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Universidade Estácio de Sá - Curso de Serviço Social MARIA ALICE ESPINDOLA MARTINS A OCUPAÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES POR IDOSOS DESISTENCIALIZADOS PELA FAMÍLIA: O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA GARANTIA DOS DIREITOS E PROTEÇÃO AOS IDOSOS Responsabilidade de autoria do TCC Termo de autoria: Eu Maria Alice Espindola Martins matrícula 201903529395 confirmo e me responsabilizo que este trabalho foi realizado por mim respeitando o Regulamento de TCC vigente do curso de SS e as normas BNT e toda legislação sobre pesquisa que estão ativas no país. ________________________________________ Assinatura do(a) aluno(a) Após assinar escanear ou realizar assinatura de forma digital Teresópolis Março/ 2023 MARIA ALICE ESPINDOLA MARTINS A OCUPAÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES POR IDOSOS DESISTENCIALIZADOS PELA FAMÍLIA: O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA GARANTIA DOS DIREITOS E PROTEÇÃO AOS IDOSOS Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social. Orientador: Profª Viviane Ribeiro Teresópolis Março/ 2023 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. A POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA ................................................................. 6 3. IDOSO VULNERÁVEL E ILPI’s ............................................................................... 8 3.1 Trabalho do CRAS E CREAS ............................................................................... 8 3.2 O assistente social na garantia de proteção ao idoso ................................... 10 3.3 Instituições de longa permanência para idosos (ILPI´s) ............................... 12 4.RELATO DE CASO ................................................................................................. 15 5. CONSIRAÇÔES FINAIS ......................................................................................... 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 19 1. INTRODUÇÃO A população idosa no Brasil vem crescendo consideravelmente nos últimos anos, resultado da modificação da estrutura etária da população. Em 1980, a população idosa era constituída por cerca de 7,2 milhões de pessoas, o que representa 6,1% da população total. Em 2018 projetou-se que esse contingente estaria em torno de 28 milhões de habitantes em 2020. (IBGE, 2018) O envelhecimento é um fenômeno que atinge todos os seres humanos. Sendo caracterizado como um processo dinâmico, progressivo e irreversível, ligado intimamente a fatores biológicos, psíquicos e sociais (BRITO; LITVOC, 2004). Sendo assim, a demanda por cuidados, aumenta com a idade, principalmente, entre os idosos com 80 anos ou mais, o grupo populacional que mais cresce no Brasil atualmente, marcando uma transição para uma sociedade mais velha. (CAMARANO, 2014a) Contudo, devido ao crescimento da população idosa, aumentou-se também os índices de abandono familiar. Desse modo, a responsabilidade familiar, tem sido transferida ao estado e o idoso encontra-se a mercê do auxílio da comunidade e do poder público. O idoso frágil e hospitalizado, em muitos casos, é deixado pela família no hospital mesmo sendo concebida a alta, passando a ocupar um leito desnecessariamente, tendo agora grandes chances de se tornar mais debilitado e dependente. (CAMARGOS, 2015) No caso de abandono dentro de hospitais, os idosos, tornam-se ocupantes de leitos hospitalares, enquanto passam a ocupar filas de espera para ser institucionalizado. Diante desta problemática, o Estado assume as responsabilidades em prol da garantia dos direitos da pessoa idosa, atendendo as demandas e a incapacidade dos serviços públicos é importante ressaltar que, o idoso hospitalizado sem condições de ser institucionalizado e sem amparo da família torna – se responsabilidade do estado. (VIEGAS, 2016) Apesar do Estado ter o dever de acolher idosos abandonados por seus familiares em casas de longa permanência, abrigo de idosos e lares assistências, situações como essa esgotam as possibilidades do estado de garantir os direitos da pessoa idosa. A hospitalização é considerada um procedimento de alto risco, principalmente para idosos. Aproximadamente metade de todas as internações geriátricas têm como causas comuns, as doenças do aparelho circulatório e respiratório. Em decorrência da hospitalização, a maioria das pessoas experimentam redução de capacidade funcional e alterações na qualidade de vida muitas vezes irreversíveis. Os idosos são mais suscetíveis a complicações causadas pelo repouso prolongado no leito durante a hospitalização (OLIVEIRA, 2022) Assim, o serviço social tem a delegação de viabilizar o acesso aos direitos sociais ou usuário, possibilitando o cumprimento do estado na garantia desses direitos. O profissional utiliza de instrumentos como, acolhimento, encaminhamentos socioassistêncial e acompanhamento das demandas sociais. Sendo assim, o assistente social no âmbito hospitalar, precisa deter de habilidades e competências coerentes e adequadas para trabalhar junto ao usuário, familiares e comunidade sobre os serviços oferecidos, inerente a rotina e setores do hospital, trabalhando, assim, no acolhimento e socialização de informações (ASCOM, 2021; VIDAL; GUILHERME, 2019) Com a expectativa de vida da população idosa no Brasil, faz-se necessário intensificar o trabalho do assistente social, principalmente no âmbito hospitalar. Por isso, o presente trabalho de campo com abordagem qualitativa, toma como objetivo, compreender o trabalho do assistente social no cuidado a proteção de idosos hospitalizados e desistencializados pela família e ocupantes de leitos hospitalares Para tanto, esse estudo, encontra-se subdividido em três capítulos os quais abordarão, respectivamente, sobre a população idosa brasileira, posteriormente contextualizaremos o abandono familiar de idosos hospitalizados e no último capítulo, o trabalho do assistente social na garantia e proteção de direitos dos idosos em situação de abandono no âmbito hospitalar. Por fim, traremos as considerações finais desse trabalho. 2. A POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA O estatuto do idoso, Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2023, define que: “idoso é toda pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.’’ (BRASIL, 2003). No entanto a organização mundial de saúde entende que o idoso é aquela pessoa com 60 anos ou mais, em países que estão em desenvolvimento, e com 65 anos ou mais em países desenvolvidos. A expectativa de vida no Brasil para ambos os sexos em 1950 era menor de 50 anos, avançando para 74,8 em 2013. Neste mesmo período, as taxas de mortalidade infantil passaram de 135,0 óbitos por mil nascidos vivos em 1950, para 15,0 em 2013. Em 1950, ao atingir os 60 anos se esperava viver em média, por mais 15 anos, esse tempo médio avançou passando a ser cerca de 20 anos para homens e 23 para mulheres. (CAMARGOS, 2015) No Brasil, o grupo de centenários tem triplicado em uma década: “os que chegam melhor ao centenário segundo pesquisadores, são os de classe mais altas, com maior acesso aos serviços de educação e saúde.” (OLIVEIRA, 2022, p. 15) De acordo com Cielo (2019), envelhecer é uma característica individual do ser humano, as condições biológicas estão relacionadas a idade cronológica. Sendo assim, é complexo determinar com firmeza a expectativa de vida da pessoa idosa apenas em função de sua faixa etária. Nesse caso, outros critérios precisam ser avaliados. Segundo Braga (2021): O cronológico define como idoso a pessoa que tem mais idade do que um certolimite preestabelecido. Por ser tratar de um critério objetivo, de facílima verificação concreta, geralmente, adotado pelas legislações, como, por exemplo, a que trata da aposentadoria por idade. Pelo critério psicobiológico deve-se buscar uma avaliação individualizada da pessoa, ou seja, seu condicionamento psicológico e fisiológico, logo, importante não é a sua faixa etária, mas sim as condições físicas em que está o seu organismo e as condições psíquicas de sua mente. O critério econômico- social considera como fator prioritário e fundamental, uma visão abrangente do patamar social econômico da pessoa, partindo – se sempre da ideia de que o hipossuficiente precisa de maior proteção se comparado ao autossuficiente (BRAGA, 2021, p.3). No entanto segundo Pereira, Spyrides e Andrade (2016) o contexto socioeconômico revela o Brasil como um país extremamente desigual. Com base nas comparações entre as regiões é possível analisar. No Nordeste 68% dos idosos residem em domicílio com renda familiar per capita menor que 1 salário-mínimo, já no Sul e no Sudeste este percentual está abaixo de 35%. É um fato que, o envelhecimento é influenciado por vários determinantes um deles a condição socioeconômica que é fundamental em relação a qualidade de vida da pessoa idosa. Diante disso, é válido ressaltar que, à medida que a expectativa de vida aumenta, faz se necessário que as políticas públicas de maneira eficaz atendam plenamente as demandas exigida por esse contexto social, oferecendo a população idosa antes de tudo, um envelhecimento ativo e saudável. Uma vez que, esse crescimento não se restringe apenas a países desenvolvidos como grande parte da população pensa. “Em 2050, haverá 2 mil milhões de pessoas idosas no mundo, e 80 % delas viverão em países que atualmente classificados como emergentes ou em desenvolvimento’’ (GAMA, 2018, p. 22) Para Gama (2018), o envelhecimento é um processo natural que todo ser humano está sujeito, é imprescindível ter qualidade de vida nesse processo biológico, físico e emocional. As alterações ao longo dessa trajetória de vida da pessoa idosa demarcam barreiras que antes eram corriqueiras, mas infelizmente passaram a ser difíceis de lidar. E especialmente nessa fase se faz necessário a assistência da família e das garantias impostas pela legislação. Para tanto, no capítulo a seguir, estudaremos sobre o número crescente de abandono familiar a idosos, principalmente em indivíduos abandonados pela própria família, em leitos de hospitais, mesmo mediante a alta médica. 3. IDOSO VULNERÁVEL E ILPI’s 3.1 Trabalho do CRAS E CREAS Os serviços de assistência social são entendidos como ações voltadas ao atendimento das necessidades básicas de indivíduos em situação de vulnerabilidade e/ou risco social. Indivíduos ou famílias podem ser encaminhados para serviços de proteção básica ou proteção social especial com base na análise das necessidades apresentadas. (REIS, 2019) O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade de atendimento da política de assistência social do Brasil, que tem como objetivo fornecer serviços de proteção social básica às famílias em situação de vulnerabilidade social. Segundo o Ministério da Cidadania (2020), o CRAS é responsável por oferecer serviços como cadastro único, acompanhamento familiar, atendimento psicossocial, orientação e encaminhamento para acesso a serviços socioassistenciais, entre outros. O CRAS é um espaço importante para o desenvolvimento de ações preventivas e de promoção social, visando a melhoria da qualidade de vida das famílias atendidas. Já o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) é uma unidade de atendimento de média e alta complexidade da política de assistência social brasileira, responsável por oferecer serviços especializados de proteção social a indivíduos e famílias em situação de violação de direitos. Conforme o Ministério da Cidadania (2020), o CREAS oferece serviços como atendimento psicossocial, orientação e apoio jurídico, acompanhamento e inserção no mercado de trabalho, entre outros. O CREAS tem como objetivo a garantia dos direitos humanos e a proteção integral das pessoas em situação de vulnerabilidade, visando a promoção da cidadania e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. De acordo com o art. 6º da lei orgânica de assistência social (Lei nº 8.742/1993), a assistência social é estruturada de acordo com os seguintes tipos de proteção a básica e a especial: I - Proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.htm#art2 potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) II - Proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art. 6o-B. As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ação. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art. 6º-C. As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistência social de que trata o art. 3º desta Lei. § 1º O CRAS é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. § 2º O CREAS é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da proteção social especial. § 3º Os CRAS e os CREAS são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do Suas, que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social. Cada centro de referência tem as suas especificações, mas o objetivo geral é garantir que as famílias vulneráveis recebam, apoio necessário para superar as dificuldades e conquistar autonomia e cidadania plena. De acordo com a Política Nacional da Assistência Social (2004, p.33) “a vulnerabilidade social é entendida como uma condição decorrente da pobreza, privação (falta de renda, instabilidade ou falta de acesso aos serviços públicos, etc.), por exemplo, discriminação por idade, raça, gênero ou deficiência, entre outros.” Para a população vulnerável os centros de referências acabam sendo porta de entra do sistema único de assistência social (SUAS). Portanto, há uma necessidade de oferecer devidamente esses serviços a fim de aproximar e facilitar o acesso das https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.htm#art2https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm#art6c pessoas aos direitos sociais, especialmente os idosos vulneráveis que são o foco desse trabalho. Para Paz, Santos e Eidt (2006, p 341) Conhecer a vulnerabilidade de grupos populacionais possibilita mobilizar profissionais e população civil, por meio de um processo educativo construtivista, para transformações sociais. Tais transformações devem ser alicerçadas nas relações intersetoriais e na ação comunicativa entre os sujeitos sociais. Assim, acreditasse na importância de diferentes formas de enfrentamento, em termos não somente assistencial, de tratamento clínico e de reabilitação, mas também na implementação de políticas públicas e de ações de prevenção de doenças, bem como promoção de saúde da população de forma integral e resolutiva. Portanto, se faz importante de compreender a vulnerabilidade de grupos populacionais como um meio para mobilizar profissionais e a população civil em direção a transformações sociais. Isso pode ser alcançado por meio de um processo educativo construtivista que promova relações intersetoriais e ação comunicativa entre os sujeitos sociais. É enfatizada a necessidade de abordagens que vão além da assistência e do tratamento clínico, para incluir a implementação de políticas públicas, prevenção de doenças e promoção da saúde de forma integral e resolutiva. Em resumo, a citação destaca a importância de se adotar uma abordagem holística para lidar com a vulnerabilidade de grupos populacionais, que inclua não apenas a saúde física, mas também as questões sociais, culturais e políticas que contribuem para a sua vulnerabilidade. 3.2 O assistente social na garantia de proteção ao idoso O papel do Assistente Social na garantia de proteção ao idoso é de extrema importância, visto que o envelhecimento populacional é uma realidade cada vez mais presente em nossa sociedade. Segundo Reis (2019), o Assistente Social é um profissional capacitado para atuar na proteção dos direitos do idoso, trabalhando para que estes sejam respeitados e garantidos. Além disso, o autor afirma que é papel do Assistente Social promover ações que possam melhorar a qualidade de vida dos idosos e fortalecer as redes de apoio social, principalmente quando este encontra-se em situação de vulnerabilidade. Para que o idoso vulnerável tenha acesso aos seus direitos por meio de um centro de referência, é importante que seja feito o cadastro desse usuário e a partir disso é oferecido serviços como por exemplo: identificação e acompanhamento de famílias em situação de vulnerabilidade social: assistentes sociais são responsáveis por triar as famílias que procuram os serviços; desenvolver um plano de cuidados individualizado que leve em consideração suas necessidades específicas; visitas domiciliares para avaliação das condições da família, encaminhamentos para serviços profissionais e acompanhamento do desenvolvimento do usuário e família entre outros. (REIS, 2019) De acordo com Pereira (1996, p. 52) “a atuação profissional na assistência social é a condição essencial para que as políticas de atenção as necessidades sociais se efetivem como direito de todos.” Para que essas necessidades sociais de fato sejam atendidas é imprescindível o cumprimento das demandas dada ao profissional de serviço social que estará atuando em favor do idoso vulnerável. Como destaca Machado (2015), A demanda que busca o trabalho do Assistente Social espera encontrar resolutividade em seus anseios, suas necessidades, mesmo as mais imediatas, com a pessoa idosa isso não é diferente. Para a pessoa idosa, o trabalho do Assistente Social se torna um importante instrumento de colaboração na orientação aos direitos estabelecidos em lei, pois essas, nem sempre são efetivas e o idoso procura do profissional em Serviço Social um compromisso, um acolhimento e um amparo que conduza na direção da busca desses direitos. (MACHADO, 2015, p.3) O Assistente Social trabalha em função de identificar, analisar e compreender as demandas e estabelecer respostas a elas, se ocorre um grande aumento da demanda, o tempo de espera do usuário tende a crescer também. A lentidão nas respostas da rede de serviços inviabiliza o acesso aos direitos sociais, que repercutem na qualidade de vida destes usuários, principalmente da pessoa idosa que precisa com urgência que seus direitos sejam atendidos. (MACHADO, 2015) Durante esse processo podem ocorrer dificuldades que empeça que a rede funcione sendo elas, a falta de articulação socioassistencial, essa articulação viabiliza o acesso efetivo da população aos serviços assistências, se não ocorre da forma adequada os serviços e políticas serão fragmentados, dificultando o acesso das famílias aos direitos e serviços. (MACHADO, 2015) Articulação é “o processo pelo qual os vínculos entre as organizações são criados e mantidos a partir da compreensão de seu funcionamento, de sua dinâmica e papel de forma a coordenar interesses comuns.” (BRASIL, 2009, p 21) Outra problemática é a vulnerabilidade da família que cuida do idoso, é a incapacidade da mesma de arcar com sua sobrevivência devido a carência de renda. Como mencionou em pesquisas, Pollo e Assis (2019) muitas famílias não conseguem manter o idoso dependente em casa, pois o cuidado torna- se fisicamente e emocionalmente desgastante, nesses casos o estado necessita de orientação, apoio psicossocial e acesso à rede de serviços estatais para o cuidado da pessoa idosa, como bem mencionou os autores citados acima. O artigo 37 do Estatuto do idoso, definido pela lei 10.741 de outubro de 2003, assegura que a pessoa idosa tenha direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhada de seus familiares quando assim desejar, ou ainda, em instituições públicas ou privadas. Essas instituições devem manter padrões de habitação compatível com as necessidades das pessoas idosas e condizentes com as normas sanitárias, sob pena da lei. 3.3 Instituições de longa permanência para idosos (ILPI´s) As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) são uma importante alternativa de cuidado para idosos que não têm condições de morar em suas próprias residências ou com familiares. Segundo Santos et al. (2020), as ILPIs têm como objetivo proporcionar assistência integral ao idoso, que inclui cuidados com a saúde, alimentação, higiene, lazer e convivência social. ILPI são instituições governamentais ou não governamentais de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de Liberdade, dignidade e cidadania. (ANVISA, RDC n 283 de 26/09/2005. p 3) No entanto, é importante destacar que o cuidado em instituições pode apresentar desafios e limitações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2015), “os idosos que vivem em instituições estão particularmente em risco devido ao potencial isolamento social, baixa qualidade da atenção à saúde, bem como possíveis práticas abusivas e restritivas”. Porém, quando a família não encontra maneiras de tutelar o idoso ele é institucionalizado ou hospitalizado até que tenha vagas e instituições de longa permanência. Em muitos casos, a família do idoso institucionalizado ou hospitalizado se torna pouco presente, ou até mesmo ausentes em suas vidas, alguns inclusive não possuem família. Essa ausência causa sentimento de abandono, solidão e isolamento a pessoa idosa Segundo Camarano e Kanso (2010), pessoas idosas com um determinado tipo de incapacidade funcional são potenciais demandantes de cuidados de longa duração, quer no seio da família, quer em serviços públicos ou privados. Acontece que com a morosidadedo Estado em atender demandas da população idosa, compilações impedem de que muitos idosos consigam vagas em uma instituição de longa permanência. De acordo com Born e Boechat (2013), a precariedade de muitas instituições brasileiras e seu legado histórico como serviços de caridade, mostra uma realidade de recursos limitados que não permite a expressão individual de seus residentes. Dessa maneira, o cuidado nessas instituições muitas vezes corresponde a manipulações técnicas automatizadas que priorizam o atendimento as necessidades fisiológicas, desvalorizando as necessidades derivadas de singularidades em que profissionais não formados reproduzem procedimentos que anulam a individualidade do sujeito (CASADEI; SILVA; JUSTO, (2011); BORN; BOECHAT, 2013). Conforme mencionou Pollo e Assis (2019), existe um número reduzido de ILPI´s governamentais pelo país e as alternativas ao alojamento são precárias. Enquanto as ações não forem de fato implementadas, as filas de espera para institucionalização nas IPLI´S continuarão a crescer. Para tanto, o idoso vulnerável que está aguardando atendimento médico e evolui em seu problema de saúde vindo a se tornar grau III de dependência, isto é, o idoso totalmente dependente, não encontrará ILPI´s adequada por conta das limitações da instituição em prestar cuidados ao idoso. Porquanto, muitas ILPI´s não aceitam idosos com grau III de dependência. A dependência total da pessoa idosa se dá por diversos fatores, sendo eles, envelhecimento natural; doenças crônicas e condições de saúde incapacitantes e pode progredir rapidamente devido a condições médicas agudas ou crônicas agravando ainda mais a saúde do idoso, impossibilitando o mesmo de ficar no seio da família ou em uma instituição de longa permanência, ou seja, esse idoso será hospitalizado. Segundo pesquisas de Gorzoni e Pires (2006), a decisão da internação é multifatorial, sendo influenciada pela gravidade da condição clínica, infraestrutura da instituição, solicitação familiar e/ ou necessidades econômicas. Os autores apontam também, os riscos envolvidos nas internações hospitalares como, o desenvolvimento de iatrogenia e declínios que podem levar a um agravamento do estado geral e da qualidade de vida da pessoa idosa após a hospitalização. O idoso o dar entrada ao hospital, sendo grau II de dependência, ou seja, aquele idoso que necessita de ajuda em algumas atividades básicas, como vestir-se, comer e realizar higiene pessoal, tem grandes chances de evoluir seu quadro clínico, se este permanecer por muito tempo hospitalizado. Visto que, pode ser desencadeado outras doenças devido a internação. Perdas na capacidade funcional em idosos hospitalizados, como alimentar- se ou deambular sem ajuda ocorrem com frequência e são correlacionadas a déficits cognitivos, delirium e a presença de baixa capacidade funcional a admissão hospitalar (GORZONI E PIRES, 2006, p 1126) Gorzoni e Pires (2006) ainda afirmam que, com o processo de envelhecimento em evolução, está claro que esses casos serão cada vez mais frequentes e é necessário planos de ações preventivas por parte da rede hospitalar e da rede socioassistencial afim de evitar a hospitalização em muitos casos. 4.RELATO DE CASO O objetivo geral desse estudo é analisar as implicações da insuficiência da rede de serviços públicos diante das demandas sociais de uma pessoa idosa em situação de vulnerabilidade social, hospitalizada em uma unidade na cidade de Teresópolis/RJ Para a descrição do relato foram utilizados instrumentos como, relatórios sociais da redesocioassistencial. O caso relatado foi vivenciado entre o dia 30 de junho de 2016 (data da primeira internação da usuária) e 02 de dezembro de 2020 (data do último relátorio disponibilizado para estudo) A idosa é viúva, não possui filhos, lúcida e orientada, residia com a irmã. No dia 30 de julho de 2016, deu entrada no setor de clínicas médicas de um hospital na cidade de Teresópolis. O setor de serviço social foi acionado pelo fato de a paciente não receber visitas. Foram feitos inúmeros contatos com a irmã da paciente que não respondeu às ligações e não compareceu ao hospital, o que dificultou a avaliação precisa da realidade social da paciente e da família. Com base na narrativa da paciente houve suspeita de violência doméstica (maus tratos psicológicos) por parte de sua irmã A idosa tinha como desejo ser encaminhada para uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI) e não voltar a residir com sua irmã novamente. De acordo com Art. 37 da lei 10.741/2003, que “o idoso tem direito à moradia digna, no seio de sua família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou ainda, em instituições públicas e privadas.” Em contato telefônico com as instituições as duas preferências da idosa não possuíam vagas femininas. Com alta hospitalar no dia 27 de agosto de 2015, a paciente voltou a residir com a sua irmã, e para resguardar o direto da pessoa idosa, a paciente foi encaminhada para a vara do idoso / tribunal de justiça - comarca de Teresópolis. No dia 28 de setembro de 2016, a idosa deu entrada no setor de reabilitação deste hospital a pedido da secretaria municipal de saúde (SMS). Através de estudos, foi constatado que a idosa residia em um local precário e não recebia os cuidados necessários, estava em situação de abandono e reivindicou ser encaminhada para uma instituição de longa permanência. Porém, a vara solicitou vaga no hospital que a idosa já havia sido hospitalizada devido ao tratamento fisioterapêutica que a paciente necessitava se submeter antes de ser encaminhada para a instituição. A idosa foi atendida pela equipe de fisioterapia e logo recebeu alta deste setor. Foi realizado contato com a representante de uma instituição que mencionou que era possível ser cedida a vaga desde que a pessoa idosa deambulasse normalmente. A paciente permanece seu maior tempo deitada no leito e menciona não andar por sentir dores nas pernas, o que acarreta sua dependência nas atividades da vida diária (AVD) impedindo seu encaminhamento para a ILPI desde município. O papel do serviço social foi extremamente importante visto que a pessoa idosa se encontrava em situação de abandono e fazia – se necessária adoção de medidas para atender os interesses da dignidade humana. A idosa permaneceu internada, apesar de alta hospitalar, onde teve seu quadro de saúde agravado por conta do abandono generalizado e confinamento. Com mais de 80 anos, a idosa não deambula, manifesta pouca lucidez e a única mudança que viveu durante esses anos foi de um leito para o outro, não houve mudança ou qualquer despertar de sua família em busca de notícias da idosa. Pelo grau de dependência que a idosa chegou, apenas uma ordem judicial poderia fazer com que a idosa tivesse a sua vaga na instituição de longa permanência, vaga essa que aguarda a tantos anos. A idosa foi vacinada contra a covid. Em um último relatório feito pelo CREAS no dia 02 de dezembro de 2020 atualizando sobre o caso da idosa que até o presente momento ocupava o leito hospitalar, ainda sem vínculos familiares tornando improvável a reinserção ao núcleo de origem. O CRAS não obteve êxito na busca do núcleo da família da paciente, todas as tentativas de contato foram frustradas A idosa é supostamente beneficiaria do benefício de prestação continuada, mas não tinha inscrição no sistema do cadastro único. Foi realizado o cadastro único da idosa na unidade hospitalar em conjunto com a coordenação do cadastro único e em seguida o CREAS solicitará o benefício em favor da idosa junto ao INSS. As políticas públicas se mostraram insuficiente neste caso e em muitos outros que ocorrem com a população idosa. Em relação a ILPIs, não existe instituição pública no município de Teresópolisapenas instituições filantrópicas e as vagas não suprem a demanda além de que não possuem recursos para receber o idoso grau III de dependência. O estado precisa assumir as demandas dos idosos hospitalizados indevidamente, visto que é quase inevitável que que o idoso internado sem vínculos familiares evolua seu grau de dependência enquanto permanece no leito estando constantemente em risco por conta da contaminação que paira no ambiente hospitalar. Vale ressaltar também que o serviço social esforçou - se para oferecer cuidados e intermediar o vínculo familiar ainda em ambiente hospitalar. Porém, a família não contribuiu para que isso acontecesse. 5. CONSIRAÇÔES FINAIS Esse estudo reafirma a necessidade uma melhor articulação socioassistencial para que as devidas necessidades sejam tomadas antes que a pessoa idosa seja prejudicada pela demora das soluções do estado, também é uma reivindicação ao direito da população do município de Teresópolis de ter uma instituição pública, que receba idosos dependentes e que precisam desocupar leitos de hospitais para terem melhor qualidade de vida e também para outras pessoas de outras especialidades que aguardam vagas de internação sejam atendidas, como por exemplo, oncologia. Cabe as familias também serem atendidas e conscientizadas sobre devido cuidados com a pessoa idosa e punidas visto que abandono de incapaz é crime previsto no código penal brasileiro, especificadamente no Art. 133. “Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono” REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASCOM. Assistentes sociais acolhem pacientes e humanizam o ambiente hospitalar. Pará: SESPA, 2021. Disponível em: http://www.saude.pa.gov.br/assistentes-sociais-acolhem-pacientes-e- humanizamoambiente-hospitalar/. Acesso em: 27 de fev de 2023. BORN, T. & Boechat, N.S. (2013). A qualidade dos Cuidados ao Idoso Institucionalizado. In: Freitas, E.V. & Py, L., editoras. Tratado de geriatria e gerontologia 3a ed, 1299-310. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan BRAGA, Pérola Melissa Vianna. Curso de direito do idoso. São Paulo: Atlas, 2011 BRASIL ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 283, 26/09/2005. p 3 <https://www.mprs.mp.br/media/areas/principal/arquivos/ilpl/rdc_283_2005.pdf> Acesso em: 20 abr. 2023 Brasil. Lei n.o 10.741, de 1o de outubro de 2003. Estatuto do idoso. Brasília; 2003. 82. P.21 BRAZIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL; COMBATE À FOME; BRAZIL. SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. 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IDOSO VULNERÁVEL E ILPI’s 3.1 Trabalho do CRAS E CREAS 3.2 O assistente social na garantia de proteção ao idoso 3.3 Instituições de longa permanência para idosos (ILPI´s) 4.RELATO DE CASO 5.CONSIRAÇÔES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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