@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); QUESTÕES DIREITO PROCESSUAL CIVIL 1 \u2013 Diferenciar competência absoluta e relativa, bem como indicar , dentre todas as competências estudadas (territorial, material, etc), como se qualificam.A competência é a medida da jurisdição, ou seja, a delimitação do poder jurisdicional de um determinado órgão jurisdicional para processar e julgar um determinado tipo de demanda.A competência pode ser classificada em absoluta e relativa. A competência absoluta é aquela que decorre da lei, ou seja, é definida em razão da matéria, do valor da causa ou da hierarquia do órgão jurisdicional. O descumprimento da competência absoluta gera a nulidade absoluta do processo. Já a competência relativa é aquela que pode ser modificada pelas partes ou pela inércia da parte interessada, e está relacionada à conexão, continência e ao domicílio do réu. As competências estudadas são: Competência territorial: é a que define o foro competente para o julgamento de uma demanda com base no local onde o fato ocorreu ou onde o réu reside ou exerce sua atividade profissional.Competência material: é a que define o órgão jurisdicional competente para processar e julgar determinado tipo de demanda, com base na matéria discutida na causa.Competência funcional: é a que define a competência do órgão jurisdicional para processar e julgar a demanda com base na sua hierarquia, ou seja, no grau de jurisdição.Competência em razão do valor da causa: é a que define a competência do órgão jurisdicional para processar e julgar a demanda com base no valor econômico envolvido na causa.Competência em razão da pessoa: é a que define a competência do órgão jurisdicional para processar e julgar a demanda com base na qualidade das partes envolvidas, como a competência da Justiça do Trabalho para julgar causas trabalhistas. 2) O contratante de determinada obrigação contratual, em 09 de maio de 2022, distribuiu à 1 vara cível de determinada comarca, petição inicial requerendo a declaração da existência do vínculo jurídico contratual referente a entrega de móveis pré-fabricados.Em 13 de maio de 2022, foi distribuída pelo contratado, perante a 3 vara cível da mesma comarca, a petição inicial, cujo pedido é a condenação do contratante ao pagamento de perdas e danos decorrentes do inadimplemento parcial de contrato para a entrega de móveis pré-fabricados, haja vista ausência de quitação de 3 das 10 parcelas pactuadas.No processo distribuído em primeiro lugar, o despacho liminar positivo foi proferido em 23 de maio de 2022, e, no segundo, o provimento de igual natureza veio a lume em 16 de maio de 2022.Considerando os dados do enunciado, qual instituto processual é identificado. Fundamente a resposta e aponte o artigo correspondente no CPC. Ademais, indique as consequências processuais. O instituto processual identificado é o conflito de competência, previsto no artigo 64 a 69 do Código de Processo Civil. No caso em questão, houve a distribuição de duas ações distintas, que possuem relação entre si, perante varas diferentes da mesma comarca. Ambas as demandas versam sobre a mesma relação jurídica, qual seja, o contrato para entrega de móveis pré-fabricados. Neste caso, a primeira ação distribuída tornou prevento o Juízo da 1ª Vara Cível. No caso descrito no enunciado, a prevenção ocorreu porque o processo distribuído em primeiro lugar (pelo contratante) foi o primeiro a ter seu despacho liminar proferido. Com isso, o juiz da 1ª vara cível tornou-se prevento (competente) para julgar tanto o processo do contratante quanto o do contratado, que foi distribuído posteriormente.As consequências processuais da prevenção são que o juiz prevento deve julgar todos os processos relacionados à mesma causa, mesmo que tenham sido distribuídos posteriormente em outras varas. Além disso, se houver conflito de competência entre juízes de varas diferentes, a prevenção deve ser utilizada como critério para solucionar o conflito. 3) Fernanda realizou contrato de locação de bem móvel com Sônia, no qual foram fixadas cláusulas de objeto, preço, multa, dentre outras. Após receber o bem móvel, Sônia entendeu pelo desequilíbrio da causa de fixação de juros para o pagamento parcelado e, ingressou com ação em 10.10.22 para a anulação desta cláusula específica. Em 25.10.22, Sônia se arrependeu da contratação ante a constatação de abusividade do preço e ingressou com nova ação, agora requerendo a nulidade integral do contrato. Sua distribuição ocorreu na mesma comarca, porém, em vara diversa.No cenário descrito no enunciado, qual o instituto processual identificado? Como devem ser julgadas as duas ações.No caso apresentado, é possível identificar o instituto da conexão, pois as duas ações tratam do mesmo contrato de locação de bem móvel entre as mesmas partes, e os pedidos apresentados nas duas ações possuem relação entre si.Em relação ao julgamento, as duas ações devem ser julgadas conjuntamente, sendo reunidas na mesma vara para evitar decisões conflitantes e garantir a unidade de julgamento. De acordo com o artigo 55 do Código de Processo Civil, quando houver conexão entre processos, o juiz pode determinar a reunião deles para julgamento conjunto.Portanto, a ação ajuizada em 10.10.22 deverá ser julgada em conjunto com a ação ajuizada em 25.10.22, para que o juiz possa analisar a nulidade específica da cláusula de juros, bem como a nulidade integral do contrato por abusividade do preço, garantindo a efetividade da prestação jurisdicional e evitando decisões conflitantes. 4) Indicar as causas legais e voluntárias de prorrogação de competência, apontando artigos do CPC.A prorrogação de competência é a situação em que um juízo que não seria naturalmente competente para julgar determinada causa acaba se tornando competente em razão de algum fator posterior ao momento da distribuição. Existem causas legais e voluntárias de prorrogação de competência, que são:Causas legais:Prorrogação de competência em razão do domicílio do réu (art. 46, CPC);Prorrogação de competência em razão da conexão ou continência entre os processos (art. 54, CPC);Prorrogação de competência em razão da incompetência absoluta relativa à pessoa (art. 65, CPC);Prorrogação de competência em razão da conexão entre ações para fins de competência territorial (art. 66, CPC);Prorrogação de competência em razão da modificação do pedido ou da causa de pedir (art. 329, CPC);Prorrogação de competência em razão da intervenção de terceiros no processo (art. 114, CPC);Prorrogação de competência em razão da alteração da competência em razão da matéria (art. 65, § 2º, CPC). Já as causas voluntárias são:Prorrogação de competência por convenção das partes (art. 63, CPC);Prorrogação de competência por eleição de foro (art. 65, § 3º, CPC).
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