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Desenvolvimento de algoritmo – Tipos de dados II SST Pereira, Fernanda Helena Rosa Desenvolvimento de algoritmo – Tipos de dados II / Fernanda Helena Rosa Pereira Ano: 2020 nº de p.: 10 Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados. Desenvolvimento de algoritmo – Tipos de dados II 3 Apresentação Nessa unidade, abordaremos o desenvolvimento de algoritmos, aprofundando as temáticas da declaração de variáveis, que é necessária pois são armazenarão as informações para execução do algoritmo. Para tal, não existe uma regra rígida para elas, tão pouco, limite de número de variáveis de um algoritmo. Também iremos abordar a estrutura do algoritmo: identificação do algoritmo, declaração do algoritmo e corpo do algoritmo. Outro assunto discutido nessa unidade é quanto ao problema ao montar o algoritmo, que leva em consideração a entrada de dados, o processamento de dados e a saída de dados. Declaração de variáveis Para se desenvolver um algoritmo, inicialmente, é necessário analisar o problema. Derivada da análise lógica, a primeira ação é declarar as variáveis. As variáveis possuem um tipo e são elas que armazenarão as informações necessárias. Não existe um limite para o número de variáveis de um algoritmo nem uma regra rígida; se você enxergar que precisa de mais variáveis, declare-as corretamente, e as utilize como achar necessário. (CORMEN et al., 2012) 4 Observe a seguir um algoritmo no formato pseudocódigo: Algoritmo no formato pseudocódigo Fonte: Elaborada pela autora (2018). A estrutura de qualquer algoritmo é dividida em três partes: Identificação do algoritmo: Identificar o algoritmo com um nome semântico, indicando o que ele é proposto a fazer, como “Dados_Cadastrais”, por exemplo. Para dar o nome ao algoritmo, não utilizamos espaço entre uma palavra e outra (as palavras podem ficar todas juntas), e pode ser usado o “_” (underline) ou “-” (hífen), mas cuidado: o hífen pode ser interpretado como operador aritmético de subtração em algumas linguagens; 5 Declaração do algoritmo Declaramos as variáveis que vão ser utilizadas, dando um nome à variável e indicando qual é o tipo que ela aceitará (inteiro, real, texto, lógico). Tendo sido declarado o tipo, só serão aceitas variáveis daquele tipo; caso seja inserido um valor de tipo diferente à variável, ela apresentará um erro de sintaxe; Corpo do algoritmo Escrevemos toda a lógica de programação que fará seu algoritmo funcionar. No exemplo anterior (Figura), foi utilizada a função Escreva e Leia: o “Escreva” mostrará o Texto na Tela para o usuário saber o que ele deve digitar; e o “Leia” pegará o texto digitado pelo usuário e o armazenará na variável. (FORBELLONE; EBERSPÄCHER, 2005) Esses três itens são a sequência para a elaboração de um algoritmo. Tal ordem deverá ser sempre seguida, conforme foi mostrado. Os algoritmos são elaborados dessa forma, pois eles “imitam” como estaria escrito em uma linguagem de programação, em um compilador, ou seja, sempre imagine que você está desenvolvendo um código em pseudocódigo, mas ele tem que funcionar, caso você o transcreva para uma linguagem de programação. (RITA, 2009) Veja na figura a seguir como apareceria na tela do computador o resultado do nosso primeiro exemplo de algoritmo, caso fosse transcrito para uma linguagem de programação: Resolução de um algoritmo em um sistema Fonte: Elaborada pela autora (2018). 6 Problemas ao montar um algoritmo Para se montar um algoritmo, inicialmente, podemos pegar o problema e dividi-lo em três partes: Entrada de dados: são os dados que serão inseridas pelo usuário para serem utilizadas dentro do algoritmo, a fim de chegar à sua solução. Seguindo o algoritmo anterior (Figura), as informações de entrada serão: Nome, Idade e Salário; Processamento de dados: são os procedimentos utilizados para conseguir atingir o resultado final, como: funções, somas, subtrações e toda a lógica do sistema. No exemplo do algoritmo anterior (Figura), não existe processamento; mas, caso fizéssemos alguma operação com esses dados, ele seria considerado como processamento de dados; Saída de dados: são os dados expostos ao usuário, após seu processamento. Por exemplo, o resultado de uma equação onde se obtém a média de notas de uma sala. No exemplo do algoritmo anterior (Figura), as a saídas de dados serão as mesmas que as entradas, no caso: Nomes, Idade e Salário. Declaração de variáveis e constantes Já sabemos o que é uma variável, os seus tipos e o que é uma constante. Será seguido o exemplo do algoritmo anterior, porém, agora, utilizando uma variável constante. Note que, neste algoritmo, haverá uma pequena diferença: 7 Algoritmo no formato pseudocódigo com variável constante Fonte: Elaborada pela autora (2018). Na declaração de variáveis, foi declarada uma variável do tipo “real”, com um valor de “10.00”; quando se atribui um valor para uma variável, dentro da “declaração de variáveis”, significa que o valor dessa variável, “desc_salario”, nunca mudará, ou seja, será constante, sempre no valor de “10.00”. Ao contrário do que usamos ao escrever um valor do tipo real no papel que é a utilização de vírgula para separação de milhares, nas linguagens de programação em sua maioria, é utilizado o ponto para esta separação, sendo assim se faz necessário prestar atenção em qual linguagem será desenvolvido seu algoritmo, para que possa usar a conotação correta para a lógica do sistema, porém, isto não impede que, ao mostrar um valor do tipo real ao usuário mesmo seja exibido com separação em vírgulas, a utilização do ponto é dentro do código para a lógica do sistema, como ele será exibido ao usuário fica a seu critério. 8 Veja como sairia, se fosse colocado em um sistema: Resolução de um algoritmo com variável constante em um sistema Fonte: Elaborada pela autora (2018). Nesse exemplo, foi colocada uma operação matemática, para representarmos como é utilizada uma constante. A conta “salario <- salario – des_salario;” faz uma subtração do valor informado pelo usuário do Salário (1000.00), com o valor da constante (10.00) e altera o valor da variável salário para (990.00). Exemplo 9 Fechamento Resumo o que foi estudado aqui, temos que o algoritmo é formado por identificação (nome semântico que ele irá responder), declaração (variáveis que serão usadas) e o corpo do algoritmo, que diz respeito a lógica que o fará funcionar. Também abordamos os possíveis problemas na criação do algoritmo, que também podem ser divididos em três partes: entrada, processamento e saída. 10 Referências CORMEN, T. H. et al. Algoritmos: teoria e prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. FORBELLONE, A. E.; EBERSPÄCHER, H. F. Lógica de programação: a construção de algoritmos e estruturas de dados. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2005. RITA, S. Treinamento em Lógica de Programação: Desenvolva projetos de software com mais eficiência e aprimore códigos e programas já existentes. São Paulo: Digerati Books, 2009.
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