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Larissa B. Pereira. Eng. Florestal – UFRRJ NITROGÊNIO INTRODUÇÃO: Não se tem um processo de fotossíntese para o nitrogênio gasoso presente na atmosfera, ou seja, não existe nenhum processo que as plantas e os seres humanos façam para fixar diretamente esse nitrogênio gasoso (como o carbono). O nitrogênio é assimilado pelas plantas via radicular. • O nitrogênio é um nutriente altamente indispensável para o crescimento e desenvolvimento das plantas. • Os cultivos tem uma necessidade em média de nitrogênio de 50 a 200Kg/há. O destino funcional do nitrogênio nas plantas é a formação de proteínas. Portanto as plantas precisam de nitrogênio para a síntese da unidade estrutural das proteínas. (peptídeos – aminoácidos) PROLINA É um aminoácido que tem função osmorreguladora, ou seja, regula a entrada e saída de água da célula. Quando as plantas estão em um ambiente salino ou secos, por exemplo, a planta sintetiza grandes quantidades de prolina para regular a saída e a entrada de água. ASSIMILAÇÃO: entrada desse nitrogênio na forma inorgânica e vai incorporar nas micromoléculas que a planta usa normalmente. Essas proteínas já formadas fazem parte também da membrana das células, como por exemplo as enzimas, tem função catalizadora de reações bioquímicas dentro do organismo vivo. Também ajuda a sintetizar os ácidos nucleicos (RNA e DNA). Os ácidos nucleicos são compostos por bases nitrogenadas. Essas bases tem elevadas quantidades de nitrogênio; ORIGEM DO NITROGÊNIO NO SOLO O nitrogênio elementar possui ligação tripla, essa ligação é extremamente estável, portanto, não é fácil romper essa ligação, é preciso uma energia muito grande pra quebrar essa ligação. 1. origem de nitrogênio no solo é através das chuvas, um processo natural onde o N chega no solo na forma de NH4+ e NO3-. Quando chove na maioria das vezes pode relampear (forma-se então grandes massas gasosas com diferentes cargas, acontece repulsões dessas cargas e isso cria diferentes pressões e acontece as descargas elétricas). Esses relâmpagos possuem energia suficiente para romper as ligações do N2, e onde havia três ligações agora haverá apenas uma. Essa molécula com uma ligação não é estável, logo ela é capaz de fazer ligação com oxigênio formando o monóxido de nitrogênio (NO3-.) que é solúvel em água, chegando então ao solo. Entretanto esse nitrogênio que chega no solo não é suficiente para uma colheita. 2. Origem do nitrogênio no solo é a incorporação de resíduos vegetais e animais no solo. A quantidade de nitrogênio que chega no solo varia muito de um resíduo para o outro. Essa incorporação pode ser de forma natural, como a serapilheira, ou artificial por vias humanos. A quantidade de nitrogênio depende da quantidade de nitrogênio existente na composição do resíduo 3. Origem do Nitrogênio no solo através da fixação biológica de nitrogênio (FBN) no solo é através da fixação biológica. Esse microrganismo são as bactérias fixadoras de nitrogênio, conhecida como diazotróficas. Elas possuem no seu metabolismo enzimas nitrogenase, que é capaz de pegar esse nitrogênio gasoso e transformar ele para amônia, que são as formas que as plantas absorvem. Reação que acontece na presença da enzima nitrogenase: É uma reação que gasta muita energia, ou seja, é um processo altamente custoso para a bactéria. Portanto, a bactéria diazotrófica só vai realizar essa a fixação biológica do nitrogênio apenas quando há baixa quantidade de nitrogênio no solo. Se não há baixa concentração de N, essa bactéria não precisa fazer a fixação biológica. Nos solos tropicas como há uma deficiência de nitrogênio, na maioria das vezes essas bactérias terão sinalizada essa deficiência de N e, portanto, os processos de fixação e síntese dessa nitrogenase quase sempre estão ativadas. Para compensar esse grande gasto de energia a bactéria pega restos de cadeias carbonadas que a planta produz através do processo de fotossíntese. A planta fornece esses fotossintatos e usam como fonte de energia de ATP e para a sua reprodução. Com isso teremos dois tipos de fixação biológica. • Fixação não simbiótica: é feita por bactérias de vida livre no solo, ou seja, bactérias que não precisam Larissa B. Pereira. Eng. Florestal – UFRRJ estabelecer nenhum tipo de interação com as plantas. Quando essas bactérias fixam o nitrogênio são capazes de fornecer para o solo até 20kg N/há por ano • Fixação simbiótica: as bactérias fazem associações simbióticas com as plantas. Existem vários tipos de simbioses: Rhiuzobium – leguminosas: A bactéria fornece para a planta nitrogênio na forma catiônica NH4+, que é a forma preferida das plantas., porque é injetada diretamente no xilema das plantas. E em troca a planta fornece fotossintato A bactéria faz contato físico direto com as raízes das plantas, a planta capsula bactéria e começa a formar o rizobio, até formar nódulos. Eles produzem 200 kg/há por ano, ou seja, eles fornecem a quantidade necessária de N para as plantas e culturas. Azospirillum – gramíneas: essa bactéria vive na rizosfera, e a planta absorve parte desse N que é fixado, porque como a bactéria não injeta N diretamente no xilema da planta, parte desse N se perde e se torna menos eficiente; Glucanobatcer – cana: a bactéria vive no interior da planta; Anabaena – azolla: bactéria que vive na superfície da folha da azola (planta aquática). 4. fertilizantes: eles podem ser inorgânicos e orgânicos, sendo a sua maioria sintéticos ou químicos. • Orgânicos (esterco, composto, adubo verde): a mineralização do N depende do clima e da relação C:N do material. • Químicos: sulfato de amônio, ureia. A ureia sofre hidrolise no solo, sendo decomposta pela enzima uréase A quantidade de nitrogênio que esses fertilizantes fornecem para o solo é metade do que as plantas e cultivos precisam. As formas químicas de N que as plantas assimilam é NH4+(catiônica) e NO3-(aniônica). A forma catiônica pode ser absorvida nos coloides, principalmente argilas 2:1 (carga negativa permanente) não sendo lixiviado. A forma aniônica é mais perdida no solo, ele é altamente lixiviado porque ela não tem interação com as cargas negativas dos coloides. Sendo assim, a planta prefere absorver a forma catiônica porque uma fez dentro da planta ela não precisa sofrer mais processos para ser absorvidas. Já o nitrato ele precisa sofrer vários processos antes de ser absorvido pela planta., logo a planta prefere armazenar o nitrato no vacúolo pra quando precisar utilizar. Porém altos teores de NH4+ são tóxicos para as plantas. Para manter o equilíbrio de cargas no interior da célula, plantas absorvendo NH4+ ela “transpira” H+ para a rizosfera e acidificam a mesma, e plantas absorvendo NO3-. Elas “transpiram” OH- e alcalinizam a rizosfera. A planta vai regulando o pH na rizosfera em função da absorção desse nitrogênio. TRANSFORMAÇÔES DE N NO SOLO 1. MINERALIZAÇÃO: Processo enzimático de transformação do N orgânico para o N inorgânico (NH4+). Esse processo é favorecido pelo aumento da temperatura., os microrganismos se favoreçam mais. Quanto maior C:N, menor a capacidade de decomposição do material., e vice-versa. 2. NITRIFICAÇÃO: transformação de NH4+ e NO3- por bactérias quimiotróficas denominadas como nitrossomonas e nitrobacter. A bactéria pega NH4+ e oxida formando NO2- (altamente toxico), então as bactérias transforma esse NO2- em NO3- que é assimilado pelo solo. Esse processo pode acidifica o solo. O nitrato é cancerígeno. 3. DESNITRIFICAÇÃO: Algumas bactérias funcionam como aceptora de elétron, elas pegam esse nitrato e começa a reduzir esse nitrato até o nitrogênio gasoso, esse nitrogênio volta para atmosfera. Essa reação é responsável por perdas de até 30% do N aplicado como fertilizante.
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