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TCC Escola Biblica-Dominical TCC-Corrigida

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FACULDADE TEOLÓGICA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS LOGOS
ESCOLA BIBLICA DOMINICAL
ANDERSON CASTILHO GUEDES
São Paulo
2016
ANDERSON CASTILHO GUEDES
A ESCOLA BIBLICA DOMINICAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Teologia à comissão julgadora da FAETEL - Faculdade Teológica de Ciências Humanas e Sociais Logos, sob a Orientação do professor ROSANGELA RIPKE.
SÃO PAULO 
2016
JULGAMENTO
FAETEL - Faculdade Teológica de Ciências Humanas e Sociais Logos
 Bacharel em Teologia
Comissão de Doutores e Mestres
________________________________________
Nome do Professor Dr. Ou MSc.
Professor Orientador
________________________________________
Nome do Professor Dr. Ou MSc.
________________________________________
Nome do Professor Dr. Ou MSc.
DEDICATÓRIA
A minha mãe:
“filho você consegue tudo o que quiser isso lhe será muito útil e ao fim realizara meu sonho” mãe chegou ao fim hoje conclui o seu sonho e no decorrer desta trajetória sonhei com teus sonhos e eles acabaram se tornando os meus sonhos, bom para finalizarmos acredito que o tema deste trabalho nos cabe muito bem.
AGRADECIMENTO
Em primeiro lugar devo agradecer ao meu Deus com a minha mais sincera gratidão, pois é o Senhor da minha vida e pela misericórdia DELE conclui mais esta etapa, devo mencionar a minha linda esposa, por vezes a agradeci no decorrer desta trajetória por me ajudar a sonhar este sonho, por fim gostaria de agradecer aos meus familiares, amigos e professores que por horas e anos nos suportaram com duvidas e questionamentos às vezes infindáveis agradeço a todos.
Resumo
A escola dominical é uma das instituições mais úteis, benéficas e duradouras da história do protestantismo. Ela se insere no contexto mais amplo da educação religiosa ou educação cristã, que sempre tem sido uma preocupação da Igreja, desde os tempos apostólicos. O interesse em instruir, educar e capacitar o povo de Deus foi muito importante no Antigo Testamento, no contexto da família e da vida religiosa de Israel. No período interbíblico surgiu uma importante agência educativa judaica que foi a sinagoga. O ensino recebeu enorme ênfase no ministério de Jesus, que foi mestre e reuniu em torno de si os seus discípulos. Na igreja primitiva, as atividades didáticas foram fundamentais para a propagação e consolidação do novo movimento, como se pode verificar amplamente nos livros do Novo Testamento.
Palavras chaves. Escola Dominical. 
Summary
Sunday school is one of the most useful institutions, beneficial and enduring in the history of Protestantism. It fits into the broader context of religious or Christian education education, which has always been a concern of the Church, since apostolic times. The interest in investigating, educate and empower the people of God was very important in the Old Testament, in the context of family and religious life of Israel. In interbiblical it emerged an important Jewish educational agency that was the synagogue. The school received huge emphasis in the ministry of Jesus, who was master and gathered around him his disciples. In the early church, the educational activities were fundamental to the spread and consolidation of the new movement, as can be seen widely in the New Testament.
Keywords. Sunday Sunday school.
SUMÁRIO
JULGAMENTO	3
DEDICATÓRIA	4
AGRADECIMENTO	5
Resumo	7
Summary	8
INTRODUÇÃO	10
CAPITULO I - Escola Dominical	11
1 A Historia ate Cristo	11
A) Nos dias de Moisés	12
B) Na época dos Sacerdotes, reis e profetas de Israel	12
C) Durante o cativeiro babilônico	13
D) No pós-cativeiro	13
E) Nos dias de Jesus	14
CAPITULO 2 A Escola Dominical Moderna	15
1 Um plano brilhante	16
A) Raikes o precursor da era moderna	17
B) Fatos históricos	17
C) Século XIX e a expansão para outros países	18
C) Escola Dominical no Brasil	19
CAPITULO 3 Objetivos da Escola Dominical	20
1 Agenciador de pessoas para ganhar almas	21
A) A Escola Dominical ganhando almas	21
B) Espiritualidade e caráter cristão dos alunos	22
C) Treinar o cristão para o serviço do Mestre	22
7. Desafios da Evangelização no mundo	31
CONCLUSÃO	Erro! Indicador não definido.
REFERENCIA	33
INTRODUÇÃO
Existem algumas narrativas na Bíblia Sagrada que quando a lemos a principio não nos apegamos a ela, talvez pelo simples fato de que tudo que lemos aplicamos ou de alguma forma vivemos isso ou estamos buscando viver, essas narrativas não condizem com tudo isso ou essa expectativa que buscamos com isso essas narrativas a principio não trazem nada para acrescentar, e sempre me deparo com uma que o próprio Cristo cita:
E contou-lhes outra parábola: "O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo. Embora seja a menor dentre todas as sementes, quando cresce torna-se a maior das hortaliças e se transforma numa árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos". Mateus 13:31,32
Tal narrativa parece não ter aplicabilidade nenhum pelo menos para mim, no entanto ao desenvolver este tema tal narrativa coube bem para que eu pudesse entender um pouco as palavras do próprio Cristo.
Existem alguns métodos ou maneiras para que possamos levar os ensinamentos do Senhor aos mais precisados, mostrar a verdadeira exposição da palavra de Deus de modo algum quero desmerecer tais métodos, no entanto quero ressaltar um deles a que faço parte e desde criança tem sido meu balizamento no entender da palavra de DEUS que é denominado Escola Bíblica Dominical.
Hoje no século XXI é sem duvida a maior escola teológica do mundo, abrange muita gente e tenho um imenso orgulho de ser primeiro aluno e depois professor, louvo ao meu DEUS, pois um dia falou de uma pequena sementinha, no entanto essa sementinha pode vir a crescer e se tornar uma grande arvore, mas o que de fato é mais importante é quem a faz crescer “quem da o crescimento” isso é o que vale, e glorias seja dada a Ele, pois tudo é para sua gloria. 
CAPITULO I - Escola Dominical
A Escola Dominical tal como a temos hoje é uma instituição moderna, mas tem suas raízes aprofundadas na antiguidade do Antigo Testamento, nas prescrições dadas por DEUS aos patriarcas e ao povo de Israel. A escola, como a temos hoje não havia então, mas havia o principio fundamental o do ensino bíblico determinado por Deus aos fieis e aos estranhos ao seu redor. Sempre pesou sobre o povo de Deus a responsabilidade de ensinar a lei divina.
A Escola Dominical é a fase presente da instrução bíblica milenar que sempre caracterizou o povo de Deus. 
Estudaremos um breve resumo de como se desenvolveu a instrução religiosa nos tempos bíblicos e nos tempos modernos, isto é, os primórdios que depois resultaram na origem e desenvolvimento da Escola Dominical em sua forma atual. 
1 A Historia ate Cristo
Através da metodologia de ensino, o aluno interage com a turma aprendendo os valores cristãos. Além disso, a Escola Dominical torna-se um complemento para o novo convertido, ensinando-o a cultura cristã, tornando subjetiva sua transformação em Jesus.
Cumprindo assim com o verdadeiro “ide” que Cristo comissionou a sua igreja, essa maneira de repassar as maravilhas de Cristo, como proceder, como andar na presença do Senhor, como observar seus mandamentos tudo isso tem de ser repassado para os novos na fé por que isso forma o caráter do verdadeiro e autentico Cristão.
A) Nos dias de Moisés
Ao lermos o Pentateuco vemos que no principio, entre o povo de Deus os próprios pais que eram responsáveis pelo ensino da revelação divina ao lar. O lar, então, era de fato uma escola onde os filhos aprendiam a temer a Deus (Dt 6.7).
Havia também reuniões publicas de que participavam homens, mulheres e crianças, aprendendo a lei divina (Dt 31.12,13)
Se pegarmos os textos Sagrados de modo que possamos aplicar com clareza a hermenêutica como aprendemos iremos encontrar algumas narrativas que faz uma alusão a essas reuniões e de como isso era importantementerepassado de pais para filhos, encontraremos algumas citações que nos remetem a livros que foram transcritos no decorrer deste acontecimentos por exemplo Moises faz menção a um livro chamado de livros das “guerras” (Nm 21.14) nota-se que sempre havia alguma coisa repassada pelos familiares.
B) Na época dos Sacerdotes, reis e profetas de Israel
Os sacerdotes, além do culto divino, tinham o encargo do ensino da Lei (Dt 24.8; 1Sm 12.23; 2 Cr 15.3; Jr 18.18). Os sacerdotes eram intermediários entre o povo e Deus, e assim como os profetas eram intermediários entre Deus e o povo. Os reis de Judá, quando piedosos, aliavam-se aos sacerdotes na promoção do ensino bíblico. Temos disto alguns exemplos no caso por do rei Josafá que enviou lideres levitas e sacerdotes por todoa a terra de Judá para ensinarem ao povo a Lei do Senhor (2 Cr 17.7-9) 
C) Durante o cativeiro babilônico
Nessa época, os Judeus no exílio, privados do seu grandioso templo em Jerusalém, instituíram as sinagogas tão mencionadas no Novo Testamento. A sinagoga era utilizada como escola bíblica, casa de cultos e escola publica. O filosofo judeu, Philo, de Alexandria, falecido em 50 d.C., com seu testemunho insuspeito, afirma que “as sinagogas eram casas de ensino, tanto para crianças quanto para adultos”. – Benson.
Na sinagoga a criança recebia instrução religiosa dos 5 aos 10 anos de idade; dos 10 aos 15 anos, continuava a instrução religiosa, agora com auxilio dos comentários e tradições dos rabinos. Aos sábados, a principal reunião era a matutina, incluindo jovens e adultos.
D) No pós-cativeiro
Nos dias de Esdras e Neemias, lemos que quando o povo voltou do cativeiro, um grande avivamento espiritual teve lugar entre os israelitas. Esse despertamento teve origem numa intensa disseminação da Palavra de DEUS e inclui um vigoroso ministério de ensino de ensino bíblico. É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de ensino bíblico metódico popular similar ao da nossa Escola Dominical de hoje.
O capitulo 8 do livro de Neemias dá um relato de como era a escola bíblica popular de então ou como chamamos hoje: Escola Dominical. Esdras era superintendente (Ne 8.2); o livro texto era a bíblia (v.3); os alunos eram homens, mulheres e crianças (v. 3; 12.43). Treze auxiliares ajudavam Esdras na direção dos trabalhos (v.4) e outros treze serviam como professores ministrando o ensino (vv.7,8). O horário ia da manha ao meio dia (v. 3). Afirma o versículo que os professores liam a palavra de Deus e explicavam o sentido para que o povo entendesse. É certo que ai há um problema linguístico envolvido (o povo falando o aramaico ao retornar do exilio), mas o que sobressai mesmo é o ensino da palavra, patente em todo o capitulo.
O resultado desse movimento de ensino da palavra foi a operação do Espirito Santo em profundidade no meio do povo, conforme atesta todo o capitulo 9 e os subsequentes do livro de Neemias.
E) Nos dias de Jesus
Jesus foi o grande Mestre, glorificando assim sua missão de ensinar. Das 90 vezes que alguém se dirigiu a Cristo nos Evangelhos, 60 vezes ELE é chamado de “MESTRE”. Grande parte do ministério do nosso Senhor foi ocupado com o ensino (Mt 4.23; 9.35; Lc 20.1). Sua ultima comissão a igreja foi “Ide e ensinai”, (Mt 28.19,20). 
Jesus ensinava em diferentes lugares e de diferente modo, de acordo como estava o ambiente em que o Cristo estava o verdadeiro professor, nas sinagogas (Mc 6.2), em casas particulares (Mc 2.1; Lc5.17), no templo (Mc 12.35), nas aldeias (Mc 6.6), as multidões ( Mc6.34) a pequenos grupos como também individualmente ( Lc24.27; Jo caps. 3 4)
Após a ascensão de Cristo, os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. A igreja dos dias primitivos dava muita importância a esse ministério (At 5.41,42). Paulo foi um grande mestre em seu tempo foi maravilhosamente usado por Cristo nesse ministério de ensino. Nos seus escritos há alimento, tanto para adultos como para crianças de todas as idades. Ele e Barnabé, por exemplo, passaram um ano todo ensinando na igreja em Antioquia (At 11.26). Em Éfeso, ficou três anos ensinando (At 20.20,31), em Corinto, ficou um ano e seis meses (At 18.11), seus últimos dias em Roma foram ocupados com o ensino da Palavra ( At 28.31).
Mas tarde vemos que a marcha do ensino bíblico na Igreja sofreu solução de continuidade, devido a males que penetraram no seio da mesma. Houve calmaria. A igreja ficou estacionada, ganhou fama, mas perdeu poder, abandonou o método prescrito por Jesus: o de pregar e ensinar. Sobrevieram a seguir as densas trevas espirituais da Idade Media.
Muitos século depois veio a reforma religiosa e com ela a imperiosa necessidade do ensino bíblico para instruir os crentes, consolidar o movimento e garantir sua prossecução. Os lideres da Reforma dedicaram especial atenção ao preparo de livros de instrução religiosa, bem como reuniões destinadas a esse ministério, eles sabiam que o trabalho não consistia somente em pregar, mas também em instruir espiritualmente.
A palavra de Deus é a única ferramenta usada tanto para o professor que ensina como para o pregador que ensina, o pregador anuncia ou expõe o Evangelho, a palavra de Deus. Assim fazendo ele lança a rede e as almas perdidas são ganhas para Jesus. Já o professor, sua missão é instruir, simplificar as verdades bíblicas, ilustra-las, dissecar o texto bíblico e repetir os ensinos bíblicos ate que todos entendam as verdades que ele deseja transmitir. O professor da Escola Dominical deve lembrar-se que ensinar não é pregar. Diante de sua classe, ele não é orador e sim professor, com isso a igreja da presente era nunca poderá esquecer a amarga e desastrosa decorrência do descuido e abandono da instrução religiosa das crianças nos tempos que precederam a tenebrosa Idade Media.
CAPITULO 2 A Escola Dominical Moderna 
O movimento religioso que nos deu a Escola Dominical como a temos hoje, começou em 1780, na cidade de Gloucester, sul da Inglaterra. O fundador foi o jornalista evangélico (episcopal) Robert Raikes, de 44 anos, redator do Gloucester Journal, Raikes foi inspirado a fundar a Escola Dominical ao sentir compaixão pelas crianças de sua cidade, perambulando pelas ruas, entregues a delinquência, pilhagem, ociosidade e ao vicio, sem qualquer orientação espiritual. Ele, que já há 15 anos trabalhava entre os detentos das prisões da cidade, pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor, a fim de que mais tarde elas também não fossem para a cadeia. Procurava as crianças em plena rua e nas casas dos pais e as conduzia para o local das reuniões, fazendo-lhes apelo para que todos os domingos estivessem ali reunidos. O inicio do tarabalho não foi fácil.
1 Um plano brilhante
Sentado a sua mesa, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente.
Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No editorial seguinte, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo, através do jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para otrabalho.
O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã.
Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto frequentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreria de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas.
A) Raikes o precursor da era moderna
Robert Raikes, um homem de profundas convicções religiosas, fundou então uma escola que funcionava aos domingos porque as crianças e os jovens trabalhavam 6 dias por semana, durante 12 horas. Usava a Bíblia como livro de estudo, cantava com os alunos e ministrava-lhes, também, noções de boas maneiras, de moral e de civismo. 
O ensino das Escrituras consistia quase sempre de leitura e de recitação. Em seguida teve inicio a pratica de comentar os versículos lidos. Muito mais tarde que viria a surgir as revistas da Escola Dominical, com lições seguidas e apropriadas.
Com um plano espetacular desses ainda levantaram-se pessoas e porque não dizer as igrejas da época que começaram uma oposição ferrenha contra Raikes e seu projeto, pois julgavam que o surgimento da Escola Dominical sera uma invenção e sendo assim uma coisa desnecessária a época. Diziam seus oponentes que reuniões de crianças mal comportadas, no templo, era uma profanação, um ponto interessante na historia mostra que Raikes não se importava com as criticas de seu tempo, pelo contrario o jornal que ele era redator foi usado como uma coluna forte da defesa e apoio da novel instituição, publicando extensa serie de artigos sob o titulo A Escola Dominica, reprodizidos nos jornais londrinos, assim começaria um dos mais poderosos movimentos da historia da IGREJA.
B) Fatos históricos 
Ao fundar a primeira Escola Dominical em 20/07/1780, Raikes estabeleceu o seguinte: desenvolver inicialmente uma fase experimental de três anos de trabalho. Após isso conforme os frutos produzidos ele divulgaria ao mundo tudo sobre o trabalho em andamento.
Mal sabia Raikes que estava lançando os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos e abarcaria o globo, chegando até nos, a ponte de ter hoje dezenas de milhões de alunos e professores, sendo a maior e mais poderosa agencia de ensino da palavra de DEUS que a igreja dispõe.
Nessa fase experimental (1780-1783) Raikes fundou 7 Escolas Dominicais somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em media. Os abençoados frutos do trabalho logo surgiram entre as crianças, refletindo isso profundamente nos próprios pais, estava dando certa a experiência com a palavra de DEUS.
No dia 03 de Novembro de 1783 em que Raikes triunfalmente publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida de suas crianças. Essa data passaria mais tarde ser considerado como dia natalício da Escola Dominical.
Os benditos e abundantes resultados causaram tal impacto no modo de vida da sociedade, que um ano após (1784) Raikes se tornara o homem mais popular da Inglaterra, no ano seguinte (1785) ele organizaria a primeira União de Escolas Dominicais em Gloucester, agora as igrejas já não eram, mas oposição, agora apoiava, o trabalho realizado por Raikes, neste ponto os locais de aula mudariam das casas particulares para os templos, sendo que os mesmo agora estavam abarrotados de crianças.
C) Século XIX e a expansão para outros países 
Ao romper do século XIX muitos outros países passam a adotar a Escola Dominical de Raikes sempre com excelentes resultados. No começo do século XIX, foram fundadas muitas escolas dominicais nos mais diversos lugares dos Estados Unidos e o crescimento delas foi nada menos que fenomenal. Várias uniões formais de Escolas Dominicais foram organizadas, para ensino tanto de crianças quanto de adultos. Não demorou para que as Igrejas Evangélicas entendessem que era necessário ensinar a Bíblia a seus membros, em regime semanal, o que poderia ser feito, através da Escola Dominical. Em 1784, isto é, quatro anos após o inicio do movimento a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos matriculados, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados. A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente, data de 1782. No dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual da Escola Dominical e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança. Em 1824, a União Americana de Escolas Dominicais contava com escolas em dezessete dos trinta e quatro estados americanos então existentes. No ano de 2014 estimava-se 60 milhões de alunos matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente de mostarda plantada e regada, que cresceu para ser uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do mundo com um quadro de professores estimado em 10 milhões. 
C) Escola Dominical no Brasil
As primeiras reuniões de instrução da Bíblia vão remontar na data de 1557 por um grupo de Calvinistas que desembarcaram na baia de Guanabara, nessa ocasião realizaram o primeiro culto evangélico em terras do continente americano, no dia 10 de março doo mesmo ano.
No entanto houve também uma segunda fase das reuniões de instruções da bíblia que deu-se lá Nordeste do pais durante o domínio Holandês, datado em 1630, tais reuniões são remontadas aos crentes da Igreja Reformada Holandesa, quando vários núcleos evangélicos foram estabelecidos naquela região. Na mesma época foram realizados cultos na Bahia, por a ocasião da primeira invasão holandesa, mais tarde com feroz campanha de extinção movida pela Igreja Romana viria a apagar o fulgor da pequena chama.
Dentre as investidas protestantes ocorridas durante o reinado de Dom Pedro II, destaca-se a evangelização do Pr. Robert Reid Kalley, no Rio de Janeiro, um escocês que chegou ao Brasil em 1855 após perseguição sofrida na ilha de Madeira, em Portugal. Ele iniciou um projeto evangelístico que iria se tornar o marco da inserção dos protestantes no Brasil. À experiência lhe ensinou a trabalhar em terras onde a liberdade religiosa não existia. Sabendo identificar e utilizar as oportunidades que lhe surgiram, fizeram com que o protestantismo crescesse e se firmasse desde o Império.
A escola dominical foi iniciada no mesmo ano em que o casal Kalley chegou ao Brasil, no momento em que eles chegaram à Petrópolis (agosto de 1855). A mansão Gernheim, localizada nessa cidade, alugada pelo o embaixador americano senhor Webb, logo ficaria desocupada (outubro de 1855). O embaixador, mesmo antes de sair daquela mansão, gentilmente a cedeu para Sarah e Robert iniciarem as aulas da escola bíblica dominical.
Essa escola começou a ser frequentada por filhos das famílias Webb e Carpenter (ingleses), entretanto algumas semanas depois, Kalley iniciou uma classe para negros. Qual seria o interesse em dar aulas para negros? Que negros seriam esses, libertos, escravos? Nessetrabalho não pretendemos analisar essas questões, mas uma coisa é certa, segundo Cardoso, todo o trabalho evangelístico nesse momento foi centrado nas pessoas de baixo estrato social. 
Com o passar do tempo, aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalleys resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo.
CAPITULO 3 Objetivos da Escola Dominical
A Escola Dominical é a escola de ensino bíblico da Igreja que evangeliza enquanto ensina a Palavra de DEUS. Ela conjuga os dois lados da comissão de Jesus a Igreja. A Escola Dominical tem objetivos definidos para atingir, não se trata apenas de uma reunião domingueira comum, ou um culto a mais. Partindo deste principio estudaremos os três objetivos da E.D. 
Definidos os objetivos concluímos que temos uma grande missão de servir como sistema de instrução Bíblica de forma gratuita e universal, para todos os frequentadores e membros das igrejas evangélicas ao redor do mundo, esclarecendo assuntos e respondendo dúvidas sobre temas abordados na Palavra de Deus.
1 Agenciador de pessoas para ganhar almas 
O convicto e verdadeiro cristão deve estar preparado para cumprir o “Ide” em todos os lugares e ambientes levando a boa semente em tempo e fora de tempo, esse deve ser o lema de todo o Cristão, pois nos fomos alcançado pela promessa e com isso é nosso dever levar as boas novas, anunciar a Salvação de Cristo o ano aceitável de Cristo.
É bem verdade que temos desafios pra isso, mas se conseguimos alcançar o ministério de ensinar às vezes o Espirito Santo nos coloca em situações que é só observar e fazer o “convite”, pois a semente foi plantada de tal maneira que produz frutos bons ao passo que a lançamos. É claro que todo professor ou mestre atente muito bem para o que Tiago faz menção em seu livro “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3), mas se almejarmos isso tem de ser feito com todo zelo.
A) A Escola Dominical ganhando almas 
O primeiro grande dever do professor da Escola Dominical é agir e orar diante de Deus no sentido de que todos seus alunos aceitem a Jesus como Salvador e o sigam como seu Senhor e Mestre. Há professores que ensinam a verdade bíblica durante anos sem nunca verem seu aluno convertido, talvez porque nunca os levaram a aceitar a Cristo na sua própria sala de aula. O meio certo de levar almas a Cristo é usar a Palavra e confiar na operação do Espirito Santo (Jo 3.5; 16.8; 1Pe 1.23). O professor não pode salvar seus alunos, mas pode leva-lo a Cristo o Salvador, como fez André (Jo 1.42). A Bíblia não diz: “Ensina a criança no caminho em que ela ai andar, ou quer andar”, mas: “no caminho em que ela deve andar” (Pv 22.6).
Lembremos sempre como foi o principio desse primoroso projeto sempre é bom voltarmos no passado para florescer nosso alvo, o foco sempre vai ser vivo em nossa mente.
B) Espiritualidade e caráter cristão dos alunos
Ganhar um aluno para Cristo é apenas o inicio da obra; é mister cuidar em seguida da formação dos hábitos cristãos, os quais resultaram num caráter ideal modelado pela Palavra de Deus. São os hábitos que formam o caráter e este influi no destino da pessoa. Afirma a psicóloga: o pensamento conduz ao ato, o ato conduz ao habito, o habito conduz ao caráter, o caráter conduz ao destino da pessoa claro que isso de uma logica humana.
Uma Escola Dominical dotada de obreiros treinados e cheios do Espirito Santo pode contribuir eficazmente para a implantação da santíssima fé em Cristã entre os homens, o futuro do novo convertido depende muito do que lhe é passado nos primeiros ensinamentos. Nesse sentido o alvo do professor deve ser o de ajudar cada aluno convertido a viver uma vida verdadeiramente crista, em inteira consagração a Deus, e cheio do Espirito Santo, cujas vidas se assemelhem em palavras e obras ao ideal apresentado em Jesus Cristo, conforme lemos em Colossenses 1.28; Ef 4.1. Vê-se, portanto que a tarefa do professor da Escola Dominical é de máxima importância e do maior alcance, precisando não somente doe conhecimento da matéria (a Bíblia), e da arte de ensinar (Pedagogia), mas também de influenciar e orientar o pensamento do aluno, resultando em continua moldagem do caráter crstao ideal, no sentido moral e espiritual. 
C) Treinar o cristão para o serviço do Mestre
Ao prover treinamento espiritual, a Escola Dominical apresenta ao aluno oportunidades ilimitadas de servirão divino Mestre, inúmeros obreiros da casa do Senhor saíram da Escola Dominical, podemos citar alguns exemplos que marcaram suas historias dando lugar para que o dono da seara os usassem fiquemos com o caso do famoso pregador D.L Moody, vale ressaltar que tais pessoas podem fazer diferença em qualquer parte do pais, ou do mundo, onde o Senhor enviar seus servo.
Devemos ressaltar que o contribuir para a causa de Cristo e o dever de empreender alguma espécie de atividades Cristã são coisas que devem ser trazidas a consciência dos alunos da Escola, tudo isso regado com a oração.
A nossa escola tem um tríplice objetivo que pode ser resumido em três frases: aceitar a Jesus; crescer em Jesus; servir a Jesus, e para alcançarmos tais objetivos temos que obedecer alguns requisitos que são claramente descritos como: temos de ter obreiros treinados para o desempenho de tão elevado ministério, o mandamento do Senhor é que falemos a Palavra (2Tm 4.2), conhecemos muito e sabemos que tal Palavra é também poderosa para operar tanto na esfera da mente, como no coração das criancinhas, adultos e encanecido.
Sendo assim chegamos a conclusão que o alva da Escola Dominical é nobre e elevado em todos os pontos de vista, na Igreja, ela cuida das vidas em formação, seja no sentido social ou espiritual, coopera eficazmente no lar com a formação moral de crianças e adolescentes, instilando neles hábitos, ideais e princípios cristão segundo as Santas Escrituras, os adultos por sua vez vão encontrar horas de prazer no estudo bíblico.
CAPITULO 4 A importância da Escola Dominical e a CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus
A importância da EBD pode ser notada a partir do seu objetivo de educar integralmente o ser humano desenvolvendo a sua espiritualidade e o seu caráter. Fazendo com que se desenvolva através do estudo da bíblia de forma clara, metódica, continuada e progressiva. O mais interessante é que os alunos desta escola não necessitam ser evangélicos para que possam participar das aulas, por isso afirmo que é uma escola que evangeliza enquanto educa. Ela é um eficiente meio para alcançar a todos na igreja, na família e na comunidade Apesar de acontecer dentro dos espaços evangélicos, não trata apenas de assuntos espirituais, mas está a cada lição, fazendo com seus alunos reflitam nos seus atos, sejam eles certos ou errados, bons ou ruins. É na EBD, que aprendemos como amar o nosso próximo, os nossos inimigos, a nossa vida, nossa família, a todos que nos rodeiam, de forma que possamos ser diferentes em meio à sociedade em que vivemos e consigamos conquistar todos que estão a nossa volta, com uma vida simples, humilde, mas cheia de vigor e esperança. Os ensinamentos da EBD não podem ser concluídos sem que antes haja uma aplicação pessoal de tudo o que foi abordado na aula. Para que o aluno veja sentido nos conteúdos, os professores da Escola Dominical empenham-se para que tudo o que for ensinado possa ser colocado em prática na vida dos alunos. Com isso, os conteúdos e as aulas são mais valorizados, pois podem vê-los em suas vidas de forma prática e mais abrangente.
A.S. London afirmou, certa vez, mui acertadamente: “Extinga a Escola Bíblica Dominical, e dentro de 15 anos a sua igreja terá apenas a metade dos seus membros”. Quem haverá de negar a gravidade de London? As igrejas que ousaram prescindir da Escola Dominical jazem exangues e prestes a morrer.
A sua importância dá-se também, porque complementa o que as escolas de ensinoformal não focam. Enquanto o ensino formal preocupa-se principalmente com o intelecto do aluno, a EBD preocupa-se com o coração, com os sentimentos e com a vida deles. Sendo assim contribui para o caráter ideal segundo os princípios bíblicos. As aulas da Escola Bíblica Dominical são ministradas de maneira pedagógica, garantindo a educação do aluno e mudança de vida, pois a partir do momento que estes crescem no conhecimento e colocam em prática tudo o que foi aprendido, o seu caráter é aos poucos mudado, refletindo assim, em sua vida pessoal, conjugal, familiar e social. No cenário da sociedade atual, torna-se indispensável ter comportamentos éticos, ou seja, ter reflexões críticas dos atos morais. Em nossas relações cotidianas defrontamo-nos com problemas práticos, quais não podemos evitar, na maioria das vezes, e para resolvê-los, precisamos recorrer à normas, formular juízo, tomar decisões que precisam estar pautados em bons ensinamentos para que não façamos nada que nos levem ao arrependimento. Refletir sobre a relevância da Escola Bíblica Dominical na formação de cidadãos éticos é urgente, principalmente no que se refere aos resultados que ela produz. O ensino das doutrinas e verdades eternas da bíblia precisa assumir lugar de destaque nos espaços evangélicos.
1 A CPAD e a Escola Dominical
A CPAD tem uma trajetória marcante na Escola Dominical das igrejas brasileiras. As primeiras revistas começaram a ser publicadas em forma de suplemento do primeiro periódico das Assembleias de Deus – jornal Boa Semente, que circulou em Belém, Pará, no início da década de 20. O suplemento era denominado Estudos Dominicais, escritos pelo missionário Samuel Nystrom, pastor sueco de vasta cultura bíblica e secular, e com lições da Escola Dominical em forma de esboços, para três meses. Em 1930, na primeira convenção geral das Assembleias de Deus realizada em Natal (RN) deu-se a fusão do jornal Boa Semente com outro similar que era publicado pela igreja do Rio de Janeiro, O Som Alegre, originando o MENSAGEIRO DA PAZ. Nessa ocasião (1930) foi lançada no Rio de Janeiro a revista Lições Bíblicas para as Escolas Dominicais. Seu primeiro comentador e editor foi o missionário Samuel Nystrom e depois o missionário Nils Kastberg.
A) Lições Bíblicas Comentadas
Nos seus primeiros tempos a revista Lições Bíblicas era trimestral e depois passou a ser semestral. As razões disso não eram apenas os parcos recursos financeiros, mas principalmente a morosidade e a escassez de transporte de cargas, que naquele tempo era todo marítimo e somente costeiro; ao longo do litoral. A revista levava muito tempo para alcançar os pontos distantes do país. Com a melhora dos transportes a revista passou a ser trimestral.
Na década de 50 o avanço da CPAD foi considerável. A revista Lições Bíblicas passou a ter como comentadores homens de Deus como Eurico Bergstén, N. Lawrence Olson, João de Oliveira, José Menezes e Orlando Boyer. Seus ensinos seguros e conservadores, extraídos da Bíblia, forjaram toda uma geração de novos crentes. Disso resultou também uma grande colheita de obreiros para a seara do Mestre.
As primeiras revistas para as crianças só vieram a surgir na década de 40, na gestão do jornalista e escritor Emílio Conde, como editor e redator da CPAD. A revista, escrita pelas professoras Nair Soares e Cacilda de Brito, era o primeiro esforço da CPAD para melhor alcançar a população infantil das nossas igrejas. Tempos depois, o grande entusiasta e promotor. 
Usava-se o texto bíblico e o comentário das Lições Bíblicas (jovens e adultos) para todas as idades. Muitos pastores, professores e alunos da Escola Dominical reclamavam das dificuldades insuperáveis de ensinar assuntos sumamente difíceis, impróprios e até inconvenientes para os pequeninos da Escola Dominical entre nós, pastor José Pimentel de Carvalho, criou e lançou pela CPAD uma nova revista infantil, a Minha Revistinha, que por falta de apoio, de recursos, de pessoal, e de máquinas apropriadas, teve vida efêmera.
B) Criação do CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical)
Na década de 70 acentuava-se mais e mais a necessidade de novas revistas para a Escola Dominical, graduadas conforme as diversas faixas de idade de seus alunos. Isto acontecia, principalmente, à medida que o CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical), lançado pela CPAD em 1974, percorria o Brasil.
Foi assim que, também em 1974, com a criação do Departamento de Escola Dominical (atual Setor de Educação Cristã), começa-se a planejar e elaborar os diversos currículos bíblicos para todas as faixas etárias, bem como suas respectivas revistas para aluno e professor, e também os recursos visuais para as idades mais baixas.
O plano delineado em 1974 e lançado na gestão do pastor Antônio Gilberto, no Departamento de Escola Dominical, foi reformulado e relançado em 1994 na gestão do irmão Ronaldo Rodrigues, Diretor Executivo da CPAD, de fato, só foi consumado em 1994, depois que todo o currículo sofreu redirecionamento tendo sido criadas novas revistas como as da faixa dos 15 a 17 anos e as do Discipulado para novos convertidos, desenhados novos visuais, aumentado a quantidade de páginas das revistas de alunos e mestres e criado novo padrão gráfico-visual de capas e embalagem dos visuais.
Após duas edições das revistas e currículos (1994 a 1996 e 1997 a 1999), a CPAD apresentou em 2000, uma nova edição com grandes novidades nas áreas pedagógicas, gráficas e visuais.
Depois desse período, em 2007, a Editora lançou um novo currículo fundamentado nas concepções e pressupostos da Didática, Pedagogia e Psicologia Educacional. Após sete anos, a CPAD, sempre em fase de crescimento, inova mais uma vez. Em comemoração pelos 75 anos de existência, a Casa lança mais uma nova edição para a Escola Dominical que já começará a ser utilizada no primeiro trimestre de 2015. A novidade promete surpreender até mesmo que ainda não conhece o projeto. Antes, o currículo que era dividido em dois segmentos: infanto-juvenil e adultos, agora ganhamos mais um material exclusivo para o público jovem (a partir dos 18 anos).
Através da Revista Lições Bíblicas, a CPAD insere-se nas denominações com material didático atendendo a todas as faixas etárias. A Editora abrange três categorias: Infanto – juvenil, Jovens (a partir dos 18 anos) e Adultos somando 12 revistas no total: Berçário, Maternal, Jardim de Infância, Primários, Juniores, Pré-adolescentes, Adolescentes, Juvenis, Jovens, Adultos, Novos Convertidos “Discipulando” e “O caminho para o céu” – desenvolvido para os não crentes.
Conclusão
Ao percorrermos todo esse trajeto da Escola Dominical, chegaremos a uma simples conclusão: o nosso Brasil defronta-se com os mesmos problemas espirituais sociais e morais idênticos aos que precederam a Escola Dominical na Inglaterra, mormente no tange a delinquência juvenil e desagregação da família. A única solução visível que temos para esses males que tanto preocupam as autoridades e o governo e todos em geral, esta na regeneração espiritual e moral preconizada na Palavra de Deus, através da Escola Dominical ou na exposição das verdades contidas na Revelação Plena da Palavra de Deus ao homem.
Se pegarmos por base nos Assembléianos no, sendo o maior movimento Pentecostal em todo o mundo, não temos explorado todo o terreno ou potencial da Escola Dominical, nem lançado mão de todos os seus recursos. O descuido nessa parte reflete diretamente nas crianças de hoje e nos jovens do amanha. A orientação e formação de professores, especialmente no setor infantil é uma premente necessidade. No descuido quanto ao ensino bíblico, os mais prejudicados são as crianças. Conforme (2 Rs 4.38-41) podemos pagar muito caro por essa ignorância espiritual. Nossas crianças levam em media 700 horas anuais na escola de instrução secular, preparando-se para uma vida terrena tão curta, não podem elas passar 52 horas na Escola Dominical preparando-se para uma vida que não é tão curta, mas sim eterna nos céus? Um aluno que semprefrequentou a Escola Dominical quando chegar aos 18 anos terá tido uma media de 936 horas/aula, no mesmo período na escola secular terá alcançado uma media de 8.000 horas/aula.
Fiquemos certos de que o diabo nosso inimigo não dorme nem descansa, ao passo nos os trabalhadores de Cristo cruzamos os braços (Mt 13.25). Uma de suas atividades favoritas é de roubar a Palavra de Deus e isso ele faz de muitas maneiras ate nos nossos púlpitos onde a principio o tempo seria primordial para exposição da Palavra de Deus ele esta sendo desperdiçado com coisas vãs, sem trazer qualquer edificação para o povo (Lc8.16)
ANEXOS
CRONOLOGIA DA ESCOLA DOMINICAL DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO MUNDO E NO BRASIL
	ANO
	ACONTECIMENTO
	1736
	14/09 Nasce Robert Raikes, na Inglaterra.
	1780
	Robert Rikes, jornalista evangélico (episcopal), com 44 anos, realiza em Gloucester, Inglaterra, as primeiras aulas aos domingos pela manhã para crianças sobre leitura, escrita, aritmética, instrução moral e cívica e conhecimentos religiosos, dando início à Escola Dominical, não exatamente no modelo que temos hoje, mas como escola de instrução popular gratuita, o que veio a ser a precursora do moderno sistema de ensino público. As primeiras professoras foram assalariadas por Raikes.
	1783
	03/11 Dia Natalício da Escola Dominical, pois Raikes, após três anos de experiência com 7 Escolas Dominicais em casas particulares e com 30 alunos em cada uma delas, alcança êxito em seu trabalho com a transformação na vida de duas crianças. A Escola Dominical passou das casas particulares para os templos, os quais passaram a encher-se de crianças.
	1784
	Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos matriculados.
	1785
	Raikes organiza a primeira União de Escolas Dominicais, em Gloucester, com ajuda de William Fox. Surgem as primeiras Bíblias, Testamentos e Livros para serem usados especialmente nas Escolas Dominicais. Raikes publica o Sunday School Companion, que era um simples livro de leitura de versículos bíblicos. É iniciado o movimento de Escolas Dominicais nos Estados Unidos da América, na Casa de William Elliott, inspirado nos exemplos britânicos.
	1790
	É fundada a primeira União de Escolas Dominicais dos EUA, em Philadelphia, para prover salas de aulas e professores para as escolas. Em Charleston, EUA, a Conferência Metodista reconhece oficialmente as suas Escolas Dominicais.
	1797
	Somente na Inglaterra chega a mil o número de Escolas Dominicais.
	1800
	Surgem fortes ataques contra a Escola Dominical. Raikes ‚ acusado de "profanador do Dia do Senhor", pelo fato de fazer funcionar a Escola aos domingos... Tal acusação partiu dos religiosos da época. No Parlamento chegou a ser apresentado um decreto para proibir Escolas Dominicais em toda a Inglaterra. Tal decreto jamais foi aprovado.
	1810
	O movimento já contava com mais de três mil Escolas Dominicais e com aproximadamente 275 mil alunos matriculados.
	1811
	Começa a separação de classes para que adultos analfabetos, assim como as crianças, também pudessem aprender a ler a Bíblia. O movimento chega a 400 mil alunos matriculados só na Inglaterra. 5/04 Morre Robert Raikes, aos 76 anos de idade, tendo a Escola Dominical se espalhado por toda a Inglaterra e em outras partes do mundo.
	1820
	Começam os primeiros passos para congregar as Uniões locais de Escolas Dominicais numa central - União Americana de Escolas Dominicais.
	1824
	25/05 A União Americana de Escolas Dominicais, em Filadélfia, EUA, torna-se a representante nacional de 723 Escolas afiliadas e 50 mil alunos.
	1831
	As Escolas Dominicais chegam a 1.250.000 alunos matriculados, cerca de 25% da população da Inglaterra na época.
	1832
	03/10 Realizada a Primeira Convenção Nacional da União Americana de Escolas Dominicais, em New York.
	1836
	O Rev. Justin Spauding, da Igreja Metodista, organiza no Rio de Janeiro, entre estrangeiros, uma congregação com cerca de 40 pessoas e em junho abre uma Escola Dominical com 30 alunos, dos quais alguns eram brasileiros, ensinados na sua própria língua. 
	1855
	19/08 Robert Kalley e sua esposa Da. Sarah Poulton, casal de missionários escoceses, realizam a primeira aula de Escola Dominical para cinco crianças, em sua residência na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, o que resultaria na fundação da Igreja Evangélica Fluminense, embrião da Igreja Congregacional.
	1911
	Dois meses após a fundação das Assembléias de Deus, é realizada a primeira aula de Escola Dominical, na casa do irmão José Batista Carvalho, na Av. São Jerônimo, em Belém, PA.
	1920
	Começa a circular como suplemento do Jornal Boa Somente em Belém, PA, os Estudos Dominicaes, o embrião da atual revista Lições Bíblicas, para Jovens e Adultos.
	1930
	Lançada a revista Lições Bíblicas para adultos, inicialmente comentadas pelos missionários suecos Samuel Nyström e Nils Kastberg. A CPAD ainda não tinha sido fundada.
	1932
	25 a 31/7 Realizada a XI Convenção Mundial de Escolas Dominicais, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro
	1943
	Lançada a primeira revista para crianças na Escola Dominical das Assembleias de Deus, escrita pelas professoras Nair Soares e Cacilda de Brito.
	1955
	Surge nova revista infantil da CPAD, chamada Lições Bíblicas para Criança, para as idades de 6 a 8 anos. Publicado o primeiro comentário de Lições Bíblicas de autoria do missionário sueco Eurico Bergstén, que viria ser o comentarista com o maior número de lições escritas: 35. 19/8 completados 100 anos de fundação das Escolas Dominicais no Brasil.
	1973
	Novamente lançada pela CPAD uma revista para crianças por iniciativa e comentários do pr. José Pimentel de Carvalho, sob o título: Minha Revistinha, para as idades de 4 e 5 anos.
	1974
	Fundado o Departamento de Escola Dominical da CPAD (atual Setor de Educação Cristã), sob a chefia do pastor Antonio Gilberto 1 a 06/07 Realizado o primeiro CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical), da CPAD e fundado pelo pastor Antonio Gilberto, na Assembleia de Deus de São Cristóvão, RJ.
Lançado o Livro "Manual da Escola Dominical", de autoria do pastor Antonio Gilberto, best-seller da CPAD e livro-texto do CAPED. Lançada pela CPAD a revista infantil Estudando a Bíblia (atual revista Juniores, para crianças de 9 a 11 anos).
	1980
	Comemorados os 200 anos de fundação da Escola Dominical no mundo pela Associação internacional de Educação Cristã (ICEA). O número de alunos em todo o mundo‚ é estimado em 120 milhões, com cerca de 2 milhões de Escolas Dominicais (não nos moldes do modelo britânico de Raikes) e 8 milhões de professores.
	1981
	Lançado pela CPAD o Primeiro Plano de Revistas da Escola Dominical para Assembleias de Deus, formulado pelo pastor Antonio Gilberto, que estabelecia, pela primeira vez, revistas para cada faixa etária da Escola Dominical.
	1982
	Lançada a revista Mensageiros da Fé (atual Adolescentes Vencedores), para crianças de 12 a 14 anos. Lançada revista do Mestre para a revista Lições Bíblicas (Jovens e Adultos), comentadas pelos missionários João Kolenda Lemos e sua esposa Doris Ruth Lemos.
	1985
	Lançado pela CPAD o Curso Evangelização Infanto-Juvenil (CEI) destinado ao treinamento de professoras de crianças e adolescentes (curso atualmente fora desativado).
	1994
	Reformulado e Relançado pela CPAD o Plano de Revistas formulado em 1974, com a inclusão de duas novas revistas: Campeões da Fé (atual Juvenis Lições Bíblicas), para adolescentes de 15 a 17 anos, e a revista Discipulado para novos convertidos.
	1996
	Lançada a campanha da CPAD Biênio da Escola Dominical - 96/97 "Achei o Livro na casa do Senhor" 5 a 07/06 Realizado o I Encontro Nacional de Superioridades de Escola Dominical, no Hotel Glória, Rio de Janeiro, RJ.
	1998 
	10 a 13/6 Realizado o I Congresso Nacional de Escolas Dominicais das Assembleias de Deus, no Riocentro, Rio de Janeiro, RJ. 11 a 20/11 Realizado o primeiro CAPED fora do Brasil, em Moçambique, África. Lançado o CAPED em vídeo com 5 fitas.
	1999
	12 a 15/11 Realizada a Conferência Nacional de EscolasDominicais, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco, Recife. Lançada a revista Lições Bíblicas Mestre em CD-ROM. Lançada a Revista Ensinador Cristão, da CPAD, para circular a partir do 1º trimestre de 2000. Reformulado e relançado o Plano de Revistas da CPAD da edição de 1994, tendo as primeiras revistas de Escola Dominical no Brasil totalmente coloridas e tendo a inclusão de mais duas revistas: a Maternal, para crianças de 2 e 3 anos, e a Discipulado Mestre.
	2000
	Lançadas as revistas de Escola Dominical da CPAD para toda a América Latina pela Editorial Patmos. (Editora da CPAD para o mundo hispânico). 24 a 27/05 Realizado o segundo CAPED fora do Brasil: Nova Iorque, EUA. Lançado o CEI em vídeo com 4 fitas. Lançada a Cartilha Escola Dominical Revistas e Currículos, para pastores, superintendentes, coordenadores de departamentos e professores.
Lançada a campanha todos na Escola Dominical cada crente um aluno, para mobilizar as Igrejas a envolverem a grandes partes de seus membros que não frequentam a Escola Dominical nas Assembleias de Deus. 06 a 09/09 Realizado o II Congresso Nacional de Escolas Dominicais nas Assembleias de Deus, no Riocentro, Rio de Janeiro.
REFERENCIA 
BÍCEGO, V. Manual de Evangelismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Escola_Dominical&action=edit
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Dominical
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/historiadaebd.htm
http://ejesus.com.br/como-surgiu-a-escola-biblica-dominical/
http://escolabiblicaminhavida.blogspot.com.br/
http://sub-ebd.blogspot.com.br/2016/06/o-desafio-da-evangelizacao-3-trimestre.html
Vieira Wesley Manual Teológico da EBD, p.4
http://www.mackenzie.br/6980.html
http://licoesbiblicas.com.br/index.php/sobre-ed/historia
http://www.universidadedabiblia.com.br/a-real-historia-da-escola-biblica-dominical/
http://pt.slideshare.net/fanywel/histria-da-escola-dominical
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Kalley: médico, missionário e profeta; a história da inserção do protestantismo no Brasil e em Portugal. São Bernardo do Campo: edição do autor, 2001.
SILVA, Antonio Gilberto da. Manual da Escola Dominical: um curso de treinamento para professores iniciantese de aatualização de professores veteranos da Escola Dominical. 17ª. Ed. melhorada e aum. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus:1998. 43ª impressão Fevereiro de 2013

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