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Disciplina: ADAPTAÇÕES CURRICULARES PARA A INCLUSÃO NA ESCOLA MARIA EDUVIRGES GUERREIRO LEME Mestre em Metodologias do Ensino de Linguagens e suas Tecnologias mariaeguerreiro@yahoo.com.br DESAFIO -SÉCULO XXI A escola, historicamente, não foi concebida sob o paradigma da DIVERSIDADE DE INDIVÍDUOS, mas ao contrário, para a padronização, visando atingir objetivos educativos de pessoas que já estão, de certo modo , protegidas por padrões de “normalidade” (IMBERNÓN, 2000). APRENDIZAGEM-DESAFIOS Mittler (2003), os desafios pedagógicos relacionam-se à aprendizagem. 1- Estabelecer desafios de aprendizagem compatíveis com as condições do estudante; 2- Responder diversidade das necessidades de aprendizagem dos estudantes; 3- Superar barreiras do processo de aprendizagem e do processo avaliativo do estudante NOMENCLATURA Acompanhando uma tendência internacional, o Brasil adotou as expressões: Adaptações Curriculares, ou Adequações Curriculares, (BRASIL-2006), hoje utilizamos também , Priorização Curricular para denominar toda e qualquer ação pedagógica que tenha a intenção de flexibilizar o currículo para oferecer respostas educativas às necessidades especiais dos alunos, no contexto escolar. CONCEITO As adaptações curriculares são compreendidas como um conjunto de modificações: • Do planejamento, • Dos objetivos, • Das atividades, • Formas de avaliação, • Diante do currículo proposto, para acomodar estudantes com deficiência e transtornos. • Diferenciar, Flexibilizar, Adequar, Adaptar, Priorizar, o ensino é desenvolver uma gestão flexível de currículo para atendimento das dificuldades e necessidades do aluno sejam atendidas em todas as áreas sejam cognitivas e emocionais. COMO REALIZAR Ao realizar adaptações curriculares, devemos como mediador desse processo, refletir: • “O que”, “Como” e “Quando” o estudante deve aprender. • As estratégias de ensino devem ser adequadas ao aluno (áreas: cognitiva, afetiva, social, sensorial) • O espaço físico está adaptado para receber o aluno. ADAPTAÇÕES AO CURRÍCULO • As adaptações curriculares constituem, pois, POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. • Devemos realizar adequações do currículo regular, (BNCC) quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com deficiência e transtornos. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO • A Resolução nº 02/2001, do CNE ,orienta , que escolas da rede regular de ensino devem organizar suas classes comuns para oferecer suporte de: • FLEXIBILIZAÇÕES E ADAPTAÇÕES CURRICULARES que considerem o significado prático e instrumental de: • 1- conteúdos básicos, • 2- metodologias de ensino • 3- recursos didáticos diversificados e • 4- processos de avaliação adequados Para melhoria do desenvolvimento de estudantes que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a frequência obrigatória (CNE, 2001). QUEM É O ALUNO ALVO DAS ADAPTAÇÕES Os alunos e as escola se diferenciam uns dos outros na maneira como aprendem, seu ritmo ,suas características distinguindo dos alunos que não apresentam necessidades especiais frente à educação e àqueles que apresentam. Atender as necessidades especiais de determinados alunos é estar atento à diversidade, entendida como todas as variáveis possíveis do aluno com deficiência, que aparece dentro do contexto educativo QUEM É O ALUNO ALVO DAS ADAPTAÇÕES AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DE TODOS ESTES ALUNOS QUE APRESENTAM: • Deficiências se manifestam de diferentes formas; • Sempre como um contínuo; • Incluindo desde situações transitórias; • Todas são passíveis de intervenção pedagógica; • Por meio do desenvolvimento de estratégias metodológicas utilizadas cotidianamente; • Até situações mais graves e permanentes, que requer a utilização de recursos e serviços especializados para sua superação. Galve (2002); INDIVIDUALIDADE DO ALUNO É preciso reconhecer que cada aluno aprende de uma forma, e com um ritmo próprio. Respeitar a individualidade de todas as pessoas significa dar oportunidades para todos aprenderem os mesmos conteúdos, fazendo as adequações necessárias do currículo. QUAIS AS ESTRATÉGIAS PARA REALIZAÇÃO DA ADAPTAÇÃO CURRICULAR? • O que o aluno deve aprender; • Como e quando aprender; • Que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo de aprendizagem; • Como e quando avaliar o aluno. DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA - ADAPTAÇÃO CURRICULAR Existem cinco perguntas chaves que a equipe pedagógica e professores devem fazer na hora de realizar uma adaptação curricular. O que o aluno não consegue fazer? OBJETIVO Quais conteúdos são necessários para alcançar esse objetivo e que o aluno já possui? AVALIAÇÃO INICIAL Qual a sequência das aprendizagens? Qual é o passo mais estratégico para ajudar o aluno? SEQUÊNCIA, ORDEM, TEMPORALIZAÇÃO Como vou ensinar tudo isto? METODOLOGIA A ajuda tem sido eficaz? Tem alcançado o objetivo? AVALIAÇÃO CONTÍNUA ESTRATÉGIAS NECESSÁRIAS ORGANIZAR AMBIENTES DENTRO DE SALA DE AULA QUE FAVOREÇAM APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS, COMO: • Ateliê, • Cantinhos, • Oficinas, • Agrupar estudantes de forma que seja facilitada a realização de atividades em grupo. FAVORECER O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES ADAPTATIVAS SOCIAIS: • De comunicação; • Cuidados pessoais e autonomia; • Encorajando e facilitando a participação do estudante. ESTRATÉGIAS NECESSÁRIAS ADEQUAR MATERIAIS ESCRITOS DE USO COMUM, COMO DESTACAR ALGUNS ASPECTOS QUE SÃO IMPRESCINDÍVEIS À AQUISIÇÃO DE APRENDIZAGEM: • Com cores; • Desenhos, traços, cobrindo partes que podem desviar a atenção de estudantes; • Incluir gráficos que ajudem a compreensão; • Destacar imagens e modificar conteúdos de modo a torná-los mais acessíveis à compreensão. ESTRATÉGIAS NECESSÁRIAS a) Procedimentos de avaliação (provas orais , escritas, observação, caderno...); b) Organização, ou disposição física da sala (em U, V, em círculo...), assim como no uso de outros espaços (biblioteca, audiovisuais , contexto da escola...); c) Temporalidade (dedicar mais tempo a um conteúdo, facilitar tempo extra em uma prova...); d) Agrupamentos (trabalho individual , pequeno grupo, em duplas, grupos flexíveis); e) Metodologia didática (apresentação de conteúdos, exposição do professor, trabalhos dos alunos...), assim como a realização de atividades alternativas (com diferentes níveis de profundidade), ou complementares (para praticar conteúdos não dominados); f) Uso de materiais (recursos extras, xerocópias) REFERÊNCIAS • IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. Cortez, 2000. • MITTLER, P. Educação inclusiva – contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003 • BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Adaptações curriculares em ação: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais de alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília:MEC/SEESP, 2002. • CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CEB 2/2001. Diário Oficial da União, • Brasília, 14 de setembro de 2001. Seção 1E, p. 39-40.
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