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TCC - Lucas e Luiz 27 06

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA 
LUCAS GARCIA RIBEIRO SANTOS 
LUIZ AUGUSTO KOHLER ZANELLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES EM PRATICANTES DE FUTEBOL 
PROFISSIONAL E CORRIDA DE RUA: UMA REVISÃO NARRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palhoça 
2022 
LUCAS GARCIA RIBEIRO SANTOS 
LUIZ AUGUSTO KOHLER ZANELLA 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES EM PRATICANTES DE FUTEBOL 
PROFISSIONAL E CORRIDA DE RUA: UMA REVISÃO NARRATIVA 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Fisioterapia da 
Universidade do Sul de Santa Catarina, 
como requisito parcial à obtenção do título 
de Bacharel em Fisioterapia. 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Prof.ª. Daniela Dero Lüdtke, Dra. 
 
 
 
 
 
*Trabalho de conclusão de curso de graduação em fisioterapia da Universidade do 
Sul de Santa Catarina UNISUL/Pedra Branca - apresentado sob a forma de artigo 
científico. Este artigo será submetido para a Revista Nova Fisio (as normas da 
revista encontram-se anexadas neste documento). 
 CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES EM PRATICANTES DE FUTEBOL 
PROFISSIONAL E CORRIDA DE RUA: UMA REVISÃO NARRATIVA 
 
 
 
Lucas Garcia Ribeiro Santos1; Luiz Augusto Kohler Zanella1; Daniela Dero 
Lüdtke1* 
 
 
1Curso de Fisioterapia – Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, SC, 
Brasil. 
 
 
 
 
*Autor correspondente: 
Daniela Dero Lüdtke, PhD. 
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus Grande Florianópolis, Palhoça, Santa 
Catarina, Brasil. 
E-mail: daninha_ludtke@hotmail.com; daniela.ludtke@animaeducacao.com.br. 
 
 
Conflito de Interesse: Os autores declaram não haver conflitos de interesse. 
 
Fonte de Financiamento: O estudo não recebeu financiamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
Introdução: Mundialmente, o futebol de campo e a corrida de rua são modalidades 
esportivas bastante populares, praticados por milhares de atletas profissionais e 
amadores. E, apesar da popularidade, a prática dessas modalidades consiste em 
rápidos deslocamentos, mudanças bruscas de velocidade e direção e, particularmente 
no futebol, observa-se a associação de saltos, chutes e muito contato físico entre os 
jogadores, predispondo a sobrecarga mecânica e consequente ocorrência de lesões. 
Objetivo: Identificar as características das lesões mais frequentes na prática do 
futebol profissional e na corrida de rua. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa, 
com busca nas bases de dados Scielo, Google acadêmico e Pubmed, incluindo artigos 
publicados nos últimos 10 anos (2012 a 2022), através dos seguintes descritores tanto 
em português quanto em inglês: incidência de lesão, futebol, corrida de rua e 
fisioterapia. Resultados: Em relação ao futebol profissional, observou-se que a 
extremidade inferior foi a região mais acometida, sendo o estiramento e/ou distensão 
muscular o tipo de lesão mais comum e a região da coxa a área mais afetada. Já na 
corrida de rua, observou-se que as lesões articulares, envolvendo os membros 
inferiores, foram as mais comuns, afetando principalmente a articulação do joelho e o 
tornozelo. Quanto ao período de ocorrência dessas lesões, constatou-se que, no 
futebol profissional, ocorreu durante as competições, enquanto na corrida de rua, ao 
longo dos treinos. Conclusão: Apesar da popularidade e reconhecimento, tanto o 
futebol profissional quanto a corrida de rua resultam em número elevado de lesões, 
as quais acometem prioritariamente os membros inferiores, com destaque para as 
lesões do tipo muscular e articular envolvendo, respectivamente, a região da coxa e a 
articulação do joelho, fato este que demonstra a necessidade de intervenção, seja na 
prevenção ou no tratamento. 
 
Palavras-chave: Fisioterapia; Especialidade de Fisioterapia; Futebol; Corrida; Lesão. 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
 
Introduction: Worldwide, field soccer and street racing are very popular sports, 
practiced by thousands of professional and amateur athletes. Despite the popularity, 
the practice of these modalities consists of fast displacements, sudden changes of 
speed and direction and, particularly in soccer, the association of jumps, kicks, and a 
lot of physical contact between the players is observed, predisposing to mechanical 
overload and consequent occurrence of injuries. Objective: To identify the 
characteristics of the most frequent injuries in professional soccer and street racing. 
Methods: This is a narrative review, with a search in the Scielo, Google academic and 
Pubmed databases, including articles published in the last 10 years (2012 to 2022), 
using the following descriptors both in Portuguese and in English: injury incidence, 
football, street running and physical therapy. Results: Regarding professional soccer, 
it was observed that the lower extremity is the most affected region, with muscle strain 
and/or strain being the most common type of injury and the thigh region the most 
affected area. In street running, it was observed that joint injuries, involving the lower 
limbs, are the most common, affecting mainly the knee and ankle joints. As for the 
period of occurrence of these injuries, it was found that, in professional football, it 
occurs during competitions, while in street racing, during training. Conclusion: Despite 
the popularity and recognition, both professional football and street running result in a 
high number of injuries, which primarily affect the lower limbs, with emphasis on muscle 
and joint injuries involving, respectively, the thigh and thigh region. knee joint, a fact 
that demonstrates the need for intervention, whether in prevention or treatment. 
 
Keywords: Physiotherapy; Physiotherapy Specialty; Football; Running; Lesion. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nas últimas décadas, tem-se assistido a uma transformação sem precedentes 
no padrão de vida das sociedades humanas, cuja mecanização dos serviços, 
associado ao avanço tecnológico, resultou em diminuição progressiva das atividades 
físicas realizadas no trabalho, em casa e no lazer (MACEDO et al., 2003), o que 
demonstra necessidade urgente de intervenção, visando contribuir para o 
desenvolvimento de hábitos de vida mais saudáveis e isso envolve a prática regular 
de exercício físico. Vale ressaltar que um hábito de vida ativo, resulta em melhora na 
sensibilidade a insulina, assim como redução na quantidade de gordura corporal e nas 
concentrações de triglicerídeos, colesterol total, aumento da massa magra e 
mineralização óssea, ganho de potência aeróbia, capacidade antioxidante e redução 
da pressão arterial pós-exercício, ou seja, fatores importantes na melhora da 
qualidade de vida (PALUSKA, 2005). 
Dentre as possibilidades de atividade física, a corrida ocupa um lugar de 
destaque, pois combina prazer com promoção da saúde, sendo considerada um meio 
para manifestar a competitividade humana, a socialização e a experimentação 
(PULEO; MILROY, 2011). A busca pela prática da corrida de rua ocorre por diversos 
interesses e envolve desde a promoção da saúde, quanto aspectos relacionados a 
estética, integração social, redução do estresse e autoconhecimento, objetivando 
prazer e superação (SALGADO, 2016). Dessa forma, há aumento do número de 
corredores amadores e/ou recreacionais, como observado no estudo de Andersen e 
Nikolova (2019), os quais demonstraram um crescimento de, aproximadamente, 50% 
de adeptos a esta modalidade, no período de 2008 a 2018, referente a prática de 
corrida de maratona. Ademais, dados publicados no site da Federação Paulista de 
Atletismo, demostraram que o número de praticantes de corrida amadora aumentou, 
de 146.000 em 2014, para 922.870 em 2017. Em relação ao número de provas 
também houve aumento já que, em 2004, foram 107 provas ao longo do ano e, em 
2017, foram 435 eventos (FPA, 2017). 
Outra modalidade esportiva, popularmente conhecida e praticada é o futebol 
de campo,com pelo menos 200 mil atletas profissionais e 240 milhões de atletas 
amadores, envolvendo todas as faixas etárias e de ambos os sexos (PEDRINELLI; 
CUNHA, 2013). Atualmente, existem pelo menos 3.903 clubes profissionais em todo 
o mundo (201 países), com o México (266) liderando o ranking à frente do Brasil e da 
Turquia (FIFA, 2019). Como característica, os jogadores de futebol realizam 
movimentos constantes de salto, corrida com mudanças bruscas de velocidade e 
direção, chute e estão sujeitos a contato físico com outros jogadores (SILVA, 2018). 
Apesar de haver diversos benefícios relacionados a prática da corrida ou do 
futebol, tem-se observado uma elevada incidência de lesões no aparelho locomotor 
(PILEGGI et al., 2010). Especificamente sobre a corrida, essa alta incidência pode ser 
justificada pela falta de orientação profissional para a sua prática, assim como, pelo 
fato de que muitos corredores treinam de forma equivocada e, embora correr seja 
aparentemente fácil, deve-se ter o conhecimento aprofundado das várias 
especificidades envolvidas na prática desse esporte (FUZIKI, 2012). A respeito do 
futebol, observa-se que, além das necessidades ou exigências fisiológicas no esporte, 
outras causas podem estar associadas ao surgimento de lesões, como as condições 
físicas, a faixa etária, o gênero, o clima, as ferramentas utilizadas, o volume, a 
intensidade dos treinos e jogos, a motivação e as condições do local da prática 
(FONSECA et al., 2007), havendo estudos confirmando que o futebol é responsável 
por 50% a 60% de todas as lesões esportivas na Europa (SILVA et al., 2007). 
De maneira geral, toda atividade física gera sobrecarga em algum ponto do 
aparelho locomotor, assim como o aumento da prática esportiva também ocasiona um 
número crescente nas incidências das lesões (TORRES, 2004). Considerando a 
relevância clínica destas modalidades esportivas, associado ao fato de apresentar um 
número elevado de adeptos, assim como predisposição a diferentes tipos de lesões 
quando há falha no processo de preparo e acompanhamento da prática esportiva, 
sugere-se a necessidade de intervenção terapêutica, visando minimizar os dados e 
sobrecargas mecânicas a fim de favorecer o desempenho físico e a qualidade de vida. 
Com base no exposto, o presente estudo visa esclarecer as características das 
lesões decorrentes da prática de futebol profissional e de corrida de rua, com o intuito 
de analisar a incidência das lesões e, assim, fornecer melhor orientação aos atletas 
para prevenir lesões. 
 
MÉTODOS 
 
Trata-se de uma revisão narrativa, com buscas nas bases de dados Google 
Acadêmico, Scielo e Pubmed, no período de 2012 a 2022, com descritores tanto em 
português quanto em inglês (“incidência de lesão”, “futebol”, “corrida de rua” e 
“fisioterapia” e, respectivamente em inglês, “injury incidence”, “soccer”, “street 
running”, “physiotherapy”). Os operadores “e” e “and” foram empregados em conjunto 
com os descritores mencionados para o rastreamento das publicações. Foram 
incluídos na presente revisão estudos que: (a) identificaram a incidência das lesões 
em atletas de futebol profissional e corrida de rua; (b) incluíram na amostra indivíduos 
adultos e saudáveis; (c) apresentaram dados objetivos da lesão e tratamento. Foram 
excluídos do presente estudo resumos expandidos, cartas e editoriais, assim como 
artigos cujo tema estivesse restrito a um único tipo de lesão ou com acesso bloqueado. 
A seleção dos artigos foi realizada, primeiramente, pela leitura de todos os 
títulos, seguida pela leitura dos resumos e finalmente com a leitura dos artigos na 
íntegra. Para a extração dos dados dos estudos incluídos na revisão, foi utilizado um 
formulário padronizado, contendo as seguintes informações: características do estudo 
(autor, ano, título e tipo de estudo) e da amostra (número e idade), seguido pelos 
principais resultados. Após, os dados coletados foram organizados e apresentados 
em formato de Tabelas. 
 
RESULTADOS 
 
 Atendendo aos critérios de seleção, 27 artigos foram considerados elegíveis, 
abordando a temática referente a caracterização das lesões decorrentes da prática de 
futebol profissional e de corrida de rua. Após análise, as informações foram extraídas 
e organizadas em Tabelas. Assim, a Tabela 1 diz respeito aos estudos relacionados 
ao futebol profissional, enquanto a Tabela 2 se refere a corrida de rua e, por fim, a 
Tabela 3 envolve a síntese dos achados, trazendo um comparativo sobre ambas as 
modalidades pesquisadas, abordando informações gerais sobre incidência e/ou 
prevalência de lesões, o tipo de lesão mais comum, o segmento mais acometido e o 
período em que as lesões são mais frequentes. 
No que diz respeito a prática de futebol profissional (Tabela 1), os principais 
achados demonstram que as lesões são mais frequentes nos membros inferiores 
(MMII), sendo que, jogadores com maior idade são considerados mais suscetíveis a 
ocorrência dessas. Em relação ao tipo mais comum de acometimento, observou-se 
que o estiramento e/ou a distensão muscular, foi o mais frequente, sendo a região da 
coxa a área mais afetada. Além disso, fora observado que as lesões foram mais 
presentes nas situações de jogo, propriamente ditas, do que nas fases de treinamento 
(Tabela 3). 
Em relação a corrida de rua (Tabela 2), a maioria das lesões também ocorreram 
nos MMII. Dentre essas, as lesões articulares foram as mais frequentes, seguido por 
lesões musculares e, por último, excesso de treinamento (overuse). Entre as lesões 
articulares, o segmento mais acometido foi a articulação do joelho, seguido pelo 
tornozelo, pé e dedos. Entre as lesões musculares, a região da perna foi a mais 
acometida, sendo as lesões mais comuns a síndrome do estresse tibial e a 
tendinopatia de Aquiles. Quanto ao período as quais essas lesões ocorreram, 
constatou-se que há maior índice durante o treino e/ou prática regular (Tabela 3). 
 
Tabela 1 – Características das lesões na prática do Futebol profissional (2012 – 2022). 
Estudo Amostra Resultados 
- KURITO e col. 
(2021) 
- Incidência e 
prevalência de 
lesões no futebol 
finlandês de alto 
nível – estudo de 
coorte prospectivo 
de uma temporada. 
- 236 
jogadores de 
12 equipes. 
- Idade: 24 
anos 
(média). 
- 79% das lesões (extremidade inferior). 
- Partes do corpo mais comumente lesionadas: coxa (20%), 
quadril/virilha (16%) e joelho (13%). 
- A maioria das lesões afetou os isquiotibiais (65% das 
lesões na coxa). 
- Lesões musculares nos MMII (mais prevalentes). 
- DRUMMOND e col. 
(2021). 
- Incidência de 
Lesões em 
Jogadores de 
Futebol – 
Mappingfoot: Um 
Estudo de Coorte 
Prospectivo. 
- 310 
participantes. 
- Idade: 26 
anos 
(média). 
- Lesões mais prevalentes: MMII (86,9%) → coxa (38%), 
joelho (15,2%), quadril/virilha (9,8%) e tornozelo (9,8%). 
- Tipos de lesões: ruptura/estiramento muscular (37%), 
entorse/ligamento (19,6%) e outras lesões (14,1%). 
- Principais mecanismos de lesão: durante a corrida/sprint 
(33,7%), chute (12%) e salto/aterrissagem (6,5%). 
- As lesões foram balanceadas entre overuse (37%) e 
trauma (35,9%). 
- A maioria das lesões (73,9%) não foi causada pelo contato 
com outro jogador ou objeto. 
- Coxa: lesão mais prevalente foi a ruptura/estiramento 
muscular (71,4%) durante a corrida/sprint (51,4%), 
acometendo a região posterior (51,4%) ou anterior (48,6%), 
de forma leve (41,7%) ou moderada (30,6%). 
- LÓPEZ-
VALENCIANO e col. 
(2020). 
- Epidemiologia das 
lesões no futebol 
profissional: uma 
revisão sistemática e 
metanálise. 
- 44 artigos 
(56 grupos 
de coorte). 
- Lesões de extremidades: maiores taxas de incidência. 
- Tronco: segunda região mais lesada. 
- Extremidade superior: terceira região mais lesionada. 
- Incidência média (decrescente): coxa, joelho, tornozelo, 
quadril/virilha, perna/tendão de Aquiles e pé/dedo do pé. 
- Lesões mais comuns: músculo/tendão,contusão articular, 
ligamentar, fratura, estresse ósseo, laceração e lesões de 
pele. 
- DONNA LU e col. 
(2020). 
- Epidemiologia das 
lesões no futebol 
profissional 
- 421 
jogadores. 
 
- As lesões foram mais frequentes em um cenário de jogo. 
- Mecanismo de lesão: sem contato foi mais comum. 
- Localização: coxa (23-36%), quadril/ virilha (16-18%), 
joelhos (15-16%) e perna/tendão de Aquiles (16%). 
masculino 
australiano. 
- Estudo de coorte 
prospectivo. 
- Lesões musculares ou tendinosas (50–60%) e 
articulações/ligamentos (21–34%) foram as mais comumente 
sustentadas. 
- DE MORAES e col. 
(2018). 
- Lesões Ortopédicas 
no Futebol 
Profissional 
Masculino no Brasil: 
Comparação de 
Perspectiva de Duas 
Épocas 
Consecutivas 
2017/2016. 
- Estudo prospectivo. 
- Idade dos 
jogadores: 
27,5 anos 
(média). 
- Lesões mais comuns: MMII (73,8%), cabeça (17,5%), 
MMSS (6,3%) e tronco (1,9%). 
- Lado direito mais acometido (47,5%). 
- Tipo de lesão: distensões musculares (34,4%), entorses 
(18,1%) e contusões (13,1%). 
- Diagnóstico: distensão dos isquiotibiais (16,5%) e adutores 
(12,7%), lesão por esmagamento/laceração da face (10,8%) 
e concussão, LCM, LCA e quadríceps (4,4%). 
- A incidência de lesões sofridas na temporada de 2017 
diminuíram quando comparadas a temporada de 2016. 
- BAYNE e col. 
(2018). 
- Incidência de 
lesões e doenças em 
profissionais sul-
africanos jogadores 
de futebol do sexo 
masculino: um 
estudo de coorte 
prospectivo. 
- 56 
jogadores. 
- 2 equipes. 
- Tipo de lesão mais comum: entorse/lesão ligamentar e 
lesão de menisco/cartilagem. 
- Principais acometimentos: contusões (55%) e lacerações 
(27%). 
- Locais mais acometidos: cabeça (27%), mão/dedo (18%) e 
tornozelo (18%). 
- Incidência de lesões maior em jogos do que em 
treinamento. 
- Local mais lesionado: joelho (42%). 
- Lesões articulares (entorses/ligamentos e 
meniscos/cartilagens) foram as mais comuns, seguidas das 
lesões tendíneas. 
- Incidência de lesão por tensão muscular foi baixa. 
- FALESE e col., 
(2016). 
- Epidemiologia das 
lesões do futebol nas 
temporadas 
2012/2013 e 
2013/2014 do 
italiano. 
- Estudo de coorte. 
- 286 
jogadores. 
- Idade: 25 a 
30 anos. 
- Local mais frequente: MMII. 
- Tipo da lesão: distensão na coxa (41,9%), lesões no joelho 
(19,0%) e lesões de MMII (11,6%). 
- Lesões musculares (47,9%), lesões 
ligamentares/articulares (23,4%) e lesões por tendinite, 
bursite e hérnias (13,8%). 
- As taxas de lesões também foram maiores entre os 
jogadores mais velhos. 
- BIANCO e col. 
(2016). 
- Uma Análise 
Prospectiva da 
Incidência de Lesões 
de Jogadores 
Profissionais de 
Futebol Masculino 
Jovens em grama 
artificial. 
- Estudo 
epidemiológico. 
- 23 
jogadores. 
- Idade: 17 a 
19 anos. 
- Lesões musculares (distensões e contraturas) foram as 
mais comuns. 
- Coxa e virilha foram os locais mais acometidos. 
 
- EU SHALAJ e col. 
(2016). 
- Lesões em 
jogadores 
profissionais de 
futebol masculino no 
Kosovo: um estudo 
epidemiológico 
descritivo. 
- 143 
jogadores. 
- Idade: 23 
anos 
(média). 
- Joelho, coxa e tornozelo foram as regiões mais afetadas 
(47,8%). 
- Distensões musculares, lesões ligamentares e as 
contusões foram as mais relatadas (61,4%). 
 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=Bianco%20A%5BAuthor%5D
- REIS e col. (2015). 
- Perfil de lesões 
esportivas de uma 
seleção brasileira de 
futebol da primeira 
divisão: um estudo 
descritivo de coorte. 
- 48 atletas. 
- Idade: 25 
anos 
(média). 
- Lesões mais comuns: musculares/tendinosas (estiramento), 
seguidas das articulares/ligamentares (entorse). 
- A quantidade e a gravidade das lesões foram associadas à 
idade do jogador e à posição em campo. 
- SALCES e col. 
(2014). 
- Epidemiologia das 
lesões no futebol 
espanhol da Primeira 
Divisão. 
- Estudo prospectivo. 
- 16 clubes. 
- 427 
jogadores. 
- Idade: 26,8 
anos 
(média). 
- Principais lesões: lesões musculares na coxa (31,4%), 
entorse de tornozelo (12,5%) e lesões musculares no quadril 
(10,9%). 
- 89,6% das lesões envolveram os MMII. 
- Maior incidência de lesões: coxa, tornozelo, quadril/virilha, 
joelho e perna. 
- Lesões musculares e tendíneas tiveram a maior taxa de 
incidência, seguido pelas lesões articulares, ligamentares e 
contusões. 
- Mais de 50% das lesões foram relacionadas aos músculos 
e tendões. 
- As incidências também foram maiores na competição 
independentemente da localização, tipo e/ou natureza. 
- LEE e col. (2014). 
- Um estudo 
epidemiológico 
prospectivo da 
incidência de lesões 
e padrões de lesões 
em uma liga de 
futebol profissional 
masculino de Hong 
Kong durante a 
temporada 
competitiva. 
-152 
jogadores 
- Idade: 25 
anos 
(média). 
- Locais de lesão mais comuns: tornozelo (16%), coxa (15%) 
e a parte inferior das pernas (15%). 
- Tipo de lesão: contusão (30%), distensão muscular (29%) e 
entorse ligamentar (28%). 
- Lesões mais comuns: entorse de tornozelo (52% 
recorrentes), distensão na coxa (82% isquiotibiais) e 
distensão na virilha/adutor. 
- EIRALE e col. 
(2014). 
- Epidemiologia das 
lesões no futebol na 
Ásia: um estudo 
prospectivo no Catar. 
- 230 
jogadores. 
- Idade: 28,4 
anos 
(média). 
- Tipo de lesão mais frequente: distensão muscular (36,4%). 
- Locais mais comuns: coxa (39,2%), joelho (15,2%) e 
tornozelo (12,0%). 
- A maioria das lesões foram as distensões musculares 
(63,5%). 
Legenda: MMII = Membros inferiores; Sprint = arrancada; Overuse = Uso excessivo. 
 
Tabela 2 – Características das lesões na prática da Corrida de rua (2012 – 2022). 
Estudo Amostra Resultados 
- KAKOURIS e col. 
(2021). 
- Uma revisão 
sistemática de 
lesões 
musculoesquelética
s relacionadas à 
corrida em 
corredores. 
 
- 42 estudos. 
 
- Joelho e regiões da perna foram as lesões mais relatadas 
(51%). 
- Pé/dedos e tornozelo foram 3ª e 4ª maior proporção de locais 
de lesão, respectivamente. 
- 9922 lesões ocorreram no joelho ou abaixo dele (79,0%). 
- Lesões em outras partes do corpo (coxa, quadril/virilha, 
pé/dedos e região lombar) foi de 1,4%. 
- Taxa mais alta de incidência: síndrome patelofemoral 
(41,7%) e tendinopatia patelar (22,7%). 
- Corredores não ultramaratonistas: tendinopatia de Aquiles 
(10.3%) e fascite plantar. 
- Corredores de ultramaratona: tendinopatia do tibial anterior 
(19.4%), síndrome femoropatelar e tendinopatia de Aquiles 
(13,7%). 
- SLEESWIJK 
VISSER e col. 
(2021). 
- 1.929 
corredores. 
- 883 corredores (46%) sofreram alguma lesão relacionada a 
corrida. 
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214687314000612?via%3Dihub#!
https://www.sciencedirect.com/topics/nursing-and-health-professions/ankle-sprain
- O impacto 
socioeconômico 
das lesões 
relacionadas à 
corrida: um grande 
estudo de coorte 
prospectivo. 
- 18 anos ou 
mais. 
- Maiores limitações: atividades esportivas, lazer (70%) e 
transporte (23%). 
- 39% dos corredores lesionados visitaram um profissional de 
saúde. 
- 5% dos corredores lesionados relataram abstenção do 
trabalho. 
- FREDETTE e col. 
(2021). 
- A associação 
entre lesões na 
corrida e 
parâmetros de 
treinamento: uma 
revisão sistemática. 
- 36 artigos. 
- 23.047 
corredores. 
- 6.043 corredores (26,2%) sofreram alguma lesão relacionada 
a corrida. 
- Incidência: iniciantes (14,9%), recreativos (26,1%) e 
competitivos (62,6%). 
- Local lesionado: joelho (25,8%), pé/tornozelo (24,4%) e parte 
inferior da perna. 
- TORRES, (2020). 
- Características do 
treinamento e 
associação a 
lesões em 
corredores de rua 
recreacionais. 
Um estudo 
descritivo de corte 
transversal 
correlacional. 
- 395 
corredores 
(229 homens e 
166 mulheres). 
- Idade: 37,9 
anos (média). 
- Lesões mais citadas: fascite plantar, condromalácia patelar e 
periostite tibial. 
- Fatores predisponentes de lesão: maior tempo de prática, 
quilometragem média semanal, quilometragem máxima e 
velocidade médiano treino. 
- Maioria dos pesquisados não fazia treino isolado de 
alongamento. 
- Alongamento antes e/ou depois de treinos ou provas não 
reduziu a incidência de lesões. 
- FRANCIS e col. 
(2019). 
- A proporção de 
lesões por corrida 
nos membros 
inferiores por 
gênero, anatomia, 
localização e 
patologia 
específica: uma 
revisão sistemática. 
- 36 estudos. - Lesões: joelho (28%), tornozelo/pé (26%) e perna (16%). 
- Proporção de lesão: no joelho foi maior nas mulheres (40% 
vs. 31%); no tornozelo-pé foi maior nos homens (26% vs. 
19%) e nas lesões na perna (21% vs. 16%). 
- Patologias específicas: Síndrome da dor femoropatelar 
(17%), tendinopatia de Aquiles (10%) e síndrome do estresse 
tibial medial (8%). 
- TORESDAHL e 
col. (2020). 
- Um estudo 
randomizado de um 
Programa de 
Treinamento de 
Força para Prevenir 
Lesões em 
Corredores da 
Maratona de Nova 
York. 
- Ensaio clínico. 
- Maratonistas 
de primeira 
viagem. 
- Maiores de 
18 anos. 
- 720 
corredores 
inscrito. 
- Idade: 35,9 
anos (média). 
- Incidência de lesão de maior gravidade (8,9%) e lesão de 
menor gravidade (48,5%). 
- 52 de 64 das principais lesões foram por overuse (20 foram 
por estresse ósseo). 
- Overuse, resultando em não conclusão da maratona: 7,1% 
no grupo de treinamento de força e 7,3% no grupo de 
observação. 
 
- ARCANJO e col. 
(2018). 
- Prevalência de 
lesões em 
corredores de rua 
em assessorias 
desportivas na 
cidade de 
Fortaleza. 
- 20 pessoas 
indivíduos 
(ambos os 
sexos). 
- Praticantes 
de corrida de 
rua. 
- Idade: acima 
de 20 anos. 
- Maior prevalência do público feminino (65%). 
- 45% acometidas por lesão. 
- Entrevistados: 65% do total relatou algum tipo de lesão. 
- Articulação do joelho sofre maior sobrecarga na prática da 
corrida de rua (30%). 
- 75% dos entrevistados mantêm um treino orientado por 
profissional de Educação Física (45% sofreram lesão). 
- Tempo de treino: 70% mantinham entre 31-60 min/dia, dos 
quais 45% relataram alguma lesão. 
- 45% dos entrevistados correm 2x/semana (35% lesionados). 
- Estudo 
quantitativo e 
descritivo. 
- MULVAD e col. 
(2018). 
- Diagnósticos e 
tempo para a 
recuperação entre 
corredores 
recreativos 
lesionados no RUN 
CLEVER trial. 
- 839 
corredores. 
- 521 (62%) 
mulheres. 
- 318 (38%) 
homens. 
- Idade: 39,2 
anos (média). 
- 140 corredores lesionados pelo menos uma vez (32% 
durante 24 semanas). 
- Maior incidência: Síndrome do estresse tibial medial (16%), 
tendinopatia de Achilles (8,9%) e dor femoropatelar (8%). 
- Tempo médio de recuperação: 56 dias; 
Para lesões específicas: 89 dias para a síndrome do estresse 
tibial medial, 56 dias para tendinopatia de Achilles e 49 dias 
para dor femoropatelar. 
- GONÇALVES e 
col. (2016). 
- Prevalência de 
lesões em 
corredores de rua e 
fatores associados: 
revisão sistemática. 
- 6 estudos 
selecionados 
(927 sujeitos). 
- Prevalência de lesões: 44%. 
- Principais tipos: tendinopatias e distensões musculares. 
- Principal local: joelho. 
- Fatores associados: intrínsecos e extrínsecos. 
- RANGEL e col. 
(2016). 
- Incidência de 
lesões em 
praticantes de 
corrida de rua no 
município de 
Criciúma, Brasil. 
- Estudo descritivo 
transversal. 
- 88 
corredores (56 
homens e 32 
mulheres). 
- Idade: 18 a 
70 anos. 
- Tempo de 
prática igual 
ou maior do 
que 3 meses. 
- Frequência 
semanal: 
mínimo 
2x/semana. 
- Com ou sem 
orientação. 
- Tempo: 
superior a 20 
min/treino. 
- Maioria dos participantes praticava corrida 3x/semana 
(55,4%). 
- 43,2% tiveram alguma lesão. 
- Local mais acometido: joelho (52,6%). 
- Houve forte correlação entre quantidade de lesões e o tempo 
de prática da modalidade e os que percorriam maior distância 
média diária de treino. 
- Trabalho preventivo não foi eficaz na diminuição de 
incidência de lesão. 
- VAN DER WORP 
e col. (2015). 
- Lesões em 
corredores: uma 
revisão sistemática. 
- 15 estudos. - Histórico de lesões anteriores e uso de órteses/implantes 
está associado a maior risco de lesões (corrida). 
- Mulheres: idade, histórico de prática esportiva, corrida em 
superfície de concreto, participação em maratona, distância de 
corrida semanal (30-39 milhas) e uso de calçado de corrida 
durante 4 a 6 meses estão associados a um maior risco de 
lesão. 
- Homens e mulheres: Histórico de lesões anteriores, 
experiência de corrida de 0-2 anos, reinício da corrida, 
distância de corrida semanal (20-29 milhas) e com uma 
distância de corrida de mais de 40 milhas por semana estão 
associados a um maior risco de lesões. 
- SOLVEJ e col. 
(2015). 
- Incidência de 
lesões relacionadas 
a corrida por 1000 
h de corrida em 
diferentes tipos de 
corredores: uma 
revisão sistemática 
e meta-Análise. 
- 13 artigos. - Lesões relacionadas à corrida por 1000 h variavam de um 
mínimo de 2,5% em um estudo de atletismo de longa distância 
até um máximo de 33% em um estudo de corredores novatos. 
- Incidência de lesões de 17,8% em corredores novatos e 
7,7% em corredores recreativos. 
- SOUZA e 
col.(2015). 
- Fatores de risco e 
prevenção das 
lesões 
musculoesquelética
s em praticantes de 
corrida. 
 - Revisão de 
literatura. 
- Pesquisa 
(livros e 
artigos 
científicos). 
 
- Principais fatores de risco: má periodização, dor, pisada 
irregular, aumento do ângulo Q, desigualdade estrutural de 
MMII, fatores biomecânicos, pisos irregulares e calçados. 
- Avaliação, treinamento periodizado e manutenção dos níveis 
de segurança são fundamentais para prevenir e diminuir os 
riscos de lesão em corredores. 
- LOPES e col. 
(2012). 
- Quais as 
principais lesões 
musculoesquelética
s relacionadas a 
corrida? 
- Uma revisão 
sistemática. 
 
- Artigos que 
descreveram 
as taxas de 
incidência ou 
prevalência de 
lesões 
relacionadas a 
corrida foram 
considerados 
elegíveis. 
- 28 lesões relacionadas a corrida foram encontradas. 
- Principais lesões: síndrome de estresse tibial medial 
(incidência de 13,6% a 20%; prevalência de 9,5%), 
tendinopatia de Aquiles (incidência de 9,1% a 10,9%; 
prevalência de 6,2% a 9,5%) e a fascite plantar (incidência de 
4,5% a 10%; prevalência de 5,2% a 17,5%). 
- Principais lesões de ultramaratona: tendinopatia de Aquiles 
(prevalência de 2% a 18,5%) e a síndrome patelofemoral 
(prevalência de 
de 7,4% a 15,6%). 
Legenda: MMII = Membros inferiores; Overuse = uso excessivo. 
 
 
Tabela 3 – Comparação dos resultados entre Futebol profissional e Corrida de rua (2012 – 2022). 
Característica Futebol profissional Corrida de Rua 
Incidência e/ou 
prevalência 
- A maioria das lesões 
ocorrem nos MMII. 
- Jogadores mais velhos são 
os mais acometidos. 
- A maioria das lesões ocorrem em MMII. 
- Há fatores de risco associados ao sexo feminino 
e masculino (características intrínsecas, 
extrínsecas e biomecânicas). 
Tipo de lesão 
mais comum 
- Lesões por 
estiramento/distensão 
muscular seguido por lesão 
ligamentar. 
 
- Lesões articulares, seguido por lesões 
musculares. 
- Alguns estudos relatam lesões de caráter 
específico como: fascite plantar, condromalácia 
patelar, síndrome do estresse tibial medial, 
síndrome patelofemoral e tendinopatia de Aquiles. 
Segmento mais 
acometido 
- Região da coxa, seguido por 
joelho, quadril/virilha e 
tornozelo. 
 
- Para as lesões articulares, o segmento mais 
acometido é a articulação do joelho, seguido pelo 
tornozelo, pé e dedos. 
- Para as lesões musculares, a região da perna é 
a mais acometida, sendo a síndrome do estresse 
tibial e a tendinopatia de Aquiles as mais comuns. 
Período (treino 
e competição) 
- O maior número de lesões foi 
em período de competição. 
- Fatores associados: maiores 
demandas físicas aos 
jogadores, maior contato, 
colisão e fadiga. 
- A maioria das lesões ocorrem durante o treino 
e/ou prática regular (apenas 4 estudos relataram 
lesões durante uma competição). 
Legenda: MMII = Membros inferiores. 
 
DISCUSSÃO 
 
 Sabe-se que a práticaregular de exercício físico é considerada um estresse 
para os sistemas corporais e, dependendo do estímulo recebido, pode gerar 
sobrecarga aos componentes orgânicos, predispondo ao surgimento de lesões. Com 
base nos principais achados desse estudo, observa-se que a ocorrência de lesões, 
tanto para a prática profissional de futebol quanto para a realização de corrida de rua, 
envolve, prioritariamente, as extremidades inferiores. Assim, no futebol profissional, 
fora observado que lesões musculares, tal como o estiramento da região posterior da 
coxa, é considerado o tipo e a área mais acometidos. Já para a prática de corrida de 
rua, fora identificado que as lesões articulares são as mais comuns, afetando 
principalmente a articulação do joelho, tornozelo e pé. Quanto ao período de 
ocorrência dessas lesões, destaca-se o momento da competição em si para o futebol 
profissional, enquanto, para a corrida de rua, observa-se maior frequência durante os 
treinamentos. 
 
Características das lesões no futebol profissional 
 
Segundo Machado e colaboradores (2014), o futebol é um esporte de constante 
movimentação, mudanças bruscas de direção, aceleração e desaceleração, o que 
possivelmente, contribui para a suscetibilidade a lesões, visto que, há significativa 
exigência e/ou sobrecarga em muitas estruturas corporais, com destaque aos 
ligamentos, ossos e músculos. Portanto, além das necessidades ou exigências 
fisiológicas presentes no esporte, outras causas podem estar associadas ao 
surgimento de lesões, como as condições físicas, a faixa etária, o gênero, o clima, as 
ferramentas utilizadas, o volume e a intensidade de treinos e jogos, a motivação e as 
condições do local da prática (FONSECA et al., 2007). 
Aliado a isso, estudos demonstram que os MMII são as regiões corporais mais 
lesionadas, sendo a região posterior da coxa o segmento mais afetado, seguido por 
joelho, quadril/virilha e tornozelo. Considerando essas características, percebe-se que 
o alto risco de lesões nos MMII esteja relacionado a alta intensidade do futebol 
profissional moderno (EKSTRAND et al., 2009). Para Cohen e Abdala (2002), o 
surgimento da lesão ortopédica no futebol está baseado em fatores intrínsecos e 
extrínsecos. Desta forma, considera-se como fatores intrínsecos aqueles de 
característica pessoal, tais como, idade, lesões prévias, instabilidade articular, 
preparação e habilidade física. Já os fatores extrínsecos estão associados a 
sobrecarga provocada pelos exercícios, o número excessivo de jogos, a qualidade 
dos campos, os equipamentos inadequados e a violação das regras do jogo (faltas 
excessivas e jogadas violentas). 
Ademais, fora constatado que jogadores com idade mais elevada são mais 
suscetíveis a ocorrência de lesões e, segundo Arnason e colaboradores (2004), isso 
se deve ao fato de que jogadores mais jovens apresentam melhor adaptação ao micro 
trauma e estresse fisiológico, além de haver melhor capacidade de regeneração 
tecidual quando comparado aos atletas mais velhos, justificando os achados no 
presente estudo. 
Conforme exposto em outros estudos (PADULO et al., 2015; SOUGLIS et al., 
2015), a repetição de atividades como corridas repetidas e saltos, típicas deste 
esporte, sem o tempo de recuperação adequado, pode trazer o desenvolvimento de 
fadiga, inflamação sistêmica e estresse oxidativo, considerados como fatores de risco 
para danos musculares, o que justifica a frequência elevada de estiramento muscular 
nesse público. Associado a isso, Bayne e colaboradores (2018) demonstraram que as 
lesões ligamentares são comumente frequentes na liga de futebol profissional da 
África do Sul, sendo a forma de desempenhar o jogo, comparado a outras partes do 
mundo, a razão desta ocorrência. Desta forma, jogadores sul-africanos costumam 
realizar menos atividades de corrida de alta velocidade e mais atividades envolvendo 
mudanças abruptas de direção, o que justificaria o risco aumentado de ocorrer 
estiramento muscular seguido por ruptura ligamentar. Em contrapartida, Drummond e 
colaboradores (2021) observaram maior prevalência de ruptura e/ou estiramento na 
região da coxa, devido ao alto número de corrida/sprint de grau menor a moderado. 
Outro ponto em questão é o fato de haver maior incidência de lesão no período 
de competição dos atletas e, segundo Drummond e colaboradores (2021), isso ocorre 
devido as variações resultantes da intensidade do treinamento, número de partidas, 
tipo de medidas preventivas, nível nutricional e perfil psicológico dos jogadores e dos 
treinadores. Nesta mesma perspectiva, Bengtsson e colaboradores (2018) ressaltam 
que a periodização da partida e a duração total da temporada contribuem para a 
ocorrência das lesões, uma vez que, as taxas de acometimentos musculares 
aumentam quando há um menor período entre as partidas. 
Por fim, este estudo traz resultados que podem auxiliar os profissionais do 
esporte no aprimoramento das condutas clínicas, visando contribuir para um melhor 
desempenho dos atletas durante as competições, ao mesmo tempo em que fornece 
a base para a prevenção e, consequentemente, um menor índice de lesão. 
 
 
Características das lesões na corrida de rua 
 
Como demonstrado na Tabela 2, a incidência de lesão acomete mais 
frequentemente a extremidade inferior, sendo as lesões articulares as mais comuns, 
seguido por lesões musculares e overuse. Dentre as lesões articulares, o segmento 
corporal mais atingido foi o joelho seguido pelo tornozelo, pé e dedos. Entre as lesões 
musculares, a região da perna é a mais acometida, sendo a lesão mais comum a 
síndrome do estresse tibial seguida pela tendinopatia de Aquiles. A maioria das lesões 
ocorrem durante o treino e/ou prática regular da corrida e, apenas quatro estudos, 
relatam lesões durante uma competição. 
Toda prática esportiva apresenta risco de lesão, podendo, consequentemente, 
afetar o desempenho e a saúde dos atletas (DE SANTANA, 2018). Desta forma, com 
a prática da corrida de rua não é diferente, resultando em inúmeras lesões, 
principalmente, nos joelhos, tornozelos e pés e acometendo, aproximadamente, 83% 
dos atletas amadores ou competitivos, o que pode prejudicar a qualidade de vida de 
forma temporária ou permanente (BREDEWEG et al., 2013). No estudo de Souza e 
colaboradores (2015), concluiu-se que má periodização, excesso de treino, dor, 
excessiva pronação e supinação do pé, grande valor do ângulo Q, alteração 
morfológica e estrutural dos membros inferiores, assim como pisos irregulares, 
calçados e roupas inapropriados, distúrbios do sono, alterações de humor, mudanças 
de apetite, desmotivação, letargia, infecções e acréscimo na frequência cardíaca de 
repouso, são os fatores de riscos principais no que diz respeito a lesão 
musculoesquelética em corredores (SOUZA et al., 2015). 
Em contrapartida, há poucas evidências contendo resultados para homens e 
mulheres separadamente. Em uma revisão sistemática sobre lesões em corredores, 
Van Der Worp e colaboradores (2015), constataram que entre as mulheres, os fatores 
idade, histórico de prática esportiva, corrida em superfície de concreto, participação 
em maratona, distância de corrida semanal (30-39 milhas) e uso de calçado de corrida 
durante 4 a 6 meses estão associados a um maior risco de lesão. Já nos homens, um 
histórico de lesões anteriores, experiência de corrida de 0-2 anos, reinício da corrida, 
distância de corrida semanal (20-29 milhas) e com uma distância de corrida de mais 
de 40 milhas por semana estão associados a um maior risco de lesões (VAN DER 
WORP et al., 2015). Já no estudo de Francis e colaboradores (2019), foi observado 
uma proporção de lesão no joelho maior nas mulheres (40% vs. 31%); enquanto nos 
homens a proporção foi maior em tornozelo-pé (26% vs. 19%) e lesões na perna (21% 
vs. 16%) (FRANCIS et al., 2019). Dessa forma, pode-se observar que existem alguns 
fatores derisco específicos para homens e mulheres, apesar de necessitarem de uma 
maior fundamentação teórica. 
Outros achados também demonstram haver uma prevalência de lesões 
articulares e musculares relacionadas a corrida. No estudo de Toresdahl e 
colaboradores (2020), 52 das 64 lesões encontradas foram por overuse, onde 7,1% 
resultaram em não conclusão da prova; 8,9% foram lesões de maior gravidade e 
48,5% foram lesões de menor gravidade. Corroborando com esses achados, Kakouris 
e colaboradores (2021), observaram que 70% das lesões encontradas foram por 
overuse, provavelmente por conta de o movimento de propulsão ser realizado 
principalmente pela musculatura da perna, gerando uma sobrecarga biomecânica 
nessas estruturas. Assim, a taxa mais alta de incidência foi de síndrome patelofemoral 
(41,7%) e tendinopatia patelar (22,7%) e, em corredores não ultramaratonistas, as 
lesões mais comuns foram tendinopatia de Aquiles (10,3%) e fascite plantar, enquanto 
em ultramaratonistas, a mais frequente foi a tendinopatia do tibial anterior (19,4%), 
seguido pela síndrome femoropatelar e a tendinopatia de Aquiles (13,7%). 
Nesse mesmo contexto, alguns estudos abordam lesões de caráter específico, 
conforme demonstrado por Gonçalves e colaboradores (2016), os quais encontraram 
uma prevalência de 44% para as lesões do tipo tendinopatias e distensões 
musculares. Aliado a isso, Mulvad e colaboradores (2018), encontraram maior 
incidência de síndrome do estresse tibial medial (16%), tendinopatia de Aquiles (8,9%) 
e dor femoropatelar (8%), com tempo médio de recuperação em torno de 89 dias para 
a síndrome do estresse tibial medial, 56 dias para a tendinopatia de Aquiles e 49 dias 
para a dor femoropatelar (MULVAD et al., 2018). Da mesma forma, Lopes e 
colaboradores (2012), encontraram 28 lesões relacionadas a corrida, entre as quais 
se destacam a síndrome de estresse tibial medial (incidência de 20% e prevalência 
de 9,5%), tendinopatia de Aquiles (incidência de 10,9% e prevalência de 9,5%) e a 
fascite plantar (incidência de 10% e prevalência de 17,5%). Já Torres (2020) destacou 
a fascite plantar, a condromalácia patelar e a periostite tibial como sendo as lesões 
mais citadas, cujos fatores predisponentes estão relacionados a um maior tempo de 
prática, quilometragem média semanal, quilometragem máxima e velocidade média 
no treino (TORRES, 2020). Assim, observa-se que a ocorrência de lesões articulares 
e musculares relacionadas a corrida está diretamente relacionada ao uso excessivo 
(overuse) e, consequente, sobrecarga as estruturas da perna. 
Quanto ao segmento mais lesionado, o joelho foi a articulação mais acometida. 
Segundo Kakouris e colaboradores (2021), o joelho e as regiões da perna foram as 
áreas mais relatadas (51%), pé/dedos e tornozelo foram terceira e quarta maior 
proporção de locais de lesão, respectivamente, sendo esses achados corroborados 
com o estudo de Rangel e colaboradores (2016), onde o local mais acometido foi o 
joelho (52,6%), havendo forte correlação entre quantidade de lesões e o tempo de 
prática da modalidade, assim como os que percorriam maior distância média diária de 
treino. Da mesma forma, Fredette e colaboradores (2021), encontraram resultados 
semelhantes, demonstrando que o joelho foi o local mais lesionado (25,8%), seguido 
por pé/tornozelo (24,4%) e parte inferior da perna. Assim, essa alta taxa de lesões no 
joelho normalmente é atribuída à grande magnitude das forças de impactos presentes 
no membro inferior durante a corrida, que pode variar de um meio a três vezes o peso 
corporal. Além disso, a corrida também tem sido apontada como a grande responsável 
pelo alto número de fraturas de estresse, principalmente na região da tíbia (SOUZA 
et al., 2015). 
Outro ponto a ser discutido é a frequência de lesões que, após a análise dos 
dados, foi observado que a maioria das lesões ocorrem durante o treino e/ou prática 
regular em diferentes tipos de corredores. Portanto, Fredette (2021), observou que 
62,6% dos corredores lesionados eram de nível competitivo, 26,1% eram corredores 
recreativos e 14,9% eram iniciantes (FREDETTE et al., 2021). E, corroborando com 
esses achados, Solvej e colaboradores (2015) observaram uma incidência de lesões 
de 17,8% em corredores novatos e 7,7% em corredores recreativos, além de 
verificarem que lesões relacionadas à corrida por 1000 h variavam de um mínimo de 
2,5%, em um estudo de atletismo de longa distância, até um máximo de 33%, em um 
estudo de corredores novatos (SOLVEJ et al., 2015). 
Entre os estudos analisados, muitos observaram que uma maior incidência de 
lesão está relacionada ao tempo de prática da modalidade, assim como os que 
percorriam maior distância média diária de treino (RANGEL et al., 2016; ARCANJO et 
al., 2018; TORRES 2020; KAKOURIS et al., 2021). Aliado a isso, no estudo de Torres 
(2020), foi verificado que o uso de alongamento antes ou depois dos treinos ou provas 
não reduziu a incidência de lesões e, segundo Rangel (2016), o trabalho preventivo 
não foi eficaz na diminuição da incidência de lesão. De qualquer modo, avaliação, 
treinamento periodizado e manutenção dos níveis de segurança são etapas 
fundamentais para prevenir e diminuir os riscos de lesão em corredores (SOUZA et 
al., 2015). No estudo de Arcanjo (2018), 75% dos entrevistados realizavam treino 
orientado por profissional de Educação Física e, em relação ao tempo de treino, 70% 
mantinham entre 31-60 min/dia, dos quais 45% relataram alguma lesão e 5% dos 
entrevistados realizavam corrida 2x/semana (35% lesionados) (ARCANJO et al., 
2018). Além disso, Visser e colaboradores (2021), avaliaram o impacto 
socioeconômico das lesões relacionadas a corrida e observaram que 70% das lesões 
interferiram em atividades esportivas e/ou lazer; 23% em atividades de transporte; 
39% dos corredores lesionados visitaram um profissional de saúde; e 5% dos 
corredores lesionados relataram abstenção do trabalho (VISSER et al., 2021). 
Com base no exposto, a alta incidência de lesões pode ser justificada pela falta 
de orientação profissional para a prática da corrida, assim como, pelo fato de que 
esses corredores treinam de forma equivocada, o que resulta na falta de 
acompanhamento por um profissional especializado. Embora correr seja 
aparentemente fácil, deve-se ter o conhecimento aprofundado das várias 
especificidades envolvidas na prática desse esporte. 
 
CONCLUSÃO 
 
Em virtude dos fatos apresentados, pode-se concluir que toda prática esportiva 
apresenta risco de lesão, assim, tanto na prática do futebol profissional quanto na 
corrida de rua, há suscetibilidade ao desenvolvimento de lesões, as quais acometem 
predominantemente os membros inferiores. E, especificamente sobre o futebol 
profissional, observa-se maior incidência de lesões por estiramento e/ou distensão 
muscular, ocorrendo principalmente na região da coxa, durante as competições. Já 
na corrida de rua, as lesões do tipo articular e muscular são as mais comuns, sendo 
a articulação do joelho e a musculatura da perna as áreas mais acometidas, com 
ocorrência mais frequente durante o treino e/ou a prática regular. 
Dessa maneira, com o aumento da prática desses esportes, evidencia-se 
também um aumento no número de lesões e, por isso, tornam-se necessários 
trabalhos que visam não somente a reabilitação, mas também a prevenção dessas 
lesões. Para tanto, a fisioterapia esportiva entra nesse campo objetivando direcionar 
o olhar biomecânico, cinesiológico e funcional à atenção integral da saúde do atleta. 
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ANEXO 
 
https://www.novafisio.com.br/revisores/

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