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CONHECIMENTOS 
PEDAGÓGICOS
Prof. Esp. Beatriz Damasceno
A PRÁTICA EDUCATIVA
Entendemos que a educação é um fenômeno humano. Fruto do
trabalho do homem nas relações sociais, constitutivas do existir
humano e que tem por finalidade a produção do humano; a
humanização do homem.
Nesse sentido a educação é uma prática de toda a sociedade.
Especialmente, a educação escolar tem por finalidade possibilitar que nesse
processo de humanização os alunos trabalhem os conhecimentos das ciências
e da tecnologia, das artes e da cultura, desenvolvendo as habilidades para
conhecê-los, revê-los, operá-los, transformá-los e as atitudes necessárias para
tornar os conhecimentos cada vez mais direcionados na construção do humano,
superando, portanto, os determinantes da humanização.
A formação é uma tarefa complexa. Não para poucos. Dentre eles, os
professores. Para os que necessitam ser preparados, formados. Uma
formação que coloque no início, antecipadamente, o resultado das
ações que se propõe empreender. (Pinto, 1969). O que, em se tratando
de formar professores, implica num conhecimento (teórico-prático) da
realidade existente. Este é, pois, o pressuposto básico na formação de
professores: o conhecimento (teórico-prático) da realidade.
O que se espera da formação do professor, assim como
outro profissional é que, ao final do curso, o professor seja capaz
de dominar os instrumentos necessários para o desempenho de
suas funções e desenvolver metodologias e estratégias de
intervenção pedagógicas adequadas às crianças.
Na formação é estudado os Fundamentos da Educação (Fundamentos
Sócio-filosóficos, Psicologia e História da Educação e da Educação Infantil);
Organização do Trabalho Pedagógico (Sistema Educacional
Brasileiro, Bases Pedagógicas do Trabalho em Educação e Ação Docente.
Assim a organização de um trabalho é sempre embasado
em um documento norteador, no caso do planejamento escolar e
a prática do professor obedece as Proposições Curriculares de
cada local, como um projeto de cultura comum que deve ser
desenvolvido com crianças, pré-adolescentes e adolescentes,
jovens e adultos para que a experiência educativa escolar seja
de aprendizagem e crescimento, numa perspectiva de educação
como direito à formação humana.
As crianças, os pré-adolescentes e os adolescentes, os
jovens e os adultos chegam às escolas “com identidades de
classe, raça, etnia gênero, território, campo, cidade, periferia [....]”
(Arroyo).
Essas identidades são marcadas pelos conhecimentos que
trazem das linguagens, da ciência, das relações sociais, dos
valores, dos costumes construídos nas interações com seu
contexto social e cultural.
Para desenvolver o trabalho em meio a essa diversidade, a
organização e o planejamento possibilitam garantir a todos os
educandos o direito aos conhecimentos sociais das várias
disciplinas, aos valores, aos comportamentos e às atitudes que
lhes permitam compreender e transitar no mundo. Ou seja, o
direito à educação, o direito a viver as experiências escolares de
aprendizagem e formação. Trazem, portanto, o pressuposto de
uma educação para todos, que busca renovar a esperança e
teima em inventar novas saídas para uma educação de qualidade.
Segundo Libâneo, o planejamento é um processo de
racionalização, organização e coordenação da ação docente,
articulando a atividade escolar e a problemática do contexto
social. Esses planos de ação podem se configurar como
educacional, escolar, curricular e de ensino. Para cada um deles
existem conteúdos procedimentais, atitudinais e conceituais, bem
como ações e estratégias específicas para a sua efetivação. Cabe
a cada escola elaborar um plano escolar sobre a organização, o
funcionamento e a proposta pedagógica da instituição
No planejamento das rotinas é importante estabelecer
acordos com base em planejamento e com objetivos partilhados
considerando a organização espacial e temporal para as tarefas
pedagógicas. Na organização das atividades é imprescindível
pensar em:
- Quais os objetivos da atividade?
- O que o aluno já sabe e o que pode aprender com a atividade?
- Como deve ser a organização da sala ou do grupo?
- Para que nível de escrita é mais produtiva a atividade?
- Como posso intervir durante/após a atividade?
- Como será a sequência/regularidade da atividade?
A PEDAGOGIA DE PROJETOS DIDÁTICOS
Projeto didático é um tipo de organização e planejamento do 
tempo e dos conteúdos que envolve uma situação- problema. Seu 
objetivo é articular propósitos didáticos (o que os alunos devem 
aprender) e propósitos sociais (o trabalho tem um produto final, como 
um livro ou uma exposição, que vai ser apreciado por alguém). Além 
de dar um sentido mais amplo às práticas escolares, o projeto evita a 
fragmentação dos conteúdos e torna a garotada corresponsável pela 
própria aprendizagem.
É necessário salientar que muitas mudanças ocorreram nos
últimos anos no contexto social e político mais geral, entre as
quais se destacam: a universalização e inclusão na escola
pública; o alargamento das expectativas de formação na
educação escolar (para o trânsito, a sexualidade, a cidadania,
etc.); as mudanças próprias das áreas de conhecimento,
reformulando conceitos essenciais; os diversos estudos sobre
teorias de currículo; a demanda pelo uso de tecnologias.
Também é essencial que se considere as novas condições
da organização escolar (mais coletiva e autônoma, flexível e
diversificada conforme a situação de ensino) e do trabalho
docente (são maiores e mais amplas as responsabilidades
educativas do professor). Certamente, diante destas e de outras
mudanças, o fator que mais preocupa os professores, colocando-
os muitas vezes em situações de sofrimento no trabalho, tem sido
a presença de grupos de estudantes muito mais heterogêneos do
que aqueles com os quais estavam acostumados a lidar
A presença desses desafios reforça a necessidade de que
os professores e estudantes tenham metas de ensino claramente
definidas, metodologias cuidadosamente pensadas, trabalho
coletivo na tentativa de corresponder ao público atual e aos
currículos onde considera todas as questões relativas a valores,
atitudes e contextualização social.
INTERAÇÃO NA AULA
COMO A CRIANÇA APRENDE?
Para responder a isso, alguns teóricos se debruçaram sobre
estudos que os levaram a formular concepções acerca da
aprendizagem da criança e essas tiveram várias implicações
pedagógicas nas escolas.
Vygotsky, um dos precursores da concepção interacionista ou histórico-
cultural, defende que no processo de desenvolvimento devemos distinguir duas
linhas qualitativamente diferentes. Essas linhas se diferem no que concerne à
origem do desenvolvimento.
Uma diz respeito aos processos elementares de
desenvolvimento que são de origem biológica, como a percepção, a
atenção e memória involuntárias.
Outra diz respeito aos processos complexos de desenvolvimento que são de
origem sociocultural, ou seja, são construídos culturalmente, como a linguagem, a
atenção e memória voluntárias.
Ele observa que, embora os processos elementares sejam transformados,
constituindo novas e mais elaboradas formas de pensamento, a criança não
abandona os processos elementares.
Enquanto para o teórico Piaget, as operações mentais são
ações pensadas, que exigem, primeiramente, uma
concretização, para que, em seguida, a criança seja capaz de
reconstruí-las em seu pensamento.
Do ponto de vista dos objetivos do ensino, consideramos que a 
especificidade do 1° ciclo se caracteriza pelo foco no processo de alfabetização 
e letramento e configura como primordial, pois, é a base das demais 
aprendizagens escolares.
A aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico da escrita é condição 
básica para que a criança leia e escreva com autonomia.
Importante ressaltar que cada modalidade de educação
tem características específicas e requerem do professor
práticas adequadas. Na Educação Infantil predominam a
brincadeira,o colorido, as práticas lúdicas.
Brincar, jogar, divertir-se na sala de aula constituem atividades
estimulantes tanto para o aluno quanto para o professor. Estar aberto para
mudar seus paradigmas a respeito de sua forma de trabalho é um exercício
que o professor precisa fazer. Não basta dominar as teorias e decidir-se por
trabalhar com jogos, é necessário deixar-se ir junto com a brincadeira,
aprender e perceber as diferentes nuances do aprendizado de uma turma.
A sociedade tem avançado em vários aspectos, e mais do que
nunca é imprescindível que a escola acompanhe essas evoluções,
que ela esteja conectada a essas transformações, falando a mesma
língua, favorecendo o acesso ao conhecimento.
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E
COMPROMISSO SOCIAL DO EDUCADOR.
A Escola no Passado
A escola é um lugar que oportuniza, ou deveria possibilitar as pessoas à
convivência com seus semelhantes (socialização). As melhores e mais
conceituadas escolas pertenciam à rede particular/ grupo elitizado, enquanto a
grande maioria teria que lutar para conseguir uma vaga em escola pública.
A Educação perpassou um longo histórico como podemos
observar nas Tendências da Educação (que não podemos
perder de foco)
Que escola temos hoje?
Uma direção democrática;
Uma supervisor colaborativo que não fica nos corredores;
Professores preocupados e se formando constantemente;
Alunos bons e alunos rebeldes;
Uma realidade inclusiva, mas com pouco suporte;
Uma comunidade escolar repleta de diversidades e situações que necessitam
de compreensão, apoio e cuidado.
PPP: Contribuições
O PPP representa a escola, ou seja, expõe, exibe, revela,
mostra a sua organização, a sua prática pedagógica e
administrativa num movimento contínuo que envolve diversos
profissionais da educação e suas relações com a comunidade
escolar inserida num dado tempo num dado local, como sujeitos
históricos e críticos, revelando, ainda, as contradições presentes na
função social da escola.
“Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um
projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso
sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população
majoritária”.
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA CENTRADA NO
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PLENO
DO EDUCANDO.
Organização do trabalho
Os estabelecimentos escolares constituem formas organizacionais que
sobrevivem a muitas mudanças em sua missão, seu meio, seus recursos e, na
renovação permanente dos alunos, dos professores e dirigentes.
As várias transformações ocorridas no processo histórico
nos exigem mudanças de modelos, de ações, de atitudes, de
postura, enfim, de atuação pessoal e social.
São muitas e significativas mudanças, vivemos um tempo em que as
informações e a comunicação, essenciais para a compreensão e a participação
no mundo, se processam rapidamente. Os avanços tecnológicos nos
impulsionam até mesmo para novas formas de viver e sentir o mundo, novas
formas de ver o próprio homem.
Em meio a tantas mudanças, questionamo-nos sobre o que
fazer com elas, sobre sua validade, sua essência, sobre nosso
fazer diário no processo de educar. Tantos avanços e tantas
exigências, muitas vezes extemporâneos, que geram dúvidas,
questionamentos, insegurança.
O mundo nos pede rapidez, capacidade, conhecimento, mas
não nos mostra o como utilizar tudo isso de maneira correta, de
forma a promover maior equilíbrio e felicidade para as pessoas.
A escola é um lugar de exercício do poder, estruturado pelas
estratégias de atores e seus jogos de poder. Dessas relações de
poder depende, a autonomia da qual cada um dispõe. As relações
de poder nunca se estabilizam, qualquer novo acontecimento
pode ameaçar os equilíbrios estabelecidos.
A inovação é sempre suspeita de provocar uma ruptura
nesta relação de poder pré-existente. Portanto a questão de
saber quem se beneficia com a mudança é sempre pertinente.
A INTEGRAÇÃO ENTRE EDUCAR E CUIDAR
NA EDUCAÇÃO BÁSICA.
Educar significa, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir
para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação
interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de
aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste
processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento
Cuidar contemplar o cuidado na esfera da instituição,
significa compreendê-lo como parte integrante da educação,
embora possa exigir conhecimentos, habilidades e
instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Ou
seja, cuidar de uma criança em um contexto educativo
demanda a integração de vários campos de conhecimentos e
a cooperação de profissionais de diferentes áreas.
A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver
como ser humano. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que
possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos.
Para Veiga e colegas, o projeto político pedagógico tem sido objeto
de estudos para professores, pesquisadores e instituições educacionais
em níveis nacional, estadual e municipal, em busca da melhoria da
qualidade do ensino.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: FUNDAMENTOS 
PARA A ORIENTAÇÃO, O PLANEJAMENTO E A 
IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES EDUCATIVAS DA 
ESCOLA
Nas palavras de Gadotti: Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o
futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um
período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada
projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado
como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de
ação possível, comprometendo seus atores e autores.
O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional,
com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente.
Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto
político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico
com os interesses reais e coletivos da população majoritária. E político
no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de
sociedade.
Princípios norteadores do projeto político pedagógico
a) Igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
Saviani alerta-nos para o fato de que há uma desigualdade no
ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada deve ser
garantida pela mediação da escola.
Igualdade de oportunidades requer, portanto, mais que a expansão 
quantitativa de ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea 
manutenção de qualidade.
O desafio que se coloca ao projeto político pedagógico da escola
é o de propiciar uma qualidade para todos.
c) Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e 
abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira.
b) Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas 
e sociais.
Ela exige uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, com o
enfrentamento das questões de exclusão e reprovação e da não-permanência
do aluno na sala de aula, o que vem provocando a marginalização das classes
populares.
O princípio da liberdade está sempre associado à ideia de
autonomia. O que é necessário, portanto, como ponto de partida, é o
resgate do sentido dos conceitos de autonomia e liberdade. A
autonomia e a liberdade fazem parte da própria natureza do ato
pedagógico. O significado de autonomia remete-nos para regras e
orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem
imposições externas.
d) Liberdade
A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na
tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida
socioeconómica, política e cultural do país relacionam- se
estreitamente a formação (inicial e continuada), condições de trabalho
(recursosdidáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à
escola, redução do número de alunos na sala de aula etc),
remuneração, elementos esses indispensáveis à profissionalização do
magistério.
e) Valorização do magistério é um princípio central na 
discussão do projeto político pedagógico.
A construção do projeto político pedagógico, para gestar uma
nova organização do trabalho pedagógico, passa pela reflexão
anteriormente feita sobre os princípios. Acreditamos que a análise
dos elementos constitutivos da organização trará contribuições
relevantes para a construção do projeto político pedagógico. Pelo
menos sete elementos básicos podem ser apontados:
a) as finalidades da escola; b) a estrutura organizacional;
c) o currículo; d) o tempo escolar; e) o processo de
decisão; f) as relações de trabalho; g) a avaliação.
O termo currículo é bastante frequente em conversas nas escolas,
palestras a que assistimos, textos acadêmicos, notícias em jornais, discursos
de nossas autoridades e propostas curriculares oficiais.
CURRÍCULO E CULTURA: VISÃO INTERDISCIPLINAR E 
TRANSVERSAL DO CONHECIMENTO. 
CURRÍCULO: A VALORIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS
INDIVIDUAIS, DE GÊNERO, ÉTNICAS E SOCIOCULTURAIS E O 
COMBATE À DESIGUALDADE.
Diferentes fatores sócioeconômico, políticos e culturais contribuem, 
assim, para que currículo venha a ser entendido como:
(a) os conteúdos a serem ensinados e aprendidos;
(b) as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas 
pelos alunos;
(c) os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e 
sistemas educacionais;
(d) os objetivos a serem alcançados por meio do processo de 
ensino;
(e) os processos de avaliação que terminam por influir nos 
conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da 
escolarização.
Princípios para a construção de currículos 
multiculturalmente Orientados 
Inicialmente, vamos pensar na necessidade de uma nova postura,
por parte do professorado e dos gestores, no esforço por construir
currículos culturalmente orientados.
É interessante que, no currículo, reescreva o conhecimento escolar usual,
tendo-se em mente as diferentes raízes étnicas e os diferentes pontos de vista
envolvidos em sua produção.
A escola precisa, assim, acolher, criticar e colocar em contato
diferentes saberes, diferentes manifestações culturais e diferentes óticas. A
contemporaneidade requer culturas que se misturem e ressoem
mutuamente, que convivam e se modifiquem. Que se modifiquem
modificando outras culturas pela convivência ressonante. Ou seja, um
processo contínuo, que não pare nunca, por não se limitar a um dar ou
receber, mas por ser contaminação, ressonância.
A escola está e não está em crise, ela reproduz a ideologia do capital,
e ao mesmo tempo oferece condições de emancipação humana. Podendo
assim, conservar ou reproduzir, e é nesta contradição que é preciso analisar
o currículo da escola, pois, ele deve refletir as mais diversas formas de
cultura.
Segundo Saviani “o currículo deve expressar um caminho pelo qual
teoricamente todos deveriam percorrer rumo ao projeto social, passando a
ser entendido como forma de contestação do poder”.
CURRÍCULO EM AÇÃO: PLANEJAMENTO, SELEÇÃO
E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS.
Para Pimenta & Anastasiau “a pedagogia possibilita aos
profissionais se apropriarem criticamente da cultura pedagógica para
compreender e alargar sua visão da situação concreta, nas quais
realizam seu trabalho, a fim de transformar a realidade, incluindo a
atividade de ensinar que é a didática”.
A didática, por sua vez, é o principal ramo da Pedagogia que investiga os
fundamentos, as condições e os modos de realizar a educação mediante o
ensino.
A didática, o plano de trabalho docente e a hora atividade
como possibilidades de aprendizagem
Segundo Pimenta & Anastasiau “a didática neste sentido
ocupa-se da busca do conhecimento necessário para a
compreensão da prática pedagógica e da elaboração de formas
adequadas de intervenção, de modo que o processo ensino-
aprendizagem se realize de maneira que de fato viabilize a
aprendizagem do educando”.
O Plano de Ação e o Plano de Trabalho Docente
Ambos devem estar sempre a luz da Proposta Pedagógica Curricular.
Assumindo uma atitude séria, diante de uma situação problema, hoje mais do
que nunca em todos os campos da atividade humana, precisamos do
planejamento, pois ele requer ações e procedimentos capazes de resolver a
especificidade de cada situação.
Planejar para construir o ensino
Em uma sala de aula, durante a fala do professor, um aluno
formula uma pergunta. O professor ouve atentamente e se vê diante
de um dilema: O que fazer? Responder a pergunta objetivamente e
continuar a exposição da questão no quadro e dizer que responderá
ao terminar o que está expondo? Anotar a pergunta e pedir a toda
classe que pense na resposta? Solicitar ao aluno que anote a
pergunta e a repita ao final da exposição? Qual a conduta
mais correta?
Componentes do planejamento do ensino
O Planejamento do Ensino, chamado também de planejamento da
ação pedagógica ou planejamento didático, deve explicitar:
- as intenções educativas – por meio dos conteúdos e dos objetivos
educativos, ou das expectativas de aprendizagem;
- como esse ensino será orientado pelo professor – as atividades de
ensino e aprendizagem que o professor seleciona para coordenar em sala de
aula, com o propósito de cumprir suas intenções educativas, o tempo
necessário para desenvolvê-las;
- como será a avaliação desse processo.
A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA OU
FORMADORA E OS PROCESSOS DE ENSINO E
DE APRENDIZAGEM.
Avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa: Discutindo Conceitos
Segundo Santo e Varela (2007) a avaliação diagnóstica fornece
dados que permitem diagnosticar os conteúdos aprendidos ou não pelos
alunos, que se forma-se através da soldagem, projeção e retrospecção do
desenvolvimento dos alunos. Esta avaliação almeja verificar as
aprendizagens anteriores, para posterior planejamento e superação dos
obstáculos encontrados.
De acordo com Fernandes (2006), a avaliação formativa
este tipo de avaliação deve realizar-se ao término de um tópico do
currículo proposto, antecedendo a avaliação somativa.
De acordo com Gonçalves (2010) a avaliação formativa tem como
princípio contemplar a diversidade dos estudantes. Ela admite que os
recursos da aprendizagem tenham extensão, diversificação e pluralização.
Permite que o professor tenha mobilidade em suas aulas, pois pode alterar
suas práticas pedagógicas em relação à avaliação e ao ensino, de acordo
com as necessidades dos alunos.
Outro importante tipo de avaliação intitula-se somativa. No
dizer de (2007), esta se refere a um juízo global e de síntese,
permitindo decidir a progressão ou retenção do estudante,
baseado em resultados globais, possibilitando assim constatar a
progressão do aluno de acordo com objetivos definidos.
A avaliação somativa, pode ser facilmente utilizada como um instrumento de
certificação social na medida em que permite seriar os alunos de acordo com seu
mérito social, constituindo a função social da avaliação.
Acredita-se que seja a predominante nas instituições escolares é a somativa,
na qual o sistema escolar estabelece uma “média” que os alunos devem atingir.
O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO E APRENDIZAGEM
Na relação de ensino estabelecida na sala de aula, o professor
precisa ter o entendimento de que ensinar não é simplesmente
transferir conhecimento, mas, ao contrário, é possibilitar ao aluno
momentos de reelaboração do saber dividido, permitindo o seu acesso
critico a esses saberes e contribuindo para sua atuação como ser ativo
e crítico no processo históricocultural da sociedade.
O verdadeiro papel do professor mediador que almeja através da sua ação 
pedagógica ensinar os conhecimentos construídos e elaborados pela humanidade
ao longo da história e assim contribuir na formação de uma sociedade pensante.
DO ALUNO ESPERADO AO ALUNOREAL
Será que todos os alunos têm as mesmas condições de
incorporar a identidade de aluno? Quais características uma criança
precisa trazer consigo para transitar bem pelos códigos e regras
escolares? Que tipo de situação familiar facilita a entrada e
permanência das crianças e adolescentes na escola e que tipo
dificulta?
Assumimos que a educação é para todos e, sob a perspectiva inclusiva, não 
podemos usar características individuais ou sociais para negar o acesso e 
progresso de qualquer um na escola.
No entanto, não podemos ignorar que o trabalho escolar, em
geral, pressupõe que uma criança chegue à escola com uma série
de características: físicas – deve estar saudável e bem alimentada;
linguísticas – precisa entender bem a língua usada pelos
professores e pelos colegas; e atitudinais – tem de respeitar os
professores, cumprir acordos, assumir compromissos, saber se
controlar etc.
Parte das características fundamentais para o sucesso escolar, no entanto, 
não é ensinada pela ou na escola: ela deve vir como pré-requisito do aluno, desde 
o seu primeiro dia de aula
Não tem escola para pais. Nós somos profissionais, estamos
estudando e nos esforçando para quê? Para nos aperfeiçoarmos
cada vez mais. E os pais acabam educando no bom senso. Às
vezes, sentem-se culpados por trabalhar fora, por não dar atenção,
e nos momentos que passam com o filho, confundem o “não” com o
desamor. Falar “não” significa que eu não amo o meu filho. Ou
mesmo para compensar, nessas poucas horas que passam com o
filho, não querem frustá-lo de maneira alguma.
Portanto, nós como profissionais da educação devemos ter
sempre em foco:
É preciso planejar a ação;
Cada pessoa aprende de um jeito, todos nós temos
conhecimentos e habilidades em alguma área;
Nós somos mediadores do conhecimento;
Devemos procurar diferentes meios para alcançar nossos
alunos e eles consigam aprender da melhor forma.
Portanto, nós como profissionais da educação devemos estar
sempre estudando...
Conhecer as teorias que embasam os nossos trabalhos,
sobretudo as correntes teoricas de desenvolvimento psicológico
humano, Piaget (2003; 2004); Vygotsky (1997) e Wallon (1995),
Ferreiro, Emília & Teberosky, PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
as Tendências Pedagógicas;
Bem como, tudo que cerca a organização do nosso trabalho
para desenvolvermos uma prática educacional de qualidade.
Portanto, nós como profissionais da educação devemos estar
sempre estudando...
Conhecer as teorias que embasam os nossos trabalhos,
sobretudo as correntes teoricas de desenvolvimento psicológico
humano, Piaget (2003; 2004); Vygotsky (1997) e Wallon (1995),
Ferreiro, Emília & Teberosky, PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
as Tendências Pedagógicas;
Bem como, tudo que cerca a organização do nosso trabalho
para desenvolvermos uma prática educacional de qualidade.
REFERÊNCIAS
SOUZA, E.A. Prefeitura Municipal de Itapevi do Estado de
São Paulo. (Baseado no Concurso Público N° 001/2018)

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