355103302-LITERATURA-TECNICA-DELIVERY-8-160-pdf

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Capítulo 8
Condução
Cap 8 Conducao.pmd 11/5/2010, 13:381
8-2
Condução
CONDUÇÃO SEGURA
Sempre que necessitar sair da via
em que estiver trafegando (dentro
da cidade ou em estradas, para o
acostamento), ligue as setas
direcionais e diminua a velocidade
do veículo gradativamente. Evite a
aplicação súbita do freio ou
movimentos bruscos do volante.
Essa atitude poderia levá-lo à
perda do controle do veículo.
Ao retornar à pista, não o faça
subitamente ou em altas
velocidades. Isto poderia provocar
deslizamento lateral, descontrole
do veículo ou até mesmo
capotamento.
 Dirigir defensivamente a
velocidades seguras para
as condições de estradas ou
cidade e o uso dos cintos de
segurança são os meios mais
eficazes de evitar acidentes e a
possibilidade de ferimentos
graves.
Excessivas movimentações do
volante resultarão num menor
controle do veículo. No caso de
uma frenagem de emergência, o
deslizamento ou derrapagem dos
pneus poderá, eventualmente, ser
evitado com o acionamento
gradual do freio.
Neste caso, não tente qualquer
movimentação brusca do volante.
Por medida de segurança, não
transporte nenhuma pessoa na
caçamba ou compartimento de
carga.
Manobras de segurança
Em situações de emergência,
como em uma curva rápida e
fechada, lembre-se de somente
virar o volante com a rapidez
necessária para superar a
emergência.
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8-3
Condução
ORIENTAÇÕES GERAIS
Recomenda-se que o veículo inicie
o seu trabalho com o motor ainda
frio, evitando-se, entretanto,
condições extremas de rotação ou
carga até que o indicador de
temperatura registre estar
convenientemente aquecido -
"faixa normal".
Nunca retire ou inutilize as válvulas
termostáticas; tal fato acarreta
perda de potência do motor e
redução de sua vida útil.
Evite acelerações excessivas ou
sobrecarga ao motor, que causam
assentamento incorreto dos anéis.
Altas pressões e temperaturas
geradas pela combustão se
transformam em gases que
tendem a escapar por entre os
anéis, êmbolos e camisas,
atingindo o interior do cárter. Essa
fuga de gases pode ocasionar a
carbonização dos anéis ou
bloqueá-los, o que impede a
acomodação correta às paredes
do cilindro, com consequente
aumento de consumo do óleo
lubrificante e perda de potência.
Gases de escapamento densos,
com formação de fumaça,
evidenciam em geral, sobrecarga
ao motor ou funcionamento
defeituoso.
 A utilização de "banguela"
(trafegar em declives com
a alavanca de mudança de
marchas em neutro, ou com o
pedal da embreagem
pressionado), é um
procedimento perigoso e ilegal.
Em tais condições, o veículo
pode atingir velocidades acima
daquela para a qual foram
projetados o sistema de freios,
suspensão, direção, rodas e
pneus, podendo causar
acidentes e/ou danos ao veículo.
Além disso, em tal velocidade o
motor vai exceder a rotação
governada no momento em que é
desaplicado o pedal da
embreagem ou que uma marcha
seja engatada, o que pode
causar graves danos ao motor.
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8-4
Condução
REVISÕES PERIÓDICAS
O Ford Cargo Diesel não requer
nenhum cuidado especial para seu
funcionamento ou para que
apresente seu melhor
desempenho. As recomendações
de manutenção e cuidados com o
veículo são, em geral, as mesmas
dos caminhões convencionais (ver
Manutenção e Conservação, neste
Manual). Deve-se sempre respeitar
os intervalos de manutenção
recomendados, de acordo com o
tipo de utilização do veículo, bem
como observar as especificações
de óleo e fluidos. Os filtros de
óleo, combustível e separador de
água devem ser substituídos
dentro dos intervalos
recomendados, e somente por
peças originais Ford ou Motorcraft.
Lembre-se que falhas causadas
pela não-observação destas
recomendações, bem como pelo
uso de peças não originais, não
são cobertas pela Garantia do
veículo.
Antes da instalação de qualquer
acessório elétrico ou eletrônico,
consulte seu Distribuidor Ford.
OPERAÇÃO EM BAIXAS
TEMPERATURAS
Quando o veículo trafegar por
períodos prolongados a baixas
temperaturas, drene e reabasteça
o sistema de arrefecimento com
anticongelante especificado na
proporção de 40% da capacidade
do sistema de arrefecimento.
Em clima extremamente frio,
durante o inverno, drene os
sedimentos acumulados no interior
do reservatório de combustível e
substitua os filtros de combustível,
a fim de prevenir falhas no sistema
por congelamento do combustível
com resíduos de água.
AMACIAMENTO
Não é necessário amaciamento
prévio, podendo-se operar o
veículo normalmente a partir dos
primeiros quilômetros.
Evite, porém, velocidades altas
por períodos prolongados e
acelerações fortes.
Evite altas rotações do motor
e aceleração desnecessárias,
poupando-o, economizando
combustível, baixando o nível de
ruídos e ajudando a proteger o
meioambiente.
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8-5
Condução
PARTIDA DO MOTOR
Verifique sempre o nível do óleo
lubrificante do motor, antes de dar
a partida.
Nunca dê partida ao motor se o
nível do óleo estiver abaixo da
marca MÍN. ou acima da marca
MÁX.
 Não ponha o motor em
funcionamento em lugares
fechados; os gases de
escapamento contêm monóxido
de carbono, altamente venenoso.
i Consulte o item "Óleo do
motor", no capítulo
"Manutenção e conservação".
TURBO COMPRESSOR
Para proteger os mancais do turbo
compressor durante a partida do
motor, não acelere ou movimente o
veículo até que o indicador da
pressão do óleo registre pressão
normal fora da faixa vermelha - ou
a luz de advertência se apague.
Uma vez em funcionamento,
mantenha o motor em marcha
lenta por aproximadamente quinze
segundos, após a luz de
advertência da pressão do óleo
apagará ou o indicador registrará a
pressão especificada fora da faixa
vermelha.
 Os motores equipados
com turbo compressor
devem ser mantidos em rotação
de marcha-lenta por
aproximadamente trinta
segundos, antes de desligados,
para sua adequada lubrificação.
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8-6
Condução
CAIXA DE MUDANÇA DE
5 MARCHAS - EATON
FSO- 4405-C
531
2 4 R
Esta caixa de mudanças possui 5
marchas à frente e uma à ré, todas
sincronizadas.
A mudança das marchas no tempo
correto melhora a economia do
combustível, o desempenho do
motor, e preserva os componentes
do sistema de transmissão. Assim,
não deixe de reduzir a marcha em
subidas ou quando algum
obstáculo o obrigue a diminuir a
velocidade.
Em descidas acentuadas, não
sobrecarregue o freio engrenando a
marcha que seria necessária para
subir, aproveitando, dessa
maneira, a eficiência do motor
como freio.
 Um sistema interno de
segurança da caixa de
mudanças impede que, partindo
da 5ª marcha, seja engatada
acidentalmente a marcha à ré.
Neste caso, quando se desejar
engatar a marcha à ré, a partir da
5ª velocidade, leve primeiramente
a alavanca até a posição de
PONTO MORTO e, em seguida,
engate a ré.
 Jamais desça ladeiras
com a alavanca de
mudanças em ponto morto.
NEUTRO
2 4 R
1 3 5
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8-7
Condução
FREIOS DE SERVIÇO
Freio de serviço a ar, de circuito
duplo, com acionamento das
sapatas por "S", came e regulador
automático da folga das lonas.
Sistema de alarme
 Se houver insuficiência de
ar no sistema, abaixo de
4,5 kPa x 100, uma luz de
aviso se acende no painel e
o alarme sonoro dispara.
Neste caso, pare o caminhão em
local seguro e verifique a causa da
queda de pressão.
Consulte o item "Freios", no
capítulo "Manutenção e
conservação".
i
O freio de estacionamento possui
a característica de poder ser
aplicado ou liberado
gradualmente, proporcionando ao
condutor conforto e segurança
toda vez que iniciar o movimento
do veículo em subidas.
Freado
Liberado
VÁLVULA MODULADORA
DO FREIO DE
ESTACIONAMENTO E
EMERGÊNCIA
O freio de estacionamento age
sobre as rodas traseiras do
veículo, aplicado através de mola.
A pressão do ar é usada para
recuar as molas e liberar o freio.
Consulte o item
"Desaplicação mecânica do
freio de estacionamento", no
capítulo "Manutenção e
conservação".
Não tente colocar o caminhão em
movimento antes que a pressão
atinja 6,7 kPa x 100,pois as rodas
traseiras estarão travadas pela
ação do freio de mola.
Para liberar manualmente as
molas do freio de
estacionamento, exclusivamente
para fins de reboque, consulte o
item "Freio de estacionamento",
no capítulo "Manutenção e
conservação"
 Nunca utilize a válvula
moduladora do semi-
reboque - manopla preta - como
freio de estacionamento.
Para aplicar o freio: empurre a
alavanca para baixo até travar.
P( ( A luz no painel dos
instrumentos acenderá indicando
freio de estacionamento acionado.
Para liberar o freio: puxe a
alavanca e libere-a para cima.
i
i
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8-8
Condução
Perda do circuito traseiro
Em caso de perda de pressão no
circuito traseiro, o circuito
dianteiro e o do semi-reboque
não são afetados.
Os semi-reboques encontrados
no mercado são habitualmente
equipados com um reservatório
de ar suplementar e uma válvula
de proteção de forma que, no
caso de perda de pressão em um
ou nos dois circuitos do cavalo
mecânico, o semi-reboque passa
a consumir ar de seu reservatório,
poupando o ar remanescente nos
circuitos do cavalo mecânico.
Nessa ou qualquer outra situação,
quando a pressão restante do
sistema cair abaixo de
2,8 kPa x 100, os freios de mola
são automaticamente aplicados e
o freio de serviço do semi-
reboque atuado.
 Embora os freios
continuem a funcionar
com um nível de desempenho
reduzido, o veículo não deve
ser operado até que o sistema
seja reparado e ambos os
circuitos de freio estejam
funcionando perfeitamente.
SISTEMA DE SEGURANÇA
DOS FREIOS
Perda do circuito
dianteiro
Em caso de perda de pressão no
circuito dianteiro, válvulas de
proteção entram em ação e o
circuito traseiro e o do semi-
reboque não são afetados.
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8-9
Condução
Situação de emergência
Em situações de emergência, se
houver falhas no fornecimento de
ar para o sistema de freio, a
válvula moduladora do freio de
estacionamento e emergência
permite a modulação das câmaras
de freio de emergência, impedindo
assim o travamento das rodas.
A válvula moduladora, em conjunto
com a válvula de proteção de
quatro vias (localizada no chassi),
garante o fornecimento de ar para
as câmaras do freio de
emergência. Dessa forma, quando
alguma falha ocorrer no sistema de
freio, a válvula moduladora poderá
ser utilizada para controlar o freio
de emergência, permitindo assim
a condução do veículo, mesmo
danificado. Assim que possível
procure os serviços de um
Distribuidor Ford.
 Jamais desaplique o freio
de estacionamento quando
a pressão de ar do sistema
estiver abaixo de 6,7 kPa x 100.
Nesta condição se o motor for
ligado, a pressão de ar
aumentará, liberando o freio de
estacionamento (freio a mola) e o
veículo se movimentará,
podendo provocar acidentes.
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8-10
Condução
CIRCUITO PARA
INSTALAÇÃO DE
ILUMINAÇÃO ADICIONAL
Localizado próximo ao atuador do
sistema de freio motor, entre o
suporte do coxim do motor e a
travessa da transmissão.
O circuito deve ser usado quando
houver necessidade de iluminação
adicional à carroceria, por
exemplo: baú, semi-reboque, etc.
Maiores informações sobre o uso do
terminal e relés, procure um
distribuidor Ford Caminhões que,
seguindo instruções constante do
Manual de instalação de
equipamentos, poderá orientá-lo
melhor.
 Ao instalar as luzes
indicadoras de direção
(LD / LE), é obrigatório adicionar
os relés nas posições 11 e 17 na
Central Elétrica (consulte o
Capítulo 9 - pág. 7, deste
manual).
Circuito Cor Capac. 12 V Descrição
 31D Marrom 24 ampéres Negativo (terra)
 58 Cinza / 2,0 ampéres ou Lanterna de posição
 3E Preto 4 lâmp. de 5 W lado esquerdo
 L-5 Preto / 3,5ampéres ou Indicador de direção
Verde 2 lâmp. de 21 W lado esquerdo
 54B Preto / 7 ampéres ou Freios
 50B Amarelo 4 lâmp. de 21 W
 R5 Preto / 3,5 ampéres ou Indicador de direção
Verde 2 lâmp. de 21 W lado direito
 58 Cinza / 2,0 ampéres ou Lanterna de posição
 16E Branco 4 lâmp. de 5 W lado direito
 30-9 Vermelho / 5 ampéres Positivo constante
Azul (Bateria)
 Sempre que houver a
necessidade de instalação
de luzes indicadoras de direção
adicionais, devem ser instalados
dois relés "MINI ISO" (compatíveis
com a carga exigida) nas posições
9 e 10 da caixa de fusíveis e relés.
Consultar um Distribuidor Ford
para maiores informações.
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8-11
Condução
VÁLVULA SENSÍVEL A
CARGA
A válvula sensível a carga,
localizada na parte traseira do
veículo, é responsável pela
manutenção da eficiência do freio
de serviço, em toda e qualquer
condição de carregamento do
veículo, desde que respeitadas a
capacidade de carga especificada
para este veículo.
O veículo sai de fábrica com a
válvula devidamente regulada
conforme tabelas.
A válvula sensível a carga não
necessita de regulagem ao longo
da vida útil, exceto quando da
necessidade de reparos e / ou
substituição da mesma.
 A válvula sensível a carga
 deve ser regulada com o
 veículo na condição "vazio" e
sem carroceria, de acordo com o
entre eixo mencionado nas
tabelas. Todo veículo equipado
com esta válvula tem na lateral
da porta uma etiqueta adesiva
com a tabela de regulagens.
Nestes casos, devem ser
obedecidos os valores de
regulagem especificados nas
tabelas para condição vazio.
Distância
entre eixos
(mm)
2800
3900
2800
3900
Condição de
carregamento
carregado
vazio sem
carroceria
Carga no eixo
traseiro
(Kg)
5100
5100
888
953
Pressão de
entrada
(bar)
8,2
8,2
8,3
8,3
Pressão de
saída
(bar)
7,2
7,2
2,3
2,3
Ângulo da
haste
46º
46º
-15º
-15º
TABELA DE REGULAGEM
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8-12
Condução
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA
Distribuição incorreta da
carga
A observação dos limites do peso
recomendados para o veículo,
bem como a correta distribuição
da carga, além de relacionados ao
desempenho, contribuem
decisivamente para a longa vida
do chassi e demais componentes,
com eixos, molas, amortecedores,
longarinas, rolamentos e pneus.
O regime de sobrecarga,
entretanto, não é estabelecido
somente ao serem excedidos os
limites indicados; a distribuição
incorreta da carga na carroceria
também provoca sobrecarga.
O percentual de carga que cada
eixo suporta é determinado pela
posição que a mesma ocupa na
carroceria do veículo. Assim, uma
carga colocada exatamente no
centro dos eixos determina que
seu peso se distribua
equitativamente entre eles;
entretanto, se esta mesma carga
estiver posicionada a 3/4 do eixo
dianteiro, somente 25% do peso
incidirá sobre o mesmo, ficando
os restantes 75% sobre o eixo
traseiro.
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8-13
Condução
O carregamento correto dos eixos
é estabelecido quando o centro de
gravidade da carga situar-se à
frente do eixo traseiro.
Cargas longas - toras de madeira,
canos, vigas, etc., que se
projetam além da carroceria,
sobrecarregam o eixo traseiro e
prejudicam o chassi.
A distribuição indicada não deve
ser aplicada a basculante e outras
carrocerias especiais, que
demandam procedimentos
específicos de montagem.
Distribuição correta da
carga
 A sobrecarga e a má
distribuição de carga
também comprometem a
operação segura do veículo.
 Sempre respeitar os
limites de carga
especificados para o seu veículo.
A utilização de cargas acima
especificado poderá acarretar
desgaste prematuro e/ou falhas
estruturais nos componentes do
conjunto do motor, embreagem,
transmissão e eixo traseiro. Os
danos decorrentes de
sobrecarga, uma vez
comprovados, não serão
cobertos em garantia.
A prática de sobrecarga pode
também comprometer o
funcionamento e a durabilidade
de componentes dos sistemas
de freios e direção, podendo
colocar em risco a segurança do
motorista, passageiros e
terceiros.
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