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sarahmesqnezes@gmail.com 
Grupo: https://www.facebook.com/groups/334422370254 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREFEITURAS 2016 
200 Questões comentadas 
 
 
 
 
mailto:sarahmesqnezes@gmail.com
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
 
Vamos corrigir! 
Serviço Social Comentado em Questões 
 
 
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de Nível 
Superior - Assistente Social 
 
01 - O surgimento e institucionalização do Serviço Social no Brasil, 
enquanto profissão, deu-se nas primeiras décadas do século XX. 
Considere: 
 
I. Os ideais de um Estado autoritário e paternalista ficam claros não apenas 
nas políticas claramente direcionadas à repressão ou supressão de 
movimentos de classe a partir de práticas populistas, mas também no modo 
como surgem as primeiras escolas de Serviço Social no país. 
II. As Escolas de Serviço Social no Brasil eram compostas sobretudo por 
mulheres que representavam interesses da elite vinculadas ao pensamento 
da doutrina católica. 
III. O Serviço Social no Brasil, desde sua gênese, guarda estreita relação com 
o modo como se estrutura a sociedade capitalista no país e define 
estratégias para o enfrentamento da questão social. 
Está correto o que consta em: 
 
a) I, II e III. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, apenas. 
 
Gabarito: A 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
 
 
Justificativa: 
O surgimento das primeiras escolas de serviço social não demarcou nem 
abarcou a teoria crítica de início, pois elas partiam de uma mobilização de 
grupos específicos, tais como a Igreja, a qual imprimia na formação do 
assistente social uma marca peculiar, permeada de características advindas 
de questões morais e a críticas, de sacerdócio. Apenas a partir de sua 
inserção no âmbito da universidade, da pesquisa e da interlocução com as 
ciências sociais, elas reafirmaram o processo de renovação crítica e sua 
tradição teórica. 
Fonte: Serviço Social: Surgimento e Institucionalização no Brasil – UNIP. Unidade I. 
 
Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
02– Uma das correntes teóricas de maior influência sobre a teoria 
social e sobre o Serviço Social afirma que os fatos sociais obedecem as 
leis invariáveis, de forma objetiva e neutra. Portanto, o método 
científico aplicado aos fenômenos sociais deve descrevê-los e classificá-
los com precisão, independentemente de ideias pré-concebidas. Esse 
modelo teórico corresponde à (ao): 
 
a) Marxismo 
b) Construtivismo 
c) Funcionalismo 
d) Etnometodologia 
 
Gabarito: C 
Justificativa: 
O positivismo, no Serviço social, vem acompanhado do funcionalismo e adentra 
esta profissão através da influência do Serviço Social norte-americano, trazida, 
na década de 1940, pelos assistentes sociais brasileiros que foram estudar nos 
Estados Unidos. Esta influência vai marcar sobremaneira o Serviço Social 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
brasileiro. Inicialmente temos a importação das técnicas norte-americanas para 
aplicação na realidade brasileira. 
Não é preciso dizer que isto causou alguns problemas, pois, segundo Aguiar 
(1984), a fundamentação do método e das técnicas não era analisada e 
traduzida para a nossa realidade, era tão somente transplantada. Nesta fase, o 
Serviço Social brasileiro ainda estava marcado pelo neotomismo e pela doutrina 
social da Igreja, havendo, portanto, uma junção dos pressupostos neotomistas e 
das técnicas vindas do Serviço Social norte-americano. 
 
Fonte: Fundamentos filosóficos para o Serviço Social – http://docplayer.com.br/731485 
Fundamentos-filosoficos-para-o-servico-social.html 
 
Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
03 – Como prática institucionalizada, o Serviço Social se caracteriza 
pela ação junto a indivíduos com desajustamentos familiares e sociais. 
Tais desajustamentos muitas vezes decorrem de estruturas sociais 
inadequadas (documento de Araxá). De acordo com José Paulo Netto, 
esta formulação é típica da corrente de renovação de Serviço Social 
denominada: 
 
a) Intenção de ruptura 
b) Perspectiva modernizadora; 
c) Reconceitualização; 
d) Fenomenologia social. 
 
Gabarito: B 
Justificativa: 
A perspectiva Modernizadora foi: 
 A primeira expressão do processo de renovação do Serviço Social. Foi uma 
tendência que expressou a tentativa de consolidar o Serviço Social às 
tendências sócio-políticas que a ditadura tornou dominante; 
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Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
 Representante desta tendência : Lucena Dantas 
 Serviço Social: um instrumento profissional de suporte a políticas de 
desenvolvimento; “Desenvolvimento: processo induzido de mudanças para 
erradicar, mediante um gradativo aumento dos níveis de bem-estar social, o 
quadro de causalidades potencialmente conversíveis em vetores de 
alimentação de um caudal revolucionário.” (NETTO: 2009:166) 
 A modernização faria parte desse processo evolutivo que o Brasil teria que 
passar - de subdesenvolvido para desenvolvido. Serviço Social aparece 
colado a essa teoria devido as influências teórico-metodológicas do cenário 
internacional, as influências do período anterior, as influências do governo 
ditatorial que tinham o desenvolvimento como “deus ex-machina” Essa 
tendência será conferida no Encontro de Araxá e Encontro de Teresópolis. 
 
Fonte: Movimento de Reconceituação “Perspectiva Modernizadora” - 
https://estudantesdeservicosocial.files.wordpress.com/2013/03/araxa-e-teresopolis.pdf 
 
Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
04 – O Serviço Social brasileiro, nos anos 70 e 80, permitiu a 
explicitação de distintas vertentes da profissão. Em relação a essas 
vertentes, podemos afirmar que: 
 
a) A vertente modernizadora caracteriza-se pela apropriação de abordagens 
funcionalistas, estruturalistas e sistêmicas, que inspiram um Serviço 
Social orientado para o equilíbrio Social. 
b) A reatualização do conservadorismo apropria-se da Doutrina Social da 
Igreja, que é renovada com a Teologia da Libertação, gerando um Serviço 
Social preocupado com a emancipação humana. 
c) A vertente inspirada no marxismo questiona as desigualdades sociais, 
construindo uma proposta de ação voltada ao fortalecimento dos 
sujeitos sociais, em sua busca por uma sociedade harmônica. 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
d) A perspectiva calcada na fenomenologia de matriz positivista privilegia 
os sujeitos em suas vivências, cabendo ao Serviço Social apoiá-los em 
suas relações com os outros. 
 
Gabarito: B 
 
Justificativa: 
Netto (2005) menciona que o processo de Renovação da profissão aponta três 
perspectivas existentes no bojo da profissão, são elas: A Perspectiva 
Modernizadora, a Reatualização do Conservadorismo e a Intenção de 
Ruptura. 
A perspectiva modernizadora, expressa uma tentativa de consolidar o 
Serviço Social em conformidade aos rumos sócio-políticos oriundos do 
período ditatorial. Esse momento é marcado por encontros organizados pelo 
CBCISS (Centro Brasileiro de Cooperação Técnica), na segunda metade da 
década de 1960, onde deu-se início seminários de teorização, dentre os 
principais: os encontros de Araxá (1967) e Teresópolis (1970). Vale ressaltar que 
as ideias da perspectiva modernizadora, começarama aparecer desde o I 
Seminário Regional Latino-Americano de Serviço Social, realizado em Porto 
Alegre no ano de 1965. 
Os textos finais desses dois encontros – o Documento de Araxá e o Documento 
de Teresópolis - possuem, (...), características e ênfase diferenciadas, mas 
podem perfeitamente ser tomados como a consolidação modelar da tentativa 
de adequar as (auto) representações profissionais do Serviço Social às 
tendências sociopolíticas que a ditadura tornou dominante e que não se 
punham como objeto de questionamento substantivo pelos protagonistas que 
concorreram na sua elaboração. (NETTO, 2005, pg.165). 
Segundo Netto (2005), o documento de Teresópolis retrata o assistente social 
como um “funcionário do desenvolvimento”. Observa-se que ambos 
documentos Araxá e Teresópolis, estavam fortemente ligados aos ditames 
do regime instaurado, no intuito de responder as suas demandas no campo 
sócio-político. Não houve uma busca pela construção de uma nova 
organização societária. Para Netto (2005), o documento de Teresópolis equivale 
à plena adequação do Serviço Social à ambiência própria da “modernização 
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conservadora”conduzida pelo Estado ditatorial em benefício do grande capital 
(...). Nota-se a partir daí, o quanto o Serviço Social foi utilizado como um 
suporte às políticas desenvolvimentistas. 
A perspectiva modernizadora possuía em seu bojo, abordagens de cunho 
funcionalistas, estruturalistas e sistêmicas, objetivando a integração do 
homem à sociedade pretendendo “tratar” a pobreza e da marginalidade. 
De acordo com Netto (2005) foi durante os seminários de Sumaré e do Alto da 
Boa Vista realizado em 1984, que a perspectiva de Reatualização do 
Conservadorismo foi apontada como uma tendência teórico-metodológica no 
campo da profissão. 
A perspectiva de Reatualização do Conservadorismo – considerada por Netto 
(2005): “(...) como uma vertente que recupera os componentes mais 
estratificados da herança histórica e conservadora da profissão, nos domínios 
da (auto)representação e da prática, e os repõe sobre uma base teórico-
metodológica que se reclama nova, repudiando, simultaneamente, os padrões 
mais nitidamente vinculados à tradição positivista e às referencias conectadas 
ao pensamento crítico-dialético, de raiz marxiana” (p.157). 
A Reatualização do Conservadorismo caracteriza-se por uma aproximação 
com a fenomenologia, que para Netto (2005) “(...) faz-se legatária das 
características que conferiram à profissão um traço microscópico da sua 
intervenção e a subordinaram a uma visão de mundo derivada do 
pensamento católico tradicional; mas o faz com um verniz de modernidade 
(...)”. (p. 157). A fenomenologia de acordo com Barroco (2003) se apresenta 
como método de ajuda psicossocial fundado na valorização do diálogo e 
do relacionamento [...] e o marco referencial teórico dessa metodologia é 
constituída por três grandes conceitos: diálogo, pessoa e transformação 
social. 
A terceira perspectiva do processo de Renovação do Serviço Social no 
Brasil é a Intenção de Ruptura, que diferentemente das anteriores, 
apresenta uma crítica profunda ao tradicionalismo da profissão, aos 
suportes teóricos metodológicos e ideológicos que serviram de parâmetros 
para a atuação profissional tradicional. Tal perspectiva apontava a 
necessidade de superação do positivismo e do conservadorismo vinculados 
à profissão. Vale lembrar que a perspectiva de Intenção de Ruptura no 
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Brasil sofreu fortes influências do pensamento latino-americano já 
reconceitualizado no final da década. 
O Movimento de Reconceituação foi caracterizado como um processo de 
questionamento sobre o papel social da profissão em face às expressões da 
questão social, produzindo uma adequação do aparato teórico e procedimentos 
metodológicos tradicionais frente à realidade social latino-americana 
fortalecendo o vínculo da profissão com a classe trabalhadora – considerada 
como nova protagonista na cena político-social. Segundo Reis (2002): A 
chegada entre nós dos princípios e idéias do Movimento de Reconceituação 
deflagrado nos diversos países latino-americanos somada à voga do processo 
de redemocratização da sociedade brasileira formaram o chão histórico para a 
transição para um Serviço Social renovado, através de um processo de ruptura 
teórica, política (inicialmente mais político-ideológica do que teóricofilosófica) 
com os quadrantes do tradicionalismo que imperavam entre nós. É sabido que, 
politicamente, este processo teve seu marco no III CBAS, em 1979, na cidade de 
São Paulo, quando, então, de forma organizada, uma vanguarda profissional 
virou uma página na história do Serviço Social brasileiro ao destituir a mesa de 
abertura composta por nomes oficiais da ditadura, trocando-a por nomes 
advindos do movimento dos trabalhadores. Este congresso ficou conhecido 
como o “Congresso da Virada”. (p. 409). 
Não devemos deixar de atribuir a relevância do Método de B. H (Belo 
Horizonte) no interior da perspectiva da Intenção de Ruptura. Mesmo diante de 
um cenário de ditadura, nos anos de 1972 a 1975, o método foi elaborado na 
Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais procurando 
criticar tanto no campo teórico quanto na prática o Serviço Social tradicional. 
[...]eles elaboraram um crítica teórico-prática ao tradicionalismo profissional e 
propõem [...] em seu lugar uma alternativa global: uma alternativa que procura 
romper com o tradicionalismo no plano teórico-metodológico, no plano da 
concepção e da intervenção profissionais e no plano da formação. (NETTO, 
2005, pg. 263) 
Por muito tempo se utilizou o arcabouço teórico-metodológico da 
Sociologia Norte Americana de cunho empirista/psicologista/interacionista 
e pragmático no sentido de fazer reformas a manter a ordem da sociedade 
burguesa onde se utilizavam de procedimentos técnicos de Caso, Grupo e 
Comunidade a fim de adequar o indivíduo ao sistema, não possuindo assim 
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uma atitude autocrítica com relação à base estrutural do problema que é o 
modo de produção. Todavia foi essa concepção metodológica que laicizou 
o Serviço Social da Doutrina Social da Igreja Católica. 
 
Fonte: Limites e Possibilidades do serviço Social: Um olhar crítico acerca da 
instrumentalidade. www1.ufrb.edu.br/servicosocial/tccs/category/7-tcc20141?download 
=124...dos 
 
Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
05 – A aproximação à fenomenologia no Serviço Social brasileiro teve 
como implicações teórico-metodológicas: 
 
a) Interdição do empirismo, ressaltando como primordial o investimento 
na cognição e adesão aos padrões positivistas. 
b) Afirmação dos valores cristãos e dos objetivos profissionais voltados à 
transformação social. 
c) Recuperação dos valores básicos do Serviço Social, como a 
autodeterminação e centralização nas dinâmicas individuais. 
d) Uso do diálogo, da compreensão e da intuição, tendo como 
elementos centrais do interesse profissional cada sujeito e sua coletividade. 
 
Gabarito: C 
Justificativa: 
Segundo Netto (2009), embora por caminhos diferenciados, os autores 
de inspiração fenomenológica operam um regresso ao tradicional, à 
herança conservadora da profissão pela recuperação de seus valores 
universais e a centralização nas dinâmicas individuais, incluindo o 
princípio da autodeterminação que se vincula a uma perspectiva de 
conscientização. Neste sentido, vale recordar do método da Ação Católica, 
ou seja, o ver, o julgar e o agir e, do neotomismo com o respeito à 
dignidadehumana, o valor absoluto da pessoa, sua liberdade, a promoção 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
ativa do beneficiário e a autodeterminação. Netto (2009, p. 219) traz, que se 
perde com este proceder “[...] exatamente o conjunto de determinações que 
possibilita um desvendamento histórico-concreto da significação do 
“princípio” nas representações e práticas profissionais [...]”. 
 
Fonte: NETTO, José Paulo. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 7. ed. São Paulo: 
Cortez, 2009. 
 
Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
06 – As reflexões de Marilda Iamamoto e José Lucena Dantas 
representam, respectivamente, as perspectivas teóricas que informaram 
as seguintes perspectivas do processo de Renovação do Serviço Social 
brasileiro: 
 
a) Modernização e reatualização do conservadorismo. 
b) Reatualização do conservadorismo e modernização. 
c) Intenção de ruptura e modernização. 
d) Intenção de ruptura e reatualização do conservadorismo. 
 
Gabarito: C 
Justificativa: 
No serviço social esta disjuntiva político-social se refratou no corpo 
profissional na forma de um movimento de renovação ou reconceituação 
profissional que apresentou duas faces: modernização e ruptura. O 
movimento de reconceituação começou no Cone Sul da América latina (no ano 
de 1965 se realizou o Seminário Regional latino americano de Serviço Social em 
Porto alegre) e se espalhou pelo resto do continente ao longo de 
aproximadamente uma década. 
*Esse parágrafo caiu no INSS 2016 – Assistente Social. 
José Paulo Netto se refere à perspectiva modernizadora que constitui a 
primeira expressão do processo de renovação do Serviço Social no Brasil 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
que encontra sua formulação no primeiro Seminário de Teorização do 
Serviço Social que foi promovido pela CBCISS em Araxá e que teve como 
desdobramento um segundo Seminário realizado em Teresópolis. 
Dantas Lucena ofereceu com o trabalho “A teoria metodológica do Serviço 
Social - Uma abordagem sistemática”, uma concepção extremamente 
articulada da metodologia modernizadora, que era o objetivo do seminário. 
José Lucena Dantas foi o único que ateu-se ao tema central que era o 
objetivo do seminário, que apresentou ao debate uma concepção 
extremamente articulada da metodologia do Serviço Social, a mais 
compatibilizado com a perspectiva modernizadora. 
Na modernização temos a vontade de transformação do Serviço Social de 
tecnologia em ciência, adotando para isto o método cientifico. Na ruptura, 
temos a descoberta da ideologia como uma região, ou esfera da sociedade. 
Poder-se dizer que aqui também existia a vontade de fazer do Serviço Social 
uma ciência, sendo para isto necessário que o Serviço Social rompa com as 
ideologias ou que se defina a favor de uma das ideologias. Através da 
ideologia era possível pensar a relação entre o conhecimento e os interesses 
sociais quebrando assim a circularidade e autossuficiência do processo de 
conhecimento do positivismo. Com esta formulação o Serviço Social 
abandonava o lugar de neutralidade que tradicionalmente ocupava, se 
afastando também da proposta modernizadora e positivista já que esta era 
considerada como uma proposta ideológica que visava a mascarar as 
relações sociais entre as classes. 
O Documento de Teresópolis possui características diversas e que se compõe 
dos relatórios dos dois grupos de profissionais, divididos em grupo A e grupo B, 
que tem como temática a “Concepção cientifica da prática do Serviço Social” e 
“Aplicação da metodologia do Serviço Social”, além de discutir o 
Documento de Araxá. Busca a utilização do método cientifico e método 
profissional e a conexão com as ciências sociais. Os relatórios se caracterizaram 
por expor a concepção cientifica da prática do Serviço Social que é assumida 
como uma intervenção. 
Netto aborda ainda que o Documento de Teresópolis possui características 
diversas e que compõe-se os relatos de profissionais, divididos em grupo A e 
grupo B, que tem como temática a “necessidade de um estudo sobre a 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Metodologia do Serviço Social face à realidade brasileira” (CBCISS, 1986: 53), 
além de discutir o Documento de Araxá. 
Já a intenção de ruptura que por sua vez critica o tradicionalismo e seus 
suportes ideológicos e metodológicos visa romper com tradicionalismo para 
que possa estar dando respostas adequadas às demandas do 
desenvolvimento brasileiro, surgindo assim também documentos que 
colocaram em pauta a necessidade de romper com o tradicionalismo, com 
a forma empírica de envolvimento dos profissionais do serviço social. Neste 
sentido na medida em que a sociedade se desenvolve, surgem vários métodos 
para acompanhar a revolução social e assim amenizarem a questão social. 
Dentro da perspectiva renovadora a que mais se ligou a universidade foi à 
intenção de ruptura que pretendia romper substancialmente com o 
tradicionalismo e suas implicações teórico-metodológicas e prático-
profissionais. É apontada como produto de professores. 
A perspectiva da intenção de ruptura deveria construir-se sobre bases 
quase que inteiramente novas; esta era uma decorrência do seu projeto de 
romper substantivamente com o tradicionalismo e suas implicações 
teórico-metodológicas e prático-profissionais. (Netto, 2011:250). Em seu 
livro, enfocou duas das contribuições que se salientam naquele acervo: 
Método Belo Horizonte e a reflexão produzida por Marilda Villela 
Iamamoto. 
O Método BH tem como objetivo meta transformação da sociedade e do 
homem. Projeto megalômano: atribuir à profissão transformar a sociedade e o 
homem. Como meta meio: conscientização, capacitação e organização. E faz 
crítica ao “Serviço Social Tradicional”: 
a) ideopolíticas: critica-se a sua aparente neutralidade que de fato se traduz no 
desempenho de funções voltadas para determinados interesses; 
b) teórico-metodológicas: o Serviço Social Tradicional oferece uma visão 
dicotômica entre a realidade social e os grupos sociais, entre a sociedade e 
os homens, entre o sujeito e o objeto; 
c) Operativo-funcionais: no Serviço Social Tradicional, os elementos 
constitutivos da ação metódica não são explicados claramente. Competem 
apenas eliminar as disfunções, problemas de adaptação, condutas 
desviadas. Não delimita área de atuação, o critério é a localização dos 
indivíduos. 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
A principal crítica ao Método BH é que a inspiração marxista não vai a fontes 
originais, tem contaminação positivista. Combina formalismo e empirismo, 
deforma as efetivas relações entre teoria, método e pratica profissional, 
simplifica as mediações entre sociedade e profissão. 
Fonte: Resumo – Ditadura e Serviço Social - José Paulo Netto. https://www.academia.edu 
/8658959/NETTO_resumo_ditadura?auto=download 
 
Ano: 2016 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: IJF 2016 
 
07. Quanto à importância da tradição marxista no Serviço Social é 
correto afirmar: 
 
a) A recorrência do Serviço Social aos aportes de Marx surge nos anos de 
1960. Tributo ao Movimento de Reconceituação, o primeiro momento de 
uma apropriação que, de certo modo, se colocava em nível de princípios 
e de valores, incorporando os elementos ideopolíticos desta tradição 
derivada de Marx, porém, sem que estes fossem necessariamente 
reconhecidos, incorrendo no que alguns autores denominam de um 
“marxismo sem Marx”. 
b) A primeira aproximaçãose realizou nos anos de 1980, pela militância 
político-partidária, realizada no momento da abertura política e do 
processo de democratização do país e de grande expressão dos 
movimentos sociais que denunciavam todo tipo de repressão, de 
perseguição e de tortura imposta. 
c) O referencial marxiano vem permitindo uma apreensão da crise 
planetária, global e sem precedentes na história, sua contribuição no 
serviço social centra se exclusivamente nas dimensões macroeconômicas. 
d) Com base nos aportes do referencial marxiano pode-se captar as novas e 
as antigas expressões da chamada “questão social”, as alterações nas 
demandas profissionais, nos espaços de intervenção, porém esse 
referencial não tem conseguido na contemporaneidade nortear e 
redefinir as intervenções da profissão. 
 
Gabarito: A 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
Justificativa: 
Então, a discussão dos fundamentos tem no referencial desta ontologia seu 
substrato filosófico e teórico-metodológico. É este referencial que nos 
permite constatar que seus fundamentos encontram-se no processo de 
produção e reprodução material e espiritual realizado pelos próprios 
homens no seu processo de trabalho. Mas a recorrência do Serviço Social 
aos aportes de Marx vem de antes: surge nos anos de 1960. Tributo ao 
movimento de reconceituação o primeiro momento de uma apropriação 
que, de certo modo, se colocava em nível de princípios e valores, 
incorporando os elementos ídeopolíticos desta tradição derivada de Marx, 
porém, sem que estes fossem necessariamente reconhecidos, incorrendo no 
que alguns autores denominam de um “marxismo sem Marx” (QUIROGA, 
1991). Tal aproximação se realiza, em geral, pela militância político-
partidária, realizada sob ditaduras e contou com todo tipo de repressão, 
perseguição, tortura, que impôs a interrupção deste pensamento pelo exílio 
ou autoexílio daqueles que a assumiam. É importante destacar que no Brasil 
o Serviço Social se aproxima do marxismo por via acadêmica, durante a 
ditadura militar de 1964. 
A primeira aproximação do marxismo pelo Serviço Social – A partir da leitura 
marxiana, percebe-se que o Serviço Social, em sua primeira aproximação 
com a perspectiva marxista, tende a incorporar a categoria liberdade 
despida do seu conteúdo ontológico, o que possibilita compreendê-la como 
sinônimo de participação social, cidadania e exercício da democracia. 
Reivindica-se, portanto, uma leitura crítica dos anos de 1960 a 1980, que no 
Serviço Social tem como marco o ano de 1979, no qual aconteceu o 
“congresso da virada” e o início da construção de novas formas de 
intervenção política profissional, sindicatos, movimentos sociais, bem como 
a interlocução com a classe trabalhadora. Tal fato, em particular, ajudou a 
delimitar o período que estaria em foco neste trabalho, pois uma leitura 
atenta desse momento histórico para a profissão evidencia que, após o 
“congresso da virada”, em 1979, processa-se um amplo debate de revisão da 
formação profissional e da intervenção institucional. Cabe aqui um pequeno 
parêntese no sentido de abordar minimamente essa referência e alguns de 
seus desdobramentos. Em 1979 ocorre a primeira publicação do periódico 
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de maior circulação no meio da categoria profissional – a Revista Serviço 
Social e Sociedade. Nesse mesmo período, têm início os encontros e fóruns 
de formação profissional promovidos pela Associação Brasileira do Serviço 
Social (ABESS), hoje Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa do Serviço 
Social (ABEPSS), o que torna evidente que essas publicações e encontros, 
além da divulgação de trabalhos acadêmicos, evidenciavam as inquietações 
que a categoria estava então a viver. Dessa forma, a produção acadêmica 
divulgou nos meios profissionais os debates realizados pela vanguarda 
crítica. A pesquisa delimita sua investigação teórica nas publicações de 
periódicos datados até 1985. Após essa data iniciam-se novas reflexões 
teóricas, decorrentes do primeiro momento de ruptura com o 
tradicionalismo profissional. 
Com o desenvolvimento das forças produtivas do trabalho sob a égide do 
capital, o processo de trabalho passa a ser realizado sob a forma de 
cooperação de muitos trabalhadores e meios de trabalho, verificando-se, ao 
mesmo tempo, um parcelamento das atividades necessárias à realização de 
um produto, sem precedentes em épocas anteriores. 
O grau de desenvolvimento da divisão do trabalho expressa o grau de 
desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho. Com a divisão 
dá-se, ao mesmo tempo, a distribuição quantitativa e qualitativa do trabalho 
e dos produtos, isto é, da propriedade – do poder de dispor do trabalho de 
outro. A divisão do trabalho e a propriedade são expressões idênticas: o que 
a primeira enuncia em relação à atividade do homem, a segunda enuncia em 
relação ao produto dessa atividade. Assim, a cada fase da divisão do 
trabalho corresponde uma forma de propriedade, ou a cada estágio do 
desenvolvimento das forças produtivas corresponde uma forma de 
apropriação do trabalho (MARX e ENGELS, 1977). Na sociedade capitalista e 
na forma de propriedade privada que lhe corresponde, o trabalho humano é 
expressão da atividade humana num contexto de alienação e a divisão do 
trabalho é a expressão econômica do caráter social do trabalho dentro da 
alienação. Portanto, centrando-se numa visão macroeconômica e também 
na microeconômica (grifos nossos). 
d) Na contemporaneidade da profissão, ao fomentar produções 
bibliográficas, o referencial marxiano vem permitindo uma apreensão da 
crise planetária, global e sem precedentes na história, para além de suas 
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dimensões socioeconômicas. Faz-nos perceber que esta crise tem se 
configurado como uma crise do processo civilizatório, daqueles projetos 
societários pelos quais este último século se consolidou, das sociedades 
organizadas por iniciativas de economias planejadas, dos Estados 
intervencionistas, enfim, das alternativas à barbárie social (HOBSBAWM, 
1992; NETTO, 1993; FREDERICO, 1994) , e, ainda: que o fim do socialismo 
real não significa o fim do projeto socialista. A clara interpretação da crise 
nos permite captar as transformações macrossocietárias que se operam nos 
últimos 40 anos e incidem na configuração do mundo do trabalho, 
alterando a funcionalidade do Estado diante da nova dinâmica das relações 
capital-trabalho, incidindo sobre as decisões acerca das estratégias de 
enfrentamento da chamada “questão social”. Frente a estas transformações, 
a busca dos fundamentos constitutivos e constituintes dos processos sociais 
e praticas profissionais, da base material e real e da sua lógica constitutiva, 
fica cada vez mais premente. Como diz Netto, A superioridade 
teóricometodológica de Marx e seus continuadores é incontestável no trato 
de questões fulcrais da ordem burguesa – por exemplo, as crises, o 
subdesenvolvimento, o capitalismo monopolista. Mas ela não me parece 
menos pronunciada no enfoque de fundamentais problemas 
contemporâneos, tais como os novos papéis socioeconômicos do Estado, as 
conexões entre o Estado e as grandes corporações, a revolução científica e 
técnica e suas implicações na organização do trabalho, o „fenômeno urbano, 
as relações da economia mundial no estágio da plena transnacionalização d 
capital, as novas formas de dependência (tecnológica, financeira, etc.) 
(NETTO, 1993, p. 38). Assim, com a permanência dos fundamentos e 
determinações da sociedade burguesa o referencial de Marx mantém a sua 
atualidade, mas também a sua vitalidade. 
 
Fonte: O Serviço Social e a análise crítica de seus fundamentos - Yolanda Guerra -
http://periodicos.ufes.br/EINPS/article/download/9934/6950Fonte: Marxismo e Serviço Social: Um estudo sobre a incorporação da categoria 
“liberdade” pela tendência de ruptura com o tradicionalismo. 
Fonte: O Serviço Social e a análise crítica de seus fundamentos - Yolanda Guerra 2015. 
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&u
act=8&ved=0ahUKEwjt9PGIg9DPAhUFfZAKHcWsC_UQFggjMAE&url=http%3A%2F%2Fpe
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riodicos.ufes.br%2FEINPS%2Farticle%2Fdownload%2F9934%2F6950&usg=AFQjCNE3NU5
22A9hWEIzqZ8_upqDmJ1BA&sig2=_L9Rf_Gf8iUOsRok90XzMw 
 
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de Nível 
Superior - Assistente Social 
 
08 - A abordagem histórica sobre o processo de produção e 
reprodução das relações sociais com fundamento em referencial da 
teoria marxiana ofereceu o percurso metodológico e o arsenal de 
categorias teóricas na análise do significado social da profissão. Frente 
a essa análise: 
 
a) Reafirma-se o caráter endógeno predominante nas interpretações da 
profissão. 
b) Constata-se que a mesma é elaborada como parte do acúmulo crítico 
construído a partir do Serviço Social norteamericano. 
c) Explica-se a ênfase na harmonia social e na perpetuação da ideologia 
dominante. 
d) Incorporam-se habilidades e competências que permitem o 
desenvolvimento de uma prática humanista e libertária. 
e) Afirma-se e fundamenta-se o caráter contraditório do exercício 
profissional, indissociável das relações e interesses de classes e de suas 
relações com o Estado. 
 
Gabarito: E 
Justificativa: 
Cabe assinalar que estes dois ângulos constituem uma unidade contraditória, 
podendo ocorrer um desencontro entre as intenções do profissional, o trabalho 
que realiza e os resultados que produz. É importante também ter presente que 
o “Serviço Social, como instituição componente da organização da sociedade, 
não pode fugir a essa realidade” (IAMAMOTO; CARVALHO, 1995, p. 75). 
Assim, podemos afirmar que o Serviço Social participa tanto do processo de 
reprodução dos interesses de preservação do capital, quanto das respostas às 
necessidades de sobrevivência dos que vivem do trabalho. Não se trata de uma 
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dicotomia, mas do fato de que ele não pode eliminar essa polarização de seu 
trabalho, uma vez que as classes sociais e seus interesses só existem em relação. 
Relação que, como já afirmamos, é essencialmente contraditória e na qual o 
mesmo movimento que permite a reprodução e a continuidade da sociedade 
de classes cria as possibilidades de sua transformação. 
 
Fonte: O significado sócio-histórico da profissão - Maria Carmelita Yazbek 
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
09. Quanto aos fundamentos que atravessam a trajetória do Serviço 
Social, é correto afirmar: 
 
a) Os assistentes sociais especializam-se em responder demandas que 
exigem soluções imediatas de problemas que tencionam e ameaçam o 
ordenamento social; decorre daí a importância da adoção do pragmatismo 
como modo de pensar o real na sua imediaticidade, como forma de 
conceber a relação entre a teoria e a prática. 
b) A atuação do assistente social se dá na sociedade capitalista, cujas 
contradições convertem-se em conflitos individuais; diante disso, tornaram-
se hegemônicas, no cenário neoliberal, as teorias positivistas e suas 
derivações que explicam as situações-limites que ameaçam a reprodução 
social. 
c) Os assistentes sociais, no processo de institucionalização da profissão 
no Brasil, incorporaram inicialmente as principais matrizes teórico-
metodológicas acerca do conhecimento social na sociedade burguesa, a 
teoria inspirada em Marx e o Positivismo. 
d) É na relação com a Igreja Católica que o serviço social brasileiro vai 
fundamentar a formulação de seus primeiros objetivos políticos e sociais, 
orientando-se por um posicionamento de cunho humanista e conservador, 
contrário aos ideários liberal e marxista na busca de recuperação da 
hegemonia do pensamento social da Igreja em face da questão social. 
 
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Gabarito: D 
 
 
 
 
Justificativa: 
 
Para a lógica capitalista, a busca por uma prática desatrelada da análise crítica e 
da apropriação de uma teoria rica de possibilidades de apreensão do 
movimento real e dialético é totalmente relegada e descartada. A intenção é 
manter uma prática funcional aos interesses da classe dominante, 
reforçando o discurso de fragmentação entre teoria e prática. O 
conservadorismo se expressa de forma a sustentar essa lógica, de manter 
instituições e formas de pensar presas ao passado e refuncionalizadas no 
presente. As desigualdades sociais e as latentes contradições do capitalismo 
possuem em sua aparência formas naturalizadas e impossíveis de serem 
modificadas. A práxis é desconsiderada e aos que estão inseridos na lógica 
formal do trabalho cabe serem colaboradores dos interesses capitalistas 
conforme a lógica da reestruturação produtiva que objetiva manter os 
interesses que se manifestem como úteis ao capitalismo. Toda essa lógica é 
difícil de ser apreendida sem um aporte que subsidie uma análise crítica. Ele 
apresenta uma falsa aparência de estar “enraizada” na vida do homem. Assim 
acontece com o pragmatismo. Tratamos pouco sobre seus elementos, mas em 
muito os reproduzimos. Por não o conhecermos em sua densidade e em suas 
propostas não conseguimos captar todos os elementos que estão presentes 
nessa ideologia. Dessa forma, a exposição do pensamento de Lukács permitiu 
apresentar as mediações necessárias para realizarmos o debate sobre a relação 
do Serviço Social como pragmatismo frente a lógica capitalista. Dessa forma, o 
conservadorismo torna-se expressão de uma necessidade do sistema capitalista 
para manter a reprodução de sua lógica e de seus valores. A contraditoriedade 
da profissão expressa em tais interesses é reflexo das contradições da própria 
sociedade capitalista. 
A relação entre pragmatismo, positivismo, sociologia e conservadorismo 
fica clara quando constata-se que a sociologia surge a partir do 
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positivismo no século XIX e passou a reger o conjunto da perspectiva 
sociológica, exigindo do sociólogo uma postura objetiva. 
A experiência, a necessidade de por à prova todas as proposições, a importância 
de verificar a validade das teorias, são todos pressupostos que se apresentam 
como características comuns tanto da sociologia como do pragmatismoA 
análise mais a fundo da realidade pode ser feita e apreendida pelos 
profissionais quando há uma reatualização profissional capaz de permitir uma 
leitura crítica. Entretanto, na intervenção profissional, quando os assistentes 
sociais não conseguem romper com a fenomenalidade, eles não alcançam a 
perspectiva de totalidade, exatamente por trabalharem diretamente com o 
cotidiano que é um espaço propício à reprodução do pragmatismo. 
Netto (2001, p. 98) demonstra que a influência do pragmatismo e do 
empiricismo no Serviço Social nos conferiu marcas na configuração da profissão 
que, de certa forma, ainda se fazem presentes, pois: Com frequência, a crítica ao 
empiricismo e ao pragmatismo do Serviço Social perdeu de vista que suas 
fontes não se esgotam nas influências teóricas exercidas sobre a profissão, mas, 
com evidente profundidade, mergulham raízes neste componente de sua 
prática [pragmatismo], determinado socialmente. 
A ciência pode servir como propagadora e defensora dos interesses da 
classe dominante. Podemos incluir o pragmatismo como expressãode uma 
forma de propagar, uma forma de ser, de pensar e de se expressar da 
sociedade capitalista. Mas, a classe operária através de sua organização e luta 
vai adquirindo consciência de classe para si. É quando a experiência adquire um 
papel central, entendendo experiência, nesse caso, decorrente do processo de 
reflexão. “À medida que socializam as suas experiências comuns, no contexto 
das suas relações de trabalho e de suas experiências da vida cotidiana, os 
operários compreendem, de modo cada vez mais claro, o caráter alienado e 
antagônico da sua condição” (Vázquez, 2007, p. 45). 
A verdade no pragmatismo é uma busca por resultados vantajosos para os 
interesses imediatos. A crítica não está no fato de se propor uma verdade e sim 
na perspectiva desta verdade, ou seja, no resultado final. O marxismo também 
defende a existência de uma verdade, porém propõe a existência de um 
conhecimento verdadeiro quando é possível, através dele, transformar a 
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realidade e quando a teoria representa, de maneira mais próxima possível, 
o movimento da realidade. A verdade é uma reprodução da realidade através 
de um processo reflexivo no qual o homem pensa e reflete sobre a realidade, a 
traduz pelo pensamento de forma a articulá-la com a prática social. “O 
conhecimento é útil na medida em que é verdadeiro, e não é verdadeiro porque 
é útil, como sustenta o pragmatismo” (Vázquez, 2007, p. 242). A diferença do 
conhecimento verdadeiro para o pragmatismo e para o marxismo reside 
no fato de que para o primeiro, o verdadeiro depende da perspectiva 
individual e da subjetividade particular de cada homem, a verdade 
depende da utilidade que ela possui para determinado contexto ou 
situação, a verdade só é válida se ela for útil e aplicada. Para o marxismo o 
conhecimento verdadeiro depende de uma apropriação coletiva, está 
relacionado à possibilidade de transformações da realidade e possui 
articulação com o movimento da totalidade, expressando a realidade pela 
via do pensamento. 
Para Vázquez (2007) há uma interpretação equivocada da unidade entre teoria e 
prática quando se desconsidera que a teoria possui uma relativa autonomia ou 
quando se pensa que a prática pode se transformar em teoria ou que basta o 
fato de se acumular experiências práticas para se desenvolver uma teoria. É 
como se afirmássemos que a partir da prática podemos desvendar sua essência, 
sua verdade; como se a prática se mostrasse por si só. Para o autor, o 
problema da relação entre teoria e prática só pode ser interpretado 
corretamente quando consideramos que a prática se constitui como uma 
atividade objetiva e transformadora da realidade e não como uma 
atividade subjetiva e individual como faz o pragmatismo. A prática por si só 
não consegue mudar a consciência do homem, não consegue transformar a 
realidade. Para que isso ocorra é necessária uma prática consciente, pensada. 
Fonte: Expressões do pragmatismo no Serviço Social: reflexões preliminares.Yolanda 
Aparecida Demetrio Guerra - http://www.scielo.br/pdf/rk/v16nspe/04.pdf 
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
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10. O Movimento de Reconceituação que ocorreu no âmbito do Serviço 
Social latino-americano, a partir da década de 1970, mudou decisivamente 
o rumo da profissão no continente. Nesse sentido, assinale a alternativa 
correta. 
 
a) Expressou o questionamento do referencial funcionalista, contudo 
sem relacionar ao contexto de mudanças econômicas, políticas e 
culturais que denunciavam as novas configurações que caracterizam o 
capitalismo mundial e, particularmente, o estilo excludente e 
subordinado imposto à América latina. 
b) Deslocou o debate da profissão do “metodologismo”, até então 
predominante, para o debate das relações sociais nos marcos do 
capitalismo e com ele passa a dar ampla visibilidade à politica social 
como espaço de luta para a garantia dos direitos sociais. 
c) Amplo movimento de revisão em diferentes níveis: teórico, 
metodológico, operativo e politico; dado o caráter homogêneo, 
impõe aos assistentes sociais a necessidade de um novo projeto 
societário comprometido com a classe trabalhadora. 
d) Tem como preocupação a fundamentação do exercício e dos 
posicionamentos teóricos do Serviço Social; assume claramente uma 
perspectiva de contestação política e de transformação social, fato 
que fez efetivar avanços e uma prática diferente durante os governos 
militares ditatoriais. 
 
Gabarito: B 
Justificativa: 
O movimento de reconceituação do serviço social, ocorrido entre os anos de 
1965 – 1975, expressa uma nova corrente para a profissão, com caráter mais 
heterogêneo – várias vertentes, linhas políticas, teóricas e profissionais. Ele é 
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fruto de condicionantes históricas, com aprovação de setores jovens e 
profissionais de vanguarda do serviço social. 
Esse movimento fez a denúncia e crítica ao serviço social tradicional e seu 
vínculo com o conservadorismo, uma autocrítica à profissão – revisão global; 
questionamento da sociedade e seu nível societário, da direção social da prática 
profissional, de suas raízes sociopolíticas, de seus fundamentos ideológicos e 
teóricos, sintonizando o serviço social com a realidade a fim de atender às 
demandas – crítica o tradicionalismo. É um movimento teórico, metodológico e 
operacional. 
Não foi um movimento homogêneo de ideias e posições, mas incorporou várias 
correntes e tendências. Até mesmo sua aceitação no meio profissional não foi 
homogênea. 
Ele foi mais intenso na América Latina no Brasil, país com um nível mais 
avançado de industrialização e um sistema de governo populista, lutas de 
classes e organizações mais conscientes das mesmas, com ocorrência de 
participação política, onde ele assumiu uma perspectiva crítica de 
contestação política e de proposta de transformação social. Essa posição 
dificilmente poderia ser levada à prática frente à explosão de governos militares 
ditatoriais e pela ausência de suportes teóricos claros. 
No âmbito do movimento, definiram-se e confrontaram-se diversas tendências 
voltadas à fundamentação do exercício e dos posicionamentos teóricos do 
serviço social. Essas tendências resultaram em conjunturas sociais particulares 
nos países do continente e levaram, por exemplo, no Brasil, o movimento, em 
seus primeiros momentos (tempos de ditadura militar e de impossibilidade 
de contestação política), a priorizar um projeto tecnocrático/modernizador, do 
qual os documentos Araxá e Teresópolis são as melhores expressões. 
No Brasil, as influências desse movimento só irão repercutir a partir do fim 
da Ditadura Militar, que minou as bases que proporcionariam a crítica 
progressista no serviço social. O pós 1964 serviu para repensar, rearranjando 
o que era tradicional já que mudanças efetivas não poderiam ser instauradas. 
Esse processo também poderia ser denominado como modernização 
conservadora. Dentro dessa perspectiva, o serviço social apenas revisou seus 
conceitos e conteúdo, resgatando e mantendo seus núcleos teóricos, 
revestindo-os de uma nova roupagem apenas. Algumas vertentes de análise 
que emergiram no bojo do Movimento de Reconceituação: 
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• Vertente modernizadora caracterizada pelas abordagens funcionalistas, 
estruturalistas e positivistas. 
• Vertente inspirada na fenomenologia, que priorizava como metodologia a 
metodologia dialógica, abarcando nessa as concepções de pessoa, o diálogoe 
a transformação social como uma forma de reatualização do conservadorismo 
presente no pensamento inicial da profissão. 
• Vertente marxista que se apropriou do conceito de sociedade e de classes no 
Brasil, aproximação do marxismo. 
 
Fonte: http://unipvirtual.com.br/material/2011/bacharelado/fund_hist_teo 
_met_servsoc/unid_4.pdf 
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
11– Para o Serviço Social, apesar da tentativa de romper com o 
conservadorismo da profissão durante o movimento de Reconceituação, 
essa ruptura só se efetivou nos anos 80. Assinale a alternativa correta 
quanto aos fatores determinantes para tal ruptura. 
 
a) Amadurecimento profissional através do reconhecimento da profissão 
como área de produção de conhecimento, embora, na sua totalidade, 
não tenha abandonado as interpretações e o engajamento com os 
movimentos sociais. 
b) Incorporação de teorias e metodologias compatíveis com a ruptura 
do conservadorismo, a partir da utilização de vertentes críticas 
estruturalistas, com destaque para a produção marxista de Louis 
Althusser. 
c) A maioridade intelectual e profissional dos assistentes sociais, para a 
sua cidadania acadêmica e política, a inserção da categoria 
profissional nas lutas mais amplas pela conquista e aprofundamento 
da democratização e da vida social: do Estado e da sociedade no país, 
no horizonte da política e da economia. 
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d) A gênese e a consolidação do projeto ético–político do Serviço Social, 
amarrando seus compromissos aos das classes trabalhadoras, como 
uma carta de princípios e de compromissos ideopolíticos, para além 
de sua dimensão prática normativa. 
 
Gabarito: C 
Justificativa: 
Sob a influência das críticas operadas no bojo do Movimento de 
Reconceituação Latino Americano e da aproximação com o marxismo, origina-
se uma nova ética profissional com novos rumos e direcionamentos, 
construindo assim uma nova moralidade pautada na participação política e no 
trabalho com movimentos populares. 
Além do engajamento político junto aos movimentos sociais democráticos, 
o Serviço Social começa a estudar e produzir uma literatura crítica, voltada 
à busca de compreensão do significado da profissão, participa do debate e 
das entidades latino-americanas, busca elementos para a superação crítica 
dos equívocos, questiona as teorias tradicionais, denuncia a neutralidade 
profissional e anuncia seu compromisso com as classes trabalhadoras. 
Movendo-se pela intenção de ruptura e acreditando na liberdade, uma parcela 
de profissionais que optou por encontrar novas bases de legitimação para o 
Serviço Social, resiste à ditadura fazendo escolhas pautadas em valores 
emancipatórios num momento de repressão e hegemonia conservadora na 
profissão. (BARROCO, 2008). 
Far-se-á necessidade de ressaltar que segundo Barroco, as circunstâncias nas 
quais ocorreram as primeiras aproximações com o marxismo fragilizam a 
possibilidade de uma aproximação ontológica do pensamento de Marx. Para 
isso, contribui a forte influência de Althusser nos meios acadêmicos, o que se 
explica no contexto da ditadura, em que ocorre uma adequação entre o 
discurso científico-neopositivista e os limites dados pela censura e pelo 
esvaziamento político da universidade. (NETTO, 1991 apud BARROCO, 2008, 
p.152-153). 
Para BARROCO (2007) o ideário oriundo de Althusser apresenta 
perspectiva estruturalista e tendência positivista, despojada do humanismo 
e da ideologia, que poderia mais ser qualificado como um anti-humanismo 
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marxista. Foi uma contribuição permeada pelo ecletismo teórico, uma 
Ideologização em detrimento teórico-metodológico e tomada simplificada 
do referencial marxista. 
Não há dúvidas de que o projeto ético-político do Serviço Social brasileiro 
está vinculado a um projeto de transformação da sociedade. 
Esta vinculação se dá pela própria exigência que a dimensão política da 
intervenção profissional8 impõe. Ao atuarmos no movimento contraditório das 
classes, acabamos por imprimir uma direção social às nossas ações profissionais 
que favorecem a um ou a outro projeto societário. 
Nas diversas e variadas ações que efetuamos como plantões de atendimento, 
salas de espera, processos de supervisão e/ou planejamento de serviços sociais, 
das ações mais simples às intervenções mais complexas do cotidiano 
profissional, nelas mesmas, embutimos determinada direção social entrelaçada 
por uma valoração ética específica. 
As demandas (de classes, mescladas por várias outras mediações presentes nas 
relações sociais) que se apresentam a nós, encobrem seus reais determinantes e 
as necessidades sociais que portam. Tendo consciência ou não, interpretando 
ou não as demandas de classes e suas necessidades sociais que chegam até nós 
em nosso cotidiano profissional, dirigimos nossas ações favorecendo interesses 
sociais distintos e contraditórios. 
Nosso projeto ético-político é bem claro e explícito quanto aos seus 
compromissos. Ele “tem em seu núcleo o reconhecimento da liberdade como 
valor ético central – a liberdade concebida historicamente, como possibilidade 
de escolher entre alternativas concretas; daí um compromisso com a 
autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais. 
Consequentemente, o projeto profissional vincula-se a um projeto societário 
que propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou 
exploração de classe, etnia e gênero”. (Netto, 1999: 104-5; grifos originais). 
Já a gênese do Serviço Social , segundo Netto, está vinculada à emergência da 
“questão social”, esta conceituada como o conjunto de problemas políticos, 
sociais e econômicos que reclamados pela classe operária no curso da 
consolidação do capitalismo; portanto a “questão social” está atrelada aos 
conflitos da relação capital/trabalho (Netto, 1992, p.13). Segundo o autor, sem 
esse entendimento histórico-social contextualizado, a gênese do Serviço Social, 
enquanto profissão pode ser falsamente identificada como resultado do status 
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“sócio-ocupacional das condutas filantrópicas e assistencialistas que 
convencionalmente se consideram as suas protoformas” (Netto, 1992, p.14) 
Entretanto Netto ressalta que a gênese do Serviço Social não se esgota apenas 
com a emergência da “questão social” se tomada abstratamente, mas 
especificamente ao momento histórico do capitalismo: a idade do monopólio, 
“as conexões genéticas do Serviço Social profissional não se entretecem com a 
„questão social‟, mas com suas peculiaridades no âmbito da sociedade burguesa 
fundada na organização monopólica” (Netto, 1992, p.14). 
 
Fonte: Teoria Social e o projetoético-político do Serviço Social. 
http://www.uff.br/iacr/ArtigosPDF/14T.pdf. Notas sobre o Projeto ético-político do 
Serviço Social- Marcelo Braz Moraes dos Reis - http://www.funorte.com.br/files/servico-
social/29.pdf. O Serviço Social na sociedade capitalista. http://www.ebah.com.br/content 
/ABAAAAoUwAG/servico-social-na-sociedade-capitalista. 
 
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de Nível 
Superior - Assistente Social 
 
12 - No atual contexto, as profissões, como o conjunto da 
sociabilidade capitalista, foram invadidas pelos avanços do ideário 
conservador e de sua atualização no neoconservadorismo. Não é 
diferente com o Serviço Social, pois a profissão reflete as contradições 
sociais, suas tendências e a luta pela hegemonia entre ideias e projetos 
profissionais e societários. Nesse sentido, considere: 
 
I. O conservadorismo,em sua função ideológica, reproduz um modo de ser 
fundado em valores historicamente preservados pela tradição e pelos 
costumes, vinculados à classe trabalhadora. 
II. A moral, no ideário conservador, desempenha uma função de destaque, 
sendo concebida como base fundante da sociabilidade e da política. 
III. O neoconservadorismo apresenta-se como forma dominante de apologia 
conservadora da ordem capitalista, combatendo o Estado social e os direitos 
sociais. 
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IV. As críticas neoconservadoristas têm sua força de razão, pois remetem a 
violência urbana, a segregação, a desestabilização da ordem social, em 
termos morais. 
Está correto o que consta APENAS em 
 
 
a) I, III e IV. 
b) II, III e IV. 
c) II e III. 
d) I e II. 
 
Gabarito: D 
Justificativa: 
Para enfrentar ideologicamente as tensões sociais decorrentes da ofensiva 
neoliberal, no contexto da crise mundial do capitalismo dos anos 1970, o 
conservadorismo se reatualizou, incorporando princípios econômicos do 
neoliberalismo, sem abrir mão do seu ideário e do seu modo específico de 
compreender a realidade. O neoconservadorismo apresenta-se, então, como 
forma dominante de apologia conservadora da ordem capitalista, combatendo 
o Estado social e os direitos sociais, almejando uma sociedade sem restrições ao 
mercado, reservando ao Estado a função coercitiva de reprimir violentamente 
todas as formas de contestação à ordem social e aos costumes tradicionais. 
Fonte: Não passarão! Ofensiva neoconservadora e Serviço Social - Maria Lúcia S. Barroco 
 
Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
13 – O contexto mundial está fortemente assentado no modelo 
poítico-econômico liberal. O neoliberalismo tem como uma de suas 
premissas básicas: 
 
a) A valorização do trabalho como instância de troca 
b) O Estado como alavanca do desenvolvimento socioeconômico 
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c) A construção e grandes fundos públicos sociais 
d) A centralidade do mercado para o avanço econômico 
 
Gabarito: D 
 
 
Justificativa: 
 
No balanço que realizou sobre a evolução do neoliberalismo, Anderson (1996, 
p.9) indica que este ideário nasceu logo depois da II Guerra Mundial, na região 
da Europa e da América do Norte onde imperava o capitalismo, “[...] como uma 
reação teórica e política veemente contra o Estado intervencionista e de bem-
estar”. 
Considerando essa intervenção como a principal crise do sistema capitalista de 
produção, os neoliberais passaram a atacar qualquer limitação dos mecanismos 
de mercado por parte do Estado, denunciando tal limitação como uma ameaça 
letal à liberdade econômica e política. É nesse sentido que os neoliberais vão 
retomar a tese clássica de que o mercado é a única instituição capaz de 
coordenar racionalmente quaisquer problemas sociais, sejam eles de 
natureza puramente econômica ou política. 
Daí a preocupação básica da teoria neoliberal em mostrar o mercado como 
um mecanismo insuperável para estruturar e coordenar as decisões de 
produção e investimentos sociais (TEIXEIRA, 1996, p. 42). Entretanto, como 
nesse período o capitalismo avançado estava entrando numa longa fase de 
auge sem precedentes, apresentando o crescimento mais rápido da história 
durante as décadas de 1950 e 1960 (sua idade de ouro), as ideias neoliberais 
não encontraram contexto favorável para serem colocadas em prática e 
permaneceram em teoria por praticamente duas décadas. Já o Estado de Bem-
Estar Social, contando com as condições econômicas e políticas propícias, pôde 
se desenvolver em alguns países da Europa e nos Estados Unidos. 
 
Fonte: Ideário neoliberal e reformas educativas na América Latina: A centralidade da 
avaliação educacional –Somente a 1ª parte sobre o Neoliberalismo. http://faef.revista 
.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/AR0W0RgmeTtOL8y_2013-6-28-12-4-23.pdf 
 
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Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
 
14 – No plano internacional, a emergência de novas modalidades de 
articulação entre o estatal e o privado tem como pano de fundo a crise 
do Estado contemporâneo, que faz ressurgir o ideário liberal e a 
restauração do mercado como instância de mediação societária. Nessas 
circunstancias, que modelo de Estado foi colocado em xeque? 
 
a) Neoliberal. 
b) Democrata. 
c) Social-Democrata. 
d) Socialista. 
 
Gabarito: C 
 
Justificativa: 
No plano internacional, o neoliberalismo, o desmonte do Estado social e a crise 
iniciada em 2008 tem acarretado a ascensão da extrema direita nos países mais 
fortemente afetados pela crise. Esse panorama corrobora a análise de Octavio 
Ianni em Capitalismo, Violência e Terrorismo de que o neoliberalismo recria as 
condições e os ingredientes do nazi-fascismo. Para ele, o predomínio 
exacerbado da lógica do capital conduz, sob vários aspectos, a uma crescente 
administração das atividades e ideias de indivíduos e coletividades. Malgrado os 
discursos sobre democracia, o crescente predomínio das corporações 
transnacionais, a desmobilização da força de trabalho e a racionalidade 
instrumental se impõem como organizadoras das regras do jogo, restando ao 
conjunto da sociedade a integração ou marginalização compulsórias ao modelo 
econômico que se impõe como fim da história. Ianni observa que a luta 
desbragada do neoliberalismo contra a social-democracia favorece a fabricação 
e a generalização de ideologias, organizações e práticas nazi-fascistas. 
 
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Fonte: Da social-democracia ao neoliberalismo - Bertone Sousa https://bertonesousa. 
wordpress.com/2013/01/26/da-social-democracia-ao-neoliberalismo/ 
Ano: 2012 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
15 – O Estado sobre o neoliberalismo, diferencia- se e contrapõe-se ao 
Estado sob o keynesianismo. Este último se caracteriza por: 
 
a) Ênfase na distribuição equânime de programas e serviços sociais, orientado 
pela emancipação humana e social. 
b) Políticas públicas orientadas pelo mercado e acesso aos bens e serviços 
sociais com garantia de mínimos de sobrevivência. 
c) Desenvolvimento econômico e social regulado pelo Estado com limites 
impostos ao mercado e politicas voltadas ao pleno emprego e expansão dos 
direitos sociais. 
d) Liberdade para o mercado atuar na oferta de bens e serviços sociais, com 
vistas à construção do bem comum. 
 
Gabarito: C 
 
Justificativa: 
Para Keynes, diante do animal spirit dos empresários, com sua visão de 
curtíssimo prazo, o Estado tem legitimidade para intervir por meio de um 
conjunto de medidas econômicas e sociais, tendo em vista gerar demanda 
efetiva, ou seja, disponibilizar meios de pagamento e dar garantias ao 
investimento, inclusive contraindo déficit público, tendo em vista controlar as 
flutuações da economia. Segundo Keynes, cabe ao Estado o papel de 
restabelecer o equilíbrio econômico, por meio de uma política fiscal, creditícia e 
de gastos, realizando investimentos ou inversões reais que atuem, nos períodos 
de depressão como estímulo à economia. 
Dessa política resultaria um déficit sistemático no orçamento. Nas fases de 
prosperidade, ao contrário, o Estado deve manter uma política tributária alta, 
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Coleção Provas Comentadas – Prefeiturasformando um superávit, que deve ser utilizado para o pagamento das dívidas 
públicas e para a formação de um fundo de reserva a ser investido nos períodos 
de depressão (Sandroni, 1992: 85). Nessa intervenção global, cabe também o 
incremento das políticas sociais. Aí estão os pilares teóricos do desenvolvimento 
do capitalismo pós-segunda guerra mundial. Ao Keynesianismo agregou-se o 
pacto fordista – da produção em massa para o consumo de massa e dos 
acordos coletivos com os trabalhadores do setro monopolista em torno dos 
ganhos de produtividade do trabalho. 
Contudo, os “Anos de Ouro” do capitalismo “regulado” começam a se exaurir 
no final dos 60 (Hobsbawm, 1995). As taxas de crescimento, a capacidade do 
Estado de exercer suas funções mediadoras civilizadoras cada vez mais amplas, 
a absorção das novas gerações no mercado de trabalho, restrito já naquele 
momento pelas tecnologias poupadoras de mão de obra, não são as mesmas, 
contrariando expectativas de pleno emprego, base fundamental daquela 
experiência. As dívidas públicas e privadas crescem perigosamente... A explosão 
da juventude em 1968, em todo o mundo, e a primeira grande recessão - 
catalisada pela alta dos preços do petróleo em 1973/74 - foram os sinais 
contundentes de que o sonho do pleno emprego e da cidadania relacionada à 
proteção social havia terminado no capitalismo central e estava comprometido 
na periferia do capital onde não se realizou efetivamente. As elites político-
econômicas, então, começaram a questionar e responsabilizar pela crise a 
atuação agigantada do Estado mediador civilizador, especialmente naqueles 
setores que não revertiam diretamente em favor de seus interesses. E aí se 
incluíam as políticas sociais. 
 
Fonte: Fundamentos de Política Social - Elaine Rossetti Behring http://www.sbfa.org.br/ 
fnepas/pdf/servico_social_saude/texto1-1.pdf 
 
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
 
 
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16 – Quanto à crise no capitalismo, é correto afirmar: 
 
a) São fenômenos eventuais, processos imanentes que se manifestam 
ciclicamente em função da tendência de queda da taxa de lucros, provocada 
pela concorrência intercapitalista, aumento da produtividade do trabalho e de 
capital, em contextos de baixos salários e desemprego crescente. 
b) A crise que se inicia nos anos de 1970, indicando os primeiros sinais de 
esgotamento da fase expansiva do desenvolvimento capitalista no pós-Segunda 
Guerra Mundial, é responsável direta pelas transformações do Estado e 
reconfiguração das políticas sociais nas décadas seguintes. 
c) Trata-se de uma crise estrutural, expansionista, destrutiva, porém fica 
isento de consequências sérias a força de trabalho e o meio ambiente. 
d) São sempre crises conjunturais, só resolvidas pela intervenção ativa dos 
estados nacionais e o papel do fundo público como financiador da acumulação. 
 
Gabarito: B 
Justificativa: 
A crise que se inicia nos anos de 1970 indicando os primeiros sinais de 
esgotamento da fase expansiva do desenvolvimento capitalista no pós-Segunda 
Guerra Mundial, é responsável direta pelas transformações do Estado e 
reconfiguração das políticas sociais nas décadas seguintes. São dinâmicas que 
envolvem a questão social e, portanto, remetem às contradições geradas pelas 
relações entre as classes sociais, em um complexo de novas determinações que 
vão ensejar repostas do Estado e do capital à crise de acumulação. 
Este movimento evidencia que as crises no capitalismo não são fenômenos 
eventuais, mas processos imanentes que se manifestam ciclicamente em 
função da tendência de queda da taxa de lucros provocada pela 
concorrência intercapitalista, aumento da produtividade do trabalho e 
sobre acumulação de capital, em contextos de baixos salários e 
desemprego crescente. 
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Para Mészáros (2009) e outros analistas, esta é uma crise estrutural, 
expansionista, destrutiva e, no limite, incontrolável. E quanto mais 
aumentam a competitividade e concorrência intercapitais, mais nefastas 
são suas consequências, das quais se destacam: a destruição e/ou 
precarização da força humana que trabalha e a degradação crescente do 
meio ambiente, na relação metabólica entre homem, tecnologia e natureza, 
subordinadas aos parâmetros do capital e do sistema produtor de mercadorias. 
Cabe salientar que esse processo de reorganização do capitalismo, para 
fazer frente a mais uma de suas crises estruturais, só se viabiliza pela 
intervenção ativa dos Estados nacionais e o papel do fundo público como 
financiador da acumulação. Simultânea e dialeticamente, as políticas sociais 
representam a face de luta dos movimentos sociais e a dimensão de conquista 
da classe trabalhadora decorrente das pressões e mobilizações em busca de 
respostas a necessidades sociais de reprodução social, ainda que 
invariavelmente de modo insuficiente e limitado. 
Nesses termos, é preciso romper com qualquer linearidade na análise das 
políticas sociais e dos espaços ocupacionais nos quais se inserem os assistentes 
sociais e demais trabalhadores sociais, considerando as formas de 
enfrentamento do capital às suas crises de acumulação, que aprofundam e 
agravam as expressões da questão social, mas também desencadeiam respostas 
da sociedade e da classe trabalhadora em seu movimento de resistência e 
defesa de direitos conquistados historicamente. 
Nesse cenário, o trabalho do assistente social sofre profundas inflexões 
de- correntes das novas configurações do mercado de trabalho que incidem 
também nos espaços em que os assistentes sociais se inserem como 
trabalhadores assalaria- dos, que não escapam das determinações estruturais 
que movem os processos de intensificação e precarização do trabalho, no 
contexto da crise mundial. 
 
Fonte: Proteção social e trabalho do assistente social: tendências e disputas na conjuntura 
de crise mundial - Raquel Raichelis http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n116/03.pdf 
 
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n116/03.pdf
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17 – Segundo Raichelis (2013), na contemporaneidade estruturou-se um 
novo modelo de regulação estatal, que busca consolidar uma nova 
racionalidade redistributiva, fundada no compromisso dos cidadãos de se 
subordinarem a medidas de “ativação” para a inserção e integração no 
mercado de trabalho, como contrapartida à proteção social. Assinale a 
alternativa correta quanto a esse novo sistema de proteção social. 
 
a) Welfare state periférico. 
b) Workfare. 
c) Estado moralizador. 
d) Estado civilizador ativo. 
 
Gabarito: B 
 
Justificativa: 
Reconhecendo, portanto, as multidimensionalidades da crise atual, as reformas 
neoliberais em curso e a disputa de projetos entre as diferentes coalizões de 
atores e organizações, o que se observa é que a maioria dos países está se 
movendo na direção da social liberalização do sistema de proteção social: 
workfare na França, modelo anglo-saxão na Alemanha, dualização do bem-
estar e da proteção social nos países mediterrâneos, aumento da desigualdade 
de renda nos países nórdicos, reformas liberais em curso na Grã-Bretanha etc. 
Essa nova geração de políticas sociais expressa as transformações do -
Welfare no contexto de crise e reconfiguração deste modo de regulação 
social-democrata que sustentou os Estados de Bem-estar Social nos "trinta 
anos de ouro" do capitalismo; e, ao mesmo tempo, indicaa transição para 
um novo modelo de regulação estatal - o workfare - núcleo estruturante 
do novo padrão de políticas sociais, que busca consolidar nova 
racionalidade redistributiva, fundada no compromisso obrigatório dos 
cidadãos de se subordinarem a medidas de "ativação" (políticas ativas de 
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emprego) para a inserção e a integração no mercado de trabalho, como 
contrapartida do acesso à "proteção social". 
 
Fonte: Proteção social e trabalho do assistente social: tendências e disputas na conjuntura 
de crise mundial - Raquel Raichelis – http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid 
=S0101-66282013000400003 
 
Ano: 2014 | Banca: IMPARH Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Provas: Seleção 
Pública para a contratação por tempo determinado de profissionais da área da 
Saúde. 
 
18 – Assinale a alternativa correta sobre o que corresponde ao 
chamamento para um novo tipo de Estado de Bem-Estar nos anos 80, 
que buscava trafegar entre a austeridade dos grandes governos, 
grandes negócios, grandes labores. Como cura para todos os males 
econômicos e sociais, propuseram arranjos econômicos e políticos mais 
descentralizados, flexíveis e resilientes, baseados na governança, em rede, 
políticas ativas de mercado de trabalho e investimento social estatal. 
 
a) Welfare state nacional. 
b) Terceira Via. 
c) Bem-Estar keynesiano. 
d) Corporatismo tripartite. 
 
Gabarito: B 
 
Justificativa: 
Um novo tipo de Estado de Bem-Estar articulou-se de forma coesa aos 
argumentos em prol de uma “Terceira Via”. Esta buscava trafegar entre a 
austeridade dos grandes governos, grandes negócios, grandes labores - e 
seus impactos alegadamente adversos ao desempenho econômico e ao 
bem-estar social - e um compromisso neoliberal dogmático, com o livre 
mercado, como a cura para todos os males econômicos e sociais. Os 
estrategistas da Terceira Via propuseram arranjos econômicos e políticos 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid%20=S0101-66282013000400003
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid%20=S0101-66282013000400003
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mais descentralizados, flexíveis e resilientes, baseados na governança em 
rede, políticas ativas de mercado de trabalho e investimento social estatal 
(classicamente, Giddens, 1998). 
Isso foi mais significativo durante as crises nos regimes social democráticos e 
constituiu uma busca por uma via média entre as primeiras formas de 
democracia social (planos nacionais, corporatismo tripartite, Bem-Estar 
keynesiano), que, segundo seus estrategistas, não possuía possibilidade de 
retorno; e (2) a emergente estratégia econômica, política e social de uma nova 
classe capitalista ressurgente, especialmente na sua atual forma hegemônica 
neoliberal. A busca por essa “Terceira Via” foi contestada e experimental; ela 
ocorreu em contextos nacionais específicos, em políticas transnacionais amplas 
e no campo intelectual. Em linhas gerais, ela pode ser vista (especialmente no 
momento de sua decolagem política) como forma de apoio a medidas 
compensatórias às crescentes limitações causadas pelo desmantelamento do 
Estado Nacional de Bem-Estar Keynesiano e pelo retorno do laissez-faire e do 
livre mercado – principalmente nos Estados Unidos (no governo do Presidente 
Bill Clinton) e no Reino Unido (no governo do Primeiro Ministro Tony Blair) –; e, 
como tal, serviu de impulso à reestruturação neoliberal. 
Mais recentemente, em 2011, logo após a instituição da Terceira Via como 
apoio aos mecanismos neoliberais, Ángel Gurría, Secretário Geral da OCDE 
(Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico), elaborou um 
documento-base intitulado Economic Crisisand Beyond: Social Policies for the 
Recovery (Crise Econômica e Futuro: Políticas Sociais para Recuperação, em 
tradução livre), no qual declara que “será necessário um processo fiscal 
profundo e prolongado para estabilizar e posteriormente reduzir os níveis de 
déficit para o nível de pré-crise. Em muitos países, os sistemas de pensão 
estavam insustentáveis e tinham que ser revistos. Em algumas economias 
europeias a questão da dívida soberana também precisava ser abordada”. E o 
documento continuava, afirmando que “precisamos combater o alto nível de 
desemprego. Medidas mais afetivas de ativação podem ajudar em muitos 
países; os sistemas de bem-estar social redefinidos precisam se tornar mais 
próximos dos empregos; e deve existir mais oferta de treinamento para 
aumentar as habilidades para o mercado de trabalho. Esses investimentos 
também são fundamentais para espelhar as preocupações com a 
competitividade” (Gurría, 2011) 
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Fonte: Política Social, Estado e “Sociedade -BobJessop –http://periodicos.unb.br/index. 
php/SER_Social/article/viewFile/9515/7592 
 
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova: Técnico de 
Nível Superior - Assistente Social 
 
19 - Considerando o ideário neoliberal e sua relação com as políticas 
sociais públicas, e consequentemente, para o trabalho do assistente, 
considere: 
 
I. O pensamento neoliberal pressupõe desconsiderar as potencialidades dos 
indivíduos e famílias, e portanto, a autossatisfazerem suas necessidades 
sociais. 
II. A ética da autoproteção social exprime a recusa neoliberal de assistir aos 
pobres, pressupondo ortodoxias ideológicas e moralistas, em torno de uma 
ética de auto-responsabilização. 
III. A focalização da política social na pobreza extrema, transforma essa 
política, para os neoliberais, em instrumento de ativação para o trabalho, 
impondo condicionalidades ou contrapartidas que, na maioria das vezes, 
revelam-se autoritárias e punitivas. 
 
Está correto o que consta em 
 
a) I e II, apenas. 
b) I e III, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
Gabarito: C 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2016-prefeitura-de-teresina-pi-tecnico-de-nivel-superior-assistente-social
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2016-prefeitura-de-teresina-pi-tecnico-de-nivel-superior-assistente-social
Coleção Provas Comentadas – Prefeituras 
 
 
 
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Justificativa: 
O pensamento neoliberal pressupõe desconsiderar as potencialidades dos 
indivíduos e famílias, e portanto, NÃO autossatisfazerem suas necessidades 
sociais e SIM as PARTICULARES. 
Essa livre negociação só é possível no mercado, pois, este é o único lugar onde 
os homens se encontram pra satisfazerem suas necessidades particulares e se 
desenvolverem enquanto indivíduos sociais. O mercado é, portanto a zona de 
efetivação dos ideais proclamados pelo capitalismo. Desta forma, o capitalismo 
é a sociedade dos produtores de mercadorias, única maneira de, no capitalismo, 
as necessidades humanas serem supridas 
 
Fonte: NEOLIBERALISMO: política econômica como saída à crise - Elaine Cristina dos 
Santos 
Lima.http://www.joinp.ufma.br/jornadas/joinppIV/eixos/1_Mundializacao/neoliberalismo
-politica-economica-como-saida-a-crise.pdf 
 
Ano: 2015 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Carnaubal– CE Prova: Técnico 
de Nível Superior - Assistente Social 
 
20 - No que compete à Lei Orgânica da Assistência Social em seu Art.4º, 
à assistência social rege-se pelos seguintes princípios, EXCETO: 
 
a) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de 
qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e 
rurais. 
b) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito aos 
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e 
comunitária, vedando-se

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