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Radiologia Pediátrica Minicurso Prof. Esp. Deivison Ferreira Tecnólogo em Radiologia, atuante no pronto atendimento com Tomografia Computadorizada e Raio-x; Coordenador do Curso Técnico em Radiologia do Centro de Ensino Técnico Matogrossense – CETEM; Prof. Esp. Deivison Ferreira CRTR - 00489-N 12ª Região Radiologia Pediátrica Radiologia Pediátrica • É uma subespecialidade da radiologia que envolve a imagem de fetos, bebês, crianças, adolescentes e jovens adultos. Diferenciais na forma profissional ao lidar com crianças • A diferença mais notável é que esse tipo de radiologia deve levar em conta a dinâmica de um corpo em desenvolvimento, de bebês prematuros a adolescentes, em que os órgãos seguem os diferentes padrões e fases de crescimento, próprios de cada idade. • Os testes médicos de imagem proporcionam todas as facilidades necessárias para o tratamento especializado de crianças e suas patologias específicas. Diferenciais na forma profissional ao lidar com crianças • Existem, porém, alguns desafios que envolvem a prática da radiologia para crianças e jovens. Ao contrário dos adultos, as crianças nem sempre podem compreender uma mudança de ambiente, portanto, a equipe que trabalha com esta especialidade deve ter cuidados, atenções e delicadezas especiais. Desafio para o técnico/tecnólogo Diferenciais da radiologia pediátrica • Um dos elementos mais essenciais da radiologia pediátrica é a criação de um ambiente em que a criança esteja confortável. Isso porque, na realização de procedimentos, imagens de alta qualidade são necessárias para diagnosticar com sucesso uma condição. Diferenciais da radiologia pediátrica • Para alcançar este objetivo, as salas muitas vezes podem ser adaptadas para atender às necessidades da criança, acrescentando desenhos de parede, estimulação visual e brinquedos, por exemplo. Cooperação da criança • Uma vez que a cooperação da criança tenha sido alcançada, há também o desafio de manter a criança quieta durante o seu exame de imagem. Isto pode ser muito difícil para elas em um momento em que estão sofrendo com dor. Desafios • Profissionais com habilidade de convencimento e que podem contar com o apoio dos pais geralmente conseguem alcançar este objetivo. • Outro desafio enfrentado é a diferença de radiação entre um adulto e uma criança. EXAME PEDIÁTRICO: Uma abordagem de desenvolvimento • RN --- 6 meses: não teme pessoas estranhas, em geral é fácil de examinar e obter uma contenção para realização de exames; EXAME PEDIÁTRICO: Uma abordagem de desenvolvimento • De 6 meses --- 3 anos: está no estágio do medo. A princípio medo de pessoas estranhas seguido pelo apego dos pais. • Devemos fazer o exame com a presença dos pais ou responsável pela criança, para dar mais segurança ao pequeno paciente, e abordar a criança com delicadeza (brinquedos, chaves, luz e outros atrativos) para realizar os exames; EXAME PEDIÁTRICO: Uma abordagem de desenvolvimento • Dos 3 anos --- 6 anos: é a idade da iniciativa, pré escolar, devemos fazer uso de interesse da criança e suas fantasias (citar desenhos animados e programas infantis), nesta idade há aumento da capacidade verbal; EXAME PEDIÁTRICO: Uma abordagem de desenvolvimento • Dos 6 anos --- 12 anos: idade escolar, de muita atividade e crescimento cognitivo. Maior contato com o mundo. Compreende o certo e errado, devemos buscar a cooperação da criança; EXAME PEDIÁTRICO: Uma abordagem de desenvolvimento • Dos 12 anos --- 18 anos (adolescência): separação psicológica dos pais, “independência”. Devemos respeitar a individualidade do corpo e seu efeito sobre as outras pessoas. Explicar todos os procedimentos. PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS PARA A REALIZAÇÃO DOS EXAMES PEDIÁTRICOS • Quando uma criança entra num serviço radiológico devemos conversar com ela de modo que tudo fique mais simples para a realização dos exames. Conquistar sua confiança, mostrar os equipamentos, ser compreensivo, pois nem toda a criança vai aceitar o exame. PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS PARA A REALIZAÇÃO DOS EXAMES PEDIÁTRICOS • Se possível ter balões ou pequenos brinquedos para distraí-las (copinhos pintados, figurinhas, chapéus, barcos do papel, língua de sogra). PROTEÇÃO RADIOLÓGICA • As gônadas das crianças devem estar sempre que possível protegidas, quando na realização dos exames. Esta proteção é feita através de pequenos “escudos” de chumbo de formas e tamanhos diferentes. PROTEÇÃO RADIOLÓGICA • Também são utilizados colimadores , tempo de exposição curto e evitar repetição dos exames. PROTEÇÃO RADIOLÓGICA • Para tranquilizar os pais, devemos explicar os meios de proteção utilizados e o motivo, sempre numa linguagem clara e simples. PROTEÇÃO RADIOLÓGICA • Para as mulheres é fundamental questionar sobre possível gravidez. Não esquecer de colocar aventais e luvas de chumbo e protetores de tireóide caso tenha que segurar o pequeno paciente. CUIDADOS COM OS EXAMES • Antes de começar o exame, lavar as mãos, prepara a sala com temperatura agradável e planejar o exame. • Quando for realizar o exame contrastado o tecnólogo deve solicitar a presença do responsável para acompanhar o exame. • Devemos ter cuidado com a manipulação dos meios de contraste. • Remover as fraldas ou qualquer outra roupa que possa causar artefatos e evitar sombreamento na imagem radiográfica. Principais exames mais solicitados na pediatria Seios da face • Os seios da face não nascem formados. Por exemplo, os seios frontais só estarão visíveis ao raio x aos sete anos, e os maxilares após a segunda dentição. • Então, solicitar o raio x de seios da face para menores de sete anos não faz sentido. Seios da face • E mais: o diagnóstico de sinusite aguda é clínico! Mesmo em crianças maiores e adultos, são a história e o exame físico que dão o diagnóstico. Exames de imagem existem para esclarecer dúvidas diagnósticas ou descartar complicações. Ou seja: RAIO X DE SEIOS DA FACE PARA DIAGNÓSTICO DE SINUSITE NÃO DEVE SER ROTINA! Vamos ao posicionamento Tórax • O exame possui indicação quando existem os seguintes sinais e sintomas respiratórios: tosse, dificuldade respiratória (dificuldade a respirar), dor torácica (dor no peito), mas também no caso de trauma, estudos pré-operatórios - avaliação prévia à cirurgia (operação), assim com suspeita de doença cardíaca. Vamos ao posicionamento Radiografia no leito em pediatria Posicionamento • Posicionamento inadequado é o problema de qualidade de imagem mais comum relatado por Radiologistas. Mesmo uma pequena rotação ou angulação incorreta do tubo pode causar dificuldade para o radiologista interpretar pequenas estruturas dentro da cavidade torácica. Posicionamento • Estruturas anatômicas, especialmente o coração, ficam distorcidas, dificultando ou impossibilitando comparação com exames anteriores. • Determinar a localização exata de sondas, cateteres e tubos pode se tornar difícil quando o paciente não é posicionado adequadamente em AP, com alinhamento correto entre tubo e chassi. Rotação • Técnicos vão quase sempre encontrar os pequenos pacientes em variados decúbitos e quase todos esses pacientes vão necessitar de algum ajuste para que o tronco fique alinhado. A maioria do pacientes neonatos e de UTI estão intubados, causando rotação do tronco superior em direção do tubo. Rotação • Além disso, recém nascidos tipicamente exibem razões cabeça/ corpo maiores do que outros pacientes pediátricos, exacerbando ainda mais a rotação do tronco superior na direção da cabeça. Este tórax está rodado para a esquerda. Note que o ombro direito está elevado. Mesmo bebê do slide anterior com o corpo centrado, em posição correta. O ombro direito agora não está elevado. Ao corrigir a posição da pelve, a parte superior do corpo irá naturalmente rodar para um bom posicionamento.A pelve está agora centrada, ajudando a garantir o alinhamento da parte superior do corpo. Fraldas podem ser enroladas e servem como coxins para manter um bom posicionamento. • A maioria dos bebês, mesmo quando intubados, irão se contorcer por alguns instantes após qualquer ajuste em sua posição. Espere até que o bebê se acalme antes de tentar obter a radiografia, ou o resultado será similar à esta imagem. • Corrija a posição da pelve que o tórax irá acompanhar. • Use coxins (fraldas, lençóis ou outro material radiotransparente) para escorar a lateral do corpo, mas garanta que o coxim fique fora do campo do tórax. • Se necessário peça à enfermeira que rode a cabeça da criança para uma posição mais centralizada (nem sempre possível). • Após a colocação do chassi ou posicionamento do bebê, aguarde que o bebê se acalme e relaxe antes de obter a exposição. • Antes de obter a exposição certifique-se de conferir o posicionamento e a técnica. Nunca se apresse durante o exame. prof.deivison.radiologia 65-99226-3778 Radiologia Pediátrica Minicurso Referencias: BONTRAGER, K. Tratado de técnica radiológica e base anatômica. Rio de Janeiro: Guanabara Kooyam https://www.wfpiweb.org/Portals/7/Education/Pediatric%20QA%20- %20traduzido-Portuguese.compressed.pdf https://www.saudebemestar.pt/pt/exame/imagiologia/radiografia-de- torax/ http://radiologiamedica.blogspot.com/2013/11/dicas-para-exames- pediatricosraio-x.html
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