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História do Brasil - Síntese cronológica
Descobrimentos
1383/85 – Revolução de Avis em Portugal. Ascensão da Dinastia de Avis, com poder centralizado e aliada à burguesia.
1415 – Conquista de Ceuta, cidade moura no Marrocos. Início da expansão marítimo-comercial lusitana (Ciclo Ocidental das Navegações).
1419 – Os portugueses descobrem a Ilha da Madeira.
1431 – Descobrimento do Arquipélago dos Açores.
1444 – Descobrimento do Arquipélago de Cabo Verde.
1453 – Tomada de Constantinopla pelos turcos, prejudicando a entrada, na Europa, de produtos procedentes das Índias.
1460 – Morte do infante D. Henrique, inspirador da expansão marítima portuguesa.
1479 – Acordo entre Portugal e Espanha, definindo as Ilhas Canárias (descobertas em 1402) como possessão espanhola.
1488 – Bartolomeu Dias contorna o Cabo das Tormentas (ou da Boa Esperança) e alcança o Oceano Índico.
1492 – Cristóvão Colombo, genovês a serviço da Espanha, descobre a América, mas pensa ter chegado às Índias pelo oeste. Início da expansão marítima espanhola (Ciclo Ociental das Navegações).
1494 – Tratado de Tordesilhas, dividindo entre Portugal e Espanha as terras descobertas e por se descobrirem.
1498 – Vasco da Gama chega a Calicute, estabelecendo uma rota marítima entre a Europa e as Índias.
1500 – Pedro Álvares Cabral toma posse do Brasil (por ele denominado “Ilha de Vera Cruz”) em nome do rei de Portugal.
Brasil Colônia
	1500/30
	– PERÍODO PRÉ-COLONIAL e ciclo do pau-brasil (exploração predatória feita por meio de feitorias).
	
Visão do Brasil e seus primitivos habitantes, 
segundo um mapa do início
da colonização portuguesa.
	1501
	e 1503 – Primeiras expedições exploradoras do litoral brasileiro.
	
	1504
	– Concessão da exploração de pau-brasil (produto estancado, isto é, monopolizado pela Coroa) a Fernando de Noronha, cuja empresa vem a falir.
	1516 e 1526
	– Expedições guarda-costas portuguesas, destinadas a reprimir o contrabando de pau-brasil pelos franceses.
	1519/22
	– Primeira viagem de circunavegação, comandada pelo português Fernão de Magalhães (morto nas Filipinas), a serviço da Espanha.
	1530
	– Crise no preço das especiarias e decadência do comércio português com as Índias. O rei D. João III volta-se para a colonização do Brasil. Início do PERÍODO COLONIAL propriamente dito.
	1532
	– Expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa e fundação de São Vicente, primeira vila do Brasil. Início do ciclo da cana-de-açúcar, com forte participação flamenga (holandesa) no financiamento, refinação e distribuição do açúcar brasileiro na Europa.
	1534
	– Divisão do Brasil em capitanias hereditárias, das quais somente São Vicente e Pernambuco prosperam. Com o desenvolvimento da lavoura canavieira em Pernambuco e mais tarde na Bahia, a pecuária (atividade subsidiária da cana-de-açúcar) expande-se pelo sertão nordestino e Vale do São Francisco.
	1538
	– Início do tráfico de escravos africanos para o Brasil.
	1548 
	– Diante do fracasso do sistema de capitanias hereditárias, D. João III institui o governo-geral do Brasil, com vistas à centralização administrativa e à aceleração da colonização.
	1549 
	– Tomé de Sousa, primeiro governador-geral, funda Salvador, a primeira cidade do Brasil. Com ele chegam os primeiros padres da Companhia de Jesus (importantes na educação colonial e na catequese dos índios).
	
A divisão do Brasil em donatarias (capitanias hereditárias) correspondeu aos interesses lusos de ocupação sistemática do litoral brasileiro.
	1550 
	– Instalação do primeiro bispado no Brasil, com sede em Salvador.
	
	1554 
	– Os jesuítas fundam o Colégio de São Paulo de Piratininga – origem da cidade de São Paulo.
	
	 
	
Com a criação do governogeral do Brasil, a Coroa Portuguesa passou a centralizar os esforços da empresa colonizadora.
	
	1555/67
	– Primeira Invasão Francesa. Fundação da “França Antártica” na Baía da Guanabara.
	1565
	– Estácio de Sá funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, próxima à colônia da França Antártica.
	1578
	– Morte do rei português D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quebir, no Marrocos.
	1580
	– Morte do cardeal-rei D. Henrique, último membro da Dinastia de Avis.
	1580/1640 
	– UNIÃO IBÉRICA. A Coroa Portuguesa passa para o rei da Espanha. Portugal conserva seus quadros administrativos, mas é forçado a alinhar-se com a política externa espanhola (enfrentamentos com a Inglaterra, França e principalmente a Holanda, que se apodera de diversas colônias portuguesas no Oriente). Acelera-se a decadência portuguesa.
	1583/95 
	– Ataques de corsários ingleses a portos brasileiros.
	1598
	– O governo espanhol proíbe o comércio açucareiro luso-flamengo.
	1602
	– É criada na Holanda a Companhia das Índias Orientais, com o objetivo de conquistar as colônias e o comércio ibéricos na Ásia.
– Início do ciclo bandeirístico de apresamento, em que bandeirantes paulistas atacam as reduções (também conhecidas como aldeamentos ou missões) estabelecidas pelos jesuítas espanhóis.
	1612/15 
	– Segunda Invasão Francesa. Fundação da “França Equinocial” no Maranhão.
	1616 
	– Os portugueses fundam a vila de Belém, ponto de partida para explorarem as “drogas do sertão” da Amazônia.
	1621
	– É criada na Holanda a Companhia das Índias Ocidentais, com o objetivo de conquistar colônias ibéricas na América e África.
	1621/1775
	– Divisão do Brasil em duas colônias distintas: Estado do Brasil e Estado do Maranhão (mais tarde Estado do Grão- Pará e Maranhão).
	1624/25 
	– Primeira Invasão Holandesa (Bahia). Os invasores ocupam Salvador, mas são forçados a se render diante da chegada de uma esquadra luso-espanhola.
	1628 
	– Os bandeirantes Manuel Preto e Antônio Raposo Tavares destroem os aldeamentos jesuíticos espanhóis do Guairá (oeste do Paraná). Os missionários, com os índios remanescentes, fundam os Sete Povos das Missões, na margem esquerda do Rio Uruguai (oeste do Rio Grande do Sul).
	
Em 1630, em uma segunda invasão, os holandeses conseguiram fixar-se no Nordeste até 1654. Sob a administração do conde Maurício de Nassau, entre 1637 e 1644, o Brasil Holandês alcançará seu apogeu.
Em 1641, o espanhol Amador Bueno da Ribeira, residente em São Paulo, recusou o título de “rei” que lhe foi oferecido por seus compatriotas estabelecidos naquela vila. 
	1630/54
	– Segunda Invasão Holandesa. Os invasores desembarcam em Pernambuco e gradualmente estendem sua dominação desde Alagoas até ao Maranhão.
	
	1636
	– Antônio Raposo Tavares e André Fernandes destroem as reduções jesuíticas espanholas do Tape (centro do Rio Grande do Sul).
	
	1637/44
	– João Maurício de Nassau governa o Brasil Holandês. Período de entendimento entre invasores e senhores-de-engenho. Desenvolvimento do Recife.
	
	1640 
	– Restauração Portuguesa e fim da União Ibérica. Portugal, arruinado, passa a depender economicamente da Inglaterra. A crise financeira lusitana leva o governo a impor o “arrocho colonial” sobre o Brasil (aumento do centralismo e intensificação do fiscalismo).
	
	1641 
	– Tentativa dos espanhóis residentes em São Paulo de aclamar Amador Bueno da Ribeira como “rei de São Paulo”.
	
	1642 
	– Criação do Conselho Ultramarino, órgão sediado em Lisboa e destinado, entre outras atribuições, a implementar o “arrocho colonial”.
	
	1645 
	– Início da Insurreição Pernambucana contra o domínio holandês. Causas do movimento: a demissão de Nassau e a pressão exploradora dos novos administradores enviados pela Companhia das Índias Ocidentais.
	
	1648
	– Antônio Raposo Tavares destrói as missões jesuíticas espanholas do Itatim (MS), último feito importante do bandeirismo de apresamento.
	
	1654 
	– Capitulação dos holandeses em Pernambuco. Expulsos do Nordeste, os flamengos passam a desenvolver a produção açucareira nas ilhas caribenhas (Antilhas) que a Companhia das Índias Ocidentais havia tomado aos espanhóis. A concorrência antilhana iria provocara decadência do ciclo da cana-de-açúcar no Brasil.
	
	1668
	– Tratado de Lisboa entre a Espanha e Portugal, reconhecendo a independência portuguesa proclamada em 1640.
	
	1674 
	– Começa o ciclo bandeirístico da mineração, com a bandeira de Fernão Dias Pais, o “Caçador de Esmeraldas”.
	1680
	– Os portugueses fundam a Colônia do Sacramento na margem esquerda do Rio da Prata. Por três vezes, os espanhóis de Buenos Aires tomam a colônia (1681, 1705 e 1763), para depois devolvê-la aos portugueses.
	1684/85
	– Revolta de Beckman no Maranhão, dando início aos movimentos nativistas (reações de âmbito local contra a opressão metropolitana, mas sem propósitos emancipacionistas).
	1693 
	– O bandeirante Antônio Rodrigues Arzão descobre ouro em Cataguases (MG). Inicia-se o ciclo da mineração, isto é, o período em que a extração de minerais preciosos predominou na economia colonial (não confundir com o ciclo bandeirístico da mineração, relacionado exclusivamente com a busca e achamento das jazidas auríferas).
	 
	
Os ataques dos bandeirantes às reduções jesuíticas espanholas estão inseridos no contexto do bandeirismo de apresamento do indígena. Neste ciclo, os bandeirantes promoveram a expansão dos domínios lusitanos para o sul e o sudoeste, ultrapassando o meridiano fixado pelo Tratado de Tordesilhas.
	1694 
	– O paulista Domingos Jorge Velho destrói o Quilombo dos Palmares, formado no interior de Alagoas por volta de 1644. Essa foi a principal ação militar ocorrida no chamado ciclo do bandeirismo de contrato.
	1700
	– O bandeirante Manuel de Borba Gato descobre em Sabará (MG) as mais importantes jazidas de ouro do Período Colonial.
	1703
	– Tratado de Methuen (ou dos Panos e Vinhos) entre Portugal e Inglaterra, que agrava o déficit da balança comercial lusitana e consolida a dominação econômica inglesa sobre Portugal.
	1708/9
	– Guerra dos Emboabas, mais um episódio dos movimentos nativistas: conflito entre paulistas e forasteiros (portugueses e brasileiros de outras regiões que não São Paulo) pela posse das minas de ouro. Derrota dos paulistas, a maioria dos quais se retira de Minas Gerais.
	1710/11
	– Guerra dos Mascates: movimento nativista envolvendo a decadente aristocracia rural pernambucana, com base na vila de Olinda, e a próspera burguesia lusitana estabelecida no povoado do Recife. Causa imedia-ta do conflito: a elevação do Recife à categoria de vila, pondo fim a sua subordinação administrativa a Olinda.
	1713 
	– Conclusão da “Guerra dos Bárbaros”, em que sertanistas paulistas, dentro do ciclo do bandeirismo de contrato, eliminam tribos indígenas hostis localizadas no interior do Rio Grande do Norte e Ceará.
	1719
	– O bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobre ouro em Cuiabá, cuja ligação com São Paulo passa a ser feita por meio de comboios fluviais denominados “monções”.
	1720
	– Revolta de Felipe dos Santos em Vila Rica (atual Ouro Preto), contra a instalação das “Casas de Fundição”, que objetivavam um maior controle na cobrança do quinto sobre o ouro. Último episódio dos movimentos nativistas.
– O Brasil passa a ser governado por vice-reis, no lugar dos antigos governadores-gerais.
	1725
	– O bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva (o “Segundo Anhangüera”) descobre ouro em Goiás. Fim do ciclo bandeirístico da mineração.
	1729
	– Descoberta de diamantes em Minas Gerais (até então, só se conheciam os diamantes originários da Índia).
	1733
	– Criação do Distrito Diamantino, com demarcação definida e autoridades e regulamentação próprios. Os diamantes, embora fossem objeto do estanco (monopólio real), têm sua exploração arrendada a particulares até 1771, quando a Coroa assume diretamente sua extração.
	
Pombal controlou toda a administração portuguesa, de 1750 a 1777, aniquilando toda e qualquer possibilidade de oposição.
	1737
	– Início da ocupação portuguesa do Rio Grande do Sul, voltada para a criação de gado.
	
	1750
	– Tratado de Madri entre Portugal e Espanha, anulando o Tratado de Tordesilhas. Negociado em nome de Portugal pelo brasileiro Alexandre de Gusmão, com base no princípio romano do “uti possidetis” (usucapião), aumenta os domínios portugueses na América em cerca de 200%, sobre o que fora disposto em Tordesilhas. No Sul, o Tratado de Madri estipula a troca da Colônia do Sacramento pelos Sete Povos das Missões.
– Ascensão ao trono português de D. José I, que escolhe Sebastião José de Carvalho e Melo (futuro marquês de Pombal) como seu principal ministro. Início das reformas pombalinas, caracterizando a prática do “despotismo esclarecido” em Portugal.
– Devido à diminuição da extração de ouro no Brasil, Pombal determina que a cobrança seja feita pelo sistema de “finta” (estimativa sobre a produção aurífera de Minas Gerais, implicando a cobrança de 100 arrobas anuais).
	
	1754/56
	– Guerra Guaranítica: revolta dos jesuítas espanhóis e índios dos Sete Povos contra sua transferência para o domínio português. Destruição dos aldeamentos jesuíticos na região por um exército luso-espanhol.
	1755 
	– Criação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, voltada sobretudo para a exportação do algodão e das “drogas do sertão”, mas também incentivadora do cultivo de anil, arroz e cacau. Início do ciclo econômico conhecido como Renascimento Agrícola
	1759
	– Expulsão dos jesuítas de Portugal e colônias. Laicização do ensino no Brasil. – Extinção das últimas capitanias hereditárias, transformadas em capitanias reais. – Criação da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba.
	1761 
	– Convênio de El Pardo, anulando o disposto no Tratado de Madri sobre a troca da Colônia do Sacramento pelos Sete Povos das Missões. O Sacramento retorna ao domínio luso, reabrindo as hostilidades entre espanhóis e portugueses no Extremo Sul.
	1763 
	– A capital do Brasil é transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
	1775
	– Reunificação dos Estados do Brasil e do Grão-Pará e Maranhão.
	1777
	– Morte de D. José I e ascensão de D. Maria I ao trono português. Pombal é afastado do governo e os rumos da política e administração lusas sofrem uma mudança radical (fase conhecida como “Viradeira”).
– Tratado de Santo Ildefonso entre Portugal e Espanha. A Colônia do Sacramento passa definitivamente para o domínio espanhol.
	1785 
	– Alvará de Proibição Industrial de D. Maria I, proibindo no Brasil quaisquer indústrias ou manufaturas, exceto as ligadas à produção de aguardente e de panos grosseiros (destinados a enfardar produtos ou para roupas de escravos).
	
Com sua morte, em 1792, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, tornou-se o “Mártir da Independência do Brasil”.
	1789
	– Inconfidência Mineira, primeiro dos movimentos emancipacionistas que caracterizam a crise do Sistema Colonial.
	
	1792 
	– Execução de Tiradentes.
	
	1797 
	– Fundação, em Salvador, do primeiro centro maçônico brasileiro com existência comprovada: a Loja “Cavaleiros da Luz”.
	
	1798
	– Conjuração dos Alfaiates ou Inconfidência Baiana: movimento emancipacionista com participação predominante de elementos populares. Possuía projetos de caráter social, como a abolição da escravatura.
	
	1801
	– Os sul-rio-grandenses ocupam o território dos antigos Sete Povos das Missões, então em poder dos espanhóis, aproveitando uma curta guerra entre Portugal e Espanha. O Tratado de Badajoz, firmado entre os dois países nesse mesmo ano, reconhece implicitamente o domínio lusitano sobre aquela região.
– Conspiração dos Suaçunas, conciliábulo de senhores-de-engenho pernambucanos que alguns historiadores insistem em considerar como movimento emancipacionista. Não são aplicadas punições aos supostos envolvidos.
	1806
	– Napoleão Bonaparte decreta em Berlim (capital da Prússia) o Bloqueio Continental, proibindo o comércio dos países do continente europeu com a Grã-Bretanha (Inglaterra). Portugal não obedece à determinação do imperador francês.
	1807
	– Invasão de Portugal pelos franceses. O príncipe-regenteD. João, graças ao apoio de uma frota britânica, transfere para o Brasil todo o aparelho de governo lusitano (cerca de 15.000 pessoas, incluindo a Família Real e sua Corte).
	1808 
	– Chegada de D. João à Bahia, dando início ao PERÍODO JOANINO (1808/21). Carta-régia determina a abertura dos portos brasileiros “a todas as nações amigas” (na prática, à Grã-Bretanha). Fim do “exclusivo” metropolitano e enfraquecimento do Pacto Colonial. Passagem do Brasil para a órbita direta do capitalismo industrial inglês, em substituição ao anacrônico colonialismo mercantilista português. 
– Alvará de Liberdade Industrial, revogando as proibições impostas por D. Maria I em 1785. Medida de pouco alcance prático, dada a falta de tecnologia e de capitais no Brasil. 
– Instalação da Imprensa Régia e publicação do primeiro jornal brasileiro. 
– Criação de escolas de Medicina (primeiros cursos superiores instalados no Brasil) no Rio de Janeiro e em Salvador.
	1809/17
	– Ocupação da Guiana Francesa pelos portugueses.
	1810
	– Tratados de Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade entre Portugal e Grã-Bretanha. Consolidação do predomínio inglês no Brasil e início das pressões britânicas contra o tráfico negreiro.
	1815 
	– Criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, como forma de regularizar a participação portuguesa no Congresso de Viena. O Brasil deixa de ser uma colônia, tornandose juridicamente equiparado a Portugal (fim do BRASIL COLÔNIA e início do BRASIL REINO).
	
Mapa da Europa mostrando o Império Napoleônico em seu apogeu.
	1816/20 
	– Campanha de tropas luso-brasileiras no Uruguai, contra o líder nacionalista local José Artigas. Derrotado este, o Uruguai (na época conhecido como “Banda Oriental”) é anexado ao Brasil com o nome de “Província Cisplatina” (1821).
	
	1816 
	– Morte da rainha D. Maria I, afastada da chefia do Estado desde 1792, por motivo de loucura. Ascensão ao trono do prínciperegente D. João, com o nome de D. João VI.
– Chegada ao Brasil de uma importante missão artística francesa.
	
	1817 
	– Revolução Pernambucana de 1817: último movimento emancipacionista e o único que chegou ao estágio da luta armada. Movimento republicano, liberal, federalista e lusófobo, duramente reprimido pelas autoridades. Envolve também a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
	1820
	– Revolução Liberal do Porto, que resulta na instalação das Cortes de Lisboa (Assembléia Constituinte com propósitos liberais para Portugal, mas recolonizadores em relação ao Brasil).
	1821 
	– Queda do absolutismo no Brasil. D. João VI aceita submeter-se à autoridade das Cortes. Juntas Provisórias de Governo substituem os governadores das províncias (nova denominação das capitanias a partir da criação do Reino Unido) nomeados pelo rei. 
– Por pressão das Cortes de Lisboa, D. João VI regressa a Portugal, deixando o príncipe-herdeiro D. Pedro como regente do Brasil. 
– As Cortes exigem o regresso de D. Pedro para Portugal – passo essencial para recolonizar o Brasil. A aristocracia rural brasileira, tendo à frente a Maçonaria, começa a articular o movimento em prol da Independência.
	1822
	– Dia do Fico: D. Pedro recusa-se a obedecer às Cortes e decide permanecer no Brasil. A partir daí, acelera-se o processo da Independência: 
– D. Pedro nomeia um ministério (no caso, o conjunto dos ministros ou “gabinete”) formado predominantemente por brasileiros, tendo José Bonifácio como ministro mais influente. 
– Proibição do desembarque de tropas portuguesas no Brasil. 
– Decreto estabelecendo que só serão cumpridas, no Brasil, as decisões das Cortes que receberem a aprovação (“Cumpra-se”) do príncipe-regente. As Juntas de Governo do Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina, fiéis às Cortes, rompem com D. Pedro. 
– D. Pedro convoca eleições para uma Assembléia Constituinte Brasileira, rejeitando a Constituição que as Cortes estão preparando para o Reino Unido.
Brasil Império
	 
	
A Proclamação da Independência (7/9/1822) formalizou o
rompimento das relações metrópole–colônia, iniciado com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil.
	7 DE SETEMBRO DE 1822
	– Grito do Ipiranga. O Brasil se torna um Estado independente, formalizando sua separação em relação a Portugal.
	1822/89
	– BRASIL IMPÉRIO, subdividido em três fases: Primeiro Reinado (1822/31), Período Regencial (1831/40) e Segundo Reinado (1840/89).
	1822
	– Aclamação do príncipe D. Pedro como imperador do Brasil, com o nome de D. Pedro I.
	1822/23
	– Guerra da Independência, contra as tropas portuguesas aquarteladas no Brasil que se recusam a reconhecer a Independência.
	1823 
	– Instalação de uma Assembléia Constituinte, com predomínio de representantes da aristocracia rural. Choque entre as tendências liberais da Assembléia e o autoritarismo do imperador. 
– A discussão de um projeto constitucional liberal (“Constituição da Mandioca”) pela Assembléia Constituinte leva D. Pedro I a dissolvê-la por meio de um golpe militar.
	1824 
	– D. Pedro I outorga uma Constituição centralizadora: unitarismo (ausência de autonomia provincial), quadripartição de poderes (sendo o Poder Moderador privativo do monarca), voto censitário e subordinação da Igreja ao Estado (regalismo). 
– Confederação do Equador: revolta separatista pernambucana, com características idênticas às da Revolução de 1817. Violenta repressão por parte de D. Pedro I. 
– Os Estados Unidos são o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil (influência da Doutrina Monroe).
	
	1825/28 
	– Guerra da Cisplatina entre Brasil e Argentina. Resultado: independência da Província Cisplatina, com o nome de “República Oriental do Uruguai”.
	1825 
	– Portugal e Grã-Bretanha (Inglaterra) reconhecem a independência do Brasil. Este paga uma indenização a Portugal e renova parcialmente os Tratados de 1810 com a Grã-Bretanha.
	1826
	– Morte de D. João VI. D. Pedro I é reconhecido como rei de Portugal (D. Pedro IV), mas abdica em favor de sua filha D. Maria da Glória (D. Maria II).
	1830
	– Cresce a oposição liberal a D. Pedro I, liderada pela elite agrária e estimulada pela queda do rei absolutista Carlos X na França. Assassinato do jornalista oposicionista Líbero Badaró em São Paulo.
	 
	
	1831
	– D. Pedro I demite um ministério constituído de políticos liberais e o substitui pelo “Ministério dos Marqueses” (absolutista). Revolta do povo e das tropas no Rio de Janeiro, instigada pelas elites. Abdicação de D. Pedro I, que se retira para a Europa. O novo imperador, D. Pedro II, tem apenas cinco anos de idade, o que exige o estabelecimento de um governo regencial. 
– Formação de uma Regência Trina Provisória, substituída meses depois por uma Regência Trina Permanente aprovada pelo Parlamento. 
– Início de uma fase de grande agitação, devido à existência de três correntes políticas: liberais moderados (situacionistas), liberais exaltados (federalistas) e restauradores (partidários da volta de D. Pedro I).
	1832
	– Início do “Avanço Liberal”, com a promulgação do Código de Processo Criminal, em que os juízes de paz (incumbidos de funções policiais e judiciais) passam a ser eleitos pelos cidadãos locais.
	1834 
	– Continuação do “Avanço Liberal”, com a promulgação do Ato Adicional à Constituição de 1824: Regência Una eleita por voto direto (mas ainda censitário), assembléias legislativas provinciais, supressão do Conselho de Estado e criação do Município Neutro (cidade do Rio de Janeiro). 
– D. Pedro I morre em Portugal. No Brasil, os restauradores aderem aos liberais moderados.
	
	1835/45 
	– Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul (movimento separatista dos estancieiros).
	
	1835/38
	– Cabanagem no Pará (movimento de caráter popular).
	
	1835
	– Feijó é eleito regente uno. 
– Revolta dos Malês na Bahia (tentativa de seguir o modelo haitiano). 
– Divisão dos liberais moderados. Surgem o Partido Progressista (futuro Partido Liberal), favorável a Feijó, e o Partido Regressista (futuro Partido Conservador),adversário do regente. Mais tarde, os antigos liberais exaltados aderem ao Partido Liberal.
	
	1837 
	– Feijó renuncia à Regência. O regressista Araújo Lima torna-se regente interino.
	
	1837/38 
	– Sabinada na Bahia (tentativa de separatismo temporário).
	
	1838 
	– Araújo Lima é eleito regente uno. Começa o “Regresso Conservador”.
	
	1838/41
	– Balaiada no Maranhão (movimento popular sertanejo).
	
	1839 
	– Garibaldi, um dos líderes farroupilhas, funda em Santa Catarina a efêmera República Juliana.
	
	1840 
	– Lei de Interpretação do Ato Adicional, restringindo a autonomia das províncias. 
– Golpe da Maioridade, organizado pelos liberais. A regência de Araújo Lima é interrompida e D. Pedro II, com quartoze anos de idade, torna-se imperador efetivo e nomeia um ministério de políticos liberais.
	1841
	– “Eleições do Cacete” para a Câmara dos Deputados. Vitória dos liberais, mas D. Pedro II dissolve a Câmara, nomeia um ministério de conservadores e convoca novas eleições. Retomada do “Regresso Conservador”, com a reforma do Código de Processo Criminal (os juízes de paz voltam a ser nomeados) e restauração do Conselho de Estado.
	1842 
	– Revolução Liberal em São Paulo e Minas Gerais. O movimento é sufocado por Caxias, que já vencera a Balaiada e depois pacificaria o Rio Grande do Sul.
	1844
	– Tarifa Alves Branco, que eleva a taxação sobre as importações até 60% “ad valorem”.
	
Os dez anos iniciais do Segundo
Reinado foram dedicados à
pacificação interna.
Nessa fase, foram sufocadas a
Balaiada e a Farroupilha, além da
Revolução Liberal de SP e MG
(1842) e a Praieira (1848).
 
 
 
Com a extinção do tráfico negreiro, em 1850, as relações escravistas de produção estavam condenadas no Brasil. Não obstante, sua extinção somente se deu dentro de um processo gradual que se estendeu até 1888. 
	1845 
	– “Bill Aberdeen”: lei do Parlamento Britânico determinando o apresamento de navios negreiros, pela Marinha de Guerra, até mesmo em águas territoriais de outros Estados.
	
	1847 
	– É criado o cargo de presidente do Conselho de Ministros (primeiroministro), dando início ao sistema parlamentarista no Brasil (“parlamentarismo às avessas”). 
– O senador Nicolau Vergueiro implanta o sistema de parceria em sua fazenda de café em Limeira (Oeste Paulista), contratando colonos alemães (depois, também suíços).
	
	1848/49 
	– Revolução Praieira em Pernambuco. Última revolução do Período Monárquico, organizada pelos liberais locais sem propósitos separatistas, mas com alguma influência do socialismo utópico.
	
	1850 
	– Lei Eusébio de Queirós, proibindo definitivamente o tráfico negreiro para o Brasil. Captando os recursos até então investidos no tráfico, Irineu Evangelista de Sousa (depois barão e visconde de Mauá) dá início a um surto industrial e de modernização dos transportes e serviços urbanos no País. 
– Lei de Terras, proibindo o acesso à propriedade fundiária que não por compra ou herança.
	
	1851 
	– Intervenção brasileira no Uruguai, em apoio ao governo colorado e contra o caudilho blanco Oribe, aliado do ditador argentino Rosas.
	
	1851/52 
	– Guerra do Brasil contra Rosas, que é derrotado e exilado.
	
	1853/56 
	– “Gabinete (ou Ministério) da Conciliação”, que reúne ministros liberais e conservadores sob a presidência de Carneiro Leão, marquês do Paraná.
	
	1854 
	– Mauá constrói a primeira estrada de ferro do País.
	
	1857 
	– Revolta dos colonos suíços e alemães na Fazenda Ibicaba, do senador Vergueiro. Declínio do sistema de parceria.
	
	1861/65 
	– Questão Christie entre Brasil e Inglaterra. Em 1863, o Brasil rompe relações diplomáticas com a Grã-Bretanha, por não ter esta acatado o laudo arbitral de Leopoldo I da Bélgica, favorável ao governo brasileiro. Relações reatadas depois de um pedido formal de desculpas apresentado pelo governo britânico.
	
	1864/65 
	– Nova intervenção do Brasil no Uruguai, agora governado pelo blanco Aguirre, aliado do ditador paraguaio Solano López.
	
Em abril de 1869 o conde d’Eu assumiu, em Assunção, o comando das tropas brasileiras na Guerra do Paraguai, substituindo Caxias, que, doente, se retirara para o Brasil.
	1864/70 
	– Guerra do Paraguai. Solano López, que iniciara o conflito, é derrotado e morto pela Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai, agora sob um governo colorado). Devastação e ruína do Paraguai. No Brasil, politização dos oficiais do Exército, propagação de idéias abolicionistas e republicanas e início do ocaso do Império.
	
	1870 
	– Um grupo de intelectuais lança no Rio de Janeiro o “Manifesto Republicano”.
	
	1871
	– Lei do Ventre Livre. 
– O governo brasileiro começa a subsidiar a vinda de imigrantes italianos para as lavouras de café do Oeste Paulista.
	
	1872/75 
	– Questão Religiosa, que resulta na condenação dos bispos de Olinda e Belém à prisão, por terem obedecido a determinações do papa contra a Maçonaria, entrando em confronto com o governo imperial.
	
	1873 
	– Convenção de Itu: primeiro congresso do Partido Republicano Paulista (PRP), fundado no ano anterior.
	1877 
	– Início do “ciclo da borracha” na Amazônia, utilizando principalmente mão-de-obra nordestina deslocada de suas províncias por uma grande seca.
	1883/85
	– Questão Militar, que opõe oficiais do Exército a autoridades do Império.
	1884 
	– O Ceará é a primeira província a extinguir a escravidão, tendo em vista que a maior parte de seus escravos fora vendida para os cafeicultores do Vale do Paraíba (RJ/SP).
	1885
	– Promulgação da Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva–Cotegipe, que emancipa os escravos com mais de 65 anos.
	1888 
	– Abolição da escravidão por força da Lei Áurea. Os fazendeiros escravistas, último sustentáculo da Monarquia, deixam de apoiá-la.
Brasil República
	 
	
Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto foram os presidentes militares do período inicial da História Republicana do Brasil, denominado “República da Espada”.
	1889
	– Proclamação da República, como resultado de uma conspiração de militares positivistas, intelectuais e republicanos “históricos” (isto é, da primeira hora), tendo o marechal Deodoro da Fonseca como instrumento. Banimento da Família Imperial e formação de um Governo Provisório chefiado por Deodoro. 
– Primeiras medidas do novo governo: modificação da Bandeira Nacional, liberdade de cultos, separação entre Igreja e Estado, criação do Registro Civil e secularização dos cemitérios.
	1890
	– Encilhamento: crise financeira provocada pelo ministro da Fazenda, Rui Barbosa.
	1891
	– O Congresso Constituinte, eleito em 1890, promulga a primeira Constituição Republicana: presidencialismo, federalismo e sufrágio universal masculino (excluídos analfabetos e soldados rasos). 
– Eleição indireta dos marechais Deodoro e Floriano Peixoto como presidente e vice-presidente da República. 
– Renúncia de Deodoro, após uma série de atritos com o Congresso e uma tentativa frustrada de golpe de Estado. Floriano (o “Marechal de Ferro”) assume a chefia do Estado.s
	1893/95 
	– Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, estendendo-se a Santa Catarina e Paraná.
	1893/94 
	– Revolta da Armada no Rio de Janeiro, com participação de monarquistas. Ao se retirarem da Baía da Guanabara, os rebeldes da Armada unem-se aos federalistas no Sul.
	1894 
	– Violenta repressão florianista aos revolucionários. Fim da República da Espada (1889/94) e início da República das Oligarquias (1894/1930). 
– Eleição do civil Prudente de Morais para a Presidência da República.
	1897
	– Destruição, pelo Exército, do arraial messiânico de Canudos (BA).
	1898 
	– É eleito presidente da República Campos Sales, idealizador da “Política do Café-com-Leite” e da “Política dos Governadores”. 
– Funding Loan (reescalonamento da dívida externa brasileira) e início da “política de saneamento financeiro”. Retração econômica, com reflexos sociais.
	1900 
	– Por sugestão de Campos Sales, aCâmara dos Deputados cria a Comissão de Verificação de Poderes, para proceder à “degola” dos políticos dissidentes que fossem eleitos.
	 
	
A base econômica da República continuava sendo o setor agroexportador, com destaque para o café. A importância deste último propiciaria ao setor cafeeiro a hegemonia política dentro da República Oligárquica.
A localidade de “Belo Monte”, mais conhecida como “Arraial de Canudos” . Dela chegou-se a falar em “foco de monarquistas”. Antônio Conselheiro reunia milhares de despossuídos, vítimas da opressão e da miséria. 
	1902/06
	– Presidência de Rodrigues Alves. “Quadriênio Progressista”: programa de saneamento (Osvaldo Cruz) e de modernização do Rio de Janeiro (Pereira Passos).
	1903
	– “Revolta da Vacina” no Rio de Janeiro, envolvendo também o descontentamento popular com as más condições de
vida e a alta de preços.
– Tratado de Petrópolis: a Bolívia cede o Acre ao Brasil, mediante uma indenização e a promessa de construção da E.F. Madeira–Mamoré.
	1906
	– Convênio de Taubaté, firmado entre os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, dentro da “política de valorização do café”.
– Realização do I Congresso Operário Brasileiro, de tendência anarcossindicalista.
	
A conjuntura da Primeira Guerra
Mundial (1914-18) contribuiu para o robustecimento de uma tendência industrializante, que marcava o País desde o início do século. Surgiram
novas indústrias e reorganizaram-se
as já existentes. A partir dessa época, São Paulo passou a ter mais estabelecimentos industriais do que
o Rio de Janeiro.
	1906/09
	- Presidência de Afonso Pena.
	
	1907
	– Lei de Repressão ao Anarquismo, autorizando a deportação de estrangeiros ligados ao movimento operário.
	
	1908
	– Início da imigração japonesa para o Brasil.
	
	1909
	– Morte de Afonso Pena. O vice Nilo Peçanha assume a Presidência. – Candidatura presidencial do marechal Hermes da Fonseca (nascido no Rio Grande do Sul) e quebra da “Política do Café-com-Leite”. – Campanha Civilista (candidatura presidencial oposicionista de Rui Barbosa, apoiada por São Paulo).
	
	 
	
A Semana de Arte Moderna foi um marco na História da cultura brasileira. Foi aplaudida e duramente criticada, mas deixou a semente renovadora da produção cultural nacional. O ano de 1922 foi pródigo em ocorrências inovadoras: modernismo, tenentismo e a criação do Partido Comunista do Brasil.
	
O Sol Poente, de Tarsila do Amaral, é o exemplo de um contexto de mudanças no panorama das artes plásticas do Brasil.
	
A Revolta do Forte de Copacabana (5/7/1922) marcou o surgimento do tenentismo como movimento armado. Ao episódio dos “18 do Forte”, seguiram-se a Revolução de 1924 (São Paulo) e a Coluna Prestes, entre 1924 e 1927. 
	1910
	– Criação do Serviço de Proteção ao Índio (atual FUNAI), chefiado pelo então major Cândido Rondon.
– Primeiras eleições presidenciais competitivas do Brasil. Vitória do marechal Hermes. 
– Revolta da Chibata, reivindicando melhores condições para os marinheiros da Armada.
	1911
	– Início da “Política das Salvações” (intervenção federal nos estados, contra as oligarquias locais; inspirada pelo senador gaúcho Pinheiro Machado).
	1912/15
	– Campanha do Contestado: destruição, pelo Exército, dos núcleos messiânicos instalados na região da divisa entre Paraná e Santa Catarina.
	1914/18
	– Presidência de Venceslau Brás, apoiado pela reconstituída “Política do Café-com-Leite”. Surto industrial no Brasil, graças à queda das importações durante a Primeira Guerra Mundial.
	1917
	– Greve geral em São Paulo, de inspiração anarcossindicalista.
	1918
	– Rodrigues Alves é eleito presidente da República pela segunda vez, mas não chega a tomar posse, por motivo de doença, vindo a falecer no ano seguinte. É empossado o vice Delfim Moreira.
	1919
	– Nova eleição presidencial. Para completar o quadriênio, é eleito o paraibano Epitácio Pessoa, apoiado pela “Política do Café-com-Leite”.
	1922
	– Semana de Arte Moderna em São Paulo.
– Eleição presidencial competitiva: vitória do mineiro Artur Bernardes contra Nilo Peçanha, candidato da “Reação Republicana” (aliança dos quatro “estados médios” – Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco).
– Fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), impropriamente conhecido como “Partido Comunista Brasileiro” (denominação oficializada somente no final dos anos 50).
– Revolta dos 18 do Forte de Copacabana: primeira manifestação do movimento tenentista.
	1922/26
	– Presidência de Artur Bernardes, transcorrida em grande parte sob estado de sítio.
	1923
	– Promulgação da Lei de Imprensa, apelidada pela oposição de “Lei Celerada” (isto é, criminosa), por cercear a liberdade dos jornais.
	1924
	– Revolução em São Paulo, dentro do movimento tenentista, chefiada pelo general Isidoro Dias Lopes. Concomitantemente, eclode um levante militar em Alegrete (RS). Vencidos em seus pontos de origem, os revolucionários se unem no Paraná para formar a “Coluna Prestes”.
	
Na campanha presidencial, visando às eleições de 1930, a Aliança Liberal apresentava um programa mínimo, incorporando as mais variadas reivindicações, como a moralização do processo político-eleitoral, voto secreto, estímulo à produção diversificada, garantias de trabalho e outras. Com isso, contou com o apoio dos setores médios e urbanos, e da incipiente burguesia industrial.
	1924/27
	– Coluna Prestes, comandada por Miguel Costa e tendo Luís Carlos Prestes como chefe de estado-maior. Auge do tenentismo. Depois de percorrer milhares de quilômetros pelo interior do País, os remanescentes refugiamse
na Bolívia.
	
	1926
	– Uma dissidência no PRP dá origem, em São Paulo, ao Partido
Democrático.
	
	1926/30
	– Presidência de Washington Luís.
	
	1927
	– O Rio Grande do Norte é o primeiro Estado a instituir o sufrágio
feminino.
	
	1928
	– Visando conseguir a estabilização financeira do País, o governo federal
deixa de comprar excedentes da produção cafeeira.
	
	1929
	– Washington Luís lança a candidatura do paulista Júlio Prestes à sucessão presidencial, quebrando a “Política do Café-com-Leite”.
– As oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, mais o Partido Democrático de São Paulo, formam a “Aliança Liberal”, tendo Getúlio Vargas e João Pessoa como candidatos, respectivamente, a residente da República e vice.
– A Crise de 29 e seus desdobramentos agravam a situação do café brasileiro, já abalada por sucessivas grandes safras.
	
	1930
	– Vitória de Júlio Prestes na eleição presidencial. No exílio, Luís Carlos
Prestes anuncia sua ruptura com o tenentismo e adesão ao comunismo.
– João Pessoa é assassinado e a oposição acusa Washington Luís de
mandante do crime.
– Iniciando-se no Rio Grande do Sul e no Nordeste, irrompe a Revolução de 30, que engloba oligarquias dissidentes, tenentes e classe média. Washington Luís é deposto por uma Junta Militar Pacificadora e exilado, juntamente com Júlio Prestes. A Junta entrega o poder a Getúlio Vargas. Fim da Primeira República (ou República das Oligarquias) e início da Era Vargas.
	1930/34
	– Fase do Governo Provisório, dentro da Era Vargas. Vargas suspende a Constituição de 1891, dissolve o Congresso Nacional e designa interventores para administrar os estados que não fizeram parte da Aliança Liberal.
	
Visando à retomada da hegemonia política e lutando pela recuperação da autonomia cerceada pela centralização getulista, a oligarquia paulista levantou-se em armas na Revolução Constitucionalista de 1932.
	1931
	– Criação dos ministérios do Trabalho, Indústria e Comércio e da Educação e Saúde.
– Queima dos excedentes do café e redução da área dos cafezais, com vistas a elevar o preço do produto. O governo passa a incentivar a diversificação da economia brasileira.
– Início do populismo, com as primeiras medidas trabalhistas: jornada de oito horas, férias anuais e descanso semanal remunerado.
– Legalização dos sindicatos, subordinados ao Ministériodo Trabalho, Indústria e Comércio. Início do “peleguismo” (controle dos sindicatos por líderes ligados ao governo).
	
	1932
	– Em São Paulo, o PRP e o Partido Democrático formam contra Vargas a “Frente Única
Paulista”.
– Revolução Constitucionalista de São Paulo: movimento armado com o objetivo de
apressar a reconstitucionalização do País (na verdade, uma tentativa da oligarquia paulista
de retomar o poder).
– Fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), partido de orientação fascista chefiado por
Plínio Salgado.
	
Além de serem alijados do golpe de 10 de novembro, os integralistas também foram surpreendidos pelo decreto de 7 de dezembro de 1937, que suprimia os partidos políticos e proibia a ostentação de uniformes, bandeiras, cartazes e outros adereços que não fossem os símbolos nacionais. Com isso, o movimento se inviabilizou, restando aos “camisas-verdes” a tentativa de golpe de maio de 1938.
	1933
	– Instalação de uma Assembléia Constituinte, eleita por voto secreto e com participação do eleitorado feminino.
	
	1934
	– Promulgação de uma nova Constituição, que incorpora a legislação trabalhista e os recentes aperfeiçoamentos eleitorais; criação dos “deputados classistas” (20% do total).
– Vargas é eleito indiretamente para a Presidência da República, com um mandato de quatro anos.
	
	1934/37
	– Fase do Governo Constitucional, dentro da Era Vargas.
	
	1935
	– Criação da Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente antifascista nucleada pelo PCB e dirigida por Luís Carlos Prestes, recém-chegado da URSS.
– Aumentam os choques de rua entre aliancistas e camisas-verdes (integralistas).
– O governo determina o fechamento da ANL.
– Intentona Comunista (principais focos revoltosos: dois quartéis no Rio de Janeiro). Forte repressão governamental e prisão de praticamente toda a cúpula omunista.
	
	1937
	– Campanha sucessória presidencial.
– Divulgação, pelo governo, do “Plano Cohen” (projeto de insurreição comunista forjado por um oficial do Exército).
– Golpe de Estado de Vargas, com apoio das Forças Armadas e da maior parte dos setores conservadores. Dissolução do Congresso Nacional e outorga de uma Constituição autoritária (a “Polaca”).
	1937/45
	– Fase do Estado Novo, dentro da Era Vargas. Os partidos políticos são extintos e não mais se realizam eleições. Instaura-se uma ditadura e os estados voltam a ser governados por interventores nomeados.
	1938
	– Criação do Conselho Nacional do Petróleo, dentro do intervencionismo econômico de orientação nacionalista
característico da Era Vargas
–“Putsch” (tentativa de golpe) Integralista. Desarticulação da extrema direita brasileira.
	 
	
Para garantir a presença do Estado getulista no conjunto das forças que lutavam contra as ditaduras nazifascistas, Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, chegou a visitar o ditador brasileiro. A partir disso, o Brasil entrou na guerra e o Nordeste passou a sediar as bases que permitiriam a chegada de recursos aos Aliados na grande ofensiva do Norte da África. Em troca, viriam os milhões de dólares que garantiriam a instalação da Usina Siderúrgica de Volta Redonda.
	1939
	– Elaboração de um Plano Qüinqüenal que enfatiza o estímulo à atividade industrial, dentro da “política de substituição das importações” implementada por Vargas.
	
A manipulação das massas urbanas de cima para baixo, a partir dos seus próprios anseios, foi a marca predominante da política populista. Para a eficácia desse processo, contava-se com os atributos pessoais do líder, como o carisma e o discurso pleno de demagogia em que eram incorporados jargões como “bem-estar social”, “paz social” e outros, de ampla aceitação popular.
	1940
	– Elaboração do Plano Siderúrgico Nacional, dentro do projeto varguista
de implantar as “indústrias de base” no Brasil.
– Instituição do salário-mínimo, já previsto na Constituição de 1934.
	
	1941
	– Criação da Companhia Siderúrgica Nacional e início da construção da Usina Siderúrgica de Volta Redonda, com empréstimos e apoio tecnológico dos Estados Unidos.
	
	1942
	– Devido ao torpedeamento de navios brasileiros em nosso litoral, o Brasil declara guerra à Alemanha e Itália (a declaração de guerra ao Japão, terceiro membro do Eixo, é de 1944).
	
	1943
	– Entra em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho, código trabalhista inspirado na “Carta del Lavoro” da Itália Fascista.
– “Manifesto dos Mineiros” em prol da redemocratização do Brasil.
	
	1944/45
	– Participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB), do Exército, e de um destacamento da Força Aérea na luta contra os alemães na Itália. Principal vitória brasileira: Monte Castelo.
	1945
	– Diante da crescente pressão interna e também por causa do enfraquecimento das ideologias de extrema-direita, Vargas adota medidas liberalizantes: afrouxamento da censura, libertação dos presos políticos, permissão para o funcionamento de partidos e fixação de eleições presidenciais para o dia 2 de dezembro.
– A União Democrática Nacional (UDN) lança a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República.
– O Partido Social Democrático (PSD) lança a candidatura presidencial do general Eurico Gaspar Dutra.
– O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), apoiado pelo PCB, inicia a Campanha Queremista (“Queremos Getúlio!”).
– Vargas é deposto por um golpe militar. José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, assume interinamente a Presidência da República. Fim da Era Vargas.
– Eleições para presidente e também para o Congresso Constituinte, vitória do general Dutra, com o apoio expresso de Vargas. Forma-se a aliança PSD–PTB, que predominará na política brasileira até 1964.
	1946/64
	– REPÚBLICA POPULISTA.
	1946
	– Posse de Dutra na Presidência.
	1946
	– Posse de Dutra na Presidência.
– Redemocratização do País, com a promulgação de uma nova Constituição, semelhante à de 1934 (principais diferenças: mandato presidencial de cinco anos, inexistência de deputados classistas e restabelecimento do cargo de vice-presidente da República, a quem cabe presidir o Senado).
	
A construção de Brasília foi a última das metas a ser incluída no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek de Oliveira. Sua justificativa: a construção da cidade, que passaria a ser a nova capital do País, seria o principal pólo de uma arrojada proposta de interiorização.
	1947
	– Cassação do PCB e ruptura de relações diplomáticas com a URSS, dentro da política de alinhamento do Brasil com os Estados Unidos (contexto internacional: “Guerra Fria“).
	
	1949
	– Diante da crise provocada pela liberalização da economia (excessiva importação de supérfluos), o governo Dutra volta ao intervencionismo e elabora o Plano SALTE.
	
	1950
	– Eleição de Getúlio Vargas para a Presidência da República (posse no
ano seguinte).
	
	1951
	– Decreto presidencial impondo o limite de 10% anuais para a remessa de lucros de empresas estrangeiras instaladas no País.
	1953
	– Criação da Petrobras, empresa estatal com monopólio sobre a prospecção, extração e refinação de petróleo no Brasil, respeitando-se as refinarias já em funcionamento no País.
	1954
	– Elevação do salário-mínimo em 100%.
– Campanha do jornalista Carlos Lacerda, filiado à UDN e diretor da Tribuna da Imprensa, do Rio de Janeiro, contra a administração de Vargas.
– Atentado contra Carlos Lacerda e morte do oficial da Aeronáutica que o acompanhava.
– Pressão militar para a renúncia de Vargas, que se suicida.
– O vice Café Filho assume a Presidência da República.
	1955
	– Instrução 113 da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito, antecessora do Banco Central), considerando como capital os equipamentos importados por empresas estrangeiras para suas fábricas no Brasil.
– Eleição da chapa Juscelino Kubitschek (PSD)–João Goulart (PTB) para presidente da República e vice.
– A UDN e setores militares (sobretudo da Aeronáutica e da Marinha) manifestam-se contra a posse de JK.
– Café Filho licencia-se porenfermidade e seu substituto interino, Carlos Luz (presidente da Câmara dos Deputados), é deposto pelo general Teixeira Lott, favorável à posse de JK.
– O vice-presidente do Senado, Nereu Ramos, assume a Presidência interinamente, nela permanecendo até à posse de Juscelino.
– O Congresso aprova o impeachment do presidente Café Filho.
	1956/61
	– Presidência de Juscelino Kubitschek, que procura pôr em prática um Plano de Metas de sua autoria. Desenvolvimentismo e abertura do País às multinacionais.
	1956
	– Criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística.
	1958
	– Luís Carlos Prestes, na clandestinidade desde 1948, ressurge em público, evidenciando a crescente participação dos comunistas na vida política (infiltrados em outros partidos ou agindo abertamente como tais).
	1959
	– O Brasil rompe com o FMI.
– Criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).
– A inflação atinge o índice de 39,5% ao ano.
	
A renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, deu início a um dos períodos mais tumultuados da História do Brasil Contemporâneo. Os acontecimentos que se seguiram ao surpreendente ato de Jânio Quadros apontavam para uma crise muito mais profunda: a da República Populista.
	1960
	– Inauguração de Brasília.
– Inauguração da Rodovia Belém–Brasília.
	
	1961
	– Jânio Quadros, eleito pelas oposições, toma posse na Presidência. O vice-presidente é João Goulart, do PTB (na época, a eleição para presidente e vice não era vinculada).
– Supressão dos subsídios concedidos por JK às importações de trigo e de petróleo. O Brasil reata relações com o FMI.
– “Política externa independente” em relação aos Estados Unidos: o Brasil vota contra a expulsão de Cuba da OEA e Jânio condecora o
ministro cubano “Che” Guevara.
– Crescente oposição conservadora (líder: Carlos Lacerda) e renúncia de Jânio Quadros.
– Crise institucional. A cúpula das Forças Armadas se opõe à posse do vice João Goulart na Presidência. Solução de compromisso: Ato Adicional à Constituição de 1946, instituindo o sistema parlamentarista.
– Posse de João Goulart (“Jango”).
	
	1963
	– Referendo restabelece o sistema presidencialista.
– Crescente esquerdização do governo Goulart. Jango propõe as “Reformas de Base” (agrária, bancária, administrativa, universitária e das Forças Armadas).
	
No célebre comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro (13/3/1964), Jango discursou para dezenas de
milhares de participantes; em tom de desafio, o residente assumia o compromisso público de realizar as Reformas de Base. Com isso, despertou o temor dos setores conservadores e criou as condições para o golpe militar de 31 de março.
	1964
	– Golpe militar, apoiado pelos setores conservadores da vida política e da sociedade civil, contra João Goulart, que foge do País. O Congresso elege o marechal Humberto Castelo Branco presidente
da República. Antes da eleição de Castelo Branco, o “Alto Comando da Revolução” põe em vigor o Ato Institucional nº 1, que autoriza o governo a cassar mandatos e suspender direitos políticos por dez anos. Fim da REPÚBLICA POPULISTA e início dos GOVERNOS MILITARES (1964/85).
	
Governos Militares (Regime Autoritário)
	1965
	– Cassação de inúmeros líderes políticos, sindicais e estudantis, com destaque para João Goulart, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e Leonel Brizola.
– Queda da inflação, que no final do governo Goulart alcançara o índice de 100% ao ano.
– Após a vitória de candidatos da oposição para os governos estaduais da Guanabara, Minas Gerais e Goiás, o presidente Castelo Branco edita o Ato Institucional nº 2, que extingue os partidos políticos existentes e institui o bipartidarismo, consubstanciado na ARENA (partido da situação) e MDB (partido da oposição).
	1966
	– Em fevereiro, Castelo Branco edita o Ato Institucional nº 3 (eleições indiretas para os governos estaduais) e em dezembro, o Ato Institucional nº 4 (convocação extraordinária do Congresso para aprovar um novo projeto constitucional).
	1967
	– Janeiro: o Congresso Nacional promulga nova Constituição, de acordo com o projeto constitucional encaminhado pelo governo. Carlos Marighella forma a Aliança Libertadora Nacional, organização clandestina voltada para a luta armada contra o governo.
– Março: o Congresso aprova a Lei de Seguranca Nacional. O segundo presidente militar, marechal Costa e Silva, assume o governo.
– Setembro: Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek lideram a formação de uma “Frente Ampla” – com adesão de João Goulart, exilado no Uruguai – exigindo anistia, uma Assembléia Constituinte e eleições diretas.
	1968
	– Manifestações de rua reúnem milhares de pessoas contra o regime militar.
– Morte do estudante Edson Luís, de cujo enterro, no Rio de Janeiro, participam dezenas de milhares de pessoas.
– O deputado Márcio Moreira Alves (do MDB) pronuncia um discurso considerado injurioso às Forças Armadas. A Câmara dos Deputados nega autorização para que o parlamentar seja processado.
– Dezembro: o governo edita o Ato Institucional nº5, que concede ao presidente da República poderes excepcionais por tempo indeterminado.
	1969
	– Agosto: o presidente Costa e Silva sofre um enfarte. O vice-presidente Pedro Aleixo (civil) é impedido de assumir a Presidência. O governo passa a ser exercido, interinamente, por uma junta formada pelos três ministros militares.
– Outubro: a cúpula militar escolhe para presidente o general Emílio Garrastazu Médici, com mandato de cinco anos. Para combater a luta armada contra o governo, é criada em São Paulo a Operação Bandeirante (OBAN).
	1970
	– Maio: a OBAN dá origem ao DOI-CODI (Departamento de Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) – aparelho repressivo organizado pelos militares, com apoio das polícias estaduais.
– Julho: o Brasil ganha o tricampeonato mundial de futebol.
– Novembro: a ARENA vence as eleições legislativas; entretanto, os votos nulos e brancos alcançam a marca de 30%.
	1971
	– Morte de Carlos Lamarca, que organizara uma guerrilha rural no Vale do Ribeira (SP).
	1972
	– Auge do “Milagre Brasileiro”.
	1973
	– Na cúpula das Forças Armadas, os “castelistas” conseguem lançar a candidatura do general Ernesto Geisel à
Presidência, contra os desejos da chamada “linha dura”.
– Fim da guerrilha do Araguaia, último episódio da luta armada contra o regime militar.
	1974
	– Março: o general Ernesto Geisel assume a Presidência da República. Em seu governo, tem início a abertura política, que o próprio Geisel define como “lenta, gradual e segura”.
– Novembro: eleições para as Assembléias Legislativas Estaduais e para o Congresso Nacional, com o MDB obtendo expressiva votação.
	1975
	– Apesar de um certo abrandamento da censura à imprensa, ocorrem inúmeras prisões de elementos considerados subversivos. O jornalista Vladimir Herzog é morto sob tortura nas dependências do DOI-CODI de São Paulo.
	1976
	– Janeiro: morre no DOI-CODI de São Paulo o operário Manuel Fiel Filho; o presidente Geisel afasta o comandante do II Exército.
– O ministro da Justiça, Armando Falcão, põe em vigor a determinação conhecida como “Lei Falcão”, que limita o acesso dos candidatos ao rádio e à televisão durante a campanha eleitoral.
	
O movimento das Diretas-Já congregou todos os segmentos da sociedade civil, numa das maiores campanhas da nossa História. A esperança da maioria da população morreria no Congresso Nacional, onde a Emenda Dante de Oliveira foi derrotada; restava, apenas, a eleição indireta no Colégio Eleitoral.
	1977
	– Geisel destitui o general Sílvio Frota, ministro do Exército e principal representante da “linha dura”. Entrada em vigor do “Pacote de Abril”, que estabelece um mandato de seis anos para o próximo presidente da República e cria os “senadores biônicos” (eleitos por voto indireto, em número de um senador por estado).
	
	1978
	– Maio: greve dos metalúrgicos do ABC, na Grande São Paulo.
– Outubro: extinção (mas não revogação) do Ato Institucionalnº 5.
	
	1979
	– Março: o general João Batista Figueiredo assume a Presidência da
República. Nova greve dos metalúrgicos do ABC mobiliza 180.000 operários.
– Agosto: o projeto de anistia política é aprovado pelo Congresso.
– Reforma partidária e extinção da ARENA e do MDB.
	
	1980
	– Libertação dos presos políticos e autorização para os exilados retornarem ao País.
	
	1981
	– O governo restabelece eleições diretas para os cargos do Executivo, exceto para presidente da República e prefeitos das capitais e áreas de segurança nacional.
– Abril: 330 mil operários param durante 41 dias, enfrentando violenta repressão. Luís Inácio da Silva (Lula) se destaca como principal líder sindical.
	
	1982
	– Eleições diretas para governador, suspensas desde 1966.
	1983
	– Surge a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
	1984
	– Campanha das “Diretas-Já” reúne multidões nas principais capitais do País;
mas a emenda Dante de Oliveira, que as instituiria, é rejeitada no Congresso.
Nova República (a partir de 1985)
	1985
	– Janeiro: em eleições indiretas para a Presidência da República, o candidato oposicionista Tancredo Neves derrota o
situacionista Paulo Maluf.
– Março: na véspera de sua posse, Tancredo Neves é hospitalizado. O vice José Sarney é empossado interinamente na
Presidência da República. Fim dos GOVERNOS MILITARES e início da NOVA REPÚBLICA. Em 21 de abril, é
anunciada a morte de Tancredo Neves.
	1986
	– O presidente Sarney lança o “Plano Cruzado”, numa tentativa de estabilizar a economia.
	1987
	– Instala-se o Congresso Constituinte, presidido pelo deputado Ulysses Guimarães.
	1988
	– O Congresso promulga a nova Constituição.
– Dezembro: Chico Mendes, seringueiro e ecologista, é assassinado no Acre.
	1989
	– Realizações das primeiras eleições presidenciais diretas após o golpe de 1964. No segundo turno, é eleito Fernando
Collor de Melo, do PRN, derrotando Luís Inácio Lula da Silva, do PT.
	1990
	– Posse de Fernando Collor de Melo. Implantação do “Plano Collor”, que muda a moeda em vigor e retém, por 24 meses, depósitos feitos em contas-correntes ou em poupanças.
	1991
	– Escândalos sucessivos abalam o governo Collor. A inflação retoma seu
processo ascensional.
	
Durante o ano de 1992, o povo foi para as ruas em protesto contra os desmandos do governo Collor de Mello. Para não sofrer o impeachment, o presidente renunciou; a campanha popular assinalaria, também, o aparecimento de um novo personagem: os “caraspintadas”.
	1992
	– Setembro: Fernando Collor renuncia à Presidência pouco antes de sofrer impeachment pelo Congresso, que o declara inelegível por oito anos. O vice-presidente, Itamar Franco, torna-se presidente efetivo.
	
	1993
	– Plebiscito mantém a forma de governo republicana e o sistema
presidencialista, contra a forma monárquica e o sistema parlamentarista.
	
	1994
	– Março: o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, anuncia um novo plano econômico, denominado Plano Real. Preliminarmente, entra em vigor uma unidade monetária virtual: a URV (Unidade Referencial de Valor), que altera diariamente o valor da moeda corrente (cruzado novo).
– Julho: entra em vigor uma nova moeda: o real. Interrupção do processo inflacionário.
– Outubro: eleições para presidente da República, Fernando Henrique Cardoso vence no primeiro turno.
	
	1995
	– Janeiro: posse de Fernando Henrique Cardoso, que prioriza a consolidação da nova moeda e o esforço para impedir a volta da inflação. Nascimento do MERCOSUL.
	1996
	– Eliminação progressiva das medidas comerciais protecionistas, com a tarifa alfandegária máxima caindo de 105% para 32%.
	1997
	– O Congresso aprova emenda constitucional permitindo a reeleição para a chefia do Executivo em nível nacional, estadual e municipal.
	1998
	– Reeleição de Fernando Henrique Cardoso, vencedor no primeiro turno das eleições presidenciais.
	1999
	– Janeiro: Fernando Henrique Cardoso inicia seu segundo mandato presidencial. No mesmo mês, o Banco Central põe fim à “âncora cambial” (manutenção do dólar norte-americano em um patamar cambial artificialmente baixo).
	2000
	– A crise econômica da Argentina e a desaceleração global abalam a economia brasileira.
	2001
	– O desemprego mantém-se em patamares elevados.
– Julho: racionamento na distribuição de energia elétrica que dura vários meses.
	2002
	– Vitória do candidato oposicionista Luís Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República, mas os partidos situacionistas (PMDB, PSDB e PFL) conservam a maioria dos governos estaduais. Antes das eleições, forte desvalorização do real em relação ao dólar.
	2003
	– Janeiro: posse de Luís Inácio Lula da Silva na Presidência da República. O novo governo mantém a política econômica de seu antecessor: controle da inflação por meio de juros altos, fiscalismo e busca de um elevado superávit primário.
Primeiras conseqüências: redução dos índices inflacionários e recuo do câmbio do dólar, mas também aumento do desemprego, perda de poder aquisitivo pela população e diminuição das atividades econômicas. Os projetos sociais da campanha eleitoral, sobretudo o Fome Zero, não decolam.
– Maio: o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) intensifica a invasão de propriedades, sobretudo no RS. A resistência dos fazendeiros aumenta a tensão social no campo.
– Agosto: explosão de um Veículo Lançador de Satélites (VLS) na Base de Alcântara (MA), matando 21 técnicos, compromete o programa espacial brasileiro.
– Morre em Bagdá (Iraque), vítima de um atentado terrorista, o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Melo, chefe da missão humanitária da ONU naquele país e que já se destacara em Kossovo e em Timor Leste, dirigindo atividades similares.
– A Câmara dos Deputados aprova em primeira votação o projeto de reforma da Previdência apresentado pelo governo: fixação de limites para as aposentadorias (com favorecimento dos membros do Judiciário) e extensão da cobrança de contribuição previdenciária aos aposentados.
– Setembro: a Câmara dos Deputados aprova em primeira votação o projeto de reforma tributária, abrindo espaço para um aumento da carga fiscal sobre pessoas físicas e jurídicas.
– Dezembro: o presidente Lula discursa na Assembléia Geral da ONU propondo a criação de um fundo mundial de combate à fome.
	2004
	– É criado o Ministério da Coordenação Política, esvaziando parte das funções do ministro-chefe da Casa Civil. Saldo favorável recorde na balança comercial do País. Crescimento do PIB: 5,2%.
	2005
	– Abril: recorde na arrecadação de tributos pela Receita Federal.
– Maio: a taxa básica de juros, que no começo do governo Lula era de 26,5% ao ano e caíra depois a 16%, atinge 19,75%,
permanecendo a mais alta do mundo.
– A cotação do dólar cai a R$ 2,37.
– Uma série de denúncias de corrupção prejudica a imagem do Congresso Nacional.
– Novembro: após pedir demissão do cargo de ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, considerado o homem-forte do governo Lula, tem o mandato de deputado federal cassado.
	2006
	– Março: Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, passa oito dias no espaço como participante em uma missão russa.
– Novo recorde na arrecadação de impostos pelo governo federal.
– Julho/Agosto: a cotação do dólar se mantém estável, em torno de R$ 2,13.
– A taxa de juros cai, mas continua sendo a mais alta do mundo.
– Novas denúncias de corrupção envolvem praticamente um quarto da Câmara dos Deputados.
HISTÓRIA do Brasil: síntese cronológica. Disponível em: http://www.objetivo.br/portal/frm_conteudo.aspx?codConteudo=85&tituloanterior=Roteiros+para+Estudo> Acesso em: 13 ago. 2009.

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