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APOSTILA METODOLOGIA E PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO FUNDAMENTA, MÉDIO E EDUCAÇÃO BÁSICA

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METODOLOGIA E PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO 
FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 
Me. Carolina LincoIn de Carvalho 
 
 
1 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
METODOLOGIA E PRÁTICA DOCENTE NO E. FUNDAMENTAL E 
ENSINO MÉDIO 
 
Objetivos: 
Fornecer informações essenciais para o educador contribuir de forma efetiva na 
discussão e consolidação do Projeto Político Pedagógico a partir de subsídios que vem 
sendo propostos pela Política Educacional do País 
 
Introdução: 
A organização do trabalho docente envolve as dimensões espaço e tempo. A sala 
de aula amplia-se para a interação com a natureza, com o mundo virtual e o tempo prescrito 
pela legislação precisa ter um significado para os alunos, não como um tempo que passa, 
mas sim com um tempo que se torna presente com significados de conhecimentos da 
aprendizagem. Os componentes curriculares e as disciplinas das áreas que os constituem 
foram aprovadas em novembro de 2017 e o BNCC será o alicerce desta disciplina. 
 
O texto da Base Nacional comum curricular referente à etapa do Ensino Médio foi 
homologado pelo MEC em 14/12/2018. A BNCC – Etapa Ensino Médio é um instrumento 
que contribuirá na inserção dos jovens no mundo do trabalho e para que se tornem cidadãos 
plenos, preparados para os desafios do Século 21. 
 
 
 
2 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. O ESPAÇO É MAIS QUE CENÁRIO, É MAIS QUE DECORAÇÃO - O 
QUE É ELE ENTÃO? 
Neste tópico, pretendo despertar uma reflexão sobre o papel do espaço da escola, 
da sala de aula ou das salas ambientes no processo de convívio de jovens com o objetivo 
de aprender e descobrir. Enfim refletirmos sobre o espaço em suas diferentes dimensões: 
Há uma tendência de entendermos como “espaço” como exterior, ao alcance de 
nossos sentidos, mensurável desde milímetros, anos-luz, em que nos movemos, mas onde 
dificilmente podemos interferir. Podemos criar coisas no espaço, mas não criar e modificar 
o próprio espaço. Não é verdade. Nós, humanos, só apreendemos o espaço como uma 
relação com os nossos “sentidos”: eu acho que estou perto da cantina se o cheiro da 
merenda “provoca” meu olfato; que estou longe ou perto do recreio na proporção do barulho 
da algazarra das classes. É claro que existe o espaço material objetivo, mas ele só se torna 
espaço para mim, para os educadores numa escola, para os estudantes, à medida que os 
sentidos – principalmente a visão – captam os elementos materiais que o compõem. 
Quando adoecemos, passamos a prestar atenção em nossos espaços “interiores”, no 
percurso dos alimentos que são digeridos, na circulação do ar e do sangue. 
Daí uma consequência essencial para todos os educadores, principalmente para os 
gestores do espaço escolar: nós podemos criar o espaço, nós podemos mudar os espaços, 
nós podemos adequar os espaços aos objetivos educacionais. Para Piaget, aprendemos a 
ser gente quando as coisas resistem aos movimentos que fazemos. Isso quer dizer que só 
percebemos o espaço para nossos movimentos, quando chegamos aos limites desse 
espaço. Não se esqueça que mesmo sentados todos nós estamos em movimento 
(movendo-se em torno do SOL e navegando pelo espaço) Portanto, tratar de espaço é ter 
consciência do movimento com o qual interagimos ou dentro de nosso próprio corpo ou no 
Universo. (http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/10_espaco.pdf) 
Tudo que nos cerca, que é parte do espaço em que vivemos e em que podemos 
interferir, chamamos de meio ambiente. À educação escolar cabe criar nos alunos uma 
consciência ambiental, até mesmo nos comportamentos dos próprios estudantes e 
educadores na escola: economizar água, produzir menos lixo e lhe dar o destino correto, 
não rasgar papel, é importante estabelecer uma relação ecologicamente correta entre as 
áreas construídas e as áreas verdes do espaço escolar. 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/10_espaco.pdf
 
 
3 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Com a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico da escola serão criadas 
alternativas para a escola de ensino fundamental e médio se organizar a fim de contribuir 
com o processo de ensino e aprendizagem de acordo com as diretrizes e matrizes 
curriculares (MEC) específicas que seja do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio. 
Como o ensino fundamental tem uma duração de nove anos e os objetivos da 
aprendizagem estão escalonadas ao longo dos anos, é prudente que a organização da sala 
de aula também seja discutida pela coordenação pedagógica junto aos docentes, para 
conferir a integração necessária e, ao mesmo tempo, a diversidade capaz de os espaços 
desencadearem um novo desafio. Lembre-se de que o tempo desgasta também o espaço 
que fica sem sentido, quando permanece imutável e assim não cria a sensação de 
pertencimento e isso pode desencadear a vandalização. 
Indico no endereço abaixo, um material destinado à capacitação que é um bom 
estudo a respeito do espaço que também serve de sugestão para seu TCC. Boa leitura: 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/10_espaco.pdf 
Acesso em 13/2/2019 
 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/10_espaco.pdf
 
 
4 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. OS SIGNIFICADOS DOS MATERIAIS DISPOSTOS NO ESPAÇO 
 
Objetivo 
Apresentar um conjunto de materiais que podem materializar as intenções dos 
educadores e destacar a importância da mobilidade e flexibilidade dos materiais que podem 
oferecer um estímulo novo ou renovado a cada etapa da evolução dos conteúdos 
curriculares. 
 
Introdução 
A esta altura da conversa você já estará percebendo a natureza intencional, dinâmica 
e flexível para a solução a ser dada a organização do espaço da sala de aula. Jamais 
haverá um “mero” espaço que tem de tantos metros quadrados e sim um suporte de 
conteúdo, um produto de marketing para instigar a curiosidade, a imaginação, propiciar 
momentos de concentração e leituras, uma forma de exercitar a autonomia, o pensar e o 
fazer. Enfim um “jogo” provocador da curiosidade, um enigma para a aventura do aprender. 
Seria, pois, uma janela material pronta para ser aberta a oferecer novos estímulos, e será 
essa “janela”, essa “vitrine” a que iniciará a inteligência no ritmo de abrir pelo resto da vida 
as “janelas virtuais do Windows” que oferecerá as primeiras respostas para suas perguntas. 
Lembre-se de que a natureza e o universo virtual são espaços cada vez mais presentes no 
ensino fundamental e médio. 
Para atender a multiplicidade de saberes, a organização do espaço deve ser decidida 
em conjunto no coletivo da escola, pois os educadores com a multiplicidade de olhares 
deverão ter sensibilidade para perceber quando o espaço perdeu sua força de significação 
e precisa ser modificado para atender outras demandas da grade curricular. É adequado 
registrar as decisões tomadas e realizadas durante um semestre letivo, pois durante a 
passagem dos nove anos ensino fundamental I, as reflexões podem ser esquecidas, ainda 
mais com a elevada mobilidade da equipe pedagógica e docente nas escolas públicas. A 
organização do trabalho docente deve se guiar pelas linhas identitárias da escola presentes 
no próprio Marco Referencial, ou seja: o Projeto Político Pedagógico (PPP). Tal atenção é 
necessária para a escola não ficar à mercê de “novidades e modismos sazonais” que 
acabam apenas criando gastos desnecessários e alimentando o mau hábito do 
consumismo. Os registros completos das decisões tomadas ao longo dos 9 anos incluem 
as intencionalidades,o rol de equipamentos e objetos, fotos, vídeos, reaproveitamento de 
 
 
5 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
materiais, cronogramas e mudanças realizadas durante o percurso e as avaliações 
periódicas. 
O espaço da sala de aula entendido como integrante do processo de ensino e 
aprendizagem tem como objetivo desenvolver os conhecimentos sobre a leitura e a escrita 
de todos gêneros textuais previstos nas Bases Nacionais Comuns Curriculares que 
veremos mais à frente desta disciplina. Os materiais devem atender a todas as áreas de 
conhecimento devem ser prazerosos e acolhedores, visualmente estimulantes, o que 
constitui condição para a motivação do aluno. Essa apropriação dá-se na interação do 
aprendiz com seus parceiros e com os materiais. Portanto, ao organizar o espaço da sala, 
é importante que os professores considerem a necessidade de criar um ambiente favorável 
às interações entre os alunos e os adultos educadores e sobretudo com os objetos de 
conhecimento. 
A sala de aula pode ter uma ampla variedade de materiais de leitura: livros de 
literatura infanto-juvenil, literatura clássica, obras ficcionais e não-ficcionais, livros de artes 
plásticas, poemas, jornais, revistas (Veja, Superinteressante e outras com semelhança de 
conteúdos), gibis, panfletos, dicionários, guias, atlas, cartazes, quadro de avisos, material 
concreto para as operações e desenvolvimento do raciocínio lógico, murais, mapas 
históricos e geográficos. Os jovens podem e devem ser chamados para organizar a 
disposição ou a natureza dos materiais a serem expostos. Além desses, há os jogos 
estruturados e os confeccionados pelos alunos e professores, filmes, vídeo, TV, slides, 
aparelho de som, CDs com diversos tipos de músicas. Destaca-se aqui as orquestradas e 
clássicas, pois elas se manifestam numa linguagem universal. Haverá espaço para 
anunciar descobertas feitas pelos alunos, aplicativos, jogos talvez materiais que contribuam 
para dramatização de cenas do cotidiano, ou das histórias infantis. 
O material pode ser organizado por gênero textual ou assunto, ficando acessível aos 
alunos, de maneira que possam manuseá-lo e lê-lo sempre que sentirem necessidade, 
assim como durante o horário destinado à leitura ou à escrita. Sugere-se que a classe 
monte o canto do jornal, dos gibis, das revistas, dos livros de literatura, dos filmes, dos CDs, 
das fantasias, das sucatas, dos textos elaborados pelos alunos, das gravuras e, também 
reserve um espaço na parede para o mural. 
Você certamente estará se admirando com a quantidade de material que foi aqui 
arrolado, mas se você fizer uma projeção ao logo de 12 anos, você perceberá que ele 
 
 
6 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
apresenta uma série de opções viáveis, desde que planejadas, avaliadas, mantidas e 
programadas em calendários semestrais. 
Cabe aqui um alerta para não se cair no equívoco de se voltar ao tradicional, ao 
pensarmos que os educandos seriam espontâneos e automaticamente envolvidos no 
ambiente da disciplina. É o protagonismo docente e discente que dará sentido e significado 
aos materiais disponibilizados no espaço. Material que fica parado é porta-pó e indica que 
sua presença no ambiente deve ser repensada ou repaginada. Vale ressaltar que a sala 
propiciadora de interações não exclui de forma alguma o incentivo ao uso da biblioteca, 
nem dos ambientes externos, seja na escola ou fora dela como recursos indispensáveis à 
construção do conhecimento. 
E para relacionar estas reflexões com o vídeo do professor Celso Vasconcellos 
(atividade prevista no Planejamento da primeira semana) lembro os três pontos 
fundamentais para a criança aprender: QUERER / AGIR / EXPRESSAR. Ora estas três 
ações ocorrem no espaço, com a presença de materiais. Mesmo não tendo esgotado o 
assunto que por sua riqueza ainda pede a realização de muitas pesquisas de conclusão de 
curso – paro por aqui, acreditando ter desencadeado lembranças pessoais sobre suas 
vivências particulares, como também ter povoado sua imaginação para colocar em prática 
uma organização de espaço que estabeleça com as crianças, o mesmo fascínio exercido 
pelos parques, shoppings, lanchonetes. 
 
 
 
7 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. O ESPAÇO VIRTUAL 
 
Objetivos: 
Trazer para nossa reflexão a grande mudança pedagógica decorrente do acesso 
democratizado ao espaço virtual de aprendizagem em toda a educação básica, já que o 
ingresso nos espaços virtuais é uma garantia para a aprendizagem significativa. 
Introdução: 
A Internet e as novas tecnologias estão trazendo grandes desafios pedagógicos para 
os docentes das universidades e das escolas de educação básica. Os professores, em 
qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de 
forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula 
melhor equipada e com atividades diferentes. Projetos planejados para pesquisa coletiva 
ou individual tendo objetivos claros e conteúdos retirados da Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC). Destaca-se a importância de haver um direcionamento do professor 
para que o aluno não se “perca” no meio do caminho e se disperse, uma vez que as 
“tentações” estão a cada instante se oferecendo aos jovens. Levar os alunos a navegar na 
rede é uma atividade programada do que se vai buscar, em lugares previstos e por tempo 
determinado. A intenção de buscar e pesquisar deve prevalecer ao uso da simples rede 
social de poucos compromissos pedagógicos. 
Hoje podemos observar os alunos num laboratório conectado à Internet para 
desenvolver atividades de pesquisa e presenciar o domínio das tecnologias, esse foi o 
compromisso do estado que precisa ser cumprido. A sala de informática é um segundo 
espaço ou ambiente da aprendizagem. Somos nós os regentes de classes que continuamos 
à frente de nossas turmas, dando conta do currículo programado para a série. Não é preciso 
um professor específico de informática, já que na grade curricular a disciplina Linguagens 
e suas Tecnologias está prevista para o Ensino Médio. É a partir do primeiro ano do Ensino 
Médio que se abre a possibilidade de os alunos irem além da condição de usuários de 
mundo virtual, para a condição de programadores que venham dominar diferentes 
linguagens de programação, caso a escola opte por aulas de Linguagem de 
Programação na parte diversificada do currículo. 
No Ensino Fundamental, o professor regente poderá ampliar o espaço com projetos 
e atividades a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Isto permite 
 
 
8 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
oferecer opções de aprendizagem diferenciada, capazes de atender à multiplicidade de 
capacidades e habilidades apresentadas pelos alunos. 
Ressalto que não basta usar tecnologia apenas como suporte de jogos ou exercícios 
de certo e errado como mero condicionamento, ou como ilustração dos conteúdos 
oferecidos em sala de aula, pois a ampliação dos espaços de informação virtual deve 
apresentar características específicas para estimular a curiosidade e promover a autonomia 
tão esperada para a liberdade de aprender. 
É bom lembrar que a demanda atual é constituída por alunos mestres em tecnologia 
ou seja: após uns poucos anos de escolaridade, eles se queixam da escola, eles revelam 
sentir tédio das metodologias uniformes que se repetem ao longo da Educação Básica. 
Ainda mais agora em que o período letivo e o período de aulas foram expandidos. Abre-se 
então uma possibilidade muitofavorável para incluir o espaço virtual como espaço de 
aprendizagem significativa, uma vez que os bons resultados a serem alcançados pela 
educação são autonomia, seletividade, criticidade, planejamento, interação social, 
coletividade, flexibilidade e criatividade. 
 
A aprendizagem significativa se dá por meio de sete passos da (re)construção do 
conhecimento. Segundo SANTOS (2007, p.2) os sete passos são: 
 
1. O sentir – toda aprendizagem parte de um significado contextual e 
emocional. 
2. O perceber – após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber 
características específicas do que está sendo estudado. 
3. O compreender – é quando se dá a construção do conceito, o que garante 
a possibilidade de utilização do conhecimento em diversos conceitos. 
4. O definir – significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas 
palavras, de forma que o conceito lhe seja claro. 
5. O argumentar – após definir, o aluno precisa relacionar logicamente vários 
conceitos e isso ocorre através do texto falado, escrito, verbal e não verbal. 
6. O discutir – nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio 
através da argumentação. 
7. O transformar – o sétimo e último passo da (re)construção do conhecimento 
é a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção (na 
sua própria identidade e na realidade). Sem esse propósito, qualquer 
 
 
9 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
aprendizagem é inócua. SANTOS (2008) 1 
 
Ao aceitar a ideia de que aprendizagem via internet favorece-se a adoção pela escola 
da aprendizagem significativa, conclui-se que os cursos precisam de espaços e tempos de 
contato com o mundo virtual, numa inserção em ambientes institucionais e informais em 
todas as matérias e ao longo de todos os anos. Uma das tarefas mais importantes das 
escolas e secretarias de educação hoje é planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, 
o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual e como 
integrar de forma criativa e inovadora esses espaços e tempos. O Cumprimento do que 
está previsto no Base Nacional Comum Curricular (BNCC) precisa contar com a ampliação 
da interação dos alunos com a cultura e saberes. A Net é o espaço privilegiado. 
Entende-se que no ciclo dedicado ao letramento e alfabetização deva prevalecer a 
abordagem lúdica dos conteúdos, por isso jogos como cruzadinhas, quebra-cabeça, jogo 
da memória, 7 erros, entre outros, todos com temáticas programadas, podem ser 
trabalhados na escola porque estimulam a atenção, a percepção, a memória e ações 
motoras. No entanto, o espaço virtual de aprendizagem pode ganhar dimensões mais 
amplas com um planejamento das ações de pesquisa e de comunicação que estimulam a 
autonomia da aprendizagem em ambientes virtuais. Por exemplo: acessando páginas na 
Internet, pesquisando textos, recebendo e enviando novas mensagens, problematizando 
questões em fóruns ou em salas de aula virtuais, divulgando pesquisas e projetos. 
Muitas pesquisas realizadas na área da tecnologia na educação apontam os 
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) com a característica de “livres”, como o 
ambiente que oferece mais potencial para o processo de ensino-aprendizagem conforme a 
perspectiva de educação para a prática da liberdade. Portanto, o Moodle (Modular Object 
Oriented-Dynamic Environment), é considerado um Ambiente Virtual de Aprendizagem 
muito adequado aos objetivos pedagógicos. 
O desenvolvimento do Moodle é guiado por uma filosofia particular de aprender, um 
modo de pensar a educação-aprendizagem conhecido como a "pedagogia do social-
construtivismo". 
 
1 SANTOS, Júlio César F. Aprendizagem Significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do 
professor. 2 ed. Porto Alegre, Rio Grande: Editora Mediação Distribuidora e Livraria Ltda, 2008. 
 
 
10 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Nesse sentido, de acordo com a perspectiva construtivista, o estudante precisa 
estabelecer relações entre as novas informações e os conhecimentos já existentes e ser 
capaz de transpor tais conhecimentos para novas situações. Ao perceber o potencial 
construtivista do Moodle em promover o discurso social na aprendizagem por meio de 
módulos de comunicação síncronos e assíncronos, como também para a formação de 
grupos que interagem, compartilhando as produções e conhecimentos é que fizeram desse 
Ambiente Virtual de Aprendizagem o de maior utilização no mundo. 
Aproveito para lembrar que sua experiência de aprendizagem em EaD vem 
permitindo a aquisição de habilidades e competências que enriquecerão sua licenciatura. 
Enfim, interagir pedagogicamente em nosso ambiente AVA vem sendo um valor agregado 
em sua formação. 
 
 
 
11 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4. O FAZER DOCENTE 
 
Objetivo: 
Apresentar informações práticas de como a Organização do Trabalho Docente de 
um professor em sala de aula decorre do trabalho de décadas e de diversas instâncias 
gestoras. 
 
Introdução: 
Ao escolher a profissão docente, opta-se pela ação intencional de estar interagindo 
com novas gerações, ao longo de décadas. Como toda ação pedagógica está voltada para 
o futuro, o planejamento será uma prática constante e sistemática, que exige uma 
concentração individual para a pesquisa dos conteúdos e métodos, como também um 
diálogo permanente com os pares para inserir-se no coletivo escolar. É nesse coletivo que 
as matérias, as disciplinas, os conteúdos, os métodos e técnicas de ensino, serão 
discutidos e ressignificados no momento de organizar sua prática pedagógica. 
Cada vez mais os sistemas de ensino vêm solicitando o trabalho pedagógico em 
forma de projetos, de sala de aula, por meio dos quais se dá o ensino/aprendizagem, a 
cadeia de documentos organiza estas ações no fazer docente no Ensino Fundamental e 
médio. Em cada instituição o planejamento escolar pode estar contido no Projeto Político 
Pedagógico – PPP, ou no Plano de Desenvolvimento Escolar – PDE. 
Links para estudo: https://novaescola.org.br/conteudo/424/14-perguntas-e-
respostas-sobre-projetos-didaticos. Acesso 01/03/2019 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/trabalhando-projetos.htm, 
acesso 01/03/2019 
Depois de feito o planejamento curricular que é a organização da dinâmica escolar 
e que sistematiza as ações escolares, desde o espaço físico até as avaliações da 
aprendizagem. Tem uma parte Comum; e outra diversificada. Depois do planejamento de 
ensino que envolve a organização das ações dos educadores, durante o processo de 
ensino e integra o corpo docente, coordenadores e alunos na elaboração de uma proposta 
de ensino/aprendizagem, que será projetada para o ano letivo e constantemente avaliada; 
chega-se ao momento do planejamento de aula, o que organiza ações referentes ao 
trabalho na sala de aula. É o trabalho individual do professor preparando o desenvolvimento 
https://novaescola.org.br/conteudo/424/14-perguntas-e-respostas-sobre-projetos-didaticos
https://novaescola.org.br/conteudo/424/14-perguntas-e-respostas-sobre-projetos-didaticos
 
 
12 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
da aprendizagem de seus alunos de forma coerente e articulada. Cabe ao docente fazer o 
que seria futuro, tornar-se presente. 
Por ser uma atividade de natureza prática, o planejamento organiza-se em etapas 
sequenciais, que devem ser respeitadas no ato de planejar: 
 
1. Diagnóstico sincero da realidade concreta dos alunos. Estudo real da escola e 
a sua relação com todo contextosocial que está inserida. 
2. Interação social e cultural com a comunidade discente e suas famílias. 
3. Organização do trabalho pedagógico. A partir de escolhas intencionais para a 
definição de objetivos a serem alcançados, para a escolha de práticas, saberes 
e habilidades a serem aprendidos pelos alunos e a seleção das atividades, 
técnicas de ensino, que serão desenvolvidas para que a aprendizagem dos 
alunos se efetive. Esse momento representa a organização da metodologia de 
ensino. 
4. Processo de avaliação da aprendizagem. Sendo a avaliação entendida como 
um meio, não um fim em si mesma, mas um meio que acompanha todo processo 
da metodologia de ensino. A avaliação deve diagnosticar, durante a aplicação 
da metodologia de ensino, como os alunos estão aprendendo e o que 
aprenderam, para que a tempo, se necessário, a metodologia mude seus 
procedimentos didáticos, favorecendo a reelaboração do ensino, tendo em vista 
a efetiva aprendizagem. 
 
 
 
Lembre-se de que as competências e habilidades, relativas ao planejamento 
de aula são saberes adquiridos ao longo de sua formação de professor, por 
isso, aproveite ao máximo cada disciplina, cada conteúdo e cada atividade. 
 
 
A organização dos conteúdos e o desenvolvimento das habilidades e competências 
se fazem por um processo permanente que tem início no que está previsto nos Referenciais 
Nacionais Curriculares, nas Propostas Curriculares e nas Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC). As linhas traçadas em âmbito nacional chegam à escola para nortear o Projeto 
Pedagógico, conferindo à instituição a liberdade para optar por diferentes linhas 
metodológicas e didáticas e assim dar vida à sua prática docente diferenciada. 
 
 
13 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A fim de ter uma visão geral da estrutura da BNCC do Ensino Fundamental reproduzo 
a tabela explicativa que pertence à BNCC. 
 
I- 
LINGUAGENS 
Competências específicas da área 
LÍNGUA 
PORTUGUESA 
ARTE EDUCAÇÃO 
FÍSICA 
LÍNGUA INGLESA 
Competências 
específicas de 
componente 
Competências 
específicas de 
componente 
Competências 
específicas de 
componente 
Competências 
específicas de 
componente 
Campos de atuação Unidades temáticas Unidades temáticas Eixo 
Práticas de 
linguagem 
Unidades temáticas 
Objetos de 
conhecimento 
Objetos de 
conhecimento 
Objetos de 
conhecimento 
Objetos de 
conhecimento 
HABILIDADES HABILIDADES HABILIDADES HABILIDADES 
 
II- 
MATEMÁTICA CIÊNCIAS DA NATUREZA 
Competências específicas da área Competências específicas da área 
MATEMÁTICA CIÊNCIAS 
Unidades temáticas Unidades temáticas 
Objetos de conhecimento Objetos de conhecimento 
HABILIDADES HABILIDADES 
 
III- 
CIÊNCIAS HUMANAS ENSINO RELIGIOSO 
Competências específicas da área Competências específicas da área 
GEOGRAFIA HISTÓRIA ENSINO RELIGIOSO 
Competências 
específicas de 
componente 
Competências 
específicas de 
componente 
Competências específicas de 
componente 
Unidades temáticas Unidades temáticas Unidades temáticas 
Objetos de 
conhecimento 
Objetos de 
conhecimento 
Objetos de conhecimento 
HABILIDADES HABILIDADES HABILIDADES 
 
 
 
14 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 
DOS CONHECIMENTOS 
 
Objetivo: 
Descrever o processo pelo qual é feita a programação de competências específicas 
dos componentes, os objetos de conhecimento as unidades temáticas e as habilidades ao 
longo do Ensino Fundamental e Médio 
 
Introdução: 
A Base é uma só e se refere a toda Educação Básica − Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Ensino Médio. Em 20 de dezembro de 2017, as etapas de Educação Infantil 
e de Ensino Fundamental foram homologadas pelo ministro da Educação. O texto da Base 
Nacional Comum Curricular referente à etapa do Ensino Médio foi homologado pelo MEC 
em 14 de dezembro de 2018. 
 
Quando se pensa no que ensinar, faz-se referência aos conteúdos de ensino. Na 
BNCC recebem outras denominações, como Competências Especificas dos 
Componentes, Práticas dos Conhecimentos, Unidades Temáticas, Objetos de 
Conhecimento e Habilidades. Houve portanto, um detalhamento maior do que foi descrito 
nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). 
 
A seleção dos conteúdos que farão parte do programa anual é uma tomada de 
decisão carregada de intencionalidades. É da responsabilidade do professor escolher os 
conteúdos que desenvolverão aprendizagens nos alunos para que estes expliquem a 
realidade conscientemente. Deve-se ensinar o que é significativo sobre o mundo, a vida, a 
experiência existencial, as possibilidades de mudança, o trabalho, o passado, o presente e 
o futuro do homem. 
Professor Libâneo2 assinala que conteúdos de ensino são o conjunto de 
conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de atuação social, 
organizados pedagógica e didaticamente, tendo em vista a assimilação ativa e aplicação 
pelos alunos na sua prática de vida. Englobam assim conceitos, ideias, fatos, processos, 
princípios, leis científicas, regras; habilidades cognoscitivas, modos de atividade, métodos 
 
2 LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1991. 
 
 
15 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
de compreensão e aplicação, hábitos de estudos, de trabalho e de convivência social; 
valores convicções, atitudes. São expressos nos programas oficiais, nos livros didáticos, 
nos planos de ensino e de aula, nas atitudes e convicções do professor, nos exercícios, nos 
métodos e forma de organização do ensino. 
 
“ (...) escolher os conteúdos de ensino não é tarefa fácil; por isso, quanto mais 
planejado, ordenado e esquematizado estiver, mais os alunos entenderão a sua 
importância social; porém, a seleção e a organização dos conteúdos não se 
confundem com uma mera listagem.” Libâneo (1991) 
 
Conteúdos de ensino bem selecionados devem atender aos critérios de validade, 
flexibilidade, significação, possibilidade de elaboração pessoal – tanto pelo 
professor como pelo aluno; sem esses critérios, o professor corre o risco de escolher 
conteúdo sem relevância para seus alunos ou outros que apenas repliquem informações e 
conteúdos produzidos para a veiculação na mídia. 
 
Atendendo aos critérios, o conteúdo terá validade quando apresentar o caráter 
científico do conhecimento, e fizer parte de um conhecimento que reflita os conceitos, ideias 
e métodos de uma ciência. O conteúdo será significativo quando expressar de forma 
coerente os objetivos sociais e pedagógicos da educação, atendendo à formação cultural 
e científica do aluno; eles não são rígidos, mas flexíveis. O conteúdo de ensino está a 
serviço da aprendizagem dos alunos, e estes o utilizam para explicar a sua realidade. Todo 
conteúdo de ensino deve ser articulado com a experiência social do aluno. Para que haja a 
possibilidade de elaboração pessoal e o domínio efetivo do conteúdo, o ensino não pode 
se limitar à memorização e repetição de fórmulas e regras. Deve, fundamentalmente, 
possibilitar a compreensão teórica e prática através de conhecimentos e habilidades, 
obtidas na aula ou obtidas em situações concretas da vida cotidiana (LIBÂNEO, 1991). 
 
Alerto que alunos do ensino fundamental não se sensibilizam, quando um professor 
– para justificar determinado conteúdo de alguma disciplina – argumenta dizendo que é 
porque é assunto vai cair no ENEM ou no Vestibular. Tal argumento torna-se relevante 
apenas no Ensino Médio, As considerações motivacionais devem remeter a observação do 
aluno para o mundo que o cerca ou para situações- problema do cotidiano. 
 
 
 
16 Metodologiae Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O professor seleciona os conteúdos de ensino e organiza suas aulas podendo 
considerar três fontes a serem estudadas: a primeira é a programação oficial, na qual são 
fixadas Competências Especificas dos Componentes, Práticas dos Conhecimentos, 
Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento e Habilidades. 
 
Há quatro componentes dos conteúdos de ensino: 
 
• Conhecimentos sistematizados: são indispensáveis para desenvolvimento da 
personalidade. 
• Habilidades: são qualidades intelectuais necessárias para a atividade mental. 
• Práticas: são modos de agir relativamente automatizados que favorecem a 
inclusão do cidadão a uma determinada cultura. (urbana, universitária, 
ecológica...) 
• Atitudes e convicções: são os modos de agir, de sentir, e de se posicionar frente 
a tarefas da vida social (valores, moral e ética...). 
Com esses pilares a serem tratados pelas escolas de Ensino Fundamental é que se 
espera a formação da cidadania brasileira. 
 
 
 
17 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
6. A ESTRUTURA DA BNCC DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
Objetivo: 
Permitir que se inicie seu convívio com a BNCC, a partir de sua estrutura para que 
perceba a organização de um trabalho composto de tão diferentes elementos e variedade 
de abordagens didático-pedagógicas. 
 
Introdução: 
Para iniciar uma leitura mais detalhada, algumas recomendações são necessárias. 
A leitura da BNCC exige uma abordagem diferenciada, pois uma leitura linear (uma página 
após a outra), não trará muito proveito. Para a apropriação dos temas é necessário aceitar 
a ideia de ter que fazer leituras, aprender a relacionar os gráficos com os textos. Enfim, 
uma leitura constante, não só nos momentos de planejamento. Saliento que o espírito 
colaborador entre a equipe de gestão e o corpo docente poderá motivar, favorecer o diálogo 
para uma apropriação das BNCC por todos da escola. 
 
A BNCC está estruturada de modo a explicitar as competências que os alunos devem 
desenvolver ao longo de toda a Educação Básica e em cada etapa da escolaridade, como 
expressão dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento de todos os estudantes. 
 
A organizada da Educação Básica no país, segundo a Lei nº 13.005/2014, 
estabelecido pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que reitera a necessidade de 
estabelecer e implantar um pacto federativo entre União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos 
currículos. 
 
As aprendizagens estão organizadas em cada uma dessas etapas e são 
identificadas por códigos alfanuméricos criados para ajudar numa consulta rápida. Por 
exemplo, o que podemos ler no código abaixo? 
 
EF67EF01 
 
 
 
E
F 
6
7 
E
F 
0
1 
 
 
18 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O primeiro par de 
letras indica a etapa 
de Ensino 
Fundamental 
O primeiro par de 
números indica o 
ano (01 a 09) a que 
se refere a 
habilidade, ou, no 
caso de Língua 
Portuguesa, Arte e 
Educação Física, o 
bloco de anos, 
como segue: 
Língua 
Portuguesa/Arte 
 
15 = 1º ao 5º ano 
69 = 6º ao 9º ano 
Língua Portuguesa 
/Educação Física 
12 = 1º e 2º anos 
35 = 3º ao 5º ano 
67 = 6º e 7º anos 
89 = 8º e 9º anos 
O segundo par de 
letras indica o 
componente 
curricular: 
 
AR = Arte 
CI = Ciências 
EF = Educ. Física 
ER = Ens. Religioso 
GE = Geografia 
HI = História 
LI = Líng. Inglesa 
LP = Líng. Port. 
MA = Matemática 
O último par de 
números indica a 
posição da 
habilidade na 
numeração 
sequencial do ano 
ou do bloco de 
anos. 
 
Portanto, segundo esse critério, o código EF67EF01, por exemplo, refere-se à 
primeira habilidade proposta em Educação Física no bloco relativo ao 6º e 7º anos, ou seja: 
 
• Quanto às Habilidades: (EF67EF01) - experimentar e fruir, na escola e fora dela, 
jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e significados 
atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários. 
• Quanto aos Objetos de Conhecimento: jogos eletrônicos 
• Quanto à Unidade Temática: Brincadeiras e Jogos 
 
Com estas informações espero ter ajudado na técnica de leitura do BNCC de acordo 
com a disciplina que você queira planejar. Você poderá argumentar que sua atuação 
docente só irá da Educação Infantil até as primeiras 5 séries do Ensino Fundamental. 
Lembro, porém, que a sua Habilitação abre o caminho da gestão escolar, podendo o 
Pedagogo gerir o Ensino Fundamental em sua totalidade e o Ensino Médio e para tanto 
este conhecimento é indispensável. Ainda mais que as BNCC inauguram uma nova 
linguagem para tratar da atuação docente nas escolas. 
 
 
 
 
 
19 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/9160/base-nacional-e-aprovada-pelo-
cne 
https://novaescola.org.br/conteudo/14630/mec-homologa-base-nacional-
do-ensino-medio 
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou a Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC). O texto, cuja versão revisada pelo órgão pode ser 
consultada aqui, foi homologação do Ministério da Educação (MEC), O texto 
foi aprovado por 20 dos 23 conselheiros e conselheiras. Agora é para valer. 
Mudanças devem ser aplicadas a partir de 2022 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/9160/base-nacional-e-aprovada-pelo-cne
https://novaescola.org.br/conteudo/9160/base-nacional-e-aprovada-pelo-cne
https://novaescola.org.br/conteudo/14630/mec-homologa-base-nacional-do-ensino-medio
https://novaescola.org.br/conteudo/14630/mec-homologa-base-nacional-do-ensino-medio
 
 
20 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7. PARA O PLANEJAMENTO DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES 
 
Objetivos: 
Para realizar a organização do trabalho docente, o professor precisa mobilizar 
conjuntamente muitas dimensões: Espaço, tempo, materiais, metodologias, práticas, 
diferentes áreas do conhecimento, habilidades e competência. Espera-se que com o 
convívio com tais dimensões, ao longo de alguns anos, o professor terá agilidade de 
articular tais elementos. Por esse motivo, o exercício profissional de maneira comprometida 
e a formação permanente darão bons resultados no seu desempenho na escola. 
 
Introdução: 
Uma vez que se sabe das opções metodológicas que podem ser adotadas no ensino 
fundamental, percebe-se o papel importante da interdisciplinaridade e da interatividade, 
tanto na adoção da metodologia de projetos, como na oferta de informações saberes das 
mais diferentes áreas do conhecimento. Para que os alunos reúnam conhecimentos 
prévios, tão necessários para a leitura de um texto é oportuno que se revele como se produz 
um texto oral, com finalidade de divulgação, sem confiar na improvisação. 
 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-
site.pdf. Acesso em 28/02/2019 
 
Por isso abordaremos aqui uma sugestão de como o professor poderá contar com a 
BCNN para preparar o seu trabalho. A situação a ser vivenciada numa turma de 4º ano, 
trata-se de um projeto interdisciplinar cujo eixo é Alimentação Saudável. Vamos juntos 
descobrir os passos a serem dados com a leitura da BNCC. 
 
O ponto de partida são as 10 Competências Gerais do Ensino Fundamental. (BNCC 
página 9) Entre as dez, foi escolhida as competências 8, 9 e 10 e saliento que elas se 
expressarão pela conduta, postura docente, enfim o testemunho, o exemplo. 
 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdfhttp://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf
 
 
21 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física para ter capacidade de saber 
lidar com a pressão do grupo. 
• Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se 
respeitar e promovendo o respeito ao outro. 
• Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, 
resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos, 
princípios éticos democráticos. 
 
Em seguida, busca-se na BNCC (página 63) uma das competências específicas 
de linguagens para o Ensino Fundamental: 
 
• Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e 
linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar 
aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e 
colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e 
inclusiva. 
 
A prática a ser desenvolvida pela turma será: 
• (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, 
considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para 
quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação 
(onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, 
organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou 
digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, 
organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas. (página 93) 
 
Para desenvolver a Habilidade de: 
• (EF15LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos. (página 
95) 
 
Como se trata de um projeto interdisciplinar, elege-se também a disciplina 
Matemática 1 para se agregar a seguinte competência específica. (Página 265) 
• Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos 
presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, 
 
 
22 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las 
crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes. 
Uma vez escolhida a Unidade Temática - Grandezas e Medidas, inclui-se o seguinte 
objeto de conhecimento (página 288): 
 
• Sistema de numeração decimal: leitura, escrita, comparação e ordenação de 
números naturais de até cinco ordens. 
 
Ao juntar-se a disciplina de Ciências, optou-se pelo tipo saber a ser produzido pela 
Classe: Um vídeo documentário para orientar das famílias sobre a alimentação saudável, 
por isso a Unidade Temática, selecionada foi Vida e evolução e o Objeto de conhecimento 
será Hábitos Alimentares (página 338) 
 
• (EF04CI08) Organizar um cardápio equilibrado com base nas características dos 
grupos alimentares (nutrientes e calorias) e nas necessidades individuais 
(atividades realizadas, idade, sexo etc.) para a manutenção da saúde do 
organismo... (página 339). 
 
Enfim, depois de descrito o percurso para caracterizar o projeto, mobiliza-se a turma 
para - em conjunto - coletarem informações sobre a Pirâmide alimentar e as 
recomendações para uma nutrição saudável, seria uma fase de coleta e seleção de dados. 
 
A escrita do Roteiro do vídeo seguirá a atenção de um gênero textual diferenciado, 
com uma estrutura específica, construído a partir de uma ideia principal e com algumas 
informações secundárias, sendo empregados tanto os gêneros narrativos como o descritivo 
que sustentarão os argumentos para o convencimento do receptor desta mensagem. 
Lembro que um projeto precisa ser concluído com um produto para se oferecer à 
comunidade. 
 
 
 
23 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
8. O NOVO ENSINO MÉDIO 
 
Objetivo: 
Após ter apresentado os pontos que alicerçam a organização do trabalho docente 
no ensino fundamental, trataremos aqui do Ensino Médio que foi homologada sua BNCC, 
sua aprovação efetivada pelo Conselho Federal de Educação (CFE) e pelo Congresso 
Nacional (CN) no dia 14 de dezembro 2018. 
 
Introdução: 
Convêm, conhecer as mudanças para o Novo Ensino Médio que foi aprovado em 20 
de dezembro de 2019. 
 
A reforma flexibiliza os saberes que serão ensinados aos alunos, muda a distribuição 
do conteúdo das 13 disciplinas tradicionais ao longo dos três anos do Ensino Médio, dá 
novo peso ao ensino técnico e incentiva a ampliação de escolas de tempo integral que deve 
ser promovida pelos estados e também pela Federação. A Medida Provisória nº 748/2016 
foi sancionada pelo presidente da República como Lei nº 13.415/17. 
 
O currículo do ensino médio foi definido pela Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), atualmente homologada. A nova lei já determina como a carga horária do ensino 
médio será dividida ao longo dos três anos. Tudo o que será lecionado vai estar dentro de 
uma das seguintes áreas de concentração, que são chamadas de "itinerários 
formativos": 
 
1. Linguagens e suas tecnologias. 
2. Matemática e suas tecnologias. 
3. Ciências da natureza e suas tecnologias. 
4. Ciências humanas e sociais aplicadas. 
5. Formação técnica e profissional. 
 
A Lei determina que 60% da carga horária seja ocupada obrigatoriamente por 
conteúdos comuns da BNCC, enquanto os demais 40% serão optativos, conforme a oferta 
da escola e interesse de alunos, mas também seguindo o que for determinado pela Base 
Nacional. No conteúdo optativo, o aluno poderá, caso haja a oferta, concentrar sua 
formação em uma das cinco áreas mencionadas acima: 
 
 
24 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Após muitos debates a Língua Inglesa passou a ser a disciplina obrigatória no ensino 
de língua estrangeira, a partir do sexto ano do ensino fundamental e ao longo do ensino 
médio. Isso quer dizer que Congresso manteve a proposta do governo federal. Antes da 
reforma, as escolas podiam escolher se a língua estrangeira ensinada aos alunos seria o 
inglês ou o espanhol. Agora, se a escola só oferece uma língua estrangeira, essa língua 
deve ser obrigatoriamente o inglês. Se ela oferece mais de uma língua estrangeira, a 
segunda língua, preferencialmente, deve ser o espanhol, mas isso não é obrigatório. 
 
Outro objetivo da reforma é incentivar o aumento da carga horária para cumprir a 
meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê que, até 2024, 50% das escolas 
e 25% das matrículas na educação básica (incluindo os ensinos infantil, fundamental e 
médio) estejam no ensino de tempo integral. 
 
No ensino médio, a carga deve agora ser ampliada progressivamente até atingir 1,4 
mil horas anuais. Atualmente, o total é de 800 horas por ano, de acordo com o MEC. No 
texto final, os senadores incluíram uma meta intermediária: no prazo máximo de 5 anos, 
todas as escolas de ensino médio do Brasil devem ter carga horária anual de pelo menos 
mil horas. Mas não há previsão de sanções para gestores que não cumprirem a meta. 
 
A LDB (9394/96), prevê entre os inúmeros artigos, destaca-se 3: 
• Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de 
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica 
e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito 
financeiro público. 
• Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base 
nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas 
características regionais e locaisda sociedade, da cultura, da economia e da 
clientela. 
• Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível 
superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para 
o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do 
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. 
(Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017) 
 
 
25 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação 
básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-
graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base 
comum nacional. 
 
 
 
26 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9. A BNCC E SEU COMPROMISSO COM A JUVENTUDE 
 
Objetivo: 
A juventude que conclui o Ensino Médio deve ser capaz de questionar, analisar e 
posicionar-se criticamente no mundo; comunicar-se e intervir em diferentes contextos, 
usando as várias linguagens (oral, escrita, científica, digitais, artísticas e corporais); 
solucionar problemas de forma criativa e inovadora; interagir com o outro e suas diferenças; 
reconhecer, expressar e gerir suas emoções; liderar, empreender e aprender 
continuamente. 
 
Introdução: 
A gestão institucional escolar precisa preparar-se para protagonizar uma 
participação coletiva e para tanto precisa capacitar-se a tempo para a implantação do novo 
ensino Médio com ampliação da carga horária para 1.000 horas e em período integral. São 
supervisores, diretores, coordenadores que estarão à frente do coletivo escolar articulando 
as disciplinas em áreas, colocando em votação a parte diversificada do currículo. A Base 
Nacional Comum Curricular, vem garantir o conjunto de conhecimentos essenciais a que 
todo estudante brasileiro deve ter acesso. 
 
O ensino/aprendizagem no ensino médio se dá por meio da vinculação das 
habilidades e competências com dimensões formativas: “tecnologia”, “ciência” e “cultura”. 
A “tecnologia”, enquanto extensão das capacidades humanas, pode, de início, ser mais 
amplamente entendida como técnica - saber instrumental que vai da posse da escrita à 
operação de máquinas, mais comumente ensinadas em percursos profissionalizantes. 
Esse sentido estende-se, naturalmente, às chamadas novas tecnologias, que passaram a 
ter papel fundamental, não apenas para aproximar as práticas de ensino e de aprendizagem 
da vida cotidiana dos estudantes, como também para prepará-los para enfrentar os desafios 
da vida contemporânea. 
 
Também a “ciência” tem múltiplo papel formativo no Ensino Médio. Compreende o 
“letramento científico”, que pode garantir um conhecimento crítico do mundo e do tempo 
em que se vive, em lugar de uma noção dogmática de conhecimento e da visão de leis 
imutáveis O letramento científico é aqui entendido como a capacidade de mobilizar o 
conhecimento científico para questionar e analisar ideias e fatos em profundidade, avaliar 
a confiabilidade de informações e dados e elaborar hipóteses e argumentos com base em 
 
 
27 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
evidências. Essa dimensão formativa envolve reflexão sobre os fundamentos dos vários 
saberes e possibilita ao estudante reconhecer o caráter histórico e transitório do saber 
científico, bem como a possibilidade de diálogo com outras formas de conhecimento e com 
outras convicções. 
 
A “cultura” é, por fim, o termo mais polissêmico3 de todos, podendo compreender 
uma diversidade de expressões, dentre elas, as populares, as étnicas, as eruditas e as da 
indústria cultural. Melhor seria dizê-la no plural - CULTURAS -, para abarcar as suas 
diversas possibilidades. Essa dimensão formativa, em seu entrelaçamento com trabalho, 
ciência e tecnologia, envolve dimensões estéticas, éticas e políticas, no sentido de cultivar 
a sensibilidade para o cuidado de si e do outro, a atenção ao mundo no qual se vive e pelo 
qual é preciso responsabilizar-se. Essa dimensão amplia, ainda, a capacidade dos 
estudantes de abrir-se às diferenças e apreciar a diversidade, além de prepará-los para 
apreciar, fruir e produzir cultura. Os jovens precisam, enfim, ser convidados não apenas a 
refletir sobre as consequências de suas decisões e ações, mas a entender a relação com 
o outro em suas múltiplas e complexas facetas. 
 
Convém frisar que, sobretudo no sentido da atenção ao outro e da responsabilidade 
para com o mundo, a familiaridade com as várias práticas discursivas ganha especial 
importância. Para atuar responsavelmente diante das complexidades do mundo, será 
preciso ser capaz de ler, compreender e interpretar o que se lê; de reconhecer pontos 
de vista alheios, expor ideias próprias e administrar conflitos de opinião. Tudo isso é 
condição para a conquista da autonomia, tanto quanto para o exercício de uma efetiva 
cidadania. 
 
 
33 (po.lis.se.mi.a) 
sf. 
1. Ling. Multiplicidade de significados de uma palavra (p.ex.: bolo, referindo-se a 'doce' e a 'pancada de palmatória' 
etc.) 
 
 
 
28 Metodologia e Prática Docente no Ensino Fundamental e Ensino Médio da Educação Básica 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental. 
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
 ____. Parâmetros Curriculares Nacionais 
____. Conselho Nacional de Educação. Resolução CEB nº 2, de 7 de abril de 
1998. 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4ª ed. 
Goiânia: Editora alternativa. 2001. 
 
PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o projeto 
políticopedagógico da escola. 2 ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 
2002 – (Guia da Escola Cidadã) 
SAMPAIO, Carmem Sanches. Educação brasileira e(m) tempo integral. In: 
COELHO, Lígia Marta C. da Costa, CAVALIERE, Ana Maria (Orgs.). Alfabetização 
e os múltiplos tempos que se cruzam na escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 
182-196.

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