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Caderno de criminologia II

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01 – qual é o conceito de criminologia?
Visa estabelecer um diagnóstico do fenômeno criminoso, explicando e prevenindo o crime, intervindo na pessoa do infrator, estudando modelos de resposta ao delito. É mais abrangente que o Direito Penal.
A palavra criminologia deriva do latim CRIMEM (delito) e do grego LOGOS (tratado). Então, possui o significado de TRATADO DO CRIME, ou seja, O ESTUDO DO CRIME.
02 – qual é o objeto de criminologia?
Até o século XX, a criminologia possuía como objeto apenas o DELITO e o DELIQUENTE, ou seja, eram dois objetos.
Atualmente, preocupa-se com quatro objetos de estudos: DELITO, DELIQUENTE, VÍTIMA e CONTROLE SOCIAL.
03 – qual é o método utilizado?
Ocupa-se de três métodos de estudo:
A – empírico: 
 Trata-se da observação ou análise da realidade. O criminólogo aproxima-se do objeto de estudo.
Por ex: - no estudo de crimes de colarinho branco os criminólogos irão analisar a realidade em repartições públicas, em grandes empresas.
B – Indutivo: 
 Parte do acontecimento particular em direção ao geral. Inicialmente, a criminologia vai à base, para depois traçar os aspectos gerais. Lembrando que o Direito Penal parte da análise geral para o particular (método dedutivo).
C – Interdisciplinar: 
A criminologia conta com a contribuição dos vários ramos do conhecimento (BIOLOGIA, ANTROPOLIGIA, SOCIOLOGIA), pois, preocupa-se com a realidade, a fim de compreender o fenômeno criminal para transformar essa realidade.
04 – como se dividem as teorias criminológicas?
Dividem-se, em:
A – teorias do consenso;
B – teorias do conflito.
05 – quais são as teorias do consenso?
Para essas teorias:
	A finalidade da sociedade é atingida quando suas instituições obtêm perfeito funcionamento, verificando-se nas hipóteses em que os cidadãos aceitam as regras vigentes e compartilham as regras sociais dominantes.
As teorias do consenso são: ESCOLA DE CHICAGO, ANOMIA, ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL e SUBCULTURA DELINQUENTE.
06 – quais são as teorias do conflito?
Para as teorias do conflito, a ordem na sociedade é fundada na força e na coerção, ou seja, na dominação por alguns e obediência de outros. Segundo essas teorias, inexistem acordos em torno de valores.
São elas:
A – labelling approach – teoria da rotulação social, do etiquetamento, da reação social;
B – teoria critica ou radical – neorrealismo de esquerda, direito penal mínimo e abolicionismo penal.
07 – quais são as principais escolas criminológicas?
São elas:
A – escola clássica;
B – escola positiva;
C – escola de política criminal ou moderna alemã;
D – terza scuola.
08 – quais são as teorias do consenso ou da integração?
A – Escola de Chicago
Também chamada de TEORIA ECOLÓGICA ou da ECOLOGIA CRIMINAL, porque relaciona o MEIO como FENÔMENO DE EXPLICAÇÃO DA REALIDADE. Surgiu no início do século XX, através de membros de sociologia da Universidade de Chicago, recebendo investimentos de Rockfeller. 
Desorganização social  a explicação ecológica do crime atém a isso. Atribuía à sociedade desorganizada, e não ao indivíduo, as causas do fenômeno criminal.
Mutação social das grandes cidades – Na análise empírica do delito, interessa-se em conhecer os mecanismos de aprendizagem e transmissão das culturas consideradas desviadas, por reconhecê-las como fatores de criminalidade.
Na perspectiva da Escola de Chicago, a compreensão do crime sistematiza-se a partir da observação de que a gênese delitiva se relacionava diretamente com o conglomerado urbano.
 B – Teoria da Anomia
É chamada também de TEORIA ESTRUTURAL FUNCIONALISTA.
Durkheim
Para ele é a ausência, a desintegração, o desmoronamento das normas sociais, ocasiona a crise de valores.
Há a pontencialização de atos criminosos. Salienta-se que o crime fere a consciência coletiva. O crime é o fenômeno normal da sociedade, necessário e útil.
Todavia, o crime deve permanecer dentro dos limites de tolerância. A sanção penal exerce papel de destaque neste controle do crime, porquanto sua finalidade primordial não é a prevenção especial ou geral, mas sim a satisfação da consciência coletiva.
Quando a função da pena não é cumprida, por exemplo, instaura-se uma disfunção no corpo social que desacredita no sistema normativo de condutas, fazendo surgir a Anomia. 
A anomia não significa ausência de normas, mas o seu enfraquecimento na influência das condutas sociais.
Merton
Entende que anomia é um desajuste nos fins culturais, na meta de sucesso e nos meios institucionais disponíveis. Defende que a anomia é o sintoma do vazio produzido quando os meios socioestruturais não satisfazem as expectativas culturais da sociedade, fazendo com que a falta de oportunidade leve à prática de atos irregulares para atingir a meta cobiçada.
C – Teoria da Associação diferencial
Também chamada de TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL OU TEORIA DO APRENDIZADO.
Possui como principal autor SUTHERLAND.
Surgem, nesta teoria, os estudos acerca dos crimes de colarinho branco, aqueles que são cometidos no âmbito da profissão, por pessoa de elevado estatuto social e respeitabilidade.
A conduta desviada não pode ser imputada a disfunções ou inadaptação dos indivíduos das classes mais baixas socioeconomicamente, senão à aprendizagem efetiva dos valores criminais, o que pode suceder em qualquer cultura – o crime não é hereditário, não se imita e não se inventa. Assim, não é algo fortuito ou irracional. O crime se aprende.
A associação diferencial é o processo de aprender alguns tipos de comportamento desviante, que requer conhecimento especializado e habilidade, bem como a inclinação de tirar proveito de oportunidades para usá-las de maneira desviante. 
A conduta criminal se aprende em interação com outras pessoas, mediante um processo de comunicação. Requer, pois, uma aprendizagem ativa por parte do indivíduo. A parte decisiva do processo de aprendizagem ocorre no seio das relações mais íntimas do indivíduo com seus familiares ou pessoas de seu meio.
Colarinho branco – há três fatores que dificultam a sua punição:
I – as pessoas que cometem os crimes de colarinho branco são poderosas e respeitadas na sociedade;
II – dificuldade na punição pelas leis e obstáculos;
III – Efeitos complexos e difusos, pois a sociedade não sente diretamente.
D – Teoria da subcultura delinquente
Surge quando os indivíduos menos favorecidos se associam para a prática de condutas desviadas, seguindo um padrão de valores dentro dessa cultura.
Ao contrário da Escola de Chicago, a causa etiologia do crime não está atrelada à desorganização social, mas aos sistemas de normas e valores distintos para a sociedade tradicional.
Albert Cohen  cita a existência de subculturas (cultura dentro outra cultura) que não aceitam valores disseminados. Porque possuem valores próprios.
Há, ainda, a contracultura  caracterizada pela contradição de valores e comportamentos reputados como prioritários para a sociedade tradicional.
Caracteriza-se por um comportamento de transgressão determinado por um subsistema de conhecimento, crenças e valores que determinam formas particulares de comportamento.
A teoria possui uma visão limitada da criminalidade.
Aqui não é utilitarista, mas, sim, porque predomina em seus comportamentos o significado simbólico nas ações. Porque existe uma intenção, um espírito no contexto cultural.
A crítica dessa teoria é a sua pretensão generalizadora. Porém focada apenas nas experiências da delinquência juvenil nos grandes centros urbanos. Não justificando a delinquência que se produz à margem da correspondentes subculturas nem os comportamentos regulares que também têm lugar no seio daquelas.
09 – quais são as teorias do conflito?
A – Labelling Approach (rotulação social, etiquetamento, reação social)
Surgiu na década de 60, nos EUA, com os movimentos de fermentos de ruptura, ou seja, uma série de movimentos sociais, políticos, feministas, raciais.
Desviação primária: - primeira vez do indivíduo no crime.
Desviação secundária: - reincidência que é a reação social à desviação primária.
O labelling Approach  aponta que as instâncias de controle socialdefinem o que será punido e o que será tolerado. É a seletividade do Sistema Penal. Dá o enfoque aos processos de criminalização.
A criminalidade é tratada não só como uma qualidade de uma determinada conduta, mas sim como resultado de um processo de estigmatização da conduta (carimbo, rótulo), fruto do direito penal seletivo.
B – Teoria Crítica ou Radical
Base marxista  o delito é produto do modo de produção capitalista. O Direito não é uma ciência, mas sim uma ideologia. Assim, determinados atos são considerados criminosos devido aos interesses das classes dominantes.
Afirma que o Direito Penal serve para alimentar as desigualdades sociais, é uma técnica de manipulação da sociedade.
 É a chamada criminologia crítica (neorrealismo de esquerda, direito penal mínimo e abolicionismo penal).
A – neorrealismo de esquerda
Surgiu como resposta ao Direito Penal Máximo. Entende que o cárcere deve ocorrer em casos específicos, para crimes mais graves. Em regra, deve ser evitada a aplicação da pena privativa de liberdade, descriminalizando certos comportamentos.
B – Direito Penal Mínimo
A aplicação irracional da pena gera mais violência que o próprio crime. Por isso, o Direito Penal deve ser aplicado aos crimes de racismo, de colarinho branco, ou seja, crimes que são praticados contra oprimidos. Não há sentindo em punir os crimes de massa, a exemplo dos furtos. A intervenção deve ser mínima.
C- abolicionismo penal
Como o Direito Penal não cumpre sua função social, apenas produz marginalização ou estigmatização, deve ser abolido do ordenamento penal. 
Surge como reação ao Movimento de Lei e Ordem, defendendo, por seu turno, postulados contrários ao do último. 
É um movimento relacionado à descriminalização, que é a retirada de determinadas condutas de leis penais incriminadores e à despenalização, entendida como a extinção de pena quando da prática de determinadas condutas.
A sociedade já conta com formas não penais de solução de conflitos, como a reparação civil, o perdão, arbitragens e outros.
Criminologia na antiguidade
Isocrátes – 436 – 338 a. C
Ele enfatizava para a problemática da ocultação do crime, segundo o pensador ocultar o crime é tomar parte nele.
Protágoras 485-415 a.c
Foi o primeiro defensor da Teoria da Exemplaridade da pena, ou seja, defendia a função preventiva da pena, e não a vislumbrava como um simples castigo e, sim como meio de evitar a prática de novas infrações pelo exemplo que deveria dar a todos os membros de um corpo social.
Sócrates 470-399 a.c
Destaca a importância da ressocialização na medida em que pregava a necessidade de ensinar os delinquentes e não reiterar a conduta delitiva.
Estudo da pena e sua finalidade.
Não deixou qualquer escrito.
Platão foi o principal percursor.
Hipócrates 460-355
Foi o grande crítico da concepção religiosa sobre as doenças mentais.
Contribuiu de modo efetivo para a separação da Medicina, da religião, da Filosofia e da Magia.
Platão 427-347 a.C
Ele sustentava que a ganância, a cobiça ou a cupidez geravam a criminalidade.
O estudo da Etiologia do crime, análise das causas da criminalidade.
Aristóteles 388-322 a.c
Considerado o fundador da corrente psicológica do crime, seguia a mesma linha de pensamento de Platão.
Criminologia na Idade Média
Os principais estudiosos da época, Tomás de Aquino, elenca a pobreza é que dá causa a criminalidade.
Santo Agostinho 354-430
A pena deveria assumir um papel de defesa social, com a finalidade de promover a ressocialização do delinquente, evitando a reincidência.
Para o Monge, a pena de Talião é a justiça dos injustos, devendo ser a pena uma ameaça e um exemplo, uma medida de defesa social e principalmente um meio de contribuição para a regeneração do culpado.
Criminologia na fase do renascimento
No que tange ao pensamento criminológico, nesse período destacam se alguns autores, em ênfase a Thomas Morus.
Thomas Morus
Por meio de sua obra intitulada “Utopia”, o autor aborda o problema da criminalidade que se fazia presente intensamente na Inglaterra.
Morus – defendia que a desigualdade entre os povos oportuniza maiores índices de criminalidade. O delito é produzido por fatores econômicos e pela guerra.
Outros dois nomes de importância da época foi de Erasmo de Roterdam e Martinho Lutero. O primeiro autor defendeu que, o problema do crime se relaciona com a pobreza, ou seja, esta leva ao crime.
Já Martinho Lutero fez uma distinção entre a criminalidade urbana e a criminalidade rural.
Criminologia no Iluminismo
Beccaria
A prevenção do crime ocorre quando as leis são claras e quando tais não favorecem determinada classe da sociedade.
A lei deve proteger todos os seus membros e a liberdade deve andar acompanhada da luz, difundindo-se a cultura. As penas devem ser moderadas e adequadas ao mal social causado pelo crime.
Assim, a pena não deve recair sobre o inocente, que comete o delito em face de sua necessidade e desespero. A pena deve ainda, ser aplicada ao plebeu e também ao nobre.
John Howard
Suas ideias tiveram uma importância extraordinária, considerando-se o conceito predominantemente vindicativo e retributivo que se tenha, em seu tempo sobre a pena e seu fundamento.
Jeremy Betham
Defendeu suas ideias sobre o famoso panótico. Foi o primeiro a apontar para a importância da arquitetura penitenciária, exercendo sobre essa uma inegável influência. Embora ele desse muita importância à prevenção especial, considerava que esta finalidade devia situar-se em segundo plano, com o objetivo de cumprir o propósito exemplificante da pena.
Montesquieu
Há quatro tipos de crimes segundo tal pensador, sendo eles aqueles que ofendem a religião, os costumes, a tranquilidade e a segurança dos cidadãos.
Voltaire
Também lutou pela reforma do sistema carcerário e pela limitação da pena de morte, defendendo que tal método de punição é inútil. A pena deve ser útil, não se deve pensar em qual pena é mais branda.
Rousseau
Também criticou a pena de morte. Segundo o autor a propriedade privada é a fonte de toda problemática social.
Período da Antropologia Criminal da Criminologia
É o período marcado pelo embate do livro arbítrio e do determinismo biológico no que tange as relações delituosas. O livre arbítrio é defendido pela Escola Clássica e refutado pela Escola Positivista.
Escola clássica – defendia o livro arbítrio.
Escola positivista – refutava o livro arbítrio.
Período da Sociologia Criminal
Período em que foram refutadas as concepções de Lombroso.
Valoravam-se os fatores exógenos do que os endógenos.
Três grandes grupos de teorias fizeram parte desse período:
- antropossociais: - o meio social influencia sobre o criminoso antropologicamente nato.
- sociais propriamente ditas: - valoração somente dos fatores exógenos, total exclusão dos fatores endógenos.
	socialistas: - o fator econômico é preponderante sobre todos os fatores sociais.
	
Conceito de criminologia
A Criminologia preocupa-se com o estudo do crime e do criminoso, as interações sociais, psíquicas, biológicas, comportamentais e ambientais como fatores da criminogênese.
A criminologia preocupa-se também com a vítima e com o controle social da criminalidade. Sendo uma ciência empírica e interdisciplinar.
Diferenças entre Direito Penal, Criminologia e Política Criminal
Direito penal:
	analisa os fatos humanos indesejados, define quais fatos devem ser rotulados como crime ou contravenções anunciando as respectivas penas. Ocupa-se do crime enquanto norma.
	Analisa os fatos humanos indesejados.
	Define quais devem ser rotulados como crime.
	Ocupa-se do crime enquanto norma.
	Define como crime lesão no ambiente doméstico e familiar.
Criminologia
	é a ciência empírica que estuda o crime, o criminoso, a vítima e o comportamento da sociedade.
	Ocupa-se do crime enquanto fato.
Política criminal
	trabalha as estratégias e meios de controle social da criminalidade. Ocupa-se do crime enquanto valor.
Funções da Criminologia
1 – qual é a função linear da criminologia?
→ É informar a sociedade e os poderes públicos sobre o crime, o criminoso,a vítima e o controle social, reunindo um núcleo de conhecimentos seguros que permita compreender cientificamente o problema criminal, preveni-lo e intervir com eficácia e de modo positivo no homem criminoso.
→ Indicar um diagnóstico qualificado e conjuntural sobre o crime.
→ explicar e prevenir o crime, avaliar os diferentes modelos de resposta ao crime e intervir na pessoa do infrator.
2 – porque a criminologia não é causalista com leis universais exatas e nem mera fonte de dados ou de estatística?
→ Porque é uma ciência prática, preocupada com problemas e conflitos concretos, históricos.
3 – qual é o papel da criminologia no cenário social?
→ É a constante luta contra a criminalidade, o controle e a prevenção do crime.
4 – como está dividido o alcance da criminologia?
Está dividido em:
a – explicação científica do fenômeno criminal;
b – prevenção do delito;
c – intervenção no homem deliquente.
5 – como é demonstrado a prevenção do delito para a criminologia?
É demonstrado pela:
a – ineficácia da prevenção penal – que estigmatiza o infrator, acelera a sua carreira criminal e consolida o seu status de desviado;
b – maior complexidade dos mecanismos dissuasórios – certeza e rapidez da aplicação da pena mais importante que a sua gravidade;
c – necessidade de intervenção de maior alcance: ambientais, melhoria das condições de vida e reinserção dos ex-reclusos na sociedade.
Classificação da criminologia
1 – como a doutrina ente que a criminologia é classificada?
Em dois ramos:
a – criminologia geral:
→ consiste na sistematização, comparação e classificação dos resultados alcançados nas ciências criminais em relação ao crime, criminoso, vítima, controle social e a criminalidade.
B – criminologia clínica:
→ consiste na aplicação dos conhecimentos teóricos: conceitos, princípios e métodos de investigação médico-psicológico, para o tratamento do criminoso.
Outras classificações
1 – científica
Cuida dos conceitos e métodos sobre a criminalidade, o crime, o criminoso, da vítima e da justiça penal.
2 – aplicada
Consiste na parte científica e a prática dos operadores do direito.
3 – acadêmica
Consiste na sistematização de princípios para fins pedagógicos e didáticos.
4 – analítica
Consiste em verificar o cumprimento do papel das ciências criminais e da política criminal.
5 – crítica ou radical
Prima pela negação do capitalismo e apresentação do criminoso como vítima da sociedade, tendo como base as idéias do marxismo.
6 – da reação social
Consiste na atividade intelectual que estuda os processos de criação das normas penais e sociais que estão relacionadas com o comportamento desviante.
7 – organizacional
Compreende o processo de criação de leis, a infração a essas normas e os fenômenos de reação às violações das leis.
8 – clínica
Consiste no estudo dos casos particulares com o fim de estabelecer diagnósticos e prognósticos de tratamento, numa identificação entre a delinqüência e a doença.
Destina a diagnosticar periculosidade ou a mensurar os efeitos do tratamento penitenciário, que, em boa medida, reproduzia os métodos psiquiátricos e acabava em prognósticos de conduta. Baseia-se na idéia de relação médico-paciente.
8 – verde ou green criminology
Consiste na responsabilidade penal de empresas e indústrias por delito ecológico, protegendo o meio ambiente dos ataques prejudiciais às biodiversidade.
9 – do desenvolvimento
Consiste no estudo voltado à idade e à fase de crescimento do indivíduo, classificando as variáveis do comportamento delituoso ao longo de sua vida. Idade que o indivíduo iniciou sua vida criminosa é levada em consideração, bem como suas experiências e outras considerações suscetíveis de medições em momentos distintos da vida, isto é, o estudo longitudinal e a medição constante. Acredita-se que a prevenção da criminalidade seja efetiva e eficaz quando há a interrupção dos motivos que conduzem o indivíduo a prática delituosa.
10 – midiática
É aquela que atende a uma criação da realidade através da informação, subinformação e desinformação da mídia, afastando-se de estudos acadêmicos, em convergência com preconceitos e crenças, que se baseia em uma etiologia criminal simplista, assentada em uma causalidade mágica.
ZAFFARONI → aponta que as criminologias midiáticas variaram muito no tempo, em decorrência do meio de comunicação próprio de cada época. Entretanto, sempre foram construídas diante de uma causa mágica, isto é, a ideia da causalidade especial, usada para canalizar a vingança contra determinados grupos humanos eleitos como “bodes expiatórios”.
Direito Penal e o Crime
1 – como o direito penal conceitua o crime?
Apresenta uma abordagem legal e normativa. É toda conduta ofensiva a preceitos primários que redunda em imposição de sanções. O plano inicial é o princípio da legalidade. Sem lei não há crime. A lei é o limite do conceito de crime para o direito penal.
Objeto de estudo da Criminologia
A criminologia tem como finalidade: o crime, o delinquente, a vítima e o controle social.
O crime:
Quando estudado na criminologia ganha um panorama diferente de observação, uma vez que para a criminologia o crime é um problema social e comunitário.
A criminologia aborda uma diversidade de elementos a fim de entender o fenômeno social como aumento da população.
Criminoso:
A criminologia estuda o criminoso com base na realidade em que ele se encontra, questionando as razões dele não se submeter à lei.
O meio em que o criminoso se encontra é capaz de influencia-lo a cometer crimes.
Ao longo dos tempos, a concepção que se tinha de criminoso foi sendo modificada:
Concepção clássica: - o criminoso é um pecador que optou pelo mau e devia respeitar as leis.
O homem é livre, são todos iguais. Não há diferença entre o homem delinquente e o não delinquente.
Concepção positivista: - a inexistência do livre arbítrio e por isso o criminoso cometeria crimes, em razão de suas características biológicas. É a grande contribuição de Lombroso.
Aqui o homem não tem liberdade de escolha e nem controle de seus atos. Ele é um prisioneiro da sua própria patologia, escravo da sua carga hereditária, um animal selvagem e perigoso.
Concepção correlacionista: - O Estado dirige a vida do criminoso por ele não ser capaz de fazer livremente. O criminoso é um ser deficiente de capacidade mental. A responsabilidade penal é coletiva, solidária e difusa. A função da pena é uma verdadeira tutela social.
Concepção Marxista: - O criminoso na verdade é uma vítima da sociedade, das estruturas de Poder.
Vítima
Vitimização primária – consiste no dano à vítima causada pelo próprio crime. É o primeiro efeito que o crime traz a vítima que é o prejuízo causado pela conduta delituosa.
Vitimização secundária – consiste no prejuízo da intervenção do Estado em razão do descaso que é dado a vítima. Ela sofre com isso logo na fase da investigação, pois é tratada com desconfiança.
Vitimização terciária – consiste no preconceito da sociedade em face da vítima, o próprio grupo social por vezes incentiva a vítima a calar-se diante do crime.
Controle Social
Busca compreender os meios de controle da criminalidade, por meio da prevenção de comportamentos desviantes e a punição, quando do resultado da falha do primeiro.
É o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem promover e garantir a submissão do indivíduo aos modelos e normas comunitários.
Espécies de controle social
Controle formal
São os oficiais que se originam do Estado.
É a própria atuação do aparelho político do Estado, como a polícia, a justiça, o sistema penitenciário, o Ministério Público, o Exército, etc.
Controle informal
São os mecanismos casuais, como a família, a escola, a profissão, a religião, etc.
Métodos da criminologia
A criminologia como ciência, pauta-se na observação da realidade, com vistas a compreender o fenômeno da criminalidade, utilizando dois métodos:
Método empírico
Baseia-se na observação.
É um método indutivo de análise e observação em razão da criminologia se basear na experimentação.
Métodointerdisciplinar
É por isso que a criminologia é considerada uma ciência, uma vez que possui a função de compreender o fenômeno criminoso por meio do estudo da realidade, assim como, o seu objeto que é o crime, a vitima, o criminoso e o controle social.
Classificação da Criminologia
Ela é classificada em:
Criminologia geral
É a sistematização, comparação e classificação dos resultados obtidos no âmbito das ciências criminais acerca do crime, criminoso, vítima, controle social e criminalidade.
Criminologia Clínica
É a aplicação dos conhecimentos teóricos no tratamento dos criminosos.
Criminologia científica
Utiliza de conceitos e métodos acerca da criminalidade, do criminoso, da vítima e da justiça penal.
Criminologia aplicada
Abrange tanto a porção científica quanto a prática dos operadores do Direito.
Criminologia acadêmica
Sistematiza os princípios para fins pedagógicos.
Criminologia analítica
Verifica se as ciências criminais e a política criminal estão cumprindo suas finalidades.
Criminologia crítica ou radical
Critica o sistema capitalista, o criminoso é vítima deste. Bases Marxistas.
As primeiras escolas criminológicas
Escola Clássica
Diferente do pré-iluminismo, aqui evidencia que a pena devia ser proporcional ao dano causado.
O direito penal tem um fim de tutela, devendo ser a pena justa, conhecida de todos e proporcional.
Percebe-se que há uma evidência para o princípio da legalidade e da proporcionalidade.
A responsabilidade penal é pautada no livre arbítrio e na imputabilidade penal, ou seja, o homem criminoso é livre para escolher entre o bem e o mal e acaba escolhendo o mal.
Os indivíduos tem vontade livre e consciente.
A pena é uma resposta objetiva, pois ela é uma retribuição da prática delituosa.
A lei vem da ordem jurídica e moral.
O crime é um ente jurídico.
A responsabilidade penal tem fundamento na responsabilidade moral.
A pena tem natureza de retribuição jurídica.
A utilização do método lógico-dedutivo.
Não se preocupa especificamente com o homem criminoso.
Acredita no livre arbítrio, de modo que o criminoso não pode sofrer influência interna ou externa.
Escola Positivista
Inaugurou o período da cientificidade da criminologia.
Aqui são superadas as discussões filosóficas e passa a buscar por meio da experimentação, da racionalidade compreender o homem e a razão dele entrar na criminalidade.
O estudo sobre o homem é realizado por meio de outras ciências como a psicologia, a psiquiatria, a antropologia e a sociologia, havendo uma análise dos seus comportamentos.
A criminalidade para a escola positiva é um fenômeno natural de causa determinada e por isso as causas do crime devem ser estudadas pelo método científico, diferenciando da escola clássica, pois a finalidade é prever os meios de se combater o delito.
A responsabilidade penal tem fundamento na responsabilidade social.
O crime é uma realidade fenomênica que contraria a ordem jurídica positiva.
Estabelece que o criminoso sofra influência interna ou externa na prática.
A pena é um meio de defesa social.
O homem criminoso é considerado como ponto de partida do estudo do direito penal, observado sua realidade biológica e social.
Utiliza-se o método experimental.
Defendia a tese do criminoso nato, ou seja, o delinquente já nascia com predisposição genética à prática de crimes. Em sua obra, Sérgio Salomão Schecaira estabelece que nos anos 40, vinte e sete dos quarentas e oito Estados Norte Americanos autorizavam ou impunham medidas de castração ou de estelerização de loucos e delinquentes, sendo a primeira dessas leis do Estado de Michigan. Na Alemanha, desde os anos 1933 a 1934, havia normas autorizadoras de castração de delinquentes sexuais e degenerados.
Fases da Escola positiva
Período antropológico
Cesare Lombroso – foi o fundador da Escola positiva biológica que partia da ideia básica da existência do criminoso nato, cujas anomalias davam origem a um tipo antropológico específico.
A principal contribuição dele foi a adoção do método empírico indutivo em suas investigações que consiste em partir de observações particulares para o geral.
Para Lombroso, o criminoso já nasce criminoso.
Período sociológico
Enrico Ferri - Ele criou a expressão “escola clássica”.
Autor da obra “Sociologia Criminal”, apontava os fatores sociais, antropológicos e físicos como as causas do crime.
Defendia o determinismo social e a negação do livre arbítrio.
Período Jurídico
Rafael Garófalo
É o criador do termo criminologia.
Defendia que o crime estava no homem e se revelava como sua degeneração.
Classificou os criminosos em natos, fortuitos, defeito moral especial, adotando para os primeiros a pena de morte.
Acreditava em duas espécies de delitos: os legais e os naturais.
Acreditava na verificação prática do crime e do criminoso (concretismo).
Principais diferenças entre a Escola Clássica e a Escola Positiva
	Escola Clássica
	Escola Positiva
	Ideias enraizadas na razão iluminista
Possui plano de discussão filosófico
O crime deriva de uma violação legal
A pena como meio de reparação
Há um estudo abstrato
	Há um plano de estudo cientifico
O crime é um fenômeno natural e social, produto dos fatores físicos, sociais e biológicos.
A pena é um meio de defesa do próprio crime. É uma medida de segurança para a sociedade.
O estudo é científico.
Escola Moderna Alemã
Escola eclética de maior notoriedade, tendo como principal expoente o mestre Franz Von Litz. Foi um movimento semelhante ao positivismo crítico da Escola Italiana.
Principais características
Pena justa é a necessária.
O direito penal deve apresentar uma utilidade que seja capaz de ser registrado e captado pela estatística criminal.
Necessidade de distinguir o direito penal das demais ciências criminais, como a sociologia, a antropologia, dentre outras.
Prega a distinção entre imputáveis e inimputáveis pela determinação do indivíduo.
Aplicação da pena para o imputável e medida de segurança para o inimputável.
O crime é concebido como fenômeno humano-social e fato jurídico.
A pena deve ter uma função finalística, devendo-se ajustar a própria natureza do delinquente.
Prioriza a finalidade preventiva, particularmente a prevenção especial, não afastando o caráter retributivo da pena.
Enfatiza a substituição ou a eliminação das penas privativas de liberdade de curta duração.
Escola Terza Italiana
Primeira escola das correntes ecléticas que conciliam os postulados das Escolas Clássicas e Positivistas.
O principal expoente foi Manuel Carnevale que publicou o famoso artigo Uma Terza Scuola di Diritto Penale, em 1891.
Acolhe o princípio da responsabilidade moral e a distinção entre imputáveis e inimputáveis.
Não aceita que a responsabilidade moral fundamenta-se no livre arbítrio.
Determinismo psicológico.
Escola Técnico-jurídica
Teve como principal expoente Arturo Rocco.
A principal preocupação é dar fim a confusão metodológica gerada pelos positivistas que confundiam o campo do Direito Penal, da Criminologia e da Política Criminal.
Aponta para o verdadeiro objeto do Direito Penal que é o fenômeno jurídico.
Defende que a ciência penal é autônoma, com objeto, método e fins próprios, não podendo ser confundida com outras causal-explicativas.
O crime é pura relação jurídica de conteúdo individual e social.
A pena é uma consequência do crime com função preventiva geral e especial aplicável aos imputáveis.
A medida de segurança é aplicada aos inimputáveis.
Defesa Social
Surgiu no final do século XIX, com a revolução positivista.
Principais características
Filosofia humanista.
Prega a reação social, objetivando a proteção social do indivíduo e a garantia dos direitos dos cidadãos.
Valorização das ciências humanas chamadas a contribuir, interdisciplinarmente, no estudo e combate do problema criminal.
Faz uma análise crítica do sistema existente.
Bloco de exercícios:
Questão 01 (banca CESEPE – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL, ANO 2013)
Julgue o item a seguir, relacionados aos modelos teóricos da criminologia.
O Positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos,pela negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do método empírico-indutivo, ou induto-experimental, também apresentado como indutivo-quantitativo embasado na observação dos fatos e dos dados, independentemente do conteúdo antropológico ou sociológico, como também a neutralidade axiológica da ciência.
( ) certo ( ) errado
Comentários:
Questão 02 (banca CEFET-BA – PC/BA- DELEGADO DE POLÍCIA)
Na concepção positivista, o crime é entendido como:
	Uma realidade culturalmente definida.
	Uma construção social.
	Uma conduta violenta.
	Uma realidade ontológica.
	Um fato social problemático.
Comentários:
QUESTÃO 03 (CESPE-PC/PE DELEGADO DE POLÍCIA/2016)
Os objetos de investigação da criminologia incluem o delito, o infrator, a vítima e o controle social. Acerca do delito e do delinquente, assinale a opção correta.
	Para a criminologia positivista, infrator é mera vítima inocente do sistema econômico, culpável é a sociedade capitalista.
	Para o marxismo, delinquente é o indivíduo pecador que optou pelo mal, embora pudesse escolher pela observância e pelo respeito à lei.
	Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, incapaz de dirigir livremente os seus atos: ele necessita ser compreendido e direcionado, por meio de medidas educativas.
	Para a criminologia clássica, criminoso é um ser atávico, escravo de sua carga hereditária, nascido criminoso e prisioneiro de sua própria patologia.
	A criminologia e o direito penal utilizam os mesmos elementos para conceituar crime: ação típica, ilícita e culpável.
Comentários:
QUESTÃO 04 (FCC - DPE/PR/DEFENSOR PÚBLICO/2014)
Considere os acontecimentos abaixo:
I – No dia 16 de outubro, após um dia exaustivo de trabalho, quando chegava a sua casa, ás 23h00min horas, em um bairro afastado da cidade, Maria foi estuprada. Naquela mesma data, fora acionada a polícia, quando então foi lavrado boletim de ocorrência e tomadas às providências médico-legais, que constatou as lesões sofridas.
II – Após o fato, Maria passou a perceber que seus vizinhos, que já sabiam do ocorrido, a olhavam de forma sarcástica, como se ela tivesse dado causa ao fato e até tomou conhecimento de comentários maldosos, tais como: também com as roupas que usa, como anda, rebolando para cima e para baixo e etc. o que a deixou profundamente magoada, humilhada e indignada.
III – Em novembro, fora à Delegacia de Polícia prestar informações, quando relatou o ocorrido, relembrando todo o drama vivido. Em dezembro fora ao fórum da Comarca, onde mais uma vez, Maria foi questionada sobre os fatos, revivendo mais uma vez o trauma do ocorrido.
Os acontecimentos I, II e III relatam respectivamente processos de vitimização:
	Primária, secundária e terciária.
	Primária, terciária e secundária.
	Secundária, primária e terciária.
	Terciária, primária e secundária.
	Secundária, terciária e primária.
Comentários:
QUESTÃO 05 (FAPE/PC/MS/DELEGADO DE POLÍCIA/2017)
Dentro da criminologia, tem-se a vertente da vitimologia, que estuda de forma ampla os aspectos da vítima na criminalidade, e é dividida em primária, secundária e terciária. Da análise dessa divisão, pode-se afirmar que a vitimização terciária ocorre, quando:
	A vítima tem três ou mais antecedentes.
	A vítima é parente em terceiro grau do ofensor.
	A vítima é abandonada pelo Estado e estigmatizada pela sociedade.
	Duas ou mais pessoas cometem o crime.
Comentários:
	
QUESTÃO 06 (VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2014)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, a frase: A Criminologia_____________________________; O Direito Penal_______________________.
	Não é considerada uma ciência, por tratar do “dever ser”... É uma ciência empírica e interdisciplina, fática do “ser”.
	É uma ciência normativa e multidisciplinar, do “dever ser”... É uma ciência empírica e fática, do “ser”.
	Não é considerada uma ciência, por tratar do “ser”... É uma ciência jurídica, pois encara o delito como um fenômeno real, do “dever ser”.
	É uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser”... É uma ciência jurídica, cultural e normativa, do “dever ser”.
	É considerada uma ciência jurídica, por tratar o delito como um conceito formal, normativo, do “dever ser”... Não é considerada uma ciência, pois encara o delito como um fenômeno social, do “ser”.
Comentários:
QUESTÃO 07 (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2017)
O italiano Cesare Lombroso, autor da obra “L Uomo delinquente”, foi um dos precursores da Escola Clássica de Criminologia, a qual admitia a ideia de que o crime é um ente jurídica-infração e não ação.
( ) certo ( ) errado
Comentários:
QUESTÃO 08 (CESPE/MJ/DPF/2013 – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL)
O positivismo criminológica caracteriza-se entre outros aspectos, pela negação do livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do método empírico-indutivo, ou indutivo-experimental, também apresentado como indutivo-quantitativo, embasado na observação dos fatos e dos dados, independentemente do conteúdo antropológico, psicológico ou sociológico, como também a neutralidade axiológica da ciência.
( ) certo ( ) errado
Comentários:
QUESTÃO 09 (FCC/DPE-MA/2015- DEFENSOR PÚBLICO)
As escolas penais são as diversas correntes filosófico jurídicas sobre crimes e punições surgidas no período moderno. Na compreensão da filosofia e dos princípios que regem o direito penal contemporâneo é preciso que se tenha uma visão do processo histórico que os precedeu. Considere as assertivas abaixo:
I – A Escola Clássica propugna uma restauração da dignidade humana e o direito do cidadão perante o Estado, fundamentando-se no individualismo. Destaca-se pela aproximação do jusnaturalismo e contratualismo.
II – A Escola Positiva é uma reação à Escola Clássica e reorienta estudos criminológicos. Opondo-se ao individualismo da Escola Clássica, defende o corpo social contra a ação do agente criminoso, priorizando os interesses sociais em relação aos individuais.
III – A Escola Correlacionista harmoniza as teorias classicista e positivista. Propugna uma metodologia simplificada do estudo do fenômeno delito e introduz o conceito de humanização da pena.
IV – A Escola Alemã destaca-se pelo estudo do delito como um fenômeno humano-social e fato jurídico. A pena para esta teoria é finalística, coexistindo o caráter retributivo e preventivo.
Está correto o que se afirma apenas em
	III e IV
	I, II e III
	I, III e IV
	I, II e IV
	II
Comentários:
_________
Gabarito:
	01
	Certa
	02
	“D”
	03
	“C”
	04
	“B”
	05
	“C”
	06
	“D”
	07
	Errado
	08
	Certa
	09
	“D”
_____________________________________________________________________________
teorias da Criminologia
1 – quais são as duas teorias do conflito ?
Não se baseiam no consenso da sociedade, mas na coerção como forma de coesão. A harmonia social é baseada na força e coesão que alguns membros exercem sobre outros. Fazem parte desse grupo:
A – Labelling ou etiquetamento:
→ também é conhecida como teoria da rotulação social ou etiquetagem;
→ é a teoria interacionista ou da reação social;
→ nasceu nos EUA, na década de 60;
→ fundamenta-se na ideia de que a intervenção da justiça na esfera criminal pode acentuar a criminalidade.
b – Teoria Crítica:
→ tem influência no pensamento MARXISTA;
→ teve as portas abertas pela própria teoria Labbeling Aproach;
→ MICHEL FOUCAULT;
→ é chamada de crítica ou radical por fazer a mais aguda crítica ao pensamento tradicional, bem como às instâncias de controle punitivas;
→ dividiu-se em três correntes ( neorrealismo de esquerda, direito penal mínimo de Ferrajoli e pensamento abolicionista;
→ denunciam a desigualdade de classe, abolicionismo, minimalismo, neorrealismo e o consumismo no capitalismo;
→ é um conflito de classe, sendo que o sistema legal é um mero instrumento da classe dominante para oprimir a classe dominada ou trabalhadora.
2 – Qual a definição e quais são as teorias do consenso?
São as teorias formadas pelo consenso entre os indivíduos. A sociedade é um corpo social em harmonia e o crime quebra essa harmonia. Fazem partedessa teoria:
a – Escola de Chicago;
b – Teoria da Anomia;
c – Teoria da subcultura delinquente;
d - Teoria da Associação diferencial (aprendizagem do crime em qualquer cultura social).
3 – A criminologia adquiriu autonomia e status de ciência quando o generalizou o emprego de seu método. Nesse sentido é correto afirmar que a criminologia é uma ciência do dever ser?
Errado.
A criminologia é uma ciência do ser. Logo, serve-se do método indutivo e empírico, baseado em deduções lógicas e opinativas tradicionais.
4 – A moderna criminologia se dedica, também, ao estudo do controle social do delito, tendo este objeto representado um giro metodológico de grande importância, quais são as instituições encarregadas de exercer o controle social formal?
	a polícia;
	o judiciário;
	a administração penitenciária;
	etc....
5 – qual teoria pertencente ao grupo das teorias do conflito que afirma que o controle social penal possui um caráter seletivo e discriminatório gerando a criminalidade?
Labelling approach.
6 – quais são os tês grandes instantes da vítima nos estudos criminológicos?
I – idade do ouro ou do protagonismo da vítima:
	desde os primórdios da civilização até o fim da alta idade média ( Lei de Talião).
II – neutralização ou esquecimento:
	surgiu com o processo inquisitivo e com a assunção do poder público no monopólio da punição.
III – revalorização ou descobrimento:
	a partir do fim da segunda Guerra Mundial, quando se observou ser necessário dar contornos mais humanos às vítimas.
7 – quais são os tipos de vitimização?
I – vitimização primária
	O indivíduo sofre direta ou indiretamente os efeitos nocivos do delito (material ou psiquico).
II – vitimizaçao secundária:
	É o sofrimento suportado pela vítima nas fases do inquérito policial e do processo judicial;
	acontece no momento em que revive o fato criminoso por meio do interrogatório, declaração ou exame de corpo de delito ou de encontros com o deliquente.
III – vitimização terciária:
	É a falta de receptividade da sociedade;
	É a omissão do Estado no atendimento da vítima, pois em diversos casos é necessário alterar a rotina, o ambiente de convivência e os círculos sociais por causa da estigmatização deixada pelo crime;
	ex: vítima de crime sexual, de segregação social.
8 – Segundo Benjamim Mendelsonh, o pai da vitiminologia, como são classificadas as vítimas?
I – vítima inocente, ideal, autêntica ou verdadeira:
	não possui responsabilidade ou culpa que resultou na prática do crime.
II – vítima provocadora:
	colabora com a prática do crime;
	divide-se em menos culpadas que o criminoso, tão culpadas quanto o criminoso e mais culpadas que o criminoso ou provocadora.
III – vítima unicamente culpada, falsa, agressora, simuladora, imaginária, suposta ou pseudovítima:
	aquela que está consciente de que não foi vítima de nenhum crime;
	age por vingança ou interesse pessoal;
	imputa a alguém a prática de um crime contra si.
9 – Conceitue criminologia moderna?
	Ocupa-se com a pesquisa científica do fenômeno criminal, suas causas características, sua prevenção e o controle de sua incidência;
	É uma ciência causal-explicativa do crime como fenômeno social e individual.
10 – Conceitue criminologia Tradicional?
	É a visão do criminoso nas diferentes escolas, de acordo com a evolução histórica do pensamento criminológico;
	o criminoso incapaz de dirigir por si mesmo sua vida cabendo ao Estado tutelá-lo corresponde à visão da Escola correcionalista.
	O infrator com livre arbítrio, que fez mau uso da sua liberdade, embora devesse respeitar a lei corresponde à visão da Escola Clássica;
	A ideia de criminoso ser um prisioneiro de sua própria deformação patológica ou de processos causais alheios, corresponde à visão da Escola Positiva.
11 – o que é criminologia real, criminologia revelada e cifra negra?
Criminologia real
corresponde à totalidade de delitos perpetrados pelos delinquentes.
Criminologia revelada
corresponde à quantidade de delitos que chegou ao conhecimento do Estado.
Cifra negra
corresponde à quantidade de delitos não comunicados ou não elucidados dos crimes de rua.
_____________________________________________________________________________
Prevenção criminal
	O crime é caracterizado como um problema que nasce na comunidade e deve ser nesta resolvido.
	O crime é um problema interpessoal e comunitário deixando de ser visto como uma doença.
Crime no Estado Democrático de Direito
	É um problema social.
	É um problema interpessoal e comunitário.
	Não é uma doença.
Crime na criminologia clássica
	Contemplava o delito como o enfrentamento formal, simbólico entre dois rivais, quais sejam: o Estado e o infrator.
Aqui:
- a reparação do dano à vítima não interessa;
- a ressocialização do infrator não é valorada;
- a prevenção do crime tão pouco é pensada, aqui há uma dissuasão penal.
Crime na moderna criminologia
Vislumbra o crime de modo mais complexo, tendo os protagonistas do acontecimento delitivo: a vítima, o autor do crime e a comunidade.
Desse modo:
- evidencia o lado humano e conflitivo do delito;
- analisa e reconhece os elevados custos sociais do problema da delinquência;
- a ressocialização aqui, é vista como um objetivo, bem como a reparação do dano e a prevenção do crime.
A prevenção criminal no Estado Democrático de Direito
Nestor Sampaio:
A prevenção criminal é integrante da agende federativa, passando por todos os setores do Poder Público, e não apenas pela Segurança Pública e pelo poder Judiciário.
Art. 144 da CF:
Prevê que a Segurança Pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, sendo exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio por meio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
Prevenção Primária
Atua na raiz do conflito.
Enfatiza-se aqui para a necessidade do Estado implantar os direitos sociais.
A delinquência é motivada por fatores exógenos.
Para se prevenir o crime é necessário à implementação de algumas garantias básicas como a educação, saúde, trabalho, segurança.
Esses programas atuam a médio e longo prazo, tendo por objetivos neutralizar o problema criminal antes que ele se manifeste, se destinando a todos os cidadãos.
Exige-se nesta prevenção estratégias de política cultural, econômica e social, tendo por objetivo último dotar os cidadãos de capacidade social para superar de forma produtiva possíveis conflitos.
Prevenção secundária
Destina-se não ao indivíduo, mas aos setores da sociedade onde o crime pode ocorrer.
O programa de prevenção manifesta-se a curto e médio prazo, se destinando de modo seletivo aos programas de apoio, controle de comunicação, etc.
Em termos etiológicos, esta prevenção atua mais tarde.
Atua quando e onde se exterioriza o problema.
Destina-se aos grupos e subgrupos da sociedades que ostentam maior risco de incindir na delinquência.
Esta prevenção se manifesta por meio de programas de prevenção policial, de controle dos meios de comunicação, de ordenação urbana e utilização do desenho arquitetônico.
Prevenção terciária
A prevenção terciária se destina exclusivamente ao recluso, a população carcerária, ao indivíduo que praticou o ilícito penal e cumpre a pena.
Tendo em vista os destinatários de tal prevenção, percebe-se que se delimita ao âmbito penitenciário.
O objetivo principal desta prevenção é a ressocialização do recluso.
É uma prevenção mais tardia, tendo em vista que aqui, o ilícito penal já foi levado a efeito.
As características principais da prevenção terciária é a intervenção tardia, parcial e insuficiente.
Bloco de exercícios
	Ano 2017, banca CESPE, órgão PC-GO –CARGO: delegado de Polícia
Considerando que, para a criminologia, o DELITO é um grave problema social, que deve ser enfrentado por meio de medidas preventivas, assinale a OPÇÃO CORRETA acerca da prevenção do delito sob o aspecto criminológico.
A – A transferência da administração das escolas públicas paraorganizações sociais sem fins lucrativos, com a finalidade de melhorar o ensino público do Estado, é uma das formas de prevenção terciária do delito.
B – A prevenção primária do delito é a menos eficaz no combate à criminalidade, uma vez que opera, etiologicamente, sobre pessoas determinadas por meio de medidas dissuasórias e em curto prazo, dispensando prestações sociais.
C – Em caso de a Força Nacional de Segurança Pública apoiar e supervisionar as atividades policiais de investigação de determinado estado, devido ao grande número de homicídios não solucionados na capital do referido estado, essa iniciativa consistirá diretamente na prevenção terciária do delito.
D – O aumento do desemprego no Brasil incrementa o risco das atividades delitivas, uma vez que o trabalho, como prevenção secundária do crime, é um elemento dissuasório, que opera no processo motivacional do infrator.
E – A prevenção terciária do crime consiste no conjunto de ações reabilitadoras e dissuasórias atuantes sobre o apenado encarcerado, na tentativa de se evitar a reincidência.
	Ano: 2014, Banca: VUNESP, órgão: PC-SP, cargo: Delegado de Polícia
A prevenção criminal que está voltada à segurança e a qualidade de vida, atuando na área da educação, emprego, saúde e moradia, conhecida como direitos sociais e que se manifesta a médios e longos prazos, é chamada pela Criminologia de prevenção:
	Primária.
	Individual.
	Secundária.
	Terciária.
	Ano: 2016, Banca: CESPE, órgão: PC-PE, cargo: Delegado de Polícia
A criminologia reconhece que não basta reprimir o crime, deve-se atuar de forma imperiosa na prevenção dos fatores criminais. Considerando essa informação, assinale a opção correta acerca de prevenção de infração penal.
	Para a moderna criminologia, a alteração do cenário do crime não previne o delito: a falta das estruturas físicas sociais não obstaculiza a execução do plano criminal do delinquente.
	A prevenção terciária do crime implica na Para se prevenir o crime é necessário à implementação de algumas garantias básicas como a educação, saúde, trabalho, segurança. Efetiva de medidas que evitam o delito, com a instalação, por exemplo, de programas de policiamento ostensivo em locais de maior concentração de criminalidade.
	No estado democrático de direito, a prevenção secundária do delito atua diretamente na sociedade, de maneira difusa, a fim de Para se prevenir o crime é necessário à implementação de algumas garantias básicas como a educação, saúde, trabalho, segurança. A qualidade dos direitos sociais, que são considerados pela criminologia fatores de desenvolvimento da sociedade que mitiga a criminalidade.
	Trabalho, saúde, lazer, educação, saneamento básico e iluminação pública, quando oferecidos à sociedade de maneira satisfatória, são considerados forma de prevenção primária do delito, capaz de abrandar os fenômenos criminais.
	A doutrina da criminologia moderna reconhece a eficiência da prevenção primária do delito, uma vez que ela atua diretamente na pessoa do recluso, buscando evitar a reincidência penal e promover meios de ressocialização do apenado.
	Cespe 2013 – UnB – MJ/DPF/2013- DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
Ações como controle dos meios de comunicação e ordenação urbana, orientadas a determinados grupos ou subgrupos sociais, estão inseridas no âmbito da chamada prevenção secundária do delito.
Certo ( )
Errado ( )
	CESPE-2013-UNB-MJ/DPF/2013-DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
As modalidades preventivas nas quais se inserem os programas de policiamento orientado à solução de problemas e de policiamento comunitário, assim como outros programas de aproximação entre polícia e comunidade, podem ser incluídas na categoria de prevenção primária.
( ) certo ( ) errado
	Ano: 2014, Banca: VUNESP, órgão: PC-SP, Prova: Fotógrafo técnico pericial
A prevenção criminal_________________ se destina a atuar na educação, emprego, moradia e segurança, onde o Estado deve garantir o exercício dos direitos sociais a todos.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
	Secundária.
	Terciária.
	Primária.
	Quaternária.
	Especial.
	A prevenção terciária da infração penal, no Estado Democrático de Direito, está relacionada.
	Ao controle dos meios de comunicação.
	Aos programas policiais de prevenção.
	À ordenação urbana.
	À população carcerária.
	Ao surgimento de conflito.
	Ano: 2013, Banca: VUNESP, órgão: PC-SP, Prova: Perito Criminal
A moderna criminologia:
	Tem por seus protagonistas o delinquente, a vítima e a comunidade.
	Vislumbra o delito como enfrentamento formal, simbólico e direto entre dois rivais (o Estado e o Infrator) que se enfrentam, isolados da sociedade, à semelhança da luta entre o bem e o mal.
	Não considera como seu objeto de debate os aspectos políticos-criminais das técnicas de intervenção social e de seu controle.
	Tem o castigo do infrator por exaurimento das expectativas que o fato delitivo desencadeia.
	Tem por seus principais objetivos a reparação do dano causado ao Estado, a ressocialização do delinquente e a repressão do crime.
	Ano: 2013, Banca: VUNESP, órgão: PC-SP, Prova: Perito Criminal
As melhoras da educação, do processo de socialização, da habitação, do trabalho, do bem-estar social e da qualidade de vida das pessoas de uma determinada comunidade são os elementos essenciais de um programa de prevenção.
	Terciária.
	Quinaria.
	Secundária.
	Primária.
	Quaternária.
	Ano: 2013, Banca: FCC, órgão: TRT-15ª região, Prova: Técnico Judiciária – Segurança
Na moderna concepção de prevenção das infrações penais e o Estado Democrático de Direito:
	As atuações do Poder Judiciário e do Ministério Público enquadram-se na prevenção terciária.
	A efetiva materialização de políticas públicas faz parte da prevenção primária do crime.
	
	O trabalho desenvolvido pelas instituições públicas ou privado na área social, qual seja, a responsabilidade social, faz parte da prevenção secundária.
	A construção de presídios e a atuação dos policiais são analisadas de forma apartada na questão das prevenções primária, secundária e terciária.
	A atuação das organizações não governamentais, ONG, tem hoje enquadramento na prevenção secundária e, às vezes, na terciária.
Gabarito
	01
	E
	02
	A
	03
	D
	04
	CERTA
	05
	ERRADO
	06
	C
	07
	D
	08
	A
	09
	D
	10 
	B
Modelos de Reação do Crime
Há 03 modelos de reação do crime.
A – modelo dissuasório;
B – modelo ressocializador;
C – modelo restaurador ou integrador.
A – modelo dissuasório:
A pena é aplicada como meio de mostrar a todos os indivíduos que o crime gera castigo, sendo desse modo inviável.
A pena é destinada aos imputáveis e semi-imputáveis, e aos inimputáveis aplica-se tratamento psiquiátrico.
B – modelo ressocializador:
A sociedade assume um papel de suma importância, uma vez que ela é relevante para a ressocialização do delinquente.
A intervenção se dá na pessoa do infrator, com a dupla finalidade de puni-lo e também reinseri-lo socialmente.
C – modelo restaurador:
É conhecido como justiça restaurativa.
Tem por finalidade estabelecer o status quo antes, ou seja, o estado normal antes da ocorrência do delito para isso visa à reeducação, a assistência a vítima e o controle social afetado pelo crime.
Caderno de Criminologia

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