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ESTUDOS DE 
LITERATURA - 
ANÁLISE DA 
NARRATIVA EM SUAS 
DIVERSAS 
MANIFESTAÇÕES
Mariana Terra Teixeira
Narratologia ou teoria da 
narrativa: da literatura 
às telas do cinema
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever a narratologia e seus pressupostos fundamentais.
  Explicar como a narratologia interpreta as narrativas a partir de sua 
estrutura e de suas operações.
  Comparar estratégias narratológicas de interpretação de narrativas 
literárias e cinematográficas.
Introdução
A narratologia é a teoria da narrativa, que busca sistematizar conceitos e 
estratégias de abordagem para análises dos textos narrativos. Os textos 
narrativos são como relatos, histórias contadas para o leitor ou espectador 
que as recebe. A estrutura das narrativas pode ser explorada de diferentes 
maneiras, demonstrando como as narrativas são diferentes entre si. A 
narratologia busca trabalhar sobre o que é comum às diferentes narrativas 
e também sobre as particularidades dos diferentes tipos de narrativa, 
como na análise de uma narrativa cinematográfica, por exemplo. 
Neste capítulo, você vai estudar os elementos que compõem a história 
da narrativa, bem como as operações do discurso utilizadas na interação 
entre quem narra a história e quem a recebe, seja como leitor, espectador 
ou ouvinte.
1 A narratologia e seus pressupostos 
fundamentais
A narratologia, tal como defi nida por Mieke Bal (1977, p. 4), teórica cultural 
holandesa, é “[...] a ciência que procura formular a teoria dos textos narrativos 
na sua narratividade”. Assim, a narratologia, ou teoria da narrativa, é a área 
de estudo que busca explicar o funcionamento dos textos narrativos. Mas o 
que são textos narrativos? Para chegarmos a essa resposta, podemos primeiro 
pensar nas narrativas existentes no mundo, que são inúmeras. O mito, a lenda, 
a fábula, o romance, o conto, a novela, as histórias em quadrinhos, os fi lmes 
cinematográfi cos são todos exemplos de textos narrativos. O conceito de 
texto aqui é entendido como discurso, um exemplo empiricamente atestado 
de linguagem, conforme a defi nição do linguista Émile Benveniste (1995): o 
discurso é expressão da língua como instrumento de comunicação. Então, o 
que todos esses textos têm em comum que os torna textos narrativos? A sua 
narratividade e a sua forma de veiculação da informação, da história, entre 
quem conta a história e quem a lê, ouve ou vê.
Todos esses textos narrativos citados fazem parte da tipologia textual 
narrativa, que tem características discursivas bem marcantes. Nas narra-
tivas, necessariamente transmite-se uma mensagem, que está inserida em 
um tempo específico, elaborada de modo que o receptor consiga entendê-la. 
Essa mensagem possui um estado inicial e progride até o desfecho, ainda 
que nem todas as narrativas comecem de forma cronológica pelo primeiro 
acontecimento. Algumas narrativas são feitas in media res, isto é, começam 
pelo meio da história, por um acontecimento importante, como a morte de 
alguém, e o narrador volta ao início de tudo, quando o personagem ainda não 
havia morrido, para contar como a história se desenrolou.
A mensagem do texto narrativo é emitida pelo narrador, que conta a his-
tória, e captada pelo receptor do texto, o narratário, mas só é compreendida e 
interpretada pelo leitor real, a pessoa que faz a interpretação dessa mensagem 
olhando o todo: o que foi enunciado e como foi enunciado. A narratologia, 
então, é a teoria que busca sistematizar as técnicas, os métodos e os modos de 
transmissão e recepção dos textos narrativos, e busca explicar teoricamente as 
maneiras como nós, receptores, entendemos narrativas literárias e não literárias. 
Segundo Reis e Lopes (1988), a narratologia não se limita à análise de textos 
narrativos literários, pois estuda a narrativa de um modo geral, englobando a 
análise de textos narrativos não literários, ainda que os textos literários tenham 
sido privilegiados ao longo da construção da teoria da narrativa. 
Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema2
A teoria literária há um bom tempo vem tentando distinguir o que torna um texto 
literário e o que torna outros textos não literários. Uma proposta até hoje discutida foi 
formulada por um grupo de estudiosos conhecidos como formalistas russos. Um desses 
teóricos foi o linguista russo-americano Roman Jakobson (1921), o qual argumentava 
que existiria algo nesses textos, como sua linguagem, que os faria serem vistos como 
literatura, como arte, diferentemente de outros tipos de discursos. Para Jakobson, os 
textos literários são textos, ou discursos, que têm a literariedade como característica, 
como, a narrativa literária. Normalmente, são estudados em sua forma escrita (apesar 
da literatura também poder ser desenvolvida oralmente) e têm uma estética definida. 
Assim, a literariedade, para esse teórico, distingue textos não literários comuns de 
textos pertencentes à literatura. A literatura, além disso, partiria da realidade para criar 
outros mundos, que podem ser fictícios ou fantásticos, utilizando-se dessa linguagem 
literária para gerar outras formas de ver a experiência humana. 
Além da ficcionalidade, outra característica primordial da linguagem 
literária é estética, preocupada com efeitos de sentido. Ela é selecionada pelo 
autor, que pode utilizar metáforas e outras figuras de linguagem, e pode ter 
como um de seus objetivos a fruição do texto pelo leitor. Apesar de poderem 
ser de ficção e sobre mundos alternativos, inventados, as obras literárias 
precisam ter verossimilhança. Não necessariamente o que está sendo contado, 
declamado ou lido necessita existir no mundo real, mas a história inventada 
requer verossimilhança, isto é, lógica interna: o que ocorre no interior da 
história deve fazer sentido naquele mundo interno ao texto. 
Em resumo, a narrativa literária é um tipo de texto específico que faz 
parte do conjunto de textos literários. Aqui, o termo texto é entendido como 
discurso, segundo Bakhtin (1992, p. 279): “[...] tipos relativamente estáveis de 
enunciados produzidos nas diferentes esferas da atividade humana”. Assim, 
um texto, seja literário ou não, é entendido como uma maneira pela qual a 
linguagem pode ser posta em prática nas relações humanas. Ambos tipos 
de textos, literários e não literários, podem ser escritos ou não. Um poema 
declamado, por exemplo, é um texto literário oral. 
Apesar do termo literariedade ser uma hipótese válida para distinguir a 
literatura de outras formas de discurso, é possível argumentar que ela varia de 
época para época e de leitor para leitor. Assim, o que é considerado linguagem 
literária varia e, por isso, surgem disputas relativas à classificação de certos 
textos como literatura. Não há uma regra única que determine se um texto é ou 
3Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema
não literário, porque essa decisão depende da sua recepção (pelo público, pela 
crítica, em manuais, etc.). Seja como for, o Quadro 1 nos ajuda a visualizar e a 
entender possíveis diferenças entre textos literários e textos não literários.
Textos O que são? Exemplos Autor referência
Não 
literários
Tipos estáveis de 
enunciados, discursos 
utilizados na interação 
humana. São textos 
recorrentes no dia a dia 
da vida humana. 
Não possuem litera-
riedade. Falados ou 
escritos.
Bilhetes, diálogos 
familiares, cartas de 
amigos, teses cientí-
ficas, palestras.
Definição baseada 
em conceitos de 
Bakhtin (1992).
Literários Discursos da litera-
tura. Textos literários. 
Textos com linguagem 
literária. Esteticamente 
pensados para impac-
tar artisticamente o re-
ceptor/leitor. Possuem 
literariedade. Falados 
ou escritos. 
Narrativas literárias 
(contos, romances, 
fábulas, mitos); 
poesia; peças de 
teatro. 
Definição baseada 
em conceitos de 
Jakobson (1921).
Quadro 1. Diferenças entre textos literários e textos não literários
Pressupostos fundamentais— as narrativas 
e a narratividade
A narratologia nasceu da relação com duas outras abordagens teóricas e 
metodológicas: o estruturalismo e a semiótica. Embora seja uma área de 
estudo da literatura, teve seu ponto de início gerado devido à necessidade 
de contraponto à linguística estruturalista. Roland Barthes, em 1966, em 
seu artigo publicado no número 8 da revista Communications, número que 
inaugurou as discussões sobre a teoria da narrativa, aponta a necessidade de 
reconhecimento de níveis de análise da linguagem acima da frase, o nível 
do discurso, como uma unidade que demanda estudo sistemático. Segundo a 
crítica de Barthes, a linguística estruturalista se concentrava na explicação de 
Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema4
objetos linguísticos menores, como fonemas e morfemas, e não avançava do 
nível da frase. Assim, desse confronto e desejo de expansão surgiu a análise 
da narrativa, da narrativa como discurso, texto complexo, com características 
particulares. Em 1969, Tzvetan Todorov, ao publicar seu livro Grammaire du 
Décameron, utiliza pela primeira vez o termo “narratologia” quando afi rma 
que sua obra literária é uma narrativa e sua análise faz parte de uma ciência 
chamada narratologia. 
Vinda, portanto, da linguística estruturalista, corrente teórica vigente na 
época, a narratologia analisa a estrutura subjacente aos textos narrativos e 
traz conceitos comuns a todas as narrativas, conforme veremos mais adiante 
neste capítulo. Ates disso, examinemos os pressupostos fundamentais de um 
texto narrativo segundo a narratologia. 
O termo narrativa tem concepções diversas, mas duas em especial são 
sempre confrontadas na teoria da narrativa. A primeira concepção é da 
narrativa como um processo de enunciação, como o ato de relatar algo, e a 
segunda concepção é da narrativa como resultado dessa enunciação, como 
produto do que foi narrado (REIS; LOPES, 1988). A primeira concepção 
é mais utilizada pela narratologia e tem consequências para a análise dos 
diferentes tipos de estrutura e operações que podem emergir nas narrativas. 
Assim, a narrativa é entendida como algo que não é estático, como uma “[...] 
prática interativa (relação narrador/narratário), uma comunicação narrativa” 
(REIS; LOPES, 1988, p. 66). Essa primeira concepção abre espaço para a 
consideração de Reis e Lopes (1988) sobre a narrativa não ser imune a ati-
tudes de valoração, como ideologias e comportamentos éticos, que surgem 
principalmente da subjetividade do narrador, evidenciado, segundo os autores, 
“[...] o caráter pluridiscursivo da enunciação narrativa” (REIS; LOPES, 
1988, p. 60). Por outro lado, a segunda definição também é utilizada para se 
analisar os textos narrativos, que são histórias com tempo e espaço definidos, 
nas quais eventos e ações de personagens acontecem. Essa história, então, 
chega ao leitor por meio de um código, uma linguagem específica. Desse 
modo, tanto a relação comunicativa entre quem conta a história e quem a 
lê/ouve/vê (conforme a primeira definição) quanto o próprio produto dessa 
comunicação, o texto em si (conforme a segunda definição), são objetos de 
análise da narratologia. 
Antes de descrevermos as estruturas e operações formuladas pela nar-
ratologia para analisar os diferentes tipos de narrativas existentes, vamos 
contrapor o significado de texto narrativo a seus pares, para entendê-lo 
melhor. A narração, a descrição e a dissertação são três tipos de textos 
diferentes. A narração, que estudamos aqui, é o ato de contar uma história 
5Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema
para alguém; a descrição é o ato de caracterizar/descrever um ambiente ou 
um personagem; já a dissertação é o ato de argumentar.
Na dissertação predomina o argumento do escritor, a fim de provocar o 
leitor e o seu posicionamento. Se levamos em conta o texto narrativo literário, 
em particular, podemos contrapô-lo ao texto lírico e ao texto dramático. O 
exemplo clássico de texto lírico é o poema, texto essencialmente subjetivo, que 
traz marcas do sentimento e do lirismo do sujeito. O exemplo clássico do texto 
dramático é o teatro, o drama, que é escrito para ser representado e encenado, 
e pressupõe o uso de outras linguagens, como a linguagem gestual. Por sua 
vez, um exemplo clássico de texto narrativo literário é o romance, um texto 
escrito que conta uma história mediante uma sequência de acontecimentos 
e ações dos personagens, podendo essa história ser baseada na realidade 
(extratextual) ou ficcional.
Ao contrário do que acontece com o texto lírico e com o texto dramático, a 
narrativa não se concretiza apenas no plano dos textos literários. A narrativa 
se encontra em diversas situações funcionais e contextos comunicativos — 
como em relatórios, em piadas e anedotas contadas —, na historiografia, na 
história contada da humanidade e também, muitas vezes, aparece na mídia. Da 
mesma maneira que os contextos comunicacionais das narrativas são diversos, 
ultrapassando o texto narrativo literário, os suportes também são variados. 
As narrativas acontecem também em suportes multimodais, como histórias 
em quadrinhos, por exemplo, que misturam imagem e linguagem verbal, e 
o cinema, que também é uma modalidade mista verbo-icônica (linguagem 
verbal, imagem, sequência de cenas, vídeo e áudio).
As narrativas apresentam contextos interativos e sociais diversos — im-
prensa, literatura, relatório —, e também acontecem em suportes diferentes 
— verbal, imagético, sequência de cenas (filme) —, como vimos. Mas o que 
todas essas narrativas têm em comum, então, que as torna narrativas? A 
narratividade, ou seja, a qualidade nuclear do texto narrativo. É por meio 
dela que nós, leitores/receptores, entendemos a história que nos é contada. 
A narratividade é definida teoricamente como “[...] o fenômeno de sucessão 
de estados e de transformações, inscrito no discurso, que é responsável pela 
produção de sentido” (GROUPE D'ENTREVERNES, 1979, p. 14). Isto é, a 
narratividade é a qualidade do texto narrativo de contar uma sequência de 
eventos, de fatos, narrados na construção de uma história. Assim, a narrati-
vidade é o que possibilita a decodificação da narrativa pelo receptor, aquele 
que ouve, lê ou vê a narrativa. 
Na teoria semiótica, o conceito de narratividade foi ampliado e dá papel 
central ao receptor da história, que, no processo de leitura, atualiza e identifica 
Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema6
os acontecimentos, o desenrolar da narrativa (REIS; LOPES, 1988). Uma vez 
que a narrativa representa uma reconstrução do universo, de histórias reais e 
ficcionais possíveis, a narratividade deve ser entendida como uma característica 
própria do discurso narrativo, que é o reconstrutor desse universo contado, 
e deve ser atualizado no processo de leitura pelo leitor/receptor da narrativa. 
Desse modo, a narratividade existe para possibilitar ao receptor o acesso às 
ações de dimensão temporal e sequencial dos textos narrativos. 
Além de ter acesso à narrativa pela narratividade, outras características 
constituem um texto como narrativa. As diferentes estruturas dos textos 
narrativos e operações utilizadas na criação das narrativas levam a textos 
narrativos diferentes entre si, como o romance e o cinema, por exemplo. 
A seguir, veremos algumas das estruturas e das operações utilizadas 
pela narratologia para explicar os diferentes tipos de textos narrativos 
existentes.
Diferentes textos têm diferentes tipologias textuais. Tipologias textuais são, segundo 
Marcuschi (2002), sequências previamente definidas pela natureza linguística predomi-
nante na composição de um texto. Cada tipo textual tem aspectos lexicais, sintáticos 
e tempos verbais mais recorrentes. Os principais tipos textuais são: o injuntivo, o 
narrativo, o descritivo e o dissertativo-argumentativo, entre outros. Aqui, focamos nos 
aspectos constitutivos do texto narrativo, pois a narratologia é a ciênciaque estuda 
os textos narrativos. No entanto, você pode conhecer os demais tipos de texto e suas 
funções lendo os seguintes artigos: “A caracterização de categorias de texto: tipos, 
gêneros e espécies” de Luiz Carlos Travaglia e “Produzindo textos: gêneros ou tipos?” 
de Maria Marta Furlanetto.
2 Estruturas e operações da narratologia
O texto narrativo e as operações que utilizamos em uma narrativa evidenciam 
como ela “[...] não é uma simples soma de proposições” (BARTHES, 2011, p. 
25). Assim, devemos classifi car os elementos que entram na composição da 
narrativa. Compreender uma narrativa, segundo a análise da narratologia, não 
é somente seguir os fatos da história até seu esvaziamento e sua conclusão, 
passando de uma palavra para outra. É preciso, na verdade, analisar a estrutura 
da narrativa para poder compreendê-la completamente.
7Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema
A estrutura diz respeito à organização específica do texto narrativo e dos 
elementos funcionais necessários à narrativa. Há um consenso entre teorias 
da narrativa de cunho estruturalista e teorias da narrativa de cunho semiótico 
quanto à existência de dois subdomínios que devem ser levados em conta 
quando se analisa a estrutura de uma narrativa: o plano da história e o plano 
do discurso. A narratologia de cunho estruturalista atribui certa prioridade 
ao plano da história, ao passo que a narratologia de cunho semiótico enfatiza 
o plano do discurso.
No domínio da história, temos a estrutura da narrativa em relação aos seus 
elementos básicos: os personagens, o espaço da narrativa — o cenário, onde 
a história acontece —, o tempo da narrativa — cronológico, sequencial aos 
acontecimentos da narrativa —, e as ações dos personagens e eventos que dão 
andamento à história. Esses componentes são interrelacionados, havendo uma 
conexão entre personagens e o espaço onde a história acontece. Às vezes, essa 
conexão é mais decisiva em certa narrativa, às vezes não, às vezes o espaço 
é somente o cenário, o local, onde as ações acontecem. Assim, no plano da 
história, analisa-se esses elementos e suas relações. 
A ação é um elemento da narrativa do plano da história, representando um 
componente fundamental da estrutura narrativa. É dela que vem a composição 
da história, pois é um processo de desenvolvimento de vários eventos que 
conduzem a um desenlace, ao desfecho da história da narrativa. Segundo 
Reis e Lopes (1988), a ação acontece mediante a interação de pelo menos 
três componentes: “[...] um (ou mais) sujeito(s) diversamente empenhado(s) 
na ação, um tempo determinado em que ela se desenrola e as transformações 
evidenciadas pela passagem de certos estados a outros estados” (REIS; LOPES, 
1988, p. 190). A ação é o que confere consistência ao relato, ao texto narrativo, 
e a forma como ela se manifesta no texto tem consequências para a sua análise. 
No conto, por exemplo, em princípio, há uma ação singular e concentrada; já 
no romance é possível observar o desenrolar paralelo de várias ações (REIS; 
LOPES, 1988). Os autores ainda trazem como exemplo mais específico o 
romance policial, no qual as ações da história narrada são representadas 
minuciosamente, em detalhes, e geralmente em ordem cronológica, sequencial.
O espaço também é um elemento específico da história. O espaço são os 
componentes, primeiramente físicos, que servem de cenário para o aconte-
cimento das ações dos personagens — o cenário geográfico, o interior dos 
lugares, residências, internatos, hospitais e demais lugares passíveis de serem 
relatados em uma narrativa. Em um sentido mais amplo, o espaço pode ser 
entendido também como atmosferas sociais e psicológicas, a saber, espaço 
social e espaço psicológico. 
Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema8
No período literário do romantismo brasileiro do século XIX, o espaço teve uma impor-
tante participação para a constituição de um subgênero narrativo, o romance urbano, 
muito lido no Brasil no segundo reinado de D. Pedro II, iniciado em 1840. Nessa época, 
os romances eram lidos em folhetins, isto é, saíam no jornal. Exemplo de romances 
urbanos brasileiros adorados pelo público são Memórias de um sargento de milícias, 
de Manuel Antônio de Almeida, e Senhora, de José de Alencar. Os romances urbanos, 
então, tinham como cenário a cidade, relatando romances e aventuras ocorridas 
geralmente na capital do império, o Rio de Janeiro. 
O personagem é um componente essencial da narrativa. Não é raro que 
esse componente seja o eixo em torno do qual gira a ação da narrativa e em 
função do qual se organiza a história. O personagem é construído progressi-
vamente pela narrativa, e ao longo da história conhecemos os personagens. 
Em diversos tipos de narrativas, como em histórias em quadrinhos em que 
aparece um herói, o eixo narrativo gira em torno do personagem protagonista. 
Neste exemplo, a história acontece por meio dos desafios e das aventuras do 
personagem principal, o herói. 
Existem ainda dois tipos de composição de personagem: o personagem 
plana e o personagem redondo. O personagem plano é aquele mais raso cons-
titutivamente, construído em torno de uma única ideia ou qualidade. Assim, 
é um personagem genérico, facilmente reconhecido. Normalmente podemos 
identificar o comportamento e as características desse tipo de personagem 
com a sua representatividade social. A personagem Luísa do romance O primo 
Basílio, de Eça de Queirós, é uma personagem plana, descrita pelo próprio autor 
como “uma burguesinha”. Dessa forma, também vemos que um personagem 
principal pode ser um personagem plano, pois esses são tipos diferentes de 
caracterização. Por sua vez, o personagem redondo é bem mais elaborado e 
complexo. Muitas vezes, as ações de um personagem redondo são imprevisíveis, 
pois ele pode surpreender o leitor por suas reações, por revelar seus traumas, 
por trazer fatos novos à história em decorrência da sua complexa estrutura. 
O autor russo Leon Tolstói ficou conhecido pelos personagens redondos que 
criava, como os personagens principais do romance histórico Guerra e Paz. 
O tempo é o último aspecto principal do plano da história das narrativas. Em 
uma primeira definição, o tempo é aquele contado no relógio, aquela sucessão 
cronológica de eventos que acontecem na narrativa e que são datados com 
maior ou menor rigor. Há também o tempo psicológico, que não é o tempo 
9Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema
cronológico dos eventos. O tempo psicológico é aquele filtrado pelas emoções, 
sentimentos e vivências do personagem. Sendo assim, é um tempo menos 
rígido, em que certos acontecimentos podem durar bastante, serem alongados, 
a depender da importância que o personagem lhes confere. Um exemplo de 
narrativa que utiliza o tempo psicológico é o romance Dom Casmurro, de 
Machado de Assis, no qual o narrador-personagem lembra de episódios que 
aconteceram em sua vida, dando-lhe mais ou menos importância de acordo 
com a sua percepção e a sua experiência. 
Plano do discurso — perspectiva narrativa e voz
No nível do discurso, temos diferentes estratégias discursivas utilizadas para 
relatar a história em um texto narrativo. Uma narração, o discurso narrado, é 
entendido como o processo de enunciação. Segundo a narratologia, deve-se 
levar em conta na análise de cada texto narrativo a perspectiva narrativa e a 
voz, estratégias discursivas importantes para a confi guração do texto narrativo. 
A perspectiva narrativa é utilizada para se referir ao conjunto de proce-
dimentos de focalização que podem ser utilizados em um texto narrativo. A 
focalização estrutura o discurso narrativo, e é ela que determina a quantidade 
e qualidade da informação veiculada para o leitor. Em outras palavras, a foca-
lização é o tipo de narrador da história, pois é a partir dele que o leitor conhece 
o enredo da narrativa. Assim, a quantidade e a qualidade de informações que 
o leitor tem da históriadepende de quem a narra. 
As informações podem ser ilimitadas, no caso da focalização onisciente. 
Nessa focalização, temos o narrador onisciente, que sabe todo o enredo e 
tudo que acontece na trama da história, e nos conta em terceira pessoa, de 
maneira impessoal. Esse narrador não participa dos acontecimentos da trama. 
As informações, por outro lado, podem ser limitadas ou condicionadas se a 
focalização utilizada na narrativa for a focalização interna. Nesse segundo 
tipo de focalização, temos o narrador-protagonista, que conta a história sob 
o seu ponto de vista. Dessa forma, vamos conhecendo os acontecimentos 
da história somente através do olhar do narrador-personagem, que utiliza os 
verbos em primeira pessoa para contá-la. Ele é ao mesmo tempo narrador e 
protagonista da narrativa, como seu nome sugere; portanto, também participa 
dos acontecimentos e exerce ações na narrativa, privilegiando, de certa forma, 
o seu ponto de vista sobre os fatos. 
Há ainda um tipo de focalização que fica entre os dois já citados: a foca-
lização externa, em parte limitada e em parte abrange os fatos de maneira 
aparentemente impessoal. O narrador-testemunha é o narrador que representa 
Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema10
a focalização externa. Ele também é um personagem da história, mas não o 
protagonista. Assim, participa dos acontecimentos da narrativa, mas de maneira 
secundária. Dessa forma, o narrador-testemunha conta a história do seu ponto 
de vista, mas procurando ter uma certa objetividade em seu relato, visto que 
seu papel não é central nos acontecimentos, procurando muitas vezes ter um 
olhar mais imparcial, apesar dos fatos ainda serem relatados sob o seu ponto 
de vista, na sua versão da história. 
Segundo Reis e Lopes (1988), é importante relacionar, já que se trata de 
discurso, a perspectiva narrativa com os sentidos ideológicos que regem 
a narrativa. Assim, pelo foco que é dado à história e como ela é contada, 
transpassam ideologias. O narrador contará a história de sua perspectiva, 
imbuído de sua ideologia e suas crenças. A perspectiva narrativa pode ter ainda 
relação com elementos da história da narrativa. O narrador vai descrever os 
personagens, o espaço onde acontece a história, o tempo em que ela acontece. 
Um narrador-personagem, por exemplo, pode usar o tempo psicológico e não 
contar os fatos em ordem cronológica. 
O segundo elemento do domínio do discurso do texto narrativo é a voz 
dos personagens dentro da narrativa. Os personagens interagem na história 
e o registro dessas falas é feito pelo narrador. No texto narrativo, a voz dos 
personagens é veiculada via três tipos de discurso: o discurso direto, o discurso 
indireto e o discurso indireto livre. O discurso direto engloba os diálogos 
entre personagens e é normalmente introduzido por dois pontos, travessões ou 
aspas, para que o leitor identifique que é o personagem que está falando, não o 
narrador. As marcas discursivas do discurso direto são da enunciação pessoal 
e experiencial, como verbos em primeira pessoa e expressões dêiticas como 
“eu” e “aqui”, que se referem ao próprio personagem que está com a palavra. 
Nesse discurso, temos a localização temporal dos fatos e acontecimentos em 
relação à visão do personagem. 
O discurso indireto é aquele no qual o narrador transmite ao leitor a fala do 
personagem. Nele, não temos contato com a fala do personagem exatamente 
como o personagem teria dito. O nome desse tipo de discurso já evidencia que 
ele é transmitido ao leitor indiretamente, pois o narrador é o intermediário da 
mensagem. Assim, como leitores, somente lemos a voz do narrador, que passa 
a nós a mensagem da fala do personagem. Nas narrativas, podemos ver falas 
indiretas dos personagens quando o narrador utiliza verbos de introdução de 
discurso indireto, como “Capitu falou que...”, “Quincas Borba contestou o que 
foi decidido por...”. O discurso indireto livre é uma mistura do discurso direto 
e do indireto, ou seja, um meio-termo entre a fala literal do personagem, ou 
seu pensamento, e a voz do narrador. Normalmente, são reconhecíveis por 
11Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema
conterem expressões típicas dos personagens ou seus pensamentos, mediados 
pelo narrador. Quando lemos alguma expressão como “droga!” no meio do 
texto (misturada ao discurso que parece ser do narrador), pode ser uma fala 
do personagem em discurso indireto livre. Um exemplo de uso do discurso 
indireto livre pode ser encontrado no livro Madame Bovary, de Gustave 
Flaubert. Nesse romance, o narrador transmite os pensamentos da personagem 
principal, Emma, seus conflitos internos e sua visão de mundo, mas também 
possibilita, ao longo do romance, que o leitor veja a perspectiva de outro 
personagem, seu marido Charles.
3 Narrativas literárias e cinematográficas — 
ferramentas de análise
As narrativas analisadas pela narratologia podem ser verbais, como as narra-
tivas literárias, em romances, contos, fábulas. Contudo, também podem ser 
mistas, verbo-icônicas, como na história em quadrinhos e no cinema. Nessas 
narrativas, a imagem também desempenha um papel importante. Especifi ca-
mente no cinema, as cenas podem envolver apenas ações dos personagens, 
imagens, sem nenhum texto verbal, e ainda sim veicular uma ação da história, 
uma continuidade do enredo da narrativa contada.
Podemos muito bem aplicar as estruturas e operações discursivas da narra-
tologia, estudadas na seção anterior, para analisar narrativas cinematográficas. 
Em filmes de suspense, por exemplo, em que um caso policial precisa ser 
solucionado ou um assassino em série precisa ser encontrado para que pare de 
matar novas vítimas, é comum que o narrador também seja um personagem, 
no mais das vezes o próprio detive. O ponto de vista da história é contado 
pelas descobertas do narrador; nós espectadores sabemos o que ele sabe, o 
que o narrador, aos poucos, vai descobrindo. Assim, a focalização interna, 
com um narrador-personagem, é uma operação discursiva utilizada pela 
narratologia não apenas para analisar narrativas literárias, mas também para 
analisar narrativas cinematográficas.
Existem, no entanto, estratégias mais próprias das narrativas cinemato-
gráficas, tal como a anacronia. A anacronia acontece quando os eventos da 
história não são contados de maneira cronológica, isto é, não seguem a ordem 
temporal. Há dois tipos de anacronia bastante utilizados no cinema, conhe-
cidos como flash-forward e flash-back. Quando o filme mostra uma cena do 
futuro, às vezes anos à frente, e depois retorna à sequência da narrativa do 
ponto que havia parado, temos o flash-foward.. Por outro lado, o flash-back 
Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema12
é ainda mais comum nos filmes. Se voltamos ao exemplo dos filmes de sus-
penses, não são raras as vezes em que o detetive lembra de algum detalhe da 
cena do crime que o ajuda a desvendá-lo. Essa lembrança é um flash-back. 
O componente tempo da história de uma narrativa é bastante explorado nas 
narrativas cinematográficas com esses recursos de anacronia. Atualmente, o 
recurso de flash-back também é analisado em narrativas literárias, quando o 
escritor emprega essa operação de voltar no tempo e narrar algo que aconteceu 
no passado, em um tempo anterior na história.
Um segundo recurso muito utilizado no cinema são os cortes temporais, 
lacunas em que as ações são subentendidas pelos espectadores. O espectador 
preenche os significados das cenas faltantes e entende, por exemplo, que o 
personagem que outrora estava no hospital agora já não está mais vivo, pelo 
mero fato de ver um leito hospitalar vazio. O termo utilizado para conceituar 
esse corte na continuidade espaço-temporal dos eventos da narrativa é elipse. 
A elipse é mais característica da narrativa cinematográfica do que da narrativa 
literária. Na narrativa literária, as elipses tendem a ser mais breves, pois sem 
os demais componentesdo cinema, como a imagem e a música da cena, o 
leitor ficaria sem elementos para preencher o significado de uma ação omitida 
da história. 
Um último exemplo de diferença entre narrativas literárias e narrativas 
cinematográficas é o estudo da focalização. No cinema, o estudo de focalização 
é diferente, porque o narrador pode ser visual e também sonoro, ao usar uma 
locução sobre a imagem. A locução acontece bastante em filmes que retratam 
contos de fadas, por exemplo. Também nos filmes encontramos uma versão da 
focalização externa, quando temos planos mais abertos e vemos os personagens 
de uma certa distância. Já uma versão cinematográfica da focalização interna 
ocorre, por exemplo, quando a câmera mostra imagens do ponto de vista do 
personagem, como se víssemos tudo através de seus olhos, ou quando a câmera 
é posicionada over the shoulder, sobre o ombro desse personagem, em que 
temos a sensação de acompanhar a história de sua perspectiva. 
O cinema é um tipo de narrativa com grande potencial para a manipulação 
do tempo da história. Isso se deve provavelmente ao meio em que narrativa 
é veiculada, ou seja, a multimídia audiovisual. Enquanto isso, na narrativa 
literária clássica, o autor não dispõe de recursos de multimídia, explorando 
o tempo das narrativas de outras maneiras, como o tempo psicológico do 
narradores-personagens, como vimos. Dessa forma, as narrativas, em seus 
diferentes meios, têm suas peculiaridades, e o estudo da narratologia se ex-
pande e se especializa para descrever as operações utilizadas nos diferentes 
textos narrativos.
13Narratologia ou teoria da narrativa: da literatura às telas do cinema
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Leituras recomendadas
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