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Tolerância imunológica e autoimunidade. Em algum momento a inflamação precisa parar para não ocorrer inflamação crônica. Tolerância imunológica Não responsividade ao antígeno. As células ao encontrarem os antígenos podem ficar inativados ou serem eliminadas. É um mecanismo de tolerância para que o organismo não reaja a todos os antígenos, antígenos próprios do corpo e não causar doenças autoimunes. Antígenos tolerógenos: antígenos próprios do organismo. Ativa mecanismos de tolerância. Antígenos imunógenos: estranhos, provenientes de micro-organismos. Induzem a proliferação e diferenciação para que ocorra a resposta imunológica. Mecanismo de ativação: organismo tolera o antígeno, não responde pelo os mecanismos de: morte do linfócito T e anergia. O mecanismo de tolerância também faz o controle de respostas inflamatórias excessivas. Via pulmonar e alimentar são vias comuns de entrada de antígenos. Substrato genético: resposta TH2 é mais fácil por via pulmonar. Perda de tolerância: indivíduo se torna alérgico, adquire intolerância à certo antígeno. Interleucina IL10: Bloqueia a ativação dos anticorpos contra o próprio organismo. Importante citocina anti-inflamatória e imunossupressora. Produzida por linfócitos T (CD8+) e B, células monocíticas, células Natural Killer, células dendríticas, eosinófilos e neutrófilos. Autoimunidade Perda da auto tolerância, resposta as próprias células. Doença auto-imune Doença causada pela falha da auto-tolerância com consequente lesão tecidual; pode ser localizada ou sistêmica. Aspectos da tolerância imunológica Indivíduos normais são tolerantes aos seus antígenos, porque os linfócitos que os reconhecem são destruídos ou inativados. A exposição de antígenos estranhos aos linfócitos em desenvolvimento induz tolerância a esses antígenos. A tolerância imunológica depende da propriedade do antígeno, estado de maturação dos linfócitos e dos tipos de estímulos recebidos quando o linfócito encontra o antígeno próprio. Alguns tumores ou micro-organismos podem evitar o ataque imune, induzindo a falta de responsividade em linfócitos específicos. Podemos através de tratamentos, induzir a tolerância. Exemplo: prevenção de rejeição de órgãos/células tronco; tratamento de doenças alérgicas, tratamento de doenças imunes. Tumores: Perda de tolerância imunológica. Transplantes: corpo vai querer atacar essa célula estranha. Para que isso não ocorra se induz a auto tolerância por meio de fármacos imunossupressores. Tipos de tolerância Tolerância central Ocorre durante a maturação dos linfócitos nos órgãos centrais. Linfócitos auto-reativos imaturos encontram o antígeno e podem ocorrer três mecanismos: 1. Mudança do receptor do linfócito. 2. Apoptose - ocorre a seleção negativa/deleção que leva a morte celular por apoptose; 3. Diferenciação de células TCD4 em células T reguladoras (Treg), subtipo do CD4, que migram para a periferia e impedem respostas a autoantígenos. Tolerância periférica Os linfócitos maduros da periferia reconhecem antígenos e com isso: 1. Anergia - tornam-se incapazes de responder a esses antígenos; 2. Apoptose - são induzidos a morte celular por apoptose; 3. Transformação dos linfócitos T em Treg - são ativamente suprimidas por células Treg. Anergia: células apresentam um bloqueio de transdução de sinal induzido pelo TCR. Há reconhecimento do antígeno próprio, há envolvimento dos receptores inibitórios (ex: CTLA4 e PD1)ou bloqueio da sinalização para, assim, a célula T ser não responsiva (anérgica). Supressão por células T reguladoras (Treg): são um subtipo da TCD4, as agem para não induzir resposta imune. Ocorre reconhecimento do antígeno próprio e as células Treg induzem a inibição das células T e das funções das células T efetoras. Características fenotípicas das células T reguladoras: são essenciais para se manter a tolerância imunológica, usam IL2 e TNF-beta para sobreviverem. Os linfócitos T reguladores (Treg) são um subtipo de linfócitos T CD4+ (auxiliar/helper) que têm a função de regular a resposta imune e manter a autotolerância. Simplificando, são linfócitos que regulam outros linfócitos. Eles são gerados por meio do reconhecimento de antígenos próprios no timo e pelo reconhecimento de antígenos próprios e não próprios nos órgãos linfoides periféricos. Tregs produzem o fator de crescimento TGF-beta e il 10. Cd25: O antígeno CD25, a subunidade alfa do receptor de IL2. Após a ativação das células T, a IL-2 é rapidamente sintetizada e secretada. TGF-beta: proteína que controla a proliferação, diferenciação celular e outras funções na maioria das células. IL10: citocina anti-inflamatória. IL2: alimenta, interleucina que induz a maturação de linfócitos B e maturação de células T. Foxp3: crescimento, um fator transcricional que atua modulando a resposta imune e alterando o desenvolvimento e a progressão de doenças. Citocinas produzidas pelo Treg. Fator de transformação do crescimento (TGF-Beta) Faz tudo contrário, inibe a proliferação e as funções efetoras de células T e a ativação de macrófagos. Estimula a produção de anticorpos IGA, induzindo células B a alternar para esse isotipo. Promove o reparo do tecido depois que as reações inflamatórias e imunológicas diminuem. Estimula a expressão de FoxP3. Interleucina 10 Inibe a produção IL12 (IL12 alimenta a proliferação de linfócitos B tradicionais principalmente TH1), inibe a expressão de coestimuladores e de moléculas do MHC II em células dendríticas e macrófagos, não ocorre resposta imune. Tolerância periférica dos linfócitos B Os linfócitos B que reconhecem antígenos próprios nos tecidos periféricos na ausência de células T auxiliares podem se tornar irresponsivos (anergia), ou podem sofrer deleção (apoptose), ou pode ocorrer alteração de receptores (receptores inibitórias). Fatores que determinam o grau de tolerância dos antígenos protéicos • Depende da molécula e qual é o antígeno. • Quanto menor as moléculas mais fácil de serem toleradas. • Medicação subcutânea é mais propensa a ter reação imunológica do que oral. • Exaustão Clonal: Tolerância induzida por antígenos protéicos estranhos. Algumas infecções sistêmicas podem iniciar resposta imunológica, sendo esta diminuída antes que o vírus seja removido, resultando em infecção persistente; isso é chamado de exaustão clonar, sugerindo que após uma resposta inicial ficam anérgicos ou “esgotados”; Autoimunidade Ocorre por um mecanismo de falha na autotolerância das células T ou B. • Defeitos na apoptose de células B ou T; números e funções defeituosas de linfócitos T reguladores; função inadequada de refletores inibitórios; ativação de APC, que supera mecanismos reguladores e resulta em ativação excessiva de células T. Os principais fatores que contribuem para a autoimunidade são a susceptibilidade genética e causas ambientais. Atualmente: genética + ambiente + alimentação. Outro fator: inflamação e infecções -> doenças autoimunes. A formação de imunocomplexos circulantes produz doenças sistêmicas; Respostas de anticorpos ou linfócitos T contra antígenos teciduais restrito leva a doenças órgão específicas; Doenças autoimunes: Tireoidite de Hashimoto, Doença de Graves, Anemia perniciosa, DM insulinodependente, Pênfigo, Doença Celíaca, Anemia Hemolítica Autoimune, Cirrose Biliar Primária, Hepatite Crônica Al, Síndrome Sjogren, Artrite Reumatóide, Dermatomiosite, esclerodermia, LES- Lúpus Eritematoso Sistêmico. Tireoidite de Hashimoto/Hipotireoidismo • Hipersensibilidade tipo II • Caracterizado por infiltrado linfo-plasmocitário do parênquima tireoidiano. • Predisposição genética e fatores ambientais (stress, infecção, drogas). • A doença resulta da incapacidade dos linfócitos T supressores em destruir clones de linfócitos sensibilizados por antígenos tireoidianos. Ocorre citotoxidade mediada por células “natural killer” e interação de linfócitos T helper com linfócitos B, produzindo anticorpos contra componentes tireoidianos. • Quebra da tolerânciaimunológica, resposta imune normal. • Dosagem no exame de sangue: anticorpos contra a própria tireoide. • É uma das principais causas do hipotireoidismo, que é avaliado pela dosagem dos hormônios TSH e T4 livre. TSH recebe estímulo e produz o T4. • No geral o TSH está elevado e o T4l abaixo do valor de referência. • Hipertireoidismo - o contrário: TSH baixo e T4 livre alto. • Ultrasonografia de tireóide pode avaliar nódulos ou alterações locais. • Paciente pode se queixar de sintomas de aumento da glândula tireóide que pode ser perceptível, ou sintomas clínicos de hipotireoidismo: cansaço, sono, aumento peso, perda de cabelos, inchaço nas extremidades, menstruação intensa ou prolongada, rigidez das articulações, ritmo cardíaco lento, sensibilidade ao frio ou tireóide aumentada • <4,5 μUI/mL: níveis normais de TSH, baixa probabilidade de hipotireoidismo. • de 4,5 a 10 μUI/mL: alteração no nível de TSH no sangue, podendo indicar um caso de hipotireodismo. • >10 μUI/mL: nível alto de TSH, com grandes chances de hipotireoidismo. Dosagem de anticorpos: 1. Antitireoperoxidase (anti TPO): Se vem alto na dosagem, há resposta autoimune. 2. Antitireoglobulina. 3. Anticorpo contra receptor do TSH (TRAb). Doença de Graves/Hipertireoidismo • Hipersensibilidade tipo II • Excesso de função da tireoide. Produção excessiva de hormônios pela tireoide. O problema é mais comum em mulheres com menos de 40 anos. • A doença de Graves é a principal causa de hipertireoidismo. • É uma doença autoimune de etiologia não esclarecida, multifatorial e com evidente predisposição genética. • Na doença de Graves, imunoglobulinas estimuladoras da tireoide produzidas pelos linfócitos B ligam-se e ativam o receptor de TSH, promovendo secreção de hormônio tireoidiano e crescimento da glândula tireoide. • Níveis séricos detectáveis de anti-rTSH. • TSH baixo, T3 e T4 altos (bem produzidos, manda Feedback para menor produção de TSH). Eco, cintilografia. • Sintomas: perda de peso, exoftalmia (olhos saltados), bócio, palpitação, ansiedade, tremor das mãos, sensibilidade ao calor e tireoide aumentada. • Tratamento: propiltiuracil ou metimazol, iodo radioativo, cirurgia. Anemia perniciosa • Hipersensibilidade tipo II • Os auto-anticorpos (específicos anticélulas parietais contra o estômago) bloqueiam as células da mucosa gástrica, impedindo que a ligação entre a cobalamina e o fator intrínseco ocorra. • Isso ocasiona atrofia da mucosa do estômago, gerando ausência do ácido clorídrico livre no suco gástrico e diminuição da secreção do fator intrínseco (IF) importante para a absorção da vitamina B12 (colabonina). • Surge uma gastrite autoimune com infiltração de células mononucleares, como monócitos e linfócitos T Cd4+, na submucosa gástrica. • A anemia perniciosa é uma anemia megaloblástica, que ocorre pela ausência de Fator Intrínseco (FI) secretado pelas células parietais da mucosa gástrica, há deficiência nutricional de cobalamina, levando à atrofia da mucosa gástrica. Deficiência de vitamina B12 e ácido fólico. • Alguns dos sintomas são fadiga, retardo no desenvolvimento, tremores e parestesias. As pessoas podem ter fadiga, perda de apetite, tontura, falta de ar, fraqueza muscular, palidez, perda de peso, sensação de formigamento, ou estômago inflamado • Aumento VCM (Volume Corpuscular Médio): anemia macrocitica. • Hemograma completo: esse teste mede os níveis de vitamina B12 e de ferro no sangue; Biópsia: pode ser necessário realizar um biópsia nas paredes do seu estômago a fim de verificar a anemia perniciosa; Teste de deficiência de IF: a deficiência de fator intrínseco é testada por meio de uma amostra de sangue. Doença celíaca • Ocorre em pacientes geneticamente predispostos. • O glúten, proteína alimentar presente nos cereais, trigo, centeio, cevada e aveia é o desencadeador externo da doença celíaca. • Ocorre atrofia da mucosa do estômago devido processo inflamatório local, decorrente de uma resposta imunológica exarcebada contra componentes da mucosa intestinal do próprio indivíduo. • A forma clássica da doença celíaca ocorre mais comumente na infância precoce, meses após a introdução do glúten na dieta, e é caracterizada pela diarreia crônica, perda de peso e distensão abdominal. • Nas formas não clássicas: muito frequentes, podem ocorrer sintomas isolados: dor abdominal, constipação, baixa estatura, anemia crônica, retardo na menstruação, alteração no crescimento. • Rastreio: Teste sorológico do anticorpo anti-transglutaminase. • Necessário biópsia para confirmação. • Critérios diagnósticos: deve ser personalizado e adaptado a cada caso. É importante que o esforço de diagnóstico seja feito NÃO estando o indivíduo sob dieta isenta de glúten (DIG). O diagnóstico da DC deve ser apoiado em várias informações, nem sempre sendo fácil de o estabelecer: 1. História clínica (sinais e sintomas sugestivos) 2. Análises sanguíneas (sorologia) • Anti-transglutaminase (TTG), IgA e/ou IgG – apresentam uma óptima relação sensibilidade/especificidade; • Anti-gliadina desaminada, (AGA), IgA e/ou IgG – indicado para crianças com menos de 4 anos; • Anti-endomísio (AE), IgA e/ou IgG – apresentam melhor especificidade, servem para confirmar o resultado positivo obtido nos TTG. 3. Endoscopia digestiva alta com biópsias do duodeno (bulbo e segunda porção). 4. Teste genético (pesquisa de HLA DQ2 e DQ8) • A doença celíaca está associada a muitas doenças imunes como Tireoide de Hashimoto, Osteoartrite, Lúpus, Artrite Reumatóide, Síndrome de Sjogren, Fibriomialgia, Hepatite Auto-imune, Diabetes tipo I. Artrite reumatóide • Hipersensibilidade tipo IV • Doença autoimune inflamatória e crônica. Caracterizada pela inflamação do tecido sinovial das múltiplas articulações, levando à destruição tecidual, dor, deformidades e redução da qualidade de vida. • O diagnóstico de artrite reumatóide é feito quando pelo menos 4 dos seguintes critérios estão presentes por pelo menos 6 semanas: 1. Rigidez articular matinal durando pelo menos 1 hora 2. Artrite em pelo menos três áreas articulares 3. Artrite de articulações das mãos: punhos, interfalangeanas proximais (articulação do meio dos dedos) e metacarpofalangeanas (entre os dedos e mão) 4. Artrite simétrica (por exemplo no punho esquerdo e no direito) 5. Presença de nódulos reumatóides 6. Presença de Fator Reumatóide no sangue 7. Alterações radiográficas: erosões articulares ou descalcificações localizadas em radiografias de mãos e punhos • A artrite reumatóide ocorre nas duas mãos, inflamação bilateral. • Na avaliação laboratorial o fator reumatóide pode ser encontrado em cerca de 75% dos casos já no início da doença. • Anticorpos contra filagrina/profilagrina e anticorpos contra peptídio citrulinado cíclico (PCC ou CCP) são encontrados nas fases mais precoces da doença mas apresentam um custo maior. • Os anticorpos anti-CCP são produzidos localmente na membrana sinovial inflamada e no líquido sinovial de pacientes com AR. • As provas de atividade inflamatória como o VHS e a proteína C reativa correlacionam-se com a atividade da doença da doença. Dermatomiose • Doença do tecido conjuntivo que associa miopatia a manifestações cutâneas características, causa permanece desconhecida, sendo considerada doença idiopática. • Associações com antígenos de histocompatibilidade, vírus, drogas e auto-imunidade. • Apresenta critérios diagnósticos definidos por Bohan & Peter, podendo os pacientes ser classificados em cinco grupos: dermatomiosite juvenil, dermatomiosite primária idiopática, dermatomiosites amiopáticas, dermatomiosite associada a neoplasias e dermatomiosite associada a outras doenças do tecido conectivo. • O sexo feminino é mais afetado, e a idade média do diagnóstico é 40 anos. • Podem ser observadas neoplasias durante o seguimento da doença, sendo mais frequentes nos pacientes acima de 60 anos. • A desidrogenase lática é a enzima muscular alterada na maioria dos casos. • Pacientes com DM apresentammanifestações cutâneas e sistêmicas, sendo mais comuns: lesões em áreas fotoexpostas, fraqueza muscular proximal, alterações da musculatura respiratória - disfagia, dificuldade para engolir, nódulos de cálcio cutâneo. • Na forma juvenil, há maior incidência de calcinose cutânea. • O diagnóstico é realizado através da história + exame físico, sendo corroborado pelas enzimas musculares, biópsia muscular, biópsia cutânea, eletroneuromiografia (ENMG), ultra-sonografia (USG) e ressonância nuclear magnética (RNM). • Também presença de autoanticorpos, exemplos: FAN, anti RNP, anti PMscl, ac antimiosite específicos. • • Enzimas musculares: São elas a creatinofosfoquinase (CK), alaninoaminotransferase (ALT), aspartatoaminotransferase (AST), desidrogenase lática (DHL) e aldolase. A CK é a mais sensível para o diagnóstico de DM. • DM envolve microvasculopatia mediada por complemento, apresentando depósitos de complexos C5b-9 de ataque às membranas na junção dermoepidérmica e em vasos da derme. Ataque do sistema complemento e do sistema humoral - pele lesionada. • O mecanismo humoral é a base da microangiopatia muscular, com células CD4, células B, depósitos de imunoglobulinas e complemento, diferindo da polimiosite (PM), em que há atividade de células CD8 contra antígeno muscular específico. • Complexos C5b-9 nas arteríolas musculares são os causadores dos microtrombos com infartos a distância. As alterações capilares precedem outras alterações das fibras musculares, estando o endotélio capilar no centro da resposta auto-imune. • Há ativação endotelial pelas citocinas pró-inflamatórias. • No infiltrado inflamatório dos músculos estão presentes a interleucina 1 (IL-1) e o fator de necrose tumoral (TNF) α. A IL-1 está presente nas células endoteliais capilares • A ativação de células endoteliais evidencia-se pela presença de moléculas de adesão intercelular 1 (Icam-1) e moléculas de adesão de células vasculares 1 (VCAM-1). • Há relação entre decréscimo da função muscular com aumento da expressão de IL-1 , moléculas de adesão nas células endoteliais e de MHC-I nas fibras musculares. • A radiação ultravioleta (luz/sol) induz apoptose e translocação de auto-antígenos com formação de bolhas nas membranas plasmáticas e exposição de corpos apoptóticos ao sistema imune, causando respostas mediadas por células T e anticorpos. O mediador desse processo é o TNF α. Esclerodermia • A esclerodermia (skleros:duro e derma:pele) é uma doença que se caracteriza por fibrose (endurecimento) da pele. Na forma sistêmica pode ocorrer comprometimento dos órgãos internos, • Pode ser apenas localizada – cutânea, exemplo de lesão é a morféia, • Há alteração dos pequenos vasos sanguíneos e formação de anticorpos contra estruturas do próprio organismo (auto-anticorpos). • Usualmente, a primeira manifestação clínica na esclerose sistêmica é o fenômeno de Raynaud, que ocorre em mais de 90% dos pacientes e constitui um achado bastante importante para o diagnóstico precoce da doença. Caracteriza-se por alterações da coloração das extremidades do corpo, que se tornam pálidas ou azuladas quando expostas à temperatura fria ou avermelhadas quando aquecidas. • Outras manifestações são a morféia (placas de pele espessas e pigmentadas) e Golpe de Sabre. • Geralmente, ocorre entre os 30 e 50 anos de idade. • Os sintomas incluem enrijecimento da pele, dor nas articulações, reação exagerada ao frio (doença de Raynaud) e azia. • Os tratamentos incluem medicação, fisioterapia e cirurgia. • Vasodilatadores (nifedipina): são indicados para tratar o fenômeno de Raynaud; • Inibidores de bomba de prótons (omeprazol): auxilia nos sintomas gástricos e de refluxo que o portador de esclerodermia pode ter; • Anti-inflamatórios e corticoides: são utilizados na dor e rigidez articular; Lúpus Hipersensibilidade tipo III. Não é Localizada, pode atingir diversos órgãos. Tipos: • Lúpus eritematoso cutâneo crônico: É a forma mais benigna e a que menos pode ser sistêmica. É Localizado, Generalizado, Hipertrófico, Túmido (urticária), Paniculite lúpica (profundo), Pérnio (dedos). • Lúpus eritematoso cutâneo subagudo: relação maior com fotossensibilidade, 50% dos casos pode ser sistêmico; Lesões em áreas fotoexpostas. Pele fotossensível. • Lúpus eritematoso cutâneo agudo: maior relação com a forma sistêmica (atinge órgãos). Lesão em asa de borboleta Lúpus discoide Critérios clínicos: alopecia, pode atingir o rim, anemia, baixa das plaquetas, alteração neurológica. Critérios imunológicos: anticorpos circulantes: ANA ou FAN (fator contra o nucleoide célula) anti-DNA, anti-Sm, antifosfolipideos. Exames básicos: hemograma C plaquetas, creatinina, ureia, Vsg, C3, C4, FAN e conforme necessidade outros anticorpos, EQU. Doenças autoimunes Tendem a ser crônicas, progressivas, e autoperpetuadoras, pois os antígenos próprios são persistentes. Associações de alelos de MHC e autoimunidade: Entre os genes que são associados a autoimunidade, as associações mais fortes são com MHC; A molécula do MHC/HLA pode apresentar um peptídeo próprio e ativar as células T patogênicas; Papel das infecções na autoimunidade: Infecções virais e bacterianas podem contribuir para o desenvolvimento e exacerbação da autoimunidade. Microorganismos podem ativar as APCs e estas passam a apresentar antígenos próprios aos linfócitos Microorganismos podem ativar as APCs e estas passam a apresentar antígenos próprios aos linfócitos. MIMETISMO MOLECULAR: Alguns antígenos microbianos podem apresentar reações cruzadas com antígenos próprios.
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