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Aula 14 Ensaio e medição

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Ensaios e medições
Aula 14
Porque medir a resistência de 
aterramento?
• Garantir o escoamento da corrente de 
falta para a terra.
• Prevenir problemas com corrosão e má 
conexão
• Garantir referência
• Garantir segurança
• Equipotencialização
MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA
• As normas especificam que a resistência 
de aterramento deve ser a menor 
possível, e podem ser calculadas ou 
medidas.
• No caso de medição siga o prescrito no 
anexo J da NBR5410
Ensaio de continuidade do condutor de 
proteção - Capitulo 7 – NBR 5410
• 7.3.2 – Um ensaio de continuidade deve 
ser realizado – recomenda-se que seja 
realizado com equipamento que possua 
fonte de tensão de 4 a 24V (continua ou 
alternada) e corrente mínima 0,2A
7.3.5 Verificação das condições de proteção por 
eqüipotencialização e seccionamento automático
da alimentação
• NOTA Para efeito das providências aqui 
especificadas, assume-se que a 
continuidade dos condutores de proteção já 
tenha sido verificada, conforme 7.3.2.
7.3.5.1 Esquemas TN
A conformidade com 5.1.2.2.4.2-d) deve ser verificada por:
a) medição da impedância do percurso da corrente de falta (ver 7.3.5.5); e
b) verificação das características do dispositivo de proteção associado 
(inspeção visual e, para dispositivos DR, ensaio).
NOTAS
1 A medição indicada na alínea a) pode ser substituída pela medição da 
resistência dos condutores de proteção (ver anexo L). Mas tanto a medição 
da impedância do percurso da corrente de falta quanto a medição da 
resistência dos condutores de proteção podem ser dispensadas se os 
cálculos da impedância do percurso da corrente de falta ou da resistência 
dos condutores de proteção forem disponíveis e a disposição da instalação 
for tal que permita a verificação do comprimento e da seção dos 
condutores.
2 Ver anexo H para exemplos de ensaios em dispositivos DR.
Anexo L
Medição da resistência dos condutores de proteção
L.1 A medição da resistência dos condutores de proteção pode ser utilizada, 
em lugar da medição da impedância do percurso da co rrente de falta , 
para verificar se a proteção por seccionamento automático da alimentação 
provida a um circuito preenche as condições pertinentes especificadas em 
5.1.2.2. O método, que consiste em medir a resistência R entre uma massa 
qualquer e o ponto de equipotencialização geral mais próximo, no sentido a 
montante, é válido nas seguintes condições:
a) o condutor de proteção se encontra incorporado à mesma linha que contém os condutores de 
fase, sem interposição de elementos ferromagnéticos (o que permite desconsiderar a 
reatância), ou é o próprio conduto metálico que acomoda os condutores; e
b) a seção dos condutores PE não é superior a 95 mm2, em cobre.
L.2 Recomenda-se que as medições sejam realizadas com fonte cuja tensão 
em vazio se situe entre 4 V e 24 V, em corrente alternada ou contínua, e 
que forneça uma corrente de ensaio de no mínimo 0,2 A.
7.3.5.2 Esquemas TT
A conformidade com os requisitos de 5.1.2.2.4.3-
b) deve ser verificada por:
a) medição da resistência de aterramento das massas 
da instalação (ver 7.3.5.4); e
b) inspeção visual e ensaio dos dispositivos DR.
NOTA Ver anexo H para exemplos de ensaios em dispositivos DR.
7.3.5.4 Medição da 
resistência de aterramento
• A medição da resistência de aterramento, quando 
prescrita, deve ser realizada com corrente alternada, 
podendo ser usado um dos dois métodos descritos no 
anexo J. 
– NOTA Quando for inviável a medição da resistência de aterramento, 
usando-se métodos como os descritos no anexo J, face a dificuldades 
práticas na constituição dos eletrodos auxiliares (caso de centros 
urbanos, por exemplo), a verificação desse ponto, em esquemas TT, 
pode ser substituída pela medição da impedância (ou resistência) do 
percurso da corrente de falta, que representa, nesse caso, uma 
alternativa mais conservadora.
Medição da resistência de 
aterramento – NBR5410/04
J.1 Os métodos descritos em J.1.1 e J.1.2 podem ser utilizados quando for necessária a 
medição da resistência de aterramento.
J.1.1 Método 1 (ver figura J.1)
J.1.1.1 Uma corrente alternada de valor constante circula entre o eletrodo de aterramento 
sob ensaio T e o eletrodo auxiliar T1. A localização de T1 deve ser tal que não haja 
influência mútua entre T e T1.
J.1.1.2 Um segundo eletrodo auxiliar, T2 , que pode ser uma pequena haste metálica 
cravada no solo, é inserido a meio caminho entre T e T1. A queda de tensão entre T e 
T2 é medida.
J.1.1.3 A resistência de aterramento do eletrodo T é igual à tensão entre T e T2 dividida 
pela corrente que circula entre T e T1 , presumindo-se que não haja influência mútua 
entre os eletrodos.
J.1.1.4 Para verificar se o valor de resistência está correto, duas novas medições devem 
ser realizadas, deslocando-se T2 cerca de 6 m na direção de T e, depois, 6 m na 
direção de T1. Se os três resultados forem substancialmente semelhantes, a média das 
três leituras é tomada como sendo a resistência de aterramento do eletrodo T. Do 
contrário, o ensaio deve ser repetido com um espaçamento maior entre T e T1.
J.1.2 Método 2
J.1.2.1 Neste método também são utilizados dois eletrodos auxiliares, mas sem nenhuma necessidade 
de alinhamento. A corrente injetada deve ser compatível com uma tensão de ensaio máxima de 50V.
J.1.2.2 Injeta-se corrente entre os dois eletrodos auxiliares, T1 e T2. Medem-se a corrente injetada e a 
tensão aplicada e calcula-se então a soma das resistências de T1 e de T2, dividindo-se a tensão 
aplicada pela corrente injetada:
J.1.2.3 Em seguida, injeta-se corrente entre o eletrodo sob ensaio, T0 , e o eletrodo auxiliar T1. Usando-
se o outro eletrodo auxiliar (T2) como referência, medem-se então a tensões entre T0 e T2 e entre 
T1 e T2. Com os valores medidos da corrente e das tensões, calculam-se as resistências de 
aterramento de T0 e de T1:
J.1.2.4 Usando agora T1 como referência, injeta-se corrente entre T0 e T2 e medem-se as tensões entre 
T0 e T1 e entre T2 e T1. Com a corrente e as tensões medidas, calculam-se as resistências de 
aterramento de T0 e T2:
J.1.2.5 Comparam-se os dois valores de resistência obtidos para o eletrodo sob ensaio T0, isto é, R0, 
bem como a soma das resistências de T1 e de T2 inicialmente obtida (R1 + R2) com a soma das 
resistências calculadas individualmente para T1 e T2 (isto é, R1 + R2). Se essa comparação revelar 
semelhança entre os valores, eles são considerados válidos. Caso contrário, devem ser realizadas 
novas medições, com um espaçamento maior entre os eletrodos.
J.2 Se o ensaio for realizado à frequência industrial, a fonte utilizada para o ensaio deve ser isolada do 
sistema de distribuição (por exemplo, pelo uso de transformador de enrolamentos separados) e a 
impedância interna do voltímetro utilizado deve ser de no mínimo 200 W / V.
7.3.5.3 Esquemas IT
Nos esquemas IT, a verificação da proteção por equipotencialização e seccionamento
automático da alimentação deve abranger:
a) a corrente de primeira falta, conforme 7.3.5.3.1; e
b) o atendimento às prescrições referentes à situação de dupla falta, conforme 7.3.5.3.2.
7.3.5.3.1 A verificação da corrente de primeira fal ta deve ser por cálculo ou medição.
NOTAS
1 Essa verificação não é necessária se todas as massas da instalação estiverem ligadas ao eletrodo de aterramento da alimentação (o 
que pressupõe alimentação aterrada por meio de impedância).
2 A medição, em particular, torna-se necessária apenas quando não for possível o cálculo, devido ao desconhecimento dos parâmetros 
envolvidos. Na realização da medição, devem ser tomadas precauções para evitar os perigos decorrentes de uma dupla falta.
7.3.5.3.2 A verificação das condições de proteção e m caso de dupla falta comporta duas 
possibilidades:
a) quando a situação do aterramento das massas for tal que a ocorrência de uma segunda falta resulte em situação 
análoga à do esquema TN, as verificações a serem efetuadas são aquelas descritas nas alíneas a) e b) de 7.3.5.1, 
devendo o resultadoser conforme 5.1.2.2.4.4-e);
b) quando a situação do aterramento das massas for tal que a ocorrência de uma segunda falta resulte em situação 
análoga à do esquema TT, as verificações a serem efetuadas são aquelas descritas em 7.3.5.2.
NOTAS
1 As condições do aterramento das massas de um esquema IT, que o tornam, conforme o caso, análogo a um TN ou a um TT em situação
de dupla falta, encontram-se descritas em 5.1.2.2.4.4-e).
2 A medição da impedância do percurso da corrente de falta, num esquema IT, requer o curto-circuitamento temporário do ponto neutro da 
alimentação com o condutor de proteção.
7.3.5.6 Verificação da efetividade de 
eqüipotencializações suplementares
• Quando os resultados das verificações 
requeridas em 7.3.5.1, 7.3.5.2 ou 7.3.5.3, 
dependendo do esquema de aterramento, 
forem insatisfatórios ou duvidosos e for 
provida uma eqüipotencialização 
suplementar como medida compensatória, 
a efetividade dessa eqüipotencialização 
deve ser verificada como especificado em
• 5.1.3.1.3.
SEGURANÇA
NBR 15749 – 5. – Segurança
• 5.1 Durante as medições
– Utilizar calçados e luvas com nível de isolamento 
compatível com os valores máximos de tensão que 
ocorrer no sistema sob medição
– Evitar a realização de medições sob condições 
atmosféricas adversas.tendo em vista a 
possibilidade de ocorrência de descargas 
atmosféricas
– Evitar que pessoas estranhas ao serviço e animais, 
se aproximem dos eletrodos utilizados na medição.

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