Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 1 Foundation Fieldbus Capítulo R4 12 Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 2 Foundation Fieldbus Introdução: A rede Foundation Fieldbus (FF) é uma rede digital cuja padronização levou mais de dez anos para ser concluída. Existem duas redes FF, uma de baixa velocidade concebida para interligação de instrumentos (H1 - 31,25 kbps) e outra de alta velocidade utilizada para integração das demais redes e para a ligação de dispositivos de alta velocidade como CLPs (HSE - 100 Mpbs). Figura 1: Redes Fieldbus H1 e HSE A rede H1 possui velocidade de 31,25 kbps e proporciona grandes vantagens para substituir a instrumentação convencional de 4..20mA: • Redução do cabeamento, painéis, borneiras, fontes de alimentação, conversores e espaço na sala de controle. • Alimentação do instrumento pelo mesmo cabo de sinal • Opções de segurança intrínseca • Grande capacidade de diagnóstico dos instrumentos • Suporte para asset management: capacidade de realizar funções de diagnóstico, configuração, calibração via rede permitindo minerar dados de instrumentação em tempo real. Estas funções irão permitir a implementação da manutenção proativa, centrando os recursos onde eles são mais necessários. • Capacidade de auto sensing (auto reconhecimento) do instrumento permitindo fácil instalação e download de parâmetros. • Redução dos custos de engenharia, instalação e manutenção. • Sinal de alta resolução e livre de distorções asseguram precisão do sinal recebido aumentando a confiabilidade do sistema de automação. A rede Foundation Fieldbus tem como principais concorrentes as redes Profibus- PA e o protocolo HART. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 3 O estudante deve se esforçar para não confundir o nome rede Foundation Fieldbus com o da fundação que a criou e a mantém esta sim denominada Fieldbus Foundation. Figura 2: : FF e faixa de aplicação das redes de campo [ARC] Uma das grandes revoluções da rede FF foi estender a visão da área de processo até o instrumento e não até o último elemento inteligente então existente que era o CLP ou remota do SDCD. Figura 3: Aumentando as fronteiras do processo A outra revolução da rede FF foi permitir a migração das estratégias de controle do controlador, antes representado por uma remota ou CLP para o elemento de Faixa de Aplicação de Redes Discreto Processo N eg ó ci o C o n tr o le I n t e r b u s L o o p I n t e r b u s P r o f i b u s D P C o n t r o l N e t A T M / F D D I C C L i n k D e v i c e N e t S D S E t h e r n e t 1 0 / 1 0 0 / 1 0 0 0 B a s e- T A S I S e r i p l e x C A N P r o f i b u s F M S H A R T L o n W o r k s P r o f i b u s P A I E C / S P 5 0 H 1 I E C / S P 5 0 H 2 D e v i c e W F I P W o r l d F I P Aplicações Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 4 campo, representados pelos transmissores de temperatura, pressão, etc. e pelos atuadores em sua maior parte válvulas de controle. Isto irá permitir que dois ou mais instrumentos estabeleçam malhas de controle, que uma vez configuradas remotamente irão operar de forma completamente independente do controlador externo. Estas estratégias de controle constituem os chamados blocos de controle. Os blocos mais conhecidos são os de Analog Input (AI), Analog Output (AO), Controlador PID (PID), Digital Input (DI) e Digital Output (DO). Figura 4: Migração das funções de controle para a instrumentação Outra vantagem da rede FF é a redução de equipamentos necessários para instalar os instrumentos em uma área classificada. Figura 5: Barreiras de segurança intrínseca numa topologia FF Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 5 Arquitetura do Sistema A tecnologia Fieldbus H1 foi baseada no modelo OSI da ISO. Figura 6: Fieldbus H1 e modelo OSI/ISO O sistema H1 é formado de três camadas: a camada física, o stack de comunicação e a camada de usuário. Fazendo a correspondência com o modelo OSI/ISO, a camada física corresponde à camada física do modelo OSI. O stack de comunicação contém a camada de acesso ao meio, a camada de aplicação que é o Fieldbus Message Specification (FMS) e o Fieldbus Access Sublayer (FAS) que mapeia o FMS nas funções da DLL. A camada de usuário do fieldbus é inexistente no modelo OSI. A Figura 7 mostra a formação do quadro fieldbus entre as diversas camadas do stack. Figura 7: Formação do quadro de mensagem H1 Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 6 Camada de aplicação e blocos A camada de aplicação utiliza o conceito de blocos para realizar todas suas funções. Existem três tipos de blocos básicos: blocos de recursos e blocos de transdutores, utilizados para configurar os dispositivos e blocos de função, utilizados para construir a estratégia de controle. Figura 8: Blocos Figura 9: Tipos de blocos Os blocos de transdutor servem para desacoplar os blocos de função das funções de interface com o sensor de campo. Eles podem executar a uma freqüência superior à dos blocos de função. Apesar de visíveis eles não podem ser linkados via ferramenta de configuração. Estes blocos não podem ser escalonados pelo sistema de gerenciamento. Os blocos de recurso descrevem as características físicas do dispositivo. Eles contem configurações gerais para o FVD. Eles também são visíveis externamente, mas não podem ser interligados nem participar do escalonamento estabelecido pelo LAS. Alguns de seus parâmetros são: ID do fornecedor, versão do dispositivo, características, capacidade de memória, etc. Os blocos de função determinam o comportamento do sistema. As entradas e saídas dos blocos de função podem ser interligadas para configurar uma estratégia Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 7 de controle. A execução de cada bloco de função pode ser precisamente escalonada pelo sistema. Os dez principais blocos de função são: Nome do Bloco de Função Símbolo Entrada Analógica (Analog Input) AI Saída Analógica (Analog Output) AO Polarização/Ganho (Bias/Gain) BG Control Selector CS Discrete Input DI Discrete Output DO Manual Loader ML Proportional Derivative PD Proportional/Integral/Derivative PID Ratio RA Transmissores simples de temperatura, pressão, etc., possuem um único bloco AI. Uma válvula de controle pode conter um bloco PID além do bloco AO. E x e m p l o : Na figura abaixo, uma malha de controle foi definida usando apenas os blocos de controle contidos em dois dispositivos: um medidor de vazão que fornece o bloco AI e uma válvula que fornece os blocos AO e PID. Figura 10: Malha de controle completa entre dois instrumentos. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 8 Blocos avançados A especificação FF-892 introduz novos blocos de controle: Nome do Bloco de Função Símbolo DeviceControl DC Output Splitter OS Signal Characterizer SC Lead Lag LL Dead Time DT Integrator (Totalizer) IT SetPoint Ramp Generator SPG Input Selector IS Arithmetic AR Timer TMR Analog Alarm AAL A especificação FF-893 introduziu os blocos múltiplos ou multiple I/O (MIO): Nome do Bloco de Função Símbolo Multiple Analog Input MAI Multiple Analog Output MAO Multiple Discrete Input MDI Multiple Discrete Output MDO A grande inovação veio a seguir. A especificação FF-894 permite a criação de um bloco de aplicação livre pelo próprio usuário usando a norma IEC 61131-3. Este bloco recebeu o nome de Flexible FunctionBlock (FFB). Figura 11: Bloco flexível de função (FFB) Um bloco mantém controle da comunicação com outros blocos. Se houver perda de comunicação o dado de entrada é considerado velho (stale) e o bloco sinaliza o problema. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 9 Figura 12: Bloco AI e sua implementação Figura 13: Bloco AI e simulação de valores de entrada Um bloco AI por exemplo tem várias funcionalidades fora ler um dado do campo e o disponibilizar como um valor digital para outros blocos. O bloco AI é capaz de aplicar um alarme da saída por faixa e até de simular uma entrada analógica que esteja com status ruim baseado em seus valores anteriores (Figura 13). Figura 14: Sumário dos blocos de controle Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 10 Figura 15: Exemplo de configuração de malhas de controle usando blocos FF Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 11 Camada Física Tanto a FF-H1 como a rede Profibus-PA têm sua camada física padronizada pela norma IEC 61158-2. Os sinais H1 são codificados utilizando codificação Manchester Bifase-L. Trata-se de uma comunicação síncrona que envia os sinais de dados combinados com o relógio. Figura 16: Codificação Manchester Bifase-L Observe que o sinal resultante corresponde à função XOR negada dos sinais de clock e dados. Uma transição positiva do sinal combinado no meio do período correspondente a um bit, será considerada 0 e uma transição negativa é lida como 1. Para sincronizar o clock do receptor com o do transmissor um preâmbulo formado por uma seqüência de 0s e 1s é inicialmente transmitido. Para delimitar os quadros são utilizados sinais especiais correspondentes a violações dos códigos acima. Os sinais N+ e N- não apresentam uma transição no meio do tempo correspondente a um bit. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 12 Figura 17: Caracteres especiais de início e final de quadro O transmissor irá modular o sinal variando a corrente de ±10mA a uma freqüência de 31,25 kbps sobre uma carga equivalente de 50 ohms para criar uma modulação de 1.0 Volt pico a pico sobre o sinal da fonte de alimentação. O valor da tensão da fonte de alimentação pode variar de 9 a 32 Volts. Aplicações de segurança intrínseca (SI) possui outros requerimentos. Figura 18: Sinal fieldbus As regras básicas para validação de uma rede FF-H1 são: • A rede é formada por uma linha troco com stubs ou spurs. A linha tronco deve ser terminada por um terminador passivo. • O comprimento máximo da linha tronco e da soma de todos os stubs é de 1900m. • O número de instrumentos na rede pode ser: 2 a 32 instrumentos numa conexão não intrinsecamente segura com fonte de alimentação separada do sinal de alimentação. 1 a 12 instrumentos quando a aplicação não requer SI e os instrumentos são alimentados pelo cabo de sinal. 2 a 6 instrumentos para aplicações de SI quando os instrumentos recebem a sua alimentação diretamente do cabo de comunicação. • Repetidores podem ser utilizados para regenerar o sinal após excedida a especificação de distância máxima. O número máximo de repetidores é quatro. A distância máxima entre dois instrumentos quaisquer não deve exceder 9500 m. • O cabo fieldbus é polarizado. Inverter a polarização pode causar danos a todos os instrumentos conectados à rede. Alguns fornecedores garantem instrumentos livres de polarização. • O comprimento dos spurs devem ser calculados obedecendo aos dados da tabela abaixo: Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 13 Total de dispositivos por rede Um disp. por spur (m) Dois disp. por spur (m) Três disp. por spur (m) Quatro disps por spur (m) Comprimento máximo total m 1-12 120 90 60 30 439 13-14 90 60 30 1 384 15-18 60 30 1 1 329 19-24 30 1 1 1 220 25-32 1 1 1 1 10 Tabela 1: Comprimento máximo dos spurs Figura 19: Topologias da rede Fieldbus Elementos de rede Os principais elementos na rede fieldbus são: • A fonte de alimentação • O módulo condicionador de potência • O terminador de barramento A ligação de dispositivos à rede pode se dar através de conectores Ts ou de caixas de junção. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 14 Figura 20: Terminador da rede FF-H1 A fonte de alimentação é um equipamento de segurança não-intrínsica com uma entrada AC universal e uma saída de 24Vdc, isolada, com proteção contra sobrecorrente e curto-circuito, ripple e indicação de falha, apropriada para alimentar os elementos do Fieldbus. Exemplo: Fonte DF52 da Smar. O módulo condicionador de potência é um equipamento de controle de impedância ativo, não-isolado, de acordo com o padrão IEC 1158-2. Este equipamento apresenta uma impedância de saída que, em paralelo com os dois terminadores de barramento ( um resistor de 100Ù em série com um capacitor de 1µF) atendendo ao padrão, resulta em uma impedância de linha puramente resistiva para uma ampla faixa de freqüência. Exemplos: os módulos DF49 (dois canais) e módulo DF53 (quatro canais) da Smar. Estes módulos não podem ser utilizados em áreas que exigem especificações de segurança intrínseca. O terminador de barramento é um elemento passivo formado por um de 100Ù em série com um capacitor de 1µF acondicionado em um invólucro vedado. Figura 21: Configuração básica de uma rede FF-H1 [Fayad 2003] Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 15 Figura 22: Ligação à Junction Box [Fieldbus Foundation] Figura 23: Elementos de rede Fieldbus Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 16 Figura 24: Rede com barreira de segurança intrínseca [Fayad 2003] Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 17 Ciclo de operação Figura 25: Macrocycle e escalonamento do barramento O escalonamento é executado periodicamente em um período de tempo denominado macrocycle. Cada dispositivo do barramento é sincronizado com precisão de 1ms e obedece a um escalonamento pré determinado. O scheduler determina quando os blocos de função de cada dispositivos são executados e quando comunicações escalonadas e não escalonadas ocorrem no barramento. As atividades de máxima prioridade que devem acontecer ciclicamente são denominadas operações escalonadas. As operações não escalonadas ocorrem quando o primeiro tipo de comunicação não está sendo executado. e outras operações denominadas comunicações não escalonadas poderão executar. Por exemplo, as transferências de dados entre blocos de malhas de controle executam na parte escalonada. O LAS (Link Active Scheduler) é o dispositivo que controla a comunicação no barramento. Pelo padrão FF existem três tipos de dispositivos: • O Link Master que é capaz de suportar as funções de LAS. • Básico que não é capaz de suportar as funções de LAS e • Linking device que além de ter a capacidade de ser Link Master possui a funcionalidade de conectar segmentos H1. Apenas um link master executando como LAS pode controlar a comunicação no barramento FF-H1. Caso este dispositivo saia do ar outro link master irá tentar Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 18 assumir o papel de LAS. Deve existir pelo menos um link master por segmento capaz de assumir o papel de LAS. Durante a partida o link master com menor número de nó assume o papel de LAS. Sincronização no tempo Existem várias sincronizações a serem efetivadas em uma rede FF-H1: S i n c r o n i z a ç ã o d o t e m p o d e d a t a l i n k : A primeira função é proporcionar a sincronizaçãono tempo de cada dispositivo no barramento. Cada instrumento é um computador e com o tempo os relógios dos diversos instrumentos passam a apresentar um erro de fase (drift error). Como a comunicação deve ser determinística com precisão de 1 ms os relógios devem ser sincronizados periodicamente. O LAS é responsável por este serviço de sincronização do tempo de barramento ou data link time. Ele envia uma mensagem denominada TD (time distribution) periodicamente no barramento. S i n c r o n i s m o d o t i m e o f d a y Outro sincronismo importante é o do relógio de hora do dia utilizado para aplicar o time stamp em cada dado lido e nos eventos e alarmes ocorrido. Esta hora é denominada application time e deve ser sincronizada para todos os dispositivos. Este sincronismo é obtido através da Clock Message enviada por um dispositivo denominado Time Master através de uma mensagem do tipo DT (Data Transfer) enviada. O Time Master pode ser qualquer dispositivo do barramento incluindo o host que também executa o papel de LAS ou qualquer instrumento. Esta mensagem não é considerada parte do ciclo de manutenção do enlace de dados. I d e n t i f i c a ç ã o d o s d i s p o s i t i v o s A manutenção de enlace de dados inclui outras atividades como a identificação de novos instrumentos inseridos na rede. Isto proporciona a importante capacidade de plug and play da rede. O LAS mantém uma lista com todos os endereços de dispositivos ativos no barramento. Esta lista é chamada de Live List ou lista de dispositivos ativos. Uma mensagem especial denominada PN (Probe Node) é utilizada para identificar novos dispositivo. O LAS periodicamente envia mensagens PN para os nodos que não estão na Live List. Se um dispositivo está presente no endereço ele responde com a mensagem PR (Probe Response). O LAS inclui o dispositivo na Live List e confirma a ativação do dispositivo através da mensagem NodeActivation. Cada dispositivo é identificado por três valores: • Device ID: Número de série definido pelo fabricante do instrumento. Por exemplo: 31416ACME93293 • Device Name (TAG): definido pelo usuário. Por exemplo: TT-01 • Device Address: endereço único no segmento. Por exemplo: 33 Todo o endereçamento é configurado por comandos do barramento sem o uso de jumpers ou dip-switches. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 19 A sequência para se designar um novo endereço para um dispositivo é a seguinte: • Um novo dispositivo é conectado ao barramento e usa um endereço default randômico entre 248-251. • Uma ferramenta de configuração rodando no host atribui um nome físico ao dispositivo (PD TAG). • Uma ferramenta de configuração rodando no host designa um endereço permanente não utilizado ao dispositivo. O dispositivo se lembrará deste endereço mesmo após uma queda de alimentação. D i c i o n á r i o d e O b j e t o s Todo dado dos dispositivos accessível via rede é descrito pelo Object Dictionary (OD) que depende do dispositivo. O Virtual Field Device (VFD) contem todos os objetos e descritores de objetos que podem ser utilizados por um usuário de comunicação. Todo dispositivo de campo geralmente tem duas VFDs: • Uma FFD para blocos de função • Uma Management Information Base (MIB) que retrata aplicações de gerenciamento de rede e do sistema. Toda aplicação de controle consiste de blocos de função interconectados. Blocos são conectados através de objetos de ligação (linking objects) da VFD de blocos de função. Um objeto de ligação irá conectar dois blocos de função no mesmo instrumento ou um bloco de função para uma VCR para produtor ou consumidor. Figura 26: Dispositivo de campo virtual e seus dicionários de objetos C o m u n i c a ç ã o e s c a l o n a d a A comunicação escalonada é usada para transferir dados cíclicos de malhas de controle entre os blocos de função. O LAS possui uma lista com os tempos para transmissão de todos os blocos de todos os dispositivos que necessitam ser transmitidos ciclicamente. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 20 Quando chega a hora de um dispositivo enviar um buffer o LAS envia uma mensagem do tipo Compel Data (CD) para o dispositivo. Ao receber o CD o dispositivo publica ou broadcasts o dado para todos os dispositivos no barramento. Todo dispositivo que estiver configurado para receber o dado é chamado de assinante ou consumidor. O LAS reserva um tráfego exclusivo para realizar as comunicações escalonadas. C o m u n i c a ç ã o n ã o e s c a l o n a d a Todos os dispositivos do barramento têm a chance de transmitir informações não escalonadas entre os ciclos de transmissão de mensagens cíclicas. O LAS garante uma permissão para um dispositivo usar o barramento emitindo uma mensagem do tipo PT (Pass Token) para o dispositivo. Quando o dispositivo trecebe o token ele tem o direito de usar o barramento até terminar ou até o tempo máximo de manutenção do token ter sido alcançado. A operação do LAS O LAS realiza ciclicamente as seguintes operações: Figura 27: Ciclo de atividades do LAS [Hightech Multimidia] A programação de CD contem uma lista de atividades que estão programadas para serem executadas ciclicamente. Na hora especificada o LAS envia uma mensagem CD (Compel Data) para um buffer de dados em um dispositivo FF. O dispositivo publica a mensagem. Esta atividade tem prioridade máxima. Todas as demais atividades acontecem entre este tipo de transferências. O LAS passa a enviar PTs para todos os nodos na Live List. O dispositivo que responder corretamente a mensagens PT continua na Live List. Se o dispositivo ao receber o token não transmitir uma mensagem ou devolver o token por três vezes consecutivas, será tirado da Live List. Depois o LAS deve enviar mensagem PN (Probe Node) a pelo menos um nodo fora da Live List. Toda vez que o LAS altera a Live List ele Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 21 realiza o broadcast das alterações na Live List para que todos os nodos possam ter uma cópia atualizada da Live List. A mensagem TD (Time Distribution) é enviada periodicamente a todos os nodos. Virtual Communication Relationships (VCR) A comunicação escalonada e não escalonada é uma função da camada DLL (Data Link Layer). A camada FAS (Fieldbus Access Sub layer) utiliza estas funções para proporcionar um serviço à camada FMS (Fieldbus Message Specification). Estes serviços são descritos por VCRs (Virtual Communication Relationship), relações virtuais de comunicação. O VCR é como uma abreviatura de acesso, uma pequena estrutura que resume um conjunto maior de dados pré armazenados. As principais VCRs são: C o m u n i c a ç ã o c l i e n t e - s e r v i d o r : Utilizada para comunicação enfileirada, não escalonada, iniciada pelo usuário, um para um, entre dispositivos no fieldbus. Enfileirada implica que as mensagens são enviadas na ordem fornecida para transmissão, respeitada suas prioridades, sem sobresescrita das mensagens anteriores. Quando um dispositivo recebe um token ele coloca uma mensagem no barramento. Ele é dito cliente da comunicação e o destino da mensagem é o servidor. Quando o servidor recebe o token do LAS ele responde à pergunta recebida. Exemplos: Mudança de set point pelo operador, sintonia de malhas e parâmetros, reconhecimento de alarmes e download e upload do dispositivo. A Figura 28 mostra um exemplo de mecanismo cliente servidor implementado com comunicação não escalonada: Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 22 Figura 28: Mecanismo cliente – servidor O mecanismo pode ser sumarizado como: 1. O Cliente necessita de dado do servidor 2. O Cliente coloca uma mensagem Data Transfer Request na fila. 3. Cliente recebe o token do LAS. 4. Cliente envia Data TransferConfirmed Request para o Servidor. 5. O Servidor coloca dado solicitado na fila de mensagem. 6. Servidor recebe token do LAS. 7. Servidor envia Data Transfer Confirmed Response para o Cliente. 8. Cliente recebe e decodifica dado solicitado. 9. LAS continua a cuidar de outras comunicações do barramento. D i s t r i b u i ç ã o d e R e l a t ó r i o ( R e p o r t D i s t r i b u t i o n o r S o u r c e a n d S i n k ) Utilizada para comunicação enfileirada, não escalonada, iniciada pelo usuário, um para muitos, entre dispositivos no fieldbus. Quando um dispositivo com um evento ou relatório de tendência recebe o token do LAS, ele envia a mensagem para um grupo de endereços representado pelo VCR. Dispositivos interessados em receberem a mensagem identificada pelo VCR irão receber o evento ou relatório. Exemplo: Envio de eventos e alarmes (non solicited messages) para estações de supervisão. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 23 Figura 29: Distribuição de relatório P r o d u t o r - C o n s u m i d o r É utilizado para comunicação buferizada de um para muitos. Bufferizado quer dizer que apenas a última versão da informação é mantida. O dado mais recente sobreescreve o dado anterior. Quando um dispositivo recebe a mensagem CD do LAS, ele transmite uma mensagem. Este dispositivo é chamado de produtor. Todos os dispositivos interessados no dado irão recebe-lo. Estes dispositivos são os assinantes ou consumidores. A mensagem Cd pode ser escalonada no LAS ou enviada aos assinantes de forma não escalonada. Um atributo do VCR irá determinar qual dos dois mecanismos serão utilizados. Exemplo: É utilizado para publicar de forma escalonada e cíclica os valores das PVs e MVs das malhas de controle para os instrumentos e para as estações de operação. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 24 Figura 30: Mecanismo produtor-consumidor Figura 31: Sumário dos serviços da FAS Cliente Servidor Distribuição de Report Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 25 Produtor Consumidor Figura 32: Sumário de tipos de comunicação FF Vantagens da rede H1 sobre Profibus-PA São vantagens da rede H1 sobre a rede Profibus-PA: • A rede FF-H1 possibilita o auto reconhecimento do instrumento instalado a quente possibilitando uma operação plug and play. • Na rede FF_H1 o controle é realizado no instrumento mudando a estratégia de controle para FCS (Field Control System). • Na rede FF-H1 o acesso aos dados de E/S é determinístico no tempo. • A rede FF-H1 permite configurar o dispositivo remotamente sem o uso de dip- switches. • A rede FF-H1 permite o envio de diagnóstico e mensagens de status pelo instrumento. • A rede FF-H1 implementa o conceito de produtor-consumidor que além de diminuir os requisitos de banda promovem uma total transparência de dados entre as diversas camadas do sistema de controle. • A rede FF_H1 permite que o instrumento armazene dados de tendência histórica, que depois são transferidos para o mestre. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 26 Performance Peluso em [Peluso 2002] mostrou uma estatística de desempenho dos principiais blocos de controle. Não necessariamente as funções de malha PID precisam ser executadas de forma distribuída na instrumentação. Elas podem ser executadas também um nível acima como em um SDCD tradicional. Figura 33: Tempos de Performance típicos segundo [Peluso 2002] Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 27 Integração com rede HSE A rede H1 possui certas limitações. O número de instrumentos na rede não pode crescer muito estando limitado pelos recursos de faixa exigidos por cada instrumento. É normal que apenas 5 ou 7 instrumentos sejam colocados em um mesmo segmento. Para interligar diversos segmentos FF-H1 a solução ideal é o uso da rede HSE operando na velocidade de 100 Mpbs. A rede HSE é compatível com os protocolos da rede H1, permitindo o intertravamento de instrumentos localizados em diferentes segmentos de rede. Além disso permite a interligação de dispositivos que requerem grande capacidade de rede como CLPs e computadores host e instrumentos especializados que necessitam transferir grandes blocos de dados como espectrofotômetros. A rede HSE evita a existência de diversos níveis de hierarquia reduzindo qualquer configuração a dois níveis apenas. Figura 34: Integração entre redes HSE e H1 [Hightech Multimidia] Além de servir de gateway entre a rede HSE e a rede H1 os device links realizam outra função importante: eles podem ter pontos de I/O locais para permitir a interligação de sinais discretos oferecendo uma boa solução para aplicações de natureza híbrida. Outros device links possuem interfaces para outros protocolos como o Modbus para facilitar a interligação de inversores de freqüência e outros tipos de dispositivos inteligentes orientados a byte. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 28 Figura 35: Linking Device HSE (Smar DFI302) com capacidade de I/O local e com interface Modbus. Existem blocos de I/O remotos que podem ser ligados na rede H1 para um pequeno número de sinais de entrada e saída como o Smar DC302 I/O Block. Figura 36: Bloco de I/O Smar DC302 Recentemente foram introduzidos no padrão H1 blocos de função múltiplos capazes de manipular até oito variáveis digitais e analógicas. São os blocos MAI, MAO, MDI, MDO. Todas as oito variáveis podem ser lidas ou escritas nestes blocos em uma transação única. A funcionalidade MVC (Multi Variable Container) também introduzida recentemente, permite acessar todas as variáveis de diferentes blocos de um mesmo dispositivo em uma transação única, diminuindo o número de comunicações para ler variáveis de instrumentos complexos. Existem também gateways para sinais Hart, permitindo a ligação em daisy chain de até quatro gateways totalizando 32 canais Hart. Os instrumentos Hart são visíveis na rede H1 como se fossem instrumentos H1 só que com as limitações impostas pela tecnologia HART. Exemplo de gateway Hart-FF-H1 é o Smar HI302. Figura 37: Gateway Hart-Fieldbus Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 29 Para mapear os instrumentos em uma rede estrangeira para a rede FF-H1 pode-se utilizar os blocos flexíveis FFB. A lógica do FFB é definida pelo usuário. O FFB irá permitir também que uma ferramenta de configuração FF default possa ser utilizada para configurar os parâmetros da rede estrangeira. E x e m p l o – D F I 3 0 2 - S u b s i s t e m a d e I / O F i e l d b u s Cada módulo DFI302 permite a conexão de até quatro redes H1 a uma rede HSE. Desta forma este dispositivo funciona como um linking device. Ele também opera como uma bridge entre diferentes canais H1, permitindo a comunicação entre instrumentos localizados em segmentos diferentes. Ele também opera como um gateway permitindo a conexão de dispositivos estrangeiros através dos protocolos Modbus RTU e Modbus TCP/IP às redes FF-HSE e FF-H1. Cada módulo pode gerenciar uma rede Modbus completa. O DFI302 pode operar como master ou slave da rede. Como mestre de uma rede Modbus o DFI302 permite a conexão de sistemas legado ao sistema 302. Como escravo ele possibilita conectar um sistema fieldbus Smar a um SDCD mais antigo que não suporta o padrão FF. O FDI302 pode funcionar como LAS para quatro redes H1 diferentes. Ele também pode fazer o papel de uma RTU de SDCD executando 37 blocos de função FF diferentes, com cerca de 100 blocos por módulo, o que é útil quando não se quer realizar as funções de controle no instrumento e mante-las centralizadas como nosSDCDs antigos. Este dispositivo também permite o uso de cartões de I/O convencional para a programação de sistemas híbridos onde a função de intertravamento discreto é importante. Tanto entradas analógicas 4..20 mA são disponíveis entradas discretas, e de pulso. Para implementar esta função o DFI302 oferece Blocos de função flexívies (FFB). Para programar a lógica existe uma linguagem textual e está sendo desenvolvido um módulo em ladder. Desta forma ele desempenha a função de um CLP. Dois FDI302 podem ser colocados em paralelo para assegurar dois canais redundantes para a sala de controle e LAS redundantes para as redes H1. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 30 Device Descriptor (DD) A Device Description é uma descrição textual do dispositivo de campo produzida pelo fabricante do instrumento para uso dos sistemas host. A definição é feita para os protocolos HART, Profibus e Foundation Fieldbus, utilizando uma linguagem universal denominada DDL – Device Descriptor Language. Esta linguagem é normalizada através da norma IEC 61 804 partes 1 e 2 Function Block Application and EDDL e CENELEC 50391 – Network Oriented Application Harmonization Electronic Device Description Language. O texto fonte é denominado DD Source. Este texto pode ser convertido para uma notação mais compacta denominada DD binário por um software denominado tokenizer. Figura 38: DD source de DD binary A descrição do equipamento é interpretada por um software no computador host que traduz todas as informações numa linguagem mais amigável. Este software é denominado serviço de descrição de dispositivo ou DDS (Device Descriptor Services). O DD independe do sistema operacional utilizado pelo sistema de controle. Já está sendo desenvolvida uma padronização suplementar com o nome de EDDL (Electronic Device Description Language) com o objetivo de tornar a apresentação dos dados do DD mais atraentes e compatível com os padrões da Web. //====================== // File Header //====================== [File Header] Description = "Capability File of LD 292" FileType = "CapabilitiesFile" FileDate = 1999,10,05 //05,October,1999 //====================== // Device Header //====================== [Device Header] [Device VFD 1] //Management VFD Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 31 VendorName = "SMAR" ModelName = "LD292" Revision= "1.2" DeviceName = "Pressure Transmitter" DeviceClass = BASIC CommGroup = 3 CommClass = Class31+Class32 CommSubClass = RolePub+RoleSub [Device VFD 2] //FB VFD VendorName = "SMAR" ModelName = "LD292" Revision= "1.2" DeviceName = "Pressure Transmitter" MANUFAC_ID = 0x000292 DEV_TYPE = 0x0001 DEV_REV = 3 DD_REV = 2 DD_RESOURCE = " " //====================== // FM section //====================== //[FM] //VersionOd = // Not specifeid , block instatiation will change it //====================== // NM section //====================== [NM OD Directory] DirectoryRevisionNumber = 2 NumberOfDirectoryObjects = 1 TotalNumberOfDirectoryEntries = 9 DirIndexFirstCompositeListReference = 8 NumberOfCompositeListReference = 1 StackMgtOdIndex = 500 NumberOfObjectsInStackManagement = 1 // Smar require this keyword NumberOfPorts = 1 //Omar //====================== //Physical Layer //====================== MediumAndDataRatesSupported = WIRE_MEDIUM+VOLTAGE_MODE+SPEED_31KBS IecVersion = 0x0001 //31.25 half duplex PowerMode = BUS_POWERED InterfaceMode = HALF_DUPLEX LoopBackMode = LB_DISABLED PowerRequired = 12 // in milliamps Figura 39: Estrato do Capability File do instrumento Smar LD 292 (acompanha o DD). Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 32 Field Device Tool - FDT FDT é uma especificação que permite que qualquer dispositivo, seja ele um instrumento, ou um equipamento de rede intermediário possa ser acessado por um host independente do protocolo utilizado. O que se deseja é acessar toda a informação disponível nos dispositivos de campo inteligentes sejam eles em tecnologia FF, Profibus ou Hart para fins de configuração, engenharia, operação, monitoração, calibração, manutenção e diagnóstico. Todos estes processos passarão a ser independentes de dispositivo. Uma parte importante deste esquema são os chamados DTMs (Device Type Manager) que são componentes ActiveX (COM/DCOM) cuja finalidade é funcionar como um drive para um determinado modelo de dispositivo. Figura 40: Conceito geral FDT/DTM DTMs podem ser encarados como fazendo parte dos dispositivos. Eles são criados pelo fornecedor do equipamento encapsulando todas as estruturas de dados e procedimentos necessários para a interação host-dispositivo. DTMs propiciam todos os diálogos num formato user-friendly para a interação com o operador. Este conceito foi inicialmente criado pela ABB e abraçado pela Organização Profibus, que é quem oferece hoje a padronização para o mercado. O padrão FDT utiliza XML e cada interface do componente apresenta uma certa funcionalidade como por exemplo configuração ou visualização de valores medidos. O DTM de um equipamento pode ir evoluindo durante todo o tempo da sua via útil. Se novas funcionalidades são adicionadas, nova interfaces são definidas. Tanto os instrumentos como os equipamentos de comunicação intermediários possuem DTMs. Todos os equipamentos pertencentes a uma arquitetura necessitam de uma DTM para serem visualizados. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 33 Figura 41: Exemplo de DTM Figura 42: Hierarquização física e lógica possibilitada pela tecnologia DTM [Mata 2003] Figura 43: Visualizando e configurando o instrumento na estação de engenharia Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 34 Asset Management A função de gerenciamento de ativos visa gerenciar os itens patrimoniais (equipamentos de processo) através do monitoramento contínuo proporcionado pela instrumentação inteligente. Os instrumentos hoje possuem uma refinada capacidade de diagnóstico de seu próprio funcionamento e do funcionamento do processo. O objetivo final é a busca de uma manutenção proativa onde todas as informações referentes à disponibilidade dos equipamentos de processo estejam sendo coletadas e analisadas em busca de uma otimização operacional. Só esta possibilidade já justificaria a troca da instrumentação convencional pela instrumentação FF. As principais funções de um SW de gerenciamento de ativos são: • Identificação, calibração, configuração e diagnóstico dos instrumentos. • Obtenção de assinaturas dos dispositivos de campo e acompanhamento da variação dos parâmetros com o tempo antecipando o acontecimento de falhas. • Obtenção de estatísticas sobre o funcionamento dos ativos incluindo número de operações, medidas de performance, disponibilidade, etc. • Diagnóstico de malhas de controle • Cálculo da variabilidade de itens de controle • Detecção de linhas bloqueadas, e outras anomalias. Figura 44: Blocos de diagnóstico FF visualizados pelo AMS da Emerson Um bom exemplo de determinação de assinaturas é a função gráfico de histerese do Asset View da Smar. Um dos ensaios excursiona a válvula de fechada para aberta e vice versa e registra a posição atual em função do set point. Pela análise Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 35 do gráfico pode ser ter uma indicação da existência de banda morta ou de alta fricção. Outro ensaio traça a pressão do atuador necessária para colocar a válvula na posição desejada. Da comparação da operação padrão com a operação corrente pode-se detectar um agarramento ou escape dear. Estas funções extrapolam as capacidades de diagnóstico descritas nas DDs (device descriptors) dos instrumentos e só podem ser atingidas com SWs especiais. Figura 45: Assinatura de uma válvula de controle (Asset View – Smar) Figura 46: Tela de diagnósticos do Asset View da Smar Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 36 Outra função interessante é a determinação da resposta ao degrau. Neste teste o set point é variado em degraus e o valor da posição do atuador é registrado. Analisando este gráfico poderemos determinar o tempo morto, a velocidade da resposta, overshooting e settling time (amortecimento) Figura 47: Tela de resumo de utilização de ativos da Emerson Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 37 Exercícios 1) São benefícios da rede FF (marque tudo que se aplica): ( ) É uma rede aberta, determinística, distribuída no campo, para controle de processo. ( ) Implica em redução do custo de SW e HW. ( ) Interoperável entre diversos fornecedores de instrumentos. ( ) Operação plug and play. ( ) Inteligência distribuída ( ) Suporte para asset management: auto reconhecimento, alarmes e diagnósticos, calibração e sintonia remota, etc, ( ) Rede escalável. ( ) Suporta transmissores de múltiplas entradas. ( ) Produz medidas mais precisas. ( ) Troca de instrumentos a quente ( ) Documentação on-line. 2) Visite o site www.smar.com. Complete o quadro abaixo: Dispositivo Descrição Function Blocks Intrumento ou Equip de rede BC302 BT302 DC302 DF47 DF48 DF52 DF53 DFI302 DT302 FDI302 FI302 FP302 Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 38 FY302 FY402 IF302 JM1 LC700 LD292 LD302 PCI PH302 SR301 TP302 TT302 3) Compare as redes Profibus-PA e Fundation Fieldbus 4) Mostre as vantagens da rede Foundation Fieldbus sobre o protocolo HART 5) Quais são os gateways para a rede HSE hoje existentes no mercado ? 6) Marque Verdadeiro ou Falso: ( ) A diminuição da quantidade de hardware proporcionada pelo padrão FF implica em maior confiabilidade destes sistemas. ( ) O cabo FF-H1 pode ser conectado independente de sua polaridade. ( ) A rede física é a mesma tanto no padrão FF-H1 como no Profibus- PA. ( ) Um instrumento FF pode ser configurado via rede enquanto no padrão Profibus-PA a configuração é local via dip switches. ( ) Quando um mestre FF (LAS) sai do ar a rede continua a operar, executando as estratégias de controle estabelecidas entre os instrumentos. ( ) Um instrumento FF pode ser inserido a quente. ( ) A comunicação na rede FF-H1 é bidirecional. ( ) Dois instrumentos localizados em segmentos de rede H1 diferentes cujos link devices estejam interligados via uma rede HSE podem formar uma malha. ( ) Dispositivos fieldbus podem ser configurados on-line e off-line. ( ) Todo segmento FF-H1 possui um LAS. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 39 ( ) Podem existir dois LAS por segmento. ( ) FF suporta transmissão cíclica e acíclica de dados. ( ) FF suporta serviços com confirmação e sem confirmação. ( ) FF suporta serviços baseados em conexão e sem conexão. ( ) Uma comunicação produtor consumidor pode ser escalonada ou não escalonada. ( ) O DFI 302 opera como uma bridge permitindo a comunicação entre diferentes segmentos H1 conectados. ( ) O fornecedor de instrumentação deve fornecer um DD para os principais sistemas operacionais utilizados: Linux, WNT, Windows 2000, etc. ( ) DTMs são componentes COM que utilizam mensagens no formato XML. 7) Baseado na figura abaixo explique a evolução da localização das funções de controle desde o controle DDC (Digital Direct Control) até o FCS (Field Control System) passando pelos DCS (Digital Control Systems). Figura 48: Evolução das topologias de controle [Berge 2002] 8) Estude as malhas de controle abaixo e explique: qual é a malha primária e a malha secundária ? Quais são os set points, PV e MV de cada malha ? Quantos e quais blocos de controle serão necessários para implementar as malhas em cascata ? Figura 49: Controle em cascata [Peluso 2003] Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 40 9) São vantagens da rede FF sobre a comunicação 4..20 mA. Marque tudo o que se aplicar: ( ) FF-H1 permite interligar diversos instrumentos em um único segmento de rede. ( ) Na rede FF-H1 A comunicação entre o mestre e o instrumento é bidirecional. ( ) FF-H1 permite alimentar os instrumentos (9-32VDC) diretamente pelo cabo de dados. ( ) FF-H1 permite a comunicação entre dois instrumentos de campo. ( ) FF-H1 permite comunicar em um único para de fios mais de um valor de dado por instrumento o que é muito útil em dispositivos de múltiplas entradas e saídas. ( ) FF-H1 possibilita ler diagnósticos dos instrumentos ( ) FF-H1 possibilita calibrar o instrumento remotamente ( ) FF-H1 possibilita setar parâmetros dos instrumentos ( ) FF-H1 possibilita reconhecer os instrumentos assim que são plugados na rede. 10) Marque as necessidades de cada dispositivo abaixo por uma rede de sensores (S), rede de dispositivos (D), rede FF-H1 (H1) ou rede FF-HSE (HSE): ( ) PLC ( ) Válvula solenóide ( ) Servidor Scada ( ) Célula fotoelétrica ( ) Contactor ( ) Sensor de proximidade ( ) Inversor de freqüência ( ) Espectrômetro ( ) Transmissor de nível, temperatura, pressão, etc. ( ) Relé de proteção ( ) Push Buttons ( ) Medidor de energia ( ) Válvula de controle 11) Sobre a comunicação exemplificada na figura abaixo podemos afirmar: Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 41 ( ) Trata-se de uma comunicação escalonada. ( ) Esta comunicação é cíclica. ( ) Esta comunicação utiliza o mecanismo produtor consumidor. ( ) Esta comunicação é desencadeada quando o LAS envia a mensagem CD para o bloco AI. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 42 Bibliografia [Berge 2002] Jonas Berge, Fieldbuses for Process Control: Engineering, Operation and Maintenance, ISA – The Instrument, Systems and Automation Society, 2002 [Berge 2002b] Jonas Berge, Using Foundation Fieldbus in Hybrid and Batch Applications, Foundation Fieldbus End User Council Australia Inc., 2002 [Berge 2003c] Jonas Berge, Addressing the benefits and FAQs of Fieldbus based FCS architecture, ISA 98. [Emerson 2002] Fieldbus technical overview, www.emersonprocess.com/home/library/fieldbus/techover/ [Fayad 2003] Claudio Aun Fayad, Pedro Anisio Biondo, Reliability with Foundation Fiedbus, InTech Março 2003 [FF 2002] Foundation Fieldbus – Technical Overview; www.fieldbus.org. [Franco 98] Lucia Regina Horta Rodrigues Franco / Victor Marinescu. Buses Actualización. Editorial Control S.R.L, 1998. [Mata 2003] Rogério Souza da Mata, Introdução à tecnologia FDT/DTM, InTech Brasil, Março, 2003. [Neto 2003] Eugênio da Silva Neto, Peter Berrie, Raimond Sommer, FDT – Field Device Tool, InTech Março 2003 [Peluso 2002] Marcos Peluso, Advances in Field Devices Diagnostics, Emerson, 2002 [Peluso 2003] Marcos Peluso, EDDTL ou Como o Sistema sabe o que os instrumentos de campo estão querendo dizer?, InTech Brasil, Março 2003 [Pereira 2002] Ian Verhappen, Augusto Pereira. Foundation Fieldbus: A Pocket Guide, ISA – The Instrument, Systems and Automation Society, 2002 Sites a serem visitados www.smar.com.br Smar www.emersonprocess.com Emerson www.fieldbus.org Foundation Fieldbus Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica1 Profibus Process Fieldbus Capítulo R3 Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 2 Profibus Introdução: Profibus é hoje um dos standards de rede mais empregados no mundo. Esta rede foi concebida a partir de 1987 em uma iniciativa conjunta de fabricantes, usuários e do governo alemão. A rede está padronizada através da norma DIN 19245 incorporada na norma europea Cenelec EN 50170. Figura 1 - Aplicações da rede Profibus A rede Profibus é na verdade uma família de três redes ou communication profiles no jargão Profibus. P r o f i b u s D P ( D i s t r i b u t e d P e r i p h e r a l s ) Esta rede é especializada na comunicação entre sistemas de automação e periféricos distribuídos. P r o f i b u s F M S ( F i e l d b u s M e s s a g e S p e c i f i c a t i o n ) É uma rede de grande capacidade para comunicação de dispositivos inteligentes tais como computadores, CLPs ou outros sistemas inteligentes que impõem alta demanda de transmissão de dados. FMS vem perdendo espaço para a rede Ethernet TCP/IP. P r o f i b u s P A ( P r o c e s s A u t o m a t i o n ) -PA -DP FMS Nível de fábrica Tempo de ciclo < 1000ms Nível de célula Tempo de ciclo < 100ms Nível de campo Tempo de ciclo < 10ms Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 3 É uma rede para a interligação de instrumentos analógicos de campo tais como transmissores de pressão, vazão, temperatura, etc. Esta rede possui uma grande fatia do mercado de barramentos de campo geralmente chamados de fieldbus. Figura 2 - Profibus e faixa de aplicação das redes de campo Características gerais: Profibus é uma rede multimestres. A especificação fieldbus distingue dois tipos de dispositivos: Dispositivos Mestre: Um mestre é capaz de enviar mensagens independente de solicitações externas quando tiver a posse do token. São também chamados de estações ativas. Dispositivos Escravos: Não possuem direito de acesso ao barramento e podem apenas confirmar o recebimento de mensagens ou responder a uma mensagem enviada por um mestre. São também chamadas de estações passivas. Sua implementação é mais simples e barata que a dos mestres. Faixa de Aplicação de Redes N ÍV E L D E A U T O M A Ç Ã O Discreto Processo N eg óc io C o n tr o le D is p o si ti vo S en so r N ív el d e B it In te rb us Lo op In te rb us Pr of ib us D P Co nt ro lN et AT M/ FD DI CC Li nk De vi ce Ne t SD S Et he rn et 1 0/ 10 0/ 10 00 B as e -T AS I Se ri pl ex CA N Pr of ib us FM S HA RT Lo nW or ks Pr of ib us P A IE C/ SP 50 H1 IE C/ SP 50 H 2 De vi ce WF IP W or ld FI P Aplicações Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 4 Características do nível físico: Existem atualmente três physical profiles que definem os métodos de transmissão disponíveis para o Profibus: ? RS-485 para aplicações gerais da automação da manufatura. ? IEC 1158-2 para uso na automação de processos ? Fibra ótica para maior imunidade a ruído e maiores distâncias Existem pesquisas para se usar o Profibus sobre uma rede Ethernet 10Mbps ou 100 Mbps. Figura 3 - Arquitetura dos protocolos Profibus O protocolo DP utiliza as camadas 1 e 2 e a camada de usuário. Esta arquitetura otimizada assegura uma transmissão de dados eficiente e rápida. A suite FMS possui apenas as camadas 1, 2 e 7. A camada 7 corresponde ao Fieldbus Message Specification (FMS). Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 5 Profibus PA Figura 4 - Topologia da rede Profibus PA A rede Fieldbus PA é uma rede para interligar válvulas, transmissores de pressão diferencial, etc., portanto geralmente dispositivos escravos. A alimentação dos dispositivos pode se dar pela própria rede. Caso se deseje interligar esta rede de baixa velocidade a uma rede de alta velocidade (DP) ou a um CLP, deve-se utilizar um acoplador. O protocolo é muito simples, o que facilita a interoperabilidade. A distribuição do controle depende sempre de um mestre externo. O mestre deve ler as PVs dos transmissores, executar os algoritmos de controle e definir a abertura da válvula de controle. A Profibus PA permite ligar 32 dispositivos por segmento sem segurança intrínseca (IS) ou até 9 dispositivos com segurança intrínseca (Eex ia/ib). Os dispositivos podem ser conectados e desconectados para manutenção com a rede em operação, mesmo quando operando em áreas classificadas. Master C1 Slaves PA Coupler PID PV Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 6 Acoplador DP para PA Conector Ts Caixa de Junção Conector T Terminador Conector Figura 5 - Conectores Profibus PA I E C 1 1 5 8 - 2 A rede Profibus-PA obedece o padrão IEC 1158-2 que utiliza como meio de transmissão um par trançado blindado, e apresenta a velocidade de 31.25 kbit/s. Este padrão de nível físico é o mesmo da rede H1 da Foundation Fieldbus. Ele permite alimentar os dispositivos diretamente, usando o barramento de dois fios e apresenta segurança intrínseca. Esta rede pode ser usada em áreas classificadas e atende ao modelo FISCO (Fieldbus Intrinsically Safe Concept) definido pelo Federal Physical Technical Institute da Alemanha. Os princípios fundamentais são: ? Cada segmento deve ter uma única fonte de potência: a fonte de alimentação. ? Nenhuma potência é alimentada no barramento quando a estação está enviando dados. ? Cada dispositivo de campo consume uma potência fixa conhecida em regime. ? Os dispositivos de campo funcionam como consumidores passivos de corrente. ? A terminação passiva de linha é realizada nos dois extremos da linha. ? Topologias linear, árvore e estrela são permitidas. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 7 O consumo de corrente em regime permanente é de 10 mA. O nó que envia dados deve sobrepor uma modulação de +/- 9 mA à corrente básica. Figura 6 - Nível de sinal na rede Profibus -PA. Figura 7 - Alimentação dos instrumentos de campo DCS/PLC PROFIBUS-PA 31.25 kbit/s ? 100 ? F 1 Par trançado, blindado comprimento total max. 1.900 m (Tipo de proteção: [EEx ib], explosion group: IIC) ? 10 mA ? 10 mA ? 10 mA ? 10 mA ? 10 mA 24 V Alimentação de inst. De campo: área Ex: max. 10 área não Ex: max. 40 Spur max. 30 m DP/PA Link PROFIBUS-DP + < 120 mA ??x Bits 1 0 1 1 0 19 mA IB = 10 mA 1mA 1 Bit Manchester Code t Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 8 Topologias: Figura 8 - Topologia da rede Profibus Profibus-PA & FF (H1) Daisy Chain a <= 1900m Bus b <=30..120m T-plug IP66 dependendo do número de derivações Tree Caixa de Junção b <=30 .. 120m Em aplicações de segurança intrínseca uma drop line (stub ou spur em inglês, ou spur em alemão) não pode ser maior que 30m. Para se determinar o comprimento máximo da linha, uma série de fatores devem ser analisados, mas uma regra básica seria calcular a potência necessária a cada dispositivo a ser conectado e a classificação da área de processo. As tabelas 1 e 2 são usadas para este cálculo. Tipo Aplicação Tensão de alimentação Corrente máximada fonte Potência máxima Número de estações típico I Eex ia/ib IIC 13.5 V 110 mA 1.8 W 9 II EEX ib IIC 13.5 V 110 mA 1.8 W 9 III Eex ib IIB 13.5 V 250 mA 4.2 W 22 IV Não intrinsecamente seguro 24 V 250 mA 12 W 32 Tabela 1: Fontes de alimentação padrão para transmissão IEC 1158-2 T P F T P F T P F Estrutura em Linha (Daisy chain) Linha com derivações lineares 1) Estrutura em árvore 1) b b T T T a Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 9 A tabela acima supõe que cada dispositivo irá consumir no máximo 10 mA. Fonte de alimentação Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV Tipo IV Tipo IV Tensão de alimentação V 13.5 13.5 13.5 24 24 24 Necessidade de potência mA <=110 <=110 <=250 <=110 <=250 <=500 Comprimento total do cabo q=0.8 mm2 m <= 900 <=900 <=400 <=1900 <=1300 <=650 Comprimento total do cabo q=1.5 mm2 m <=1000 <=1500 <=500 <=1900 <=1900 <=1900 Tabela 2 - Comprimento máximo do cabo para transmissão IEC 1158-2 Blocos de funções PA O profile PA suporta a intercambialidade e interoperabilidade de dispositivos de campo PA de diferentes fornecedores. As funções parâmetros de cada dispositivo são descritas através modelo de blocos de função. Os parâmetros de entrada e saída dos blocos de função são utilizados diretamente pelas aplicações. Principais blocos de função: Bloco Físico Contém informações gerais do dispositivo: nome, fabricante, versão, número de série. Bloco de transdutor Contém dados específicos à aplicação como parâmetros de correção. AI – Entrada Analógica Valor medido pelo sensor com status e escala. AO – Saída Analógica Valor de saída. DI – Entrada Digital Entradas digitais. DO – Saída Digital Saídas digitais E x e m p l o : P a r â m e t r o s d o b l o c o d e f u n ç ã o A I : Parâmetro Leitura Escrita Função OUT ? Valor corrente da variável medida e status PV_SCALE ? ? Escala da PV, valor inferior e superior da faixa de medida, unidade de engenharia e número de dígitos após o ponto decimal. PV_FTIME ? ? Tempo de subida do bloco de função em segundos. ALARM_HYS ? ? Histerese das funções de alarme como um % do range de medida. HI_HI_LIM ? ? Limite superior de alarme: se excedido, alarme e bit de status vão para 1. HI_LIM ? ? Limite superior de aviso: se excedido, aviso e bit de status vão para 1. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 10 LO_LIM ? ? Limite inferior de aviso: se excedido, aviso e bit de status vão para 1. LO_LO_LIM ? ? Limite inferior de alarme: se excedido, aviso e bit de status vão para 1. HI_HI_ALM ? Status do limite superior de alarme com time stamp HI_ALM ? Status do limite superior de advertência com time stamp LO_ALM ? Status do limite superior de advertência com time stamp LO_LO_ALM ? Status do limite inferior de alarme com time stamp Figura 9 - Parâmetros de um instrumento no Profile PA Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 11 Profibus DP É uma rede de alta velocidade e multimestres utilizando o padrão RS 485. Os mestre podem ser de duas categorias: Classe 1: são mestres que realizam comunicações cíclicas tais como CLPs. Classe 2: São mestres que trabalham com mensagens assíncronas como estações de operação e de configuração. Figura 10 - Topologia da rede Profibus DP A rede Profibus DP permite a conexão de até 32 dispositivos por segmento, até o máximo de 4 segmentos, através de 3 repetidores. O número máximo de nodos deve ser 126. A distância máxima é de 1.2 Km utilizando interface RS- 485. A rede pode ser estendida com repetidores até 15 Km com fibra ótica. A rede é terminada por um terminador ativo no começo e fim de cada segmento. Ambos os terminadores devem ser alimentados. Velocidade da rede: A velocidade da rede é única e é determinada pelo escravo mais lento. Hoje a velocidade máxima da rede Profibus DP é 12 Mbps. A velocidade default é de 1.5 Mbps. A velocidade de transmissão irá depender do comprimento do cabo no segmento: Baud rate (kbit/s) 9.6 19.2 93.75 187.5 500 1500 12000 Comprimento do segmento (m) 1200 1200 1200 1000 400 200 100 Ethernet, TCP/IP Backbone T R Segment 1 Segment 2 R Coupler HMI Master DPM1 PNC PA DP Slave DP Slave Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 12 T Conector T Terminador Figura 11: Conectores Profibus -DP Os dispositivos mais comuns nesta rede são: ? Computadores ? Drives AC e DC (acionamentos) ? Sensores e Atuadores ? Controladores Programáveis ? Etc. T e m p o d e c i c l o O tempo de ciclo desta rede é função da velocidade da rede, que por sua vez é função da distância máxima e do número de nodos da rede. Figura 12 - Performance da rede Profibus DP Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 13 Topologias: Figura 13 - Topologias para rede Profibus Profibus-DP Daisy Chain a<= 1200m Bus T-Plug IP 40 b<= 0.2 m Uso de fibra ótica Figura 14 - Rede Profibus em anel utilizando tecnologia Hirshmann T P F T P F Estrutura em Linha (Daisy chain) Linha com derivações lineares 1) b T T a O rompimento do cabo causa a degeneração da topologia para barramento PROFIBUS Cabo de cobre Anel ótico redundante Profibus ? Rompimento do cabo OZD Profi Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 14 Fibra ótica pode ser utilizada para aumentar a imunidade ao ruído ou para alcançar maiores distâncias. Segmentos Profibus utilizando fibra ótica como meio físico devem adotar uma topologia em estrela ou anel. Alguns fabricantes oferecem ainda redes redundantes com a troca automática de rota em caso de falha. Existem também acopladores entre rede de fibra ótica e RS485, o que permite trocar de meio de transmissão sempre que desejado. A Hirschmann oferece uma arquitetura de rede em anel utilizando o repetidor OZD Profibus [Figura 14]. O tipo da fibra irá determinar a distância máxima a ser alcançada. Tipo de fibra Propriedades Fibra de vidro multimodo Distâncias médias na faixa de 2-3 km Fibra de vidro monomodo Longas distâncias > 15 km Fibra sintética Pequenas distâncias > 80 m Fibra de PCS/HCS Pequenas distâncias > 500 m Protocolo de acesso ao meio O protocolo de acesso ao meio é implementado pela camada 2, que no caso do Profibus é denominado Fieldbus Data Link (FDL). A camada MAC no Profibus opera segundo dois princípios básicos: ? Na comunicação entre sistemas de automação complexos (mestres) deve-se buscar que cada estação tenha tempo suficiente para realizar suas tarefas de comunicação dentro de intervalos de tempo estabelecidos. Para este tipo de comunicação é adotado o protocolo token passing. ? Na comunicação cíclica entre um mestre tal como um CLP e seus periféricos (escravos), a transmissão deve ser o mais simples e rápida possível. Neste tipo de transação utiliza-se o protocolo mestre-escravo. P r o t o c o l o t o k e n p a s s i n g O token é passado para cada estação segundo sua posição no anel lógico (endereços crescentes) dentro de um tempo bem determinado. O tempo de retenção da ficha por cada mestre é determinado pelo tempo de rotação do token, que é configurável. A comunicação em Profibus é independente de conexão, o que permite executar uma comunicação broadcast (uma estação envia uma mensagem sem reconhecimento para todas as demais, mestres ou escravos) ou multicast(uma estação ativa envia uma mensagem sem reconhecimento para um determinado grupo de estações (mestre ou escravos). Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 15 Figura 15 - Comunicação token ring e por polling na rede Profibus Conexão da rede Filedbus PA à rede Fielbus DP. Existem duas maneiras de se realizar a conexão das duas redes: via acoplador de segmento e via DP/PA link. Acopladores são conversores de sinais que adaptam os sinais RS-485 para o nível de sinal do IEC 1158-2, não possuem endereço de rede e permitem endereçar os dispositivos das sub redes diretamente. Sua maior desvantagem é limitar a ve locidade da rede DP a 93.75 kbps (na verdade em 45.4 kbps para a maioria dos fabricantes, somente Pepperl+Fuchs dispunha de solução a 93.75kbps em 2001). Alguns fornecedores do mercado limitam esta velocidade para um valor ainda menor. Já o link é um equipamento que se conecta na rede DP a 12Mbps e na Profibus PA na velocidade nominal da rede H1 (31.25 kbps). O link possui um endereço na rede DP e é um dispositivo inteligente. Eles representam todos os dispositivos conectados à rede IEC 1158-2 como um único escravo no segmento RS-485. Figura 16 - Acoplador DP/PA Acoplador DP/PA PROFIBUS-PA 31.25 kbit/s 24 V Versão para área não classificada: I < 400 mA, max. 40 inst. de campo J 24 V Versão para área classificada: I < 120 mA max. 10 inst. de campo PROFIBUS-DP up to 93.75 kBit/s J ??x Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 16 Figura 17 - DP/PA link Figura 18 - Profibus DP sistema monomestre. Cada dispositivo ligado na rede pode fornecer 246 bytes de dados de entrada e 246 bytes de dados de saída. Numa arquitetura típica, a rede teria apenas um mestre, como por exemplo, um CLP. Numa arquitetura multi mestres, cada mestre pode ler variáveis de cada dispositivo escravo, porém cada escravo está dedicado a um mestre determinado. Este mestre é responsável pela sua inicialização e configuração. Se o mestre de alguns escravos não está presente, então não se consegue realizar a leitura das variáveis deste mestre. Apenas um mestre de cada vez pode escrever num dispositivo escravo. PROFIBUS-PA 31.25 kbit/s DP/PA Link (expansão modular , módulo central com com um máx. de 3 acopladores) 24 V Não-Ex: max. 40 instrumentos de campo Ex: max. 3 x 10 inst. de campo PROFIBUS-DP up to 12 Mbit/s ??x J J Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 17 Figura 19 - Rede Profibus - Arquitetura Multimestre Arquivo de Configuração: GSD – General Slave Data Profibus definiu uma folha de dados eletrônica denominada GSD que são proporcionados pelo fabricante do dispositivo Profibus. O GSD se divide em três partes: especificações gerais, informações relacionadas ao mestre (para dispositivos mestres), informações relacionadas ao escravo. As especificações gerais definem informações do fabricante, velocidade de comunicação, pinagem de conectores, etc. As especificações do mestre definem o número máximo de escravos permitidos e opções de upload e download. As especificações do escravo definem os parâmetros do escravo: número e tipo de canais de I/O, especificação de textos de diagnósticos, etc. Um editor de GSDs está disponível no sítio oficial da rede Profibus. GSDs são visíveis até o nível de controle e são usados pelas ferramentas de configuração para visualizar os dados do instrumento. E x e m p l o G S D ;====================================================== ; GSD File Example E10 ; Modular Slave with header parameters and ; module related parameters (Example10) ; ; With Slot Definition ;====================================================== #Profibus_DP ; Prm-Text-Def-List PrmText=1 Text(0)= "Bit 0" Text(1)= "Bit 1" Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 18 EndPrmText PrmText=2 Text(0)="BitArea 0" Text(1)="BitArea 1" Text(2)="BitArea 2" Text(3)="BitArea 3" EndPrmText ; ExtUserPrmData=1 "Header Prm Bit" Bit(0) 0 0-1 Prm_Text_Ref=1 EndExtUserPrmData ExtUserPrmData=2 "Header Prm BitArea" BitArea(1-2) 0 0-3 Prm_Text_Ref=2 EndExtUserPrmData ExtUserPrmData=3 "Header Prm Unsigned 16" Unsigned16 2000 0-10000 EndExtUserPrmData ExtUserPrmData=4 "Module rel Prm Bit 1" Bit(0) 0 0-1 Prm_Text_Ref=1 EndExtUserPrmData ExtUserPrmData=5 "Module rel Prm BitArea 1" BitArea(1-2) 0 0-3 Prm_Text_Ref=2 EndExtUserPrmData ExtUserPrmData=6 "Module rel Prm Unsigned 8" Unsigned8 6 0-100 EndExtUserPrmData ;General parameters GSD_Revision = 3 Vendor_Name = "PNO WG GSD" Model_Name = "GSD Example E10" Revision = "V1.0" Ident_Number = 0x0000 Protocol_Ident = 0 Station_Type = 0 FMS_supp = 0 Hardware_Release= "HW_R" Software_Release= "SW_R" 9.6_supp = 1 19.2_supp = 1 45.45_supp = 1 93.75_supp = 1 187.5_supp = 1 500_supp = 1 1.5M_supp = 1 3M_supp = 1 6M_supp = 1 12M_supp = 1 MaxTsdr_9.6 = 60 MaxTsdr_19.2 = 60 MaxTsdr_45.45 = 250 MaxTsdr_93.75 = 60 MaxTsdr_187.5 = 60 MaxTsdr_500 = 100 MaxTsdr_1.5M = 150 MaxTsdr_3M = 250 Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 19 MaxTsdr_6M = 450 MaxTsdr_12M = 800 Redundancy = 0 Repeater_Ctrl_Sig = 2 24V_Pins = 0 Implementation_Type = "Implementation" Bitmap_Device = "DIB_NamN" Bitmap_Diag = "DIB_NamD" Bitmap_SF = "DIB_NamS" ; Slave-Specification: Freeze_Mode_supp = 1 Sync_Mode_supp = 1 Set_Slave_Add_Supp = 0 Auto_Baud_supp = 1 Min_Slave_Intervall = 1 Fail_Safe = 0 Max_Diag_Data_Len = 13 Modul_Offset = 0 Slave_Family = 3@Sub1@Sub2 Modular_Station = 1 Max_Module = 10 Max_Input_len = 50 Max_Output_len = 50 Max_Data_len = 100 ; UserPrmData: Length and Preset: User_Prm_Data_Len = 12 User_Prm_Data = 0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00 Max_User_Prm_Data_Len= 15 Ext_User_Prm_Data_Const(0)=0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0x00,0 x00,0x00,0x00,0x00,0x00 Ext_User_Prm_Data_Ref(3)=1 Ext_User_Prm_Data_Ref(3)=2 Ext_User_Prm_Data_Ref(4)=3 ; Module Definition List Module="Module1 1 Byte Out" 0x20 1 EndModule Module="Module2 1 Byte In " 0x10 2 EndModule Module="Module3 2 Byte Out" 0x21 3 EndModule Module="Module4 2 Byte In " 0x11 4 EndModule Module="Module5 3 Byte In PRM SKF" 0x45,0x02,0x05,0x04,0x03,0x02,0x01 5 Ext_Module_Prm_Data_Len = 3 Ext_User_Prm_Data_Const(0) = 0x05,0x00,0x00 Ext_User_Prm_Data_Ref(1) = 4 Ext_User_Prm_Data_Ref(1) = 5 Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 20 Ext_User_Prm_Data_Ref(2) = 6 EndModule Module="Module6 3 Byte Out PRM SKF" 0x85,0x02,0x06,0x07,0x08,0x09,0x0a 6 Ext_Module_Prm_Data_Len = 3 Ext_User_Prm_Data_Const(0) = 0x06,0x00,0x00 Ext_User_Prm_Data_Ref(1) = 6 Ext_User_Prm_Data_Ref(2) = 4 Ext_User_Prm_Data_Ref(2) = 5 EndModule Module="Module7 Emty" 0x00 7 EndModule SlotDefinition Slot(1) = "Slot 1" 1 1-3 Slot(2) = "Slot 2" 2 2-7 Slot(3) = "Slot 3" 3 3,5,7 Slot(4) = "Slot 4" 1 1-7 Slot(5) = "Slot 5" 7 1,2,3,4,5,6,7 ;Attention: The Slots until Max_Module can be configured with every module (or not) EndSlotDefinition Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 21 Comparação de custo Profibus x 4..20mA A rede Profibus tem se mostrado muito efetiva em custo para uma grande gama de aplicações. Vamos mostrar um comparativo de custo para um projeto de um tanque de fermentaçãoe armazenamento de uma cervejaria extraído de um exemplo da Endress Hauser. Profibus-PA 4.. 20 mA O r ç a m e n t o 4 . . 2 0 m A 2 pcs External Racks S5-EG 183U 7.100 20pcs Analogue Input Cards 16AE 20.448 6pcs Analogue Output Cards 8AA 12.926 2pcs Cabinets with analogue terminals 11.000 28.270m Cable LIYCY 4x0,5 (incl. mounting) 97.814 357x2 Cable connections 9.246 Planning (179 sheets) 20.000 Mounting 10.710 Setup 12.500 Total 1 (133%) 201.744 48pcs Level+Density analogue devices 168.000 2pcs Planning (60 sheets) 8.000 _____________ Total 2 (204%) 381.744 O r ç a m e n t o P r o f i b u s – P A 357pcs Additional costs PA devices 24.656 357pcs T-Connectors for PA connection 28.560 8pcs PROFIBUS -DP Interface Cards IM308C 13.520 20pcs DP/PA Segment Couplers 23.600 28pcs Profibus Connectors 2.240 1pcs Cabinet DP/PA Coupler 2.000 3.940m PROFIBUS -PA cable (incl. mounting) 18.557 357x2 Cable connections 9.246 Planning (29 sheets) 8.000 Mounting 10.710 Setup 10.000 Total 1 (100%) 151.089 Software Level + Density 36.000 Total 2 (100%) 187.089 Central Rack with external Rack connection External Rack with analogue Input / Output Cards Terminal racks Central Rack with IM308C DP/PA Coupler T-Connectors Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 22 Instalação tradicional ? 3 racks para CLP Siemens SIMATIC S5 ? 40 cartões para I/O analógico e discreto ? 2 links de F.O. com níveis superiores Instalação com Profibus PA ? 1 rack para Simens SIMATIC S5 ? 4 DP Mastercards IM 308 C ? 2 P+F Acoplador de segmento 2 links de F.O. Figura 20 - Exemplo de modernização com Profibus segundo Endress Hauser Os principais ganhos de se utilizar o Profibus contra o 4..20mA tradicionais podem ser resumidos como: Redução do custo de engenharia através: ? Redução do número de equipamentos ? Redução da documentação Redução do custo de instalação e comissionamento ? Redução do custo com cabos (40%), caixas de terminais, bandejamento e dutos, gabinetes e espaço na sala elétrica. ? Fácil modificação, geralmente sem a necessidade de troca de fiação ? Dispositivos multifuncionais reduzem o número de taps de processo. Redução do custo de operação ? Melhor capacidade de diagnóstico, redução do tempo de parada. ? Informação disponível em maior quantidade e qualidade facilitando a análise do processo e otimização. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 23 Redução do custo de Manutenção: Menor número de equipamentos implica em redução da quantidade de falhas. Profibus e Ethernet (Profinet) Existe um esforço em se buscar o acoplamento transparente entre as rede Profibus e Ethernet. O que se busca é uma redução dos custos de engenharia e a promoção de uma comunicação mais uniforme entre aplicativos de alto nível e dispositivos de campo. Os principais objetivos são: ? Mapear todos os serviços de engenharia do PROFIBUS para TCP/IP, incluindo acesso ao status das variáveis de processo, dados de diagnóstico, parametrização e a definição de interfaces relevantes de SW com base em OPC. O usuário poderá monitorar dispositivos localmente ou remotamente através da Ethernet/Internet. ? Roteamento direto de TCP/IP para Profibus. Uma das idéias é se permitir o uso de web server em dispositivos de campo. ? Dispositivos de campo complexos serão representados como sistemas orientados a objeto distribuídos. Outro grande objetivo do projeto Profibus é maior suporte para as funções de motion control. Figura 21 - Profibus e Ethernet TCP/IP. Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 24 Bibliografia [Franco 98] Lucia Regina Horta Rodrigues Franco / Victor Marinescu. Buses Actualización. Editorial Control S.R.L, 1998. [Profibus 99] Profibus Technical description, Profibus Brochure – Order No 4002, September 1999. [EndressHauser 01] João Guilherme Speck, Seminário Profibus, Process Filed Bus e Profibus PA – Comunicação digital, Samson Endress + Hauser Ltda., publicado em www.profibus.com.br [Hirshmann 01] Fiber Interfaces – OZD Family - Hirshmann - 2001 Sites a serem visitados www.profibus.com.br www.profibus.com Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 25 Exercícios 1) Compare as redes Foundation Fieldbus e Profibus. 2) Marque Verdadeiro ou Falso: ( ) A rede Profibus é uma rede Mestre-Escravo. ( ) Ao contrário da Foundation Fieldbus, nesta rede as funções de controle estão em um mestre externo e não nos próprios instrumentos/válvulas. ( ) A rede Profibus-DP admite apenas um único mestre na rede. ( ) Os dispositivos escravos em uma rede Fielbus-DP são geralmente dispositivos de I/O. ( ) Linkers são dispositivos inteligentes enquanto couplers apenas acoplam sinais RS485 com IEC 1158-2. ( ) Fibra óticas de vidro monomodo são a melhor opção para uso da rede Profibus em grandes distâncias. 3) Enumere as outras opções de redes digitais para instrumentação. 4) Liste os principais fornecedores de produtos Profibus e seus endereços de e-mail: 5) Liste 5 produtos Profibus disponíveis no mercado a partir do site de um dos fabricantes. 6) Comente sobre a utilidade de se ter web servers em dispositivos de campo. Visite o site da Altus e discuta sobre o WebGate – PO 9900 7) Viste o site da revista Embedded systems e liste os fabricantes de web servers embedded disponíveis no mercado. 8) Liste três diferenças entre acopladores e link devices na rede Profibus. 9) Examine o data sheet to transmissor de pressão com interface Profibus LD 303 no site http://www.smar.com/PDFs/Catalogues/LD303.PDF. a) Quais são os blocos de função disponíveis neste instrumento ? b) Qual a faixa de medição do instrumento ? c) Qual a precisão em relação ao fundo de escala ? d) O instrumento apresenta indicador local ? De quantos dígitos ? e) Que funções este instrumento pode desempenhar ? Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 1 DeviceNet Capítulo Autor: Constantino Seixas Filho UFMG – Departamento de Engenharia Eletrônica 2 DeviceNet Introdução: A rede DeviceNet classifica-se como uma rede de dispositivo, sendo utilizada para interligação de equipamentos de campo, tais como sensores, atuadores, AC/DC drives e CLPs. Esta rede foi desenvolvida pela Allen Bradley sobre o protocolo CAN (Controller Area Network) e sua especificação é aberta e gerenciada pela DeviceNet Foundation. CAN, por sua vez, foi desenvolvida pela empresa Robert Bosh Corp. como uma rede digital para a indústria automobilística. Hoje existem inúmeros fornecedores de chips CAN: Intel , Motorola, Philips/Signetics, NEC, Hitachi e Siemens. Figura 1: DeviceNet e faixa de aplicação das redes de campo A figura 3 ilustra a relação entre CAN e DeviceNet e o stack OSI/ISO: Aplicação (Nível 7) Nível Aplicação Controle de Enlace Lógico (LLC) Enlace de Dados (Nível 2) Controle de acesso ao meio (MAC) Sinalização do nível físico Protocolo CAN Físico (Nível 1) Unidade de Acesso ao Meio (MAU) Meio (Nível 0) Meio de transmissão Figura 2: DeviceNet e CAN Esta rede possui uma linha tronco de onde derivam as drop lines. Faixa de Aplicação de Redes N ÍV EL D E A U TO M A Ç Ã O Discreto Processo N eg óc io C on tr ol e D is po si tiv o Se ns or N ív el d e B it I n t e r b u s L o o p I n t e r b u s P r o f i b u s D P C o n t r o l N e t A T M / F D D I C C L i n k D e v i c e N e
Compartilhar