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Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
1 
Compras, Estoque e Logística 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Rosinda Angela da Silva 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
2 
Conversa Inicial 
Você já pensou como os produtos chegam aos lugares mais distantes? 
Como uma empresa pode estar estabelecida no Rio Grande de Sul e atender 
clientes no Acre? E como produtos da China chegam ao Brasil? Como os 
produtos do Brasil chegam à Austrália? Poderíamos pensar em inúmeros 
exemplos de como os produtos são entregues pelo mundo e a resposta será a 
mesma para todos: por meio da logística! 
A logística é uma atividade dinâmica nas organizações e está em 
crescimento, uma vez que o diferencial competitivo passou a ser determinado a 
partir da velocidade que a operação logística da empresa pode oferecer ao 
mercado. 
Nesta nossa quinta aula, vamos conhecer um pouco mais sobre esse 
assunto superinteressante que é a logística. 
Contextualizando 
A logística não é assunto novo no mundo corporativo, mas nos últimos 
anos tem se destacado como fonte de competitividade devido às mudanças 
cotidianas nos cenários locais e mundiais. Tais cenários têm se apresentado 
cada vez mais desafiadores como: aumento da concorrência nacional e 
estrangeira nos produtos e serviços, avanço das negociações de e-commerce 
e também exigências dos próprios clientes por melhores níveis de serviços. 
Além desses desafios, temos de considerar ainda que as indústrias 
buscam localizações ótimas em termos de custos, mão de obra e incentivos 
fiscais e que esse local nem sempre é próximo do mercado consumidor. Então, 
a partir da análise desses e outros pressupostos, compreendemos a 
importância de um processo logístico eficiente, pois ele será a garantia de que 
o produto ou serviço será entregue nos prazos desejados pelos clientes. 
Sendo assim, observa-se que o papel fundamental da logística é reduzir 
esse hiato de tempo de distância entre fornecedores e clientes sem alavancar 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
3 
custos, sem tornar a operação inviável. Para isso, as empresas precisam 
planejar e coordenar seu processo logístico de forma integrada conjuntamente 
aos seus parceiros comerciais (fornecedores, provedores de serviços e 
clientes) para que consigam traçar estratégias para um melhor posicionamento 
no mercado. 
Os conceitos de logística empresarial, os quais serão apresentados 
nesta aula não serão a última palavra sobre o assunto, mas certamente o 
auxiliarão na construção do seu conhecimento sobre esse tema tão atual. 
Pesquise 
Tema 1: A Evolução da Logística Empresarial 
Descrição e contextualização 
Podemos compreender a logística empresarial como uma das mais 
importantes áreas do conhecimento organizacional dos últimos tempos, uma 
vez que as empresas compreenderam que, para garantir a perenidade dos 
seus negócios, dependiam dos fluxos logísticos. 
A logística empresarial tornou-se foco dos estudos acadêmicos e 
investimentos empresariais devido à necessidade de melhoria do nível de 
serviço entregue a cliente associado à rentabilidade adequada das firmas, o 
que Ballou (2007, p. 17) coloca da seguinte forma: 
a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de 
rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através do 
planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de 
movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. 
Dessa forma, compete às empresas agrupar e gerenciar as atividades 
envolvidas no processo logístico visando ao equilíbrio do custo com o nível de 
serviço. Uma vez que a concorrência está muito mais presente que outrora, as 
firmas necessitam se reinventar continuamente para oferecer diferenciais 
competitivos aos seus clientes, e a logística tem se mostrado estratégica nesse 
aspecto. 
Entretanto, para a logística chegar ao status de estratégia 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
4 
organizacional, percorreu-se um longo caminho desde que ela foi utilizada 
como estratégia bélica, o que é o berço dos princípios logísticos. A utilização 
da logística pelo belicismo traz para nós da área da gestão a seguinte 
mensagem: é competitivo, tem mais chance de sucesso quem chega primeiro. 
Se nas guerras se destacaram os países que abasteceram as linhas de frente 
das batalhas com os suprimentos necessários para seus soldados, na visão 
empresarial, destaca-se a firma que conseguir chegar com o produto no 
mercado antes da concorrência. E não apenas chegar antes da concorrência, 
mas, sim, com preços competitivos e com a qualidade que o cliente espera. 
Foi a partir desse ponto de vista que a logística empresarial se 
desenvolveu e suporta as atividades comerciais em escala global atualmente. 
Como a concorrência não está mais concentrada em um único ponto, a 
logística fez com que as barreiras geográficas diminuíssem e que os países 
desenvolvidos buscassem centros produtivos com custos mais acessíveis. 
Além disso, as negociações internacionais trazem benefícios como: melhores 
preços, inovação, produtos diferenciados, além de movimentar a balança 
comercial dos países gerando empregos e renda. E, na atualidade, a logística 
está apta para respaldar as movimentações dos materiais e os transportes com 
custos acessíveis em qualquer lugar do mundo. 
A logística empresarial se ocupa de inúmeras atividades internas da 
organização, chamadas de intralogística, e também de operações externas. 
Ballou (2007) propõe uma classificação das principais atividades logísticas em: 
Primárias: transportes, manutenção dos estoques e processamento de 
pedidos. 
De apoio: armazenagem, manuseio de materiais, embalagens de 
proteção, obtenção, programação de produtos e manutenção de Informações. 
Figura 1: Atividades logísticas 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
5 
 
Fonte: Adaptada de Ballou, 2007, p. 26. 
O entendimento da importância de tais atividades fez com que as 
organizações aplicassem melhor os recursos nas atividades que realmente 
agregassem valor ao cliente final. 
Vamos conhecê-las de forma resumida, mas o suficiente para 
compreender sua importância no contexto da evolução da logística 
empresarial: 
Atividades primárias (essenciais, estratégicas, principais) 
Transporte: Atividade vital para qualquer organização porque faz com 
que a cadeia de abastecimento e a cadeia de distribuição se movimentem, 
fazendo com que os produtos cheguem aos seus destinos finais. É responsável 
pela maior parcela dos custos logísticos de uma empresa. 
Manutenção de estoques: É uma atividade que requer cuidados 
adicionais por parte das empresas, uma vez que faltar estoque impede o 
atendimento ao cliente, mas, se sobrar estoques, o capital de giro da empresa 
fica comprometido. O desafio está em buscar esse equilíbrio, principalmente 
para os varejistas que apenas compram e vendem mercadorias. 
Processamento de pedidos: É uma atividade primária porque está 
intrinsicamente ligada à área de vendas da empresa. Muitas empresas apenas 
programam a produção a partir da solicitação do cliente, o que requer certo 
cuidado para que esse fluxo seja o mais rápido possível. 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
6 
Atividades de apoio (secundárias, de suporte) 
Armazenagem: a partir do momento que a empresa opta por manter 
estoques, a armazenagem fará parte da realidade da empresa, e isso 
necessitará de estruturas físicas, humanas e tecnológicas para manter os bens 
estocados de forma segura. 
Manuseio de materiais: Faz parte da rotina dos armazéns e traz 
eficiência e rapidez para a operação logística da firma. Para um bom 
desempenho, serão necessários investimentos em equipamentos de 
movimentação interna, em qualificação dos colaboradores e também do layout 
adequado no armazém. 
Obtenção/Compras: Processo que faz parte da estratégia operacional 
da organização. Essesetor é responsável por abastecer a empresa de todas 
as suas necessidades, mas principalmente dos bens produtivos. Além de ser o 
contato com o mercado fornecedor da organização e a representar na cadeia 
de abastecimento. 
Embalagem de proteção: É considerado um elemento essencial na 
logística da atualidade. A embalagem tem três objetivos básicos: proteger o 
produto, promover o produto e auxiliar no processo de distribuição, por isso é 
importante desenvolver a embalagem ideal para os produtos de forma 
interdisciplinar, ou seja, envolvendo os departamentos responsáveis por esses 
quesitos, os quais podem ser: o desenvolvimento de produto e processo, o 
marketing e o responsável pela distribuição do produto. 
Programação do produto: Essa atividade está relacionada ao tipo de 
produção que a empresa utiliza: se for “empurrada”, a programação ocorrerá 
independente do pedido do cliente, mas, se for “puxada”, apenas a partir da 
solicitação dele. Isso requer cuidado especial para que esse fluxo também seja 
o mais rápido possível. 
Manutenção de informações: E para dar o suporte necessário a todas 
as atividades já apresentadas, o gerenciamento correto do fluxo de 
informações fará com que o produto seja vendido, produzido e entregue no 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
7 
menor tempo possível. Para isso, as firmas investem em softwares, hardwares 
e peopleware (analogia para as pessoas usuárias da tecnologia da informação 
e da comunicação nas empresas). 
O gerenciamento efetivo dessas e outras atividades relacionadas à 
logística que ocorrem nas organizações auxiliará na competitividade delas e no 
controle dos custos decorrentes dessa atividade tão importante que é a 
logística. 
Leitura Obrigatória: 
Para compreender a importância da evolução da logística empresarial, 
complemente seus estudos com a leitura das páginas 28 até 35 do capítulo 1 
do livro O reverso da logística e as questões ambientais no Brasil, dos 
Professores Edelvino Razzolini Filho e Rodrigo Berté. Disponível na Biblioteca 
Virtual. 
 
Tema 2: Logística de Abastecimento 
Descrição e contextualização 
Já vimos que uma das áreas mais importantes de uma organização na 
atualidade é a logística. Isso é notável porque, diferente do segmento de 
atuação, a logística sempre estará envolvida em prover matérias-primas, 
componentes, itens consumíveis para todo e qualquer tipo de negócio. No 
entanto, a dependência da logística em maior ou menor grau está atrelada ao 
tipo de empresa, por exemplo: a logística é mais representativa em uma 
indústria ou um varejista do que para uma empresa de serviço puro de 
consultoria. 
Para compreender melhor a logística de abastecimento, considere que 
as empresas necessitam adquirir materiais diversos para desempenhar suas 
atividades. Essas aquisições, as quais podem ser de matérias-primas, 
componentes, itens de manutenção, produtos prontos para revenda, material 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
8 
de escritório, material de limpeza, entre tantos outros, são atendidas por meio 
de uma grande rede de fornecedores que compõe o mercado, constituindo, 
assim, uma cadeia de abastecimento. 
Mas isso nem sempre foi assim, ou seja, até pouco tempo atrás não 
havia ainda a concepção de cadeia de abastecimento. Então, até o 
abastecimento se tornar assunto estratégico (no Brasil, a partir de 1990, 
aproximadamente), as obtenções de mercadorias e afins eram realizadas sem 
técnica alguma, pois a única preocupação era abastecer a empresa. As 
negociações das compras organizacionais não eram consideradas relevantes e 
os descontos eram conseguidos, na maioria das vezes, apenas por quantidade. 
Isso não significa dizer que descontos por quantidade não eram interessantes, 
mas o problema é que não eram considerados também os demais custos que 
incorriam a partir dessas compras, tais como armazenagem, movimentação 
interna e outros. 
Outras situações que dificultavam o gerenciamento do abastecimento 
das organizações era a falta de confiabilidade dos seus fornecedores e a 
quantidade deles envolvidos no processo. Então, se o fornecedor não era 
comprometido com o prazo de entrega, as empresas se protegiam com 
maiores volumes de estoques, o que não era interessante para nenhuma firma. 
Quanto ao grande número de fornecedores, ocorreu que as empresas 
pulverizavam seus volumes de compras não se tornando um cliente 
representativo para nenhum fornecedor. E, nesse caso, não sendo um cliente 
representativo, não tinham atendimento preferencial a suas necessidades. 
Com o tempo, as empresas perceberam que negociar com um número 
menor de fornecedores, entretanto mais qualificados, era mais vantajoso para 
elas, pois o poder de barganha era maior. Mas é claro que houve necessidade 
de uma contrapartida, menos fornecedores, maior frequência de compras, mais 
comprometimento de ambos para garantir o abastecimento das empresas. 
Rapidamente isso se tornou interessante para empresas clientes e empresas 
fornecedoras que iniciaram juntas um movimento de melhoria do nível de 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
9 
serviço. E, aí sim, o conceito de cadeia de abastecimento tomou corpo e se 
tornou estratégico para as organizações. 
Vamos entender esse conceito de forma resumida: A cadeia de 
abastecimento é formada por uma empresa cliente (geralmente a empresa que 
monta o produto final, chamada também de empresa focal ou empresa dona da 
cadeia) e seus fornecedores, os quais já estão devidamente homologados e 
aptos a atendê-la em suas necessidades. 
No primeiro momento, as empresas tentaram moldar uma cadeia de 
abastecimento com o mesmo número de fornecedores que já utilizavam. Mas 
gerenciar muitos fornecedores não é uma tarefa fácil e percebeu-se que, 
quanto mais elos a cadeia continha, mais chances de falhas ela apresentava. 
E, como cada vez mais as empresas passaram a canalizar seus esforços em 
seu core business, começaram a considerar perda de tempo e dinheiro lidar 
com as ingerências dos seus pares comerciais. 
Naturalmente ocorreu um amadurecimento do conceito de cadeia de 
abastecimento e as empresas focais optaram por reduzir gradualmente o 
número de fornecedores envolvidos para facilitar o controle. Por isso, as 
empresas focais buscaram selar parcerias com fornecedores sérios e de 
competência comprovada no mercado. 
Observe a figura a seguir e compreenda como é o relacionamento entre 
a empresa focal e seus fornecedores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
10 
Figura 2: Modelo conceitual de rede de uma cadeia de suprimentos 
 
Fonte: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2005000100010>. 
A partir do esquema apresentado, percebe-se que a empresa focal é o 
centro dos interesses dos fornecedores, que foram classificados segundo sua 
participação estratégica no negócio da cadeia. 
Vamos supor que a empresa focal representada no esquema seja uma 
indústria produtora de calçados em couro. E, como sabemos que uma indústria 
pode ter centenas de fornecedores, vamos ver sob duas perspectivas: 
1ª – Os fornecedores foram classificados por criticidade da matéria-
prima (couro, pigmento de cor, embalagens, colas, itens de costura e outros), e 
estão na categoria nível 1. Na categoria nível 2, podemos ter os fornecedores 
dos itens de materiais indiretos ou dos gastos gerais de fabricação (chamados 
de GGF) e, no nível 3, podemos ter, ainda, os fornecedores de manutenção, 
reparo e operações (MRO), de materiais de limpeza e higiene, (equipamentos 
de proteção individual (EPIs), os quais são comuns no universo industrial. 
2ª – Quanto mais próximo da empresa focal estiver o fornecedor, maior 
o envolvimento na qualidade do produto final. E, no caso apresentado no 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
11 
esquema, os fornecedores de nível 2 são na realidade fornecedores indiretos 
da empresa focal, porque atendem os fornecedoresde nível 1. 
Consequentemente, as firmas do nível 3 atendem as firmas do nível 2, que 
atendem as de nível 1, e assim sucessivamente. 
Isso significa dizer que a responsabilidade pelo sucesso das operações 
da cadeia de abastecimento foi compartilhada com esses elos que foram 
cuidadosamente selecionados e qualificados para atuarem a partir do mesmo 
objetivo: atender a empresa focal responsável pela produção ou montagem do 
produto final que será distribuído no mercado. Tudo isso com aporte da 
tecnologia da informação e da comunicação responsável por agilizar o fluxo de 
informações entre os elos. 
Leitura Obrigatória: 
Complemente seus estudos de cadeia de abastecimento por meio da 
abordagem do Professor Luiz Fernando Campos em seu livro Supply Chain: 
Uma visão gerencial, capítulo 2, das páginas 44 até 56. Disponível na 
Biblioteca Virtual. 
 
Tema 3: Logística de Produção 
Descrição e contextualização 
As áreas de produção das indústrias ou as áreas de venda dos grandes 
varejistas são grandes clientes da logística interna (intralogística) e externa 
(suprimentos e distribuição). Devido a isso, vamos compreender um pouco 
mais dessa ligação da área produtiva com a logística. 
Como estudamos no tópico anterior, uma fábrica necessita de insumos 
(matérias-primas, componentes, entre outros) para processar e converter em 
produtos acabados. Os varejistas, por sua vez, necessitam de produtos 
acabados para serem expostos em suas áreas de vendas. Compreendemos 
também que a responsabilidade de trazer tais insumos para a firma compete à 
cadeia de abastecimento. Entretanto, tal encargo se encerra na porta da 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
12 
empresa, quando o fornecedor entrega o material. 
A partir dos materiais entregues, outras operações são necessárias para 
que eles cheguem até a linha de produção. E, nesse momento, entra em cena 
o Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP), o qual é o 
setor responsável por programar a produção. 
Para realizar tão importante tarefa, o PPCP necessita das informações 
advindas do marketing com as perspectivas de vendas, para saber quais 
produtos deve programar para produzir. 
Com a informação dos pedidos em mãos, o PPCP consulta, por meio do 
software Material Requirement Planning (MRP), se há estoque disponível 
suficiente para a produção de tal item. Concluindo que sim, o PPCP continua 
sua programação e verifica se há disponibilidade de máquinas, equipamentos e 
mão de obra para produção. Com todos os recursos checados, o PPCP emite 
uma ordem de fabricação (O.F.), que pode ser chamada também de ordem de 
produção ou ordem de montagem. Para facilitar a compreensão: Uma O.F. é 
um relatório em que consta o que deve ser fabricado, quando deve ser 
fabricado e quais recursos serão utilizados, entre outras informações 
pertinentes. 
De posse da O.F., o encarregado de prover os materiais nas linhas se 
encaminha ao almoxarifado e solicita (antecipadamente, claro) que o 
almoxarife separe os materiais necessários para a produção. Após a 
separação, tais materiais serão encaminhados para as linhas de produção 
onde serão consumidos dentro da programação prevista. 
Para os insumos passarem pelos processos necessários (cortar, lixar, 
pintar e embalar, por exemplo), há a necessidade de intensa movimentação 
interna, o que às vezes utiliza recursos mecânicos e automatizados, tais como 
empilhadeiras, esteiras contínuas, paleteiras hidráulicas, entre outras. 
Quando o produto está pronto, é encaminhado para armazenagem final 
a fim de aguardar venda ou direto para a expedição, caso tenha sido produzido 
por encomenda. Uma vez armazenado, tal produto passará por inventários, 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
13 
verificações e controles, entre outros, para garantir que o produto permaneça 
bem acondicionado e preservado. 
Quando a venda for efetivada, novamente esse produto será manuseado 
por meio da atividade de picking (separação de itens). Para isso, o colaborador 
que está de posse do pedido do cliente se dirige até o armazém e realiza a 
correta separação desses itens. Depois de separados, eles são encaminhados 
para a área de packing (montagem do pedido, onde serão embalados, 
reembalados, unitizados ou até mesmo conteineirizados) a fim de serem 
despachados para o cliente por algum modal de transporte. 
Para realizar todas essas atividades com maestria, o PPCP não está 
sozinho, ou seja, ele conta com a eficiência de outros setores que o auxiliam a 
manter as linhas sempre abastecidas. Os dois setores mais representativos 
nessa operação são o setor de programação de materiais e o setor de 
compras, os quais são os responsáveis por executar as tarefas que garantem a 
reposição dos materiais na empresa. 
Caso a empresa seja um varejista, o caminho a ser percorrido 
internamente pela logística tende a ser menor que em uma indústria, entretanto 
as fontes de fornecimento são maiores que no caso da indústria. Saiba que, 
por questões de controle, rastreabilidade e qualidade, uma indústria procura 
adquirir matérias-primas de um número reduzido de fornecedores, o que 
certamente não é viável para um varejista. 
Se observarmos um varejista (um grande hipermercado ou uma grande 
rede) que possui uma variedade de mais de 50 mil itens, o número de 
fornecedores é, sem dúvida, grande, até porque o cliente exige alternativas de 
marcas. Nesse caso, como será a logística interna? 
Em um varejista, não temos um setor de programação da produção, mas 
temos um setor chamado de programação de compras, o qual também recebe 
as informações do marketing para fazer uma programação mais assertiva. A 
partir dessa perspectiva do marketing, o setor de programação de compras 
analisa os estoques em seu sistema informatizado, o qual pode ser também um 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
14 
MRP e, com isso, decide exatamente o que adquirir. A partir disso, o 
programador de compras negocia com os fornecedores dos itens e formaliza os 
pedidos. 
Quando o material chega ao depósito do varejista, o procedimento é 
muito parecido ao da indústria, ou seja, passa pelo recebimento, pelo controle 
de qualidade e posteriormente é encaminhado para as áreas de vendas ou 
para a armazenagem. 
Conforme os itens são vendidos, o sistema é acionado solicitando 
reposição nas gôndolas, o que é realizado pelos repositores. Os itens que 
ficam estocados também são verificados e controlados frequentemente para 
garantir a qualidade deles uma vez que o prazo de validade dos produtos 
comercializados pelos varejistas deve ser respeitado. 
Em linhas gerais, conclui-se que a logística da produção ou de reposição 
é responsável pelo manuseio e pelo movimento dos estoques internamente à 
organização, sejam matérias-primas, produtos em processo ou produtos 
acabados. Tais atividades são importantes para garantir a eficiência e a 
eficácia do sistema da produção ou de reposição e estão no escopo das 
atribuições do gerenciamento da logística empresarial. 
Leitura Obrigatória: 
Conheça melhor a importância do PPCP nas organizações. Para isso, leia das 
páginas 13 a 18 do capítulo 1 do livro Planejamento, Programação e Controle 
da Produção, de Adriana de Paula Lacerda Santos. Disponível na Biblioteca 
Virtual. 
 
Tema 4: Logística de Distribuição 
Descrição e contextualização 
A logística de distribuição tem papel fundamental nos negócios da 
empresa, pois é responsável por disponibilizar o produto aos clientes e 
consumidores. Considerando que uma fábrica normalmente não está sediada 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
15 
próximo de seu público consumidor, é papel da logística encurtar essas 
distâncias e a faz por meio do sistema de distribuição adotado pela 
organização. 
A decisão de como o produto será distribuído é uma importante tarefa 
atribuída ao setor de marketing, uma vez que ele é responsável por detectar as 
necessidades domercado consumidor. E, ainda, o marketing identifica qual o 
melhor canal de distribuição a ser utilizado para atingir o público-alvo e o faz 
por meio da análise do mix de marketing criado por Jerome McCarthy e citado 
por Kotler e Keller (2012, p. 24): Os 4 Ps: Preço, Produto, Promoção e Praça 
(em tempo: alguns autores já acrescentaram mais 3 Ps.: Pessoas, Processo, 
Performance), os quais são elementos norteadores de como o produto será 
entregue ao mercado. 
De forma simplificada, vamos rever esses conceitos: 
O P de Preço é ditado pelo mercado, pelas condições econômicas, pela 
concorrência e, claro, pelo valor que o cliente está disposto a pagar pelo 
produto. Isso significa que a empresa precisa controlar seus custos de forma 
que o preço de mercado remunere suficientemente o produto. 
O P de Produto está vinculado aos benefícios que o produto oferecerá 
ao cliente e o diferencial dele que fará com que o cliente escolha o produto A 
em detrimento de B. Nesse caso, compete à empresa investir em pesquisa e 
desenvolvimento para lançar produtos interessantes ao mercado no menor 
tempo possível. 
O P de Promoção é como a empresa vai expor e promover o produto no 
mercado, e abrange as campanhas de marketing, a marca, a logo e as mídias 
utilizadas para essa promoção. Define quais os caminhos que serão utilizados 
para tornar o produto conhecido no mercado. 
Já o P de Praça está relacionado à maneira como a empresa pretende 
distribuir produto e quais canais de distribuição serão utilizados (venda direta, 
atacadistas, distribuidores, varejistas ou outros), além das parcerias com os 
prestadores de serviços logísticos (PSLs), os quais serão responsáveis por 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
16 
algumas atividades inerentes à distribuição, principalmente o transporte. Então 
é nesse P que o papel da logística de distribuição se destaca. 
Segundo Russo (2013, p. 197), a escolha do modelo de distribuição visa 
eleger as melhores condições para a entrega dos produtos ao cliente final. 
Nesse sentido, algumas perguntas devem ser respondidas. 
 Onde e quando o produto precisa estar disponível? 
 O produto pode ser vendido diretamente aos varejistas? 
 O produto precisa ser distribuído por atacadistas? 
 Quantos níveis de intermediários são necessários no canal de 
distribuição? 
 A distribuição será exclusiva, seletiva ou generalista? 
Além disso, é possível optar pela armazenagem temporária no centro de 
distribuição avançado (CDA), nos recursos de Cross Docking, Milk Run, Transit 
Point, Merge in Transit e Just in Sequence, as quais são práticas modernas de 
distribuição que atendem Supply Chain Management (SCM). 
Uma empresa pode escolher várias estratégias de como colocar seus 
produtos no mercado, desde que não esqueça que a atividade de distribuição é 
uma operação crítica. Isso porque é a fase que mais se aproxima do cliente 
final, logo, qualquer falha que ocorra na distribuição pode fazer com o que o 
cliente tenha uma impressão negativa do nível de serviço da empresa. 
Segundo Ballou (2007, p. 43), a administração da distribuição física é 
tarefa desenvolvida em três níveis: 
1 – Estratégico: Molda o sistema de distribuição nos seus termos mais 
gerais, como: definição dos serviços de transportes que serão utilizados, a 
localização dos depósitos, procedimentos de controles, arranjos de 
comunicação necessários, definição dos níveis de serviços, entre outros. 
2 – Tático: Administrar a distribuição física no nível tático é utilizar seus 
recursos. É, sob muitos aspectos, planejamento de curto prazo. Definir se os 
equipamentos de transporte devem se movimentar sempre completamente 
carregados ou não, se a área dos armazéns pode ficar parcialmente ocupada, 
 
Pró-Reitoria de EaD e CCDD 
 
17 
entre outras decisões rotineiras da distribuição. 
3 – Operacional: São as atividades diárias da distribuição, tais como: 
recolher produtos dos estoques armazenados, carregar caminhões para 
entrega, embalar produtos para carregamento, manter registros de inventários, 
entre outros. 
O autor conclui da seguinte forma: Estratégico – como deve ser nosso 
sistema de distribuição? Tático – como o sistema de distribuição pode ser 
utilizado da melhor maneira possível? Operacional – vamos fazer a mercadoria 
sair! 
Um importante elemento que faz parte do sistema de distribuição, além 
dos canais, são os modais de transporte. São eles: 
Aéreo: Meio de transporte seguro, rápido, eficiente e eficaz, reduz os 
gastos com armazenagem, ideal para produtos leves e de pequeno volume, 
pois possui o custo mais alto entre os modais. Adequado para itens de alto 
valor agregado ou urgente, sendo o custo do transporte menor que o tempo da 
linha parada, por exemplo. 
Aquaviário: Esse transporte engloba o transporte realizado por barcos, 
navios, balsas, em quaisquer canais navegáveis como oceanos, mares, rios e 
lagos. É adequado para produtos de baixo custo, não perecíveis, e em grandes 
quantidades. É um transporte lento, pouco flexível e fica limitado à atuação nos 
portos marítimos ou infraestrutura construída para os rios navegáveis. 
Dutoviário: Meio de transporte seguro e eficiente para produtos como 
petróleo bruto e gás natural. É considerado de alto custo para sua construção, 
no entanto, depois de implantado, torna-se de baixo custo porque a estrutura é 
o próprio veículo de distribuição no caso do duto terrestre. Mas pode ser 
também subaquático e aéreo. 
Ferroviário: Meio de transporte de alta capacidade de carga, 
energeticamente eficiente, com custo operacional baixo, apropriado para 
longas distâncias e para produtos não perecíveis, uma vez que é um transporte 
lento. Utiliza-se da infraestrutura ferroviária e não é prejudicado pelo trânsito 
 
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das rodovias, mas depende de outros modais para receber as cargas, uma vez 
que as ferrovias não chegam até o produtor. 
Rodoviário: Meio de transporte rápido, de alta disponibilidade, menor 
exigência de manuseio e de embalagens especiais, elevada cobertura 
geográfica, ideal para cargas fracionadas e o único que realiza a operação 
como um todo: retira no produto e entrega no cliente final, prática chamada de 
“door to door”, porta a porta. Mas se torna caro para longas distâncias e 
depende do trânsito das rodovias. 
Por mais que a literatura nos apresente esses cinco modais: aéreo, 
aquaviário, dutoviário, ferroviário e rodoviário, na prática, para a distribuição de 
produtos entre os estados brasileiros, o mais utilizado, sem dúvida alguma, é o 
rodoviário. 
Leitura Obrigatória: 
Para complementar seu conhecimento sobre distribuição, leia das páginas 196 
até 218 do capítulo 3 do livro Armazenagem, Controle e Distribuição, de Clovis 
Pires Russo. Disponível na Biblioteca Virtual. 
 
Tema 5: Logística Reversa 
Descrição e contextualização 
A logística reversa foi incorporada mais recentemente aos princípios de 
logística empresarial, pois, por mais que a preocupação com a destinação 
adequada do produto após consumo seja antiga, as ações práticas avançaram 
lentamente com o passar dos anos. Agora, entretanto, isso tende a mudar com 
as novas determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que 
se caracteriza como um instrumento forte para comprovar o comprometimento 
do país com o desenvolvimento sustentável, o que é uma tendência mundial. 
Trazendo para o contexto empresarial, segundo Razzolini (2013, p. 57-
60), a logística reversa tem duas vertentes que chamam atenção dos gestores 
administrativos das organizações, são eles: 
 
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19 
Foco ambiental: o empresariado brasileiro tem se preocupado cada vez 
mais com as questões de conservação e preservação do meio ambiente. Isso 
porque a sociedade, mesmo consumista, está mais consciente em termos de 
desperdícios. 
Essa nova situação tem feito com que as empresas busquem novasformas de promover o retorno das embalagens e também de partes de 
produtos ou até mesmo produtos inteiros, os quais já foram utilizados para o 
processo produtivo, sempre que possível e viável. 
Foco econômico-financeiro: é a busca de recuperar custos de 
produção por meio de retorno de produtos pós-consumo para a cadeia de 
abastecimento em virtude de escassez e/ou encarecimento de matérias-
primas. 
Por mais que os focos ambientais e econômico-financeiros sejam 
interessantes, na realidade são as questões governamentais e de legislação 
que fazem com que as empresas invistam em processos de logística reversa. 
Os primeiros movimentos se deram devido à preocupação com a 
destinação adequada dos resíduos sólidos conhecidos como perigosos 
(embalagens de agrotóxicos utilizados nas lavouras Brasil afora), depois surgiu 
o questionamento do que fazer com os pneus inservíveis, com os resíduos de 
óleos e lubrificantes, com as baterias de eletrônicos (volume este que cresceu 
vertiginosamente com a descartabilidade principalmente dos aparelhos de 
telefone celulares) e até mesmo medicamentos e produtos químicos com 
validade vencida. Hoje a lista de produtos que exigem destinação adequada e 
são de responsabilidade de seus fabricantes é muito maior. 
Para logística empresarial na prática, significa que uma estrutura 
logística com fluxos reversos de pontos de coleta, canais, centros de 
distribuição e alianças com prestadores de serviços logísticos (PSLs) ainda 
terão de ser desenvolvidos para atender às demandas das organizações. 
A extensão territorial do Brasil é um complicador de forma que um 
sistema de logística reversa provavelmente demore mais tempo que o 
 
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20 
recomendado para ser organizado, planejado e implantado. E, para acelerar 
esse processo, uma mudança de mentalidade por parte do empresariado 
também será necessária, pois hoje a logística reversa é vista apenas como 
custo, e não como agregador de valor ao produto ou serviço. Sabe-se, 
entretanto, que a logística reversa pode auxiliar a empresa a reduzir alguns 
custos, tais como matérias-primas e transporte se puder utilizar parte dos seus 
próprios resíduos sólidos para a produção de novos bens. 
Razzolini (2009, p. 93-96) coloca que para logística reversa os produtos 
podem ser classificados em relação ao seu consumo e a sua durabilidade. 
Bens de consumo 
 Produtos de conveniência: produtos comprados por impulso, sem 
comparação e com preços baixos (copos de água, refrigerantes, salgadinhos, 
leite, arroz e outros). 
 Produtos de compra comparada: comprado em intervalos de 
tempos maiores, os consumidores costumam comparar porque possuem 
preços mais elevados (eletroeletrônicos, roupas, móveis e outros). 
 Produtos de especialidade: produtos de preços elevados, compra 
esporádica, traz diferenciação para o cliente (roupa de alta costura, obras de 
arte para colecionadores, relógio rolex e outros). 
Durabilidade 
 Produtos duráveis: produtos de vida útil elevada (fogões, 
refrigeradores, veículos, entre outros). 
 Produtos não duráveis: produtos de consumo imediato (alimentos, 
bebidas, descartáveis). 
Para a logística reversa, a classificação de durabilidade é mais 
interessante porque é o fator que irá determinar a implantação dos sistemas 
logísticos reversos e organizar os canais reversos em: 
 canais reversos de pós-venda: os produtos podem retornar para a 
cadeia por meio de reciclagem, correção de defeitos, revalorização ou 
mercados secundários, como outlets centers; 
 
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 canais reversos de pós-consumo: os produtos podem seguir para 
novos ciclos de negócios por meio de mercados secundários, ou, por fim, para 
sua destinação final em aterros sanitários, de acordo com sua coleta. 
A logística reversa veio para fazer parte do dia a dia das organizações. 
Cada vez mais, novas exigências surgirão seja por parte de uma sociedade 
mais consciente, seja por escassez dos recursos naturais ou falta de espaço 
físico para o descarte dos resíduos sólidos. Para atender às novas premissas, 
consumidores, empresas e governos terão de se unir em uma grande força-
tarefa. 
Leitura Obrigatória: 
Amplie seu conhecimento sobre a competitividade da logística reversa lendo 
das páginas 71 até 78 do capítulo 2 do livro O reverso da logística e as 
questões ambientais no Brasil. Disponível na Biblioteca Virtual. 
 
Trocando Ideias 
Nesta aula, estudamos alguns conceitos elementares sobre a logística 
empresarial. Dentre esses conceitos, estudamos a logística de distribuição, que 
é responsável por abastecer o mercado com os produtos. Diante disso, discuta 
com os colegas sobre a distribuição nos grandes centros urbanos (metrópoles 
brasileiras). Quais serão os desafios? Quais as oportunidades? 
Na Prática 
Para esta rota de aprendizagem, você deverá analisar uma matéria 
jornalística sobre um projeto lançado em 2016 para auxiliar no processo de 
reciclagem. Em um primeiro momento, o fato será apresentado e depois haverá 
alguns questionamentos para você pesquisar e responder. 
Terminada a atividade de estudo, análise e relato da matéria, você 
receberá uma resposta provável para a atividade realizada pelo professor que 
elaborou a presente atividade. 
 
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22 
Orientações para realizar a atividade: 
1. Leia a matéria atentamente e pesquise mais sobre o assunto no 
livro: O Reverso da Logística, de Edelvino Razzolini Filho e Rodrigo Berté, 
capítulo 3. 
2. Leia o material de apoio da rota. 
3. Identifique no texto desta rota de aprendizagem onde estão os 
conceitos-chaves que você irá utilizar; tenha o material em mãos para realizar 
as tarefas. 
4. Bons estudos e bom trabalho! 
 
Estudo de caso: logística reversa 
São Paulo ganha projeto inédito de logística reversa de 
eletroeletrônicos 
 
Iniciativa será realizada na Subprefeitura Lapa, por meio de parceria 
entre agência de cooperação japonesa, Governo Federal e Prefeitura de São 
Paulo, representada pela Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb). 
A partir do próximo dia 28 (de abril de 2016), a cidade de São Paulo 
recebe o descarte ON, projeto piloto de logística reversa de resíduos 
eletroeletrônicos. Resultado de parceria entre os governos do Japão e do 
Brasil, com a participação de varejistas, cooperativa e associações 
representativas do setor, a iniciativa será realizada até outubro deste ano na 
região da Subprefeitura Lapa e visa sensibilizar o cidadão sobre a importância 
da destinação correta para esse tipo de material. O lançamento do projeto, que 
tem como mascote o simpático robô Descartes, ocorreu nesta terça-feira 
(26/4), durante evento promovido no Bunkyo — Sociedade Brasileira de Cultura 
Japonesa e de Assistência Social —, na Liberdade, com as presenças de 
diversas autoridades dos dois países. 
A iniciativa reúne a JICA (Japan International Cooperation Agency), 
órgão do governo japonês responsável por implementar ações que apoiem o 
 
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crescimento e a estabilidade socioeconômica de países em desenvolvimento; o 
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior); o MMA 
(Ministério do Meio Ambiente), a Prefeitura de São Paulo – por meio da 
Secretaria de Serviços e da AMLURB (Autoridade Municipal de Limpeza 
Urbana); e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). 
Descarte e participantes 
Entre os itens que poderão ser descartados estão os eletrodomésticos, 
como liquidificadores, espremedores, ferros de passar e eletrônicos de 
pequeno porte, tais como aparelhos de áudio e vídeo, laptops e celulares. Não 
estão incluídos no projeto itens como baterias, pilhas, lâmpadas fluorescentes 
e tonners de impressora. 
Os itens serão recolhidos por meio de dois sistemas. Um deles é o 
Coleta nas Lojas, para os resíduos de pequeno e médio porte, que começa no 
próximodia 28. As lojas participantes são: Casas Bahia, Extra, Lojas 
Americanas, Pernambucanas e Ponto Frio (confira abaixo os endereços). O 
Walmart deve começar na primeira quinzena de maio. O sistema funcionará 
assim: qualquer munícipe pode se dirigir a um desses estabelecimentos e 
descartar um equipamento de até 60 centímetros de largura, 50 centímetros de 
comprimento e 75 centímetros de altura. E o outro sistema será o Coleta nas 
Casas, que será viabilizado na sequência. 
Fonte: 
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/lapa/noticias/?p=6586
3. 
 
A partir da matéria a respeito do novo projeto sobre logística reversa, 
analise a partir da perspectiva de um gestor de empresa. Crie um plano de 
ação para sensibilizar os consumidores e também outros empresários que 
ainda não aderiram a ideia sobre a importância desse projeto. Sua proposta 
deve conter: 
a) justificativa da importância do papel do consumidor dentro desse projeto; 
 
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b) apresentação de vantagens para o consumidor; 
c) destaque dos benefícios que as empresas podem atingir aderindo ao 
projeto. 
Síntese 
Nesta aula, foram abordados alguns temas essenciais sobre a logística 
empresarial, os quais são imprescindíveis para a compreensão da importância 
do tema na atualidade. 
Para facilitar o entendimento, o tema foi didaticamente dividido em 
quatro macroassuntos: logística de abastecimento, de produção (o que nesse 
material denominado de intralogística), de distribuição e reversa. De maneira 
sucinta, as quatro fases mais importantes da logística empresarial foram 
apresentadas de forma que o profissional consiga visualizar a lógica e 
interdependência do processo: receber matérias-primas, produzir bens, 
distribuí-los e destinar corretamente os resíduos. 
Com isso, foi possível perceber que as diferentes áreas da logística 
empresarial precisam se conectar para auxiliar a empresa a atingir suas metas 
estratégicas. 
 
Referências 
BALLOU, R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais, 
distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
CAMPOS, L. F. Supply Chain: uma visão gerencial. Curitiba: InterSaberes, 
2012. 
 
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2012. 
 
 
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RAZZOLINI FILHO, E.; BERTE, R. O reverso da logística e as questões 
ambientais no Brasil. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
 
RUSSO, C. P. Armazenagem, controle e distribuição. Curitiba: InterSaberes, 
2013. 
 
SANTOS, A. de P. L. Planejamento, programação e controle da produção. 
Curitiba: InterSaberes, 2015.

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