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RELAXAMENTO DE PRISÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXXX VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE VOLTA REDONDA/RJ 
 
Autos nº XXXXXX 
 
Pedro Rocha, brasileiro, solteiro, desempregado, portador da cédula de 
identidade nº123456, inscrito no CPF nº 123.456.789-00, vem, 
respeitosamente, à presença de vossa Excelência requerer RELAXAMENTO 
DA PRISÃO EM FLAGRANTE, com base no art. 5º, LXV da constituição 
Federal/88, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos: 
 
1. Fatos 
Durante investigação para apurar a prática de roubos a agências bancárias 
ocorridos em Volta Redonda/RJ, agentes da polícia civil, embora desconfiados 
que Pedro Rocha esteja envolvido nos crimes, não conseguiram reunir provas 
suficientes para apontá-lo como um dos assaltantes de banco. 
Diante disso, o Delegado de Polícia orientou um dos policiais a passar a 
estabelecer com o investigado relação de confiança. Ao manter reiterados 
contatos com Pedro Rocha, o agente policial disfarçado convence o 
investigado a com ele praticar um roubo em determinada agência bancária. 
Diante disso, no dia 15 de outubro de 2012, previamente engendrados, o 
policial disfarçado e o investigado dirigem-se ao banco e, no instante em que 
ingressaram na agência bancária e anunciaram o assalto, diversos policiais, 
que monitoravam toda a ação, prenderam Pedro Rocha em flagrante, sob a 
acusação da prática do crime de roubo majorado tentado. 
 
2. Do Direito 
a) Da ilegalidade material 
 
O flagrante foi induzido, pois o requerente convencido pelo policial 
disfarçado a praticar o delito de roubo, sendo adotadas 
providências para tornar impossível a consumação do delito, 
configurando, ainda, crime impossível, nos termos do artigo 17 do 
Código Penal. 
A prisão em flagrante do requerente se enquadra perfeitamente nas 
hipóteses de flagrante preparado, que é aquele que a autoridade 
instiga ou de alguma forma auxilia a prática de um crime. O que torna o 
crime impossível a teor da Súmula 145 STF dispõe que: 
Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna 
impossível a sua consumação. 
 
b) Da ilegalidade formal 
Ademais, a prisão apresenta ilegalidade formal, pois, durante a 
elaboração do auto de prisão em flagrante, a autoridade policial 
dispensou a presença de advogado e não informou a prisão 
imediatamente para o Juiz, bem como ao lavrar o auto de prisão em 
flagrante, entregou ao acusado a respectiva nota de culpa apenas três 
dias depois da prisão, o que contaria os dispostos no art. 306 do 
CPP: 
 
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao 
juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa 
por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será 
encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o 
autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a 
Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota 
de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do 
condutor e os das testemunhas. 
 
Como se vê, restou suficientemente demonstrada a ilegalidade da prisão 
do requerente, já que não observadas as formalidades 
previstas na legislação, devendo, por isso, ser relaxada a prisão em 
flagrante. 
 
3. Do Direito 
 
Ante o exposto, requer o RELAXAMENTO DA PRISÃO EM 
FLAGRANTE, a fim que possa responder a eventual processo em 
liberdade, com expedição do respectivo alvará de soltura, ou, 
subsidiariamente, a concessão da liberdade provisória sem fiança, por 
ser medida de inteira justiça. 
 
Nestes termos 
Pede deferimento, 
Data XXXXX, local XXXXX 
Advogado 
OAB/PI, 
Nº XXXX

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