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Camada de rede: IP Apresentação O protocolo IP é o principal protocolo da camada de rede, sendo ele o responsável pelo endereçamento lógico, conhecido popularmente como endereço IP, que é o endereço que realmente usamos em configurações de rede e acesso à internet. Acompanhe nesta Unidade de Aprendizagem as principais características do protocolo IP, porém você verá além do IPv4, que é a versão utilizada atualmente, ou seja, verá o IPv6, que é o futuro do endereçamento IP em redes. Bons estudos. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer as características dos cabeçalhos IPv4 e IPv6.• Diferenciar as versões do protocolo IP.• Analisar as estratégias de transição do IPv4 para o IPv6.• Desafio Sabe-se que o endereço IPv6 é representado no formato hexadecimal, diferente do IPv4, que é representado no formato decimal. Um dos endereços IPv6, o endereço do link local, é gerado automaticamente a partir do endereço MAC da interface de rede dos dispositivos. Antes de lançar o desafio, se faz necessário informar que os endereços MAC são representados, também, no formato hexadecimal; porém eles seguem o padrão IEEE 802, e, para realizar a conversão do MAC para IPv6, é necessário converter este MAC para o padrão de 64 bits, o EUI-64. Para realizar essa conversão, é necessário complementar entre o terceiro e o quarto dígito hexadecimal do MAC, os dígitos FF-FE. Após esse passo, converte-se o resultado do endereço em código binário para complementar o bit UL (universal/Local). Isso é feito invertendo no número binário o sétimo bit mais à esquerda, de zero para 1, ou vice-versa. Depois da conversão, retorna-se o número binário para o formato hexadecimal e complementa-se na frente deste número os dígitos FE80:: Para auxiliar, segue um exemplo prático de conversão de determinado host que tem o endereço MAC 48-1E-C9-21-85-0C. Observe os passos para conversão: 1. Adicionam-se os dígitos FF-FE na metade do endereço: 48-1E-C9-FF-FE-21-85-0C 2. Complementa-se o bit U/L: 48 = 01001000 -> 01001010 3. Retorna-se o resultado binário para hexadecimal: 01001010 = 4A 4. Complementam-se os demais valores: 4A-1E-C9-FF-FE-21-85-0C 5. Acrescenta-se o prefixo FE80:: O endereço link local atribuído à essa interface seria FE80::4A1E:C9FF:FE21:850C. O desafio, então, é observar o endereço MAC dos hosts PC0 e PC3 na imagem e converter a partir deste MAC os respectivos endereços de link local IPv6. Infográfico Uma grande diferença entre o IPv4 e o IPv6 está no formato do cabeçalho, então, acompanhe o infográfico e analise as principais diferenças entre seus cabeçalhos. Conteúdo do livro O IPv6 é o futuro das redes de computadores e internet, portanto, é importante que você conheça as características desse protocolo. Acompanhe a obra Comunicação de dados e redes de computadores. Inicie seus estudos em Camada de rede IP. Boa leitura. Quarta edição F727c Forouzan, Behrouz A. Comunicação de dados e redes de computadores [recurso eletrônico] / Behrouz A. Forouzan com a colaboração de Sophia Chung Fegan ; tradução: Ariovaldo Griesi ; revisão técnica: Jonas Santiago de Oliveira. – 4. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2010. Editado também como livro impresso em 2008. ISBN 978-85-63308-47-4 1. Comunicação entre computadores. 2. Redes de computadores. I. Fegan, Sophia Chung. II. Título. CDU 004.7 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB-10/Prov-009/10 579 CAPÍTULO 20 Camada de Rede: IP No modelo Internet, o principal protocolo de rede é o Internet Protocol (IP). Neste capítulo, discutiremos primeiro o internetworking e questões relativas ao protocolo de camada de rede em geral. Em seguida, falaremos sobre a versão atual do Internet Protocol, versão 4 ou IPv4. Isso nos leva à próxima geração desse protocolo, o IPv6, que pode se tornar o protocolo predominante no futuro próximo. Finalmente, trataremos das estratégias de transição do IPv4 para o IPv6. Alguns leitores poderão perceber a ausência do IPv5, que é um protocolo experimental, embasado em grande parte no modelo OSI, que jamais se concretizou. 20.1 INTERNETWORKING As camadas física e de enlace de dados de uma rede operam localmente. Juntas, essas duas ca- madas são responsáveis pela entrega de dados na rede de um nó para o seguinte, como mostrado na Figura 20.1. Essa internetwork é composta por cinco redes: quatro LANs e uma WAN. Se o host A preci- sar enviar um pacote de dados para o host D, o pacote precisa ir primeiro de A a R1 (um switch ou roteador), em seguida, de R1 a R3 e, finalmente, de R3 para o host D. Dizemos que o pacote de dados passa por três links. Em cada link estão envolvidas duas interfaces de camadas físicas e duas camadas de enlace de dados. Entretanto, existe um grande problema nesse caso. Quando os dados chegam na interfa- ce f1 de R1, como R1 fica sabendo que a interface f3 é a interface de saída? Não há nenhuma informação na camada de enlace de dados (ou na camada física) para auxiliar R1 a tomar a decisão correta. O frame também não transporta qualquer informação de roteamento. O frame contém o endereço MAC de A como origem e o endereço MAC de R1 como destino. Para uma LAN ou WAN, entregar significa transportar o frame por meio de um link e não além disso. Necessidade da Camada de Rede Para solucionar o problema de entrega por intermédio de vários links, foi desenvolvida a cama- da de rede (ou camada internetwork, como é denominada algumas vezes ). A camada de rede é responsável pela entrega host-host e por encaminhar os pacotes pelos roteadores ou switches. A Figura 20.2 mostra a mesma internetwork com uma camada de rede acrescentada. 580 CAPÍTULO 20 CAMADA DE REDE: IP Figura 20.1 Links entre dois hosts A A S1 Enlace de dados Física Enlance de dados Física Entrega nó a nó Entrega nó a nó Entrega nó a nó S3 D LAN LAN LAN LAN WAN S1 S2 S3 f1 f1 f1 f2 f2f2 f3 D Link 1 Link 2 Link 3 Figura 20.2 Camada de rede numa internetwork A S1 Enlance de dados Física Rede Enlance de dados Física Rede S3 D Rota host-host LAN LAN LAN LAN A WAN S1 S2 S3 f1 f1 f1 f2 f2f2 f3 D A Figura 20.3 ilustra o conceito geral do funcionamento da camada de rede atuando na origem, em um roteador e no destino. A camada de rede na origem é responsável pela criação de um pacote com dados provenientes de outro protocolo (como um protocolo de camada de transporte ou de um protocolo de roteamento). O cabeçalho do pacote contém, entre outras informações, os endereços lógicos da origem e do destino. A camada de rede é responsável por consultar sua tabela de rotas para encontrar informações de roteamento (como a interface de saída do pacote ou o endereço físico do nó seguinte). Se o pacote for muito grande, ele será fragmentado (a fragmentação será discutida posteriormente neste capítulo). Figura 20.3 Camada de rede na origem, roteador e destino Pacote IP e informações de roteamento Pacote IP e informações de roteamento Pacote IP Pacote IP Camada de Rede Camada de Rede Camada de Rede Origem Destination Processamento Processamento Tabela de roteamento Tabela de roteamento Dados provenientes de outro protocolo Para a camada de enlace de dados Para a camada de enlace de dados Vindo da camada de enlace de dados Vindo da camada de enlace de dados Dados para outro protocolo a. Camada de rede na origem b. Camada de rede no destino Processing Roteador c. Camada de rede em num roteador A camada de rede no switch ou roteador é responsável por encaminhar o pacote. Quando um pacote chega, o roteador ou switch consulta sua tabela de roteamento e descobre a interface a partir da qual o pacote tem de ser enviado. O pacote, após algumas alterações no cabeçalho, junto com as informações de roteamento, é passado novamente à camada de enlace de dados. A camadade rede no destino é responsável pela verificação de endereços; ela se certifica que o endereço de destino do pacote é o mesmo que o endereço do host. Se o pacote for um fragmen- to, a camada de rede espera até que todos os fragmentos tenham chegado e então os remonta e entrega o pacote remontado para a camada de transporte. Internet como uma Rede de Datagramas A Internet, na camada de rede, é uma rede de comutação de pacotes. Vimos isso no Capítulo 8. Dizemos que, em geral, a comutação pode ser dividida em três grandes categorias: comutação de circuitos, comutação de pacotes e comutação de mensagens. A comutação de pacotes pode usar tanto o método de circuitos virtuais como o de datagramas. A Internet optou pelo método de datagramas para a comutação na camada de rede. Ela usa os endereços universais definidos na camada de rede para direcionar pacotes, da origem ao destino. A comutação na camada de rede na Internet usa a abordagem de datagramas para a comutação de pacotes. SEÇÃO 20.1 INTERNETWORKING 581 582 CAPÍTULO 20 CAMADA DE REDE: IP Internet como uma Rede sem Conexão A entrega de um pacote pode ser realizada usando-se um serviço de rede orientado a conexões ou um sem conexão. Em um serviço orientado a conexões, a origem estabelece primeiro uma conexão com o destino antes de iniciar o envio de um pacote. Quando a conexão é estabelecida, uma seqüência de pacotes de uma mesma origem para um mesmo destino podem ser enviados um após o outro. Nesse caso, existe uma relação direta entre os pacotes. São enviados por uma mesma rota e em ordem seqüencial. Um pacote é associado logicamente ao pacote que está tra- fegando antes dele e ao que está trafegando depois. Quando todos os pacotes de uma mensagem tiverem sido entregues, a conexão é encerrada. Em um protocolo orientado a conexões, a decisão sobre a rota de uma seqüência de pacotes de iguais origem e endereço de destino é realizada apenas uma vez, quando a conexão é estabe- lecida. Os roteadores não recalculam a rota para cada pacote individual. Esse tipo de serviço é usado em uma metodologia de circuitos virtuais para a comutação de pacotes, como no Frame Relay e ATM. No serviço sem conexão, o protocolo de camada de rede trata cada pacote de forma inde- pendente, em que cada pacote não apresenta nenhuma relação com qualquer outro pacote. Os pacotes em uma mensagem podem ou não trafegar pela mesma rota até seu destino. Esse tipo de serviço é usado na abordagem de datagramas para a comutação de pacotes. A Internet optou por esse tipo de serviço na camada de rede. A razão para tal decisão é que a Internet é composta por tantas redes heterogêneas interliga- das que é praticamente impossível criar uma conexão desde a origem até o destino sem conhecer previamente a natureza das redes. A comunicação na camada de rede, na Internet, é sem conexão. 20.2 IPv4 O IPv4 (Internet Protocol versão 4) é o mecanismo de entrega usado pelos protocolos TCP/IP. A Figura 20.4 mostra a posição do IPv4 no conjunto de protocolos. Figura 20.4 Posição do IPv4 no conjunto de protocolos TCP/IP Camada de aplicação Camada de transporte Camada de rede Camada de enlace de dados Camada física IPv4 ICMPIGMP ARP RARP Tecnologia LAN ou WAN subjacente SCTP TCP UDP SMTP FTP DNS BOOTPSNMPTFTP • • • O IPv4 é um protocolo de datagramas sem conexão e não confiável — um serviço de en- trega best-effort. O termo best-effort significa que o IPv4 não provê mecanismos de controle de erros ou de fluxo (exceto a detecção de erros no cabeçalho). O IPv4 pressupõe a falta de confiabilidade das camadas inferiores e faz o máximo para levar a transmissão até seu destino, mas sem garantias. Se a confiabilidade for importante, o IPv4 deve ser usado em conjunto com um protocolo confiável de transporte como o TCP. Um exemplo de serviço de entrega best-effort comumente conhecido é o correio tradicional. O correio faz o máximo para entregar as correspondências, mas nem sempre é bem-sucedido. Se uma carta não registrada for perdida, fica a cargo do re- metente ou do pretenso receptor descobrir o paradeiro dela e retificar o problema. O correio não acompanha todas as cartas e não notifica o remetente sobre eventuais perdas ou danos. O IPv4 também é um protocolo sem conexão para redes de comutação de pacotes que usam a abordagem de datagramas (ver o Capítulo 8). Isso significa que cada datagrama é tratado de forma independente e que cada datagrama pode seguir uma rota diferente até seu destino. Isso implica uma situação na qual datagramas enviados por uma mesma origem a um mesmo destino podem chegar fora de ordem. Da mesma forma, alguns deles poderiam ser perdidos ou corrom- pidos durante a transmissão. Repetindo, o IPv4 depende de um protocolo de nível superior para tratar todos esses problemas. Datagrama Os pacotes na camada IPv4 são denominados datagramas. A Figura 20.5 mostra o formato de um datagrama do IPv4. Figura 20.5 Formato do datagrama no IPv4 Comprimento total 16 bits VER 4 bits HLEN 4 bits Serviço 8 bits 32 bits Cabeçalho Offset de fragmentação 13 bits Flags 3 bits Identificação 16 bits Checksum do cabeçalho 16 bits Tempo de vida 8 bits Protocolo 8 bits Endereço IP de origem Endereço IP de destino Opção 20 – 60 bytes 20 – 65.536 bytes Dados Um datagrama é um pacote de comprimento variável constituído de duas partes: cabeçalho e dados. O cabeçalho tem comprimento de 20 a 60 bytes e contém informações essenciais para o SEÇÃO 20.2 IPv4 583 584 CAPÍTULO 20 CAMADA DE REDE: IP roteamento e a entrega. É comum no TCP/IP apresentar o cabeçalho em seções de 4 bytes. Uma breve descrição de cada campo se faz necessária. Versão (VER) � . Esse campo de 4 bits define a versão do protocolo IPv4. Atualmente, a versão é 4. Entretanto, a versão 6 (ou IPng) poderá substituir completamente a versão 4 no futuro. Esse campo informa ao software IPv4 rodando na máquina em processamento que o datagrama tem o formato da versão 4. Todos os campos devem ser interpretados conforme especificado na quarta versão do protocolo. Se a máquina estiver usando alguma outra ver- são do IPv4, o datagrama é descartado em vez de ser interpretado incorretamente. Comprimento do cabeçalho (HLEN) � . Esse campo de 4 bits define o comprimento to- tal do cabeçalho do datagrama em palavras de 4 bytes. Este campo é necessário porque o comprimento do cabeçalho é variável (entre 20 a 60 bytes). Quando não existirem opções, o comprimento do cabeçalho é de 20 bytes e o valor desse campo é 5 (5 ¥ 4 = 20). Quando o campo de opções se encontrar em seu tamanho máximo, seu valor é 15 (15 ¥ 4 = 60). Serviços � . O IETF mudou a interpretação e o nome deste campo de 8 bits. Esse campo, anteriormente denominação tipo de serviço, agora se chama serviços diferenciados. Mos- tramos ambas as interpretações na Figura 20.6. Figura 20.6 Tipo de serviço ou serviços diferenciados Precedência Bits TOS D: Minimizar atraso T: Maximizar throughput R: Maximizar a confiabilidade C: Minimizar custo Tipo de serviço Ponto de código Serviços diferenciados D T R C 1. Tipo de Serviço Nesta interpretação, os três primeiros bits são denominados bits de precedência. Os 4 bits seguintes são chamados bits TOS (tipo de serviço) e o último bit não é usado. a. Precedência é um subcampo de três bits no intervalo que vai de 0 (000 em binário) a 7 (111 em binário). A precedência define a prioridade do datagrama em questões como congestionamento. Se um roteador estiver congestionado e precisar descartar alguns da- tagramas, aqueles de menor precedência serão descartados primeiro. Alguns datagramas na Internet são mais importantes que outros. Por exemplo, um datagrama usado para administração da rede é muito mais urgente e importante que um datagrama contendo informações opcionais para um grupo. O subcampo de precedência fazia parte da versão 4, mas jamais foi usado. b. Bits TOS é um subcampo de 4 bits, cada bit tendo um significado especial.Embora um bit possa ser 0 ou 1, um e somente um dos bits do subcampo pode ter o valor 1 em cada datagrama. Os padrões de bits e suas interpretações são apresentados na Tabela 20.1. Com apenas 1 bit ativo por vez, podemos ter até cinco tipos diferentes de serviço. Tabela 20.1 Tipos de serviço Bits TOS Descrição 0000 Normal (padrão) 0001 Minimizar custo 0010 Maximizar confiabilidade 0100 Maximizar throughput 1000 Minimizar atraso Os programas aplicativos podem solicitar um tipo de serviço específico. Os padrões para algumas aplicações são mostrados na Tabela 20.2. Tabela 20.2 Tipos de serviço padrão Protocolo Bits TOS Descrição ICMP 0000 Normal BOOTP 0000 Normal NNTP 0001 Minimizar custo IGP 0010 Maximizar confiabilidade SNMP 0010 Maximizar confiabilidade TELNET 1000 Minimizar atraso FTP (dados) 0100 Maximizar throughput FTP (controle) 1000 Minimizar atraso TFTP 1000 Minimizar atraso SMTP (comando) 1000 Minimizar atraso SMTP (dados) 0100 Maximizar throughput DNS (sobre UDP) 1000 Minimizar atraso DNS (sobre TCP) 0000 Normal DNS (zona) 0100 Maximizar throughput Fica evidente, pela Tabela 20.2, que atividades interativas, atividades que exigem atenção imediata e atividades que exigem resposta imediata precisam de um atraso mínimo. Ativida- des que enviam grandes quantidades de dados requerem throughput máximo. Atividades de administração necessitam de confiabilidade máxima. Atividades de segundo plano precisam de custo mínimo. 2. Serviços Diferenciados Nessa interpretação, os seis primeiros bits formam o subcampo codepoint e os últimos 2 bits não são usados. O subcampo codepoint pode ser utilizado de duas formas diferentes. a. Quando os três bits mais à direita forem 0s, os 3 bits mais à esquerda são interpretados iguais aos bits de precedência da interpretação de tipo de serviço. Em outras palavras, ele é compatível com a interpretação antiga. SEÇÃO 20.2 IPv4 585 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do professor Quando se está falando da camada de redes, não se pode deixar de falar sobre o principal protocolo desta camada: IP. Nesta videoaula o assunto abordado é justamente o protocolo IP, porém já nas suas duas versões: IPv4 e IPv6. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/d61d7d18ecb043c4fc1f2aef426eec7a Exercícios 1) A entrega de pacote de dados pode ser realizada através de serviços de rede orientados a conexão ou não orientados a conexão, sendo que, na internet, a forma de entrega de pacotes de dados se dá sem conexão. Assinale a alternativa que expõe CORRETAMENTE os motivos pela entrega de dados não orientada à conexão pela internet. A) A conexão ocorre na camada de transporte, mais especificamente pelo protocolo TCP, que não participa da transmissão de dados na internet. B) A conexão ocorre na camada de transporte, mais especificamente pelo protocolo UDP, que não participa da transmissão de dados na internet. C) A razão para tal decisão é que a internet é composta por tantas redes heterogêneas interligadas que é praticamente impossível criar uma conexão desde a origem até o destino sem conhecer previamente a natureza das redes. D) A entrega de dados na internet ocorre principalmente pelos protocolos TCP/IP, sendo que nenhum deles permite conexão entre dispositivos. E) A entrega de dados na internet ocorre principalmente pelos protocolos TCP/IP, onde o TCP é orientado a conexão, portanto, a afirmação de que não ocorre entrega orientada a conexão na internet é falsa. 2) Um datagrama IP pode ter o tamanho máximo de 65.535 bytes, porém, conforme o tipo de rede e/ou hardware utilizado, talvez não seja possível a passagem deste datagrama, pois o tamanho do MTU (unidade máxima de transmissão) pode estar definido com um valor menor do que o definido no datagrama. Para resolver esse problema, utiliza-se uma técnica chamada de: A) Divisão. B) Submissão. C) Quebra. D) Tradução. E) Fragmentação. 3) Um datagrama IP é constituído de duas partes e pode ter um tamanho máximo de 65.535 Bytes. Cada uma delas tem seus respectivos comprimentos que podem assumir no datagrama, sendo que o tamanho assumido por uma das partes influencia diretamente no tamanho da outra. Analise as alternativas abaixo e assinale aquela que mostra corretamente duas partes que compõem um datragama IP e os respectivos comprimentos que podem assumir. A) Cabeçalho: Comprimento = de 20 a 60 bytes; Dados: Comprimento = comprimento total - comprimento do cabeçalho. B) Informações de controle: Comprimento = de 20 a 60 bytes; Dados: Comprimento = comprimento total - comprimento das informações de controle. C) Cabeçalho: Comprimento = comprimento total - comprimento do cabeçalho; Dados: Comprimento = de 20 a 60 bytes. D) Cabeçalho: Comprimento = 60 bytes; Dados: Comprimento = comprimento total - comprimento do cabeçalho. E) Cabeçalho: Comprimento = 20 bytes; Dados: Comprimento = comprimento total - comprimento do cabeçalho. 4) O cabeçalho base do IPv6 contém um campo para prioridade, este campo define a prioridade de cada pacote em relação a outros pacotes de uma mesma origem. Essas informações são utilizadas para definir qual pacote será descartado em detrimento a outro, estando diretamente ligado ao tráfego. O IPv6 divide o tráfego em duas amplas categorias, que são: A) Controlado por tráfego e não controlado por tráfego. B) Controlado por endereço broadcast e não controlado por broadcast. C) Com prioridade e sem prioridade. D) Controlado por roteamento e sem roteamento. E) Controlado por congestionamento e não controlado por congestionamento. Comparando-se as informações contidas nos cabeçalhos IPv4 e IPv6, vê-se que o TTL do IPv4, que representa o tempo de vida do datagrama, não existe no cabeçalho IPv6. Porém, 5) há um campo no cabeçalho IPv6 que tem a mesma função do TTL. Identifique que campo é esse dentre as alternativas que seguem: A) Timestamp. B) ICMPv6. C) Versão. D) Saltos. E) Endereço de origem. Na prática A fragmentação de um datagrama IP ocorre quando o MTU (Unidade Máxima de Transmissão) é menor do que o datagrama a ser enviado. O MTU pode ser diferente para cada tipo de rede, por exemplo, para redes ethernet, que é o padrão para redes locais, o MTU padrão tem o tamanho de 1.500. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: GTER 38: IPv4 acabou, e agora? Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Introdução ao Laboratório de IPv6 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://ipv6.br/videos/ver/gter-38-ipv4-acabou-e-agora http://ipv6.br/videos/ver/video-tutorial-de-introducao-ao-livro-laboratorio-de-ipv6 Camada de rede: endereçamento lógico Apresentação Esta Unidade de Aprendizagem é o ponto inicial para o estudo da camada de redes, que é a camada 3 do Modelo OSI, que tem a grande responsabilidade de realizar o endereçamento lógico dos dispositivos em uma rede. Para que possamos manter comunicação entre dispositivos em rede, basta que eles compartilhem um meio de comunicação? A reposta é não! Se faz necessário endereçar logicamente todos esses dispositivos, pois é a partir desse endereçamento que são definidas as rotas para entrega dos pacotes de dados. Acompanhe então como é realizado esse endereçamento lógico, popularmente conhecido como endereçamento IP. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os conceitos envolvidos no endereçamento IPv4.• Analisar problemas de endereçamento IP.• Diferenciar endereços IPv4 e IPv6.• Desafio A imagem representaa topologia de rede de uma empresa que tem seu ambiente computacional dividido entre matriz e filial. Essa empresa tem um link dedicado de comunicação que faz a conexão entre os sites, e os roteadores estão devidamente configurados para garantir a entrega de dados entre as duas redes. Observe, porém, que há algumas falhas no endereçamento IP dos dispositivos dessas redes. Identifique os dispositivos que têm erros de endereçamento lógico e escreva a correção que deveria ser aplicada para que todos os computadores de ambas as redes possam manter comunicação entre si. Infográfico O NAT (do inglês "network address translator") foi um dos mecanismos que permitiram a utilização do endereçamento IPv4 por um período muito maior na internet, pois através dele é possível que redes privadas com uma grande quantidade de hosts possam acessar a internet utilizando um único endereço IP válido. Veja no infográfico o funcionamento básico do NAT. Conteúdo do livro O esgotamento dos endereços IPv4 é uma realidade, porém, o novo formato de endereçamento IPv6 já está sendo utilizado, principalmente pelos provedores de internet. Esse novo formato difere significativamente do IPv4, desde a quantidade de bits utilizados até o formato que agora passa a ser representado na forma hexadecimal. Acompanhe a obra Comunicação de Dados e Redes de Computadores. Inicie seus estudos a partir de Camada de rede: endereçamento lógico e aprofunde seus conhecimentos em IPv6. Quarta edição F727c Forouzan, Behrouz A. Comunicação de dados e redes de computadores [recurso eletrônico] / Behrouz A. Forouzan com a colaboração de Sophia Chung Fegan ; tradução: Ariovaldo Griesi ; revisão técnica: Jonas Santiago de Oliveira. – 4. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2010. Editado também como livro impresso em 2008. ISBN 978-85-63308-47-4 1. Comunicação entre computadores. 2. Redes de computadores. I. Fegan, Sophia Chung. II. Título. CDU 004.7 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB-10/Prov-009/10 549 CAPÍTULO 19 Camada de Rede: Endereçamento Lógico Como discutimos no Capítulo 2, a comunicação na camada de rede é host-host (computador- computador); um computador em algum ponto do mundo precisa se comunicar com outro com- putador em outra parte do planeta. Normalmente, os computadores se comunicam pela Internet. O pacote transmitido pelo computador transmissor pode passar por várias LANs ou WANs antes de atingir o computador de destino. Para esse nível de comunicação, precisamos de um esquema de endereçamento global; nós o denominamos endereçamento lógico no Capítulo 2. Atualmente, usamos o termo endereço IP para indicar um endereço lógico na camada de rede do conjunto de protocolos TCP/IP. Os endereços Internet têm 32 bits de comprimento; isso permite um máximo de 232 ende- reços. São conhecidos como endereços IPv4 (IP versão 4) ou simplesmente endereços IP para evitar confusão. A necessidade de mais endereços, além de outras preocupações em relação à camada IP, motivou um novo projeto da camada IP chamado nova geração do IP ou IPv6 (IP versão 6). Nessa versão, a Internet usa endereços de 128 bits que dão muito mais flexibilidade na alocação de endereços. São conhecidos como endereços IPv6 (IP versão 6). Neste capítulo, tratamos, primeiro, dos endereços IPv4, que são usados atualmente na Internet. Em seguida falaremos sobre os endereços IPv6, que podem se tornar dominantes no futuro. 19.1 ENDEREÇOS IPv4 Um endereço IPv4 é um endereço de 32 bits que define de forma única e universal a conexão de um dispositivo (por exemplo, um computador ou um roteador) à Internet. Um endereço IPv4 tem 32 bits de comprimento. Os endereços IPv4 são exclusivos no sentido de que cada endereço define uma, e somente uma, conexão com a Internet. Dois dispositivos na Internet jamais podem ter o mesmo endereço ao mesmo tempo. Veremos posteriormente que pelo uso de algumas estratégias, um endere- ço pode ser designado a um dispositivo por um determinado período e, em seguida, retirado e atribuído a um outro dispositivo. 550 CAPÍTULO 19 CAMADA DE REDE: ENDEREÇAMENTO LÓGICO Por outro lado, se um dispositivo que opera na camada de rede tiver m conexões com a Internet, ele precisa ter m endereços. Veremos, posteriormente, que um roteador é um dispositivo destes. Os endereços IPv4 são universais no sentido que o sistema de endereçamento tem de ser aceito por qualquer host que queira se conectar à Internet. Os endereços IPv4 são exclusivos e universais. Espaço de Endereços Um protocolo como o IPv4, que define endereços, tem um espaço de endereços. Um espaço de endereços é o número total de endereços usados pelo protocolo. Se um protocolo usar N bits para definir um endereço, o espaço de endereços é 2N, pois cada bit pode ter dois valores diferentes (0 ou 1) e N bits podem ter 2N valores. O IPv4 usa endereços de 32 bits, o que significa que o espaço de endereços é 232, ou seja, 4.294.967.296 (mais de 4 bilhões). Isso significa que, teoricamente, se não existisse nenhuma restrição, mais de 4 bilhões de dispositivos poderiam ser conectados à Internet. Veremos, em breve, que o número real é muito menor por causa das restrições impostas aos endereços. O espaço de endereços do IPv4 é igual a 232, ou seja, 4.294.967.296. Notações Existem duas notações predominantes para indicar um endereço IPv4: notação binária e nota- ção decimal pontuada. Notação Binária Na notação binária, o endereço IPv4 é exibido como 32 bits. Cada octeto é geralmente conheci- do como um byte. Portanto, é comum ouvirmos um endereço IPv4 referido como um endereço de 32 bits ou um endereço de 4 bytes. A seguir, temos um exemplo de um endereço IPv4 em notação binária: 01110101 10010101 00011101 00000010 Notação Decimal Pontuada Para tornar o endereço IPv4 mais compacto e mais fácil de ser lido, os endereços Internet nor- malmente são escritos na forma decimal com um ponto decimal (dot) separando os bytes. A seguir, apresentamos a notação decimal pontuada do endereço anterior: 117.149.29.2 A Figura 19.1 ilustra um endereço IPv4 tanto na notação binária como na notação decimal pontuada. Observe que, pelo fato de cada byte (octeto) ser composto por 8 bits, cada número na notação decimal pontuada compreende um valor que vai de 0 a 255. Figura 19.1 Notação decimal pontuada e notação binária para um endereço IPv4 10000000 00001011 00000011 00011111 128.11.3.31 Os sistemas de numeração são revistos no Apêndice B. Exemplo 19.1 Passe os endereços IPv4 da notação binária a seguir para a notação decimal pontuada. a. 10000001 00001011 00001011 11101111 b. 11000001 10000011 00011011 11111111 Solução Substituímos cada grupo de 8 bits por seu número decimal equivalente (veja o Apêndice B) e acrescen- tamos pontos decimais para separação. a. 129.11.11.239 b. 193.131.27.255 Exemplo 19.2 Passe os seguintes endereços IPv4 da notação decimal pontuada para a notação binária. a. 111.56.45.78 b. 221.34.7.82 Solução Substituímos cada número decimal por seu equivalente binário (veja o Apêndice B). a. 01101111 00111000 00101101 01001110 b. 11011101 00100010 00000111 01010010 Exemplo 19.3 Encontre o erro, se realmente existir algum, nos seguintes endereços IPv4. a. 111.56.045.78 b. 221.34.7.8.20 c. 75.45.301.14 d. 11100010.23.14.67 Solução a. Não deve existir nenhum zero não significativo (045). b. Não podem existir mais de quatro números em um endereço IPv4. c. Cada número precisa ser menor ou igual a 255 (301 se encontra fora desse intervalo). d. Uma mistura de notação binária e notação decimal pontuada não é permitida. SEÇÃO 19.1 ENDEREÇOS IPv4 551 552 CAPÍTULO 19 CAMADA DE REDE: ENDEREÇAMENTO LÓGICO Endereçamento com Classes O endereçamento IPv4, em seu início, usava o conceito de classes. Essa arquitetura é chamada endereçamento com classes. Embora essemétodo esteja se tornando obsoleto, falaremos rapi- damente sobre ele aqui para mostrar o conceito por trás do endereçamento sem classes. No endereçamento com classes, o espaço de endereços é dividido em cinco classes: A, B, C, D e E. Cada classe ocupa alguma parte do espaço de endereços. No endereçamento com classes, o espaço de endereços é dividido em cinco classes: A, B, C, D e E. Podemos encontrar a classe de um endereço quando for dado o endereço, na notação binária ou na notação decimal pontuada. Se o endereço for dado em notação binária, alguns poucos bits, logo de início, podem nos informar imediatamente a classe do endereço analisado. Se o endere- ço for dado em notação decimal pontuada, o primeiro byte define a classe. Ambos os métodos são ilustrados na Figura 19.2. Figura 19.2 Encontrando as classes nas notações binária e decimal pontuada a. Notação binária b. Notação decimal pontuada Primeiro byte Terceiro byte Segundo byte Quarto byte 0 10 110 1110 1111 Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E Terceiro byte Segundo byte Quarto byte Primeiro byte Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E 0–127 128–191 192–223 240–255 224–239 Exemplo 19.4 Encontre a classe de cada um dos endereços a seguir. a. 00000001 00001011 00001011 11101111 b. 11000001 10000011 00011011 11111111 c. 14.23.120.8 d. 252.5.15.111 Solução a. O primeiro bit é 0. Trata-se de um endereço classe A. b. Os dois primeiros bits são 1; o terceiro bit é 0. Trata-se de um endereço de classe C. c. O primeiro byte é 14 (entre 0 e 127); a classe é A. d. O primeiro byte é 252 (entre 240 e 255); a classe é E. Classes e Blocos Um problema com o endereçamento com classes é que cada classe é dividida em um número fixo de blocos, cada bloco tendo um tamanho fixo, conforme mostrado na Tabela 19.1. Tabela 19.1 Número de blocos e tamanho dos blocos no endereçamento IPv4 com classes Classe Número de Blocos Tamanho do Bloco Aplicação A 128 16.777.216 Unicast B 16.384 65.536 Unicast C 2.097.152 256 Unicast D 1 268.435.456 Multicast E 1 268.435.456 Reservado Examinemos a tabela. Anteriormente, quando uma organização solicitava um bloco de endereços, ela recebia um de classe A, B ou C. Os endereços classe A eram designados a gran- des organizações com um grande número de hosts ou roteadores conectados. Os endereços de classe B destinavam-se às organizações de médio porte com dezenas de milhares de hosts ou roteadores conectados. Já os endereços de classe C destinavam-se a pequenas organizações com um pequeno número de hosts ou roteadores conectados. Podemos notar uma falha nesse esquema. Um bloco em um endereço classe A é muito grande para praticamente qualquer organização. Isso significa que a maioria dos endereços na classe A era desperdiçada e não era usada. Um bloco na classe B também é muito grande, provavelmente muito grande para muitas das organizações que recebiam um bloco classe B. Um bloco na classe C, certamente, era muito pequeno para muitas organizações. Os endereços classe D foram projetados para multicast, como veremos em um capítulo futuro. Cada endere- ço nessa classe é usado para definir um grupo de hosts na Internet. Os provedores de Internet previram erroneamente a necessidade de 268.435.456 grupos. Isso jamais aconteceu e muitos endereços também foram desperdiçados nesse caso. E, finalmente, os endereços classe E eram reservados para uso futuro; apenas um pequeno número foi utilizado, resultando, mais uma vez, em desperdício de endereços. No endereçamento com classes, grande parte dos endereços disponíveis era desperdiçada. Netid e Hostid No endereçamento com classes, um endereço IP na classe A, B ou C é dividido em netid e hostid. Essas partes são de comprimentos variáveis, dependendo da classe do endereço. A Figura 19.2 mostra alguns bytes netid e hostid. O netid está indicado em cores; o hostid, em branco. Observe que o conceito não se aplica às classes D e E. Na classe A, um byte define o netid e três bytes definem o hostid. Na classe B, dois bytes definem o netid e dois bytes definem o hostid. Na classe C, três bytes definem o netid e um byte define o hostid. Máscara Embora o comprimento do netid e hostid (em bits) seja predeterminado no endereçamento com classes, também podemos usar uma máscara (chamada máscara-padrão), um número SEÇÃO 19.1 ENDEREÇOS IPv4 553 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do professor Uma das principais regras de endereçamento IP refere-se à máscara de redes, em que normalmente devemos manter a mesma máscara para todos os dispositivos na rede. O detalhe é que é possível manter dispositivos com máscaras de redes diferentes na mesma rede IP, desde que respeitem a hierarquia da rede, que é o que você verá na dica do professor de hoje. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/bec3d352177e09385869b166b60578b4 Exercícios 1) A partir da rede IPv4 192.168.0.0/16, podemos ter 65.536 endereços IPs. Esse resultado se dá a partir da multiplicação das 256 combinações possíveis do terceiro octeto com as 256 combinações do quarto octeto. Entretanto, desse total de endereços, temos de desconsiderar dois deles que não podem ser utilizados para endereçar dispositivos. Um desses endereços que não podem ser utilizados refere-se à identificação da rede, e tem o (zero) nos seus últimos octetos. Analise as alternativas e marque aquela que expõe o próximo endereço que não pode ser utilizado e sua respectiva função nessa rede. A) a) 192.168.0.255, que representa o endereço de broadcast. B) b) 192.168.255.255, que representa o endereço de gateway da rede. C) c) 192.168.0.1, que representa o endereço de gateway da rede. D) d) 192.168.1.254, que representa o endereço de broadcast da rede. E) e) 192.168.255.255, que representa o endereço de broadcast da rede. 2) Os endereços IPv4 na internet estão se esgotando, porém uma das funcionalidades que auxiliou na manutenção dessa versão de endereçamento IP por um longo período foi o uso de NAT (tradução de endereços de rede). Assinale a alternativa que expõe corretamente a função do NAT. A) a) O NAT tem a função de atribuir automaticamente os endereços IP em uma rede. B) b) O NAT tem a função de definir a rota que será utilizada para entrega de pacotes na internet. C) c) O NAT tem a função de traduzir endereços IP privados em endereços públicos de internet. D) d) O NAT tem a função de traduzir os endereços de broadcast da rede em endereços unicast. E) e) O NAT tem a função de traduzir o endereço IP da forma decimal para a forma binária. A utilização de sub-redes permite que uma rede IPv4 possa ser dividida em blocos de endereços lógicos. Essa é uma alternativa utilizada pelos provedores de internet para minimizar o desperdício de endereços IP na internet. Essa divisão se dá a partir da alteração da máscara de rede que define a quantidade de redes em que um bloco original foi dividido e, da mesma forma, a quantidade de endereços IP em cada uma das redes. Um exemplo de 3) divisão de rede seria uma máscara /31 que no formato decimal representa a máscara de rede 255.255.255.254. Apesar de esse exemplo estar correto, na prática ele não poderia ser utilizado em uma rede, por quê? A) a) Com uma máscara /31 temos a divisão de 31 redes, porém, visto que um endereço IPv4 tem 32 bits, essa divisão deve ser de 32 redes. B) b) Com uma máscara /31 teremos quatro endereços IP disponíveis para hosts, e essa quantidade é insuficiente para uma rede. C) c) Com uma máscara /31 teremos apenas dois endereços IP disponíveis para a rede, um para identificação da rede e outro para endereçar o gateway dessa rede. D) d) Com uma máscara /31 teremos apenasdois endereços IP disponíveis, dessa forma, um deles será a identificação da rede e o outro a identificação de broadcast dessa rede. E) e) Com uma máscara /31 teremos apenas dois endereços IP disponíveis, dessa forma, um deles será a identificação da rede e o outro a identificação de multicast dessa rede. 4) Determinada rede de computadores possui seu endereçamento IP com o seguinte bloco: 10.0.0.0/8. Um dos servidores dessa rede possui o endereço 10.0.10.1/8. Identifique, entre as alternativas abaixo, o endereço IP que não poderia ser utilizado para endereçar um host na rede, sendo que este host tem a necessidade de acessar recursos desse servidor. A) a) IP: 10.1.10.1. Máscara: 255.0.0.0. B) b) IP: 10.0.10.10. Máscara: 255.255.0.0. C) c) IP: 10.10.10.1. Máscara: 255.0.0.0. D) d) IP: 10.0.100.1. Máscara: 255.0.0.0. E) e) IP: 10.1.10.10. Máscara: 255.255.0.0. 5) Com o esgotamento dos endereços IPv4, já estão sendo utilizados pelos provedores de internet os endereços IPv6, que permitirá uma quantidade significativamente maior de endereços IP na internet. Analise as alternativas e assinale aquela que expõe corretamente as principais diferenças entre os conceitos de IPv4 e IPv6. A) a) Os endereços IPv4 são compostos por 32 bits e são representados no formato hexadecimal, enquanto os endereços IPv6 são compostos por 128 bits e são representados no formato decimal. B) b) Os endereços IPv4 são compostos por 32 bits e são representados no formato decimal, enquanto os endereços IPv6 são compostos por 64 bits e são representados no formato hexadecimal. C) c) Os endereços IPv4 são compostos por 64 bits e são representados no formato decimal, enquanto os endereços IPv6 são compostos por 128 bits e são representados no formato hexadecimal. D) d) Os endereços IPv4 são compostos por 32 bits e são representados no formato decimal, enquanto os endereços IPv6 são compostos por 128 bits e são representados no formato hexadecimal. E) e) Os endereços IPv4 são compostos por 32 bits separados em 4 octetos, enquanto os endereços IPv6 são compostos por 48 bits separados em 6 octetos. Na prática Os provedores de internet utilizam uma técnica chamada de subnetagem ou divisão de endereços lógicos. Essa técnica pode também organizar as redes corporativas em setores por meio de seus endereços IP. Vamos analisar uma rede padrão classe C, que tem 24 bits na sua máscara de rede. Com a técnica de divisão de sub-redes, podemos dividir essa rede com um número menor de endereços IPs, porém mantendo seu bloco principal. Observe que a rede original foi dividida em duas redes, ambas com 128 endereços e a mesma máscara de redes. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Cálculo de Sub-Redes. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O que é o IPV6, em português claro. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/watch?v=7tUEHsQR9ak https://www.youtube.com/watch?v=_JbLr_C-HLk&feature=youtu.be Subredes Apresentação Uma sub-rede é uma subdivisão lógica de IP de uma rede. O uso de sub-redes ajuda a reduzir o tráfego, oculta a complexidade da rede, além de facilitar as manutenções na rede. O endereço IP é um endereço com informações sobre como acessar um host específico. Em relação ao endereçamento IP, há duas versões de protocolo: o IPv4, que define um endereço IP como um número de 32 bits, e o IPv6, que surgiu devido ao crescimento da Internet e ao esgotamento de endereços IPv4, usando 128 bits para o endereço IP. As subdivisões de rede ocorrem em cima dos endereços IP com aplicação de máscaras e sub-redes. No caso do IPv4, que é composto por 4 octetos, essas máscaras são divididas em 5 classes. No entanto, apenas as classes A, B e C permitem a configuração de um variado número de redes com diferentes tamanhos. Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre a importância da subdivisão de redes IPv4 e verá como realizar o cálculo de sub-redes classes A, B e C e como diferenciar a subdivisão de redes IPv6. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os conceitos e a importância da subdivisão de redes IPv4. • Explicar o cálculo de sub-redes classes A, B e C.• Diferenciar a subdivisão de redes IPv6. • Desafio A Internet permite o crescimento acelerado de qualquer empresa, desde que consiga estabelecer uma comunicação bem configurada, com o maior grau de conexões e com o menor número possível de perda de dados ou desperdício de endereços. Por isso, a empresa contrata você, que, com a finalidade de compreender melhor o funcionamento das sub-redes, deve: a) Identificar, para esse cenário do IPv4, qual a máscara de IP mais adequada ao contexto e quais seriam as redes para esse problema; b) Para o IPv6 apresentado, identificar a melhor distribuição para a quantidade de redes solicitada. Infográfico Sub-redes é a técnica de particionar uma rede grande em redes menores. Por sua vez, a super-rede é o método usado para combinar intervalos menores de endereços em um espaço maior. Essas duas técnicas são usadas para aumentar a disponibilidade e reduzir o esgotamento dos endereços IP. Embora essas técnicas não tenham sido capazes de eliminar o problema, certamente diminuíram a taxa de esgotamento de endereços. Confira, no Infográfico a seguir, um comparativo entre essas duas técnicas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/dc8ce24c-165e-4244-8a63-22ddc0d36770/92ee5279-dc07-4a29-b6a4-c27ae1ed2883.jpg Conteúdo do livro A Internet, desde sua criação, sob um modelo padrão OSI e sua implementação do TCP/IP adotada pelo IPv4, sempre se mostrou consistente. Seu crescimento global acabou mostrando que essa versão de estrutura necessitava de uma atualização, dado o crescimento de conteúdos em tempo real, muito em decorrência das mídias sociais e do número de IPs públicos, que, com o crescimento de empresas no mundo, tem-se tornado cada vez menor. Mesmo que o IPv4 apresente algumas limitações, foram aplicadas algumas técnicas para tentar minimizar esse problema, como a aplicação do NAT ou até mesmo de redes em CIDR em vez de classes (A, B, C). No capítulo Sub-redes, da obra Arquitetura TCP/IP II, você verá conceitos e exemplos da utilização do IPv4, suas classes em CIDR e como funciona a criação de sub-redes com o IPv6, assim como algumas diferenças entre as duas versões. Boa leitura. ARQUITETURA TCP/IP II Rafael Albuquerque Sub-redes Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer os conceitos e a importância da subdivisão de redes IPv4. Explicar o cálculo de sub-redes classes A, B e C. Diferenciar a subdivisão de redes IPv6. Introdução Quando se divide uma rede em redes menores, é criado um conjunto de sub-redes, ou seja, trata-se de uma subdivisão lógica de uma rede IP. A criação dessas sub-redes torna a manutenção da rede mais fácil, uma vez que esta passa a ficar dividida em pequenos grupos. Essa divisão proporciona um tráfego reduzido e melhor desempenho da rede. As sub-redes são criadas a partir dos endereços IP das redes. Para o IPv4, as redes também podem ser caracterizadas usando uma máscara de sub-rede, que é um número de 32 bits (quatro octetos representados no formato decimal) que mascara um endereço IP e o divide em endereço de rede (que identifica o endereço de toda a rede) e endereço de host (que identifica uma máquina específica). Geralmente, essas máscaras são divididas em três classes: classe A, B e C. Neste capítulo, você vai estudar os conceitos e a importância das subdivisões de redes IPv4. Vai ver ainda como realizar os cálculos das sub-redes de classesA, B e C, assim como as diferenças da subdivisão de rede IPv4 em relação à subdivisão de rede IPv6. 1 Subdivisão de redes IPv4 O endereçamento IP é, com certeza, o maior responsável por toda interconexão em rede. Conforme Kurose e Ross (2013), um computador hospedeiro possui apenas um enlace com a rede (um endereço MAC associado ao endereço IP). Logo, quando o IP desse hospedeiro envia alguma mensagem ou datagrama, ele realiza o envio por meio desse enlace. O meio físico que interconecta o hospedeiro é denominado interface. Em uma rede composta por roteadores e interfaces de conexão, os primeiros rece- berão datagramas em um enlace e os repassarão a outro enlace, percorrendo várias interfaces. Portanto, um roteador tem múltiplas interfaces — uma para cada enlace. Como todos os hospedeiros e roteadores podem enviar e receber datagramas IP, esse protocolo exige que cada interface tenha o seu próprio endereço IP. Desse modo, um endereço IP está tecnicamente relacionado a uma interface, e não a um hospedeiro ou roteador que contém aquela interface. Segundo Forouzan e Fegan (2010), o IPv4 (Internet Protocol version 4) é o mecanismo de entrega de datagramas sem conexão e não confiável usado pelos protocolos TCP/IP, uma vez que não fornece mecanismos de controle de erros ou de fluxo, exceto pela detecção de erros no cabeçalho. Embora variem na casa dos quatro bilhões (calcule 232), os endereços IP possuem comprimento de apenas 32 bits, o que equivale a quatro bytes. Normalmente, a sua escrita é feita em notação decimal, o que forma quatro octetos. Conforme o exemplo 11.10.2.1, o primeiro octeto “11” corresponde ao conjunto binário de “00001101”; o segundo octeto “10” equivale a “00001010”; o octeto “2” equivale a “00000010”; por fim, “1” equivale a “00000001”. Conforme Kurose e Ross (2013), o endereço IP é exclusivo de cada hospe- deiro e roteador na internet, e não pode ser determinado de qualquer forma. Por isso, uma parte do endereço IP de uma interface será determinado pela sub-rede à qual ela está conectada. Para ilustrar o endereçamento IP e as suas interfaces, a Figura 1 traz um exemplo. Observe que o roteador se conecta a três interfaces de hospedeiros, o que forma uma sub-rede — ou três tipos de redes diferentes — que, para esse cenário, tem o endereço 223.1.1.0/24. A notação /24 é conhecida como máscara de sub-rede, na qual os 24 bits mais à esquerda definem o endereço da sub-rede. Logo, a sub-rede 223.1.1.0/24 possui três interfaces de hospedeiros (223.1.1.1, 223.1.1.2 e 223.1.1.3) e uma interface de roteador (223.1.1.4). Sub-redes2 Figura 1. Endereço IP de interfaces e sub-redes. Fonte: Adaptada de Kurose e Ross (2013). Para aproveitar melhor a capacidade de endereçamento de IPs, em geral se usa a técnica de roteamento interdomínio sem classes (CIDR), que generaliza a lógica de endereçamento de sub-redes. Nessa técnica, o endereço de 32 bits é dividido em duas partes, na forma “a. b. c. d/x”, em que “x” indica o número de bits da primeira parte do endereço — ou o endereço da rede. Já os bits restantes são responsáveis por distinguir os equipamentos e dispositivos de uma organização, dado que todos eles têm o mesmo prefixo de rede. Cada sub-rede em IPv4 é determinada conforme o destaque de cada inter- face, seja referente ao hospedeiro ou ao roteador, formando grupos menores de redes com interfaces fechando as terminações das redes isoladas. A Figura 2 apresenta um exemplo de sub-redes interconectadas. 3Sub-redes Figura 2. Roteadores interconectando sub-redes. Fonte: Adaptada de Kurose e Ross (2013). Numa sub-rede de classe /24 ou classe C (máscara 255.255.255.0) com um endereço IP 192.168.1.X, restam oito bits, que serão utilizados para calcular o número de hospedeiros dessa rede, resultando em 256 (28) endereços possíveis. Porém, dois desses endereços não são válidos para endereçamento de interfaces. O primeiro é o endereço que define a rede (192.168.1.0), e o último é o endereço de broadcast (192.168.1.255). Logo, esses dois endereços não podem ser atribuídos. Sub-redes4 2 Sub-redes classes A, B e C Em relação à capacidade de dispositivos em uma rede, as classes permitem a confi guração de um número variado de redes com tamanhos distintos. Para acomodar diferentes tamanhos de redes físicas, o espaço de endereços IPv4 é dividido em cinco classes de endereços, denominadas classes A, B, C, D e E. Cada classe adota uma posição diferente, a fi m de delimitar o prefi xo de rede e o identifi cador de estação (ELIAS; LOBATO, 2013). De acordo com Forouzan e Fegan (2010), há duas notações que podem ser usadas para identificar a qual classe determinado endereço pertence: a notação binária e a notação decimal pontual. Quando um endereço é dado em notação binária, é possível utilizar os primeiros bits para identificar a sua classe; quando é uma notação decimal pontuada, basta o primeiro byte para definir a classe do endereço. A Figura 3 ilustra as classes de endereços IPv4, cuja distinção é realizada por um código fixo associado a cada classe, tanto na notação binária como na decimal pontuada. Figura 3. Identificação das classes: (a) Notação binária; (b) Notação decimal pontuada. Fonte: Adaptada de Forouzan e Fegan (2010). Apesar de serem divididas em cinco classes, apenas as classes A, B e C permitem a configuração de várias redes com tamanhos diferentes, como ilustra a Figura 4. Os endereços de classe D são usados para suportar endereçamento multicast; e os endereços de classe E não são utilizados na prática, sendo reservados para uso experimental (ELIAS; LOBATO, 2013). 5Sub-redes Figura 4. Capacidade de redes e estações de cada classe de endereços IPv4. Fonte: Elias e Lobato (2013, p. 81). Endereços classe A Nos endereços de classe A, os oito primeiros bits identifi cam a rede, enquanto os outros 24 bits identifi cam a estação. Assim, podemos concluir que o total de redes de classe A é de 27 (o primeiro bit do prefi xo de rede sempre é igual a 0), com até 224 estações em cada rede (ELIAS; LOBATO, 2013). A máscara padrão dessa classe é 255.0.0.0, tendo um conjunto de endereços que vão de 1.0.0.0 até 127.0.0.0, em que o primeiro octeto representa o endereço da rede, e os octetos restantes identifi cam determinado host. Endereços de classe A suportam poucas redes, mas cada uma pode ser muito grande. Classe Binária Decimal pontuada A 11111111 00000000 00000000 00000000 255.0.0 Fonte: Adaptada de Forouzan e Fegan (2010). Endereços classe B Nos endereços de classe B, os 16 primeiros bits representam o prefi xo de rede, e os outros 16 bits representam o identifi cador da estação. Nesse caso, o total de redes de classe B é de 214 (os dois primeiros bits do prefi xo de rede são fi xados em 10), com até 216 estações em cada rede (ELIAS; LOBATO, 2013). A máscara padrão dessa classe é 255.255.0.0, tendo um conjunto de endereços que vão de 128.0.0.0 até 191.255.0.0, em que os dois primeiros octetos representam o endereço da rede, e os octetos restantes identifi cam determinado host. Endereços de classe B suportam um número mediano de redes com tamanhos relativamente grandes. Sub-redes6 Classe Binária Decimal pontuada B 11111111 11111111 00000000 00000000 255.255.0.0 Fonte: Adaptada de Forouzan e Fegan (2010). Endereços classe C Nos endereços de classe C, há 24 bits que identifi cam a rede, e apenas 8 bits que identifi cam a estação. Assim, a quantidade de redes de classe C é de, no máximo, 221 (os três primeiros bits do prefi xo de rede são fi xados em 110), com até 28 estações em cada rede (ELIAS; LOBATO, 2013). A máscara padrão dessa classe é 255.255.255.0, tendo um conjunto de endereços que vão de 192.0.0.0 até 223.255.255.0, em que os três primeiros octetos representam o endereço da rede, e o octeto restante identifi ca determinado host. Endereços classe C suportam um grande número de redes pequenas. Classe Binária Decimal pontuada C 11111111 11111111 11111111 00000000255.255.255.0 Fonte: Adaptada de Forouzan e Fegan (2010). 3 Subdivisão de redes IPv6 Mesmo que o IPv4 tenha disponibilizado uma comunicação ponto a ponto entre os sistemas da internet desde os anos de 1970, a comunicação de dados evoluiu desde o seu nascimento. Isso resultou no aparecimento de algumas limitações: apesar da implementação de técnicas CIDR e NAT, o esgotamento ainda é um problema; o uso de streams e áudio em tempo real não foi previsto no seu projeto original; com o aumento do poder computacional, alavancou-se a procura por sistemas mais seguros, e não são oferecidos recursos de criptografia ou autenticação. 7Sub-redes Segundo Forouzan e Fegan (2010), as limitações apresentadas pelo IPv4 foram superadas com a implantação de um novo padrão denominado Inter- networking Protocol version 6 — ou somente IPv6. Nesse modelo, o IP foi completamente alterado, de modo a comportar o crescimento não previsto da internet. Isso acarretou mudanças no formato de datagramas e em protocolos de rede (por exemplo, ICMP, ARP, RARP e IGMP), bem como nos protocolos de roteamento RIP e OSPF, que foram ligeiramente alterados. Além disso, a quantidade de IPs disponíveis é exorbitante. Como o compri- mento dele é de 128 bits, ao contrário do IPv4, de apenas 32, o IPv6 acomoda mais de 340 undecilhões de endereços possíveis. Formato dos datagramas No IPv6, cada pacote de dados é composto por um cabeçalho base e um payload, conforme você vê na Figura 5. O payload é composto por cabeçalhos de extensão opcionais e dados da camada superior. Já o cabeçalho base ocupa 40 bytes, de modo que os cabeçalhos de extensão e os dados da camada superior contenham até 65.535 bytes de informação. Figura 5. Cabeçalho e payload do IPv6. Fonte: Adaptada de Forouzan e Fegan (2010). Os campos que compõem um cabeçalho do IPv6 são os seguintes (FO- ROUZAN; FEGAN, 2010): versão – campo de quatro bits que define o número da versão do IP; prioridade – campo de quatro bits que define a prioridade do pacote em situações de congestionamento de tráfego; Sub-redes8 flow label – campo de três bytes (24 bits) que se destina a oferecer tratamento especial para determinado fluxo de dados; comprimento do payload – campo de dois bytes que define o compri- mento do datagrama IP, excluindo o cabeçalho base; next header – campo de oito bits que aponta para o próximo cabeçalho após o cabeçalho base em um datagrama; limite de saltos – campo de oito bits que atende ao mesmo objetivo do campo TTL no IPv4; endereço de origem – endereço internet de 16 bytes (128 bits) que identifica a fonte de origem do datagrama; endereço de destino – endereço internet de 16 bytes (128 bits) que normalmente identifica o endereço de destino do datagrama. Veja na Figura 6 os formatos dos pacotes no IPv6. Figura 6. Formato dos pacotes do IPv6. Fonte: Adaptada de Forouzan e Fegan (2010). 9Sub-redes Estrutura do IPv6 Assim como o IPv4, existem no IPv6 blocos de quantidades de bits. A nova versão do protocolo é constituída por oito blocos de 16 bits, e cada bloco possui uma divisão feita por dois-pontos (:). Cada grupo de 16 bits — chamado de deca-hexateto ou duocteto — possui quatro símbolos hexadecimais que podem variar de 0000 a FFFF. Como a sua nomenclatura é longa, algumas regras de nomenclatura foram definidas. Uma delas é que zeros à esquerda, em cada duocteto, podem ser omitidos. Logo, 2001:0CB8:00FD:000E:0000:0000:0000:0010 pode ser re- presentado por 2001:CB8:FD:E:0:0:0:10. Além disso, blocos vazios contínuos podem ser representados pelos caracteres “::” (quatro pontos) uma única vez dentro do endereço. Logo, 2001:0DB8:00AD:000F:0000:0000:0000:0001 pode ser representado por 2001:DB8:AD:F::1. Ainda conforme a sequência hexadecimal anterior, a sua rede e os seus hosts são identificados com a seguinte separação, conforme apresentado na Figura 7. Figura 7. Separação de rede e hosts na sequência hexadecimal do IPv6. Diferentemente das sub-redes de IPv4, em sub-redes na versão 6, não se costuma informar uma máscara, mas a notação bit count foi mantida. Cada posição em hexadecimal representa 16 combinações. É possível ainda segmen- tar a rede em blocos menores do que um múltiplo de quatro bits, tomando-se bits “emprestados” da porção de hospedeiros. Veja no Quadro 1 a tabela de conversão de binário para hexadecimal. Sub-redes10 Decimal (base 10) Binário (base 2) Hexadecimal (base 16) 0 1 2 3 0000 0001 0010 0011 0 1 2 3 4 5 6 7 0100 0101 0110 0111 4 5 6 7 8 9 10 11 1000 1001 1010 1011 8 9 A B 12 13 14 15 1100 1101 1110 1111 C D E F Quadro 1. Tabela de conversão de binário para hexadecimal Conforme o Quadro 1, cada símbolo hexadecimal possui quatro bits, que permitem escrever qualquer valor entre 0 (0000) e F (1111). Cada bit que compõe um símbolo hexadecimal possui determinado valor posicional (23, 22, 21 e 20 ou 8, 4, 2 e 1, respectivamente), ou seja, conforme você vê na Figura 8, para a sequência de bits 0DB8, cada elemento terá um valor posicional. Figura 8. Valor posicional de cada bit da sequência em hexadecimal. 11Sub-redes Quando aumentamos o tamanho do prefixo da rede avançando sobre os bits de host, estamos criando blocos IP menores. Veja um exemplo para ilustrar o seu funcionamento. Suponha que uma empresa precise dividir o seu prefixo de rede em dois: 2001:0:BCAD::/48 - prefixo /48. Logo, seguindo a ideia de empréstimo de bits, observe a Figura 9. Figura 9. Criação de duas sub-redes a partir do empréstimo de bit. ELIAS, G.; LOBATO, L. C. Arquitetura e protocolo de rede TCP-IP. Rio de Janeiro: ESR, 2013. FOROUZAN, B. A.; FEGAN, S. C. Comunicação de dados e redes de computadores. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010. E-book. KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down. 6. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. Sub-redes12 Dica do professor A RFC 3531 sugere três métodos para realizar a ordenação da distribuição de endereços e blocos utilizando o protocolo IPv6. Os métodos são: leftmost, rightmost e centermost. Essa RFC tem como objetivo distribuir as sub-redes IPv6. Assista à Dica do Professor e conheça um simulador que ajuda no entendimento desses três métodos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/dd8339d1c6d47431f4c74c06b06cf81e Exercícios 1) Para acomodar diferentes tamanhos de redes físicas, o espaço de endereços IPv4 é dividido em cinco classes de endereços: classes A, B, C, D e E. Considerando a capacidade de dispositivos de uma rede, qual dessas classes pode conter 216 hots? A) Classe A. B) Classe B. C) Classe C. D) Classe D. E) Classe E. 2) É possível descobrir a classe de um endereço quando for dado o endereço na notação binária ou na notação decimal pontuada. Considere o seguinte endereço na notação binária: 11000001 10000011 00011011 11111111 Indique a qual classe pertence esse endereço. A) Classe A. B) Classe B. C) Classe C. D) Classe D. E) Classe E. 3) Para o IPv4, uma máscara de sub-rede é um número de 32-bit, ou seja, quatro octetos representados no formato decimal. Passe o endereço IPv4 da notação binária 11000001 10000011 00011011 11111111 para a notação decimal pontuada. A) 193.131.27.255. B) 129.11.11.239. C) 221.34.7.8.20. D) 111.56.45.78. E) 75.45.301.14. 4) A RFC 3531 sugere três métodos para realizar a ordenação da distribuição de endereços e blocos utilizando o protocolo IPv6. Quais desses algoritmos é considerado o mais simples para realizar essa distribuição? A) Centermost. B) Leftmost. C) Rightmost. D) Pesquisa binária. E) Algoritmo de roteamento de classe. 5) As máscaras de sub-redes são formadas por apenas dois valores: 0 e 255. Considerando as máscaras de sub-redes, qual a máscara de sub-redes de classe C? A) 255.255.255. B) 255.1.0.1.C) 255.0.0.0. D) 255.255.0.0. E) 255.255.255.0. Na prática Lidar com redes em grande escala, que agrupam várias sub-redes, é um desafio e exige ótima organização, para permanecer sempre com serviços ou aplicações ativos. Nesse sentido, entender como funciona a comunicação dessas sub-redes com o provedor central é importante para melhor gerenciar uma rede. Nesta Na Prática, conheça o funcionamento de uma organização que tem um link externo de um provedor e veja como as sub-redes se comportam. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/2215f46c-b7b2-4539-8d21-d671d8f864ac/42d9a4a4-90fa-49b1-8feb-101ef9ced84e.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Gerenciamento de mobilidade de fluxos IP em dispositivos com múltiplas interfaces Com diferentes tecnologias de rede sem fio, como Bluetooth, Wi-Fi e 3G, sendo implantadas para prover ubiquidade de acesso, é natural que a área de cobertura dessas redes se sobreponha em determinados lugares. Esta dissertação analisa as preferências do usuário, o contexto em que o dispositivo está inserido e os requisitos de cada fluxo que está sendo transmitido antes de decidir se será necessário executar uma mudança de interface, evitando, assim, reconfigurações desnecessárias. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. ESTUDO DE CASO TRANSIÇÃO DO PROTOCOLO IPv4 PARA IPv6 Leia aqui mais sobre este estudo de caso . Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://tede.ufam.edu.br/bitstream/tede/7677/8/Disserta%c3%a7%c3%a3o_FlavioAugustoMontenegroFilho_PPGI.pdf https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/055_estudo8.pdf Classless inter-domain rounting Apresentação O Classless Inter-Domain Routing (CIDR) foi introduzido nos anos de 1990 como uma melhora para a forma como o tráfego era conduzido pelas redes IP (Internet Protocol). Isso flexibilizou a divisão de endereços de IP, que era feita utilizando classes, melhorando a eficiência no uso dos endereços que eram cada vez mais escassos. Por meio do padrão CIDR, é possível definir redes com número de bits variável, o que no padrão de classes só era possível para os tamanhos 8, 16 e 24 bits. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender detalhes sobre o CIDR, que incluem desde conceitos básicos até a notação standard para o intervalo de endereços. Além disso, você vai conhecer outro benefício do CIDR, que é a agregação de prefixos, a qual reduz o número de rotas e previne a sobrecarga nas tabelas de roteamento dos roteadores. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Apresentar o conceito de Classless Inter-Domain Routing.• Reconhecer a notação standard para endereços CIDR.• Identificar a agregação de prefixos de roteamento.• Desafio O técnico de redes é o profissional responsável por instalar e configurar dispositivos de comunicação digital e programas de computador em dispositivos de rede. Ele também participa da implantação de projetos configurando diversos aspectos da rede, como, por exemplo, os endereços IP e as máscaras de sub-rede. Também é papel do técnico de redes estimar e indicar na configuração o tamanho de suas sub-redes. Imagine que uma vaga para técnico de redes esteja aberta em uma empresa de gestão de TI localizada em Varsóvia, na Polônia. Essa empresa é especializada em terceirizar a área de TI de outras empresas, tendo soluções que vão desde cabeamento estruturado até configuração e segurança de redes. Você se candidatou para a vaga e, após a primeira fase, foi chamado para uma entrevista presencial. Nessa fase, o gerente de redes e um administrador de infraestrutura de TI estavam presentes. Ambos citaram que trabalham em campo implementando sub-redes de tamanhos distintos e que isso era imprescindível para solucionar as demandas de outras empresas. Nessa linha, a primeira pergunta que eles fizeram foi em relação aos seus conhecimentos e experiências prévias. A segunda foi a pergunta a seguir: Dado o endereço de IP 192.168.60.55/20, qual é a máscara de sub-rede e quantos hosts é possível endereçar em uma dessas redes? Infográfico O endereço de IP identifica um host, ou seja, cada estação ou equipamento de rede deve ter um endereço diferente. Esse endereço é composto por 32 bits, sendo que a primeira parte dele é utilizada para representar a rede da qual o host faz parte, e a segunda parte identifica o host dentro da rede. A atribuição de endereços de IP pode acontecer de acordo com duas abordagens. Veja, no Infográfico, uma comparação entre as abordagens das classes de endereço de IP e CIDR. Além da descrição de cada abordagem, você verá a diferença na quantidade de endereços IP desperdiçados por cada uma. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9e44e66c-39d4-4bbb-b78e-d134a1549dd6/52ad518e-9d11-43df-962e-97d8d1794b2e.jpg Conteúdo do livro O roteamento e o endereçamento são peças fundamentais para o funcionamento de qualquer rede. Sem eles, não seria possível realizar a transmissão de dados em forma de pacotes, pois não haveria caminhos a serem utilizados até o destino do pacote. O primeiro método de endereçamento tinha ineficiências que esgotaram a disponibilidade de endereços IPv4 (Internet Protocol versão 4) mais rapidamente do que o esperado. Dessa forma, uma vez identificado o problema, foi criado um sistema padronizado conhecido como CIDR. O CIDR, que é o acrônimo para roteamento entre domínios sem classe, é um esquema de endereçamento IP que torna a alocação de endereços IP mais eficiente. No capítulo Classless Inter-Domain Routing, da obra Arquitetura TCP/IP II, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você verá uma apresentação do conceito de CIDR, deixando claro como ele ajudou a prolongar a disponibilidade de endereços IPv4 e a diminuir a tabela de roteamento dos roteadores. Além disso, você verá a notação de endereços padronizada proposta no CIDR. Por fim, aprenderá o conceito de agregação de endereços e os benefícios de sua utilização, além da sua contribuição para o funcionamento do sistema global de redes de computadores interligadas – Internet. Boa leitura. ARQUITETURA TCP/IP II Matheus da Silva Serpa Classless inter-domain routing Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Apresentar o conceito classless inter-domain routing. Reconhecer a notação standard para endereços CIDR. Identificar a agregação de prefixos de roteamento. Introdução O endereçamento IP (Internet Protocol; ou protocolo de internet, em português) é parte fundamental da internet. Por meio dele, os dispositivos que realizam o roteamento sabem para onde devem enviar os dados coletados. Entretanto, seu número de endereços disponíveis é limitado, e sua distribuição de forma não hierárquica pode levar a dificuldades para a conexão de rede. Neste capítulo, você estudará sobre o classless inter-domain routing (CIDR), uma técnica utilizada para distribuir endereços IP. Além disso, conhecerá a notação padronizada do CIDR. Por fim, conhecerá a técnica de agregação de prefixos/rotas, responsável por juntar os prefixos IP de diferentes tamanhos e fazer as tabelas de roteamento nos roteadores serem menores e mais eficientes. 1 Conceito de CIDR A alocação de endereços IP é um problema que tem sido tratado por meio do uso de diversas técnicas, como, por exemplo, a construção de sub-redes de forma organizada. Entretanto, o uso somente da abordagem de sub-redes, embora a alocação destas siga práticas preestabelecidas, acarretará um pro- blema: as tabelas deroteamento serão muito grandes. Os equipamentos que se localizam no extremo das redes (conhecido como borda da rede), responsáveis pela realização do roteamento, precisam ter mapeado todos os endereços das sub-redes para que a comunicação ocorra de forma correta. Em contrapartida, para a realização do roteamento fora da rede, utiliza-se uma regra de enca- minhamento padrão para enviar os pacotes até o fornecedor do acesso, o ISP (Internet Service Provider; ou Provedor de Serviço Internet, em português), que conecta a rede (pertencente a alguma organização) à internet. Dentro do ISP, os roteadores precisam ter mapeado a rota até o destino que foi solicitado. Esses roteadores, conhecidos como roteadores de núcleo, têm mapeadas milhares de rotas, chegando à casa de milhões, gerando uma tabela de roteamento muito grande. Desse modo, o trabalho de match (conferir o endereço) realizado nessas tabelas torna-se custoso, uma vez que cada pacote enviado precisa ser conferido. Além disso, em ISPs considerados grandes, milhões de pacotes são enviados por segundo. Para diminuir o tamanho das tabelas de roteamento, utiliza-se uma técnica conhecida como agregação de rota, que combina vários prefixos IP, que podem ou não possuir diferentes tamanhos, em um único prefixo maior (TANENBAUM; WETHERALL, 2011). Quando a agregação é estabelecida, os endereços IP estão contidos em prefixos com tamanhos variáveis, e cada roteador deve gerenciar a informa- ção de prefixos que possui. Essa é a estratégia de endereçamento utilizada para que a internet funcione, conhecida como classless inter-domain router (CIDR). O CIDR tem a função de generalizar a visão do endereçamento nas sub-redes. Um endereço CIDR se parece com um endereço IP normal, entretanto, ele utiliza uma barra no final, seguida por um número, chamado de prefixo IP. Por exemplo, considere um bloco de endereços composto por 8.192 IPs, disponível a partir do endereço 192.24.0.0, que será dividido em três universidades (KUROSE; ROSS; ZUCCHI, 2013). A Universidade de Cambridge solicita 2.048 endereços, e os recebe de 19.24.0.0 até 192.24.7.255, com máscara de rede 255.255.248.0. Em se- guida, a Universidade de Oxford requisita 4.096 endereços, e os recebe de 192.24.16.0 até 192.24.31.255, com máscara 255.255.240.0. Por fim, a Uni- versidade de Edimburgo requisita 1.024 endereços, e os recebe de 192.24.8.0 até 192.24.11.255, com máscara de rede 255.255.252.0. Essas atribuições de endereços estão dispostas no Quadro 1. Os roteadores de núcleo recebem os endereços das três redes, e os roteadores próximos às universidades podem necessitar enviar pacotes para uma interface de saída diferente para cada Classless inter-domain routing2 um dos endereços. Assim, faz-se necessária uma entrada para cada ende- reço nas tabelas de roteamento. A Figura 1 demonstra como o roteador de Londres interconecta as três universidades (três endereços) (TANENBAUM; WETHERALL, 2011). Fonte: Adaptado de Tanenbaum e Wetherall (2011). Universidade Primeiro endereço Último endereço Quantidade Prefixo Cambridge 192.24.0.0 192.24.7.255 2.048 192.168.0.0/21 Edimburgo 192.24.8.0 192.24.11.255 1.024 192.24.8.0/22 Oxford 192.24.16.0 192.24.31.255 4.096 192.24.16.0/20 Disponível 192.24.12.0 192.24.15.255 1.024 192.24.12.0/22 Quadro 1. Atribuições dos endereços IP para três universidades Na Figura 1, observa-se os três prefixos das universidades vistas por um roteador distante, localizado em Nova Iorque. Primeiro, os três endereços devem ser enviados do roteador de Nova Iorque para o de Londres. O rote- ador de Londres verifica essa requisição e agrega os três endereços em um (192.24.0.0/19), enviando-o para o roteador de Nova Iorque. Esse endereço agregado possui um range de 8 mil endereços, com as três universidades inclusas e os endereços não alocados. Dessa forma, por meio da utilização da agregação, três endereços foram reduzidos a um, reduzindo as entradas na tabela de roteamento do roteador de Nova Iorque. Além disso, o processo de agregação é realizado automaticamente, sem a interação de um administrador. Outro fato a ser destacado é que os endereços podem se sobrepor. Assim, a regra padrão utilizada para o envio dos pacotes é que estes sejam direcionados para a rota mais específica ou que possua o maior endereço combinado e tenha menos IPs. A utilização do maior endereço combi- nado oferece uma maior flexibilidade (TANENBAUM; WETHERALL, 2011). 3Classless inter-domain routing Figura 1. Agregação de endereços IP. Fonte: Adaptada de Tanenbaum e Wheterall (2011). 2 Notação dos endereços CIDR Antes da utilização do CIDR, o esquema de endereçamento IP era realizado em classes com tamanhos específi cos, sendo a classe A com 8 bits (/8 = 224 – 2 = 16.777.216 endereços), B com 16 bits (/16 = 216 – 2 = 65.534 endereços) e C com 24 bits (/24 = 28 – 2 = 254 endereços). Entretanto, a utilização de classes foi logo vista como um problema, devido ao desperdício de endere- ços. Por exemplo, uma organização que necessita de 2.000 endereços seria atendida pela classe B. Entretanto, a classe B possui a disposição 65.534 endereços, e, dessa forma, quase 63.000 endereços seriam alocados devido à utilização da classe, mas permaneceriam sem ser utilizados (KUROSE; ROSS; ZUCCHI, 2013). Então, o endereçamento com a utilização de classes foi migrado para prefixos sem classes, com o objetivo de corrigir o desperdício de endereços e tornar explícito quais bits, em um endereço IPv4 com 32 bits, são conhecidos como endereços de redes (prefixos) associados a um site e quais são utilizados para numerar sistemas finais individuais dentro do site. Na notação CIDR, um prefixo é mostrado com uma quantidade de 4 octetos, um endereço IPv4 ou número de rede tradicional, seguido pelo caractere "/" (barra), e por um valor decimal entre 0 e 32, que descreve o número de bits significativos (FULLER; LI, 2006). Classless inter-domain routing4 Por exemplo, a rede 172.16.0.0, pertencente à classe B, com uma máscara de rede 255.255.0.0, é definida como o prefixo 172.16.0.0/16. O "/ 16" indica que a máscara para extrair a parte da rede do prefixo é um valor de 32 bits, em que os 16 bits mais signifi- cativos são uns e os 16 bits menos significativos são zeros. Da mesma forma, o número de rede pertencente à classe C 192.168.99.0 é definido como o prefixo 192.168.99.0/24; os 24 bits mais significativos são uns e os 8 bits menos significativos são zeros. O uso de prefixos sem classe com comprimentos de prefixo explícitos permite uma correspondência muito mais flexível dos blocos de espaço de endereço, de acordo com a necessidade real. Antigamente, apenas três tamanhos de rede estavam disponíveis, porém, hoje, os prefixos podem ser definidos para descrever qualquer potência do bloco de dois tamanhos entre 1 e 232 endereços do sistema final. Na prática, o conjunto de endereços não alocado é administrado pela Internet Assigned Numbers Authority (IANA). A IANA faz alocações desse bloco para registros regionais da internet, conforme necessário. Essas alocações são feitas em blocos contíguos e alinhados por bits de 224 endereços (também conhecidos como prefixos 8). Os registros regionais da internet (RIRs), por sua vez, alocam ou atribuem blocos de endereços menores a registros locais da internet (LIRs) ou provedores de serviços da internet (ISPs). Essas entida- des podem fazer uso direto da atribuição (como seria comum no caso de um ISP) ou fazer sublocações adicionais de endereços para seus clientes. Essas atribuições de endereço RIR variam de acordo com as necessidades de cada ISP ou LIR. Por exemplo, um ISP grande pode receber um bloco de endereços de 217 endereços (prefixo a / 15), ao passo que um ISP menor pode receber um bloco de endereços de 211 endereços (prefixo a / 21). Observe que os termos “alocar” e “atribuir” têm um significado específico no sistema de registro de endereços da internet. Alocar refere-se à delegação de
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