelos conhecimentos que trazem das linguagens, da ciência, das relações sociais, dos valores, dos costumes construídos nas interações com seu contexto social e cultural. Para desenvolver o trabalho em meio a essa diversidade, a organização e o planejamento possibilitam garantir a todos os educandos o direito aos conhecimentos sociais das várias disciplinas, aos valores, aos comportamentos e às atitudes que lhes permitam compreender e transitar no mundo. Ou seja, o direito à educação, o direito a viver as experiências escolares de aprendizagem e formação. Trazem, portanto, o pressuposto de uma educação para todos, que busca renovar a esperança e teima em inventar novas saídas para uma educação de qualidade. Segundo Libâneo, o planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. Esses planos de ação podem se configurar como educacional, escolar, curricular e de ensino. Para cada um deles existem conteúdos procedimentais, atitudinais e conceituais, bem como ações e estratégias específicas para a sua efetivação. Cabe a cada escola elaborar um plano escolar sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição No planejamento das rotinas é importante estabelecer acordos com base em planejamento e com objetivos partilhados considerando a organização espacial e temporal para as tarefas pedagógicas. Na organização das atividades é imprescindível pensar em: - Quais os objetivos da atividade? - O que o aluno já sabe e o que pode aprender com a atividade? - Como deve ser a organização da sala ou do grupo? - Para que nível de escrita é mais produtiva a atividade? - Como posso intervir durante/após a atividade? - Como será a sequência/regularidade da atividade? A PEDAGOGIA DE PROJETOS DIDÁTICOS Projeto didático é um tipo de organização e planejamento do tempo e dos conteúdos que envolve uma situação- problema. Seu objetivo é articular propósitos didáticos (o que os alunos devem aprender) e propósitos sociais (o trabalho tem um produto final, como um livro ou uma exposição, que vai ser apreciado por alguém). Além de dar um sentido mais amplo às práticas escolares, o projeto evita a fragmentação dos conteúdos e torna a garotada corresponsável pela própria aprendizagem. É necessário salientar que muitas mudanças ocorreram nos últimos anos no contexto social e político mais geral, entre as quais se destacam: a universalização e inclusão na escola pública; o alargamento das expectativas de formação na educação escolar (para o trânsito, a sexualidade, a cidadania, etc.); as mudanças próprias das áreas de conhecimento, reformulando conceitos essenciais; os diversos estudos sobre teorias de currículo; a demanda pelo uso de tecnologias. Também é essencial que se considere as novas condições da organização escolar (mais coletiva e autônoma, flexível e diversificada conforme a situação de ensino) e do trabalho docente (são maiores e mais amplas as responsabilidades educativas do professor). Certamente, diante destas e de outras mudanças, o fator que mais preocupa os professores, colocando- os muitas vezes em situações de sofrimento no trabalho, tem sido a presença de grupos de estudantes muito mais heterogêneos do que aqueles com os quais estavam acostumados a lidar A presença desses desafios reforça a necessidade de que os professores e estudantes tenham metas de ensino claramente definidas, metodologias cuidadosamente pensadas, trabalho coletivo na tentativa de corresponder ao público atual e aos currículos onde considera todas as questões relativas a valores, atitudes e contextualização social. INTERAÇÃO NA AULA COMO A CRIANÇA APRENDE? Para responder a isso, alguns teóricos se debruçaram sobre estudos que os levaram a formular concepções acerca da aprendizagem da criança e essas tiveram várias implicações pedagógicas nas escolas. Vygotsky, um dos precursores da concepção interacionista ou histórico- cultural, defende que no processo de desenvolvimento devemos distinguir duas linhas qualitativamente diferentes. Essas linhas se diferem no que concerne à origem do desenvolvimento. Uma diz respeito aos processos elementares de desenvolvimento que são de origem biológica, como a percepção, a atenção e memória involuntárias. Outra diz respeito aos processos complexos de desenvolvimento que são de origem sociocultural, ou seja, são construídos culturalmente, como a linguagem, a atenção e memória voluntárias. Ele observa que, embora os processos elementares sejam transformados, constituindo novas e mais elaboradas formas de pensamento, a criança não abandona os processos elementares. Enquanto para o teórico Piaget, as operações mentais são ações pensadas, que exigem, primeiramente, uma concretização, para que, em seguida, a criança seja capaz de reconstruí-las em seu pensamento. Do ponto de vista dos objetivos do ensino, consideramos que a especificidade do 1° ciclo se caracteriza pelo foco no processo de alfabetização e letramento e configura como primordial, pois, é a base das demais aprendizagens escolares. A aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico da escrita é condição básica para que a criança leia e escreva com autonomia. Importante ressaltar que cada modalidade de educação tem características específicas e requerem do professor práticas adequadas. Na Educação Infantil predominam a brincadeira,o colorido, as práticas lúdicas. Brincar, jogar, divertir-se na sala de aula constituem atividades estimulantes tanto para o aluno quanto para o professor. Estar aberto para mudar seus paradigmas a respeito de sua forma de trabalho é um exercício que o professor precisa fazer. Não basta dominar as teorias e decidir-se por trabalhar com jogos, é necessário deixar-se ir junto com a brincadeira, aprender e perceber as diferentes nuances do aprendizado de uma turma. A sociedade tem avançado em vários aspectos, e mais do que nunca é imprescindível que a escola acompanhe essas evoluções, que ela esteja conectada a essas transformações, falando a mesma língua, favorecendo o acesso ao conhecimento. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E COMPROMISSO SOCIAL DO EDUCADOR. A Escola no Passado A escola é um lugar que oportuniza, ou deveria possibilitar as pessoas à convivência com seus semelhantes (socialização). As melhores e mais conceituadas escolas pertenciam à rede particular/ grupo elitizado, enquanto a grande maioria teria que lutar para conseguir uma vaga em escola pública. A Educação perpassou um longo histórico como podemos observar nas Tendências da Educação (que não podemos perder de foco) Que escola temos hoje? Uma direção democrática; Uma supervisor colaborativo que não fica nos corredores; Professores preocupados e se formando constantemente; Alunos bons e alunos rebeldes; Uma realidade inclusiva, mas com pouco suporte; Uma comunidade escolar repleta de diversidades e situações que necessitam de compreensão, apoio e cuidado. PPP: Contribuições O PPP representa a escola, ou seja, expõe, exibe, revela, mostra a sua organização, a sua prática pedagógica e administrativa num movimento contínuo que envolve diversos profissionais da educação e suas relações com a comunidade escolar inserida num dado tempo num dado local, como sujeitos históricos e críticos, revelando, ainda, as contradições presentes na função social da escola. “Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária”. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA CENTRADA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PLENO DO EDUCANDO. Organização do trabalho Os estabelecimentos escolares constituem formas organizacionais que sobrevivem a muitas mudanças em sua missão, seu meio, seus recursos e, na renovação permanente dos alunos, dos professores e dirigentes. As várias transformações ocorridas no processo histórico nos exigem mudanças de modelos, de ações, de atitudes, de postura, enfim, de atuação pessoal e social. São muitas e significativas mudanças, vivemos um tempo em que as informações e a comunicação, essenciais para a compreensão e a participação no mundo, se processam rapidamente. Os avanços tecnológicos nos impulsionam até mesmo para novas formas de viver e sentir o mundo, novas formas de ver o próprio homem. Em meio a tantas mudanças, questionamo-nos sobre o que fazer com elas, sobre sua validade, sua essência, sobre nosso fazer diário no processo de educar. Tantos avanços e tantas exigências, muitas vezes extemporâneos, que geram dúvidas, questionamentos, insegurança. O mundo nos pede rapidez, capacidade, conhecimento, mas não nos mostra o como utilizar tudo isso de maneira correta, de forma a promover maior equilíbrio e felicidade para as pessoas. A escola é um lugar de exercício do poder, estruturado pelas estratégias de atores e seus jogos de poder. Dessas relações de poder depende, a autonomia da qual cada um dispõe. As relações de poder nunca se estabilizam, qualquer novo acontecimento pode ameaçar os equilíbrios estabelecidos. A inovação é sempre suspeita de provocar uma ruptura nesta relação de poder pré-existente. Portanto a questão de saber quem se beneficia com a mudança é sempre pertinente. A INTEGRAÇÃO ENTRE EDUCAR E CUIDAR NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Educar significa, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento Cuidar contemplar o cuidado na esfera da instituição, significa compreendê-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Ou seja, cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos. Para Veiga e colegas, o projeto político pedagógico tem sido objeto de estudos para professores, pesquisadores e instituições educacionais em níveis nacional, estadual e municipal, em busca da melhoria da qualidade do ensino. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: FUNDAMENTOS PARA A ORIENTAÇÃO, O PLANEJAMENTO E A IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES EDUCATIVAS DA ESCOLA Nas palavras de Gadotti: Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. E político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. Princípios norteadores do projeto político pedagógico a) Igualdade de condições para acesso e permanência na escola. Saviani alerta-nos para o fato de que há uma desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada deve ser garantida pela mediação da escola. Igualdade de oportunidades requer, portanto, mais que a expansão quantitativa de ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea manutenção de qualidade. O desafio que se coloca ao projeto político pedagógico da escola é o de propiciar uma qualidade para todos. c) Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira. b) Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. Ela exige uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e reprovação e da não-permanência do aluno na sala de aula, o que vem provocando a marginalização das classes populares. O princípio da liberdade está sempre associado à ideia de autonomia. O que é necessário, portanto, como ponto de partida, é o resgate do sentido dos conceitos de autonomia e liberdade. A autonomia e a liberdade fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. O significado de autonomia remete-nos para regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem imposições externas. d) Liberdade A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida socioeconómica, política e cultural do país relacionam- se estreitamente a formação (inicial e continuada), condições de trabalho (recursosdidáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do número de alunos na sala de aula etc), remuneração, elementos esses indispensáveis à profissionalização do magistério. e) Valorização do magistério é um princípio central na discussão do projeto político pedagógico. A construção do projeto político pedagógico, para gestar uma nova organização do trabalho pedagógico, passa pela reflexão anteriormente feita sobre os princípios. Acreditamos que a análise dos elementos constitutivos da organização trará contribuições relevantes para a construção do projeto político pedagógico. Pelo menos sete elementos básicos podem ser apontados: a) as finalidades da escola; b) a estrutura organizacional; c) o currículo; d) o tempo escolar; e) o processo de decisão; f) as relações de trabalho; g) a avaliação. O termo currículo é bastante frequente em conversas nas escolas, palestras a que assistimos, textos acadêmicos, notícias em jornais, discursos de nossas autoridades e propostas curriculares oficiais. CURRÍCULO E CULTURA: VISÃO INTERDISCIPLINAR E TRANSVERSAL DO CONHECIMENTO. CURRÍCULO: A VALORIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS, DE GÊNERO, ÉTNICAS E SOCIOCULTURAIS E O COMBATE À DESIGUALDADE. Diferentes fatores sócioeconômico, políticos e culturais contribuem, assim, para que currículo venha a ser entendido como: (a) os conteúdos a serem ensinados e aprendidos; (b) as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos; (c) os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas educacionais; (d) os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino; (e) os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização. Princípios para a construção de currículos multiculturalmente Orientados Inicialmente, vamos pensar na necessidade de uma nova postura, por parte do professorado e dos gestores, no esforço por construir currículos culturalmente orientados. É interessante que, no currículo, reescreva o conhecimento escolar usual, tendo-se em mente as diferentes raízes étnicas e os diferentes pontos de vista envolvidos em sua produção. A escola precisa, assim, acolher, criticar e colocar em contato diferentes saberes, diferentes manifestações culturais e diferentes óticas. A contemporaneidade requer culturas que se misturem e ressoem mutuamente, que convivam e se modifiquem. Que se modifiquem modificando outras culturas pela convivência ressonante. Ou seja, um processo contínuo, que não pare nunca, por não se limitar a um dar ou receber, mas por ser contaminação, ressonância. A escola está e não está em crise, ela reproduz a ideologia do capital, e ao mesmo tempo oferece condições de emancipação humana. Podendo assim, conservar ou reproduzir, e é nesta contradição que é preciso analisar o currículo da escola, pois, ele deve refletir as mais diversas formas de cultura. Segundo Saviani “o currículo deve expressar um caminho pelo qual teoricamente todos deveriam percorrer rumo ao projeto social, passando a ser entendido como forma de contestação do poder”. CURRÍCULO EM AÇÃO: PLANEJAMENTO, SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS. Para Pimenta & Anastasiau “a pedagogia possibilita aos profissionais se apropriarem criticamente da cultura pedagógica para compreender e alargar sua visão da situação concreta, nas quais realizam seu trabalho, a fim de transformar a realidade, incluindo a atividade de ensinar que é a didática”. A didática, por sua vez, é o principal ramo da Pedagogia que investiga os fundamentos, as condições e os modos de realizar a educação mediante o ensino. A didática, o plano de trabalho docente e a hora atividade como possibilidades de aprendizagem Segundo Pimenta & Anastasiau “a didática neste sentido ocupa-se da busca do conhecimento necessário para a compreensão da prática pedagógica e da elaboração de formas adequadas de intervenção, de modo que o processo ensino- aprendizagem se realize de maneira que de fato viabilize a aprendizagem do educando”. O Plano de Ação e o Plano de Trabalho Docente Ambos devem estar sempre a luz da Proposta Pedagógica Curricular. Assumindo uma atitude séria, diante de uma situação problema, hoje mais do que nunca em todos os campos da atividade humana, precisamos do planejamento, pois ele requer ações e procedimentos capazes de resolver a especificidade de cada situação. Planejar para construir o ensino Em uma sala de aula, durante a fala do professor, um aluno formula uma pergunta. O professor ouve atentamente e se vê diante de um dilema: O que fazer? Responder a pergunta objetivamente e continuar a exposição da questão no quadro e dizer que responderá ao terminar o que está expondo? Anotar a pergunta e pedir a toda classe que pense na resposta? Solicitar ao aluno que anote a pergunta e a repita ao final da exposição? Qual a conduta mais correta? Componentes do planejamento do ensino O Planejamento do Ensino, chamado também de planejamento da ação pedagógica ou planejamento didático, deve explicitar: - as intenções educativas – por meio dos conteúdos e dos objetivos educativos, ou das expectativas de aprendizagem; - como esse ensino será orientado pelo professor – as atividades de ensino e aprendizagem que o professor seleciona para coordenar em sala de aula, com o propósito de cumprir suas intenções educativas, o tempo necessário para desenvolvê-las; - como será a avaliação desse processo. A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA OU FORMADORA E OS PROCESSOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM. Avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa: Discutindo Conceitos Segundo Santo e Varela (2007) a avaliação diagnóstica fornece dados que permitem diagnosticar os conteúdos aprendidos ou não pelos alunos, que se forma-se através da soldagem, projeção e retrospecção do desenvolvimento dos alunos. Esta avaliação almeja verificar as aprendizagens anteriores, para posterior planejamento e superação dos obstáculos encontrados. De acordo com Fernandes (2006), a avaliação formativa este tipo de avaliação deve realizar-se ao término de um tópico do currículo proposto, antecedendo a avaliação somativa. De acordo com Gonçalves (2010) a avaliação formativa tem como princípio contemplar a diversidade dos estudantes. Ela admite que os recursos da aprendizagem tenham extensão, diversificação e pluralização. Permite que o professor tenha mobilidade em suas aulas, pois pode alterar suas práticas pedagógicas em relação à avaliação e ao ensino, de acordo com as necessidades dos alunos. Outro importante tipo de avaliação intitula-se somativa. No dizer de (2007), esta se refere a um juízo global e de síntese, permitindo decidir a progressão ou retenção do estudante, baseado em resultados globais, possibilitando assim constatar a progressão do aluno de acordo com objetivos definidos. A avaliação somativa, pode ser facilmente utilizada como um instrumento de certificação social na medida em que permite seriar os alunos de acordo com seu mérito social, constituindo a função social da avaliação. Acredita-se que seja a predominante nas instituições escolares é a somativa, na qual o sistema escolar estabelece uma “média” que os alunos devem atingir. O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO E APRENDIZAGEM Na relação de ensino estabelecida na sala de aula, o professor precisa ter o entendimento de que ensinar não é simplesmente transferir conhecimento, mas, ao contrário, é possibilitar ao aluno momentos de reelaboração do saber dividido, permitindo o seu acesso critico a esses saberes e contribuindo para sua atuação como ser ativo e crítico no processo históricocultural da sociedade. O verdadeiro papel do professor mediador que almeja através da sua ação pedagógica ensinar os conhecimentos construídos e elaborados pela humanidade ao longo da história e assim contribuir na formação de uma sociedade pensante. DO ALUNO ESPERADO AO ALUNOREAL Será que todos os alunos têm as mesmas condições de incorporar a identidade de aluno? Quais características uma criança precisa trazer consigo para transitar bem pelos códigos e regras escolares? Que tipo de situação familiar facilita a entrada e permanência das crianças e adolescentes na escola e que tipo dificulta? Assumimos que a educação é para todos e, sob a perspectiva inclusiva, não podemos usar características individuais ou sociais para negar o acesso e progresso de qualquer um na escola. No entanto, não podemos ignorar que o trabalho escolar, em geral, pressupõe que uma criança chegue à escola com uma série de características: físicas – deve estar saudável e bem alimentada; linguísticas – precisa entender bem a língua usada pelos professores e pelos colegas; e atitudinais – tem de respeitar os professores, cumprir acordos, assumir compromissos, saber se controlar etc. Parte das características fundamentais para o sucesso escolar, no entanto, não é ensinada pela ou na escola: ela deve vir como pré-requisito do aluno, desde o seu primeiro dia de aula Não tem escola para pais. Nós somos profissionais, estamos estudando e nos esforçando para quê? Para nos aperfeiçoarmos cada vez mais. E os pais acabam educando no bom senso. Às vezes, sentem-se culpados por trabalhar fora, por não dar atenção, e nos momentos que passam com o filho, confundem o “não” com o desamor. Falar “não” significa que eu não amo o meu filho. Ou mesmo para compensar, nessas poucas horas que passam com o filho, não querem frustá-lo de maneira alguma. Portanto, nós como profissionais da educação devemos ter sempre em foco: É preciso planejar a ação; Cada pessoa aprende de um jeito, todos nós temos conhecimentos e habilidades em alguma área; Nós somos mediadores do conhecimento; Devemos procurar diferentes meios para alcançar nossos alunos e eles consigam aprender da melhor forma. Portanto, nós como profissionais da educação devemos estar sempre estudando... Conhecer as teorias que embasam os nossos trabalhos, sobretudo as correntes teoricas de desenvolvimento psicológico humano, Piaget (2003; 2004); Vygotsky (1997) e Wallon (1995), Ferreiro, Emília & Teberosky, PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA as Tendências Pedagógicas; Bem como, tudo que cerca a organização do nosso trabalho para desenvolvermos uma prática educacional de qualidade. Portanto, nós como profissionais da educação devemos estar sempre estudando... Conhecer as teorias que embasam os nossos trabalhos, sobretudo as correntes teoricas de desenvolvimento psicológico humano, Piaget (2003; 2004); Vygotsky (1997) e Wallon (1995), Ferreiro, Emília & Teberosky, PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA as Tendências Pedagógicas; Bem como, tudo que cerca a organização do nosso trabalho para desenvolvermos uma prática educacional de qualidade. REFERÊNCIAS SOUZA, E.A. Prefeitura Municipal de Itapevi do Estado de São Paulo. (Baseado no Concurso Público N° 001/2018)
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