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Sustentabilidade na Indústria de Alimentos

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4
RELATÓRIO ENGENHARIA, SOCIEDADE E SUSTENTABILIDADE
Leonardo Barbosa dos anjos 
Fortaleza - CE
2023/06
Leonardo Barbosa dos anjos 
RELATÓRIO ENGENHARIA, SOCIEDADE E SUSTENTABILIDADE
Este trabalho de Extensão é pré-requisito para aprovação na disciplina Engenharia, Sociedade e Sustentabilidade, do Curso de Engenharia Mecânica, ministrada pelo professor Jose Ronildo Franceschini, do Centro Universitário Estácio de Sá.
Fortaleza
2023/06
Este relatório foi julgado adequado para obtenção da aprovação na disciplina Engenharia, Sociedade e Sustentabilidade do Curso de Curso de Engenharia de produção do Centro Universitário Estácio de Sá.
Data de aprovação: ____ de _________________ de 2023
EXAMINADORES
________________________________________
Prof. DSc. Jose Ronildo Franceschini
Professor Orientador do Trabalho de Extensão
________________________________________
Prof. DSc. Samir Parente Auad
Coordenador de Engenharias
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	6
2. DESENVOLVIMENTO	7
2.1 Sustentabilidade da indústria de alimentos	7
2.2 Coprodutos e sua diversidade de aproveitamento	7
2.3 Geração de coprodutos no processo de produção de massas e biscoitos	8
3.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	12
4.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	12
5.	ANEXOS	13
 LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Calha de transporte de biscoito até as máquinas de embalagens........9
Figura 2 – Área de fabricação de subproduto......................................................10
Figura 3 – Área de armazenamento.....................................................................10
Figura 4 – Equipamento onde o biscoito é colocado para ser moído...................10
Figura 5 – Biscoito moído ou farelo......................................................................11
Figura 6 – Silo de armazenagem de coproduto moído.........................................11
Figura 7 – Palete com pacote de 40 kg.................................................................11
1. INTRODUÇÃO
Consciência ambiental criou novos hábitos e comportamentos que afetam inclusive o padrão de consumo da população. A preocupação desse novo consumidor vai muito além de eco embalagens, ele busca empresas que possuam a sustentabilidade como alicerce ao longo de toda cadeia produtiva.
A indústria de alimentos é um dos setores empresariais que vem trabalhando forte nas questões ambientais. Na ultima década, profissionais do ramo perceberam que os processos de produção no setor eram responsáveis por diversos impactos ambientais e passou a buscar ações e soluções sustentáveis que tenham a capacidade de mudar o rumo do planeta em relação à preservação ambiental. Além disso, o comportamento do consumidor ajudou a mudar a postura de algumas empresas.
Após a regulamentação da Politica Nacional de Resíduos Sólidos e da Instrução Normativa do MAPA, o que antigamente era tratado como resíduo/subproduto e destinado a aterros sanitários muitas vezes irregulares, começou a ser tratado como coproduto e ser reaproveitado em processos internos da indústria geradora ou comercializado como matéria prima para outras indústrias gerarem novos produtos. Na indústria alimentícia por apresentarem bom valor nutricional, são comumente utilizados nas formulações de ração animal, porém, a destinação é diversificada.
O uso de resíduos oriundos das perdas do processo produtivo de biscoito e outros alimentos vêm se mostrando uma alternativa sustentável viável para produção de alimentação animal, assim como lucrativa para indústria.
Diante do exposto, este trabalho propõe uma revisão bibliográfica com o objetivo de compreender o panorama das ações e soluções sustentáveis realizadas pela indústria alimentícia no Brasil, com foco na geração e destinação de coproduto gerados na produção de biscoitos, das fábricas do grupo M. Dias Branco.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Sustentabilidade da indústria de alimentos
A indústria de alimentos é um dos setores empresariais que vem colocando foco nas questões ambientais. Nos últimos anos, profissionais do ramo perceberam que os processos de produção no setor eram responsáveis por diversos impactos ambientais e passou a buscar ações e soluções sustentáveis que tenham a capacidade de mudar o rumo do planeta em relação à preservação ambiental. Além disso, o comportamento do consumidor ajudou a mudar a postura de algumas empresas.
É inegável que a sociedade vem modificando seus hábitos de consumo e adquirindo um pensamento ecológico, exigindo uma postura comprometedora da indústria de alimentos e optando consumir produtos de empresas que possuem um modelo de negócio mais sustentável. 
Segundo a American Public Heatlh Association, a sustentabilidade dentro do setor alimentício prevê a produção de alimentos saudáveis para nutrir a população mantendo, ao mesmo tempo, a saúde do ecossistema, evitando o impacto negativo no meio ambiente.
2.2 Coprodutos e sua diversidade de aproveitamento
Um dos maiores problemas em torno dos resíduos sólidos está relacionado ao seu destino e todas as consequências advindas deste para a população atual e futuras gerações (Lopes e Fonseca, 2013). A destinação irregular leva a problemas ambientais que ameaçam a saúde da população (Rodrigues, 2007).
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2010) os resíduos sólidos brasileiros no ano de 2008 tiveram como principal destino o vazadouros a céu aberto (50,8%), seguidos de aterro sanitário (27,7%) e aterros controlados (22,5%).
Em 2010 foi sancionada a lei nº 12.305 que instituiu a Politica Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos e às responsabilidades dos geradores, em suma, foi determinado que os resíduos tivessem destino ambientalmente adequado.
Ao longo da cadeia produtiva, perda de alimentos significa perda de recursos investidos, portanto, o reaproveitamento dos resíduos sólidos ou coprodutos além de sustentável é economicamente viável.
Em 2019 entrou em vigor a Instrução Normativa nº 81 do MAPA onde são descritos os critérios para utilização dos resíduos da indústria alimentícia na alimentação animal. O que antigamente era tratado como resíduo/subproduto, começou a ser tratado como coproduto.
Coproduto é um produto secundário, resultante do processo industrial que pode ser reaproveitado em outros processos internos ou comercializado como matéria prima para outras indústrias gerarem novos produtos. Na indústria alimentícia por apresentarem bom valor nutricional, são comumente utilizados nas formulações de ração animal, porém, a destinação é diversificada.
A indústria vinícola transforma o bagaço em corante. Restaurantes transformam as sobras de comida em fertilizantes orgânicos. Já na siderurgia a escória de alto forno é amplamente utilizada na produção de cimento. O coproduto da mamona, frutas, grãos, massas, biscoitos são transformados em ração para ovinos, equinos e suínos. O farelo, resíduo proveniente do processo de extração do óleo vegetal dos grãos de oleaginosas tem como destino mais comum à alimentação animal, adubo orgânico e biodiesel. Ossos, sangue, vísceras, cascos e chifres proven9ientes da indústria da carne são 100% reaproveitados, sendo transformado em farinhas, biocombustíveis, sabão, tintas, corantes, batons, esmaltes, suplemento alimentar são apenas alguns exemplos.
2.3 Geração de coprodutos no processo de produção de massas e biscoitos
Apesar de processos produtivos de alta tecnologia e tecnificação, é inerente a qualquer atividade a geração de resíduos durante o processo de produção. Tais perdas, segundo Garcia et al. (2011), estão relacionadas aos produtos ou insumos utilizados; aos processos industriais; as máquinas ou aos responsáveis por operá-las, ou ainda, vinculados a todo pessoal que de alguma forma interfere no processo produtivo. Mediante estes fatores tem-se a geração dos coprodutos caracterizadoscomo produtos que não são comercializados, mas que podem ser reaproveitados para alimentação animal, desde que estejam livres de qualquer tipo de contaminação e que venha a proporcionar algum prejuízo ao animal.
No Ceará. a M. Dias Branco, de acordo com Relatório Integrado de 2019 através do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) implantou em 2019 na unidade Eusébio uma fábrica de coproduto que irá receber biscoito salgado, biscoito doce, pelotas de wafer, torradas, massas e produtos com data crítica de vencimento, além das perdas geradas no processo produtivo para a produção de alimentos para animais.
As etapas do processo produtivo de biscoitos até a destinação final se dá da seguinte forma:
1º etapa: A massa do biscoito passa pelo processo de cozimento através do forno em temperatura de 200º C.
2º etapa: Os biscoitos são embalados e encaixotados. Nessa etapa temos um ponto crítico, em caso de defeito mecânico nos equipamentos, durante toda a manutenção corretiva os biscoitos não param de ser produzidos, portanto, a quantidade de coprodutos gerados nessa etapa pode ser elevada.
Figura 1 - Calha por onde os biscoitos passam até as máquinas de embalagem.
Fonte: Fábrica Fortaleza
3º etapa: Uma veza gerado o coproduto durante o processo produtivo, ele é recolhido e direcionado para a área de armazenamento. Agrega-se a essa etapa os produtos acabados com data crítica de validade que são recolhidos e tratados como coproduto.
Figura 2 - Área de fabricação de subprodutos
Fonte: Fábrica Fortaleza
Figura 3 - Área de recebimento 
Fonte: Fábrica Fortaleza
4º etapa: O coproduto é moído. Todo esse processo precisa ser ágil, por se tratar de um produto úmido, a demora na moagem pode inviabilizar o coproduto que por sua vez será destinado à incineração. 
Figura 4 - Equipamento onde o biscoito é colocado para ser moídoFonte: Fábrica Fortaleza
Figura 5 - Biscoito moído ou farelo
Fonte: Fábrica Fortaleza
5º etapa: Armazenado para entrega a fábrica de ração em sacos de 40 kg. 
Foto 6 - Silo de armazenagem de coproduto moído
Fonte: Fábrica Fortaleza
Foto 7 - Palete com pacotes de 40 kg
Fonte: Fábrica Fortaleza
A M. Dias Branco divulgou por meio do Relatório Anual Integrado de 2022 que superou a meta de reduzir em 50% o desperdício de produtos ao longo das cadeias de produção e abastecimento até 2030, alcançando 65,63% em 2022, superando a meta que faz parte da Agenda Estratégica de Sustentabilidade com metas a serem atingidas até 2030.
O processo de transformação dos coprodutos da Fábrica Fortaleza é eficiente e lucrativo, a cada 600kg de coproduto a fábrica tem um retorno de 930 reais. Por dia, se tem uma perda aproximada de 3.000kg produto acabado. Mas não é só pelo lucro, com essa atitude sustentável a empresa e o meio ambiente saem ganhando. Em 2014, 37.841 mil toneladas de resíduos foram modificadas em reciclagem. Com isso, se tornaram uma empresa rentável e sustentável.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Existem diferentes pesquisas que comprovam a eficiência dos coprodutos e sua influência na redução de resíduos. A aplicação do coproduto na alimentação animal é promissora e expõe vários benefícios e em diversos ramos de atuação como, a substituição de determinado ingrediente, formulação para determinadas dietas e por apresentar um bom valor nutricional com um menor custo. O farelo de biscoito obtém um atributo qualitativo por ser um alimento altamente palatável, estimulando o consumo dos animais além de ter ótimos níveis de gordura e energia. Diante de atitudes sustentáveis, a empresa M. Dias Branco constrói um canário mais adepto a melhorias para o meio ambiente e demonstram seus resultados quantitativos, redução de 37% na geração de resíduos devido à fabricação do Farelo de Biscoito e Farelo (insumo para ração animal). Aumento de 89% da destinação de varredura para fabricação de farelo, com fabricação de 888 toneladas de farelo e faturamento de R$ 538 mil. Implantação da célula de compostagem, com redução de 8% do volume do resíduo orgânico gerado. Redução de 57% do volume de capinação e 33% das caçambas de capinação. Ampliação da Logística Reversa em 306% (relatório integrado 2019). A prática de geração de coproduto torna-se uma ação necessária e competente para a conservação da natureza e ganhos animais.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UM olhar sobre a sustentabilidade na indústria de alimentos. Brfingredients.com, 2020. Disponível em: <https://www.brfingredients.com/pt-br/blog/posts/sustentabilidade-na-industria-de-alimentos>. Acesso em: 02/06/2023. 
ALVES, Mariana Gardin; UENO, Mariko. IDENTIFICAÇÃO de fontes de geração de resíduos sólidos em uma unidade de alimentação e nutrição. Scielo.com, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ambiagua/a/PksXQQhVsHt78jTQTNFqYpb. Acesso em 02/06/2023.
Lei nº 12.305. Planalto.gov.br, 2010. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm Acesso em 03/06/2023.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Pesquisa nacional de saneamento básico 2008. Rio de Janeiro, 2010. 219p. Acesso em 08/06/2023.
LOPES, M. L.; FONSECA, V. V. Estudo do manejo dos resíduos de um restaurante institucional da região Sul Fluminense. Interbio, v. 7, n. 1, p. 47-53, 2013. Acesso em 08/06/2023.
RODRIGUES, G. K. D. Segurança alimentar em UAN escolar: aspectos higiênico-sanitários e produção de resíduos orgânicos. 2007. Dissertação (Mestrado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2007. Acesso em 09/06/2023.
Relatório Anual Integrado. mdiasbranco.com.br, 2019 e 2023. Disponível em: <https://mdiasbranco.com.br/relatorio-anual-integrado>. Acesso em 09/06/2023.
5. ANEXOS

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