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#Carolina R. Dobrotinic AULA 04 HAM V Quadril Anatomia Exame físico Inspeção estática Ao apontar um ponto doloroso, o paciente dará dicas importantes da origem de sua dor. A região inguinal pode ser indicativa de possíveis doenças intra-articulares. Por outro lado, a dor na face lateral do quadril pode fazer pensar também em doenças extra-articulares, como as que compõem a chamada síndrome da dor peritrocantérica do quadril. Já dores apontadas para a região posterior do quadril deverão ter sempre como diagnóstico diferencial doenças da coluna, e investigação sobre outras possíveis causas de dor na região posterior do quadril, como as doenças da síndrome da dor glútea profunda (exemplo: síndrome do músculo piriforme). Na avaliação do paciente em decúbito dorsal, o primeiro passo na inspeção pode ser a avaliação da dismetria dos membros inferiores, que deve ser feita por meio da mensuração em cada lado à distância entre a espinha ilíaca anterossuperior e o maléolo medial com o joelho e o quadril devendo ficar em extensão total (comprimento verdadeiro) ou medindo-se da região umbilical até o maléolo medial (comprimento aparente) e comparando-os com o lado contralateral Inspeção dinâmica No exame de marcha, os pontos-chave da avaliação incluem rotação do pé, mobilidade pélvica nos planos coronal e transversos, fase de balanço e comprimento do passo. Palpação das partes moles e ósseas do quadril Arco de movimento Exame neurológico Testes especiais ➔ Teste de contratura muscular ❖ Teste de Ely (reto femoral) O teste de contratura do músculo reto femoral (Ely) é avaliado realizando-se a flexão do joelho em direção ao glúteo máximo e qualquer elevação da pelve é indicativa de contratura ❖ Teste de Ober (tensor da fascia lata) Utilizado para o diagnóstico da contratura em abdução do quadril. A criança é mantida em decúbito lateral com o quadril oposto apoiado em flexão máxima. Com o joelho fletido, o quadril a ser testado é fletido 90° e abduzido. A seguir, o quadril é estendido, e o ângulo formado pela coxa com o eixo do corpo no ponto de resistência revela a magnitude da contratura em abdução ❖ Teste de Thomas (contratura em flexão do quadril) Em decúbito dorsal realiza-se então a avaliação do teste de contratura em flexão do quadril, quando estendemos o quadril a ser avaliado e mantemos o outro em flexão sendo segurado pelo paciente, evitando assim a inclinação pélvica compensatória. Importante: manter a mão espalmada sob a coluna lombar do paciente para termos certeza do ponto “zero” de inclinação lombar. Esse teste deve ser realizado bilateralmente. ➔ Teste de sacroileíte ❖ Teste de Gaenslen Com o paciente em decúbito dorsal e na beira do leito, pede-se para ele abraçar ambos os joelhos e depois estender o quadril a ser examinado e que está pendente da maca. Em caso de doenças dessa articulação, o paciente sentirá dor à extensão desse quadril ❖ Teste de Patrick FABERE (flexão + abdução + rotação externa) Esse teste pode ser feito de duas maneiras, com o paciente em decúbito dorsal, membro contralateral em extensão e o membro a ser examinado em posição de “4”, sobre a mesa, ou sobre o joelho. O examinador apoia a mão sobre o joelho fletido e coloca a outra sobre o quadril oposto, verificando o desencadeamento de dor. Caso a dor seja referida na virilha, a doença pode ser derivada do quadril examinado e, se for na região da sacroilíaca contralateral, devemos avaliar essa articulação. ➔ Teste para síndrome de impacto do quadril (IFA - impacto femoroacetabular) ❖ FADURI (flexão + adução + rotação interna) No teste dinâmico de impacto rotatório interno (DIRI), o paciente é instruído, como no teste de Thomas, a segurar o membro contralateral enquanto o examinador realiza uma manobra dinâmica e rotatória de flexão do quadril até 90o ou mais, associada a adução e rotação interna. Dor nesse teste sugere impacto femoroacetabular anterior e/ou lesão labral anterior Um sinal importante a ser relatado que se associa a doenças possivelmente intra-articulares é o sinal do “C”, quando o paciente normalmente irá descrever uma dor interior profunda e mal definida na região do quadril, com a mão espalmada sobre a articulação e seu polegar voltado posteriormente, em forma de “C” ➔ Síndrome do piriforme ❖ Teste do piriforme O teste ativo do músculo piriforme é realizado com o paciente promovendo força contra a resistência de abdução e rotação externa do quadril, sendo o teste positivo quando apresente dor local e fraqueza ➔ Lesão do nervo glúteo ❖ Marcha de Trendelenburg Glúteo médio – é o principal abdutor do quadril e atua elevando a pelve do lado oposto ao membro que está apoiado, equilibrando o tronco sobre o quadril de apoio. Se o glúteo médio estiver paralisado, a pelve do lado oposto ao membro apoiado cairá (sinal de Trendelenburg positivo) e o paciente, a cada fase de apoio da marcha, desviará seu tronco em direção ao lado do glúteo médio debilitado, tentando retornar o centro de gravidade para o lado que está sustentando peso. ❖ Teste de Trendelenburg É feito em apoio monopodálico e avaliando-se o paciente de costas. Caracteriza-se pela queda do quadril para o lado oposto ao que está apoiado, devido à fraqueza da musculatura abdutora ipsilateral (glúteos)
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