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USP-RP - 2010

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1. Paciente, 20 anos de idade, comparece à consulta de rotina para exame médico 
de clube esportivo. Está assintomático, mas ao exame apresenta sopro sistólico 
em foco pulmonar, ejetivo, suave, ++/6 com desdobramento fixo da segunda 
bulha cardíaca. O diagnóstico provável é: 
 
a) estenose pulmonar 
b) estenose aórtica 
c) comunicação inter-atrial 
d) bloqueio de ramo direito 
 
2. O melhor exame para diferenciar a anemia ferropriva da anemia de doença 
crônica ou inflamatória é: 
 
a) ferritina 
b) ferro sérico 
c) porcentagem de saturação da transferrina 
d) volume eritrocitário 
 
3. Mulher, 25 anos de idade, com diagnóstico de anemia hemolítica, recebeu 
prednisona 60 mg/dia. Após quatro meses de uso, ela suspendeu a medicação e, 
cinco dias após, passou a apresentar quadro de fraqueza, náuseas, vômitos, dor 
abdominal, agitação e confusão mental. No atendimento de urgência, 
apresentava obesidade central, face em lua, acne, estrias, taquicardia e 
hipotensão ortostática. Além de pesquisar foco infeccioso e de dosar a glicemia, 
a conduta é: 
 
 
a) hidratação endovenosa com soro glicofisiológico e reposição endovenosa de 
glicocorticóide (hidrocortisona). A dosagem plasmática de sódio e potássio 
pode não auxiliar, pois distúrbios eletrolíticos (hiponatremia e hipercalemia) 
são incomuns. 
b) hidratação endovenosa com soro glicofisiológico, colóide e aminas 
simpaticomiméticas e reposição endovenosa de glicocorticóide 
(hidrocortisona). A dosagem plasmática de sódio e potássio é indispensável, 
pois distúrbios eletrolíticos (hiponatremia e hipercalemia) são comuns. 
c) hidratação endovenosa com soro glicosado (pode ter hipoglicemia) e 
reposição endovenosa com glicocorticóide potente (dexametasona). 
Dosagem plasmática de sódio e potássio pode não auxiliar, pois distúrbios 
eletrolíticos (hiponatremia e hipercalemia) são incomuns. 
d) hidratação endovenosa com soro glicofisiológico e reposição endovenosa de 
glicocorticóide potente (dexametasona). Dosagens plasmáticas de sódio e 
potássio são indispensáveis, pois distúrbios eletrolíticos (hiponatremia e 
hipercalemia) são comuns. 
 
 
 
 
4. Homem, 18 anos de idade, queixa-se de cefaléia frontal e dor em hemiface e 
região periorbital esquerda, iniciada há 10 dias, após resfriado. Faz uso há 04 
dias de nimesulida. Mantém obstrução nasal acentuada à esquerda, halitose e 
febre diária e, há 24 horas, apresenta hiperemia e inchaço no olho esquerdo. 
Está em bom estado geral, com voz anasalada, temperatura de 37,5ºC e 
orofaringe com hiperemia difusa e secreção pós-nasal. Há edema e hiperemia 
palpebral à esquerda e dor a movimentação do olho esquerdo. 
Além do repouso, soro fisiológico nasal, manutenção do anti-inflamatório, a 
conduta, tipo de estudo por imagem dos seios da face e o diagnóstico, são: 
 
a) antibioticoterapia via oral e compressa morna nos olhos; radiografias simples; 
sinusite maxilar e frontal. 
b) antibioticoterapia via endovenosa; tomografia; sinusite maxilar e etmoidal, 
complicada. 
c) antibioticoterapia via endovenosa; ressonância magnética; sinusite frontal, 
complicada. 
d) antibioticoterapia via oral e compressa morna nos olhos; radiografias simples; 
sinusite maxilar e etmoidal, complicada. 
 
 
5. Homem, 68 anos de idade, apresenta, há 5 dias, tosse seca, coriza, mal-estar, 
lacrimejamento e nos 2 primeiros dias, febre intermitente (38º C). A radiografia 
de tórax revelou nódulo de 2,5 cm de diâmetro em campo pulmonar. Quais 
dados melhor orientam a conduta médica? 
 
a) Observação de radiografia antiga; características do nódulo à tomografia 
computadorizada de tórax; antecedentes de tabagismo. 
b) Sintomas respiratórios; sorologia para micobactérias e broncoscopia para 
observação da via aérea e para coleta de material destinado às análises 
microbiológica e citológica. 
c) Sintomas respiratórios; tomografia computadorizada de corpo inteiro (crânio, 
tórax e abdome); antecedentes de tabagismo. 
d) Características do nódulo à tomografia computadorizada de tórax; 
antecedentes de tabagismo; sorologia para micobactérias. 
 
6. Você é convidado para participar como consultor principal de uma campanha do 
Ministério da Saúde para a prevenção de doenças reumáticas. Qual você 
escolheria no intuito de definir a primeira doença a ser abordada, levando-se em 
conta a prevalência e a morbidade? 
 
a) artrite reumatóide 
b) osteoartrite 
c) fibromialgia 
d) espondilite anquilosante 
 
7. Mulher, 26 anos de idade, tabagista, sedentária, com antecedentes familiares 
maternos de doença arterial coronariana. Apresenta níveis séricos de LDL-
colesterol de 230 mg/dL, triglicérides de 350 mg/dL e HDL-colesterol de 30 
mg/dL. De acordo com os valores de referência do último Consenso Brasileiro 
sobre Dislipidemias, os níveis séricos desejáveis de LDL-colesterol, triglicérides e 
HDL-colesterol para esta paciente são, respectivamente: 
 
 LDL-colesterol 
mg/dL 
Triglicérides 
mg/dL 
HDL-colesterol 
mg/dL 
a) <160 <240 ≥ 35 
b) <130 <200 ≥ 35 
c) 130-159 <200 ≥ 35 
d) <130 <200 ≥ 55 
 
 
8. A doença celíaca foi suspeitada em um homem, 16 anos de idade, com queixas 
de fraqueza muscular, déficit de crescimento, anemia crônica e duas 
evacuações/dia de grande volume. O exame para confirmar o diagnóstico é: 
 
a) biópsia de intestino delgado. 
b) pesquisa de gordura fecal. 
c) determinação de anticorpo antimitocôndria. 
d) determinação de anticorpo antiendomíseo. 
 
 
9. Paciente infectado pelo HIV preenche a definição para aids (categoria clínica C 
do sistema de classificação proposto pelo CDC norte-americano, 1992) caso 
apresente as seguintes doenças associadas: 
 
a) herpes zoster, criptosporidíase aguda, retinite por citomegalovírus. 
b) candidíase orofaringeana, sarcoma de Kaposi, infecção por micobactérias 
não-tuberculosis. 
c) isosporíase crônica, câncer cervical invasivo, histoplasmose extrapulmonar. 
d) candidíase vaginal persistente, púrpura trombocitopênica idiopática, 
neurocriptococose. 
 
 
10. Paciente tabagista de 40 anos de idade, queixa-se de tosse seca, dispnéia e dor 
torácica ventilatório-dependente, de surgimento recente. Ao exame físico, o 
tórax apresenta-se maciço à percussão, com ausência do frêmito tóraco-vocal e 
do som vesicular na região dolorosa. O exame complementar recomendado é: 
 
a) punção transtorácica diagnóstica 
b) toracocentese de alivio 
c) broncoscopia 
d) radiografia do tórax 
 
 
11. Homem, 45 anos de idade, com erupção cutânea e dor em pequenas 
articulações, há 1 ano. Refere hipertensão arterial controlada e que o pai 
apresentava alterações cutâneas semelhantes. Após o exame dermatológico, 
suspeitou-se de psoríase. Em relação a esta doença está correto afirmar: 
 
a) a técnica semiótica da curetagem metódica de Brocq permitirá observar os 
sinais da vela, da membrana e do orvalho sanguíneo. 
b) o diagnóstico diferencial é realizado com outras dermatoses cujas lesões 
elementares consistem em infiltração e/ou discromia. 
c) o exame anatomopatológico, o sorológico e o genético são importantes para a 
confirmação diagnóstica. 
d) a presença do acometimento flexural e ungueal afasta o diagnóstico. 
 
 
12. Homem, 68 anos de idade, apresenta eritrodermia esfoliativa com prurido 
moderado a intenso, hipertensão arterial e doença coronariana controladas com 
uso de medicações. A conduta mais adequada até elucidação diagnóstica é: 
 
a) evitar hospitalização do doente e iniciar corticóides sistêmicos. 
b) hospitalizar o doente e iniciar corticóides e antibióticos sistêmicos. 
c) evitar hospitalização do doente e iniciar emolientes e fototerapia (luz natural 
ou artificial). 
d) hospitalizar o doente, iniciar anti-histamínico e avaliar substituição de drogas 
suspeitas. 
 
13. Paciente, 45 anos de idade, hígido e sem eventos prévios, ao final de vôo de 12 
horas em classe econômica, apresenta mal estar geral, com sudorese fria, 
náuseas e vômitos. A pressão arterial medida no momento foi de 90x54 mmHg e 
FC de 120bpm. Não apresenta estase jugular, mas tem sinal de Kusmaull. É 
conduzido à sala de urgência após o pouso da aeronave, mantendo os mesmos 
sinais, com ausculta pulmonar normal. O eletrocardiograma obtido está abaixo. 
 
 
 
 
Foram iniciadas aminas vasoativas. A conduta a seguir é: 
 
a) punção de Marfan 
b) oxigenoterapia hiperbárica 
c) r-TPA + heparina não-fracionada 
d) marcapasso transvenoso provisório 
 
14. Mulher, 66 anos de idade, com história de hemiparesia completa, 
desproporcionada, com predomínio braquial, à direita, há 10 dias. Nega cefaléia, 
vômitos ou febre. É tabagista há 24 anos, tem antecedente de uso endovenoso 
de cocaína e alergia a sulfas. A figura mostra um dos cortes tomográfico, antes e 
após a injeção de contraste iodado. 
 
 
 sem contraste com contraste 
 
 A alternativa que descreve a melhor conduta terapêutica é: 
 
a) metronidazol + ceftriaxona + ácido folínico 
b) clindamicina + pirimetamina + ácido folínico 
c) anfotericina B + ácido folínico 
d) sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico 
 
 
15. O hipotiroidismo primário subclínico deve ser tratado: 
 
a) durante a gravidez. 
b) apenas os pacientes com TSH acima de 10 UI/mL. 
c) quando o TSH está acima da faixa normal e apenas os pacientes com 
anticorpos antiperoxidase positivos. 
d) se houver hipertensão arterial associada. 
 
 
16. Homem, 22 anos de idade, previamente hígido, há 2 meses apresenta 
adenomegalia cervical bilateral e adenomegalia supraclavicular esquerda, febre 
diária e perda de peso. Procurou serviço médico onde foi realizada biópsia de 
gânglio cervical. O anatomopatológico mostrava células de Reed – Sternberg, 
tomografias sem outros acometimentos ganglionares ou de órgãos extranodais, 
hemograma sem alterações. O diagnóstico, estadiamento e tratamento são: 
 
a) linfoma de Hodgkin - Esclerose Nodular; estádio IIB; quimioterapia e 
radioterapia. 
b) linfoma de Hodgkin - Predomínio Linfocitário; estádio IIIA; quimioterapia. 
c) linfoma não Hodgkin - Zona do Manto; estádio IIB, quimioterapia e 
radioterapia. 
d) linfoma não Hodgkin - Folicular; estádio IIA; radioterapia. 
 
 
17. Considerando-se a meia-vida da proteína, a dosagem sérica de albumina, como 
parâmetro de controle da eficácia da terapêutica nutricional, deve ser realizada 
em intervalos de: 
 
a) 7 dias 
b) 10 dias 
c) 120 dias 
d) 21 dias 
 
 
18. Paciente com 67 anos de idade teve diagnóstico de carcinoma de mama estádio 
IIIA há 7 anos, tratado na época com cirurgia, radioterapia, quimioterapia. Há 1 
ano retirou uma lesão em dorso com diagnóstico de melanoma e perdeu o 
seguimento com o oncologista. Devido dispnéia e crises convulsivas procurou 
atendimento hospitalar quando foi detectado, ao exame físico nódulos axilares e 
supraclaviculares ipsilaterais, metástases cerebrais em tomografia de crânio e 
metástases pulmonares ao raio X. A conduta é: 
 
a) existe a necessidade de biópsia para determinar a origem das metástases ou 
de um outro tumor primário antes da quimioterapia e o quadro clínico pode 
ser melhorado com corticóides até o resultado anatomo-patológico. 
b) não há necessidade de realizar nova biópsia, pois como o melanoma foi o 
tumor mais recente, sendo um tipo de tumor bastante agressivo, e o câncer 
de mama já foi tratado há mais de 5 anos, provavelmente as metástases são 
do melanoma. 
c) não há necessidade de realizar nova biópsia, pois os locais de metástases 
são compatíveis com a disseminação do câncer de mama e o mais 
importante é iniciar o mais rápido possível a quimioterapia para alívio dos 
sintomas. 
d) existe a necessidade de determinar a histologia das metástases, devendo ser 
biopsiadas as lesões com menor morbidade e o início da quimioterapia para 
rápida melhora do quadro clínico não precisa aguardar o resultado do 
anátomo patológico. 
 
 
19. Mulher, 62 anos de idade, após 2 consultas seguidas apresentou PA=162 x 
90mmHg. Exames laboratoriais mostraram colesterol total=210 mg/dL, LDL=162 
mg/dL, HDL=32mg/dL, creatinina=1,2mg/dL, Urina rotina sem alterações, 
eletrocardiograma com sinais de hipertrofia de ventrículo esquerdo. Relata ser 
tabagista há 20 anos. A alternativa correta é: 
 
a) é provável que o paciente tenha hipertensão do avental branco. Deve-se 
solicitar monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e iniciar 
somente medidas não medicamentosas. 
b) o tratamento medicamentoso com monoterapia está indicado e uma opção 
seria o uso de atenolol 25mg/dia. 
c) o perfil da paciente é mais adequado ao uso de associação de medicamentos 
hipotensores. A associação de hidroclorotiazida com inibidor da enzima 
conversora seria uma boa opção. 
d) deve-se preferir o uso de inibidores de enzima conversora associado ao 
antagonista de receptor AT1 como forma mais eficaz de regredir a hipertrofia 
de ventrículo esquerdo. 
 
 
20 - Mulher, 44 anos de idade, procedente de área rural, G4P4A0 (último parto há 2 
anos), apresenta dispnéia progressiva aos esforços há 3 meses. Há 1 semana, 
relata queixas em repouso e notou edema em membros inferiores. Há 2 horas, 
deu entrada com dispnéia de repouso. Ao exame físico, nota-se congestão 
pulmonar e edema de membros inferiores. Perfusão preservada. Foi realizada a 
radiografia para avaliar a área cardíaca. 
 
 
 
 
O diagnóstico é: 
 
a) Doença de Chagas 
b) Miocardiopatia periparto 
c) Valvulopatia mitral (estenose) 
d) Miocardiopatia dilatada 
 
 
21. O melhor parâmetro inicial da gasometria arterial de um paciente admitido em 
UTI, com diagnóstico de DPOC, que permite identificar o quadro como 
exacerbação aguda da doença é: 
 
a) PaCO2 > 60mmHg 
b) BE > +2 
c) PaO2 < 55mmHg 
d) pH<7,3 
 
 
 
22. Homem, 22 anos de idade, há uma semana queixa-se de febre, anorexia, 
vômitos e dor abdominal de localização mal definida que, 12h após a instalação, 
localizou-se na fossa ilíaca direita, onde persiste até hoje. Exame físico: 
temperatura de 37,4°C, FC=92bpm; abdome: dor e massa palpável no quadrante 
inferior direito e redução dos ruídos hidroaéreos. O diagnóstico provável e a 
conduta são: 
 
a) plastão apendicular; tomografia computadorizada e drenagem percutânea 
guiada. 
b) apendicite aguda; ultrassom abdominal e observação clínica. 
c) apendicite aguda; indicação cirúrgica. 
d) plastão apendicular; tomografia computadorizada e tratamento clínico por 48 
horas. 
 
23. Considere as informações colhidas durante a anamnese e os sinais clínicos 
observados ao exame físico especial: 
 
Identificação do Paciente: 
1- homem, 58 anos de idade, fumante, alcoólatra, diabético 
2- mulher, 64 anos de idade, fumante passivo, hipertensa 
3- mulher, 44 anos de idade, não fumante e abstêmia 
 4- homem, 40 anos de idade, não fumante, abstêmio, portador de leucoplasia 
 
Queixa-se de lesão na boca: 
I- há 1 ano, assintomática 
II- há 6 meses, que passou a ser dolorosa há 30 dias 
III- dolorosa há 3 dias 
 
É portador de: 
A- lesão ulcero-vegetante de bordas elevadas 
B- lesão ulcerada com fundo com vegetações finas e pontilhado hemorrágico 
C- lesão ulcerada com granulações grosseiras 
D- fissuras transversais 
 
Associe os números e as letras e indique o portador de câncer de boca: 
 
a)1 I B 
b) 2 I C 
c) 3 II A 
d) 4 III D 
 
 
24. Recém-nascido masculino, com 5 horas de vida, começa a apresentar vômitos 
biliosos e distensão crescente no epigástrio. O RX simples mostra imagem de 
dupla bolha no andar superior do abdome e distribuição irregular de ar, em 
pequenas bolhas, por toda sua extensão. O diagnóstico provável é: 
 
a) refluxo gastroesofágico, que nesta idade deve ser fisiológico. 
b) hérnia inguinal encarcerada. 
c) suboclusão intestinal, provavelmente por pâncreas anular ou má rotação 
intestinal. 
d) estenose hipertrófica do piloro. 
 
 
25. Criança, 1 mês de vida, é trazida pela mãe ao Pronto Socorro pois está 
vomitando e chorando muito, há 2 horas. Ao exame apresenta distensão 
abdominal e um abaulamentoinguinal à direita com sinais flogísticos e ruídos 
hidroaéreos aumentados. A conduta é: 
 
a) tentar, com manobras delicadas, reduzir a hérnia inguinal e programar a 
herniorrafia nas próximas 48 horas. 
b) encaminhar para cirurgia de urgência, pois apresenta hérnia inguinal 
estrangulada. 
c) encaminhar para cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral, eletivamente, após 
excluir obstrução intestinal congênita. 
d) excluir obstrução intestinal congênita e aguardar a idade de 2 anos para 
operar, pois o risco cirúrgico e anestésico é muito grande, para a criança. 
 
 
26. Homem, 58 anos de idade, submetido a colectomia segmentar por neoplasia de 
colon direito, desenvolve Trombose Venosa Profunda (TVP) no membro inferior 
esquerdo. É tratado com heparina não fracionada. Dois dias depois do inicio do 
tratamento da TVP, observa-se queda do nível de consciência e a tomografia 
computadorizada de crânio evidenciou imagem sugestiva de sangramento 
cerebral intraparenquimatoso à esquerda. Plaquetas: 60.000/mm3. As próximas 
condutas são: 
 
a) conversão para heparina de baixo peso molecular e colocação de filtro de veia 
cava inferior. 
b) infusão imediata de plaquetas e plasma fresco. 
c) suspensão da heparina e colocação de filtro de veia cava inferior 
d) administração de anticoagulante inibidor da absorção de vitamina K e infusão 
imediata de plaquetas. 
 
 
27. Homem hipertenso, 48 anos de idade, há 6 meses com dor em toda face lateral 
do membro inferior esquerdo, principalmente quando deambula e que evoluiu 
com piora progressiva nas últimas semanas. Relata que a dor piora quando 
deita em decúbito dorsal e melhora em decúbito lateral. Procurou o Pronto 
Socorro há 3 meses quando se instituiu adequado tratamento para sua 
hipertensão e iniciou tratamento para doença arterial obstrutiva periférica com 
cilostazol, sem resultado clínico satisfatório, até o momento. Quais dados 
fundamentais teriam evitado o tratamento inadequado? 
 
a) Exame clínico do sistema venoso com o paciente em pé. 
b) Exame clínico dos pulsos e índice tornozelo braquial. 
c) Ultrasson doppler do sistema venoso do membro inferior esquerdo. 
d) Arteriografia do membro inferior esquerdo. 
 
 
28. Quais dados clínicos caracterizam lesões cutâneas hipercrômicas suspeitas de 
malignidade? 
 
a) Assimetria, bordos irregulares, cor com tonalidades variadas, diâmetro > 6mm 
e elevação/exulceração. 
b) Anestesia, bordos regulares, diâmetro < 6mm, coloração homogênea, dor e 
eritema/exulceração. 
c) Atipia, bordos elevados, crostas, diâmetro < 6mm e crescimento lento. 
d) Acromia, bordos circinados, diâmetro > 6mm, crescimento rápido, displasia e 
eritema/elevação. 
 
 
29. Durante jogo de futebol, rapaz de 22 anos de idade sofre traumatismo com 
inversão do tornozelo esquerdo e é levado ao Pronto Socorro. Quatro horas após 
o trauma, apresenta claudicação antálgica, edema moderado do tornozelo e dor 
à palpação na região distal ao maléolo lateral de moderada intensidade. Refere 
dor tolerável ao apoiar o pé no chão e ao fazer a dorsoflexão e flexão plantar 
forçada do tornozelo. A conduta é: 
 
 
a) encaminhar para sutura cirúrgica dos ligamentos lesados. 
b) realizar RX, pois a associação de fratura neste tipo de trauma é muito 
freqüente e, se isso ocorreu, o atendimento deve ser imediato. 
c) antiinflamatórios e imobilização, com ou sem tala gessada, na fase inicial e 
reabilitação assim que a fase aguda ceder, pois trata-se de uma entorse leve 
do tornozelo. 
d) imobilização com gesso, sem apoio de carga, por 6 semanas, até a 
cicatrização completa dos ligamentos 
 
 
30. Homem, 35 anos de idade, é submetido a radiografia do tórax, em PA e perfil, 
para fins de admissão no trabalho, o exame revela massa de limites regulares 
(provável superfície lisa), com cerca de 4 cm de diâmetro, em projeção para-
traqueal esquerda, 3 cm acima da carina. O diagnóstico mais provável é: 
 
 
a) cisto broncogênico 
b) carcinoma pulmonar 
c) timoma 
d) aneurisma da aorta 
 
 
31. Homem, 28 anos de idade, é levado à emergência com grave trauma craniano, 
após queda de cinco metros de altura. Foi intubado pelo serviço de atendimento 
pré-hospitalar devido ao rebaixamento do nível de consciência. Apresenta-se 
taquicárdico, hipotenso e com sinais evidentes de fratura de crânio, sendo que a 
pupila direita está dilatada. Qual das seguintes medidas deve ser realizada 
imediatamente no sentido de reduzir a pressão intracraniana? 
 
a) Elevação da cabeceira do leito 
b) Infusão de manitol 
c) Infusão de dexametasona 
d) Hiperventilação 
 
 
32. Menino, 10 anos de idade, estava sentado no banco traseiro de um carro que 
colidiu em alta velocidade com outro. Na emergência encontrava-se consciente 
e hemodinamicamente estável, porém queixava-se de dor abdominal e 
apresentava equimose na parede abdominal na projeção do cinto de segurança. 
A conduta é, alta hospitalar: 
 
a) sem outros exames, pois a dor decorre do trauma da parede abdominal. 
b) se a amilase sérica for normal. 
c) se a tomografia computadorizada não demonstrar sinais de lesões 
intracavitárias. 
d) após período de 48-72h de observação clínica, mesmo com exames normais. 
 
 
33. Mulher, 24 anos de idade, estava na moto e foi atropelada por um ônibus. Foi 
trazida à emergência inconsciente, intubada (sonda nasotraqueal) e em 
ventilação assistida. FC de 140 bpm e PA de 80/40 mmHg. Após administração 
de 2000 ml de solução cristalóide, não houve melhora significativa dos 
parâmetros hemodinâmicos. As próximas medidas para investigação e 
tratamento da hipotensão são: 
 
a) ventriculostomia para monitorização da pressão intracraniana; drenagem 
liquórica. 
b) ultrasson abdominal; laparotomia exploradora se tiver liquido na cavidade. 
c) tomografia de crânio; craniotomia para descompressão se tiver edema 
cerebral. 
d) tomografia de tórax; toracotomia exploradora se tiver pneumotórax. 
 
 
 
34. Paciente, 51 anos de idade, 72 quilos de peso, queixa-se de epigastralgia há 3 
meses e empachamento e vômitos de repetição há 1 mês, que se intensificaram 
na última semana. Refere perda de 8 quilos no último mês, no entanto ainda 
apresenta condições clínicas favoráveis. Qual a alternativa correta? 
 
a) Trata-se de câncer gástrico, provavelmente um adenocarcinoma, responsável 
por cerca de 30% dos cânceres do estômago. 
b) Considerando o diagnóstico de adenocarcinoma de fundo gástrico a conduta 
seria gastrectomia total com linfadenectomia. 
c) A ressecção gástrica estará contra-indicada se for constatado 
adenocarcinoma gástrico com obstrução da luz e metástase hepática. 
d) A tomografia de abdome é exame indispensável no estadiamento pré-
operatório haja visto a sua acurácia no diagnóstico de implantes peritoneais. 
 
35. Menino, 2 anos de idade, é levado ao Pronto Socorro pela mãe por apresentar 
choro de início súbito que persiste há 6 horas. Refere ter notado aumento do 
volume escrotal. Ao exame físico a criança mostra-se irritada, chorando e afebril. 
O escroto apresenta-se edemaciado e com hiperemia à esquerda associado a 
aumento doloroso do volume da gônada ipsilateral. O cordão inguinal apresenta 
aspecto normal à palpação. A hipótese diagnóstica mais provável é: 
 
a) torção de testículo. 
b) hérnia inguinal encarcerada. 
c) escroto agudo inespecífico. 
d) orquiepididimite. 
 
36. Mulher, 27 anos de idade, no final do primeiro trimestre de gravidez é portadora 
de litíase na vesícula biliar, sintomática e diagnosticada ao exame 
ultrassonográfico observado abaixo. 
 
 
 
 
Diante da indicação de colecistectomia, a decisão mais pertinente está na 
alternativa: 
a) o risco de colecistite aguda, nessas circunstâncias, é de aproximadamente 
50%, e a colecistectomia com acesso por videolaparoscopia ou laparotomia é 
recomendada, preferencialmente, em regime de internação hospitalar, após 
resolução da gravidez. 
b) a coledocolitíase e a pancreatite aguda biliar são complicações que podem 
ocorrer em cerca de 30%dos casos, justificando a colecistectomia após 
resolução da gravidez, preferencialmente, por via laparoscópica. 
c) a colecistectomia, preferencialmente, por videolaparoscopia e em regime 
ambulatorial é recomendada de imediato para evitar, dentre outras 
complicações, a coledocolitíase e a pancreatite aguda biliar. 
d) a papilotomia endoscópica é recomendada de imediato para prevenir a 
ocorrência de pancreatite aguda biliar e coledocolitíase; após resolução da 
gravidez recomenda-se a colecistectomia, preferencialmente, por 
videolaparoscopia e, em regime ambulatorial. 
37. Paciente de 64 anos de idade procurou o Pronto Socorro com queixas de 
aumento de freqüência urinária, necessidade de ir rápido ao sanitário para 
urinar e às vezes perda de urina. Referia também, discreta diminuição do jato e 
da força da urina. O toque da próstata mostrou aumento de tamanho (30g), 
consistência parenquimatosa, lisa, móvel, sulco mediano presente e limites 
nítidos. 
 
Diagnóstico Clínico: 
 
A) incontinência urinária de urgência 
B) incontinência urinária mista 
C) incontinência urinária por transbordamento 
D) incontinência urinária intermitente 
 
Diagnóstico causal: 
 
I) hiperatividade vesical 
II) hiperatividade detrusora 
III) hipoatividade vesical 
IV) hipoatividade destrusora 
 
Considerando o diagnóstico clínico e causal, a associação correta é: 
 
a) A III 
b) B II 
c) A I 
d) D III 
 
38. Homem, 46 anos de idade, com passado de ingesta de meio litro de aguardente 
por dia, durante 20 anos, refere dor forte no andar superior do abdôme, 
sobretudo após as refeições que não está cedendo com a utilização de 
analgésicos habituais. Nos últimos 2 meses refere dois episódios de icterícia, 
colúria e acolia fecal, sendo que o primeiro regrediu espontaneamente. Refere 
ainda, diarréia nos últimos 3 meses e perda de cerca 12% da massa corporal. No 
momento, as bilirrubinas totais estão elevadas em 5 vezes o valor normal, à 
custa da fração direta; a fosfatase alcalina está elevada em 6 vezes o valor de 
referência e as aminotransferases estão discretamente aumentadas. O exame de 
imagem está abaixo. 
 
 
 
 
 
Com base na história clínica e no exame de imagem, o diagnóstico e o 
tratamento de imediato mais apropriados são: 
 
a) pancreatite aguda com pseudocisto; drenagem do pseudocisto para o jejuno. 
b) pancreatite aguda com coleção pancreática; drenagem endoscópica da 
coleção e inserção de endoprótese biliar. 
c) tumor cístico/sólido da cabeça do pâncreas; derivação biliar e gástrica ou 
duodenopancreatectomia. 
d) pancreatite crônica com pseudocisto; drenagem do pseudocisto para o 
duodeno. 
 
 
 
Nas questões 39 e 40 encontram-se afirmações sobre o tema proposto divididas em 
partes I e II. Teste o seu conhecimento escolhendo a alternativa que contenha 3 
afirmações verdadeiras. 
 
39. Tema: Principais Complicações Cirúrgicas – PARTE I: 
I. Aspiração pulmonar é uma complicação evitável na maioria dos casos, entretanto 
a sua ocorrência, quando associada à pneumonia, se relaciona a altas taxas de 
mortalidade. 
II. Atelectasia é uma complicação pulmonar pouco freqüente. Sua incidência é 
maior em portadores de doença pulmonar preexistente, idosos e obesos. 
III. Infecção urinária é a complicação infecciosa mais freqüente no pós- operatório. 
IV. O tratamento do íleo pós–operatório funcional é de suporte. Jejum, reposição 
hidroeletrolítica e colocação de sonda nasogástrica são medidas iniciais que 
respondem com sucesso na maioria dos casos. 
V. A causa de febre mais comum nas 72 primeiras horas de pós-operatório é 
atelectasia pulmonar e, entre o 5o e o 8o dia, infecção do sítio cirúrgico. 
VI. Seroma é uma coleção de sangue ou coágulo na ferida e é a complicação de 
ferida operatória mais comum. 
 
 
 A alternativa que contém três afirmações corretas é: 
a) II, III, V. 
b) I, III e V 
c) II, IV e VI 
d) I, III e V 
 
 
40. Tema: Principais Complicações Cirúrgicas – PARTE II: 
 
I. SARA (síndrome da angustia respiratória do adulto) pode ser de origem local ou 
sistêmica. Hipoxemia e baixa complacência pulmonar são achados 
característicos dessa síndrome. 
II. O sintoma mais freqüente do infarto agudo do miocárdio pós-operatório é 
dispnéia. Sintomas clássicos de dor torácica ou opressão precordial podem 
estar ausentes. 
III. Arritmias associadas à inserção de cateter venoso central são raras mas, quando 
presentes, são freqüentemente sintomáticas. 
IV. A maioria das arritmias pós-operatórias é provocada por febre, distúrbios 
eletrolíticos, dor, excesso de volume, hipóxia, hipercarbia. A correção desses 
fatores, muitas vezes, é a única terapêutica necessária. 
V. Tromboembolismo venoso pós-operatório ocorre em cerca de 5% dos pacientes 
submetidos à cirurgia abdominal independente da idade e o uso de heparina 
profilática deve ser restrito a pacientes com câncer. 
VI. A colite pseudomembranosa é complicação secundária à utilização de 
antibióticos profiláticos ou terapêuticos no peri-operatório. O tratamento 
preferencial se faz com o uso de metronidazol via oral e, se possível, com a 
suspensão do antibiótico em uso. 
 
 
 A alternativa que contém três afirmações corretas é: 
 
a) I, III e IV 
b) II, IV e V 
c) III, IV e VI 
d) II, IV e VI 
 
 
41. Paciente, 24 anos de idade, G3P2A0, usuária de cocaína, idade gestacional de 
27 semanas, está iniciando o pré-natal e apresenta sorologia confirmada para o 
vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1), carga viral=980 cópias/mm3, 
CD4=542 células/mm3, hemoglobina=10,9mg% e provas de função hepática e 
renal normais. É correto afirmar que: 
 
 I- deve-se iniciar zidovudina e lamivudina associadas ao lopinavir e ritonavir. 
 II- com 34 semanas, a cesárea estará indicada independentemente da carga 
viral. 
III- como a carga viral está abaixo de 1000 cópias/mm3, introduzir apenas 
zidovudina. 
IV- procedimentos invasivos da cavidade amniótica e do feto estão contra-
indicados. 
 V- a amamentação natural é contra-indicada, entretanto, não havendo condições 
de seguir esta orientação, o aleitamento natural exclusivo é mais adequado 
do que o aleitamento misto. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) I, II e V 
b) I, IV e V 
c) II, III e IV 
d) II, IV e V 
 
42. Multigesta, 33 anos de idade, tempo de amenorréia de 24 semanas, 
assintomática, apresenta sorologia não treponêmica (VDRL/RPR) reagente com 
título 1/64 e microhemaglutinação para Treponema pallidum reagente. Nega 
conhecer sífilis ou ter recebido injeções de penicilina no passado. A conduta é: 
 
a) repetir os exames sorológicos em 2 semanas. 
b) aguardar a sorologia do parceiro. 
c) iniciar o tratamento com penilicina benzatina. 
d) confirmar o diagnóstico com reação em cadeia de polimerase. 
 
43. Secundigesta, 26 anos de idade, 38 semanas e 5 dias de gestação com pré-
natal sem intercorrências, queixa-se de cólicas abdominais há 5 horas. 
Apresenta atividade uterina (3/45’’/10’, moderadas); vitalidade fetal preservada; 
colo médio, com 6 cm de dilatação e apresentação fetal cefálica. Na assistência 
humanizada ao parto e pós-parto esta paciente deverá de rotina: 
 
a) receber analgesia, música ambiente e redução de luz na sala de parto. 
b) decidir a via de parto que prefere e ter estímulo para a amamentação. 
c) escolher a equipe que deve realizar o parto e receber analgesia ao sentir dor 
d) escolher a posição mais confortável, ter direito a acompanhante e realizar o 
contato pele a pele com o recém-nascido. 
 
44. Primigesta, 37 anos de idade, com 29 semanas de gestação sem queixas, 
apresenta elevação da pressão arterial (PA=150x100mmHg). A atividade uterina 
está ausente e FC=144bpm. Ao exame de cardiotocografia o feto se apresenta 
ativo e reativo. 
 
 
 Exames laboratoriais: 
 
Urina tipo I: proteinúria negativa K: 4,1 mmol/L 
Hb: 14,1g/dL Uréia: 33mg/dl 
Ht: 42% Creatinina: 0,7mg/dl 
PQT: 42.000/µL Bilirrubina total: 3,2mg/dl 
TGO: 212U/L Bilirrubina direta: 2,6mg/dlNa: 142mmol/L 
 
 O diagnóstico e a conduta são: 
 
a) Pré-eclâmpsia; seguimento ambulatorial 
b) Síndrome HELLP; internação e observação clínica 
c) Síndrome Hemolítica Urêmica; investigação clínica 
d) Síndrome HELLP; resolução da gestação 
 
 
45. Mulher, 39 anos de idade, G7P6A0, com 27 semanas de gestação comparece ao 
retorno de pré-natal. Antecedentes pessoais: obesidade e candidíase vaginal de 
repetição. Realizou teste oral de tolerância a glicose de 75g com valor de 
jejum=117mg/dl e após 2horas=163mg/dl. A conduta é: 
 
a) dieta balanceada com 30 a 40kcal/Kg/dia 
b) metformina 850mg/dia 
c) insulina ação lenta 0,3 a 0,5U/Kg/dia 
d) dieta balanceada com 30 a 40kcal/Kg/dia e metformina 850mg/dia 
 
46. Primigesta, 33 anos de idade, com idade gestacional de 29 semanas, em 
tratamento para infecção urinária, é admitida em trabalho de parto pré-termo. 
Antecedentes pessoais: tabagismo e índice de massa corporal de 32,4Kg/m2. 
Cartão de pré-natal revela: hemoglobina de 9,0g/dl e hematócrito de 32%. É 
possível identificar os seguintes fatores de risco para trabalho de parto pré-
termo: 
 
a) idade materna e anemia 
b) tabagismo e obesidade 
c) infecção urinária e idade materna 
d) anemia e infecção urinária 
 
 
 
 
 
 
 
47. Paciente, 36 anos de idade, G7P6A0, com 39 semanas de gestação em 
seguimento de pré-natal de baixo risco, apresenta queixa de diminuição da 
movimentação fetal. Ao exame PA=120x70mmHg. Abdome gravídico: AU= 
35cm, atividade uterina ausente e FC=136bpm. Movimentação fetal ausente 
durante o exame. Toque: colo grosso, posterior e fechado. Vide o exame de 
cardiotocografia abaixo: 
 
200
180
160
140
120
100
80
60
AT: aceleração transitória 
MF: movimentação fetal 
FCF: frequência cardíaca fetal 
 
 
Frente ao resultado acima, a conduta é: 
a) realizar estímulo sonoro no pólo cefálico fetal. 
b) solicitar perfil biofísico fetal por ultra-som. 
c) dar alta com orientações sobre trabalho de parto. 
d) internar para indução do trabalho de parto. 
 
 
 
 
48. Paciente, 25 anos de idade, G2P1A0 (parto normal), com 28 semanas de 
gravidez, queixa-se de dor abdominal intensa e contínua há uma hora, porem 
nega sangramento genital. O exame detectou a presença de mucosas 
descoradas ++/4+, PA=120x60mmHg e FC=114bpm. Confirmou-se a ausência 
de batimentos cardíacos do feto, hipertonia uterina, membranas ovulares tensas 
e íntegras, além de colo fino e dilatado para 7cm. A complicação em potencial 
(possível) e a melhor conduta são: 
 
a) choque hipovolêmico; cesárea imediata 
FCF 
b) distúrbio de coagulação; amnioscopia 
c) inversão uterina; analgesia de parto 
d) necrose hipofisária; ruptura das membranas ovulares 
 
 
49. Paciente, 62 anos de idade, G2P1A1, menopausada aos 50 anos, refere 
sangramento vaginal discreto em um único episódio há dois meses. Ao exame 
ginecológico não se evidencia qualquer anormalidade. A conduta mais 
adequada é: 
 
a) citologia cervicovaginal para excluir neoplasia invasora do colo uterino. 
b) curetagem uterina para excluir câncer endometrial. 
c) ultrassonografia transvaginal para rastrear patologia endometrial. 
d) observação, pois na maioria dos casos o achado será atrofia endometrial. 
 
50. Considere o partograma e as afirmações abaixo com relação à evolução e 
condução do trabalho de parto: 
 
 
 
 
 
 
I. trata-se de distócia ocorrida durante o primeiro período do parto. 
II. trata-se de distócia ocorrida durante o segundo período do parto. 
III. a causa mais provável é o déficit de contratilidade. 
IV. a conduta mais adequada é a utilização de ocitocina e monitorização clínica. 
V. há indicação de resolução da gestação por cesárea. 
 
As afirmações corretas são: 
 
a) I e V 
b) II e V 
c) I, III e IV 
d) II, III e IV 
 
 
51. Paciente, 42 anos de idade, G4P4A0, comparece à consulta para verificação do 
resultado de citologia cérvico-vaginal colhida há um mês. Não tem queixas. O 
laudo descreve a presença de alterações celulares sugestivas de neoplasia 
intra-epitelial cervical (NIC) de alto grau e de infecção por papiloma vírus 
humano. A biópsia guiada por colposcopia revela NIC II. A conduta é: 
 
a) repetir a citologia em intervalo curto (seis meses) 
b) verificar o tipo e classe viral (de alto ou baixo risco). 
c) realizar a conização do colo uterino. 
d) realizar a histerectomia via vaginal. 
 
 
 
 
 
52. Paciente, 35 anos de idade, G2P2A0, ciclos menstruais regulares, em uso de 
contracepção hormonal, vem à consulta por nódulo de mama direita, firme, 
pouco móvel, com 1,2 cm de diâmetro, superfície irregular, no quadrante 
superior externo. A palpação axilar não mostra gânglios suspeitos. A 
mamografia mostra imagem compatível com tumor de mama (BIRADS IV), e a 
punção é suspeita de neoplasia invasora. A conduta é: 
 
a) tumorectomia com biópsia de congelação e exerese de linfonodo sentinela. 
b) mastectomia, em função da idade e do prognóstico reservado. 
c) biopsia incisional para verificação do imunofenótipo tumoral e definir a 
conduta cirúrgica. 
d) radioterapia deverá ser o tratamento inicial para preservar a mama. 
 
 
53. Paciente, 59 anos de idade, G1P1A0, menopausada há 6 anos, queixa-se de 
polaciúria, urgência miccional, nictúria e perda de urina aos grandes esforços. O 
exame físico detecta discreto prolapso de paredes vaginais anterior e posterior. 
O estudo urodinâmico evidenciou esvaziamento vesical normal e perdas 
urinárias associadas com contrações involuntárias do detrusor. O diagnóstico e 
o tratamento são: 
 
a) urgeincontinência; fisioterapia 
b) urgeincontinência; anticolinérgico 
c) incontinência urinária mista; cirurgia de Sling 
d) incontinência urinária de esforço; colpoperineoplastia 
 
 
54. Paciente, 25 anos de idade, refere ausência de menstruação há 3 anos. No 
inicio houve aumento no intervalo dos ciclos, acompanhado de fogachos. Refere 
ciclos regulares anteriormente. Ao exame físico: mamas=M5, pêlos=P5. Exame 
Especular: paredes vaginais com pregueamento reduzido, mucosa vaginal e de 
colo pálidas. Os exames para o diagnóstico e a conduta são: 
 
a) dosagem de FSH e cariótipo; terapia hormonal 
b) dosagem de estradiol e progesterona; terapia hormonal 
c) ultrassonografia pélvica e dosagem de estradiol; contraceptivos orais 
combinados 
d) dosagem de FSH e biópsia da gônada; contraceptivos orais combinados 
 
 
55. Paciente, 29 anos de idade, G0, refere dismenorréia há 10 anos, de caráter 
progressivo e que há 2 anos apresenta dispareunia e dor acíclica associado a 
dificuldade de engravidar. O diagnóstico e os exames confirmatórios são: 
 
a) doença inflamatória pélvica; ultrassom, CA-125 e histeroscopia. 
b) endometriose; ultrassom, CA-125 e laparoscopia. 
c) endometriose; ultrassom, CA-125 e ressonância magnética. 
d) doença inflamatória pélvica; ressonância magnética, proteína C reativa e 
interleucina-6. 
 
 
56. Paciente, 36 anos de idade, G0, com atraso menstrual, queixa-se de dor pélvica 
aguda de início súbito há 6 horas, predominantemente em fossa ilíaca direita 
(FID), com piora importante há 1 hora. Refere tontura e lipotímia associado. Ao 
exame: PA=110x80mmHg; FC=90bpm; dor importante à palpação do andar 
inferior do abdome, com descompressão brusca positiva em FID. Ao toque 
vaginal nota-se pequena massa anexial de 3cm em FID. A melhor seqüência 
diagnóstico-terapêutica é: 
 
 
 
a) hemograma e urina tipo I; laparoscopia. 
b) beta hCG urinário e ultrassonografia transvaginal; laparoscopia. 
c) CA-125 e ultrassonografia transvaginal; laparotomia. 
d) beta hCG urinário e CA-125; laparotomia. 
 
 
57. Paciente, 35 anos de idade, G2P2A0, procura orientação para contracepção. 
Apresenta ciclos menstruais regulares, com dismenorréia primária importante. 
Refere parceiro sexual fixo, tendo com ele 2 filhos. Exame ginecológico normal. 
Tem epilepsia e faz uso de fenitoína (300 mg/dia). O método contraceptivo mais 
indicado é: 
 
a) contraceptivo combinado vaginal. 
b) coitointerrompido e espermicida. 
c) contraceptivo oral de progestagênio isolado. 
d) dispositivo intra-uterino de cobre. 
 
 
58. Nuligesta, 24 anos de idade, procura atendimento médico, acompanhada do seu 
esposo de 27 anos de idade, em virtude do desejo de engravidar. Refere 
atividade sexual regular sem uso de métodos contraceptivos, há 12 meses. A 
paciente apresenta oligomenorréia e hirsutismo. Colpocitologia cervico vaginal e 
dosagens de prolactina, FSH, testosterona, dehidroepiandrosterona sulfato e 17 
hidroxiprogesterona normais. Ultrassonografia transvaginal e espermograma 
sem anormalidades. A conduta é: 
 
 
a) solicitar histerossalpingografia. 
b) repetir o espermograma. 
c) induzir a ovulação com clomifeno. 
d) prescrever metformina. 
 
Nas questões 59 e 60 encontram-se afirmações sobre o tema proposto divididas em 
partes I e II. Teste o seu conhecimento escolhendo a alternativa que contenha 3 
afirmações verdadeiras. 
 
59. Tema: Aspectos Éticos e Legais em Ginecologia e Obstetrícia – PARTE I: 
 
I. A atual legislação do aborto no Brasil, prevê a realização do mesmo em 
casos de estupro, risco de vida materna e incompatibilidade fetal com a vida. 
II. Os procedimentos de diagnóstico intra-útero de alterações genéticas fetais 
podem ser realizados somente mediante autorização prévia da gestante, 
mesmo considerando o benefício fetal na realização da avaliação. 
III. A parturiente internada para resolução da gestação tem garantido por lei a 
presença do acompanhante no pré-parto, parto e puerpério imediato. 
IV. Em situação de emergência médica no tratamento de hemorragia puerperal 
em paciente testemunha de Jeová, o médico não esta autorizado a indicar a 
transfusão de hemoderivados por respeito a autonomia do paciente. 
V. Ao diagnosticar gestante com infecção pelo HIV o médico deve realizar a 
notificação epidemiológica e convocar o parceiro para realizar o rastreamento 
sorológico. 
VI. Na assistência da gestante que sofreu violência sexual o médico deve exigir a 
realização do boletim de ocorrência, pois caso contrário, não será permitido a 
condução do caso como estupro. 
 
 A alternativa que contém três afirmações corretas é: 
 
a) II, III e V 
b) II, III e IV 
c) I, II e III 
d) III, V e VI 
 
 
60. Tema: Aspectos Éticos e Legais em Ginecologia e Obstetrícia – PARTE II: 
 
I. A esterilização cirúrgica como método contraceptivo pode ser realizada no 
momento da resolução da gestação desde que a manifestação da vontade tenha 
ocorrido pelo menos 60 dias antes do parto. 
II. É vedado ao médico revelar segredo profissional referente a paciente menor de 
idade, inclusive a seus pais e responsáveis legais, desde que a menor tenha 
capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios 
para solucioná-los. 
III. Segundo a legislação brasileira em termos de Reproduçao Humana um casal 
pode utilizar-se de útero de substituição (barriga de aluguel) qualquer que seja a 
mãe hospedeira desde que não haja fins lucrativos no processo. 
IV. No caso de aborto pós estupro o médico pode recusar-se a realizar ato médico 
que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência. 
V. Em hospitais-escola é permitido aos acadêmicos/alunos de medicina atuarem 
como auxiliares em cirurgia desde que supervisionados pela equipe de 
preceptores e dentro de um programa de treinamento. 
VI. É direito do paciente recusar, com adequada informação, procedimentos 
diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados, ainda que isto implique 
em piora de seu prognóstico. 
 
 A alternativa que contém três afirmações corretas é: 
 
a) I, II e III 
b) II, IV e V 
c) I, IV e VI 
e) II, III e IV 
 
 
61. A tabela abaixo mostra os resultados de um estudo epidemiológico do tipo caso-
controle conduzido em hospitais e que avalia o uso de telefone celular como 
possível causa/fator de risco de tumores do cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela - Distribuição dos casos e controles segundo uso médio diário de telefone celular 
 
Uso médio 
(minuto/dia) 
Grupo 
 
 Casos Controles 
 
Total 
< 3 
 
3 ou + 
680 
 
113 
678 
 
139 
1358 
 
252 
 
Total 
 
 
793 
 
 
817 
 
 
1610 
 
 
 
Ao se analisar os dados da tabela chegou-se aos seguintes resultados: 
Medida de associação (X) = 1,23 (Intervalo de Confiança a 95% = 0,93 a 1,63). 
 
De acordo com tais resultados e levando-se em consideração tratar-se de estudo 
caso-controle, a medida de associação (X) apropriada, deverá ser: 
 
a) risco relativo, pois, está se calculando a incidência da doença. 
b) razão de prevalência, pois, trata-se de estudo transversal. 
c) odds ratio, pois, em estudos caso-controle não é possível estimar a incidência. 
d) risco atribuível, pois, neste caso é possível estimar o risco de tumores de 
cérebro atribuível ao uso de celular. 
 
 
62. A tabela abaixo mostra alguns indicadores de saúde por grandes regiões 
brasileiras (1980). 
 
Região Mortalidade 
proporcional < 1 ano 
Índice de Swaroop-
Uemura 
Norte 31,7 34,4 
Nordeste 34,7 39,1 
Sudeste 20,4 53,2 
Sul 18,2 56,1 
Centro-Oeste 21,5 42,8 
BRASIL 24,2 48,9 
 Fonte: Ministério da Saúde (Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde), 1983. 
 
Sabendo que o índice de Swaroop & Uemura é a proporção de óbitos ocorridos 
em indivíduos com 50 anos ou mais e de acordo com os dados acima, podemos 
afirmar que, em 1980: 
 
a) a região Sul era a que apresentava as melhores condições de vida e de 
saúde de sua população. 
b) a região Norte era a que apresentava melhor condição de vida e de saúde de 
sua população. 
c) o índice do Brasil era considerado satisfatório. 
d) o índice não tem valor na avaliação das condições de saúde. 
 
63. O gráfico abaixo refere-se à mortalidade proporcional por quatro causas de 
óbitos em capitais brasileiras de 1930 a 1990: 
 
 
 
 Fonte: Fundação Oswaldo Cruz; Dados Radis (agosto) 1984. 
 DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias 
 
Analisando os dados apresentados acima, observa-se a evolução temporal das 
causas de mortalidade no decorrer de 60 anos. O mesmo comportamento é visto 
também em países desenvolvidos. O fenômeno observado é conhecido como: 
 
a) transição demográfica 
b) transição epidemiológica 
c) transição demográfico-epidemiológica 
d) transição sanitária 
 
 
64. O gráfico abaixo refere-se à distribuição de casos de AIDS, segundo a razão 
Masculino/Feminino, de 1987 a 2002. 
 
 
Ao se analisar o gráfico pode-se afirmar: 
 
a) devido a maior transmissão do HIV por via vertical houve uma nítida 
diminuição da razão da prevalência de AIDS entre os sexos masculino e 
feminino; a este fenômeno dá-se o nome de heterossexualização da 
epidemia. 
b) devido a maior transmissão do HIV por via heterossexual, observa-se uma 
inversão da razão da prevalência de AIDS entre os sexos masculino e 
feminino; a este fenômeno dá-se o nome de feminização da epidemia. 
c) devido a maior transmissão do HIV por via homossexual entre homens, houve 
uma grande diminuição da razão da prevalência de AIDS entre os sexos 
masculino e feminino; a este fenômeno dá-se o nome de juvenização da 
epidemia. 
d) devido a maior transmissão do HIV pelo uso de drogas injetáveis entre 
mulheres, houve uma grande diminuição da razão da prevalência de AIDS 
entre os sexos masculino e feminino; a este fenômeno dá-se o nome de 
feminização da epidemia. 
 
 
65. Na condução de casos da nova gripe, conhecida como Influenza A (H1N1), o 
Ministério da Saúde orientou que não haveria mais necessidade de solicitar 
exames confirmatórios, e que os casos suspeitos deveriam ser conduzidos 
seguindo as mesmas orientações de quadros confirmados. Clínica e 
epidemiologicamente tal conduta está: 
 
a) incorreta, pois, a confirmação diagnóstica é essencial para o tratamento dessa 
doença. 
b) correta, pois, a espera pelo resultado do exame pode retardar o início do 
tratamento. 
c) indiferente, pois, a conduta não se alterafrente à confirmação do diagnóstico. 
d) indesejável, pois, ao não confirmar o diagnóstico, não há como conhecer o 
impacto da epidemia. 
 
 
 
 
 
66. Analise os resultados encontrados em um estudo de coorte onde foram 
verificados fatores associados ao risco de desenvolver pneumonia comunitária 
em crianças. 
 
Tabela - Fatores associados ao desenvolvimento de pneumonia comunitária em crianças de 28 
dias a 24 meses de idade após acompanhamento de 2 anos. 
 
Fatores associados Risco relativo IC 95% 
Escolaridade da mãe 
 Até 4 anos 3,8 (1,8 – 4,8) 
 4 – 8 anos 2,5 (1,5 – 5,0) 
 > 8 anos 0,6 (0,4 – 0,8) 
Institucionalização (freqüência à 
creches) 
3,0 (0,9 – 5,0) 
Aleitamento 
 Artificial 6,5 (3,5 – 8,0) 
 Natural (leite materno) 
 
0,5 
 
(0,3 – 0,8) 
Vacinação contra influenza (Gripe) – 
em crianças > 6 meses 
 
 Sim 0,6 (0,3 – 0,8) 
 Não 1,9 (1,4 – 2,1) 
 
Como fator(es) de proteção, para o desenvolvimento de pneumonia, 
estatisticamente significativo(s), encontrou(ram)-se: 
 
a) apenas aleitamento materno. 
b) apenas vacinação contra influenza. 
c) aleitamento materno e vacinação contra influenza. 
d) aleitamento materno, vacinação contra influenza e escolaridade materna 
acima de 8 anos. 
 
67. Uma pesquisa é conduzida para avaliar o uso da creatinoquinase (CK) como 
teste diagnóstico para infarto agudo do miocárdio (IAM). O teste foi realizado em 
360 pacientes consecutivos admitidos na unidade de cuidados intensivos com 
suspeita de IAM. O nível de CK de 80 UI foi considerado normal. Uma equipe de 
cardiologistas experientes, que não sabia do resultado da CK, avaliou cada 
paciente clinicamente, por eletrocardiograma e cateterismo coronariano. Os 
resultados são mostrados abaixo: 
 
 IAM 
Resultado da CK Prese
nte 
Ausente Total 
Positivo 215 16 231 
Negativo 15 114 129 
Total 230 130 360 
 
A prevalência de IAM e a sensibilidade do resultado da CK para o diagnóstico da 
doença nesta população é respectivamente: 
 
a) 215/231; 230/360 
b) 230/360; 215/230 
c) 231/360; 114/130 
d) 215/230; 231/360 
 
 
68. Sobre a promoção de saúde e a detecção precoce de doenças no adulto, 
assinale a alternativa correta: 
 
a) a melhor forma de colocar em prática tal abordagem faz-se por meio do 
estabelecimento de programas anuais de “check-up”. 
b) na escolha dos exames de rastreamento considera-se a prevalência das 
doenças e o valor preditivo dos testes, sendo que o aumento da prevalência 
leva a uma diminuição do valor preditivo dos mesmos. 
c) exames que possuam alta especificidade são aqueles ideais para ser incluídos 
em programas de prevenção primária de doenças. 
d) na abordagem seletiva, os testes de rastreamento devem ser solicitados de 
acordo com a idade, o sexo e as características clínicas do indivíduo. 
 
69. A tabela abaixo refere-se a casos de malária ocorridos na região extra-
amazônica por Unidade Federada provável de infecção, 1999 a 2007 
 
 
 
A análise da tabela permite concluir que: 
 
a) a malária na região extra-amazônica é um problema pouco relevante do ponto 
de vista de saúde pública. 
b) não ocorre transmissão autóctone de malária nos estados situados fora da 
área da Amazônia Legal. 
c) há necessidade de vigilância permanente para impedir a disseminação de 
transmissão autóctone em todos os estados. 
d) Estados distantes da Amazônia apresentam menor vulnerabilidade à 
reintrodução da malária. 
 
 
70. Os exames de ¨screening¨ para doação de sangue detectaram no sangue de um 
doador voluntário os seguintes resultados para hepatite B: HBsAg negativo, anti-
HBs positivo e anti-HBc positivo. Este quadro sorológico denota que o doador é: 
 
a) imune à hepatite B por ação de vacina tomada no passado. 
b) portador crônico de hepatite B. 
c) indivíduo com baixa replicação viral. 
d) imune à hepatite B por imunidade adquirida pela doença. 
 
 
 
 
71. Em artigo instigante publicado no British Medical Journal, em 2003, Smith G. e 
Pell J. realizaram uma busca sistemática na literatura médica de estudos 
experimentais objetivando demonstrar a eficácia do uso de paraquedas na 
prevenção de mortes e lesões decorrentes de saltos de grande altura. Como a 
busca resultou negativa, os autores propõem que aqueles que defendem 
intransigentemente a idéia de que intervenções nunca devem ser feitas com 
base em estudos descritivos, mas somente após a realização de estudos 
experimentais que demonstrem a sua eficácia, organizem e participem 
voluntariamente de uma investigação dessa natureza, randomizada, controlada 
por placebo, duplo cega e com ¨crossover¨, para testar o papel protetor dos 
pára-quedas. Desse artigo pode-se concluir que: 
 
a) estudos descritivos têm o mesmo valor que estudos analíticos em demonstrar 
associações entre eventos. 
b) a ausência de estudos experimentais dessa natureza na literatura médica 
deve-se ao desinteresse que tal assunto desperta no meio científico. 
c) a realização de tal estudo seria interessante uma vez que não existem 
investigações experimentais demonstrando a utilidade do uso de pára-
quedas. 
d) em determinadas situações, estudos descritivos são suficientes para 
apontarem a eficácia de medidas de intervenção. 
 
72. Homem, 29 anos de idade, comparece a unidade de saúde com quadro de febre 
aferida em 39º C, mialgia, artralgia e cefaléia frontal há 3 dias, com dor 
abdominal e vômitos. Ao exame nota-se hipotensão postural, hepatomegalia 
dolorosa e extremidades frias. Hematócrito aumentado em 20% acima do 
normal. A suspeita clínica mais provável e a sequência do encaminhamento 
seriam respectivamente: 
 
a) dengue clássico; hidratação por via oral, antitérmicos e observação domiciliar. 
b) síndrome do choque por dengue; hidratação intravenosa, repetir hematócrito 
e observação hospitalar. 
c) dengue hemorrágico; hidratação intravenosa, antitérmicos e observação 
domiciliar. 
d) dengue clássico; hidratação intravenosa, antitérmicos e observação 
hospitalar. 
 
73. O episódio hipotônico hiporesponsivo (EHH) é um quadro clínico que ocorre 
principalmente nas primeiras 6 horas após a aplicação de vacina, com uma 
freqüência de cerca de 1 evento para 1750 doses aplicadas. Ocorre após a 
aplicação da vacina: 
 
a) dT, dupla adulto (difteria e tétano) 
b) DT, dupla infantil (difteria e tétano) 
c) DPT, tríplice bacteriana (difteria, coqueluche e tétano) 
d) tríplice viral (rubéola, sarampo, caxumba) 
 
 
74. A figura abaixo retrata a evolução do número de casos e de hospitalizações por 
dengue no Brasil, de 1986 a 2009. 
 
 
 A análise da figura acima permite concluir que: 
 
a) o dengue no Brasil mostra um padrão de variação sazonal. 
b) até 1991, a doença mostrava-se endêmica no país. 
c) a queda em 2003 e 2004 deveu-se à melhoria das atividades preventivas. 
d) a elevação das internações em 2007 e 2008 denota aumento de casos 
graves. 
 
 
75. A figura abaixo retrata as epizootias de febre amarela entre primatas não 
humanos notificadas e investigadas no Brasil, em 2008 e 2009. 
 
 
 
 
 
Tendo em conta a situação epidemiológica atual da febre amarela no Brasil, 
pode-se concluir que: 
 
a) o fato de apenas São Paulo e Rio Grande do Sul terem tido epizootias 
confirmadas por febre amarela indica limitação da área de circulação do vírus 
amarílico. 
b) a grande ocorrência de epizootias no Rio Grande do Sul vem produzindo 
elevado número de casos humanos de febre amarela neste estado. 
c) a virtual inexistência de epizootias confirmadas para febre amarela em Minas 
Gerais é indicativa de reduzido risco de contaminação nas áreas rurais deste 
estado. 
d) a circulação enzoótica do vírus da febre amarela alargou-se em anos recentes 
em áreas geográficas não consideradas de risco até 12 anos atrás. 
 
 
 
76. O gráfico abaixo refere-se a tendência da mortalidade infantil no Brasil, por 
regiões, entre 1990-2007 (Ministério da Saúde, 2009). 
*até 26 de maio de 2009Fonte: SVS - MS 
 
 
 
 
 Várias são as causas para a tendência observada, EXCETO: 
 
a) aumento da cobertura vacinal. 
b) maior acesso aos serviços de saúde. 
c) aumento do grau de escolaridade das mães. 
d) melhoria do diagnóstico de doenças congênitas. 
 
 
77. Por meio de acesso a informações de dados secundários foi possível realizar 
estudo sobre a associação entre o aumento da cobertura vacinal pela vacina 
tríplice bacteriana (DPT) e a incidência de difteria no Brasil entre 1980-2003. 
 
 
 Esse modelo de estudo é conhecido como: 
 
a) ecológico 
b) transversal 
c) coorte 
d) caso-controle 
 
 
78. Numa investigação de contatos domiciliares de paciente adulto com tuberculose 
pulmonar com baciloscopia positiva, o visitador anotou as seguintes 
observações: 
 
Paciente nº 1: criança com 7 anos de idade, não vacinada com BCG, 
assintomática 
Paciente nº 2: criança com 5 anos de idade, vacinada com BCG, assintomática 
Paciente nº 3: criança com 3 anos de idade, não vacinada com BCG, 
apresentando tosse há 1 semana. 
 
Após a visita, os pacientes nº 1 e 3 foram convocados para realização do teste 
tuberculínico, resultando em teste não reator para o paciente nº 1 e reator para o 
paciente nº 3. Esse último paciente foi então submetido a radiografia de tórax, 
que resultou normal. 
Diante desses resultados recomenda-se como medida profilática para os 3 
pacientes, respectivamente: 
 
a) BCG; orientação; quimioprofilaxia 
b) quimioprofilaxia; orientação; BCG 
c) BCG; quimioprofilaxia; tratamento 
d) BCG; quimioprofilaxia; BCG 
 
 
Nas questões 79 e 80 encontram-se afirmações sobre o tema proposto divididas em 
partes I e II. Teste o seu conhecimento escolhendo a alternativa que contenha 3 
afirmações verdadeiras. 
 
79. Tema: Sistema Único de Saúde (SUS) - PARTE I: 
 
I. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as 
condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
II. A saúde tem como determinantes secundários mas não como condicionantes, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a 
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços 
essenciais. 
III. O SUS é o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e 
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e 
indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. 
IV. A iniciativa privada não poderá participar do SUS, em caráter complementar. 
V. Entende-se por Vigilância Epidemiológica um conjunto de ações capaz de 
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas de 
saúde decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde. 
VI. São considerados princípios do SUS: universalidade, integralidade da 
assistência, preservação da autonomia das pessoas, igualdade da assistência à 
saúde e direito a informação. 
 
 
 A alternativa que contém três afirmações corretas é: 
 
a) I, III e VI 
b) I, II e V 
c) II, III e VI 
d) III, IV e V 
 
 
80. Tema: Sistema Único de Saúde (SUS) - PARTE II: 
 
I. A direção do SUS é única, sendo exercida em cada esfera de governo. 
II. Os Conselhos Municipais de Saúde têm atribuições administrativas, sendo 
responsáveis pela execução de tarefas assistenciais constantes nas diretrizes 
do SUS. 
III. As prestações de contas das Secretarias Municipais de Saúde precisam de 
aprovação dos respectivos Conselhos Municipais de Saúde, sem prejuízo de 
terem que ser aprovadas pelos tribunais de contas estaduais. 
IV. Qualquer cidadão poderá participar de reuniões do Conselho Municipal de 
Saúde, tendo direito a voz, mas não ao voto. 
V. Os Conselhos Municipais de Saúde estão previstos em lei e a participação de 
representantes dos gestores, dos usuários e trabalhadores do Sistema Único de 
Saúde deverá estar contemplada. 
VI. O Conselho Municipal de Saúde é uma instância do Poder Legislativo municipal. 
 
 A alternativa que contém três afirmações corretas é: 
 
a) II, III e V. 
b) I, III e IV 
c) I, II e IV 
d) III, IV e VI 
 
 
81. Pré-pubere, 12 anos de idade, sexo masculino, refere desaceleração da 
velocidade de crescimento nos últimos dois anos, quando passou do percentil 25 
para o percentil 3 da curva populacional, estando entretanto ainda dentro do 
canal familiar. Nega desnutrição, uso de medicações ou sinais sugestivos de 
doença crônica. Investigação laboratorial revelou IGF-I =35ng/ml (-2DP) e 
concentrações normais de T4 e TSH. A causa mais provável da deficiência de 
IGF-I é: 
 
a) deficiência de Hormônio de Crescimento 
b) hipogonadismo hipogonadotrofico 
c) deleção do gene do IGF-I 
d) insensibilidade ao Hormônio de Crescimento 
 
 
82. Menino, 4 anos de idade, com crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor 
normal, sem antecedentes patológicos significativos apresenta pubarca e 
crescimento peniano há 6 meses. Exame físico: estatura e peso acima do 
percentil 97, fácies atípica, bom estado geral, presença de acne facial e discreta 
hipertrofia muscular. A genitália externa é masculina, em estágio puberal de 
Tanner G3P3, com pênis medindo 7 x 2 cm e testículos tópicos com volume de 
10 mL . Não são observadas outras anormalidades ao exame físico. A idade 
óssea estava avançada (8 anos) e a concentração de testosterona plamática 
elevada (190 ng/mL; VN< 40 ng/mL). Qual das opções abaixo contém o(s) 
exame(s) necessário(s) para a confirmação do diagnóstico? 
 
a) Dosagem de LH e FSH basal e/ou após estímulo com GnRH. 
b) Dosagem de 17-hidroxiprogesterona basal e após estímulo com ACTH. 
c) Dosagem de DHEA-S basal e após supressão com dexametasona por 5 dias. 
d) Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética do abdôme. 
 
83. A febre reumática: 
 
a) é um problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos como 
subdesenvolvidos. 
b) é sempre conseqüente a uma infecção estreptocócica de orofaringe 
(estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield). 
c) caracteristicamente a artrite ocorre em pequenas articulações e coluna 
cervical. 
d) entre as manifestações clínicas mais freqüentes, estão os nódulos 
subcutâneos e o eritema marginado. 
 
 
84. Criança, 10 anos de idade, há 10 horas apresentou febre isolada de 38,5ºC, dor 
abdominal discreta e 2 evacuações semi-líquidas em pequena quantidade, sem 
muco, pus ou sangue. Sem outras queixas. Em tratamento de meduloblastoma 
com último ciclo de quimioterapia há 5 dias. Ao exame: bom estado geral, 
descorado (+/+4), abdome normotenso, ruídos hidroaéreos presentes e 
aumentados, presença de discreta hiperemia perianal. Restante do exame sem 
alterações. 
Hemograma: Hb= 8,6 g/dl, GB=1.200/mm3 (12% segmentados e 88% linfócitos), 
Plaquetas: 68.000/mm3. Gasometria e dosagem de eletrólitos sem alterações. 
Além de solicitar culturas, a conduta é: 
 
a) prescrever soro de hidratação oral pós-perdas, e retorno em 24 horas para 
reavaliação, ou antes, se tiver piora do quadro. 
b) iniciar antibiótico por via oral, com retorno em 24 horas para reavaliação. 
c) internação para observação e definir conduta de acordo com a evolução e 
resultados das culturas. 
d) internação imediata, observação rigorosa e antibioticoterapia endovenosa de 
amplo espectro, incluindo cobertura para anaeróbios. 
 
85. Escolar, 7 anos de idade, é atendido no Pronto Socorro com crise de asma que 
teve início há 24 horas, sem febre. Mãe relata ter administrado Salbutamol por 
via oral, de 8/8 horas, desde o início da crise (4 doses até agora). Relata também 
que nos últimos meses as crises vêm se repetindo mais de 1 vez por semana, 
respondendo razoavelmente bem ao uso de beta-2 oral. Pelo menos 1 vez por 
semana, acorda à noite com crise e às vezes, vai ao PS, sem nunca necessitar 
ser internada, porém fazendo-a perder aulas. Ao exame: cooperativa, levemente 
dispnéica, com retrações intercostais leves. Ausculta pulmonar com sibilos 
expiratórios emambos os hemitoraces e FR=32ipm. Após uso de 2 doses de 
beta-2, inalado com intervalo de 20 minutos, houve melhora parcial dos 
sintomas. A conduta é 
 
a) internar + corticóide endovenoso. 
b) alta médica + beta-2, se possível inalado. 
c) internar + aminofilina endovenoso + corticóide intramuscular. 
d) alta médica + beta-2 (se possível inalado) + corticóide oral. 
 
 
 
86. Lactente com 40 dias de vida, feminino, tem história de icterícia e colúria desde 
a segunda semana de vida. É alimentado ao seio materno, com boa aceitação e 
bom ganho ponderal, porém regurgita muito. Mãe considera as fezes normais, 
apesar de serem claras. Ao exame, apresenta-se com bom aspecto geral, bem 
nutrido, ictérico, fígado de consistência firme, não nodular, não doloroso, a 3 cm 
do RCD e hepatimetria de 9 cm, baço palpável a 1 cm do RCE. Trata-se de: 
 
a) icterícia não obstrutiva prolongada, relacionada ao aleitamento materno, cuja 
evolução é benigna e a conduta expectante. 
b) icterícia não obstrutiva prolongada, porém como a criança está ganhando 
peso, pedir bilirrubinas (BT + frações), gamaglutamil transpeptidase (GGT) e 
aminotransferases (AST e ALT) com retorno em duas semanas. 
c) icterícia obstrutiva prologangada secundária a doença metabólica e a primeira 
conduta é suspender o leite materno, dar uma fórmula à base de soja e pedir 
exames laboratoriais para avaliar a função hepática. 
d) icterícia obstrutiva prolongada cujas etiologias mais prováveis são hepatite 
neonatal idiopática ou atresia de vias biliares extra-hepáticas e deverá ser 
definida até 8-10 semanas de vida. 
 
 
87. Lactente, 6 meses de idade, é levado ao Pronto Socorro por apresentar fezes 
liquidas, 4 a 5 vezes por dia, com assadura perineal importante, após episódio 
diarréico agudo ocorrido há 20 dias. Neste período perdeu cerca de um quilo de 
peso. Está em uso de leite de vaca diluído a 2/3, acrescido de açúcar e papas 
salgadas. O diagnóstico e a conduta são: 
 
 
a) diarréia aguda infecciosa, orientar soro hidratante oral e manter alimentação. 
b) diarréia crônica por intolerância à lactose, orientar fórmula extensamente 
hidrolisada. 
c) diarréia persistente, orientar fórmula infantil sem lactose. 
d) diarréia crônica por alergia à proteína do leite de vaca, orientar fórmula infantil 
a base de proteína isolada de soja. 
 
 
88. Criança, 11 meses de idade, em aleitamento misto e recebendo todas as papas, 
apresentou quadro de febre, vômitos e diarréia com estrias de sangue há 7 dias. 
Atendida no segundo dia de doença no Pronto Socorro, onde o pediatra 
prescreveu antitérmico, solução hidratante após perdas e dieta constipante. 
Procurou o serviço médico novamente no terceiro dia de doença porque, apesar 
do desaparecimento da febre, a criança continuava com estrias de sangue nas 
fezes. Foi prescrito, pelo plantonista, amicacina intramuscular, 2 vezes ao dia, 
por 7 dias e mantida a orientação de solução hidratante, por via oral. Há 2 dias 
cessou a diarréia, mas a criança começou a ficar prostrada e com diminuição 
importante da diurese. Mãe notou também, que a criança está muito pálida. 
Frente a esse quadro o diagnóstico mais provável é de: 
 
a) diarréia aguda infecciosa com desidratação. 
b) insuficiência renal aguda. 
c) nefrite por drogas. 
d) síndrome hemolítico urêmica. 
 
 
89. Mãe, ao escutar choro, vai ao quarto do filho de 4 anos e encontra um morcego 
na cama. Mora em bairro da periferia da cidade. A conduta correta é: 
 
a) fazer soroterapia e vacina contra raiva porque o morcego deve ser 
considerado animal de risco. 
b) enviar animal para vigilância sanitária para definir se espécie é hematófaga ou 
herbívora, antes da definição da conduta. 
c) fazer apenas vacina contra raiva pois acidente é apenas suspeito, sendo por 
isto considerado leve. 
d) dar banho na criança esfregando com água e sabão, não sendo necessária 
vacinação neste caso. 
 
 
90. Escolar, 7 anos de idade, há 4 dias foi atendida com quadro sugestivo de 
dengue. Estava afebril há 24h, porém apresentou piora do quadro clínico e 
retorno da febre. Foi atendida no Pronto Socorro com dor abdominal, vômitos e 
gengivorragia. Ao exame apresentava extremidades frias e cianóticas e PA= 
50x30mmHg. Foi diagnosticada síndrome de choque da dengue, sendo referida 
para terapia intensiva. Os dados clínico-laboratoriais que sugerem este 
diagnóstico são: 
 
a) hepatomegalia dolorosa, manifestações hemorrágicas, plaquetopenia, 
hemodiluição e choque hipovolêmico. 
b) vômitos volumosos, leucocitose, plaquetose, hemoconcentração e choque 
hipovolêmico. 
c) dor abdominal, hemoconcentração, leucopenia, plaquetopenia e falência 
circulatória. 
d) hepatomegalia dolorosa, leucocitose, plaquetopenia, manifestações 
hemorrágicas e choque hipovolêmico. 
 
 
91. Criança, 4 anos de idade, após realização de estudo radiológico e 
eletrocardiograma, foi encaminhada do Pronto Socorro para o hospital com 
suspeita de atresiada da válvula tricúspide. Os achados observados compatíveis 
com esta suspeita são, respectivamente: 
 
a) dilatação de ventrículo esquerdo e sobrecarga biventricular. 
b) cardiomegalia com hiperfluxo pulmonar e sobrecarga atrial esquerda. 
c) ventrículo esquerdo proeminente e sobrecarga atrial direita. 
d) hipofluxo pulmonar e sobrecarga biventricular. 
 
 
92. Mãe de lactente hígido, de 1 mês e meio de idade, traz o filho ao Pronto 
Socorro por ter notado um “caroço” na axila direita. A criança está ganhando 
peso adequadamente. Não há alterações ao exame físico, exceto pela presença 
de um gânglio axilar de 1,5 cm de diâmetro, arredondado, sem sinais flogísticos 
ou fistulizações nem aderências à planos profundos. O provável diagnóstico e a 
conduta mais adequada são: 
 
a) adenite reacional pela BCG; conduta expectante. 
b) adenite reacional pela BCG; isoniazida. 
c) tuberculose ganglionar; rifampicina, isoniazida, pirazinamida. 
 d) tuberculose ganglionar; isoniazida. 
 
 
93. Criança, 6 anos de idade se apresenta sonolenta, com hipertonia generalizada, 
sinal da roda denteada, rigidez de nuca e hipotensão. Familiares referem que 
durante a manhã a criança estava bem e ficou cerca de 2 horas brincando na 
casa da vizinha. Chegou sonolenta, não quis almoçar, sendo encaminhada para 
o Pronto Socorro. O Centro de Intoxicação orientou iniciar tratamento com 
biperideno, pensando tratar-se de intoxicação exógena por: 
 
a) antidepressivos tricíclicos ou anfetaminas. 
b) benzodiazepínico ou fenobarbital. 
c) beta-bloqueadores ou ácido valproico. 
d) fenotiazínico ou butirofenona. 
 
 
94. Recém-nascido, 20 dias de vida, alimentado ao seio materno e ganhando 10 
gramas/dia apresenta vômitos e 6 evacuações líquidas e esverdeadas por dia. 
Ao exame: choroso, ictérico ++/4, pupilas com aspecto opacificado, abdome 
globoso, fígado a 6 cm do RCD, endurecido. Glicemia pré-mamada=20 mg/dL. 
Urina com teste de Benedict +++. O diagnóstico mais provável é: 
 
a) hepatite neonatal por citomegalovírus 
b) galactosemia 
c) diarréia aguda por rotavírus 
d) atresia de vias biliares 
 
 
95. A hipoglicemia neonatal tem alto potencial lesivo e deve ser rastreada 
criteriosamente nos recém-nascidos pertencentes a grupos de risco. Pertencem 
ao grupo de risco: 
 
a) neonatos em jejum há mais de 3 horas e sem infusão endovenosa de glicose. 
b) recém-nascidos grandes ou adequados para a idade gestacional e filhos de 
mães muito jovens (<16 anos) ou com mais de 40 anos de idade, com 
obesidade. 
c) recém-nascidos com picos de temperatura >37,8ºC; hipernatremia (Na+ > 
150 mEq/l) ou com substâncias redutoras na urina. 
d) recém-nascidos grandes ou pequenos para a idade gestacional e cujas mães 
têm diabetes tipo I ou diabetes gestacional. 
 
96. Criança com 6 semanas de vida, nascida com 32 semanas de idade gestacional, 
com peso ao nascimento de 1,8 Kg, alimentada em seio materno exclusivo, 
apresentou em exame de rotina hemoglobina de 9,0 g/dL, com diagnóstico de 
anemia precoce do prematuro.As características desta anemia são: 
 
a) hipocrômica, microcítica e prevenível pela administração de 4 mg de ferro por 
quilo, por dia, após a primeira semana de vida. 
b) normocrômica, normocítica e não prevenível pela administração de ferro. 
c) invariavelmente benigna, normo ou macrocítica e prevenível pelo uso de 
polivitamínicos a partir da primeira semana de vida. 
d) hipocrômica, micro ou normocítica, isoimune (Coombs Direto positivo) e 
decorrente do deficit intra-eritrocitário da enzima G-6-PD. 
 
 
97. Recém-nascido a termo, 1 dia de vida, é internado em UTI-neonatal devido a 
início súbito de apatia e desconforto respiratório há 1 hora. Apresenta-se 
letárgico, com respiração profunda e rápida (FR=100ipm), FC=170bpm, 
PA=60x30mmHg, tempo de enchimento capilar de 2 segundos. A glicemia 
capilar é indetectável, suspeitando-se de erro inato de metabolismo. Os exames 
laboratoriais de sangue arterial revelam: 
 pH=7,07 Base Excess = -21 
 PO2=181mmHg Na
+= 136mEq/L 
 PCO2=11mmHg K
+= 4,0mEq/L 
 HCO3
- =4mEq/L Cl-= 99mEq/L 
 
 O diagnóstico é: 
 
a) acidose metabólica do tipo ânion gap normal e alcalose respiratória. 
b) acidose metabólica do tipo ânion gap aumentado. 
c) acidose metabólica do tipo ânion gap aumentado e alcalose respiratória. 
d) acidose metabólica do tipo ânion gap normal. 
 
 
98. Escolar, 8 anos de idade, 20 kg de peso, é encaminhado a hospital terciário com 
dor em joelho e coxa direita há 10 dias, após queda da própria altura. Evoluiu 
com febre alta e aumento progressiva da dor há 3 dias; apatia e queda 
importante do estado geral nas últimas 24h. Apresenta FR=40ipm, FC=160bpm, 
PA=70x40mmHg, com pulsos periféricos e centrais finos e tempo de enchimento 
capilar de 5 segundos. O tratamento inicial apropriado é: 
 
a) administrar soro fisiológico (400mL em 15 minutos), por acesso venoso 
periférico ou intra-ósseo. 
b) abrir via aérea colocando coxim sob os ombros; administrar oxigênio por 
máscara não reinalante a 15 L/min e infundir soro fisiológico (200mL em 15 
minutos), por acesso venoso periférico ou intra-ósseo. 
c) abrir via aérea colocando coxim sob a região occipital; administrar oxigênio por 
máscara não reinalante a 15 L/min e infundir soro fisiológico (400 mL em 15 
minutos) por acesso venoso periférico ou intra-ósseo. 
d) abrir via aérea colocando coxim sob a região occipital; administrar oxigênio por 
cateter nasal a 2 L/min e infundir soro fisiológico (200mL em 15 minutos) por 
acesso venoso central. 
 
 
Nas questões 99 e 100, encontram-se afirmações sobre o tema proposto. Teste seu 
conhecimento escolhendo a alternativa que contenha 3 afirmações verdadeiras. 
 
99. Tema: Com relação à vacinação na infância: 
 
 I. a vacina BCG protege contra as formas graves de infecções causadas pelo 
bacilo da tuberculose. 
 II. infecções pelo rotavírus devem ser prevenidas com três doses da vacina 
monovalente humana. 
III. ao completar cinco anos de idade a criança deverá ter recebido cinco doses 
de vacina tríplice bacteriana. 
IV. a vacina pneumocócica 7-valente é preconizada para crianças maiores de 5 
anos. 
V. em crianças com mais de cinco anos de idade deve-se aplicar a vacina contra 
o Haemophilus influenzae apenas nos casos em que existam fatores de risco 
conhecidos para a doença invasiva. 
VI. em crianças menores de 2 anos é recomendada a aplicação de 2 doses da 
vacina contra a febre amarela, com reforço a cada 10 anos. 
VII. a vacina dupla tipo infantil contem menores quantidades de toxóide diftérico 
que a dupla tipo adulto. 
VIII. crianças em tratamento com corticosteróides em doses elevadas e por 
tempo prolongado não podem receber vacinas de vírus vivo. 
 
 A alternativa que contém três afirmações corretas é: 
 
a) III, V, VII 
b) I, III, VI 
c) IV, VII, VIII 
d) II, IV, V 
 
 
100. Tema: Com relação ao aleitamento materno: 
 
 I. o colostro tem mais calorias que o leite maduro devido ao seu maior teor de 
gorduras. 
 II. o leite maduro tem maior concentração de proteínas que o colostro 
III. lactantes fazendo uso de carbamazepina, sertralina ou haloperidol não podem 
amamentar. 
IV. durante a fase II da lactogênese a descida do leite ocorre mesmo sem a 
sucção da criança ao seio. 
V. no tratamento da mastite infecciosa estão indicados medicamentos 
sintomáticos, antibióticos e a manutenção da amamentação. 
VI. O leite materno apresenta concentrações menores de proteína e cálcio e 
maiores de gordura e hidrato de carbono que o leite de vaca. 
VII. O leite materno apresenta concentrações maiores de ferro e lactoferrina que 
o leite de vaca. 
 
 
 A alternativa que contém três afirmações corretas é: 
 
a) IV, V e VI 
b) I, V e VI 
c) IV, V e VII 
d) II, III e IV

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