Buscar

Prática V - Colóides e suas propriedades

Prévia do material em texto

Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Nome: Kissya Kropf da Silva 
Química I 
 
Prática V – Colóides e suas propriedades 
 
INTRODUÇÃO 
 “Colóides são misturas heterogêneas de pelo menos duas fases diferentes, 
com a matéria de uma das fases na forma finamente dividida (sólido, líquido ou gás), 
denominada fase dispersa, misturada com a fase contínua (sólido, líquido ou gás), 
denominada meio de dispersão. A ciência dos colóides está relacionada com o estudo 
dos sistemas nos quais pelo menos um dos componentes da mistura apresenta uma 
dimensão no intervalo de 1 a 1000 nanometros (1 nm = 10-9 m). Soluções de 
macromoléculas são misturas homogêneas e também são consideradas colóides, 
porque a dimensão das macromoléculas está no intervalo de tamanho coloidal e, 
como tal, apresentam as propriedades características dos colóides”[1]. 
Exemplos de sistemas coloidais estão presentes em diversos momentos do 
dia-a-dia, como a fumaça e a neblina, além de sabonete, remédio, comida e outros. A 
propriedade dos colóides que estão de acordo com a interação entre as duas fases 
são, as forças de atração de van der Waals (dipolos permanentes ou induzidos), 
repulsão estérica (tamanho da partícula), forças de repulsão eletrostáticas 
(coulombianas), além da solvatação e forças hidrodinâmicas (difusão)[2]. 
Diferentemente dos colóides, as soluções são misturas homogêneas 
(translúcidas), com diâmetro das partículas entre 0 e 1nm, como por exemplo, o sal de 
cozinha disperso na água, álcool solúvel em água e outros. 
Portanto, o objetivo da prática V abordou a formação de colóides, a importância 
das suas interações, suas propriedades e características, além de alguns fenômenos 
como, a Eletroforese, superfície de contato e outros. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 Os colóides podem ser classificados de duas maneiras, através do liófilo 
(reversíveis) que são aqueles em que a substância se dispersa de forma espontânea 
no dispersante, como a gelatina. Já os liófobo (irreversíveis) são aqueles em que a 
substância não é dispersa de forma espontânea no dispersante, como o ouro 
coloidall3]. Os colóides possuem capacidade de adsorção, pois atrai e retém 
substâncias em sua superfície, além das partículas dispersas estarem em movimento 
a todo o momento, pois as moléculas dos fluídos colidem contra elas 
constantemente[3]. 
 Após a introdução da prática, foi preparado um processo de condensação, na 
qual foram adicionados 40 gotas de solução saturada de FeCl3 com 36mL de água a 
temperatura ambiente. Foi observado então, uma solução límpida com um tom 
amarelado. Já no instante em que foi adicionado água quente, a solução ficou marrom 
e então formou o colóide. A reação que ocorreu foi: 
 
FeCl3 (aq.) + 3 H2O (l) -∆→ Fe(OH)3 (s) + 3HCl (aq.) 
 
 No processo de dispersão foi adicionado de 1 a 2mL de água e 2 a 3 gotas de 
óleo vegetal em um tubo de ensaio. Foi possível observar então, a heterogeneidade 
da mistura, já que a água é polar e o óleo apolar. Em outro tubo de ensaio adicionou-
se a mesma quantidade de água e óleo utilizada no ensaio anterior e mais 3 a 4 gotas 
de detergente, que agiu como agente emulsificante. Em seguida, a solução foi agitada 
e então foi observada a ponte polar e apolar entre a água e o óleo, através da 
formação da emulsão que é um tipo de colóide. 
 Já no experimento da eletroforese que foi realizado pela tutora, foi utilizado o 
colóide já havia sido preparado no início da prática (Fe(OH)3 coloidal), que foi colocado 
em um tubo em U. Em cada extremidade do tubo, foi introduzido um eletrodo de 
grafite, e foram conectados a uma fonte de alimentação de corrente contínua. Após 
aguardar por trinta minutos não foi observado nenhuma alteração no colóide, ou seja, 
houve algum erro no processo e não foi perceptível ver se a característica do colóide 
era positiva ou negativa. Caso fosse obtido algum resultado, o colóide seria atraído 
para o pólo oposto. 
 No processo de adsorção foi colocado em dois tubos de centrifuga, cerca de 
2mL de azul de metileno. Em um dos tubos, foi utilizado carvão ativo em pó e em outro 
foi colocado carvão de churrasco em pedacinhos, que em seguida, foram 
centrifugados. O carvão é um material de carbono, ele é muito utilizado por possuir 
propriedades de remoção. De forma seletiva, age em gases, líquidos e impurezas e 
essa remoção se dá através dos poros do carvão, que às absorvem[4]. Após passar 
pela centrifuga, foi possível constatar que o corante foi adsorvido no tubo onde havia 
carvão ativo em pó, pois havia uma maior superfície de contato com o corante, ou 
seja, a solução fica incolor e o corante se une ao carvão ativo. Já no tubo do carvão de 
churrasco, é perceptível uma menor superfície de contato, devido aos seus pedaços 
maiores, ou seja, o corante só tem contato com a parte superficial do carvão. Então o 
corante acaba não adsorvendo muito a solução, e por isso, ainda é possível ter a 
presença da cor azulada no tubo de ensaio. 
 Para a destruição dos colóides, foi utilizado a coagulação pela ação de 
eletrólitos, na qual foram utilizados três tubos de ensaio e foi adicionado em casa tubo, 
1mL de solução de Fe(OH)3, além de 5 gotas de NaCl que foi adicionado no primeiro 
tubo, no segundo foi adicionado 5 gotas de MgCl2, e no terceiro 5 gotas de AlCl3. Foi 
possível constatar que não foi formado coágulos nos tubos de ensaio, mas quanto 
maior o NOX do cátion, maior é a perturbação do colóide, ou seja, o primeiro tubo com 
NaCl, apresentou um aspecto mais límpido, já o segundo, com MgCl2, apresentou um 
aspecto intermediário e o terceiro com AlCl3, apresentou um aspecto mais opaco 
(Turvo). Logo, a ordem de perturbação será: Al3+ > Mg2+ > Na+. 
 
 CONCLUSÃO 
Portanto, foi possível constatar a extrema importância do conhecimento da 
polaridade das soluções. Além do processo de preparação dos colóides, das suas 
propriedades e também da sua destruição, através do processo de coagulação. Os 
sistemas coloidais vêm sendo utilizado desde os primórdios da humanidade. Além de, 
atualmente, estar presente no dia a dia de qualquer pessoa, através da alimentação, 
do uso de cosméticos e outros[1]. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 JUNIOR, Miguel; VARANDA, Laudemir, 1999. O Mundo dos Colóides. In: 
Química e Sociedade – [1]. 
 A Química do Macro e Micro – Os Colóides. In: Cederj – [2]. 
 MOREIRA, Ana; SILVA, Ana; CABRAL, Thalita, 2010. Sistemas Coloidais. In: 
Universidade Federal de Viçosa – [3]. 
 Natue - Carvão ativado - benefícios e quando utilizá-lo – [4]. 
 Colóides e suas propriedades (Roteiro – prática V) – [5].

Continue navegando