Buscar

Novo Código Florestal (Lei 12651)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: 11/06/2023 - Lei nº 14.406, de 12.7.2022.; Lei nº 14.595, de 5.6.2023.
Última atualização jurisprudencial: 03/05/19 - Info 892 STF; Info 916 STF (vide art. 3º); Info 643 STJ (art. 3º, II); Info 694 (art. 4º, I).
Última atualização questões de concursos: 05/07/2023. 
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no CFlo).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJMG (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc.
LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.
	
	Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1o  (VETADO). 
Art. 1o-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (MPF-2012) (TRF2-2014) (PGETO-2018) (TJGO-2021) (Cartórios/TJSC-2021)
	#Atenção: #STJ: #DOD: #TJGO-2021: #FCC: O cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta deve ser regido pelo Código Florestal vigente à época da celebração do acordo: Caso concreto: o Termo de Ajustamento de Conduta foi celebrado sob a égide da Lei 4.771/65 (antigo Código Florestal). Ocorre que entrou em vigor o novo Código Florestal (Lei 12.651/12) com regras diferentes daquelas que haviam sido ajustas no TAC. Será possível aplicar as regras do novo Código Florestal? Não. O novo Código Florestal não pode retroagir para atingir o ato jurídico perfeito, os direitos ambientais adquiridos e a coisa julgada. Uma vez celebrado, e cumpridas as formalidades legais, o Termo de Ajustamento de Conduta - TAC constitui ato jurídico perfeito, imunizado contra alterações legislativas posteriores que enfraqueçam as obrigações ambientais nele estabelecidas. Deve, assim, ser cabal e fielmente implementado, vedado ao juiz recusar sua execução, pois do contrário desrespeitaria a garantia da irretroatividade da lei nova, prevista no art. 6º da LINDB. STJ. 2ª T. REsp 1802754-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 08/10/19 (Info 679).
#Atenção: #STJ: #PGETO-2018: #FCC: O STJ consolidou o entendimento de que o novo Código Florestal não pode retroagir para atingir o ato jurídico perfeito, os direitos ambientais adquiridos e a coisa julgada, tampouco para reduzir de tal modo e sem as necessárias compensações ambientais o patamar de proteção de ecossistemas frágeis ou espécies ameaçadas de extinção, a ponto de transgredir o limite constitucional intocável e intransponível da incumbência do Estado de garantir a preservação e a restauração dos processos ecológicos essenciais (art. 225, § 1º, I). AgInt no AREsp 894.313/SP, Rel. Min. Francisco Falcão, 2ª T., j. 11/09/18; AgInt no AREsp 1.115.534/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., j. 19/06/18; AgInt no REsp 1.676.786/SP, Rel. Min. Regina Helena Costa, 1ª T., j. 12/06/18; AgInt no AREsp 1.211.974/SP, Rel. Min. Francisco Falcão, 2ª T., j. 17/4/18; AgInt no REsp 1.597.589/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJe 26/02/18; REsp 1.680.699/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 28/11/17; AgInt no AgInt no AREsp 850.994/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJe de 19/12/16; EDcl no REsp 1.389.942/MS, Rel. Min. Assusete Magalhães, 2ª T., DJe 28/09/17; AgRg no EAREsp 364.256/MS, Rel. Min. Assusete Magalhães, 2ª T., DJe 08/05/18; AgInt no REsp 1.544.203/MG, Rel. Min. Assusete Magalhães, 2ª T., DJe 09/05/18; REsp 1.680.699/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., DJe 19/12/17; AgInt no AREsp 826.869/PR, Rel. Min. Francisco Falcão, 2ª T., DJe 15/12/16; AgInt no REsp 1.597.589/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJe 26/2/18; REsp 1.715.929/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJe 26/02/18; AgInt no REsp 1.363.943/SC, Rel. Min. Gurgel de Farias, 1ª T., DJe 15/12/17; AgInt no REsp 1.510.457/MS, Rel. Min. Regina Helena Costa, 1ª T., DJe 26/06/17; AgInt no REsp 1.389.613/MS. Min. Assusete Magalhães, 2ª T., DJe 27/06/17; AgInt no REsp 1.381.085/MS. Min. Og Fernandes, 2ª T., DJe 23/08/17; REsp 1.381.191/SP, Rel. Min. Diva Malerbi, 2ª T., j. 16/06/16; AgInt no AREsp 826.869/PR, Min. Francisco Falcão, 2ª T., DJe 15/12/16; AREsp 611.518/MS, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 25/08/15; EDcl no REsp 1.381.341/MS, Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 27/8/15; AREsp 730.888/SP, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª T., DJe de 16/09/15; REsp 1.462.208/SC, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª T., DJe 06/04/15; AgRg no REsp 1.367.968/SP, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª T., DJe 12/03/14; PET no REsp 1.240.122/PR, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., DJe 19/12/12. STJ. 2ª T., REsp 1728244/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 06/12/18.
Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento sustentável, esta Lei atenderá aos seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
I - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e demais formas de vegetação nativa, bem como da biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e da integridade do sistema climático, para o bem estar das gerações presentes e futuras; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (TJPA-2014)
II - reafirmação da importância da função estratégica da atividade agropecuária e do papel das florestas e demais formas de vegetação nativa na sustentabilidade, no crescimento econômico, na melhoria da qualidade de vida da população brasileira e na presença do País nos mercados nacional e internacional de alimentos e bioenergia; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (TJPA-2014)
III - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas, consagrando o compromisso do País com a compatibilização e harmonização entre o uso produtivo da terra e a preservação da água, do solo e da vegetação; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (TJPA-2014)
IV - responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (TJRJ-2013) (TJPA-2014) (MPAC-2014)
	(MPAC-2014-CESPE): Assinale a opção correta em relação ao Código Florestal (Lei 12.651/12) e a seus dispositivos: Objetivando o desenvolvimento sustentável, o legislador fez constar no Código Florestal o princípio da responsabilidade comum da União, estados, DF e municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e a restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais, tanto em áreas urbanas quanto nas rurais. BL: 1º-A, § único, IV, CFlo.
V - fomento à pesquisa científica e tecnológica na busca da inovação para o uso sustentável do solo e da água, a recuperação e a preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (TJPA-2014)
VI - criaçãoe mobilização de incentivos econômicos para fomentar a preservação e a recuperação da vegetação nativa e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
Art. 2o  As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem. (TJRJ-2013) (DPETO-2013) (TJMT-2014)
	(DPETO-2013-CESPE): A respeito da proteção e uso das florestas e demais formas de vegetação nativa, assinale a opção correta: As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do país, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral, e em especial o Código Florestal, estabelecem. BL: art. 2º, CFLO.
§ 1o  Na utilização e exploração da vegetação, as ações ou omissões contrárias às disposições desta Lei são consideradas uso irregular da propriedade, aplicando-se o procedimento sumário previsto no inciso II do art. 275 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, sem prejuízo da responsabilidade civil, nos termos do § 1o do art. 14 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e das sanções administrativas, civis e penais. (TJRJ-2012) (MPF-2013) (AGU-2015)
	(TJRJ-2012-VUNESP): Com base na Lei 12.651/12, analise a assertiva: A utilização e a exploração da vegetação de forma contrária à mencionada lei configura uso irregular da propriedade, com possibilidade de responsabilidades civil, penal e administrativa. BL: art. 2º, §1º do CFLO.
§ 2o  As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. (DPESP-2013) (TJDFT-2014) (MPGO-2014) (PGEMS-2014) (MPF-2013/2015) (MPAM-2015) (AGU-2015) (Cartórios/TJPA-2016) (TJPR-2017) (MPRS-2017) (DPESC-2017) (DPU-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TRF2-2014/2017/2018) (TJMT-2018) (TJSP-2018) (PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJRJ-2013/2016/2019) (MPSC-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPSC-2019/2021) (DPEBA-2021)
	Súmula 623-STJ: As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor.
	(MPSC-2021-CESPE): Um cidadão, por descuido, iniciou um incêndio em sua propriedade, situada em área rural coberta pelo bioma campos, o que resultou na destruição da vegetação nativa de outras duas propriedades vizinhas. A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais a ela relacionados, julgue o próximo item: Caso o cidadão venda a sua propriedade, o novo proprietário deverá responder por eventuais obrigações ambientais ainda pendentes de cumprimento, haja vista a sua natureza real. BL: art. 2º, §2º, CFlo e Súmula 623, STJ (citada acima).
(DPEBA-2021-FCC): Agenor adquiriu imóvel em área rural, desconhecendo o fato de que, no local, a edificação se deu a partir de desmatamento de vegetação nativa. A obra foi realizada sem a autorização dos órgãos de proteção ambiental competentes. Em razão dos danos ambientais, o Ministério Público ajuizou ação de reparação de danos em face de Agenor. Nesse caso, as obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do adquirente do imóvel e/ou do(s) antigo(s) proprietário(s), ficando tal prerrogativa à escolha do credor. BL: art. 2º, §2º, CFlo e Súmula 623, STJ (citada acima).
(TJDFT-2014-CESPE): João instalou, em terreno de sua propriedade, situado na região industrial de Brasília – DF, um depósito de determinado produto químico. Por descuido de um de seus funcionários, um galão do produto foi derramado no solo da propriedade. O funcionário decidiu não relatar o episódio aos seus superiores. Após quatro meses do ocorrido, em razão de dívidas contraídas com o investimento, João decidiu vender a propriedade e contratou uma empresa de auditoria ambiental para analisar se havia algum dano na propriedade. Os auditores afirmaram que havia risco de o produto atingir o lençol freático, o que ainda não ocorrera. O novo comprador, Pedro, por descuido na análise dos documentos referentes ao imóvel, não observou o laudo técnico, que apontava risco de contaminação do lençol freático, e continuou a desenvolver a mesma atividade que João. Após um ano da compra do imóvel, Pedro recebeu a visita de fiscais do órgão ambiental fiscalizador, que analisavam o solo da região. Após análise da qualidade do solo, foi constatado que o lençol freático que abastecia a região havia sido contaminado por derramamento de produto químico no solo. Pedro foi autuado por contaminação do lençol freático, conforme previsão das normas aplicáveis. Em face dessa situação hipotética e considerando as normas e a jurisprudência aplicáveis, assinale a opção correta: Pedro pode ser responsabilizado civilmente, pois a responsabilidade de reparar o dano pode ser atribuída ao novo proprietário, ainda que este não tenha dado diretamente causa ao dano. BL: art. 2º, §2º do CFLO.
(DPESP-2013-FCC): O Novo Código Florestal Brasileiro foi objeto de inúmeras críticas ao longo do seu trâmite legislativo, inclusive em razão de estabelecer um padrão normativo menos rígido em comparação ao Código Florestal de 1965, notadamente em relação aos institutos da área de preservação permanente e da reserva legal, violando, por esse prisma, o princípio da proibição de retrocesso ambiental. Tomando por base o novo diploma florestal brasileiro: A obrigação do proprietário, possuidor ou ocupante a qualquer título de promover a recomposição da vegetação suprimida em Área de Preservação Permanente tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. BL: art. 2º, §2º do CFLO.
#Atenção: #STJ: #DPESP-2013: #MPSC-2014: #AGU-2010/2015: #MPF-2015: #DPESC-2017: #DPU-2017: #PGM-Fortaleza/CE-2017: #TRF2-2014/2017/2018: #PGEAP-2018: #PGM-Boa Vista/RR-2019: #CESPE: #FCC: Em razão da natureza "propter rem" da obrigação de reparar dano ambiental, o novo proprietário de imóvel que sofreu o referido dano também é responsável pelo dano, ainda que o dano tenha sido causado pelo antigo proprietário. (STJ 1.056.540/GO, j. 25.08.09). (...) O atual entendimento do STJ é de que a obrigação de recuperar a degradação ambiental ocorrida na faixa da reserva legal abrange aquele que é titular da propriedade do imóvel, mesmo que não seja de sua autoria a deflagração do dano, tendo em conta sua natureza propter rem. (AgRg no REsp 1137478/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 1ª T., j. 18/10/11). (...) O STJ possui entendimento pacífico de que a responsabilidade civil pela reparação dos danos ambientais adere à propriedade, como obrigação propter rem, sendo possível cobrar também do atual proprietário condutas derivadas de danos provocados pelos proprietários antigos. STJ. 2ª T., REsp 1622512/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 22/09/16.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 30: #PGM-Fortaleza/CE-2017: #TRF2-2017/2018: #PGM-Boa Vista/RR-2019: #CESPE: Tese 09: A obrigação de recuperar a degradação ambiental é do titular da propriedade do imóvel, mesmo que não tenha contribuído para a deflagração do dano, tendo em conta sua natureza propter rem
Art. 3o  Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
I - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13° S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W, do Estado do Maranhão; (PGEAC-2012) (TJSC-2013) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJPA-2019) (DPETO-2022)
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidadegeológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; (TJAC-2012) (AGU-2012) (TJSC-2013) (DPESP-2013) (TRF1-2013) (MPMA-2014) (MPPA-2014) (PGEPI-2014) (TRF5-2015) (PCDF-2015) (AGU-2015) (MPRS-2014/2016) (TJAM-2016) (TRF3-2016) (TJPR-2017) (DPU-2017) (PGEAC-2017) (PGESE-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (TRF2-2014/2018) (TJCE-2018) (DPEAM-2018) (PCBA-2018) (PCSE-2018) (MPCE-2020) (MPMG-2014/2021) (MPSC-2014/2019/2021) (DPETO-2013/2022) (TJMA-2022) (TJRS-2022)
	#Atenção: #STJ: #DOD: A legislação municipal não pode reduzir o patamar mínimo de proteção marginal dos cursos d'água, em toda sua extensão, fixado pelo Código Florestal. No caso em tela, o STJ entendeu que o Tribunal de origem equivocou-se ao se utilizar de interpretação restritiva da disposição legal do antigo Código Florestal (Lei 4.771/65), ou seja, considerou que o diploma legal estabeleceu limites máximos de proteção ambiental, podendo a legislação municipal reduzir o patamar protetivo. Entretanto, para o STJ, a norma federal conferiu uma proteção mínima, cabendo à legislação municipal apenas intensificar o grau de proteção às margens dos cursos d'água, ou quando muito, manter o patamar de proteção (jamais reduzir a proteção ambiental). STJ. 2ª T. AREsp 1312435-RJ, Rel. Min. Og Fernandes, j. 7/2/19 (Info 643).
#Atenção: #STF: #DOD: É inconstitucional lei estadual prevendo que é possível a supressão de vegetal em Área de Preservação Permanente para a realização de “pequenas construções com área máxima de 190 metros quadrados, utilizadas exclusivamente para lazer”. Essa lei possui vícios de inconstitucionalidade formal e material. Há inconstitucionalidade formal porque o Código Florestal (lei federal que prevê as normas gerais sobre o tema, nos termos do art. 24, § 1º, CF) não permite a instalação em APP de qualquer tipo de edificação com finalidade meramente recreativa. Existe também inconstitucionalidade material porque houve um excesso e abuso da lei estadual ao relativizar a proteção constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cujo titular é a coletividade, em face do direito de lazer individual, violando o art. 225, caput e § 1º, III, da CF. STF. Plenário. ADI 4988/TO, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 19/9/18 (Info 916).
	(TJRS-2022-Faurgs): De acordo com as disposições legais sobre proteção ambiental, o que é correto afirmar acerca de Área de Preservação Permanente? É área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. BL: art. 3º, II, CFlo.
(DPETO-2022-CESPE): Em termos legais, uma área protegida, não coberta por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas, é denominada área de preservação permanente. BL: art. 3º, II, CFlo.
(MPMG-2021): As áreas de preservação permanente são áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, situadas em zona urbana ou rural, com as funções ambientais de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. BL: art. 3º, II, CFlo.
(PGESE-2017-CESPE): A área protegida possuidora ou não de vegetação nativa com o intuito de, além de garantir o bem-estar da população humana, preservar também a biodiversidade, a paisagem, os recursos hídricos e a estabilidade geológica, bem como assegurar a proteção do solo e facilitar o fluxo gênico da fauna e da flora, é denominada área de preservação permanente. BL: art. 3º, II, CFlo.
(MPSC-2014): A qualificação de um local como área de preservação permanente independe da efetiva existência de vegetação nativa, uma vez que o objeto da proteção são as funções ecológicas desempenhadas em tais locais. BL: art. 3º, II, CFlo.
(PGEPI-2014-CESPE): Acerca das áreas de proteção permanente (APPs), assinale a opção correta: De acordo com o novo Código Florestal, são consideradas APPs as áreas protegidas, previstas na lei, cobertas ou não por vegetação nativa. BL: art. 3º, II, CFlo.
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa; (TJRJ-2012) (TJAC-2012) (PGEAC-2012) (DPESP-2013) (MPF-2013) (PGDF-2013) (TJMT-2014) (MPMG-2014) (MPPA-2014) (TRF2-2014) (TRF5-2015) (AGU-2015) (TJAM-2016) (TRF3-2016) (DPU-2017) (PGESE-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (TJCE-2018) (DPEAM-2018) (PCGO-2018) (PCSE-2018) (TJPA-2019) (TJSC-2019) (MPRS-2016/2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PCPA-2021) (DPETO-2013/2022) (TJRS-2022)
	(DPU-2017-CESPE): A DP realizou mutirão com famílias que ocupam um imóvel público urbano situado na encosta de um morro. O objetivo era verificar quais diligências poderiam ser feitas em favor daquela comunidade, tendo em vista a intensa fiscalização ambiental e urbanística no local. Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsequente: Em razão do local da ocupação em apreço, a DP tem fundamento jurídico para impugnar autos de infração que indiquem proteção a área de reserva legal. BL: art. 3º, III, CFLO.
#Atenção: A Defensoria Pública realizou mutirão com famílias que ocupam um imóvel público urbano situado na encosta de um morro. O objetivo era verificar quais diligências poderiam ser feitas em favor daquela comunidade, tendo em vista a intensa fiscalização ambiental e urbanística no local. Em razão do local da ocupação em apreço, a Defensoria Pública tem fundamento jurídico para impugnar autos de infração que indiquem proteção a área de reserva legal. Portanto, como as famílias ocupam imóvel urbano, e a reserva legal só se localiza em área rural, a Defensoria poderá, de fato, impugnar auto de infração que indique tal situação.
(TRF3-2016-CESPE): Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12 da mesma lei, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. BL: art. 3º, III, CFLO.
#Atenção: Perceba que o art. 19 do CFlo prevê a possibilidade de reserva legal em imóveis rurais localizados no perímetro urbano, mas isso não muda a natureza de imóvel rural da propriedade, visito que a mera inserção de um imóvel no perímetro urbano não retira a sua natureza de imóvel rural, sendo necessário que ele seja previsto como área urbana nas leis de parcelamento do solo urbano. Vejamos o seu teor: “Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislação específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1º do art. 182 da Constituição Federal.”
(MPF-2013): Assinale a alternativa correta: A reserva legal tem natureza jurídica de limitação administrativa, sendo imposta ao proprietário ou possuidor de imóvel rural com o objetivo de assegurar o uso econômico sustentável dos recursos naturais naquela área, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestree da flora nativa. BL: art. 3º, III, CFLO.
#Atenção: Em nosso sistema normativo, a obrigação de demarcar, averbar e restaurar a área de reserva legal nas propriedades rurais constitui limitação administrativa ao uso da propriedade privada destinada a tutelar o meio ambiente (STJ REsp 1.179.316). O enunciado da questão encontra-se em consonância com o inciso III do artigo 3º da Lei 12.651/2012.
(MPF-2013): Assinale a alternativa correta: A reserva legal constitui um mínimo ecológico do imóvel rural, sendo imposta pelo Poder Público de forma geral e gratuita, mas, em caso de desapropriação, o proprietário tem direito a indenização referente à cobertura florística nela existente, desde que fiquem demonstradas a existência de aproveitamento econômico da vegetação da reserva legal, autorização ambiental e regular plano de manejo aprovado pelo órgão competente. BL: art. 3º, III, CFLO.
#Atenção: de fato é possível dizer que a reserva legal visa “a assegurar o mínimo ecológico do imóvel” (STJ REsp 1.240.122), caracterizando-se como “uma obrigação geral, gratuita e de ordem pública”. No mais, a jurisprudência confirma ser indenizável a cobertura florística nela existente, mas desde que exista plano de manejo devidamente confirmado pela autoridade competente (STJ REsp 867.085) e prévia e lícita exploração da vegetação (STJ REsp 1182.986).
IV - área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio; (TJRJ-2012) (TRF4-2012) (TJSC-2013) (MPGO-2014) (DPETO-2022)
	(MPGO-2014): Área rural consolidada é aquela área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio. BL: art. 3º, IV do CFlo.
(TRF4-2012): Assinale a alternativa correta: A Lei nº 12.651/2012 cria o conceito normativo de área rural consolidada. BL: art. 3º, IV do CFlo.
V - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao disposto no art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006; (AGU-2013) (TJSC-2013/2017) (TJCE-2018) (PGESP-2018)
VI - uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e formações sucessoras por outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmissão de energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de ocupação humana; (DPETO-2013) (MPRS-2016) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (DPEAM-2018) (MPGO-2022)
VII - manejo sustentável: administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a utilização de outros bens e serviços; (TJRJ-2012) (TRF3-2016) (MPRS-2016) (DPEAM-2018) (DPETO-2013/2022)
VIII - utilidade pública:
 a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária; (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMT-2016)
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento, gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho; (Cartórios/TJDFT-2014) (DPEPA-2015) (PGEMT-2016) (TRF3-2018) (MPPR-2021) (TJMA-2022)
	#Atenção: #STF: #DOD: #TRF3-2018: #MPPR-2019: São inconstitucionais as expressões “gestão de resíduos” e “instalações necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais”, contidas no art. 3º, VIII, b, do Código Florestal. STF. Plenário. ADC 42/DF, ADI 4901/DF, ADI 4902/DF, ADI 4903/DF e ADI 4937/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 28/2/18 (Info 892).
	(TRF3-2018): Recentemente o STF concluiu o julgamento das ADI’s 4901, 4902, 4903, 4937 e da ADC 42, as quais tratavam de diversos dispositivos da Lei 12.651/12, denominada Código Florestal. De acordo com referido julgamento, é correto afirmar: Ao declarar a inconstitucionalidade das expressões “gestão de resíduos” e “instalações necessárias à realização de competições esportivas”, contidas no art. 3º, VIII, alínea b, da Lei 12.651/12, o STF reduziu as hipóteses em que se permite o desmatamento de área de preservação permanente por motivo de utilidade pública. BL: Info 892, STF.
Esse conceito de “utilidade pública” é utilizado em diversas partes da Lei 12.651/12 com a finalidade de excetuar a proteção às áreas de preservação permanente e de uso restrito. Veja, por exemplo:
Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.
§ 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.
 
Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25° e 45°, serão permitidos o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura física associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e interesse social.
 
O STF, concordando com os argumentos de um dos autores da ADI (PSOL), entendeu que não se pode aceitar que um Estado, “ao qual é imposta constitucionalmente a defesa e preservação do meio ambiente, conceba a gestão de resíduos (construção de aterros sanitários) e o lazer como hipóteses de intervenção e supressão de vegetação em áreas de preservação permanente e em áreas de uso restrito”. Em outras palavras, não se mostra compatível com o art. 225 da CF/88 autorizar-se a relativização da proteção da vegetação nativa protetora de nascentes, por exemplo, para “gestão de resíduos” ou para a realização de competições esportivas. (TRF3-2018)
	(DPEPA-2015-FMP): A mineração de ferro e bauxita é considerada como utilidade pública. BL: art. 3º, VIII, “b”, parte final, CFlo.
c) atividades e obras de defesa civil; (Cartórios/TJDFT-2014) (DPU-2017)
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo;
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; (TRF2-2018)
	#Atenção: #STF: #DOD: Deve-se dar interpretação conforme a Constituição ao art. 3º, VIII e IX, da Lei, de modo a se condicionar a intervenção excepcional em APP, por interesse social ou utilidade pública, à inexistência de alternativa técnica e/ou locacional à atividade proposta. STF. Plenário. ADC 42/DF, ADI 4901/DF, ADI 4902/DF, ADI 4903/DF e ADI 4937/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 28/2/18 (Info 892).
	#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Assim, em casos de utilidade pública ou interesse social, seria possível a “mitigação” da proteção ambiental, como no exemplo do art. 8º: “Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei. § 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.” A intervenção em áreas de preservação permanentedeve ser excepcional, a fim de evitar o comprometimento das funções ecológicas de tais áreas. Diante disso, o STF afirmou que essa previsão do art. 3º, VIII e IX, é constitucional, mas que a interpretação a ser dada é a de que somente pode haver intervenção em área de proteção permanente (APP) em casos excepcionais e desde que comprovada a inexistência de alternativa técnica e/ou locacional à atividade proposta.
IX - interesse social: (TJRJ-2012)
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas; (PGEAC-2012) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPPR-2021)
	(Cartórios/TJDFT-2014-CESPE): Consoante a Lei 12.651/12, consideram-se de interesse social as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa. BL: art. 3º, IX, “a, CFlo.
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área;
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei; (MPPR-2021)
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009; (PGM-POA/RS-2016)
e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade; (DPEPA-2015) (MPPR-2021)
	(MPPR-2021): Em consonância com as previsões do Código Florestal (Lei 12.651/2012), assinale a alternativa correta: Está compreendida no conceito de interesse social a implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade. BL: art. 3º, IX, “e”, CFlo.
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente; (MPAM-2015) (MPGO-2019) (MPPR-2021)
	(MPGO-2019): Segundo o disposto na Lei 12.651/2012 (Código Florestal), é correto afirmar: Entende-se por interesse social as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente. BL: art. 3º, IX, “f”, CFlo.
g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; (TRF2-2018)
	#Atenção: #STF: #DOD: Deve-se dar interpretação conforme a Constituição ao art. 3º, VIII e IX, da Lei, de modo a se condicionar a intervenção excepcional em APP, por interesse social ou utilidade pública, à inexistência de alternativa técnica e/ou locacional à atividade proposta. STF. Plenário. ADC 42/DF, ADI 4901/DF, ADI 4902/DF, ADI 4903/DF e ADI 4937/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 28/2/18 (Info 892).
	#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Assim, em casos de utilidade pública ou interesse social, seria possível a “mitigação” da proteção ambiental, como no exemplo do art. 8º: “Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei. § 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.” A intervenção em áreas de preservação permanente deve ser excepcional, a fim de evitar o comprometimento das funções ecológicas de tais áreas. Diante disso, o STF afirmou que essa previsão do art. 3º, VIII e IX, é constitucional, mas que a interpretação a ser dada é a de que somente pode haver intervenção em área de proteção permanente (APP) em casos excepcionais e desde que comprovada a inexistência de alternativa técnica e/ou locacional à atividade proposta.
X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:
a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e animais para a obtenção de água ou à retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável; (MPAC-2014) (MPRS-2016) (PCBA-2018)
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da água, quando couber;
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo; (TJMT-2014) (MPRS-2016)
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro; (MPRS-2016)
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos moradores;
f) construção e manutenção de cercas na propriedade; (MPRS-2016) (MPSC-2019)
	(MPSC-2019): A implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo, a construção e manutenção de cercas na propriedade e a construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro, são algumas das hipóteses de atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental definidas nas alíneas do inciso X do art. 3º da Lei Federal 12.651/12. BL: art. 3º, X, alíneas “c”, “d” e “f” do CFlo.
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na legislação aplicável; (MPRS-2016)
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação específica de acesso a recursos genéticos; (MPRS-2016) (PGEAC-2017)
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos vegetais, desde que não implique supressão da vegetação existente nem prejudique a função ambiental da área;
j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da área; (MPRS-2016) (PGEAC-2017) (PCGO-2017)
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;
XI - (VETADO);
XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos, usualmente com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas;  (Redação pela Lei nº 12.727, de 2012). (MPMG-2019)
XIII - manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos, sujeitos à ação das marés, formado por vasas lodosas recentes ou arenosas, às quais se associa, predominantemente, a vegetação natural conhecida como mangue, com influência fluviomarinha, típica de solos limosos de regiões estuarinas e com dispersão descontínua ao longo da costa brasileira, entre os Estados do Amapá e de Santa Catarina; (PCCE-2015)
XIV - salgado ou marismas tropicais hipersalinos: áreas situadas em regiões com frequências de inundações intermediárias entre marés de sizígias e de quadratura, com solos cuja salinidade varia entre 100 (cem) e 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde pode ocorrer a presença de vegetação herbácea específica;
XV - apicum: áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés superiores, inundadas apenas pelas marés de sizígias, que apresentam salinidade superior a 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), desprovidas de vegetação vascular;
XVI - restinga: depósito arenoso paraleloà linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado;
XVII - nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e dá início a um curso d’água; (PCCE-2015) (MPBA-2018) (MPMS-2018) (MPSC-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPMG-2021) (MPRS-2021)
	#Atenção: #STF: #DOD: #MPBA-2018: #MPMS-2018: #MPSC-2019: #PGM-Boa Vista/RR-2019: #CESPE: Deve-se dar interpretação conforme a Constituição ao art. 3º, XVII e ao art. 4º, IV, para fixar a interpretação de que os entornos das nascentes e dos olhos d´água intermitentes configuram área de preservação permanente. STF. Plenário. ADC 42/DF, ADI 4901/DF, ADI 4902/DF, ADI 4903/DF e ADI 4937/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 28/2/18 (Info 892).
	#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: A definição de nascente envolve perenidade (característica do que é perene = duradouro). Ocorre que o STF afirmou que não se pode negar proteção também aos entornos das nascentes e dos olhos d´água intermitentes. Assim, a interpretação deve ser a de que os entornos das nascentes e dos olhos d´água, mesmo que intermitentes, também configuram área de preservação permanente.
XVIII - olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que intermitente; (PCCE-2015) (MPBA-2018) (MPMG-2021) (MPRS-2021)
XIX - leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso d’água durante o ano; (MPBA-2018) 
XX - área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para construção de moradias, destinados aos propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações culturais; (MPRS-2016) (TJPR-2017) (MPMG-2021)
XXI - várzea de inundação ou planície de inundação: áreas marginais a cursos d’água sujeitas a enchentes e inundações periódicas; (PCCE-2015) (DPEAM-2018)
XXII - faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície de inundação adjacente a cursos d’água que permite o escoamento da enchente; (DPEAM-2018)
XXIII - relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área caracterizada por movimentações do terreno que geram depressões, cuja intensidade permite sua classificação como relevo suave ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso. (DPEAM-2018)
XXIV - pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo;  (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (DPEAM-2018)
XXV - áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetação adaptadas à inundação; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
XXVI – área urbana consolidada: aquela que atende os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 14.285, de 2021)
a) estar incluída no perímetro urbano ou em zona urbana pelo plano diretor ou por lei municipal específica;   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
b) dispor de sistema viário implantado;   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
c) estar organizada em quadras e lotes predominantemente edificados;   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
d) apresentar uso predominantemente urbano, caracterizado pela existência de edificações residenciais, comerciais, industriais, institucionais, mistas ou direcionadas à prestação de serviços; (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
e) dispor de, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura urbana implantados:   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
1. drenagem de águas pluviais;   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
2. esgotamento sanitário;   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
3. abastecimento de água potável;   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
4. distribuição de energia elétrica e iluminação pública; e   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
5. limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos;   (Incluída pela Lei nº 14.285, de 2021)
XXVII - crédito de carbono: título de direito sobre bem intangível e incorpóreo transacionável. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (PCCE-2015)
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, estende-se o tratamento dispensado aos imóveis a que se refere o inciso V deste artigo às propriedades e posses rurais com até 4 (quatro) módulos fiscais que desenvolvam atividades agrossilvipastoris, bem como às terras indígenas demarcadas e às demais áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu território. (AGU-2013)
	#Atenção: #STF: #DOD: #MPBA-2018: São inconstitucionais as expressões “demarcadas” e “tituladas”, contidas no art. 3º, parágrafo único.. STF. Plenário. ADC 42/DF, ADI 4901/DF, ADI 4902/DF, ADI 4903/DF e ADI 4937/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 28/2/18 (Info 892).
O STF declarou a inconstitucionalidade das expressões “demarcadas” e “tituladas”, de forma que tais terras e áreas poderão receber o tratamento diferenciado mesmo sem demarcação e titulação. Isso porque a titulação do território das comunidades tradicionais e dos povos indígenas representa uma mera “formalidade”, de caráter declaratório (e não constitutivo). Em outras palavras, mesmo sem demarcação ou titulação, tais territórios já existem e devem receber tratamento diferenciado independentemente dessas formalidades. A exclusão dessas palavras foi, portanto, para beneficiar os povos indígenas e as comunidades tradicionais.
CAPÍTULO II
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Seção I
Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente
Art. 4o  Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: (TJAC-2012) (PGEPA-2012) (TJSC-2013) (MPPR-2013) (DPEAM-2013) (DPESP-2013) (TRF1-2013) (MPAC-2014) (MPGO-2014) (MPPA-2014) (PGEAC-2014) (TRF5-2015) (TRF4-2012/2016) (TJAM-2016) (PGEMT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJPR-2017) (MPRO-2017) (MPRR-2017) (MPSP-2017) (DPU-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJCE-2018) (MPBA-2018) (MPMS-2018) (PGESC-2018) (PCSE-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMG-2014/2019) (MPSC-2013/2014/2016/2019) (MPPI-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPRS-2014/2021) (TJSP-2021) (TJMA-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (AGU-2023)
	(TRF4-2016): As áreas de preservação permanente: Podem-se situar tanto em zonas rurais quanto em urbanas. BL: art. Caput, CFlo.
(MPGO-2014): A área de preservação permanente poderá estar situada em zonas rurais ou urbanas, áreas públicas ou particulares, podendo estar coberta ou não por vegetação nativa. BL: art. 3º, II[footnoteRef:1] e art. 4º, caput do CFlo. [1: Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...) II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;] 
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (TRF4-2012) (PGEPA-2012) (DPESP-2013) (TRF1-2013) (MPPA-2014) (PGEAC-2014) (TRF5-2015) (MPRR-2017) (MPSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPBA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPSC-2013/2014/2016/2019) (MPPI-2019) (TJSP-2021) (TJMA-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (AGU-2023)
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; (TRF4-2012) (PGEPA-2012) (DPESP-2013) (TRF1-2013)(MPPA-2014) (TRF5-2015) (MPSC-2013/2016) (MPRR-2017) (MPPI-2019) (TJSP-2021) (TJMA-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; (TRF4-2012) (DPESP-2013) (TRF1-2013) (MPSC-2016) (TJSP-2021) (TJMA-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; (TRF4-2012) (DPESP-2013) (TRF1-2013) (TJSP-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; (TRF4-2012) (DPESP-2013) (TRF1-2013) (TJSP-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; (TRF4-2012) (DPESP-2013) (TRF1-2013) (MPPA-2014) (TRF5-2015) (TJSP-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	#Atenção: #STJ: #DOD: #TJSP-2021: #PGM-Florianópolis/SC-2022: #VUNESP: Código Florestal define faixa não edificável a partir de curso d’água em áreas urbanas, não se aplicando os limites menores previstos na Lei do Parcelamento do Solo Urbano: Na vigência do novo Código Florestal (Lei 12.651/12), a extensão não edificável nas Áreas de Preservação Permanente de qualquer curso d' água, perene ou intermitente, em trechos caracterizados como área urbana consolidada, deve respeitar o que disciplinado pelo seu art. 4º, caput, inciso I, alíneas a, b, c, d e e, a fim de assegurar a mais ampla garantia ambiental a esses espaços territoriais especialmente protegidos e, por conseguinte, à coletividade. STJ. 1ª S. REsp 1770760/SC, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 28/04/21 (Recurso Repetitivo – Tema 1010) (Info 694). Depois do julgado acima comentado, foi editada a Lei 14.285/21 que acrescentou o § 10 no art. 4º do Código Florestal, prevendo o seguinte: “Art. 4º (...) § 10. Em áreas urbanas consolidadas, ouvidos os conselhos estaduais, municipais ou distrital de meio ambiente, lei municipal ou distrital poderá definir faixas marginais distintas daquelas estabelecidas no inciso I do caput deste artigo, com regras que estabeleçam: I – a não ocupação de áreas com risco de desastres; II – a observância das diretrizes do plano de recursos hídricos, do plano de bacia, do plano de drenagem ou do plano de saneamento básico, se houver; e III – a previsão de que as atividades ou os empreendimentos a serem instalados nas áreas de preservação permanente urbanas devem observar os casos de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental fixados nesta Lei.”
	(TJSP-2021-VUNESP): Considerando, de um lado, a necessidade de garantia da melhor e mais eficaz preservação do meio ambiente natural e do meio ambiente artificial, e, de outro, a superveniência da Lei 13.913/19, que suprimiu a expressão “... salvo maiores exigências da legislação específica”, concluiu-se que na vigência do novo código florestal, a extensão não edificável nas áreas de preservação permanente de qualquer curso d’agua, perene ou intermitente, em trechos caracterizados como área urbana consolidada, deve respeitar o disciplinado no seu artigo 4º , caput, inciso I, alíneas a, b, c, d e e, a fim de assegurar a mais ampla garantia ambiental a esses espaços territoriais especialmente protegidos e, consequentemente, a toda sociedade. BL: Info 694, STJ.
	(TRF5-2015-CESPE): Ao constatar a existência de um condomínio de casas de veraneio em APP às margens de um grande rio que banha dois estados, o IBAMA lavrou autos de intimação demolitória. Registrou, ainda, que houve desmatamento de área de reserva legal. Na defesa administrativa, foi provado que houve licenciamento ambiental pelo ente estadual competente e que o empreendimento estava em área previamente degradada em zona urbana, conforme o PDOT. Rejeitada a defesa administrativa, os particulares ingressaram com ações anulatórias dos autos de infração em que sustentavam incompetência do IBAMA, entre outras alegações de nulidade. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta: A largura da APP, em razão de se tratar de área marginal de rio perene, não se altera, esteja o rio em zona urbana ou rural. BL: art. 4º, I, alíneas “a” e “e”, CFLO.
#Atenção: De fato, o CFlo estabelece os limites das APPs em margens de rios perenes sem distinguir áreas urbanas ou rurais. Assim, a largura da APP não se altera conforme a localização do rio, ou seja, a largura é a mesma para rios situados em área urbana ou rural. Portanto, o fato de estar em zona urbana ou rural realmente não altera a largura da APP e sim a largura dos cursos d'água, conforme dispõe o art. 4, I do CFlo.
(MPPA-2014-FCC): Sobre áreas de preservação permanente, de acordo com a Lei nº 12.651/12 (Novo Código Florestal) é correto afirmar: Assim são consideradas, em zonas rurais ou urbanas, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima entre 30 e 500 metros, dependendo esta da respectiva largura do curso d´água. BL: art. 4º, I, alíneas “a” e “e”, CFLO.
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: (AGU-2023)
	(AGU-2023-CESPE): O Código Florestal protege as faixas marginais de qualquer curso d' água natural, perene e intermitente, e as áreas no entorno de lagos e lagoas naturais, sob o título de área de preservação permanente. BL: art. 4º, caput, I e II, CFlo.
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; (TRF4-2012) (PGEPA-2012) (MPMG-2014) (PGEAC-2014)
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; (TRF4-2012) (PGEPA-2012) (MPMG-2014) (PGEAC-2014) (TJPR-2017) (MPRO-2017)
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (TJAC-2012) (TJSC-2013) (MPPR-2013) (MPAC-2014) (PGEAC-2014) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2021)
	(MPRS-2021): Assinale a alternativa correta: Configuram Área de Preservação Permanente as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento. BL: art. 4º, III, do CFlo.
(MPPR-2013): Assinale a alternativa correta: Nos termos da Lei 12.651/12, considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas: As áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento. BL: art. 4º, III, do CFlo.
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). (TRF4-2012) (PGEPA-2012) (TJSC-2013) (MPPR-2013) (MPRO-2017) (MPBA-2018) (MPMS-2018) (MPPI-2019) (MPSC-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPRS-2021)
	#Atenção: #STF: #DOD: #MPBA-2018: #MPMS-2018: #MPSC-2019: #MPRS-2021: Deve-se dar interpretação conforme a Constituição ao art. 3º, XVII e ao art. 4º, IV, para fixar a interpretação de que os entornos das nascentes e dos olhos d´água intermitentes configuram área de preservação permanente. STF. Plenário. ADC 42/DF, ADI 4901/DF, ADI 4902/DF, ADI 4903/DF e ADI 4937/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 28/2/18 (Info 892).
	#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: A definição de nascente envolve perenidade (característica do que é perene = duradouro). Ocorre que o STF afirmou que não se pode negar proteção também aos entornos das nascentes e dos olhos d´água intermitentes. Assim, a interpretação deve ser a de que os entornos das nascentes e dos olhos d´água, mesmo que intermitentes, também configuram área de preservação permanente.
#Questões sobre o tema:
(MPSC-2019): De acordo com decisão proferida pelo STF, no julgamentoda ADI 4.903, foi reconhecida a caracterização das nascentes e olhos d'água intermitentes como áreas de preservação permanente, de modo que, atualmente, a proteção do entorno destas áreas abrange o raio mínimo de 50 (cinquenta) metros no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes e intermitentes, nos termos do art. 4º, IV, da Lei Federal n. 12.651/2012. BL: Info 892, STF.
(MPPI-2019-CESPE): De acordo com o Código Florestal, considera-se área de preservação permanente a área no entorno das nascentes, intermitentes ou perenes, qualquer que seja a sua situação topográfica, em um raio mínimo de 50 metros. BL: Info 892, STF.
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; (TJSC-2013) (PGEMT-2016) (MPRO-2017) (DPU-2017)
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; (TRF4-2012) (PGEPA-2012) (DPEAM-2013) (MPRS-2014) (PGESC-2018)
VII - os manguezais, em toda a sua extensão; (TRF4-2012) (PGEPA-2012) (DPEAM-2013) (MPRS-2014) (PGESC-2018) (PCSE-2018) (MPPI-2019)
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; (TJSC-2013) (MPPI-2019)
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; (MPPR-2013)
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; (TRF4-2012) (MPSC-2013) (PGEMT-2016) (MPRO-2017)
	(MPSC-2013): Conforme a Lei 12.651/12, as áreas em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação, considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas. BL: art. 4º, X, do CFlo.
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). (MPPR-2013) (PGESC-2018) (MPMG-2019) (TJMA-2022)
	(MPMG-2019): Assinale a alternativa correta: A definição legal da Área de Preservação Permanente, no caso de vereda - fitofisionomia de savana é a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. BL: art. 3º, XII[footnoteRef:2] c/c art. 4º, XI, do CFlo. [2: Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...) XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos, usualmente com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas;] 
§ 1o  Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água naturais. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). (TJAC-2012) (TJSC-2013) (MPPR-2013) (MPAC-2014) (PGESC-2018) (MPGO-2019)
	(MPGO-2019): Segundo o disposto na Lei 12.651/12 (Código Florestal), é correto afirmar: Não será exigida área de preservação permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d'água naturais. BL: art. 4º, §1º, CFlo.
§ 2o  (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 3o  (VETADO).
§ 4o  Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III do caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do órgão ambiental competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). (TJRS-2012) (MPAC-2014)
§ 5o  É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata o inciso V do art. 3o desta Lei, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de novas áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo e seja protegida a fauna silvestre. (PGM-BH/MG-2017) (PGESP-2018)
§ 6o  Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que: (MPBA-2015) (MPRR-2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPBA-2018)
I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;
II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos hídricos; (MPRR-2017)
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente; (MPRR-2017)
	(MPRR-2017-CESPE): A prática da aquicultura em lagoa natural, bem como a instalação da infraestrutura física associada no entorno da lagoa e em faixa com largura mínima de cem metros, será admitida desde que seja realizado o licenciamento por órgão ambiental competente, conforme os módulos fiscais do imóvel. BL: art. 4º,§6º, III, CFlo.
IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR. (MPRR-2017)
V - não implique novas supressões de vegetação nativa. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). (MPRR-2017)
§ 7o  (VETADO).
§ 8o  (VETADO).
§ 9o  (VETADO).      (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
	(TJAL-2015-FCC): Determinado curso d’água natural, perene e intermitente, com 8 metros de largura, possui como área de preservação permanente suas faixas marginais com 30 metros de largura. Ao ingressar na zona urbana do Município, esta área de preservação permanente não sofrerá alteração. BL: art. 4º do CFlo.
§ 10. Em áreas urbanas consolidadas, ouvidos os conselhos estaduais, municipais ou distrital de meio ambiente, lei municipal ou distrital poderá definir faixas marginais distintas daquelas estabelecidas no inciso I do caput deste artigo, com regras que estabeleçam:   (Incluído pela Lei nº 14.285, de 2021)
I – a não ocupação de áreas com risco de desastres;   (Incluído pela Lei nº 14.285, de 2021)
II – a observância das diretrizes do plano de recursos hídricos, do plano de bacia, do plano de drenagem ou do plano de saneamento básico, se houver; e   (Incluído pela Lei nº 14.285, de 2021)
III – a previsão de que as atividades ou os empreendimentos a serem instalados nas áreas de preservação permanente urbanas devem observar os casos de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental fixados nesta Lei.   (Incluído pela Lei nº 14.285, de 2021)
Art. 5o  Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana.  (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
	(MPMG-2013): Sobre o novo Código Florestal (Lei 12.651/12), é correto afirmar-se: Para a implementação de reservatório d'água artificial destinado à geração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metrosem área urbana. BL: art. 5º, CFLo. 
§ 1o  Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o uso exceder a 10% (dez por cento) do total da Área de Preservação Permanente.      (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 2o  O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei, deverá ser apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do empreendimento, não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de instalação.
§ 3o  (VETADO).
Art. 6o  Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: (DPETO-2013) (TRF1-2013) (PGEPI-2014) (TJAM-2016) (PGEAC-2017) (TJCE-2018)
	(TJAM-2016-CESPE): Considerando que se confere especial proteção ambiental a áreas com características ambientais relevantes, assinale a opção correta: A identificação física de determinadas APPs depende da edição de ato normativo, sendo outras APPs identificáveis por sua localização, a partir de mera aplicação do Código Florestal. BL: arts. 4º e 6º, CFlo.
#Atenção: Aquelas mencionadas no art. 4º são APPs identificadas simplesmente por sua localização, nos termos do art. 4º do CFlo: “Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: (...)”. Já aquelas trazidas no art. 6º do CFlo dependem da edição de ato normativo. 
(TJPB-2011-CESPE): Com relação às APPs, assinale a opção correta: Admite-se a instituição de APPs tanto por lei quanto por ato do poder público, que, de forma discricionária, decidirá da conveniência ou da necessidade de instituí-las com base em critérios legalmente preestabelecidos. BL: art. 6º do CFlo.
#Atenção: Mesmo diante da instituição do Novo Código Florestal, constata-se que as APP’s podem ser criadas tanto por lei quanto por ato do Poder Público. O art. 4º do CFlo criou diversas APP’s, que não dependem de qualquer ato do Poder Público para existir. Por outro lado, o art. 6º do CFlo prevê a possibilidade de instituição de outras APP’s, de acordo com o interesse social, e que demandam um ato do Chefe do Poder Executivo para serem criadas (decreto), desde que observados critérios legais.
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha;
II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas; (TJCE-2018)
	(TJCE-2018-CESPE): Com base no Código Florestal - Lei 12.651/12 -, assinale a opção correta: Uma área coberta de florestas e que exerce a função de proteger várzeas pode ser considerada de preservação permanente se declarada de interesse social por ato do chefe do Poder Executivo. BL: art. 6º, III, CFlo.
#Atenção: Várzea não é uma APP por determinação legal, exigindo-se ato do chefe do Poder Executivo que reconheça o interesse social da área para que seja considerada APP. Desse modo, o rol previsto no art. 4º do CFlo não é taxativo, podendo o Poder Executivo, "por discricionariedade administrativa", criar outras hipóteses de APP, conforme dispõe o art. 6º do CFlo.
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público; 
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares.
	(TRF4-2012): Segundo a Lei nº 12.651/2012, assinale a alternativa correta: Considera de preservação permanente, quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; assegurar condições de bem estar público; ou auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares. BL: art. 6º, V, VI, VII e VIII, CFlo.
 IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
Seção II
Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente
Art. 7o  A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. (PGDF-2013) (MPAC-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJMA-2022)
	(Anal. Legisl.-Câm. Deputados-2014-CESPE): As florestas públicas e privadas são objeto de regulamentação no Brasil. O tema suscitou recentemente diversos debates nacionais e internacionais sobre o novo Código Florestal. A respeito desse assunto e de suas interfaces com outras áreas, julgue o item subsequente. Nesse sentido, considere que a sigla APP, sempre que empregada, refere-se a área de preservação permanente. A APP, em zonas rurais ou urbanas, compreende tanto a vegetação existente em áreas públicas, quanto a vegetação de áreas privadas.   BL: arts. 4º e 7º do CFlo.
§ 1o  Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. (AGU-2012) (DPESP-2013) (PGDF-2013) (PGEGO-2013) (TJSP-2014) (MPAC-2014) (MPF-2015) (PCPA-2016) (MPSP-2017) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
§ 2o  A obrigação prevista no § 1o tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. (AGU-2012) (PGEGO-2013) (MPAC-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEAC-2014) (MPF-2015) (PCPA-2016) (TJPR-2017) (MPSP-2017) (MPRS-2017) (DPU-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2014/2018) (TJSP-2014/2018) (TRF2-2014/2017/2018) (PGEAP-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (TJRJ-2012/2019)
	(TJPR-2017-CESPE): O MP ajuizou ACP por dano ambiental contra um cidadão, por ter sido constatada edificação em área de preservação permanente dentro de sua propriedade. O órgão pediu a condenação na forma de obrigação de fazer a reparação in natura e de pagamento de indenização em pecúnia. Em sua defesa, o réu alegou que a edificação foi feita pelo proprietário anterior, que a área era previamente desmatada e que comprou o imóvel desconhecendo a condição de APP daquele local. Nessa situação hipotética, as obrigações do réu em relação à APP têm natureza propter rem. BL: art. 2º, §2º[footnoteRef:3] c/c art. 7º, §2º do CFLo e Entendimento Jurisprud. [3: Art. 2º. (...) § 2º As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.] 
#Atenção: #STJ: #TJPR-2017: #PGM-BH/MG-2017: #TJMT-2018: #PGEAP-2018: #CESPE: #FCC: #VUNESP: Além da previsão genérica no art. 2º, §2º do CFlo, temos, ainda, o art. 7º, §2º, que trata especificamente das Áreas de Preservação Permanente, dispondo que a obrigação de recomposição da vegetação situada em tais áreas é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. O STJ também possui entendimento no mesmo sentido: “(...) A Caixa Econômica Federal sustenta que "as construções questionadas pelo Ministério Público como causadoras de danos ambientais não foram realizadas pela Caixa Econômica Federal, mas sim por terceiros que ocuparam a área muito antes da área ser transformada em uma APA- Área de Proteção Ambiental". O STJ possui entendimento pacífico de que a responsabilidadecivil pela reparação dos danos ambientais adere à propriedade, como obrigação propter rem, sendo possível cobrar também do atual proprietário condutas derivadas de danos provocados pelos proprietários antigos. (...)” (STJ. 2ª T., REsp 1622512/RJ. Rel. Min. Herman Benjamin, j. 22/09/16).
(TJSP-2014-VUNESP): Anos após adquirir a propriedade de um pequeno sítio, localizado em área de preservação ambiental, “A” é notificado pela fiscalização da autoridade ambiental competente, no sentido de que tal área apresentaria sinais de degradação. Ao adquirir o imóvel, “A” estava ciente da referida restrição, bem como da mencionada degradação, que era preexistente. A partir dessa premissa, assinale a opção correta: “A” é responsável, ainda que não tenha sido quem causou a degradação da área, na medida em que a responsabilidade, in casu, deriva de obrigação propter rem. BL: 7º, §§1º e 2º do CFlo e jurisprudência do STJ.
#Atenção: #TJRJ-2012: #AGU-2012: #MPF-2015: #TRF2-2017: #TJMT-2018: #CESPE: #VUNESP: (…) Essa obrigação de recuperá-la independe do fato de ter sido o proprietário o autor da degradação ambiental, mas decorre de obrigação propter rem, que adere ao título de domínio ou posse (…). (STJ, REsp 1.237.071-PR, Rel. Min. Humberto Martins, j. 3/5/11 – Info 471).
§ 3o  No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22 de julho de 2008, é vedada a concessão de novas autorizações de supressão de vegetação enquanto não cumpridas as obrigações previstas no § 1o. (MPMG-2013) (PGDF-2013)
	(MPMG-2013): Sobre o novo Código Florestal (Lei 12.651/12), é correto afirmar-se: O proprietário, possuidor ou ocupante a qualquer título de área de preservação permanente desmatada sem autorização anteriormente a 22 de julho de 2008, poderá obter novas autorizações de supressão sem a condição de prévia recomposição da área ilegalmente suprimida. BL: art. 7º, §3º, CFLo. [Obs.: Interpretação a contrario sensu do §3º]
Art. 8o  A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei. (TJPB-2011) (MPRO-2013) (DPEAM-2013) (TJCE-2014) (TRF2-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPEPA-2015) (PCDF-2015) (TRF4-2012/2016) (PGEMT-2016) (PCPA-2016) (PGEAC-2014/2017) (MPRS-2017) (TRF5-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJRS-2012/2018) (PCBA-2018) (PCSE-2018) (MPSC-2014/2019) (TJMA-2022)
§ 1o  A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. (TJCE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGEMT-2016) (PCPA-2016) (PGEAC-2014/2017) (MPRS-2017) (TRF5-2017) (TJRS-2012/2018) (PCBA-2018) (MPSC-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TJMA-2022)
	(TJCE-2014-FCC): A empresa QTC Empreendimentos Imobiliários apresen- tou projeto para a construção de duas torres residenciais e uma torre comercial em área de depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo e arbustivo. A área é caracterizada como fixadora de dunas existentes na região e está localizada na zona urbana do Município. Neste caso, o empreendimento não poderá ser autorizado por estar em área de preservação permanente. BL: art. 3º, XVI; art. 4º, VI[footnoteRef:4] e art. 8º, §1º, CFlo. [4: Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...) XVI - restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado; (...) Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: (...) VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;] 
(Cartórios/TJDFT-2014-CESPE): Consoante a Lei 12.651/12, em uma determinada propriedade onde haja área de preservação permanente, a vegetação nativa pode ser suprimida, ainda que protetora de nascente, em caso de utilidade pública. BL: art. 8º, §1º, CFlo.
§ 2o  A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4o poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. (DPEAM-2013) (TJCE-2014) (TRF4-2012/2016) (PGEMT-2016) (MPRS-2017) (PGEAC-2017) (PCBA-2018) (PCSE-2018) (TJMA-2022)
	Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: (...)
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão; (...)
	(DPEAM-2013-FCC): A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em área de preservação permanente poderá ser autorizada, excepcionalmente, nas restingas estabilizadoras de mangues e nos manguezais, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. BL: art. 8º, §2º, CFlo.
(TRF4-2012): Segundo a Lei nº 12.651/2012, assinale a alternativa correta: Permite a intervenção ou a supressão de vegetação nativa em área de preservação permanente constituída por restingas, como fixadoras de dunas ou em manguezais, a ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. BL: art. 8º, §2º, CFlo. 
§ 3o  É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas. (MPES-2013) (MPRO-2013) (DPEAM-2013) (PGEMS-2014) (PGEMT-2016) (TJPR-2017) (DPU-2017) (PGEAC-2017) (PGM-BH/MG-2017)
	(PGEMS-2014): Assinale a alternativa correta: Nos termos do atual Código Florestal, em caráter de urgência, é dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas. BL: art. 8º, §3º, CFlo. 
§ 4o  Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta Lei. (PGEAC-2017) (TJRS-2012/2018) (PCBA-2018)
	(TJRS-2018-VUNESP): Considerando o disposto no Código Florestal – Lei 12.651/12, é correta a seguinte afirmação: não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas na Lei 12.651/12. BL: art. 8º, §4º, CFlo.
 
(PCBA-2018-VUNESP): Nos termos do disposto na Lei 12.651/12, assinale a alternativa correta: Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta Lei, nas Áreas de Preservação Permanente. BL: art. 8º, §4º, CFlo.
Art. 9o  É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental. (TJPB-2011) (TJRS-2012) (PGEGO-2013) (TJMT-2014) (MPAC-2014) (PGEPI-2014) (MPPR-2016) (TRF4-2016)

Continue navegando