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Multivix_CONTABILIDADE AVANCADA_Book

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CONTABILIDADE AVANÇADA
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Priscila de Azevedo Prudêncio
Contabilidade Avançada / PRUDÊNCIO, P A - Multivix, 2020
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
 Dados da Jorg S.A 67
 Reversão da despesa financeira com JCP 74
 Patrimônio Líquido em 31/12/X1 76
 Parcela a tributar 78
 Cálculo da CSLL 79
 Demonstração do Resultado do Exercício 79
 Balanço Patrimonial 85
 Consolidação da Cia Delta e Cia Gama 94
 Consolidação da Cia Delta e Cia Gama 96
 Balanço Patrimonial antes da Consolidação da Cia Alfa 
com a Cia Beta 98
 Consolidação da Cia Alfa e Cia Beta 99
 Papel de Trabalho de Elaboração do Balanço Patrimonial 
Combinado da Cia Chave e Cia Asa 114
 Exemplo de apresentação do Balanço Patrimonial 
Pro Forma (Em milhares de $) 121
 Demonstração do Resultado Pro Forma 125
 Balanço Patrimonial no reconhecimento inicial e no 
encerramento do exercício. 139
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
 Qual o melhor investimentos? 13
 Classificação dos investimentos temporários 15
 Principais investimentos permanentes 18
 Classificação dos investimentos permanentes no Balanço 
Patrimonial 18
 Propriedade para investimento versus imobilizado 19
 O que são coligadas? 24
 Controle direto 24
 Controle indireto 25
 Sociedade controladora e suas controladas 25
 Controle conjunto 26
 Balanço Patrimonial das Companhias Beta e Cristais 28
 Demonstração do Resultado do Exercício Companhias 
Beta e Cristais 30
 Negócios 36
 Incorporação da Cia Alfa com a Cia Beta 37
 Situação da Cia Alfa e da Cia Beta antes da incorporação 39
 Balanço Patrimonial após incorporação da Cia Beta pela Cia Alfa 40
 Fusão da Cia Alfa com a Cia Beta 43
 Balanço Patrimonial antes e após da fusão Cia Alfa com a Cia Beta 44
 Cisão parcial e total 47
 Balanço Patrimonial da Cia Alfa antes da realização da cisão 47
 Balanço Patrimonial após cisão 49
 Combinação de negócios versus aquisição de ativos 51
 Balanço Patrimonial da Investidora Alfa 56
 Patrimônio Líquido 62
 Patrimônio Líquido 63
 Reserva especial de dividendo obrigatório não distribuído 
versus reserva de lucros a realizar 65
 Divisão dos dividendos 66
 Lucro Líquido Ajustado 67
6
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Condições e limites da distribuição de dividendos 
mínimos obrigatórios 69
 Demonstrações Contábeis 83
 Consolidação das Demonstrações Contábeis 88
 Demonstrações Contábeis Consolidadas 89
 Exceções para a Consolidação 91
 Diferença entre demonstrações combinadas e consolidadas 107
 Diferenças entre demonstrações combinadas e consolidadas 108
 Relação de controle 108
 Controle Comum versus Administração Comum 110
 Controle comum e administração comum 111
 Ajustes de informações financeiras pro forma 123
 O que seria moeda de apresentação? 130
 Conversão de transação em moeda estrangeira para 
a moeda funcional 135
 Uso da moeda de apresentação diferente da moeda funcional 140
 Correção Monetária 144
 Alcance da correção monetária parcial 146
7
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 10
1 INVESTIMENTOS E SEUS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 12
1.1 INTRODUÇÃO 12
1.2 INVESTIMENTOS 12
1.3 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 22
2 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 36
2.1 INTRODUÇÃO 36
2.2 ASPECTOS LEGAIS E CONCEITUAIS DE INCORPORAÇÃO, 
FUSÃO E CISÃO 37
2.3 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS 51
3 DIVIDENDOS E JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO 60
3.1 DIVIDENDOS 60
3.2 JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO 71
4 DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS 82
4.1 INTRODUÇÃO 82
4.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 82
4.3 CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 92
5 DEMONSTRAÇÕES COMBINADAS E INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO 
FORMA 105
5.1 INTRODUÇÃO 105
5.2 DEMONSTRAÇÕES COMBINADAS 105
5.2 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PRO FORMA 115
5UNIDADE
8
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
6 CONVERSÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 129
6.1 INTRODUÇÃO 129
6.2 CONVERSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA 
MOEDA ESTRANGEIRA 129
6.3 CORREÇÃO MONETÁRIA 143
6UNIDADE
9
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
10
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Caro aluno, nesta disciplina você irá estudar os aspectos relacionados à Con-
tabilidade Avançada dispostos em normas nacionais e internacionais. Serão 
vistos assuntos relacionados aos investimentos permanentes, temporários e 
aos critérios de avaliação desses investimentos. Além disso, serão abordados 
temas avançados dispostos no CPC, por exemplo, o CPC 15 – Combinação de 
Negócios. Para finalizar, iremos adentrar ao campo das Demonstrações Con-
tábeis: consolidação, conversão e correção monetária.
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
11
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
> definir os conceitos 
sobre investimentos 
temporários e 
permanentes, 
além de apontar os 
principais critérios 
de avaliação dos 
investimentos;
> revisar as 
diferenças 
entre coligadas, 
controladas e 
controle conjunto. 
Além disso, busca-
se compreender 
o Método de 
Equivalência 
Patrimonial, seu 
conceito, cálculo 
e forma de 
apresentação.
12
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.Uem 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
1 INVESTIMENTOS E SEUS 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
A contabilidade tem passado por constantes mudanças ao buscar convergir 
com as normas internacionais de contabilidade. Ao longo dos anos, obser-
varam-se alterações da lei das Sociedades Anônimas promovidas pela pro-
mulgação da lei n. 11.638/07 e da lei n. 11.941/09. Ao longo dos capítulos, vamos 
estudar essas mudanças tratando dos aspectos da contabilidade avançada 
a partir do que manda essas leis e os Pronunciamentos Contábeis. Desse 
modo, estaremos preparados para os anseios das grandes companhias por 
profissionais capacitados.
Iremos iniciar a disciplina tratando dos investimentos permanentes e tempo-
rários, da contabilização, da avaliação e da divulgação desses investimentos. 
E o que são investimentos? Um investimento pode ser entendido como apli-
cação do capital com a expectativa de rendimentos ou retornos futuros. São 
diversos os tipos de investimento, sendo que a escolha por algum vai variar de 
acordo com o esperado pela investidora. Nesse capítulo, veremos como esses 
investimentos devem ser reconhecidos e classificados pela contabilidade. Va-
mos adiante!
1.2 INVESTIMENTOS
Nesse primeiro tópico, vamos respirar fundo e rever alguns conceitos e a clas-
sificação de investimentos temporários e de investimentos permanentes. 
Depois de preparar bem esse território, nós vamos avançar com a avaliação 
(mensuração) dos investimentos. Vamos lá iniciar!
13
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
1.2.1 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS 
Os investimentos temporários são aqueles que a empresa não pretende ficar 
com eles por um tempo indefinido ou definitivamente. Geralmente, opta-se 
por este tipo de investimento quando os recursos financeiros da empresa es-
tão ociosos ou em excesso e podem ser aplicados (investidos) em instrumen-
tos financeiros. Segundo o CPC 38, um instrumento financeiro é qualquer 
contrato que dê origem a um ativo financeiro para a entidade e a um passivo 
financeiro ou instrumento patrimonial para outra entidade. 
Esses investimentos vão proporcionar rendimentos financeiros independen-
tes dos auferidos pelas atividades operacionais normais da empresa, e tam-
bém podem compensar perdas inflacionárias com as disponibilidades que 
ficariam paradas caso não fosse investido. 
QUAL O MELHOR INVESTIMENTOS?
Fonte: Plataforma Deduca (2020).
#PraCegoVer
Na imagem, há uma gestora de investimentos decidindo qual a melhor opção de 
investimento a ser feito. Em sua mão esquerda, encontra-se dinheiro e em sua mão direita 
encontram-se imóveis. Além disso, ao fundo da imagem aparece um gráfico de barras e 
uma seta, fazendo uma alusão à evolução dos rendimentos.
14
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
São diversos os tipos de investimentos temporários, sendo que a escolha por 
qual investimento será realizado vai depender do tempo e da quantidade 
de recursos que estão à disposição para serem investidos. A seguir, veremos 
alguns exemplos de investimentos realizados no mercado financeiro, como 
CDBs, caderneta de poupança, fundos de investimentos e títulos representa-
tivos no capital de outras sociedades. Avante!
Fundos de investimento: 
é uma modalidade de investimento formada pela união de diversos 
investidores que buscam conquistar um determinado retorno 
financeiro do valor aplicado. Basicamente, um fundo de investimento 
funciona do seguinte modo: (a) cada participante compra uma ou 
mais cotas do fundo de investimento; (b) o gestor é o responsável por 
unir o montante de recursos adquiridos com as cotas e decidir onde 
investir esse montante; (c) cada cotista paga uma taxa administrativa 
que vai de acordo com cada fundo.
Poupança: 
a poupança é um tipo de conta em que o depositário deixa o seu 
dinheiro guardado e recebe um percentual de retorno sobre esse valor 
aplicado. Ela é uma das modalidades mais utilizadas pelos brasileiros, 
apesar disso, ela é considerada um dos investimentos menos rentáveis.
Certificado de Depósitos Bancários (CDB): 
o CDB funciona como um empréstimo do investidor para as instituições 
financeiras. Em troca do empréstimo, ele recebe o dinheiro acrescido de 
juros. Esse tipo de investimento é geralmente usado por pessoas físicas.
Debêntures: 
é um título em que o investidor se torna o credor de uma empresa e 
recebe juros fixos e/ou variáveis ao longo do tempo.
15
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
Participações em outras sociedades: 
são investimentos realizados em outras sociedades com o objetivo de 
obter benefícios econômicos por um prazo estabelecido de tempo.
Os investimentos temporários podem ser realizados no curto e no longo 
prazo. Portanto, a sua classificação contábil irá depender da intenção de 
prazo fixada pela empresa ou da sua data de vencimento. Lembre-se aluno 
de que no ativo circulante encontram-se as aplicações de recursos de curto 
prazo! Desse modo, investimentos de curto prazo irão ser classificados no 
ativo circulante, enquanto casos de maior prazo de realização são classifica-
dos no ativo não circulante, mais especificamente no subgrupo Realizável 
no Longo Prazo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
No esquema, é apresentado a divisão entre a classificação dos investimentos no ativo 
circulante e ativo não circulante. À esquerda está o ativo circulante responsável pelos 
investimentos temporários a serem realizados até o final do exercício seguinte. No lado 
direito, encontra-se o ativo não circulante responsável pelos investimentos temporários a 
serem realizados após o final do exercício seguinte. 
ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE
Investimentos 
temporários a serem 
realizados até o final 
do exercício seguinte.
Subgrupo Realizável a 
Longo Prazo.
Investimentos temporários 
a serem realizados após o 
final do exercício seguinte.
16
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
Nem todas as participações em outras sociedades 
são classificadas em temporárias, pois quando 
o investidor decide por permanecer com essa 
aplicação por um tempo indeterminado ela 
é considerada como investimento estável 
sendo, portanto, classificado no subgrupo de 
Investimentos do Ativo Não Circulante.
Os investimentos temporários, como as aplicações financeiras de liquidez 
imediata, a poupança e os CDBs devem ser atualizados pelos rendimentos a 
cada fato gerador, conforme o princípio da competência. Desse modo, cada 
rendimento deve ter o débito no valor do investimento e como crédito é reco-
nhecida uma receita que irá influenciar o resultado do exercício. 
As participações temporárias em outras companhias devem ser atualizadas 
a valor justo no fechamento do balanço, debitando-se o ativo e creditando a 
conta de resultado nos casos de ganho com o investimento. Se o valor justo 
for menor que o valor do ativo, então debita-se o resultado do exercício e cre-
dita uma conta retificadora de ativo. Muita informação, não é mesmo? Veja-
mos um exemplo a seguir para facilitar o entendimento.
a. Investimento inicial
 D: Participações Temporárias (ativo circulante) 2.000
 C: Caixa 2.000
b. Ajuste a valor justo com um aumento hipotético de R$ 200
 D: Participações temporárias (ativo circulante) 200
 C: Resultado do exercício (Receita) 200
c. Ajuste a valor justo com uma redução hipotética de R$ 200
 D: Resultado do exercício (Despesa) 200
 C: Ajuste a valor justo (redutora de ativo) 200
17
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
Valor justo maior do que valor do ativo, então 
reconhece uma receita no resultado doexercício.
Valor justo menor do que valor do ativo, então 
reconhece uma despesa no resultado do exercício.
Vejamos agora um exemplo de reconhecimento dos investimentos em CDBs. 
Suponha que uma empresa tenha investido R$ 10.000 em CDB prefixado, na 
data de 01/11/X1 com resgate para 180 dias. Os rendimentos foram prefixados 
no valor de R$ 800, desse valor 80 era relativo aos juros e os demais corres-
ponderam à correção monetária. No setor de contabilidade da empresa, o 
reconhecimento inicial do investimento foi do seguinte modo:
Débito: Aplicação Financeira (ativo circulante) 10.800
Crédito: Banco conta movimento 10.000
Crédito: Variações Monetárias ativas a vencer 720
Crédito: Juros ativos a vencer 90
1.2.2 INVESTIMENTOS PERMANENTES
Os investimentos permanentes são aplicações consideradas estáveis e, geral-
mente, financeiramente significativas. Alguns exemplos são as aplicações de 
recursos em bens que não fazem parte das atividades operacionais da em-
presa. Outro exemplo de investimentos permanentes são as aquisições de 
quotas ou ações de sociedades. Essa aquisição costuma gerar uma relação de 
dependência técnica, financeira ou de controle administrativo da empresa. 
Veremos adiante mais sobre cada um desses investimentos permanentes.
Pratique mais com outros exemplos dispostos no 
capítulo 2 do livro “Contabilidade Avançada”, de 
Osni Moura Ribeiro, 6ª edição de 2018.
18
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
PRINCIPAIS INVESTIMENTOS PERMANENTES
Investimentos 
Permanentes
■ Propriedade para Investimento
■ Participações Permanentes em outras sociedades
■ Outros Investimentos Permanentes
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
O esquema resume quais são os três principais tipos de investimentos permanentes: 
propriedade para investimento, participações permanentes em outras sociedades e outros 
investimentos permanentes.
As aplicações de recursos em bens que não fazem parte das atividades opera-
cionais da empresa dizem respeito à propriedade para investimento. Segundo 
o CPC 28, propriedade para investimento é um terreno, edifício ou parte de um 
edifício, mantido para conseguir obter renda com o seu aluguel ou, até mesmo, 
com a sua valorização. Além disso, devemos considerar outros dois aspectos 
que vão determinar se uma propriedade é classificada como investimento:
1. o bem não é usado para a produção ou fornecimento de bens e serviços 
ligados às atividades operacionais da empresa e;
2. quando não se espera que ele seja vendido no decorrer do curso normal 
das atividades da empresa.
A propriedade para investimento é classificada no Ativo, grupo Não Circulan-
te e subgrupo Investimentos. Vamos visualizar, a seguir, como que o investi-
mento fica classificado no Balanço Patrimonial.
CLASSIFICAÇÃO DOS INVESTIMENTOS PERMANENTES NO BALANÇO PATRIMONIAL
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
A tabela apresenta um quadro com o Balanço Patrimonial. Na primeira linha, encontra-se o 
grupo Ativo, posteriormente, o ativo circulante e o ativo não circulante. Dentro do ativo não 
circulante, encontra-se o subgrupo investimentos que é aquele onde deve ser classificada 
a propriedade para investimento.
Propriedade para Investimento
BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/20X0
Ativo
Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
Investimentos
19
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
Uma propriedade para investimento deve ser reconhecida no Ativo Não Circu-
lante – Investimentos quando ela atender a dois requisitos simultaneamente:
1. prováveis benefícios econômicos futuros;
2. for possível avaliar confiavelmente o custo da propriedade.
O reconhecimento inicial ocorre quando os custos são incorridos, sendo estes 
custos mensurados pelo valor de compra da propriedade para investimento, 
somada a qualquer dispêndio diretamente atribuível com a compra.
Para finalizar, o entendimento sobre propriedade para investimento, temos 
que ressaltar que ela não deve ser confundida com os bens classificados no 
ativo imobilizado.
PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO VERSUS IMOBILIZADO
Propriedade para 
Investimento Imobilizado
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
O esquema apresenta a propriedade para investimento de um lado, um sinal de diferente 
no meio, e o ativo imobilizado do outro lado. Esse esquema enfatiza que não deve ser 
confundida a propriedade para investimento com o imobilizado.
Propriedade para investimento é aquela mantida para obter renda com alu-
guel ou com a sua valorização, e não se destina à manutenção das atividades 
da empresa. Já o ativo imobilizado é aquele mantido para o uso na produção 
ou no fornecimento de mercadorias ou serviços, também pode ser utilizado 
para aluguel, sendo relacionado com as atividades fins da empresa. Nos pro-
nunciamentos contábeis, o conceito de Imobilizado e de Propriedade para 
Investimento cita o uso desses bens para auferir aluguel, mas devemos ter 
em mente a intenção com que se faz o aluguel em cada um deles.
Ativo Imobilizado: 
o aluguel é empregado na manutenção das atividades da empresa, 
por exemplo, o aluguel feito a empregados.
20
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
Ativo Investimento: 
o aluguel é uma operação da empresa para receber renda 
complementar. 
As participações permanentes em outras sociedades são os investimentos re-
alizados na forma de participações no capital social de outra sociedade. Tais 
investimentos ocorrem por meio de quotas ou ações. Veremos, a seguir, algu-
mas de participações permanentes: as sociedades coligadas, as sociedades 
controladas e as sociedades de controle conjunto.
Por fim, os outros investimentos permanentes são aqueles que a empresa 
pretende manter indefinidamente e que não são usadas nas atividades da 
empresa, por exemplo, as obras de arte.
1.2.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS 
INVESTIMENTOS
Os investimentos devem ser avaliados no momento em que ingressam no 
patrimônio e, posteriormente, devem ser atualizados no momento posterior 
a aquisição. Desse modo, vamos estudar a avalição de investimentos no mo-
mento inicial e no momento posterior à aquisição.
A Lei n. 6.404/1976, alterada pela lei n. 11.638/2007 e pela lei n. 11.941/2009, bem 
como as Normas Brasileiras de Contabilidade, preveem três métodos de ava-
liação dos investimentos: método do custo, método do valor justo e método 
de equivalência patrimonial (MEP).
Método do custo: 
avalia os investimentos atribuindo-lhes os respectivos valores originais 
das transações, ou seja, pelo custo de aquisição. Desse modo, os ativos 
são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos pelo caixa ou 
equivalente de caixa no momento da aquisição.
21
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CONTABILIDADE AVANÇADA
Método o valor justo: 
é entendido como o preço que seria recebido pela venda de um ativo 
ou seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não 
forçada entre participantes do mercado.
Método de Equivalência Patrimonial: 
é método contábil de atualização de valores dos investimentos feitos 
em coligadas, controladas e controle conjunto.
É importante destacar que normalmente o valor de entrada de um investi-
mento avaliado pelo método do custo, coincide com o valor de entrada de 
um investimento avaliado pelo método do valor justo (RIBEIRO, 2018).
Os investimentos temporários devem ser avaliados inicialmente pelo seu va-
lor de entrada, sendo o custo de aquisição acrescido de encargos incorridos 
na transação. Posteriormente, esses investimentos são ajustados ao valor jus-
to, quando se tratar de aplicações negociáveis ou disponíveis para venda. Se 
impossível à obtenção do valor justo, ou o valor não puder ser mensurado 
com confiabilidade, permanecem pelo custoajustado ao valor provável de 
realização, se esse último for menor em relação ao custo.
Se o valor realizável líquido for menor que o valor 
de custo, então reconhece uma perda estimada 
como redutora do ativo. 
A propriedade para investimento é avaliada incialmente pelo seu custo de 
aquisição, adicionando-se todos os gastos com a aquisição, conforme exposto 
pelo CPC 28. Após a aquisição deve ser realizada a avaliação ao valor justo, po-
dendo existir casos que não há como justificar o não uso do valor de custo. 
Ainda que a empresa escolha pela avaliação pelo valor de custo, ela deve di-
vulgar o valor justo em notas explicativas.
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Já as participações permanentes em outras sociedades podem ser avaliadas 
(mensuradas) por três métodos: método de equivalência patrimonial, méto-
do do valor justo e método de custo. O método de equivalência patrimonial 
(MEP) permite avaliar a participação em outras sociedades do tipo coligadas, 
controladas, sociedades controladas em conjunto e sociedades que estejam 
sob controle comum. Esses investimentos sujeitos ao MEP são inicialmente 
avaliados pelo método do custo de aquisição. Além disso, segundo Ribeiro,
Quando o custo de aquisição for diferente do valor de patrimônio líquido do 
investimento que está sendo adquirido, esse custo deverá ser desdobrado 
para evidenciar os seguintes valores: valor de patrimônio líquido (equivalência 
patrimonial), valor da mais valia ou da compra vantajosa (menos valia ou 
deságio) e ainda, o valor do ágio por expectativa de rentabilidade futura. 
(RIBEIRO, 2018, p. 71)
Ao final do exercício social, esses investimentos devem ser atualizados para 
refletir as mudanças no balanço patrimonial da investida. Devido à sua com-
plexidade, o MEP será visto mais adiante com mais detalhes.
As sociedades que não se enquadram em coligadas e controladas devem ser 
avaliadas pelo preço de mercado, quando esse valor estiver disponível em um 
mercado ativo. Caso contrário, esses investimentos devem ser avaliados pelo 
custo de aquisição. Por fim, os outros investimentos permanentes, como as 
obras de arte, também são normalmente avaliados pelo custo de aquisição, 
aplicando-se o teste de recuperabilidade quando necessário.
1.3 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
O Método de equivalência patrimonial, também chamado de MEP, é o mé-
todo de contabilização usado para avaliação dos investimentos em socieda-
des coligadas, controladas e sociedades pertencentes a um mesmo grupo ou 
sob controle comum. Nesse novo tópico, iremos iniciar os estudos com a con-
ceituação de coligadas, controladas e controle conjunto. Em seguida, vamos 
aprender a usar o MEP para avaliação desses investimentos. Cabe destacar 
que os conhecimentos aqui dispostos são amplamente tratados pelo CPC 18 
(R2). Vamos lá estudá-lo!
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CONTABILIDADE AVANÇADA
1.3.1 COLIGADAS, CONTROLADAS E 
CONTROLE CONJUNTO
As coligadas são entidades em que o investidor tem influência significativa e 
que não se configura como controlada ou participação em empreendimento 
sob controle conjunto (joint venture). Entende-se que há influência significati-
va quando o investidor detém ou exerce o poder de participar nas decisões das 
políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Além disso, o 
CPC 18 (R2) (2012) esclarece que se o investidor mantém, direta ou indiretamen-
te, vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele 
tenha influência significativa, a menos que possa ser demonstrado claramente 
o contrário. Contudo, se o investidor detém menos que vinte por cento de po-
der de voto da investida, existe uma enorme possibilidade de que ele não tenha 
influência significativa, a menos que possa ser provado o contrário.
Aluno, note que a influência significativa é relativa, 
pois podem existir casos em que o investidor 
detém de mais de 20% do capital votante e não 
tem influência significativa. E também podem 
existir casos em que o investidor detém de 
menos de 20% de capital votante e apresenta 
influência significativa, portanto, é considerada 
uma coligada.
Outros requisitos também são usados para observar se existe a influência sig-
nificativa do investidor, vejamos a seguir os dispostos no CPC 18 (R2) (2012):
a. a participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em 
decisões sobre dividendos e outras distribuições;
b. a representação no conselho de administração ou na diretoria da in-
vestida;
c. operações materiais entre o investidor e a investida;
d. intercâmbio de diretores ou gerentes;
e. fornecimento de informação técnica essencial.
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CONTABILIDADE AVANÇADA
O QUE SÃO COLIGADAS?
Exerce 
Influência 
Significativa
Não tem o
 controle COLIGADAS
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
O esquema apresenta três círculos demonstrando que ter influência significativa somada a 
não exercer o controle é equivalente ao investimento em coligadas.
Considera-se controlada a sociedade na qual existe a presença de uma con-
troladora que, diretamente ou indiretamente, é titular de direitos de sócio. Es-
ses direitos vão assegurar permanentemente à controladora a superioridade 
nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. 
Para que exista o controle, a investidora deve ter direta ou indiretamente mais 
de 50% das ações com direito a voto da investida. 
 Desse modo, percebemos que uma entidade pode controlar outra de modo 
direto ou de forma indireta, mas como funciona isso? Vejamos:
• A Empresa X tem o controle direto de Empresa Y. Pressupõe que a Empresa 
X seja proprietária de mais de 50% do capital votante da Empresa Y. 
CONTROLE DIRETO
Empresa X
 Controladora
Empresa Y
 Controlada
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
No esquema, há um balão com a Empresa X (controladora), um balão com a Empresa Y 
(controlada) e uma seta que apresenta a influência da Empresa Controladora sobre a 
Controlada.
• A Empresa X tem o controle indireto de Empresa Y. Observe no exemplo 
abaixo que a investidora controla da Empresa E que, por sua vez, controla a 
Empresa Y. Logo, a investidora X controla indiretamente a Y.
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CONTROLE INDIRETO
Empresa X
 Controladora
Empresa E
 Controlada
Empresa Y
 Controlada
A empresa X 
detém 100% da E
A empresa E 
detém 90% da Y
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
No esquema, há um balão que traz a Empresa X (controladora), um balão com a Empresa 
E (controlada) e uma seta que apresenta a influência da Empresa Controladora sobre a 
Controlada. Além disso, é apresentado um terceiro balão com a Empresa Y (controlada) 
ligada pela Empresa E. Desse modo, apresenta a influência que a Empresa X tem sobre a 
Empresa Y, a partir da empresa E.
A sociedade controladora e suas controladas podem constituir grupo de so-
ciedades, mediante convenção pela qual se obriguem a combinar recursos 
ou esforços para a realização dos respectivos objetos, ou a participar de ativi-
dades ou empreendimentos comuns. As sociedades integrantes de um mes-
mo grupo também serão avaliadas pelo MEP. Observe o exemplo:
• A Empresa X tem o controle direto da Empresa Y e da Empresa E. Por sua 
vez, a Empresa E tem 5% do capital social na Empresa Y. 
SOCIEDADE CONTROLADORA E SUAS CONTROLADAS
Empresa X
Empresa E Empresa Y
5%
Controle Controle
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
No esquema, há um balão com a Empresa X (controladora), um balão com a Empresa 
E (controlada) e um terceiro balão com a Empresa Y (controlada). A empresa X exerce 
controle direto sobre a Empresa E e EmpresaY. Enquanto empresa E tem 5% de 
participação sobre a Empresa Y. 
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Vale ressaltar que mesmo a empresa E detendo apenas de 5% do capital da 
empresa Y, ela deve ter o seu investimento avaliado pelo MEP.
Um empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo 
entre partes em que elas têm o direito sobre os ativos líquidos desse acordo. 
Desse modo, essas partes vão deter o controle conjunto do negócio, compar-
tilhando entre si o controle do negócio e a tomada de decisões. Vejamos um 
exemplo:
• A Empresa X e a Empresa Y compartilham o controle da Companhia E. Assim, 
as duas detêm o controle conjunto da Empresa E.
CONTROLE CONJUNTO
Empresa E
Empresa X Empresa Y
50% 50%
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
No esquema, há um balão que traz a Empresa X (controladora), um balão com a Empresa Y 
(controlada) e duas setas que ligam essas empresas à Empresa E.
Coligada: 
o investidor tem influência significativa na investida, mas sem 
controlá-la.
Controlada: 
o investidor detém, direta ou indiretamente, o controle da investida. 
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CONTABILIDADE AVANÇADA
Controle Conjunto:
 compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle da 
investida. 
1.3.2 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA 
PATRIMONIAL (MEP)
O Método de Equivalência Patrimonial consiste em um método contábil de 
atualização de valores dos investimentos feitos em coligadas, controladas 
e controle conjunto. Os investimentos são inicialmente reconhecidos pelo 
custo e, posteriormente, devem ser feitos ajustes para refletir as alterações 
pós-aquisição na participação do investidor nos ativos líquidos da investida. 
Essa atualização é decorrente das alterações do patrimônio da investida e 
do percentual que o investidor tem de participação nos lucros ou prejuízos 
da investida.
O MEP pode ser entendido também como uma forma de consolidação do 
ativo da investidora com a proporção do ativo líquido da investida que é de 
seu direito, e também a consolidação do resultado da investidora com a parte 
do resultado líquido da investida que lhe pertence. Parece complicado? Va-
mos resolver um exercício para melhorar a compreensão. 
Exemplo 1: Suponha que a Companhia Cristais adquiriu em 01/01/X0 30% das 
ações do capital social da Companhia Beta pelo valor de R$ 150.000, passando 
a exercer influência significativa sobre essa última. Temos, a seguir, o Balanço 
Patrimonial das duas Companhias antes da aquisição.
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 BALANÇO PATRIMONIAL DAS COMPANHIAS BETA E CRISTAIS 
 Cia Cristais Cia Beta 
ATIVO 
Circulante 
Disponível 900.000 500.000 
Estoques 200.000 300.000 
Não circulante 
Imobilizado 
Veículos 200.000 
TOTAL ATIVO 1.100.000 1.000.000 
 
PASSIVO 
Circulante 
Fornecedores 300.000 500.000 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 800.000 500.000 
 
TOTAL PASSIVO 1.100.000 1.000.000 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
A tabela apresenta o Balanço Patrimonial da Companhia Cristais e Companhia Beta. A 
Companhia Cristais tem o estoque avaliado em R$ 200.000. A companhia Beta tem o 
estoque avaliado em R$ 300.000 e o Patrimônio Líquido de R$ 500.000.
Além disso, durante o exercício X0 ocorreram outras transações nas duas 
companhias:
a. Transações Companhia Cristais
Venda de todo o seu estoque para a empresa X pelo valor de R$ 240.000, 
à vista.
b. Transações Companhia Beta
Venda de todo o seu estoque inicial para a empresa Delta pelo valor de R$ 
450.000, à vista.
Com base nas informações apresentadas, percebe-se incialmente que se tra-
ta de uma aquisição de coligada, pois houve a aquisição de 30% do capital 
e também gerou influência significativa. Com essa informação em mente, 
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CONTABILIDADE AVANÇADA
vamos realizar agora o reconhecimento das transações ocorridas na Compa-
nhia Cristais, inclusive da aquisição da Beta.
a. Contabilização da aquisição da Beta
Débito: Investimentos (Ativo não circulante)
Crédito: Caixa 150.000 
Lembre-se aluno de que o reconhecimento inicial 
do investimento em coligadas é pelo custo de 
aquisição. 
b. Contabilização da venda de mercadorias
Débito: Caixa
Crédito: Receita de Vendas 240.000
Débito: CMV
Crédito: Estoques 200.000
Vamos agora realizar o reconhecimento dos eventos ocorridos na Compa-
nhia Beta.
c. Contabilização da venda de mercadorias
Débito: Caixa
Crédito: Receita de Vendas 450.000
Débito: CMV
Crédito: Estoques 300.000
• No final do exercício social, antes da apuração do resultado do exercício da 
investidora, devemos fazer a avaliação do investimento pelo MEP. Vamos 
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CONTABILIDADE AVANÇADA
agora realizar a avaliação pelo MEP e verificar no resultado da investidora 
a parte do resultado líquido da investida que lhe pertence. Para facilitar o 
entendimento, vamos elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício 
(DRE) de cada uma das companhias.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO COMPANHIAS BETA E CRISTAIS
 DRE Beta DRE Cristais 
Receita de vendas 450.000 450.000 
(-) CMV (300.000) (300.000 ) 
Resultado com Equivalência 
Patrimonial
 
45.000 (30% x 150.000) 
(=) Lucro Líquido 150.000 195.000 
 Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
A tabela apresenta o DRE da Companhia Cristais e Companhia Beta. A Companhia Beta 
teve lucro líquido de R$ 150.000, sendo R$ 450.000 de receita de vendas e R$ 300.000 de 
CMV. A companhia Cristais teve o lucro líquido de R$ 195.000, sendo R$ 450.000 de receita 
de vendas, R$ 300.000 de CMV, R$ 45.000 do Resultado com Equivalência Patrimonial.
Observa-se que a companhia Beta apresentou um resultado líquido de R$ 
150.000, desse modo, a companhia Cristais deve reconhecer no seu Balan-
ço Patrimonial e na DRE o valor de 30% desse resultado (30% de 150.000 = 
45.000). Como assim 30%? Esse é o valor que a investidora Cristais adquiriu 
do capital social da Companhia Beta. Como lançamento, temos o reconhe-
cimento no resultado do exercício da investidora, observe a seguir como que 
fica esse lançamento. 
d. Contabilização do MEP na Cia Cristais
Débito: Investimentos (ativo não circulante)
Crédito: Resultado de Equivalência Patrimonial 45.000
A partir do exemplo elaborado, podemos analisar que os investimentos são 
inicialmente reconhecidos pelo valor de custo e posteriormente é aplicado o 
método de equivalência patrimonial que vai atualizar os valores desse inves-
timento, com base nas mudanças ocorridas na companhia adquirida. Essas 
variações são reconhecidas no resultado do exercício da investidora e na res-
pectiva conta de Investimentos do ativo não circulante.
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Se a investida obtiver lucro líquido, então deve ser reconhecida um ganho 
com equivalência patrimonial no resultado da investidora. Contudo, se a in-
vestida obtiver prejuízo, deve ser reconhecida uma perda de equivalência pa-
trimonial na DRE da investidora.
Percentual de participação no capital social da 
investida x Lucro Líquido da investida = Ganho de 
Equivalência Patrimonial.
Percentual de participação no capital social da 
investida x Prejuízo Líquido da Investida = Perda 
de Equivalência Patrimonial.
A investidora e a investida podem realizar entre si transações de compra e 
venda de mercadorias. Nas operações de venda de ativos de uma investi-
dora para uma coligada, os lucros são considerados como não realizados na 
proporção da participação da investidora. Desse modo, temos que se a in-
vestidoraA vender para coligada B mercadorias com lucro de R$ 250, e sua 
participação na coligada é de 20%, então os lucros não realizados serão no 
montante de 20% de R$ 150 = R$ 50. A apuração da equivalência vai ocorrer 
do seguinte modo.
Lucro da coligada B = 100.000, MEP = 100.000 x 20% = 20.000
D Investimento em B 20.000
Crédito: Resultado de Equivalência Patrimonial 20.000
Lucro não realizado = 50
Débito: Lucro não realizado (resultado) 50
Crédito: Lucro a realizar em transações com coligadas (retificadora de in-
vestimento) 50
O lucro não realizado deverá ser reconhecido à medida que o ativo for ven-
dido para terceiros, depreciado, ter baixa pelo teste de impairment ou sofrer 
baixa por qualquer outro processo. Vale ressaltar ainda que na investidora, 
não devem ser eliminadas na sua demonstração de resultado as parcelas da 
venda, custo de mercadoria ou produto vendido, tributos e outros itens que 
fazem parte da venda para a investida. 
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Nos casos de venda da coligada para a investidora, os lucros considerados não 
realizados devem ser eliminados da seguinte forma: do valor da equivalência 
patrimonial calculada sobre o lucro líquido da investida é deduzida a integra-
lidade do lucro que for considerado como não realizado pela investidora.
Já nas operações de venda de ativos de controladas, os lucros não realizados 
são totalmente eliminados tanto nas operações de venda da controladora para 
a controlada, quanto da controlada para a controladora ou entre as controladas.
1.3.3 EXCEÇÕES E DESCONTINUIDADE DO 
MEP
A entidade não é obrigada a avaliar os seus investimentos pelo método de 
equivalência patrimonial se a entidade for uma controladora que, se permi-
tido legalmente estiver dispensada de elaborar demonstrações consolidadas 
ou se todos os seguintes itens forem observados, conforme o CPC 18 (R2):
a)
A entidade é controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, 
em conjunto com os demais acionistas ou sócios, incluindo aqueles 
sem direito a voto, foram informados a respeito e não fizeram objeção 
quanto a não aplicação do método da equivalência patrimonial.
b)
Os instrumentos de dívida ou patrimoniais da entidade não são 
negociados publicamente.
c)
A entidade não arquivou e não está em processo de arquivamento 
de suas demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM) ou outro órgão regulador.
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d)
A controladora final ou qualquer controladora intermediária da entidade 
disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis, em que as 
controladas são consolidadas ou são mensurados ao valor justo por meio 
do resultado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 36.
A entidade deve descontinuar o uso do método de equivalência patrimonial a 
partir da data em que o investimento deixar de ser uma coligada, controlada 
ou controle conjunto. E o que fazer com esse investimento? Se ele for classi-
ficado como um ativo financeiro, a entidade deve avaliá-lo pelo valor justo. 
Além disso, se existir uma diferença entre o valor contábil registrado quando 
era um investimento avaliado pelo MEP e o valor justo, então deve ser reco-
nhecida uma receita ou despesa.
Valor justo maior que o valor contábil, então 
reconhece uma receita.
Valor justo menor que o valor contábil, então 
reconhece uma despesa.
Além dessa mudança, a entidade deve reclassificar o que tiver na conta do 
patrimônio líquido “Outros Resultados Abrangentes” da investidora. Os valo-
res correspondentes vão ser reclassificados para o resultado (DRE) como re-
ceita ou despesa de ajuste de reclassificação. 
Para saber mais sobre as exceções e 
descontinuidade do Método de Equivalência 
Patrimonial, bem como dos demais dispositivos 
sobre o tema, leia o CPC 18 (R2) – Investimento em 
Coligada, em Controlada e em Empreendimento 
Controlado em Conjunto disposto no seguinte link: 
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/263_
CPC_18_(R2)_rev%2013.pdf
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/263_CPC_18_(R2)_rev%2013.pdf
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/263_CPC_18_(R2)_rev%2013.pdf
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CONTABILIDADE AVANÇADA
Para finalizar a discursão sobre investimentos avaliados pelo MEP, devemos 
nos atentar para a distribuição de dividendos pela investida. Segundo o CPC 
18 (R2), as distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do 
investimento, do seguinte modo:
Débito: Disponibilidades/Dividendos a receber.
Crédito: Investimento em coligadas/controladas (Ativo não circulante).
CONCLUSÃO
Esta unidade apresentou os diferentes tipos de investimentos temporários e 
permanentes. Observamos ainda os três diferentes tipos de critério de avalia-
ção desses investimentos: método do custo, método do valor justo e método 
de equivalência patrimonial. A partir disso, percebemos que os investimentos 
devem ser avaliados inicialmente pelo método de custo refletindo, portanto, 
o valor de entrada do investimento. Após isso, devem ser realizadas novas ava-
liações que vão refletir a atualização nos valores dos investimentos.
Notamos ainda que as coligadas, controladas e controle conjunto devem ser 
atualizados pelo método de equivalência patrimonial. Esse método permite a 
consolidação do ativo e do resultado da investidora com as mudanças ocorri-
das o resultado líquido da investida.
Por fim, destacamos que o estudo dos investimentos e seus critérios de ava-
liação são de suma importância para as entidades que buscam fortalecer os 
seus rendimentos em ativos.
UNIDADE 2
> Distinguir três 
diferentes formas 
de reestruturações 
societárias: 
incorporação, fusão 
e cisão.
> Apontar aspectos 
normativos sobre 
a combinação 
de negócios, sua 
mensuração e as 
exceções. 
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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CONTABILIDADE AVANÇADA
2 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
2.1 INTRODUÇÃO
Esta unidade traz uma abordagem sobre as reorganizações societárias e a 
combinação de negócios. Uma combinação de negócios é uma operação ou 
outro evento em que um adquirente obtém o controle de um ou mais negó-
cios. Vale destacar que o termo negócio aqui abordado não necessariamente 
se remete à aquisição de uma empresa. 
Esse novo conceito de combinação de negócio trata sobre a obtenção de con-
trole pela adquirente, modificando o conceito anteriormente estabelecido no 
Brasil, que enquadrava a expressão ao conceito de reorganizações societárias, 
como: fusão, incorporação e cisão. Contudo, nem sempre essas três formas 
de reorganizações caracterizam-se como uma combinação de negócios, em 
razão de nem sempre haver transferência de controle nelas.
NEGÓCIOS
Fonte: Plataforma Deduca (2020)
#PraCegoVer:
Na imagem, temos um homem assinando um contrato.
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CONTABILIDADE AVANÇADA
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Nesta unidade, serão vistos os principais aspectos legais e conceituais dos 
três tipos de reorganização societárias e, posteriormente, os aspectos expos-
tos no CPC 15 (R1) – Combinação de Negócios. Ao apresentar esses temas, 
temos a intenção de demonstrar o tratamento atual adotado para incorpora-
ção, cisão, fusão e combinação de negócios.
2.2 ASPECTOS LEGAIS E CONCEITUAIS DE 
INCORPORAÇÃO, FUSÃO E CISÃO
A reorganização societária ocorre, em sua maioria, com o intuito econômico, 
na busca de se tornarem mais competitivas, de reduzir custos, ou até mesmo, 
trocarem estratégias de inovação entre si. Nesse tópico, nós iremos estudaraspectos conceituais, legais e contábeis de três diferentes formas de reorga-
nização societária: incorporação, fusão e cisão.
2.2.1 INCORPORAÇÃO
A incorporação é uma operação em que uma ou mais sociedades são absor-
vidas por outra sociedade, que sucede essas anteriores em todos os direitos 
e obrigações. Desse modo, a empresa investidora adquire os ativos líquidos 
de uma ou mais sociedade investida, seja através da emissão de ações ou por 
meio de pagamento em moeda corrente, e essa última é extinta pela transfe-
rência de seus ativos líquidos para a investidora.
Nem sempre é fácil entender esses conceitos de primeira, então vamos agora 
analisar um exemplo para facilitar a compreensão. Suponha que a Cia Alfa in-
corpora a Cia Beta; desse modo, espera-se que a Cia Beta seja extinta e todo o 
seu patrimônio seja repassado para a Cia Alfa, veja no esquema a seguir:
INCORPORAÇÃO DA CIA ALFA COM A CIA BETA
CIA ALFA
CIA BETA
CIA ALFA
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
O esquema apresenta a incorporação da Cia Beta pela Cia Alfa. Temos três balões representando 
a Cia Beta somada a Cia Alfa e, por fim, o resultado do terceiro balão é a Cia Beta.
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CONTABILIDADE AVANÇADA
No exemplo anterior, temos que a Cia Alfa é a incorporadora e a Cia Beta é a 
incorporada. A Cia Alfa vai suceder a Beta em seus direitos e obrigações. A Lei 
n. 6.404/76, artigo 277, informa que os processos legais da incorporação vão 
ocorrer do seguinte modo:
§ 1º A assembleia-geral da companhia incorporadora, se aprovar o protocolo 
da operação, deverá autorizar o aumento de capital a ser subscrito e 
realizado pela incorporada mediante versão do seu patrimônio líquido, e 
nomear os peritos que o avaliarão.
§ 2º A sociedade que houver de ser incorporada, se aprovar o protocolo 
da operação, autorizará seus administradores a praticarem os atos 
necessários à incorporação, inclusive a subscrição do aumento de capital 
da incorporadora.
§ 3º Aprovados pela assembleia-geral da incorporadora o laudo de avaliação 
e a incorporação, extingue-se a incorporada, competindo à primeira 
promover o arquivamento e a publicação dos atos de incorporação. (BRASIL, 
Lei n. 6.404, 1976)
Se nenhuma das sociedades participarem do capital social da outra e a incor-
poração foi feita a partir dos valores contáveis de cada uma, então temos o se-
guinte procedimento contábil: os ativos e passivos da sociedade incorporada 
são transferidos para o patrimônio da incorporadora. Vamos praticar!
Suponha novamente que a Cia Alfa decide tomar a Cia Beta em uma transa-
ção de incorporação. Para isso, foram aprovados os protocolos da operação e 
foi realizada uma perícia para avaliar o patrimônio líquido da incorporada. No 
laudo apresentado, constatou-se que o valor contábil do Patrimônio Líquido 
é bem próximo com o valor de mercado, desse modo, foi tomado esse valor 
como base para a operação. Posteriormente, foi reformulado o estatuto da so-
ciedade incorporadora e a operação foi concretizada, ficando a Beta incorpo-
rada a Alfa. Observe, a seguir, a situação do patrimônio das duas companhias 
antes e depois da incorporação.
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CONTABILIDADE AVANÇADA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SITUAÇÃO DA CIA ALFA E DA CIA BETA ANTES DA INCORPORAÇÃO
BALANÇO PATRIMONIAL ANTES DA INCORPORAÇÃO 
 CIA ALFA CIA BETA 
Ativo 80.000,00 40.000,00 
Ativo Circulante 
Caixa 10.000,00 5.000,00 
Ativo Não Circulante 
Imobilizado 
Imóveis 80.000,00 40.000,00 
Depreciação Acumulada (10.000,00) (5.000,00) 
 
Passivo 80.000,00 40.000,00 
Passivo Circulante 
Empréstimos a pagar 20.000,00 10.000,00 
Patrimônio Líquido 
Capital 60.000,00 30.000,00 
 Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
A tabela apresenta o balanço patrimonial da Cia Alfa e da Cia Beta em que, respectivamente, 
apresentam Caixa de R$ 10.000 e R$ 5.000; Imóveis no valor de R$ 80.000 e R$ 40.000; 
Depreciação Acumulada deduzindo o valor de imóveis com os totais, respectivamente, R$ 
10.000 e R$ 5.000. Além disso, apresentam Empréstimos a pagar nos valores de R$ 20.000 e 
R$ 10.000, respectivamente. E capital no valor de R$ 60.000 e R$ 30.000.
O capital da incorporada (Cia Beta) foi absorvido pela incorporadora sendo, 
portanto, aumentado o capital dessa última. Observe, a seguir, como ficou 
constituído:
40
MULTIVIX EAD
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CONTABILIDADE AVANÇADA
BALANÇO PATRIMONIAL APÓS INCORPORAÇÃO DA CIA BETA PELA CIA ALFA
BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A INCORPORAÇÃO – CIA ALFA 
Ativo 120.000,00 
Ativo Circulante 
Caixa 15.000 
Ativo Não Circulante 
Imobilizado 
Imóveis 120.000,00 
Depreciação Acumulada (15.000,00) 
 
Passivo 120.000,00 
Passivo Circulante 
Empréstimos a pagar 30.000,00 
Patrimônio Líquido 
Capital 90.000,00 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
A tabela apresenta o balanço patrimonial da Cia Alfa após a incorporação. Os valores 
que constam no balanço são: Caixa de R$ 15.000; Imóveis no valor de R$ 120.000; 
Depreciação Acumulada deduzindo o valor de imóveis em R$ 15.000. Além disso, são 
verificadas as contas de Empréstimos a pagar no valor de R$ 30.000 e capital social no 
valor de R$ 90.000.
Observe que não se pode mais falar em Balanço Patrimonial da Cia Beta, pois 
os seus ativos e passivos foram assumidos pela Cia Alfa. Vale ressaltar que nes-
sa operação foi considerado o valor contábil na transação.
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CONTABILIDADE AVANÇADA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Nas transações de incorporação, pode ocorrer a 
presença de ágio por expectativa de rentabilidade 
futura e a mais valia. Esses aspectos serão vistos 
mais adiante. Vamos em frente!
 
Os lançamentos contábeis realizados no processo de incorporação serão os 
seguintes:
NA EMPRESA INCORPORADA (CIA BETA)
• Pelo encerramento das contas do ativo.
Débito: Conta de dissolução 45.000
Crédito: Caixa 5.000
Crédito: Imóveis 40.000
• Contas retificadoras dos elementos do ativo.
Débito: Depreciação acumulada 5.000
Crédito: Conta de dissolução 5.000
• Pelo encerramento das contas do passivo.
Débito: Empréstimos a pagar 10.000
Crédito: Conta de dissolução 10.000
• Pelo encerramento da conta de capital.
Débito: Capital Social 30.000
Crédito: Conta de dissolução 30.000
É importante observar que foi utilizada uma conta transitória representativa 
da dissolução do patrimônio pela incorporação, isso também irá acontecer 
nos lançamentos da empresa incorporadora (Cia Alfa).
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MULTIVIX EAD
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CONTABILIDADE AVANÇADA
NA EMPRESA INCORPORADORA (CIA ALFA)
• Transferência dos Ativos
Débito: Caixa 5.000
Débito: Imóveis 40.000
Crédito: Incorporação (registro dos ativos) 45.000
• Transferência dos elementos do passivo
Débito: Incorporação (registro dos passivos) 10.000
Crédito: Empréstimos a pagar 10.000
• Contas retificadoras dos elementos do ativo
Débito: Incorporação (registro dos passivos) 5.000
Crédito: Depreciação Acumulada 5.000
• Aumento de Capital
Débito: Incorporação (registro do patrimônio) 30.000
Crédito: Capital Social 30.000
2.2.2 FUSÃO
A fusão é uma operação em que duas ou mais sociedades se unem para for-
mar uma nova sociedade, que irá suceder as sociedades anteriores, assumin-
do todos os seus direitos e obrigações. Quando as companhias Alfa e Beta 
resolvem unir seus patrimônios para formar uma nova Sociedade, chamada 
de C, esse processo é chamado de fusão.
Veja uma notícia com a proposta de incorporação 
de ações envolvendo a Gol e a Smiles: https://
g1.globo.com/economia/noticia/2020/12/07/gol-
faz-nova-proposta-de-incorporacao-de-acoes-da-
smiles.ghtml.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/12/07/gol-faz-nova-proposta-de-incorporacao-de-acoes-da-shttps://g1.globo.com/economia/noticia/2020/12/07/gol-faz-nova-proposta-de-incorporacao-de-acoes-da-s
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/12/07/gol-faz-nova-proposta-de-incorporacao-de-acoes-da-s
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/12/07/gol-faz-nova-proposta-de-incorporacao-de-acoes-da-s
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CONTABILIDADE AVANÇADA
MULTIVIX EAD
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FUSÃO DA CIA ALFA COM A CIA BETA
CIA ALFA
CIA BETA
CIA C
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
O esquema apresenta a fusão da Cia Alfa e da Cia Beta, formando a Cia C. Temos três balões 
representando a Cia Alfa somada a Cia Beta e, por fim, o resultado que é a Cia C.
Assim como na incorporação, alguns processos legais são necessários para a 
realização da fusão, vejamos a seguir:
a. aprovação do protocolo de fusão;
b. após aprovação do protocolo de fusão, a Assembleia Geral das com-
panhias envolvidas no processo deve nomear o perito que irá avaliar os 
patrimônios líquidos das sociedades;
c. apresentação do laudo do perito;
d. após a apresentação do laudo, os sócios serão convocados pelos admi-
nistradores ou acionistas das sociedades para uma assembleia-geral, 
com o intuito de resolver sobre a constituição da nova sociedade;
e. fica proibido aos sócios ou acionistas votar o laudo de avaliação do pa-
trimônio líquido da sociedade de que fazem parte;
f. após as etapas já citadas, fica constituída a nova companhia;
g. os primeiros administradores da nova companhia vão promover o ar-
quivamento e a publicação dos atos da fusão.
A contabilização do processo de fusão ocorre de forma semelhante à incorpo-
ração, as empresas que fazem parte do processo vão transferir seus ativos e 
passivos para o patrimônio da nova empresa que foi constituída. Desse modo, 
retomando o exemplo anterior, a Cia Alfa e a Cia Beta vão passar o seu patri-
mônio para a Cia C. Vejamos, a seguir, como fica o balanço patrimonial antes 
e após a fusão.
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MULTIVIX EAD
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CONTABILIDADE AVANÇADA
BALANÇO PATRIMONIAL ANTES E APÓS DA FUSÃO CIA ALFA COM A CIA BETA
SITUAÇÃO ANTES FUSÃO 
 CIA ALFA CIA BETA 
Ativo 80.000,00 40.000,00 
Ativo Circulante 80.000,00 40.000,00 
 
Passivo 80.000,00 40.000,00 
Passivo Circulante 20.000,00 1 0.000,00 
Patrimônio Líquido – Capital 60.000,00 30.000,00 
BALANÇO PATRIMONIAL APÓS FUSÃO 
 CIA C 
Ativo 120.000,00 
Ativo Circulante 120.000,00 
 
Passivo 12 0.000,00 
Passivo Circulante 30.000,00 
Patrimônio Líquido – Capital 90.000,00 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
A tabela apresenta o balanço patrimonial da Cia Alfa e da Cia Beta antes da fusão. Os valores 
respectivos no balanço de cada uma delas são: Ativo Circulante em R$ 80.000 e R$ 
40.000; Passivo Circulante no valor de R$ 20.000 e R$ 10.000; Patrimônio Líquido (Capital) 
em R$ 60.000 e R$ 30.000. Além disso, é apresentado o balanço patrimonial após a fusão 
com os seguintes valores: Ativo Circulante em R$ 120.000; Passivo Circulante no valor de R$ 
30.000; Patrimônio Líquido (Capital) em R$ 90.000.
Vejamos, agora, os lançamentos contábeis que devem ser efetuados nas em-
presas fusionadas e na nova empresa constituída. 
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CONTABILIDADE AVANÇADA
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NAS EMPRESAS FUSIONADAS (EXEMPLO CIA ALFA E BETA)
• Pelo encerramento das contas devedoras (ativo e retificadoras de passivo) 
Débito: Conta de dissolução
Crédito: Contas do ativo
• Pelo encerramento das contas credoras (passivos e retificadoras de ativo)
Débito: Contas do passivo
Crédito: Conta de dissolução
• Pelo encerramento da conta de capital
Débito: Contas do patrimônio líquido (transferência do patrimônio)
Crédito: Conta de dissolução
As contas retificadoras de ativo, por exemplo, 
a depreciação, não devem ser debitadas no 
encerramento das contas de ativo. Elas irão ser 
creditadas como ocorre no encerramento das 
contas de passivo. O mesmo ocorre para aquelas 
retificadoras do passivo.
NA EMPRESA CONSTITUÍDA (EXEMPLO CIA C)
• Transferência dos Ativos
Débito: Contas do Ativo (Cia C)
Crédito: Contas do ativo da Cia Beta
Crédito: Conta do ativo da Cia Alfa
• Transferência dos elementos do passivo
Débito: Contas do passivo da Cia Alfa
Débito: Contas do passivo da Cia Beta
Crédito: Contas do Passivo (Cia C)
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MULTIVIX EAD
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CONTABILIDADE AVANÇADA
• Constituição do capital da nova empresa
Débito: Conta de Capital Social Cia Alfa
Débito: Conta de Capital Social Cia Beta
Crédito: Capital (Cia C)
Saiba mais sobre a fusão entre a Sadia e Perdigão. 
Observe que “nem tudo são flores”, pois a nova 
companhia teve que passar por diversas restrições 
para conseguir a aprovação da fusão: https://
migalhas.uol.com.br/quentes/137318/aprovada--
com-restricoes--fusao-entre-sadia-e-perdigao
2.2.3 CISÃO
A cisão é uma operação em que uma companhia transfere parcelas do seu 
patrimônio para uma ou mais sociedades, sendo elas constituídas para esse 
fim ou já existentes. A cisão pode ser parcial ou total. Quando houver a versão 
de todo o patrimônio da sociedade, extinguindo-a, então tem a ocorrência de 
uma cisão total. Temos a cisão parcial quando ocorre a divisão de partes do 
capital da sociedade.
Segundo Vicenconti (2018, p.428), nas operações de cisão, podem ocorrer as 
seguintes situações:
1. cisão total com a criação de duas ou mais empresas novas;
2. cisão total com versão do patrimônio para empresas novas e parte para 
as empresas já existentes;
3. cisão total com versão do patrimônio para empresa já existente;
4. cisão parcial com versão de parte do patrimônio para sociedade nova; 
5. cisão parcial com versão de parte do patrimônio para sociedade nova e 
empresa já existente.
6. cisão parcial com versão de parte do patrimônio para empresas já exis-
tentes.
https://migalhas.uol.com.br/quentes/137318/aprovada--com-restricoes--fusao-entre-sadia-e-perdigao
https://migalhas.uol.com.br/quentes/137318/aprovada--com-restricoes--fusao-entre-sadia-e-perdigao
https://migalhas.uol.com.br/quentes/137318/aprovada--com-restricoes--fusao-entre-sadia-e-perdigao
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CONTABILIDADE AVANÇADA
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CISÃO PARCIAL E TOTAL
CIA BETA
CIA ALFA
CIA ALFA
CIA BETA
CIA C
CIA ALFA
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
Os esquemas apresentam exemplos de cisão parcial e cisão total respectivamente. À 
esquerda, temos a cisão parcial, no exemplo mostra três balões em que temos a Cia Alfa se 
desmembrando na Cia Beta e na Cia Alfa. No lado direito, temos o exemplo de cisão total, em 
que temos a cia Alfa se desmembrando na Cia Beta e na Cia C, portanto, ela deixa de existir.
Vamos utilizar o mesmo exemplo da incorporação e fusão para facilitar a 
compreensão sobre as três. Suponha que a Cia Alfa tenha decidido realizar 
sua cisão parcial, transferindo 20% do patrimônio para a sociedade chamada 
de Cia Beta. Os sócios das duas empresas procederam com todos os procedi-
mentos legais e foi realizada a operação de cisão. Vejamos agora o patrimônio 
da companhia Alfa antes da realização de sua cisão. 
BALANÇO PATRIMONIAL DA CIA ALFA ANTES DA REALIZAÇÃO DA CISÃO
Balanço Patrimonial – CIA ALFA 
Ativo 80.000,00 
Ativo Circulante 
Caixa 10.000,00 
Ativo Não Circulante 
Imobilizado 
Imóveis 80.000,00 
Depreciação Acumulada (10.000,00) 
 
Passivo 80.000,00 
Passivo Circulante 
Empréstimos a pagar 20.000,00 
Patrimônio Líquido 
Capital 60.000,00 
 Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
A tabela apresenta o balanço patrimonial da Cia Alfa que apresenta as seguintes 
informações: Caixa de R$ 10.000; Imóveis no valor de R$ 80.000; Depreciação Acumulada 
deduzindo o valor de imóveis em R$ 10.000.Além disso, é apresentada a conta de 
Empréstimos a pagar no valor de R$ 20.000 e capital no valor de R$ 60.000.
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MULTIVIX EAD
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CONTABILIDADE AVANÇADA
Os valores do ativo, passivo e capital da Cia Alfa foram transferidos em 20% 
para a Cia Beta, para tanto, utilizou-se como contrapartida uma conta transi-
tória representativa da cisão parcial. Vejamos os lançamentos:
LANÇAMENTOS NA EMPRESA CINDIDA
• Pela transferência de parte do ativo
Débito: Contas de Cisão Parcial 18.000
Crédito: Caixa 2.000
Crédito: Imobilizado 16.000
• Pela transferência de parte das contas retificadoras do ativo
Débito: Depreciação Acumulada 2.000
Crédito: Contas de Cisão Parcial 2.000
• Pela transferência de parte das contas do passivo
Débito: Empréstimo a pagar 4.000
Crédito: Conta Cisão Parcial 4.000
• Pela transferência de parte do capital
Débito: Capital Social 12.000
Crédito: Conta Cisão Parcial 12.000
LANÇAMENTOS NA EMPRESA RESULTANTE DA CISÃO
• Pela transferência de parte do ativo
Débito: Caixa 2.000
Débito: Imobilizado 16.000
Crédito: Contas de Cisão Parcial 18.000
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CONTABILIDADE AVANÇADA
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• Pela transferência de parte das contas retificadoras do ativo
Débito: Contas de Cisão Parcial 2.000
Crédito: Depreciação Acumulada 2.000
• Pela transferência de parte das contas do passivo
Débito: Conta Cisão Parcial 4.000
Crédito: Empréstimo a pagar 4.000
• Pela constituição do capital
Débito: Conta Cisão Parcial – Conta Capital 12.000
Crédito: Capital 12.000
BALANÇO PATRIMONIAL APÓS CISÃO
BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A CISÃO 
 CIA ALFA CIA BETA 
Ativo 64.000,00 16.000,00 
Ativo Circulante 
Caixa 8.000,00 2.000,00 
Ativo Não Circulante 
Imobilizado 
Imóveis 64.000,00 16 .000,00 
Depreciação Acumulada (8.000,00) (2.000,00) 
 
Passivo 64.000,00 16.000,00 
Passivo Circulante 
Empréstimos a pagar 16.000,00 4.000,00 
Patrimônio Líquido 
Capital 48.000,00 12 .000,00 
 Fonte: Elaborada pela autora (2020).
#PraCegoVer
A tabela apresenta o balanço patrimonial da Cia Alfa e da Cia Beta após a cisão, nele são 
apresentados os respectivos valores em cada companhia: Caixa de R$ 8.000 e R$ 2.000; 
Imóveis no valor de R$ 64.000 e R$ 16.000; Depreciação Acumulada deduzindo o valor de 
imóveis com os totais, respectivamente, R$ 8.000 e R$ 2.000. Além disso, apresentam a 
conta de Empréstimos a Pagar nos valores de R$ 16.000 e R$ 4.000, respectivamente. E 
capital social no valor de R$ 48.000 e R$12.000.
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MULTIVIX EAD
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CONTABILIDADE AVANÇADA
Observa-se que o patrimônio da Cia Beta foi constituído com 20% da Cia Alfa 
em decorrência do processo de cisão. Caso a cisão fosse total, seriam realiza-
dos os mesmos procedimentos contábeis, contudo seria considerado o per-
centual de 100% para a transferência de patrimônio. 
Para fixar bem o assunto, vejamos agora resumo das três formas de reorgani-
zações societárias: incorporação, fusão e cisão.
1. Incorporação: 
operação em que uma ou mais sociedades têm o seu patrimônio 
absorvido por outra.
2. Fusão: 
união entre duas ou mais sociedades para formar uma nova sociedade.
3. Cisão: 
operação em que uma sociedade transfere parcelas do seu 
patrimônio, ou o patrimônio total, para outra sociedade.
As operações de reorganização societária só serão realizadas caso os peritos 
determinem que o valor do patrimônio ou patrimônio líquido a ser usado 
para a formação do novo capital social é, pelo menos, igual ao montante do 
capital a realizar.
Os sócios ou acionistas das sociedades que 
passaram pelo processo de incorporação, fusão 
ou cisão receberão as ações que lhe couberem. 
Saiba mais sobre os aspectos legais dos 
processos de reorganização, veja o capítulo 14 
do Livro “Contabilidade avançada e análises das 
demonstrações financeiras”, de Paulo Viceconti, 
18ª edição de 2018.
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CONTABILIDADE AVANÇADA
MULTIVIX EAD
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2.3 COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
Combinação de negócios é uma operação em que se adquire o controle de 
um negócio. A norma que trata sobre combinação de negócios é o Pronun-
ciamento Técnico CPC 15 – Combinação de Negócios. Esse pronunciamento 
passou pela primeira revisão em 2011 e, atualmente, é chamado de CPC 15 (R1), 
sendo o “R1” em alusão à primeira revisão. 
2.3.1 ASPECTOS CONCEITUAIS DE 
COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
Como já mencionado, a combinação de negócios ocorre com a aquisição do 
controle de um negócio, não sendo o termo negócio necessariamente a aqui-
sição de uma empresa. A entidade deve determinar se uma operação é uma 
combinação de negócios pela aplicação da definição vista anteriormente. 
Caso os ativos adquiridos não constituem um negócio, a entidade deve con-
tabilizar a operação ou o evento como aquisição de ativos.
COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS VERSUS AQUISIÇÃO DE ATIVOS 
Combinação
 de Negócios
Aquisição 
de ativos
Fonte: Elaborado pela autora (2020).
#PraCegoVer
O esquema apresenta dois balões, em um está a combinação de negócio, no outro a 
aquisição de ativos. Observa-se também um sinal de diferente entre os dois balões.
A entidade que realiza a combinação de negócios deve contabilizar cada tran-
sação desse tipo pelo método de aquisição. A aplicação do método de aquisi-
ção exige que a entidade identifique os seguintes itens, conforme exposto no 
CPC 15 (R1) (2011):
1. identificação do adquirente;
2. determinação da data de aquisição, ou seja, data em que o controle da 
adquirida é obtido;
3. reconhecimento e mensuração dos ativos identificáveis que foram ad-
quiridos, dos passivos assumidos e das participações societárias de não 
controladores na adquirida; e
4. reconhecimento e mensuração do ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) ou do ganho proveniente de compra vantajosa.
52
MULTIVIX EAD
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CONTABILIDADE AVANÇADA
Lembre-se aluno de que na combinação de 
negócios é adotada o método de aquisição. Esse 
método tem como base os quatro itens vistos 
anteriormente.
O primeiro item do método de aquisição trata sobre a identificação do ad-
quirente, o adquirente é aquele que obtém o controle da adquirida. Em cada 
combinação de negócios, uma das entidades envolvidas na combinação é 
identificada como o adquirente, além do CPC 15 (R1), as orientações do Pro-
nunciamento Técnico CPC 36 – Demonstrações Consolidadas devem ser uti-
lizadas para identificar o adquirente.
A data de aquisição ou data que adquirente obtém o controle da adquirida, 
geralmente é a data em que o adquirente legalmente transfere: a contrapres-
tação para o controle da adquirida; ou adquire os ativos e assume os passivos 
da adquirida. Na maioria das vezes, essa data pode ser a mesma data de fe-
chamento do negócio, mas cabe destacar que ela não se limita a esse dia.
A partir do dia da data de aquisição, o adquirente vai reconhecer os ativos 
identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos. Ao realizar o reconheci-
mento dos ativos e passivos, o adquirente deve se atentar para retirar desse 
valor o ágio por expectativa de rentabilidade futura, caso ele exista.
A mensuração dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos 
deve ser realizada pelos valores justos na data da aquisição. A participação dos 
não controladores na adquirida deve ser realizada utilizando-se os critérios 
do valor justo ou pela participação proporcional nos montantes reconhecidos 
dos ativos líquidos identificáveis da adquirida.
O Pronunciamento Técnico do CPC 15 (R1) prevê exceções aos princípios de 
reconhecimento e mensuração, vejamos essas exceções:
Passivo Contingente 
Um passivo contingente assumido deverá ser reconhecido, se for uma 
obrigação presente, resultantede um evento passado e seu valor justo 
puder ser mensurado confiavelmente.
53
CONTABILIDADE AVANÇADA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Tributos sobre o lucro
O adquirente deve reconhecer os efeitos potenciais de diferenças 
temporárias e de prejuízos fiscais da entidade adquirida existentes na 
data da aquisição e também daquelas originadas na aquisição.
Benefícios a empregados
A adquirente deve recenhecer e mensurar o ativo ou o passivo 
relacionado aos contratos da adquirida relativos a benefícios a 
empregados.
Ativos de indenização
O vendedor pode ser obrigado a idenizar o adquirente pelo resultado 
de uma incerteza ou contingência relativa a todo ou parte de seu ativo 
ou passivo. O adquirente deverá receconhecer então um ativo por 
indenização e também o item objeto da indenização.
Direito readquirido
O valor de direito readquirido deve ser mensurado pelo adquirente e 
reconhecido como ativo intangível.
Transações com pagamento baseado em ações
Um passivo pode ser mensurado em relação ao pagamento baseado 
em ações da adquirida na data da aquisição.
Ativo mantido para venda
Um ativo mantido para venda pela adquirente deve ser mensurado 
pelo valor justo menos as depesas necessárias para venda.
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Por fim, devem ser reconhecidos e mensurados o ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill) ou, se houver, o ganho proveniente de compra 
vantajosa. Vejamos, a seguir, como ocorre esse reconhecimento e como eles 
são mensurados.
2.3.1.1 ÁGIO POR RENTABILIDADE FUTURA
Em determinados negócios, o adquirente pode pagar um valor acima do que 
vale os ativos líquidos da entidade adquirida, quando isso ocorre estamos 
diante do chamado ágio por rentabilidade futura. O maior valor que é pago 
decorre de uma expectativa existente, por parte daquele que está adquirindo 
o negócio, de uma rentabilidade futura que pode ser obtida com o negócio.
O ágio por expectativa de rentabilidade futura, também chamado de Goo-
dwill, é um ativo que representa a expectativa de benefícios econômicos fu-
turos resultantes de ativos adquiridos em uma combinação de negócios. Esse 
valor dos ativos não pode ser individualmente identificado e separadamente 
reconhecido.
Segundo o CPC 15 (R1) (2011), reconhecimento do goodwill ocorre na data da 
aquisição pelo valor da diferença positiva entre:
a. a soma:
(i) da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida;
(ii) do montante de quaisquer participações de não controladores na ad-
quirida;
(iii) no caso de combinação de negócios realizada em estágios, o valor jus-
to, na data da aquisição, da participação do adquirente na adquirida ime-
diatamente antes da combinação.
b. o valor líquido, na data da aquisição, dos ativos identificáveis adquiri-
dos e dos passivos assumidos.
O cálculo do ágio por rentabilidade futura pode ser entendido também, de 
uma maneira mais simplificada, pela diferença entre o custo de aquisição e o 
valor justo do investimento. 
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O custo de aquisição do investimento é o valor 
que a investidora paga pela aquisição do negócio. 
Já o valor justo do investimento é equivalente 
ao proporcional do valor justo do montante do 
patrimônio da investida que foi adquirido pela a 
investidora.
 
O valor justo do investimento vai considerar a proporção de participação do 
controle adquirido, por exemplo: se uma investidora adquiriu 90% do patri-
mônio em uma investida e o patrimônio dessa última, na data da aquisição, 
estivesse estipulado a um valor justo de R$ 1.000, então o valor justo do inves-
timento é de R$ 900 (R$ 1.000 x 90% = R$ 900).
Lembre-se aluno de que o valor justo é o preço 
que seria recebido pela venda de um ativo ou que 
seria pago pela transferência de um passivo, em 
uma transação não forçada entre participantes 
do mercado, na data de mensuração. O valor justo 
é o mesmo que o valor de mercado quando o 
mercado está disposto a pagar pelo investimento.
Além do Goodwill existente no investimento, pode haver investimentos que 
ocorre a Mais Valia. A Mais valia representa a diferença positiva entre valor 
justo do investimento e o valor contábil do investimento. O seja, ela ocorre 
quando o valor justo é superior ao valor contábil do investimento que está 
sendo adquirido.
Vejamos agora um exemplo para facilitar a compreensão.
A companhia Alfa adquiriu 100% da companhia Beta por R$ 90.000. O valor 
justo do patrimônio líquido da Cia Beta é de R$ 70.000 e o seu valor contábil 
é de R$ 60.000. Desse modo, qual o valor do Goodwill e da Mais-valia gerada 
no investimento?
GOODWILL = 90.000 – 70.000 = 20.000
Mais – valia = 70.000 – 60.000 = 10.000
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Nas contas individuais da investidora, a Mais-valia e o Goodwill são classificados 
no ativo não circulante, mais especificamente no subgrupo de investimentos, 
em subcontas específicas para cada uma. Já no balanço consolidado, a Mais-
-valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe deram origem e o 
Goodwill será transferido para o intangível, ficando em conta específica. Desse 
modo, no Balanço Patrimonial o exemplo anterior fica assim representado:
BALANÇO PATRIMONIAL DA INVESTIDORA ALFA
ATIVO 
Ativo não circulante 
Investimentos 
 Participação em Beta 
 Valor contábil do investimento 60.000 
 Mais Valia 10.000 
 Goodwill 20.000 
Total 90.000 
 Fonte: Elaborada pela autora (2020)
#PraCegoVer
A tabela apresenta o subgrupo investimentos do Balanço Patrimonial da investidora Alfa. 
Nele, consta o valor contábil do investimento (R$ 60.000), o valor da Mais-valia (R$ 10.000), 
valor do Goodwill (R$ 20.000), e o total (R$ 90.000) que é equivalente à soma dos três.
E se no lugar de 100%, a Cia Alfa tivesse adquirido 60% da Cia Beta? Então, terí-
amos os seguintes cálculos para o ágio por rentabilidade futura e a Mais valia:
GOODWILL = 90.000 – 42.000 = 48.000
Mais – valia = 42.000 – 36.000 = 6.000
Onde, 
42.000 = 60% x 70.000, e
36.000 = 60% x 60.000
Teríamos ainda os seguintes lançamentos:
Débito: Investimentos 36.000
Débito: Investimentos – Mais Valia 6.000 
Débito: Investimento – Goodwill 48.000
Crédito: Disponibilidades 90.000
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Todos os cálculos efetuados para o reconhecimento do custo de aquisição, 
Mais valia e Goodwill devem ser informados e justificados nas notas explicati-
vas. Vale ressaltar ainda que o Goodwill não é amortizado, pois tem a sua vida 
útil indefinida. Contudo, ele deve ser submetido ao teste de impairment que 
vai apurar o seu valor recuperável.
2.3.1.2 COMPRA VANTAJOSA
A compra vantajosa, também chamada de deságio ou menos valia, corres-
ponde à diferença positiva entre o valor justo dos ativos líquidos da investida 
e o custo de aquisição pago pela investidora. Para o cálculo da compra vanta-
josa também se considera o valor proporcional adquirido pela investidora no 
patrimônio do negócio adquirido.
E vamos de exemplo para fixar melhor esse conceito. Suponha que a Cia Alfa 
comprou 100% da Cia Beta. O valor pago pelo investimento, também chama-
do de custo de aquisição, foi de R$ 600.000. Além disso, sabe-se que o valor 
justo dos ativos líquidos da investida era de R$ 700.000. Qual o valor do ganho 
com a compra vantajosa?
Compra vantajosa – 700.000 – 600.000 = 100.000
A compra vantajosa representa ganho para a investidora e deve ser reconhe-
cida no resultado do período, na data da aquisição. Desse modo, ela impacta 
o resultado do exercício e não figurará no Balanço.
O CPC 15 (R1)

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