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DEPRESSÃO 
Maiara Quevedo
Se caracteriza por um distúrbio afetivo que
acompanha a humanidade ao longo dos anos. O
mesmo é caracterizado por alterações
somáticas, mudanças bruscas de humor e
sintomas que são descritos minuciosamente
pelo DSM-5, como: humor deprimido,
alterações no sono, alterações no apetite,
agitação ou retardo psicomotor, fadiga, culpa
excessiva, pensamentos de morte, ideação
suicida, tentativa de suicídio, etc. 
O QUE É?
Na depressão, o indivíduo perde o interesse
pelo mundo ao seu redor em decorrência de um
evento traumático, como a perda de um ente
querido, dificuldades no trabalho, separações,
entre outros. Esse interesse é crucial para que
ele possa processar emocionalmente o trauma
e tentar encontrar uma resolução para a
situação difícil que está vivenciando.
O QUE É?
A forma como a Depressão é vista pela
sociedade passou por grandes modificações no
decorrer da história, sendo reconhecida como
doença somente no século 19. No princípio
casos de depressão e melancolia eram
associados a superstições. 
ASPECTOS
HISTÓRICOS
‘No século 19, pela primeira vez, o termo
“depressão” surge com um sentido mais
próximo ao atual, enquanto o termo
“melancolia” poderia estar associado a
qualquer tipo de loucura. Por volta de 1860 a
palavra começa a aparecer nos dicionários
médicos, e surgem tratamentos mais
“humanizados” aos loucos.’ 
(JORNAL DA USP 2017) 
ASPECTOS
HISTÓRICOS
VISÃO
PSICANALÍTICA
Freud fala de estados depressivos dando a
entender que a doença pode estar em qualquer
estado Clínico. Apesar de não ter constituído
uma teoria sobre a doença, o mesmo a
referenciou em seu trabalho ‘Luto e Melancolia’
ao tratar melancolia como algo da ordem de um
estado depressivo. 
Para ele a melancolia carrega consigo uma carga
afetiva de luto, uma ânsia pela recuperação do
que se foi perdido. Essa perda pulsional,
relacionada à libido, cria um vazio na esfera
psíquica instigando o analisando a pensar em
algo que não pode ser devidamente
representado. 
LUTO X MELANCOLIA
O luto acontece quando existe um rompimento e a pessoa enlutada consegue retirar todo o
seu investimento libidinal do objeto perdido de forma saudável diferente da melancolia, que
pode apresentar uma negação da realidade e se apegando de forma idealizada ao objeto
amado. A melancolia é uma neurose narcísica que se caracteriza pela incapacidade
inconsciente de elaborar o luto. Nesse sentido é papel da psicanálise compreender a
singularidade da vivência da perda e sua significação subjetiva.
 
 
Para Pinheiro (2005) o melancólico não perdeu o objeto, mas perdeu-se no objeto.
Quando o depressivo fala do que perdeu, refere-se a uma perda do que ele foi um dia,
uma perda de si mesmo. Na depressão também há uma perda, mas uma perda da
imagem de si, uma perda que se deu num tempo que não volta mais. 
Moreira (2008) ao analisar a diferença entre a melancolia e a depressão retoma o
pensamento aristotélico de que a melancolia é inerente aos homens de exceção, faz
parte da sua natureza. Neste sentido, na época clássica a melancolia era
compreendida não apenas como uma patologia, mas como uma posição subjetiva.
Essa análise amplia a concepção da melancolia.
O tratamento é estruturado a partir da construção de um caso clínico que seja capaz de
capturar as particularidades e singularidades da relação do indivíduo com seus desejos. 
 Pois cada sujeito é único, cada caso é único e, portanto, cada tratamento é único.
Diferente da psiquiatria que visa responder rapidamente, na maioria das vezes usando
medicamentos para eliminar a dor e o mal-estar a psicanálise trabalha a longo prazo,
abrindo a possibilidade do analisando remediar o próprio sofrimento através da fala.
Operando pela via da palavra, a psicanálise propõe ao sujeito a ética de bem-dizer sobre
o seu desejo. Deste modo, reinstaura a falta e permite que advenha o desejo. 
 
 
TRATAMENTO
PSICANALITICO
SIQUEIRA, É. DE S. E. A depressão e o desejo na psicanálise. Estudos e Pesquisas em
Psicologia, v. 7, n. 1, 1 jun. 2007.
MENDES, E. D.; VIANA, T. DE C.; BARA, O. Melancolia e depressão: um estudo psicanalítico.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 30, p. 423–431, 1 dez. 2014.
MENDES, E. Melancolia e Depressão: Um Estudo Psicanalítico 12 Melancholy and Depression:
A Psychoanalytic Study. v. 30, n. 4, p. 423–431, 2014.
FERREIRA, F. C. DE S. A depressão na perspectiva da psicanálise. Disponível em:
<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/psicanalise>.
REFERÊNCIAS

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