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Protocolo IP Apresentação Protoloco da Internet, ou simplesmente protocolo IP, é um dos protocolos mais importantes para a Internet – em inglês, este protocolo é chamado de Internet Protocol. Em 1969, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos desenvolveu o protolo IP com o intuito de possibilitar a comunicação entre os diversos sistemas de computadores militares. Por meio dele, os pacotes de dados ou datagramas, como são tecnicamente chamados, são encapsulados, endereçados e enviados ao seu respectivo destino.O protocolo tem a característica interessante de não passar a certeza de que o datagrama em questão será entregue ao destino. Nesta unidade de aprendizagem, você vai conhecer como surgiu o protocolo IP, identificando seu objetivo inicial. Além disso, conhecerá o papel desempenhado por este importante protocolo no crescimento da Internet. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Contextualizar o surgimento do protocolo IP.• Identificar o objetivo inicial do protocolo IP.• Descrever o papel da qualidade no crescimento da Internet.• Desafio O protocolo IP foi desenvolvido para manter todos os laborátorios e centros de comando do exército e de outras entidades de poder estratégico do governo dos Estados Unidos com comunicação ativa. Para isso, o protocolo IP tem a capacidade de enviar os datagramas pela melhor rota possível, observando todas as redes que estão em funcionamento. Você faz parte da equipe responsável pelas redes de defesa do governo dos Estados Unidos. Em virtude de uma série de problemas com clima, ocorreram muitas avarias na rede, então chamaram você para explicar alguns detalhes sobre como os sistemas estão operando. Após catástrofe natural, todas as conexões representadas pela cor preta, que tinham as melhores rotas devido ao seu baixo tempo de comunicação, foram comprometidas. Além disso, o laboratório S2 também foi prejudicado, porque está sem fornecimento de energia. Originalmente, uma comunicação estratégica da rede (origem e destino) tinha um tempo de comunicação na ordem de 40ms, porém, após a catástrofe, os sistemas estão operando em velocidade bem mais lenta. A partir das características mencionadas, foram levantadas quatro possibilidades de rotas de comunicação ativa: Opção A: origem – S6 – S7 – S8 – destino Opção B: origem – S6 – S7 – S8 – S3 – destino Opção C: origem – S1 – S4 – S7 – S8 – destino Opção D: origem – S1 – S4 – S7 – S8 – S3 – destino Indique qual opção de rota o protocolo IP utilizaria. Indique, também, os motivos que o levaram a esta resposta. Infográfico O protocolo IP foi de grande importância no passado para a defesa dos Estados Unidos no período conhecido como Guerra Fria. Após este período, este protocolo foi liberado para estudo a cientistas de universidades. Os estudos relacionados a esta tecnologia evoluíram até a rede mundial que conhecemos hoje, que é de suma importância para o funcionamento do mundo na atualidade. Confira, no Infográfico, informações sobre a evolução do protocolo IP. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/02a04b4e-1128-4b0e-a842-3e9083063a92/de89e670-275c-4313-84b7-0200e29aa802.jpg Conteúdo do livro Em meados da década de 1960, os Estados Unidos contavam com diversos laboratórios de pesquisa e centros de controle por seu território, interligados por rede do departamento de defesa norte-americano. Seu principal objetivo era propiciar a comunicação entre estes laboratórios e centros de controle, mesmo que, em virtude de guerra ou catástrofes naturais, parte desta rede fosse danificada. Dessa forma, surgiu o protocolo IP, com o objetivo de padronizar o envio de pacotes de dados – também chamados de datagramas –, de forma que o protocolo fosse capaz de determinar a melhor e mais rápida rota até o destino. No capitulo Protocolo IP, da obra Qualidade e desempenho de rede, você vai conhecer como surgiu o protocolo IP, bem como vai identificar qual era seu objetivo inicial. Além disso, você vai ver o papel desempenhado por este protocolo na qualidade em prol do crescimento da Internet. QUALIDADE E DESEMPENHO DE REDES Diego Bittencourt de Oliveira Protocolo IP Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Contextualizar o surgimento do protocolo IP. � Identificar o objetivo inicial do protocolo IP. � Descrever o provimento de qualidade a partir do protocolo IP mediante o crescimento da Internet. Introdução Em eventos como uma guerra ou uma catástrofe natural, é fundamental a comunicação entre os diversos órgãos de um país a fim de coordenar medidas para controlar a situação em questão. O protocolo IP surgiu com base nessa necessidade de modo a propiciar a comunicação entre os diversos laboratórios e buscando sempre a melhor rota, ou seja, a rota com menor esforço de tempo (entre outros parâmetros) entre esses locais para que, mesmo que determinada rota seja comprometida por ataques ou catástrofes, a comunicação seja viabilizada por outras rotas. Neste capítulo, você conhecerá mais detalhes sobre as necessidades que levaram ao surgimento do protocolo IP, bem como identificará e contextualizará o seu objetivo inicial. Além disso, vamos identificar a função do protocolo IP diante do aumento de sua qualidade, propiciado pelo crescimento da internet. Surgimento do protocolo IP Segundo Comer (2016), o protocolo mais importante na camada de rede, o internet protocol (protocolo da internet), ou IP, foi criado por volta da década de 1960, na época da Guerra Fria, por meio de um projeto norte-mericano, pela Advanced Research Projects Agency (ARPA, em português “Agência de Projetos de Pesquisa Avançados”). Inicialmente chamado de ARPANET, tinha somente objetivos militares, como exercer a conexão de computadores em centros de pesquisa e em bases militares do governo dos Estados Unidos. Por volta de 1969, a ARPANET desenvolveu o conceito chamado de back- bone, iniciando com apenas quatro computadores, os quais que foram instalados inicialmente na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), no SRI (Instituto de Pesquisas de Stanford), na UCSB (Universidade da Califórnia em Santa Barbara) e, também, na Universidade de Utah, pelo fato de essas instituições terem obtido autorização para se conectarem a esse protocolo porque realizavam trabalhos relacionados à defesa do país. A conexão a esses computadores era realizada somente por um cabo, mas, com a grande expansão, além de promover a ligação com a América Continental, já chegava ao Havaí e até mesmo a bases militares em locais mais distantes — em 1975, atingiu um total de 100 computadores. O protocolo ARPANET funcionava por meio de outro sistema, mais conhe- cido como chaveamento de pacotes, no qual as informações são separadas em pacotes com pedaços dos dados, o endereço para onde serão enviadas essas informações e, também, os dados que possibilitam a remontagem desses dados que continham a mensagem que havia sido enviada. Após certo tempo da sua criação, já havia crescido tanto que veio a dispor de 562 hosts, o que levou o Network Control Protocol (NCP), o primeiro protocolo servidor da ARPANET, a ser substituído pelo Transmission Control Protocol (TCP), já que o primeiro tornou-se inadequado. O protocolo NCP, ou network control protocol, era uma tecnologia que possibilitava a conexão entre hosts. Na época, ele exercia, de certo modo, a mesma função que o TCP/ IP realiza nos dias de hoje. Porém, pelo fato de apresentar limitações, com o passar do tempo e, também, com o crescimento da internet, veio a ser substituído pelo TCP/IP. Protocolo IP2 A circulação dos dados é realizada por meio de datagramas, mais conhe- cidos como pacotes de dados, que compreendem informações que recebemidentificadores, que, por sua vez, representam as referências em relação ao seu transporte (Figura 1). Com o intuito de ser eficiente, todo datagrama deve se encaixar em um quadro físico, embora quem projete esses IP tenha um limite em relação ao tamanho do datagrama, com o intuito de ficar sempre bem encaixado nesse quadro. O tamanho dos pedaços de um datagrama é determinado de maneira que cada um desses fragmentos seja transportado em uma rede básica e em somente um único quadro. Não é garantida pelo protocolo IP a entrega de datagramas grandes sem que seja realizada a sua fragmentação, além de não haver limites para um datagrama de tamanho pequeno. O ponto de origem dispõe da opção de utilizar o tamanho de datagrama que lhe seja mais adequado — a divisão e a remontagem dos dados que foram separados são exercidas automaticamente sem que seja realizado nenhum tipo de operação em específico por parte dele. Figura 1. Exemplificação de como são as informações dos campos em um protocolo IP. Fonte: Pillou (2019, documento on-line). 3Protocolo IP Conforme mostrado na Figura 1, os campos em um protocolo IP têm os seguintes significados: � Versão: codificada em 4 bits, tem a função de tratar de qual versão do protocolo IP está sendo utilizada no datagrama. � Comprimento de cabeçalho: também chamado de internet header length ou simplesmente IHL, esse campo trata do número de palavras de 32 bits que existam no cabeçalho, sendo seu valor mínimo cinco. � Tipo de serviço: nesse campo, é informado o modo como o datagrama precisa ser utilizado. � Comprimento total: em bytes, esse campo informa o tamanho total de determinado datagrama. É utilizado em conjuto com a dimenção do cabeçalho, embora, neste campo, seja permitida a determinação da localização de cada um dos dados. Com relação ao seu tamanho, apresenta 2 bytes. Já o tamanho total do datagrama não deve passar de 65.563 bytes. � Identificação, bandeiras e deslocamento de fragmento: por meio desses campos, permite-se a realização da fragmentação de datagramas. � Duração de vida: time to live ou tempo de vida, ou, como popularmente conhecido, TTL, esse campo tem como função informar qual o número máximo de switches através dos quais determinado datagrama pode passar. Com o intuito de evitar o entupimento de determinada rede em razão da perda de datagramas, exerce-se sobre o campo uma redução após cada uma das passagens pelo switch — quando é atingido o número 0, o switch vem a realizar a destruição do datagrama. � Protocolo: por meio dele, identifica-se qual o protocolo que determina o datagrama, já que estes podem ser de alguns tipos, como TCP, UDP (user datagram protocol), ICMP (internet control message protocol), entre outros. � Soma de controle cabeçalho: também chamado de header checksum, objetiva identificar se não ocorreram alterações enquanto se realizava a transferência. Na forma de código, esse campo apresenta valor de 16 bits, o que lhe possibilita realizar o controle da integridade desse cabeçalho. O complemento das palavras com 16 bits vem a ser a soma de controle do cabeçalho. E, com o intuito de adquirir um número que tenha todos os seus bits localizados em 1, realiza-se a soma de todos os campos do cabeçalho. Protocolo IP4 � Endereço de IP de origem: também conhecido como fonte, por meio dele é informado o IP do computador que enviou dados, permitindo que o endereço destinatário envie a resposta. � Endereço de IP de destino: tem o endereço de IP do computador destinatário. Objetivo inicial do protocolo IP Kurose e Ross (2013) evidenciam que o protocolo IP foi criado para ser utilizado em sistemas computacionais conectados por meio de algo a que chamamos de comutação de pacotes. O principal objetivo de sua criação, conforme citado anteriormente, era realizar a conexão de centros de pesquisa e centros militares, para garantir certa segurança referente a possíveis danificações ou até mesmo à destruição de alguma linha de comunicação. Em virtude da força da Guerra Fria naquele momento, militares norte-americanos se preocupavam com o fato de a rede possuir uma central que poderia ser perdida após algum ataque localizado. Ainda, esse protocolo deveria ser algo forte e com uma autoconfiguração. Por esse cenário e através de grandes desenvolvimentos posteriores, a rede ganhou a propriedade de que, mesmo após alguma avaria em um equipamento, o seu funcionamento era mantido, além de não ser interrompida alguma possível comunicação entre processos que estivessem ocorrendo no momento do dano; entretanto, para isso acontecer, era necessário manter em execução pelo menos alguma conexão física entre esses processos no momento de sua execução. Pelo fato de o IP ter sido desenvolvido para ultrapassar diferenças, como realizar a conexão de redes com topologias diferentes e compartilhar data- gramas, as redes toranaram-se homogêneas. Dessa forma, o limite máximo com relação ao tamanho de determinado datagrama é determinado em virtude da configuração do hardware de rede que trabalhará sobre o pacote que lhe foi enviado. Esse protocolo possibilita a elaboração e o meio de transporte dos data- gramas, embora a entrega dos dados ao destino não seja garantida por ele, por não dispor de orientação à conexão. Em conjunto com o protocolo TCP, forma o protocolo mais utilizado em redes locais, denominado TCP/IP. Pode ser empregado em redes maiores e com uma distância maior, em locais em que existem inúmeros caminhos para que a informação chegue até o computador- -receptor. Ainda, tem uma alta vantagem sobre os demais protocolos: é roteável. 5Protocolo IP O protocolo IP precisava ter a capacidade de reconhecer e encontrar a rota mais adequada entre dois locais, além de buscar outras possíveis rotas, quando da ocorrência de destruição de determinado ponto, seja por um confronto, seja por uma catástrofe natural. Conforme exemplificado na Figura 2, podemos observar que a rota mais adequada seria a rota 1 (em laranja), pois apresenta entre a origem (em preta) e o destino (em verde) somente um ponto de conexão. Originalmente, o protocolo IP busca a rota mais curta observando o número de saltos que esta precisaria executar para chegar ao destino; assim, quanto menor o número de saltos, melhor a rota, ou seja, a rota 2 na falta da rota 1 (destruída). Caso as técnicas de qualidade modernas fossem aplicadas e a rota 1 viesse a estar intacta e com somente um ponto de interligação, ainda assim não necessariamente ela seria a alternativa mais rápida, em razão da distância em que o ponto de conexão pode estar localizado, distante da origem ou do destino, ou mesmo de ambos os locais, além de poder apresentar uma taxa de transferência muito maior em comparação às rotas 2 e 3. Assim, até mesmo a rota 3 (em azul), com três pontos de interligação, poderia ser mais rápida que a rota 2 (em azul), com dois pontos de interligação, e, também, a rota 1, caso esta não tivesse sido destruída. Figura 2. Exemplo de comportamento do protocolo IP frente a impossibilidade de tráfego em determinadas rotas (Rota 1) e também de rotas com mais pontos de conexão. Rota 1 - Destruída Rota 2 Rota 3 Rota 2 Rota 3 Rota 3 Origem Destino Protocolo IP6 O tamanho máximo de um datagrama é 65.536 bytes, entretanto, pelo fato de as redes não terem uma capacidade que permita o envio de pacotes grandes, esse tamanho jamais é alcançado. O tamanho limite para uma trama denomina-se maximum transfer unit (MTU, em português “unidade máxima de transferência”), que induz que um datagrama seja fragmentado. No decorrer de uma transição de uma rede para a qual a MTU seja con- siderável para outra para a qual a MTU tenha característica mais fraca, caso determinado datagrama seja consideravelmente grande para ser transferido na rede, a fragmentação será realizada pelo roteador. Em outra palavras, além do fato de que esses pedaços devam ter um tamanho múltiplo de 8 bytes, o datagrama será cortadoem pedaços de tamanhos inferiores com relação à MTU da rede em questão, como demonstrado na Figura 3. Figura 3. Exemplo de fragmentação de um datagrama. Fonte: Pillou (2019, documento on-line). MTU = 4000 MTU = 1500Firewall Um dos pioneiros do conceito que conhecemos como internet, Joseph Carl Robnett Licklider, do MIT (Instituto Tecnológico de Massachussets), propagou no ano de 1962 um conceito denominado “rede galáctica”, uma ideia de um sistema que manteria todos os computadores do mundo concentrados em somente um meio de compartilhamento de dados, que, com o decorrer do tempo, veio a começar a tomar forma. Pelo receio de que ocorressem novos confrontos, os quais pudessem destruir o meio de se comunicarem, além de todo o trabalho que tiveram na realização do desenvolvimento desse meio de comunicação, cientistas norte-americanos decidiram e colocaram em prática a ideia de Licklider: uma rede que armaze- nasse os dados, a qual, inicialmente, realizou a conexão entre alguns centros de pesquisas e universidades, conforme citado neste capítulo. 7Protocolo IP Provimento de qualidade do protocolo IP com o crescimento da internet Segundo Vegesna (2001), o planeta tem se tornado cada vez mais digitalizado e interconectado — com o decorrer do tempo, a tecnologia tem se tornado cada vez mais presente em aspectos gerais da vida das pessoas, tanto na parte profissional quanto pessoal e, ainda, social, exercendo impacto e, também, afetando a sociedade como um todo, além da maneira como agimos em relação aos demais. Em um mercado globalizado e com uma ampla competitividade, as em- presas devem buscar usufruir das ferramentas tecnológicas, já que isso pode até mesmo trazer algumas vantagens sobre concorrentes. A internet é um tipo de inovação tecnológica que vem crescendo e, também, produzindo ao longo dos tempos vários impactos no mundo dos negócios. O desenvolvimento e a aplicação do protocolo IP, visto se tratar de um protocolo que realizava comunicações por meio de um controle de tráfego a partir de uma regra denominada lack of QoS ou best-effort service, não forneciam nenhum tipo de mecanismo que envolvesse qualidade de serviços e, por consequência, não ofereciam nenhum tipo de garantia de que os recursos da rede fossem alocados. Quando do surgimento da internet, as pessoas não pensavam que ela se tornaria algo tão grande e importante para o mundo todo. Por todo esse crescimento da rede de internet, veio a ocorrer a integração da telefonia e, também, de dados em apenas uma única infraestrutura de pacotes — a rede IP. Os serviços de telefonia IP (IP telephony) acarretaram uma competição intensa de fabricantes de dispositivos voltados a redes para o desenvolvimento de protocolos que pudessem garantir uma melhor qualidade com relação a serviços fim-afim. � DiffServ: differentiated services ou também Soft QoS (“serviços diferenciados”), com relação a certos tipos de fluxo, fornece um tipo de tratamento um pouco diferente, com preferência estatística. � IntServ: integrated services ou Hard Qos (“serviços integrados”), com relação a recursos da rede, provê de forma absoluta uma garantia. Protocolo IP8 No Brasil, a qualidade da internet exerceu impacto grande no meio em- presarial, como o processo de digitalização que visava à automatização de sistemas e procedimentos. Por consequência, a internet passou a ter muita importância, como em relação ao armazenamento em nuvem: o ponto crucial para uma economia em armazenamento. Assim, fatores que influenciam na qualidade da internet no país e nos pontos em que esta impacta, é muito importante optar por serviços de telecomunicações e telefonia que não deixem seus usuários desamparados. As Tecnologias da Informação e Comunicação, mais conhecidas como TIC, têm uma função de grande importância em relação ao crescimento econômico e à inovação. Assim, manter-se protegido contra ataques ciberné- ticos e desmontar espionagens industriais têm muita importância, pois uma qualidade fraca nessas ações pode vir a acarretar até mesmo a destruição total de processos. E isso se aplica a todo tipo de setor, como de logística, indústria automotiva, etc., já que, ocorrendo interrupções de serviço, muito provavelmente haverá um grande custo relacionado a faturamentos perdidos ou mesmo danos à reputação. A comunicação de voz, também conhecida como VoIP, refere-se à utilização de redes de dados que empregam o grupo de protocolos IP para realizar a transmissão em tempo real, porém na forma de pacotes de dados, de sinais de voz. Uma das consequências de sua evolução foi o surgimento da Telefonia IP, que nada mais é que o fornecimento dos serviços de telefonia que utilizam a rede IP para a realização de chamadas e comunicação. Em sistemas que fazem a transmissão da voz via IP, em locais em que a requisição por banda é crítica, acaba tornando-se também necessária a utilização de algoritmos que promovam a compressão desse sinal de voz, também proporcionando certa economia na banda utilizada para a função em questão. Outro meio de comunicação possível consiste na webconferência, uma alter- nativa em ocasiões em que somente a audioconferência, descrita anteriormente, não seria suficiente. Por meio dela, pode-se visualizar a pessoa com quem você está conectado, compartilhar resursos como documentos, apresentações de dados, etc., em tempo real, dando a sensação de que a apresentação ocorre totalmente de maneira presencial. 9Protocolo IP Esse meio de compartilhamento de aplicações e de comunicação, por possibilitar que mais de duas pessoas se conectem e se comuniquem, acaba pos- sibilitando a realização até mesmo de reuniões em equipe e debates, nas quais as pessoas podem acompanhar e sanar qualquer dúvida existente diretamente. Ao longo dos tempos, e principalmente pelo crescimento da internet, foram desen- volvidas muitas outras tecnologias, algumas das quais revolucionaram o mundo em vários pontos, como: � Skype: plataforma que possibilita, além do envio de mensagens e arquivos, etc., a execução de videochamadas, em que os participantes têm a opção de também conversar visualizando os outros participantes, por meio, por exemplo, de uma webcam. � Netflix: plataforma de streaming para lazer, por meio da qual as pessoas podem assistir a filmes, séries, etc., desde que disponham, principalmente, de acesso à In- ternet, além de uma conta na plataforma. O usuário ainda pode realizar o download diretamente da Netflix, caso queira assistir ao conteúdo mais tarde em um local, por exemplo, sem conexão com a internet. COMER, D. E. Redes de computadores e Internet. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. 584 p. KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-down. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2013. 634 p. PILLOU, J.-F. (dir.). O protocolo IP. CCM Benchmark, Paris, 2019. Disponível em: https:// br.ccm.net/contents/276-o-protocolo-ip. Acesso em: 15 set. 2019. VEGESNA, S. R. IP quality of service. Indianapolis: Cisco Press, 2001. 343 p. (Networking Technology Series). Protocolo IP10 Dica do professor A rede que utilizasse o protocolo IP como protocolo para transporte das informações inicialmente não tinha nenhuma técnica que gerasse qualidade. No entanto, a criação de novos serviços e o grande crescimento da Internet cada vez mais necessitavam de redes com qualidade para que fossem disponibilizados da forma prevista. Nesta Dica do Professor, você vai ver informações sobre a relação dos serviços que surgiram e o crescimento da Internet com qualidade. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/e3061cf7d32131b699e2a30687d124ba Exercícios 1) A Internet que conhecemos hoje começou a ser desenvolvida em meados de 1969 com número muito limitado de dispositivos conectados a ela. O seu objetivo inicial era conectar centros de comandoe de pesquisa para proporcionar maior facilidade de comunicação entre eles no período da Guerra Fria. Qual das opções abaixo indica o nome dado a esta rede neste período? A) ARPANET B) UCLA C) SRI D) UCSB E) ARPA 2) Uma datagrama ou pacote de dados é um conjunto de informações com um padrão que carrega diversos identificadores sobre os dados a serem transportados de um ponto a outro de uma rede de computadores. Indique qual das opções representa a funcionalidade proporcionada pelo dado TTL presente no datagrama. A) O protocolo da camada de transporte específico. B) O comprimento do cabeçalho. C) O endereço IP de origem do datagrama. D) O endereço IP de destino do datagrama. E) O controle de tempo vida do datagrama. 3) O protocolo IP foi concebido originalmente com o intuito de ajudar na comunicação de diversos centros estratégicos para a defesa dos Estados Unidos no período da Guerra Fria. Originalmente, qual era o principal objetivo do protocolo IP? A) Garantir a entrega da informação. ANDREL Realce ANDREL Realce B) Compactar as informações. C) Transportar por meio de rota mais adequada. D) Ordenar as informações. E) Filtrar os datagramas enviados. 4) Os datagramas funcionavam como uma espécie de envelope que endereçavam o remetente e o destinatário, bem como diversas outras informações, tanto para controle como para segurança das informações transportadas. Indique qual opção representa o tamanho máximo que um datagrama poderia ter. A) 4096 B) 65536 C) 8192 D) 16384 E) 32768 5) No período em que a Internet foi desenvolvida, não havia consenso de que tal serviço se popularizaria da forma como é hoje. Em virtude do seu grande crescimento, a Internet veio a necessitar de técnicas de qualidade, para que os serviços disponibilizados através dela funcionassem da maneira desejada. Indique qual opção representa uma técnica de qualidade que possibilitou o crescimento da Internet. A) VoIP B) Streaming C) Datagramas D) Lack of QoS E) PABX ANDREL Realce ANDREL Realce ANDREL Realce Na prática O protocolo IP proporciona uma comunicação padronizada orientada por datagramas, popularmente chamados de pacotes. O objetivo é chegar até o seu destino pela melhor rota possível. No entanto, não temos a menor garantia de que este pacote irá chegar de fato ao destino em questão. Os datagramas contam com vários dados que endereçam e controlam o fluxo destes pacotes de dados. Neste Na Prática, você vai ver uma situação em que uma configuração deficiente de datagramas pode afetar o funcionamento de um software em determinadas situações críticas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f4de4765-762c-4a09-93f4-fddf6ba1c62c/b8ef3acd-904b-43a7-880c-441d974dcdc2.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Redes de computadores II – Protocolo IPv4 O protocolo IP foi de suma importância para o desenvolvimento da Internet que temos hoje. Sua versão 4 foi uma das mais populares no mundo inteiro. Neste capítulo do livro Redes de computadores II – níveis de transporte e rede, você terá uma visão geral do protocolo IP, além de informações sobre esta versão, que é chamada IPv4. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Redes de computadores II – Protocolo IPv6 O protocolo IP, desde sua concepção, sofreu evoluções ano após ano no sentido de suportar aplicações cada vez mais complexas. O IPv6 surgiu com a necessidade de evolução frente à falta de capacidade do IPv4 em suportar aplicações que estão surgindo. Neste capitulo do livro Redes de computadores II – níveis de transporte e rede, você verá mais informações sobre esta importante versão do protocolo IP. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Como funciona a Internet? Parte 1: o protocolo IP O protocolo IP contribuiu de forma gigantesca para proporcionar a Internet que temos atualmente. Neste vídeo, você verá uma contextualização do que seriam os serviços proporcionados para internet utilizando o protocolo IP. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/HNQD0qJ0TC4 TCP/IP e Qualidade de Serviços de redes (QoS) Apresentação O nome TCP/IP é uma abreviação para Transmission Control Protocol/Internet Protocol Suite, que são dois dos mais importantes protocolos que compõem a pilha de protocolos utilizados na implementação da Internet. Essa arquitetura é formada por um conjunto de cinco estruturas, sendo elas a camada de aplicação, a de transporte, a de inter-rede, a de enlace e a camada física. As técnicas de qualidade devem ser aplicadas em todas as camadas do TCP/IP, inclusive na camada de aplicação, que é a mais próxima do usuário, uma vez que a falta de gestão qualidade ou até mesmo a falta dela nessa importante camada afeta a qualidade final. Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as camadas presentes no modelo TCP/IP, constatando o quão relevante é para a qualidade de uma rede que ela seja implementada desde a camada de aplicação do TCP/IP. Também conhecerá as características impostas pela baixa gestão de QoS nas redes de computador em sua camada de aplicação. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever as responsabilidades das camadas no modelo TCP/IP.• Reconhecer a importância da qualidade desde a camada de aplicação. • Contextualizar a baixa gestão de QoS de redes na camada de aplicação. • Desafio A necessidade de qualidade em uma rede de computacional que provê conexão entre dispositivos surge de forma a possibilitar que várias aplicações se comuniquem conforme a necessidade de acesso diferenciado que cada uma delas tem. Observando as opções disponíveis e as características mencionadas, indique qual seria a opção mais adequada para a solução em questão. Justifique a sua resposta. Infográfico Em um sistema de comunicação orientado a protocolos, estes são responsáveis por executar a função de cada camada da rede, sendo que cada camada executa as suas tarefas e, ao final do processo, têm-se como resultados dados encapsulados (ou empacotados) formando os chamados pacotes. Tais pacotes são formados da forma evidenciada para que a comunicação de dados entre computadores em rede seja realizada. Confira, no Infográfico, várias informações sobre o modelo de camadas OSI e o modelo TCP/IP. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f5393b93-16fd-44e3-a071-008c625372fc/63924300-a55c-4a29-aa7e-0ce98a832d66.jpg Conteúdo do livro Dois dos mais relevantes protocolos que compõem a chamada pilha de protocolos presentes na implementação da Internet atendem, hoje em dia, pelo nome de TCP/IP acrônico para Transmission Control Protocol/Internet Protocol Suite. A arquitetura formada pelo TCP/IP tem cinco camadas de operação, sendo que cada camada tem uma funcionalidade específica que, em conjunto com as demais, proporciona a comunicação da rede. Técnicas de qualidade são aplicadas a todas as camadas, porém, no que diz respeito à camada de aplicação (que é a mais próxima do usuário e dos aplicativos), a sua implementação é de suma importância para a qualidade de todo o ecossistema de rede. No capítulo TCP/IP e Qualidade de Serviços de Redes (QoS), da obra Qualidade e desempenho de rede, você vai conhecer a funcionalidade provida por cada camada do modelo TCP/IP, bem como identificar a necessidade de qualidade desde a camada de aplicação dela. Além disso, você verá detalhes da gestão deficiente de qualidade na camada de aplicação. Boa leitura. QUALIDADE E DESEMPENHO DE REDES Diego Bittencourt de Oliveira TCP/IP e qualidade de serviços de redes Objetivos de aprendizagem Ao finaldeste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Descrever as responsabilidades das camadas no modelo TCP/IP. � Reconhecer a importância da qualidade desde a camada de aplicação. � Contextualizar a baixa gestão de QoS de redes na camada de aplicação. Introdução Os Transmission Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP) representam uma fatia muito importante dos protocolos que compõem a internet tal como a conhecemos na atualidade, além de muitos outros protocolos fazerem uso destes como base para o envio e para o recebimento de suas informações. Os TCP/IP apresentam uma estrutura de quatro camadas, sendo as técnicas de qualidade normalmente mais presentes nas camadas de transporte, rede e enlace. A camada de aplicação, a mais próxima do usuário, normalmente tem técnicas de qualidade mais deficientes em relação às demais uma vez que os software interagem diretamente com ela em seu back-end e a entregam ao usuário por seu front-end. Neste capítulo, você conhecerá mais detalhes sobre as camadas do TCP/IP e as funcionalidades de cada uma delas, bem como compreenderá a necessidade de qualidade desde a camada de aplicação, a partir do entendimento dos efeitos da baixa gestão de qualidade nessa camada. Responsabilidades das camadas no modelo TCP/IP Segundo Comer (2016), o Transmission Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP, em português “Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo de Internet”) constitui o principal protocolo de envio e recebimento de dados, utilizado em qualquer estrutura de rede, sendo ela um ligação ponto a ponto ou até mesmo uma rede de pacotes com complexidade. Como a arquitetura OSI (Open System Interconnection), a arquitetura TCP/IP realiza a divisão de funções em estruturas de camadas do sistema de comunicação, ou seja, um tipo de linguagem utilizado para permitir que computadores se comuniquem, já que, mesmo que tenha sido estabelecida a conexão de dois computadores em uma mesma rede de internet, caso não tenham a mesma linguagem, a comunicação entre eles não será possível. O TCP/IP também pode ser definido como um conjunto formado por ou- tros protocolos, separado em camadas (Figura 1), denominadas de aplicação (application layer), transporte (transport layer), internet (internet layer) e interface com a rede (physical network layer). Figura 1. Demonstração das camadas do protocolo TCP/IP. Fonte: Adaptada de arka38/Shutterstock.com. TCP/IP e qualidade de serviços de redes2 � Camada de aplicação — realiza a comunicação dos programas e protocolos de transporte. Seu funcionamento pode ser exemplificado da seguinte maneira: quando se abre alguma página em determinado navegador, na então camada de aplicação, será feita uma solicitação ao protocolo TCP/IP, que será servido pelo protocolo HTTP. Por isso, os links de páginas na Web se iniciam com http://. Outro exemplo: quando se solicita a um cliente de e-mail que realize o download de mensagens armazenadas no servidor; nesse caso, faz-se uma requisição para a camada de aplicação do protocolo TCP/IP, que será servido pelo então protocolo SMTP. � Camada de transporte — com relação ao recebimento dos dados enviados pela camada de aplicação, essa camada tem a função de tornar os pacotes menores, que serão passados posteriormente para a camada de internet. Essa camada é constituída pelos protocolos TCP e UDP (User Datagram Protocol, ou “Protoloco de Datagrama de Usuário”). Os dados que passam pela camada de aplicação são recebidos por esses dois protocolos e adicionam em cada um dos pacotes um cabeçalho que contém informações, como número de porta de entrada, a ordem do dado enviado e, também, a soma que servirá para realizar a verificação de integridade — ao chegar ao receptor, o cabeçalho será removido. � Camada de internet — realiza o endereçamento e o roteamento do pacote, promovendo a conexão entre as redes locais, além da inclusão do endereço IP de origem e do endereço IP de destino, para que, assim, seja percorrido o caminho correto. Durante a transmissão, faz-se a divisão em pedaços denominados datagramas, do pacote enviado pela camada de transporte, os quais, seguidamente, são encaminhados para a próxima e última camada, tornando-se a camada de interface com a rede. � Camada de interface com a rede — tem a função de receber e, depois, enviar os datagramas pela rede física. Dependendo do tipo de rede em utilização, os protocolos nessa camada mudam. O pro- tocolo Ethernet é o mais utilizado nos dias de hoje, disponível em várias velocidades. 3TCP/IP e qualidade de serviços de redes De acordo com Tanenbaum e Wetherall (2011), as camadas do protocolo TCP/IP tra- balham em função de outros protocolos. Os protocolos da camada de aplicação podem ser divididos em protocolos de serviços para usuário e de serviços básicos, alguns deles listados a seguir. � HTTP — aplicado na comunicação dos dados da internet, é um protocolo de serviço básico. � DHCP — aplicado no fornecimento, de maneira dinâmica, de endereços de rede; ao contrário do HTTP, está voltado para serviços para usuário. � FTP — empregado na realização da transferência de arquivos de maneira interativa e, assim como o HTTP, é um protocolo de serviço básico. � DNS — tem aplicação no fornecimento, de modo dinâmico, de endereços de rede, e, assim como o protocolo DHCP, está voltado para o serviço de comunicação. A camada de transporte é constituída por dois protocolos: o UDP e o TCP. � Protocolo UDP — para que o sistema de comunicação possa ser acessado por muitas aplicações e de maneira mais coerente, o protocolo UDP exerce somente a multiplexação. É utilizado frequentemente para realizar a transmissão de controle, porém não contém uma confirmação de que a entrega foi realizada. � Protocolo TCP — por meio desse protocolo, é realizada a multiplexação, além de outras várias funções para aumentar a confiabilidade da comunicação do ponto de origem até o ponto de destino. Esse protocolo dispõe de controle do fluxo e erro, da sequência e, também, da multiplexação das mensagens. Os principais protocolos que constituem a camada de internet são IP, ARP, ICMP e, também, IGMP. � Protocolo IP — protocolo roteável que realiza o endereçamento do IP, a fragmen- tação e a montagem dos pacotes transferidos. � Protocolo ARP — refere-se, por exemplo, ao endereçamento de um hardware, com a responsabilidade de exercer a função da decisão do endereço dessa camada para o endereço da próxima camada. � Protocolo ICMP — concede funcionalidades que diagnostiquem e relatem erros por conta da entrega bem-sucedida de pacotes IP. � IGMP — realiza a gestão de grupos de Multicast IP. Multicast IP representa outra maneira de realizar a transmissão para vários pontos, além de possibilitar que cada uma das máquinas opte por participar ou não de de- terminada transmissão. Na última camada, a de Interface com a Rede, assim como citado anteriormente, o protocolo Ethernet é o mais utilizado, no qual existem três principais componentes. � LLC (Logic Link Control) — tem a responsabilidade de incluir a um pacote o protocolo da camada de internet que realizará a entrega dos dados a serem trans- mitidos. Ao receber algum pacote, referindo-se à entrega deste, essa camada sabe qual será o protocolo que deverá recebê-lo. TCP/IP e qualidade de serviços de redes4 � MAC (Media Access Control) — componente que realiza a montagem do quadro que será transmitido pela rede. Também inclui o endereço de origem MAC e o endereço de destino, sendo ele o endereço físico da placa de rede. � Physical — faz a conversão do quadro gerado pela camada MAC, referindo-se à eletricidade, caso essa rede seja cabeada, ou a ondas eletromagnéticas, caso seja uma rede wireless. Importância da qualidade desde a camada de aplicação Segundo Kurose e Ross (2013), comumente os software e as aplicações sepa- ram-se no que chamamos de front-end, a parte que o usuário vê (a parte gráfica), e de back-end,que é, basicamente, o código do software ou da aplicação em questão, que busca determinadas informações no servidor, os dados e, também, os arquivos que, por exemplo, o navegador exibiria. Front-end trata basicamente da parte visual de uma aplicação ou de um software, que disponibiliza comandos que serão traduzidos em código; dessa forma, é executada determinada ação pelo software, como digitar um texto de busca. Em Web, existe o client side (lado do cliente), a parte com a qual o front- -end trabalha. Para exemplificar isso, quando as linguagens de programação HTML e CSS são combinadas, obtêm-se resultados como imagens, texto, links, etc. Geralmente, essas linguagens trabalham em conjunto com uma terceira linguagem denominada JavaScript, que objetiva, entre outros, tornar os sites mais interativos para o usuário, já que, por meio dela, podem ser criadas janelas pop-ups, filtros de conteúdo, etc. Em outras palavras, a partir dessas tecnologias de desenvolvimento dá-se vida à aplicação Web. Já back-end é basicamente o responsável por buscar todos os dados, as informações e, também, os arquivos que posteriormente serão mostrados em determinado navegador. Um exemplo disso poderia ser uma rede social, que, além da parte visual, necessita que as informações mostradas para o usuário sejam buscadas no banco de dados no qual ficam armazenadas. 5TCP/IP e qualidade de serviços de redes Uma página na Web pode funcionar sem o uso de back-end, porém, com isso, apresentará certas limitações, ainda que nada prejudicial. Por exemplo, sites institucionais não necessitam de back-end e, mesmo assim, exercem bem os objetivos a que se destinam. Assim como o front-end é mais conhecido como slient side, o back-end é mais encontrado pelo nome server side (“Lado do Servidor”), constituído frequentemente por três partes — um servidor, uma aplicação e um banco de dados. Outro exemplo para back-end pode ser dado quando estamos buscando determinado produto para compra em um site. Suponhamos que no campo de busca seja digitado “livro sobre php” e que tenhamos marcado o filtro de valor para menos de R$ 50,00. Quando solicitarmos a busca, será criada uma solicitação ao servidor para que mostre uma lista com todos os livros com essa descrição. Posteriormente, é realizada a interpretação do pedido pela aplicação, executada no servidor, e que, assim, retorna a informação encontrada; depois, faz-se a renderização dela pelo navegador e, por fim, é mostrada ao usuário. Outro ponto reside no fato de que as requisições não precisam necessariamente ser realizadas para que se busque determinada informação, mas armazenadas, como quando realizamos cadastros. Uma das camadas que constituem o protocolo TCP/IP é a camada de aplicação, que, assim como citado anteriormente, junta-se a outros vários protocolos que fornecem serviços de comunicação para o usuário ou o sistema. Por exemplo, o protocolo SMTP fornece aos usuários a possibilidade de envio de e-mails entre diversos usuários em praticamente qualquer lugar do mundo. Normalmente, falamos que a camada de aplicação é, no modelo TCP/IP, diretamente conectada ao operador ou ao usuário final. Todavia, a realização dessa função nem todas as vezes necessita de uma pessoa para interagir ou para orientar o que deve ser realizado. Idealize, por exemplo, determinado banco de dados que está rodando em Cluster: assim, acabaríamos obtendo dois servidores exercendo comunicação entre si sem a necessidade de que o usuário interfira em algo. Traçando um paralelo com o modelo referencial OSI, a camada de aplicação do TCP/IP engloba três camadas — a de sessão, apresentação e aplicação. A última, pelo fato de ser aquela que se localiza mais proximamente do usuário final, é utilizada como terminal para operações realizadas em determinada rede (Figura 2). TCP/IP e qualidade de serviços de redes6 Ainda são de responsabilidade da camada de aplicação realizar o geren- ciamento e disponibilizar para o usuário todas as ferramentas e sistemas designados a ele. Figura 2. Exemplificação do processo de funcionamento das camadas. Fonte: Adaptada de Reis (2017, documento on-line). Camada de apalicação (SMTP, HTTP, FTP) Aplicações Camada de transporte (TCP ou UDP) Camada de internet (IP, ICMP, ARP, IGMP) Controle de link lógico (LLC) Controle de acesso ao meio (MAC) Driver da placa de rede Placa de rede Cabo de rede Ca m ad a de re de No gerenciamento de redes de computadores, é possível implementar qualidade de serviços — também chamada de QoS (do inglês, Quality of Service), já que, em uma transmissão de dados, tem prioridade na entrega em comparação a outras transferências de dados, visto se basear principalmente no conceito de prioridade. 7TCP/IP e qualidade de serviços de redes Algumas aplicações carecem da implantação de QoS na rede para que funcionem bem, a partir da aplicação de métodos que garantam que a rede ofereça o suporte necessário, tanto para acessos via intranet quanto via inter- net. Todavia, caso as aplicações em um todo usufruam da mesma forma de comunicação e em conjunto com essas formas, os dados acabam disputando o caminho limitado da banda por onde passam; geralmente, a que estava disponível em determinado momento é totalmente utilizada, dificultando outras aplicações. Um exemplo desse tipo de problema são os peer to peer (P2P, “pessoa para pessoa”), programas de realização de compartilhamento de arquivos, que, na rede, eventualmente resultam em um congestionamento generalizado, facilmente identificado no momento em que se atinge a capacidade máxima de pacotes em determinada sub-rede ou, também, somente um pedaço dela, que leve a uma piora de seu desempenho. O deadlock representa uma ocasião de congestionamento grave, que, quando ocorre, pode prejudicar de tal maneira a impossibilitar que roteadores aguen- tem tal tráfego, ponto no qual pacotes transmitidos pela rede começam a ser perdidos por eles. A perda de pacotes é prejudicial para a rede, já que resulta em erros na transmissão; por consequência, a retransmissão de algum pedaço ou talvez até mesmo do pacote por completo é solicitada, o que pode promover um aumento ainda maior no tráfego em determinada rede. Por isso, o controle desse congestionamento de pacotes é padrão. Uma maneira de evitar esses congestionamentos na rede consiste em tratar essas perdas antes mesmo de estarem na condição de deadlock (“estar em impasse”), o que pode resultar em problemas bem maiores. Entretanto, nas ocasiões em que uma aplicação tem um uso vital, o que pode ter criado esse congestionamento, torna-se necessário utilizar algo que controle o fluxo de dados, a fim de prevenir esse tipo de problema. Um ponto de grande importância reside no fato de que o controle de fluxo de dados sozinho não garante a não ocorrência de congestionamento, mas somente o seu controle e do fluxo de dados relacionados a ele. TCP/IP e qualidade de serviços de redes8 Baixa gestão de QoS de redes na camada de aplicação Quando falamos de QoS, torna-se necessário manter a qualidade do serviço contratado até a sua finalização. Por isso, faz-se uso do Service Level Agree- ment (SLA, “Acordo de Nível de Serviço”), por meio do qual são estabelecidas especificações de qualquer tipo de serviço contratado, como metas de nível de serviço, prazos de contratos, etc. SLA é um tipo de acordo no qual a empresa e determinado cliente se comunicam pela mesma língua, com relação à prestação de serviço. Basicamente, a SLA é qualquer coisa com a qual algum prestador de serviços se compromete, como realizar a entrega para o cliente por meio de determinadas regras, que incluem o tempo da realização do serviço, a qualidade do serviço, o modo como se deve reportar com relação a problemas, etc. O controle de qualidade de serviço funciona de modo semelhante à gestão de fluxos de QoS, porém a gestão de fluxo tem uma operação um pouco mais lenta, em comparação ao controle de QoS. Conformea utilização de cada usuário, é possível estabelecer parâmetros característicos de QoS, estipulados com relação a largura de banda, latência e jitter, com o objetivo de conquistar mais qualidade no decorrer da rede. Além de a camada de rede precisar suportar determinados requisitos es- tipulados pela camada de aplicação, a unidade de dados de protocolo, ou Protocol Data Unit, tem a função de encontrar nos pacotes encaminhados pela camada em questão ocorrências de erros. Na QoS, esta camada é uma camada importante, pelo fato de ter a responsabilidade de transferir determinados dados fim a fim ou, também, ponto a ponto. Em aplicações multimídia, a transmissão exige requisitos que precisam ser atendidos pela rede, devendo ser contínua e em tempo real quando de alta velocidade. E, embora sensível a eventuais atrasos, também apresenta tolerância com relação a pacotes perdidos ocasionalmente. 9TCP/IP e qualidade de serviços de redes Podemos considerar a camada de transporte com a função principal de tornar melhor a QoS entregue pela camada de rede — caso esta camada não execute a sua função com perfeição, a de transporte precisará ser usada como ponte para suprir o espaço entre a solicitação dos usuários da camada com aquilo que a rede proporciona. De início, mostrar para todos e de uma maneira que entendam o devido significado de “bom” serviço pode ser algo um pouco trabalhoso, além do fato de, em um primeiro momento, o conceito de QoS não ser algo tão visível, podendo ser constituida por uma significativa quantidade de parâmetros. Ainda, a camada de transporte pode proporcionar ao usuário que defina quais valores que se adaptam mais à sua preferência, aqueles mais aceitáveis e, ainda, os valores mínimos para os parâmetros quando se estabele uma conexão. Além disso, existe a possibilidade de que, mesmo que no transporte não exista algum tipo de conexão em funcionamento, alguns desses parâmetros ainda possam ser utilizados. Por meio da camada de transporte, é necessário verificar esses parâmetros — dependendo do tipo de rede disponível, ele ainda determinará se existe a possibilidade de realizar o serviço solicitado. Na Figura 3, é exemplificado o funcionamento da camada de aplicação: de acordo com a imagem entre a camada de aplicação e a de transporte, no interior de um hospedeiro, existe o socket, um tipo de interface. Figura 3. Exemplificação dos protocolos para os quais a camada de aplicação trabalha. Fonte: Adaptada de Kurose e Ross (2013, p. 66). TCP/IP e qualidade de serviços de redes10 Em QoS, pela camada de aplicação são caracterizados requisitos para a aplicação, visando à sincronização intermídia e intramídia. Por meio de um grupo de parâmetros com foco em aplicação — os que necessitam obrigato- riamente atender às necessidades do usuário —, é realizado o mapeamento de decisões tomadas pelo usuário final, com relação à camada de QoS deste. Nesse ponto, realiza-se a associação dos parâmetros em questão aos quadros de vídeo (o tamanho do quadro, a taxa de quadros por segundo) ou a amostras (taxa de amostragem bits por amostragem). Outro tipo de especificação que ainda pode ser realizado é a relação entre mídias, como no caso de um áudio que contém a qualidade de um telefone, em que o resultado de uma realização de um mapeamento pode vir a obter uma taxa de amostragem de 8 KHz com 8 bits por amostragem. As camadas de QoS, como mencionado anteriormente, trabalham cada uma com inúmeros tipos de protocolos, e, na camada de aplicação, isso não é diferente — na Figura 4, são demonstrados os protocolos por meio dos quais esta camada trabalha. Estes têm diferentes tipos de aplicação, influenciando também a forma de gestão da camada em questão. Conforme a maneira como são utilizados, pode vir a acarretar uma baixa gestão na camada de aplicação da QoS. Figura 4. Exemplificação dos protocolos por meio dos quais a camada de aplicação trabalha. 11TCP/IP e qualidade de serviços de redes COMER, D. E. Redes de computadores e Internet. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. 584 p. KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-down. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2013. 634 p. REIS, R. Modelo TCP/IP — Definição, camadas e funcionamento. InfoTecNews, [S. l.], 17 jan. 2017. Disponível em: http://infotecnews.com.br/modelo-tcpip/. Acesso em: 18 set. 2019. TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011. 600 p. Leitura recomendada VEGESNA, S. R. IP quality of service. Indianapolis: Cisco Press, 2001. 343 p. (Networking Technology Series). TCP/IP e qualidade de serviços de redes12 Dica do professor Em uma rede de computadores, as técnicas de qualidade são aplicadas nas várias camadas que o sistema de rede tem, contemplando diversas formas de controle de qualidade da comunicação, permitindo, assim, a execução de serviços por meio da rede que necessitam de conexões que promovam a capacidade de comunicação comportando um fluxo de dados contínuo. Na Dica do Professor, você terá mais informações sobre a qualidade aplicada a algumas camadas do TCP/IP. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/17f3d917faeef04d56fb25a27e34dc87 Exercícios 1) O conjunto de protocolos TCP/IP opera em um modelo de camadas compatível ao das camadas do modelo OSI. Dentre as diversas camadas, tem-se a que trata do envio e da recepção de dados, que engloba eletricidade e outras tecnologias. Assinale a alternativa que indica a camada que realiza a operação citada: A) Camada de rede. B) Camada de Internet. C) Camada de transporte. D) Camada de aplicação. E) Camada de sessão. 2) O protocolo TCP tem um conjunto de camadas que segmentam as funções de trabalho dessa pilha de protocolos. Uma vez em operação o protocolo SMTP, indique em qual camada do protocolo em questão este deverá operar: A) Camada de rede. B) Camada de enlace. C) Camada de Internet. D) Camada de aplicação. E) Camada de transporte. 3) Front-end e Back-end são dois componentes de um aplicativo, sendo normalmente desenvolvidos em diversas linguagens, sendo que o HTML e o CSS são muito comuns em aplicativos WEB. Indique qual das opções a seguir tem protocolos que o Front-end e o Back- end utilizam do TCP/IP: A) TCP e UDP. ANDREL Realce ANDREL Realce B) HTTP e FTP. C) HTTP e TCP. D) FTP e UDP. E) IP e TCP. 4) As técnicas de qualidade de serviço são integradas ao TCP/IP no sentido de melhorar a qualidade das conexões e possibilitar serviços cada vez melhores. Indique qual das opções a seguir representa um problema que o QoS objetiva sanar ou, ao menos, diminuir: A) Alta velocidade. B) Alta largura de banda. C) Baixa tempo de resposta. D) Alto congestionamento. E) Serviços com prioridade. 5) A camada de aplicação concentra os protocolos que são amplamente utilizados nos aplicativos que realizam alguma interação com a rede de computadores no dia a dia, uma vez que tais protocolos fornecem a tais aplicativos funcionalidades que permitem a eles a troca de dados, bem como inúmeras outras funcionalidades. Relacionando a camada de aplicação com a qualidade de serviço (QoS), indique qual opção indica uma característica dessa relação: A) Alta gestão. B) Alta largura de banda. C) Baixo congestionamento. D) Baixa gestão. E) Serviços com prioridade. ANDREL Realce ANDREL Realce ANDREL Realce Na prática As técnicas de qualidade são amplamente utilizadas em diversas camadas do modelo OSI, seja medindo, filtrando, limitando, ordenando ou descartando. Há também diversas outras técnicas, pois, na camada de aplicação, há tantas possibilidades quanto os presentes nas camadas inferiores. Logo, a gestão da qualidade na camada de aplicação é uma necessidade; há uma baixa gestão dela. Veja, em Na Prática, uma situação em que determinado software necessita de uma técnicade qualidade em sua camada de aplicação para o convívio dele no ecossistema computacional em que está inserido. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/4af9e7f7-574b-4d89-a749-f5ac41ffcd96/00cfa994-171a-49c5-b2f7-5d5340a8d80f.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Redes de computadores - Nível de aplicação e instalação de serviços Veja o capítulo 2 deste livro, que fala sobre o funcionamento em camadas do protocolo TCP/IP, tendo como base o modelo OSI, que é abreviatura para Open System Interconection. Neste capítulo, podem-se verificar várias características do protocolo TCP/IP. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Redes de computadores Veja o capítulo 2 deste livro e saiba mais sobre a camada de aplicação que fornece serviços essenciais para os aplicativos disponibilizarem suas funcionalidades ao usuário, fornecendo serviços especiais para eles. Leia também sobre a camada de aplicação e os diversos serviços disponibilizados por ela. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Redes de computadores – Camada da aplicação Neste vídeo, você aprenderá sobre a camada de aplicação, que tem os protocolos que disponibilizam serviços de comunicação ao sistema ou ao usuário. Ela é a chamada camada mais próxima do usuário, uma vez que, em diversos casos, fornece serviços diretamente a ele. Observe também diversas características desta importante camada. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/dngOrvAD0gY Necessidade de QoS em redes de computadores Apresentação Com a evolução dos serviços demandados pelos usuários que utilizam a Internet como é conhecida hoje, houve a necessidade de qualidade para que o tráfego das informações aconteça de maneira que atenda todas as expectativas. As diferentes camadas da pilha de protocolos TCP/IP têm diversas funcionalidades e, com isso, formas de gestão de qualidade de serviços diferentes, de modo a garantir suas operações de acordo com a necessidade dos aplicativos. Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as demandas de qualidade em uma rede de computadores para um bom tráfego de dados, classificando e distinguindo as camadas de enlace, rede e transporte. Além disso, verá as características da relação que as camadas físicas têm com a gestão de QoS nas redes de computadores. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Relacionar as demandas da qualidade para um bom tráfego em redes de computadores.• Classificar e diferenciar as camadas de transporte, rede e enlace.• Relacionar as camadas físicas com a gestão de QoS de redes.• Desafio Uma rede computacional possibilita a conexão entre dispositivos, promovendo a troca de dados entre vários aplicativos, de forma que se comuniquem, observando os diferentes recursos que cada uma demanda. Assim, há a necessidade de qualidade nas conexões da rede computacional em questão. Você faz parte da equipe responsável por desenvolver uma rede com dispositivos que realizam a monitoração e a operação de um equipamento hospitalar. Inicialmente, a equipe que desenvolveu o equipamento cirúrgico previu que a conexão de rede necessária ao equipamento deveria ter redundância de conexões, ou seja, quando uma conexão caísse, a outra disponível deveria imediatamente ser ativada para a sequência do trabalho de forma ininterrupta. Porém, a equipe não tem conhecimento para afirmar quais outras características os protocolos utilizados pelas conexões devem prover para possibilitar o funcionamento do equipamento. Observando os pontos mencionados, foram levantadas duas possibilidades de características que os protocolos devem ter: Opção A: largura de banda Opção B: latência Indique qual é a opção mais importante para essa aplicação. Indique também os motivos que levaram você a essa resposta. Infográfico As camadas do modelo TCP/IP fornecem serviços essenciais a uma comunicação de dados entre dispositivos interligados em uma rede de computadores. Isso porque esses serviços da camada de enlace dispõem qualidade necessária para resolver os problemas que uma rede de computadores pode apresentar. Neste Infográfico, você vai ver informações sobre os serviços fornecidos pela camada de enlace. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ab19d555-8097-4109-893f-f8c4fe8b0d12/c6207e6c-0c24-4801-94d6-de7c58f9fe8b.jpg Conteúdo do livro Atualmente, os aplicativos utilizados pelos usuários necessitam de um bom tráfego de dados nas redes de computadores. Tráfego este que muitas vezes pode ser difícil de ser obtido se não aplicadas as técnicas de qualidade pontuais ao seu funcionamento. O conjunto de protocolos TCP/IP propicia a gestão da qualidade em suas diferentes camadas. Cada camada tem seu conjunto de funcionalidades bem delimitado e, assim, a gestão de QoS pode ser realizada de forma específica. No capítulo Necessidade de QoS em redes de computadores, da obra Qualidade e desempenho de redes, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as demandas de qualidade em redes de computadores, que tem em vista disponibilizar um bom tráfego, bem como classificar e diferenciar diversas camadas do TCP/IP. Além disso, vai ver detalhes das camadas físicas frente à gestão de QoS em redes de computadores. Boa leitura. QUALIDADE E DESEMPENHO DE REDES Diego Bittencourt de Oliveira Necessidade de QoS em redes de computadores Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar as demandas da qualidade para um bom tráfego em redes de computadores. � Definir as camadas de transporte, rede e enlace. � Relacionar as camadas físicas com a gestão de QoS de redes. Introdução Cada vez mais, os serviços consumidos pelos usuários exigem uma troca de dados intensa pela rede com o objetivo de suprir suas necessidades de dados muitas vezes em tempo real, o que demanda, por sua vez, mais serviços de rede com técnicas de qualidade implantadas de modo a propiciar um bom tráfego de informações. Em sua estrutura de camadas, o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) proporciona o cenário ideal para implementar técnicas de Qualidade de Serviço (QoS) de maneira específica conforme a necessidade de cada camada presente na estrutura, ou seja, cada camada dispõe de sua gestão de QoS per- sonalizada, promovendo, assim, uma maior assertividade nas decisões tomadas pelas técnicas em questão. Neste capítulo, você conhecerá mais detalhes sobre as QoS visando a um tráfego em redes de computadores benéfico, bem como relacionará as camadas de transporte, rede e enlace, classificando-as e diferenciando- -as. Além disso, verificará a relação existente entre as camadas físicas do TCP/IP e a gestão de QoS de redes. Demandas da qualidade para um bom tráfego em redes de computadores Segundo Comer (2016), o estabelecimento de parâmetros que serão exigidos pelos usuários consiste no ponto inicial para o procedimento que define a Qualidade de Serviço (QoS) para uma rede. Entre os componentes da rede, realizam-se o mapeamento e a negociação desses parâmetros, de modo a atingir determinado nível de QoS admissível por todos. Um crescimento contínuo de aplicações que promovem diferentes tipos de tráfegos na rede de internet, como vídeo, áudio, etc., tem exigido um bom transporte com relação a dados, à variação máxima do que demoram, ao tama- nho de banda disponível, entre outros. Dessa forma, com o intuito de alcançar alguma garantia de que as redes de computadores terão um funcionamento correto, torna-se necessária a implantação detecnologias capazes de promover uma espécie de tráfego que satisfaça e, também, passe confiança em relação às aplicações e aos dados. E, ainda, no que diz respeito à forma de utilização e ao desempenho da rede, um tipo de política que consiga estabelecer métricas e caracterizar e descrever esse tipo de comportamento. Quanto à definição de QoS pelo usuário, os requisitos de QoS que definem os níveis de confiança referentes aos dispositivos da rede observados nos momentos em que estiverem sendo executados devem ser especificados por meio do usuário. Todavia, referindo-se à especificação de parâmetros de baixo nível, habitualmente o usuário não tem condições de realizar esta especificação, como a largura de banda ou até mesmo características das mídias utilizadas. Desta forma, o usuário deve possuir ferramentas que o possibilitem configurar e definir os parâmetros que estiverem ao seu alcance de maneira que este considere aceitável no sentido de satisfazer suas necessidades. Em sistemas multimídia, os mais utilizados pelos usuários, o QoS representa um quesito básico das aplicações, em virtude da exigência de que determinados parâmetros pertinentes a tais aplicações se encontrem em limites bem definidos. Principalmente em relação a aplicações multimídia, os requisitos de QoS, que representam a quantia de recursos específicos disponíveis no sistema e que necessitam de alocação para as aplicações (p. ex., CPU, equipamentos de áudio e vídeo, memória, etc.), devem ser atendidos. Também por meio desses parâmetros, é especificada a quantia com relação a recursos que necessitam de alocação para certa aplicação, tornando-se possível, ainda, mensurar o nível do serviço oferecido pelo sistema a tais aplicações. Necessidade de QoS em redes de computadores2 Ainda no caso das aplicações multimídia, é desejável que a rede que realiza o transporte do fluxo gerado garanta de qualquer maneira a QoS especificada de acordo com ela. Até mesmo em uma situação em que um link tem a largura de banda correta, corretamente determinada para realizar atender as necessidades de cada aplicação, a latência interfere no desempenho da rede em questão e, eventualmente, afeta de modo específico o tempo de resposta das aplicações. Latência e largura de banda (Figura 1) são parâmetros da QoS, também envolvidos na management information base (MIB)/simple network manage- ment protocol (SNMP), possibilitando realizar um controle e o monitoramento de aplicações. Figura 1. Exemplificação do funcionamento da latência. Fonte: Cardoso (2008, documento on-line). Kurose e Ross (2013) explicam que existem aplicações que necessitam de QoS para terem um bom funcionamento, como a VoIP (do inglês, voice over IP; em português, “voz sobre IP”), em que a voz em tempo real é transmitida pela telefonia da internet, que, para o usuário, se assemelha ao serviço de telefonia tradicional, que funcionava pela comutação de circuitos. Além da voz, que apresenta semelhanças quanto à demanda de recursos de rede, existe o vídeo interativo, que também proporciona ao usuário ver a outra pessoa. Atualmente, existe o aplicativo Skype, que além de proporcionar que duas pessoas se comuniquem por voz em conjunto com vídeo, como alguns outros aplicativos, tem a funcionalidade de realizar conferências com mais de três pessoas. 3Necessidade de QoS em redes de computadores Aqui, torna-se necessário contemplar as temporizações referentes a essas transmissões, já que apresentam sensibilidade ao atraso, para que os dados cheguem ao outro usuário no tempo correto para uma comunicação com certa fluidez — para esse tipo de comunicação, a partir do ponto em que um dos usuários fala ou move-se até o ponto em que essa atividade seja reproduzida para o outro usuário, o atraso precisa ser menor que centenas de milissegun- dos. Com relação à voz, retardos que passem de 400 milissegundos podem promover frustação em determinadas conversas, pelo fato de o atraso começar a dificultar a compreensão entre os usuários. Outro tipo de aplicação, que também se assemelha ao rádio e à televisão, com exceção do fato de ser exercida pela internet, é uma aplicação ao vivo, que possibilita que os usuários recebam transmissões de áudio e vídeo de qualquer parte do mundo, como um evento esportivo como a Copa do Mundo. Quando vários usuários recebem os mesmos dados, ou seja, o mesmo programa de áudio e vídeo ao mesmo tempo, está ocorrendo uma aplicação ao vivo do tipo difusão. Em geral, a transmissão para um grupo de usuários é realizada por aplicações em camadas por meio de redes P2P (ponto a ponto, do inglês peer-to-peer) ou CDN (rede de distribuição de conteúdo, do inglês content delivery network), ou por múltiplos fluxos individualmente, apesar de essa transmissão poder ser realizada por técnicas de transmissão IP a determinado grupo. Pelo fato de se tratar de um evento com transmissão ao vivo, eventuais atrasos também podem provocar algum tipo de problema, apesar de os limites de temporização serem menos pesados em comparação a aplicações interativas de voz. Podem ser tolerados atrasos a partir de 10 segundos ou mais a partir do momento em que são solicitadas a entrega e a reprodução da transmissão ao vivo. Há certa diferença com relação a aplicações de fluxo de vídeo contínuo, que são pré-gravados e, então, armazenados em servidores, para, somente então, serem visualizados os dados — nesse caso, o usuário que deseja visualizá-los deve realizar o envio das solicitações que possibilitarão a visualização dos vídeos por demanda, a partir do começo até sua finalização sem nenhum tipo de interrupção. Caso o usuário prefira, pode parar o vídeo antes de assisti-lo por completo ou, se desejar interagir com o vídeo em questão, pode interrompê- -lo ou reposicioná-lo para alguma parte que esteja adiante ou anteriormente (p. ex., no YouTube, você pode assistir a um vídeo e, antes que o tenha feito por completo, retornar a alguma parte ou reposicionar para uma mais à frente). Necessidade de QoS em redes de computadores4 Atualmente, a maior parte dos sistemas utiliza com maior frequência o HTTP com fluxo contínuo e o HTTP adaptativo com fluxo contínuo, conside- rados por meio de três tipos de categorias: HTTP de fluxo contínuo, HTTP de fluxo contínuo adaptativo e UDP (user datagram protocol) de fluxo contínuo. As aplicações descritas têm em comum o fato de utilizarem vastamente o buffer de aplicações na parte do usuário com o intuito de reduzir os impactos de variação nos atrasos de fim a fim e da variação das proporções de tamanho de banda disponibilizada entre o cliente e o servidor. Camadas de transporte, rede e enlace Vegesna (2001) cita que, entre as camadas de aplicação e de rede, temos aquela conhecida como camada de transporte, que, na arquitetura de rede em forma de camadas, constitui uma peça central. Por meio dela, são fornecidos os serviços de comunicação lógica de maneira direta para os processos de aplicação executados em hospedeiros distintos. Em outras palavras, essa comunicação lógica para uma aplicação funciona como se os hospedeiros que realizam a execução dos processos na verdade estivessem interligados direta- mente. Entretanto, esses hospedeiros podem estar localizados até mesmo em locais do outro lado do mundo, ainda que interligados por meio de inúmeros roteadores e muitas formas de enlace. Como exemplificado na Figura 2, a co- municação lógica provida pela camada de transporte é utilizada por processos de aplicação para realizar o envio de mensagens. Em sistemas finais, é onde se realiza a implementação dos protocolos da camada de transporte, embora estes não sejam implementados nos roteadores de rede, mas, possivelmente, por determinada fragmentação em pedaços menores com relação ao tamanho original, de mensagens pertencentes à aplicação, adicionados a um tipo de cabeçalho pertencente à camada de transporte, para que, assim, se desenvolva o segmento dessa camada. Na mesmacamada, é realizada a conversão das mensagens recebidas por meio de processos de aplicação, sendo remetentes em pacotes pertencentes à camada de transporte, nomeados como segmentos de camada de transporte. 5Necessidade de QoS em redes de computadores Figura 2. Exemplificação da camada de transporte. Fonte: Kurose e Ross (2013, p. 136). Após tal segmentação, os pacotes de dados são repassados pela camada de transporte para a camada de rede, chegando àquele que é chamado de sistema final remetente, ponto no qual se realiza o encapsulamento dos fragmentos da mensagem transmitida em determinado pacote, ou seja, um datagrama, dessa camada em questão e, em seguida, é mandado para o destinatário. Necessidade de QoS em redes de computadores6 Algo relevante a ser observado reside no fato de que os roteadores trabalham apenas em campos da camada de rede de determinado datagrama, ou seja, por meio deles não é realizado nenhum tipo de exame com relação aos campos de segmentos da camada anterior encapsulados com o datagrama. Ainda, a camada de rede é reconhecida como uma das camadas com o maior teor de complexidade com relação à pilha de protocolos, embora tenha uma função de certa forma simples, ou seja, realizar o transporte dos dados do hospedeiro remetente para o hospedeiro destinatário. Para que ocorra esse transporte, existem duas funções — repasse e roteamento — que, de certa forma, têm maior relevância, além de uma terceira — estabelecimento de conexão —, encontrada em algumas arquiteturas de rede e que também é importante. � Repasse: função necessária a partir do momento em que determinado pacote alcança o enlace de entrada de um roteador, o qual, por sua vez, tem a responsabilidade de levá-lo até o devido enlace de saída. Basicamente, trata da atividade localmente exercida por meio de um roteador, que transfere um pacote da interface de enlace de entrada para a de saída. � Roteamento: por meio da camada de rede, determina-se qual percurso será realizado pelos pacotes durante uma transmissão de remetente para um destinatário. São chamados de algoritmos de roteamento aqueles que realizam os cálculos que determinam esse percurso em questão. Em outras palavras, o roteamento trata do processo de contexto geral sobre a rede que decide quais os caminhos fim a fim os pacotes devem utilizar para ir do hospedeiro de origem até o de destino. � Estabelecimento de conexão: algumas estruturas da camada em ques- tão, como a MPLS (comutação de rótulos multiprotocolo, do inglês multi protocol label switching), tornam necessário que os roteadores ao decorrer do percurso optado do ponto de origem até o de destino, com o intuito de determinar o estado anterior ao momento em que se permita que os pacotes da camada em uma conexão de origem a destino come- cem a funcionar, realizem o compartilhamento de mensagens entre si. 7Necessidade de QoS em redes de computadores Há os comutadores de pacotes que designam um equipamento geral referente à comutação de pacotes. De acordo com o valor no cabeçalho desse pacote, um deles é transferido na forma de interface de enlace de entrada para uma de saída. Quanto à escolha de repasse, os chamados comutadores de camada de enlace tomam como referência o valor que estiver no campo da camada de enlace; já outros, conhecidos por roteadores, usam o valor que se encontrar no campo da camada de rede. Os dispositivos com a capacidade de executar qualquer protocolo da camada de enlace podem ser denominados nós, constituídos por roteadores, hospe- deiros, pontos de Wi-Fi, etc., e os enlaces são os canais de comunicação que realizam a conexão dos nós adjacentes nas vias de comunicação. Para que vá de um ponto de origem até um de destino, um datagrama precisa ser levado sobre todos os enlaces separados que estejam no percurso fim a fim. Antes de ser transmitido para o interior do enlace, ainda é realizado o encapsulamento do datagrama por meio de um nó chamado de transmissor. Geralmente, essa camada é instalada em algo que chamamos de adaptador de rede, também conhecido como NIC (placa de interface de rede). Podemos encontrar o controlador desta camada no interior do adaptador de rede, ou seja, no seu núcleo, sendo geralmente apenas um chip de sistema especial, que roda inúmeras funções da camada. Com relação à parte em que se realiza a transmissão, o controlador é quem exerce a função de reservar um datagrama criado e armazená-lo na memória do hospedeiro por volta de camadas mais altas com relação à pilha formada pelos protocolos, além de promover o seu encapsulamento em algo chamado de quadro, o qual, nesse caso, pertence à camada de enlace. Depois disso, segue-se o protocolo que realiza o acesso ao enlace e exerce a transmissão do quadro para um tipo de enlace de comunicação. No receptor, por meio de um controlador, realizam-se o recebimento do quadro transmitido anteriormente e a extração do datagrama da camada anterior (a camada de rede). Camadas físicas e a gestão de QoS de redes Segundo Tanenbaum e Wetherall (2011), a camada física, referindo-se ao modelo OSI (do inglês, Open Systems Interconnection), define o tipo de ca- beamento a ser utilizado e, também, as conexões. Dessa forma, constitui-se Necessidade de QoS em redes de computadores8 por cabos, modems, conectores, entre outros dispositivos, além de conter a parte física que fornece propriedades elétricas, mecânicas, funcionais e procedimentais com as funções de realizar a ativação, manter e exercer a desativação de ligações físicas para que seja feita a transmissão de bits entre as unidades da camada de enlace. As propriedades elétricas determinam os valores, ou seja, os níveis de tensão e corrente utilizados, as mecânicas referem-se à forma de conectores, cabos, pinos, etc. que constituem um circuito de transmissão e ao tamanho que apresentarão, e as funcionais definem os significados dados aos sinais transmitidos pela camada física, como a transmissão, a recepção, entre outros. Para a transmissão de bits, são especificados por meio de procedimentos as funções e os protocolos, essenciais tal transmissão. Em uma transmissão serial, considera-se o bit uma unidade de dados de característica básica com relação à camada física. Protocolos dessa camada precisam ter independência da forma de transmissão de maneira que se possa utilizar determinado terminal em vários meios, como por em fibra óptica e pares metálicos. Nessa camada, inicia-se todo o processo de transmissão, no qual o sinal transportado por meio dos cabos atinge a camada na forma de sinais elétricos é, então, transformado em bits, ou seja, em zeros e uns. Como exemplificado na Figura 3 em uma senoide, por meio da camada física realiza-se a identificação de um bit que contenha o valor 0, representado pelo sinal elétrico –5 volts, e se reconhece um bit com o valor 1, representado pelo sinal elétrico +5 volts. Figura 3. Exemplificação da camada física identificando bits. Fonte: Ventura (2014, documento on-line). 9Necessidade de QoS em redes de computadores A representação de uma onda do tipo senoidal pode ser realizada por meio de três parâmetros: amplitude de pico, frequência e fase. A amplitude de pico corresponde ao valor total com relação à intensidade mais aumentada e é proporcional à energia transportada pelo sinal. Geralmente, mede-se a amplitude referente a sinais elétricos por meio de volts. A frequência, medida por hertz, trata da quantidade de períodos existentes em apenas 1 segundo, podendo ser definida também por período, já que, assim como a frequência, refere-se à duração de tempo em forma de segundos em que determinado sinal demora para finalizar um ciclo. Já o parâmetro fase determina em qual posição está a onda com relação ao mo- mento de tempo zero. Pode-se dizer que por meio da fase define-se a quantidade de deslocamento da onda. Por meio dessa camada, realiza-se a transmissão dos bits referente à forma de transmissão, determinando o
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