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violação da privacidade de pessoas públicas - análise do caso Klara Castanho

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A VIOLAÇÃO DO DIREITO À PRIVACIDADE DAS PESSOAS PÚBLICAS NO CASO PRÁTICO KLARA CASTANHO
VIOLATION OF THE RIGHT TO PRIVACY OF PUBLIC PERSONS IN THE PRACTICAL CASE KLARA CASTANHO
MARIA EDUARDA DIAS1 
DEBORAH C. DOMINGUES DE BRITO2
RESUMO
Todos os seres humanos possuem um conjunto de direitos fundamentais inerentes à sua condição, incluindo o direito à privacidade. Esse direito visa proteger a vida privada do indivíduo, garantindo que determinadas informações não sejam divulgadas indevidamente e causando constrangimentos. Especificamente na relação entre paciente e profissional de saúde, a privacidade se torna ainda mais relevante, uma vez que o sigilo profissional exige que essas informações sejam preservadas. O caso da atriz Klara Castanho, amplamente divulgado pela mídia brasileira, demonstra a importância de manter o sigilo na relação clínica hospitalar, além de evidenciar a imprudência por parte da mídia ao não ponderar o limite entre o entretenimento e o impacto das informações noticiadas na vida privada das pessoas públicas.
Palavras-chaves: Privacidade. Pessoas Públicas. Sigilo Profissional. 
ABSTRACT
All human beings have a set of fundamental rights inherent to their condition, including the right to privacy. This right aims to protect the individual's private life, ensuring that certain information is not unduly disclosed and causing embarrassment. Specifically in the relationship between patient and health professional, privacy becomes even more relevant, since professional confidentiality requires that this information be preserved. The case of the actress Klara Castanho, widely covered by the Brazilian media, demonstrates the importance of maintaining confidentiality in the hospital clinical relationship, as well as evidencing the imprudence on the part of the media in not weighing the limit between entertainment and the impact of the information reported on the private lives of public people.
Keywords: Privacy. Public People. Professional secrecy.
INTRODUÇÃO
O ordenamento jurídico brasileiro protege veemente os direitos da personalidade, inclusive em nosso texto constitucional, a fim de garantir a todos, sem distinção a dignidade da pessoa humana. Dentre estes direitos, encontra-se o direito à privacidade que tem por objetivo proteger a vida pessoal do indivíduo em todos seus aspectos. 
A violação da privacidade de pessoas públicas é um tema controverso que gera muitos debates e discussões. Pessoas públicas, como celebridades, políticos, atletas e empresários, têm suas vidas constantemente expostas pela mídia e pelos olhos do público. Embora alguns possam argumentar que, ao optarem por se tornar figuras públicas, essas pessoas devem estar preparadas para lidar com a falta de privacidade, outros argumentam que todos têm direito à privacidade, independentemente de sua fama ou status.
Infelizmente, muitas vezes, a violação da privacidade de pessoas públicas ocorre sem o seu consentimento. Isso pode incluir a invasão de propriedade, a publicação de dados pessoais ou fotos sem o seu conhecimento ou consentimento. Essas violações podem ter consequências graves, incluindo danos emocionais e psicológicos, bem como prejuízos financeiros e de reputação.
Alguns argumentam que a violação da privacidade de pessoas públicas é justificada, porque a sociedade tem o direito de saber o que está acontecendo na vida dessas figuras públicas. No entanto, é importante lembrar que a privacidade é um direito fundamental protegido constitucionalmente, e que todos devem ter o direito de controlar o acesso às suas informações pessoais. A falta de privacidade pode levar a situações em que indivíduos são expostos a riscos desnecessários, tais como a perseguição ou o assédio.
O caso de violação da privacidade da atriz Klara Castanho é extremamente preocupante e traz à tona questões importantes sobre a proteção de dados pessoais, o respeito à privacidade das vítimas de crimes e a aplicabilidade da Lei de Proteção de dados.
Segundo informações divulgadas na mídia, Klara Castanho teve seus dados médicos vazados após ser vítima de estupro. Essa violação da privacidade é inaceitável e pode ter graves consequências para a atriz, tanto em termos de impacto emocional quanto de possíveis danos à sua reputação e carreira.
É importante destacar que o vazamento de informações pessoais pode ter implicações legais graves, com possibilidade de responsabilização criminal e civil. A LGPD prevê em seu artigo 42º, a responsabilização de instituições que tenham em poder dados pessoais de terceiros, sendo assim, hospitais têm a responsabilidade de proteger as informações confidenciais de seus pacientes, especialmente em casos de violência sexual, em que a privacidade é fundamental para proteger as vítimas e evitar que sofram mais danos.
Diante do caso concreto, o presente artigo por meio da metodologia de pesquisa bibliográfica tem como objetivo apresentar a importância da observância do direito à privacidade de celebridades, que como qualquer outro cidadão tem o direito à intimidade e privacidade acerca de certos assuntos de sua vida. Bem como, discutir o papel da mídia brasileira na divulgação de informações de cunho privado sob a ótica de respaldo do direito de imprensa e quais as implicações decorrentes de tal violação em relação ao caso Klara Castanho. 
1 DIREITOS DA PERSONALIDADE
Categoria fundamental no ordenamento jurídico que abrange diversas áreas do Direito, concerne à proteção dos direitos inerentes à pessoa humana a fim de garantir a dignidade da pessoa humana, segundo o civilista Maria Helena Diniz:
São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio, vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária) e sua integridade moral (honra, recato, segredo pessoal, profissional e doméstico, imagem, identidade pessoal, familiar e social). (DINIZ, 2023, p.58)
Ainda, o jurista brasileiro Flávio Tartuce (2017. p. 371.), define o direito da personalidade como: 
"o conjunto de normas que visam tutelar a esfera jurídica da pessoa humana, em seus aspectos extrapatrimoniais, protegendo seus atributos essenciais, inatos e irrenunciáveis, como a vida, a integridade física, a honra, a intimidade, a privacidade, a imagem, o nome, o corpo, a saúde e a liberdade". 
Os direitos da personalidade são subdivididos em direitos de natureza personalíssima relativos aos direitos à vida, à integridade física, à liberdade, à intimidade, à honra e à imagem e direitos de natureza familiar, aqueles relacionados à filiação, ao nome, à proteção da imagem e à convivência familiar e ainda direitos de natureza social que englobam os direitos de participação na vida social, cultural e política, incluindo o direito à liberdade de expressão, à liberdade de associação e à liberdade religiosa.
A Constituição da República de 1988 e o Código Civil de 2002 dispõe acerca do direito da personalidade, considerando-o direito fundamental (natural e jurídico) do indivíduo à autoexpressão no mundo. De modo que:
“Os direitos da personalidade são próprios do ser humano, direitos que são próprios da pessoa. Não se trata de direito à personalidade, mas de direitos que decorrem da personalidade humana, da codificação de ser humano. Com os direitos da personalidade, protege-se o que é próprio da pessoa, como o direito à vida, o direito à integridade física e psíquica, o direito à integridade intelectual, o direito ao próprio corpo, o direito ao nome, dentre outros. Todos esses direitos são expressões da pessoa humana considerada em si mesma. Os bens jurídicos mais fundamentais, primeiros, estão contidos nos direitos da personalidade.” (BORGES, 2007, p. 21).
O reconhecimento dos direitos da personalidade na civilização moderna demonstra um grande avanço no âmbito jurídico, sendo extremamente necessária a proteção desses direitos; não bastando mera tutela, é essencialque eles sejam amplos e efetivos, afastando a objetificação do homem. A fim da conservação da trindade constitucional de direitos, liberdades e garantias, com posturas ativas de proteção da personalidade.
1.1 Direito à Privacidade
No Brasil, a Constituição Federal determina em seu art. 5º, X, a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. O direito à privacidade garante a possibilidade de as pessoas controlarem o acesso às suas informações pessoais e a sua intimidade, sem interferência indevida por parte do Estado ou de outras pessoas.
O direito à privacidade transcende a dicotomia entre direito público e direito privado; é considerado um direito fundamental e um direito da personalidade tutelado tanto na Constituição quanto no Código Civil. Independentemente do uso dos termos intimidade ou vida privada, a proteção da privacidade visa refletir “características da personalidade humana dignas de proteção legal”, ou seja, “as mudanças são apenas o nível de manifestação da personalidade humana” (SCHREIBER, 2013, p. 13). Portanto, pode-se considerar a privacidade parte integrante do desenvolvimento humano, necessária para a formação do indivíduo e de seus limites, sua proteção está em consonância com a promoção e proteção da dignidade humana, princípio norteador de nosso ordenamento jurídico. 
A honra de uma pessoa tem dois aspectos: a honra objetiva, que é formada pela imagem que a sociedade tem dela, e a honra subjetiva, que é formada pelo que a pessoa pensa dela. O direito à honra é um direito individual, de primeiro aspecto, de status negativo (nos termos de Jellinek), pois o Estado não pode, por suas ações, violar a honra da pessoa. No entanto, esse direito é igualmente válido horizontalmente, na medida em que deve ser respeitado horizontalmente pelo próprio povo, passível de responsabilidade criminal e civil em caso de violação.
O conceito de privacidade e suas implicações jurídicas têm sido amplamente discutidos na doutrina jurídica. Dentre as diversas teorias, destacam-se a teoria objetiva, que define a privacidade como o direito de cada indivíduo de se manter isolado ou reservado; a teoria subjetiva, que entende a privacidade como o direito de cada pessoa de controlar informações sobre si mesmo; e a teoria da integridade pessoal, que concebe a privacidade como um direito fundamental à integridade psicofísica da pessoa.
Lafer (1988, p. 239), fazendo uso da expressão “direito à intimidade”, caracteriza-o como “[...] direito do indivíduo de estar só e a possibilidade que deve ter toda pessoa de excluir do conhecimento de terceiros aquilo que a ela só se refere e que diz respeito ao seu modo de ser no âmbito da vida privada”. Malta (2007, p. 28) acompanha a corrente que vê no direito à intimidade a proteção dos pensamentos e emoções mais restritos da pessoa.
Além disso, a privacidade também está ligada a outros conceitos jurídicos, como o segredo profissional, o sigilo das comunicações, o direito à imagem, o direito ao esquecimento e o direito à proteção de dados pessoais. Em geral, esses conceitos têm como objetivo proteger diferentes aspectos da privacidade das pessoas, tais como a sua reputação, a sua dignidade, a sua liberdade de expressão e a sua autonomia.
1.1.1 Privacidade das pessoas públicas
Na vida das celebridades, fama e privacidade se contrapõem diariamente, ou seja, o bônus da máxima exposição também acaba sendo vinculado ao ônus da mínima privacidade. A privacidade de pessoas públicas é um tema controverso que gera muitos debates e discussões; pessoas como celebridades, políticos, atletas e empresários, têm suas vidas constantemente expostas pela mídia e pelos olhos do público. 
A doutrina e jurisprudência geralmente reconhecem uma distinção no tratamento entre celebridades e indivíduos comuns em relação à extensão do direito à privacidade, devido à sua notoriedade. segundo Luís Roberto Barroso, “um elemento decisivo na determinação da intensidade de sua proteção: o grau de exposição pública da pessoa, em razão de seu cargo ou atividade, ou até mesmo de alguma circunstância eventual” (BARROSO, 2004; p. 13)
“A privacidade de indivíduos de vida pública –políticos, atletas, artistas –sujeitam-se a parâmetro de aferição menos rígido do que os de vida estritamente privada. Isso decorre, naturalmente, da necessidade de auto-exposição, de promoção pessoal ou do interesse público na transparência de determinadas condutas”. (BARROSO, 2004; p. 119)
Embora alguns possam argumentar que, ao optarem por se tornar figuras públicas, essas pessoas devem estar preparadas para lidar com a falta de privacidade, outros argumentam que todos têm direito à privacidade, independentemente de sua fama ou status.
No que concerne, J.J. Canotilho, Jônatas Machado e Antônio Pereira Gaio Júnior, entendem:
“No que diz respeito às figuras públicas, admite-se, de um modo geral, uma maior intrusão nos espaços de privacidade definidos por esses círculos, com vários argumentos, relacionados sobretudo com a sua exposição pública e com o interesse do público da sua vida e da sua conduta. Isto, sem esquecer que, mesmo aí, existem esferas de privacidade reservadas. Já a compressão de direitos de privacidade e intimidade pessoa de indivíduos que não sejam figuras públicas está sujeita a uma ponderação mais apertada com o interesse público”. (CANOTILHO e GAIO JÚNIOR, 2015; p. 68-69)
Infelizmente, muitas vezes, a violação da privacidade de pessoas públicas ocorre sem o seu consentimento. Isso pode incluir a invasão de suas residências ou propriedades, a publicação de informações pessoais ou fotos não autorizadas, e até mesmo a gravação ou transmissão de conversas privadas sem o seu conhecimento ou consentimento.
 Essas violações podem ter consequências graves, incluindo danos emocionais e psicológicos, bem como prejuízos financeiros e de reputação.
Alguns argumentam que a violação da privacidade de pessoas públicas é justificada, porque a sociedade tem o direito de saber o que está acontecendo na vida dessas figuras públicas. No entanto, é importante lembrar que a privacidade é um direito fundamental, e que todos devem ter o direito de controlar o acesso às suas informações pessoais. 
Apesar de necessária interpretação mais restrita, havendo necessidade de uma maior tolerância ao se tratar da violação à privacidade de pessoas públicas, o STF decidiu que esta interpretação não afasta a proteção constitucional contra ofensas desarrazoadas, desproporcionais e, principalmente, sem qualquer nexo causal com a atividade profissional realizada. 
2 COLISÃO ENTRE DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Equilibrar princípios constitucionais é uma das tarefas mais complexas e importantes na manutenção de uma ordem constitucional coerente. Por isso, é de suma importância a responsabilidade do Judiciário na resolução de casos concretos onde há conflito entre direitos fundamentais. 
O princípio da proporcionalidade é a ferramenta utilizada para implementar a ponderação de conflitos, nenhum direito fundamental pode ser limitado, a menos que se destine a proteger ou preservar algum outro valor constitucional, porque a anulação de um ao outro simplesmente levaria a uma falsa percepção de que esses tipos de direitos não são realmente protegidos.
Humberto Avila (1999), defende que o dever de proporcionalidade não é um princípio nem uma regra, sendo um postulado normativo aplicativo, ou seja, uma condição imposta pelo próprio Direito para que ele seja corretamente aplicado. Virgílio Afonso da Silva, por sua vez, define a proporcionalidade como
“uma regra de interpretação e aplicação do direito, (...) empregada especialmente nos casos em que um ato estatal, destinado a promover a realização de um direito fundamental ou de um interesse coletivo, implica a restrição de outro ou outros direitos fundamentais. O objetivo da proporcionalidade (...) é fazer com que nenhuma restrição a direitos fundamentais tome dimensõesdesproporcionais.” (SILVA, 2002, p. 25)
O Direito de Imprensa e a Privacidade de Pessoas Públicas são temas complexos e controversos no âmbito jurídico e social. A liberdade de expressão e o direito à informação são valores fundamentais em uma sociedade democrática, mas devem ser equilibrados com a proteção da intimidade e da privacidade das pessoas.
Segundo Alexandre de Moraes (2022), a privacidade é um direito humano fundamental que deve ser protegido, inclusive das pessoas públicas, que têm o direito de resguardar aspectos de suas vidas pessoais e familiares. No entanto, a exposição pública faz parte do papel desempenhado por muitas figuras públicas, como políticos, artistas e esportistas, o que pode justificar uma menor expectativa de privacidade.
Nesse sentido, o Direito de Imprensa é fundamental para a garantia do direito à informação e da liberdade de expressão, mas deve ser exercido com responsabilidade e ética, evitando-se sensacionalismo e abusos; a atuação da imprensa deve ser guiada pelos princípios da veracidade, da imparcialidade e da relevância pública, e não pode violar a dignidade das pessoas.
De acordo com José Afonso da Silva, incentivado pelas lições de Albino Greco, deve-se entender por informação como sendo “o conhecimento de fatos, de acontecimentos, de situações de interesse geral e particular que implica, do ponto de vista jurídico, duas direções: a do direito de informar e a do direito de ser informado”. 
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem se posicionado sobre o assunto em diversas ocasiões, como no julgamento da ADPF nº 130: 
EMENTA: LIBERDADE DE IMPRENSA. Decisão liminar. Proibição de reprodução de dados relativos ao autor de ação inibitória ajuizada contra empresa jornalística. Ato decisório fundado na expressa invocação da inviolabilidade constitucional de direitos da personalidade, notadamente o da privacidade, mediante proteção de sigilo legal de dados cobertos por segredo de justiça. Contraste teórico entre liberdade de imprensa e os direitos previstos nos arts. 5º, incs. X e XII, e 220, caput, da CF. Ofensa à autoridade do acórdão proferido na ADPF nº 130, que deu por não recebida a Lei de Imprensa. Não ocorrência. Matéria não decidida na ADPF.
Processo de reclamação extinto, sem julgamento de mérito. Votos vencidos. Não ofende a autoridade do acórdão proferido na ADPF nº 130, a decisão que, proibindo a jornal a publicação de fatos relativos ao autor de ação inibitória, se fundou, de maneira expressa, na inviolabilidade constitucional de direitos da personalidade, notadamente o da privacidade, mediante proteção de sigilo legal de dados cobertos por segredo de justiça.
(Rcl 9428, Relator(a): CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 10/12/2009, DJe-116 DIVULG 24-06-2010 PUBLIC 25-06-2010 EMENT VOL-02407-01 PP-00175 RTJ VOL-00216-01 PP-00279)
3 BRASIL. Superior Tribunal Federal. ADPF nº 130, Tribunal Pleno, Brasília, DF, 10 de dezembro de 2009. Relator: Min. Carlos Britto Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=605411. Acesso em 01 de maio. 2023.
3 LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS
A Lei Nº 13.709/2018 surgiu como meio para proteção de dados pessoais, dos direitos de liberdade e privacidade, apesar de se tratar de uma legislação recente, já passou por algumas atualizações. As normas estabelecidas acerca da coleta e tratamento de dados devem ser seguidas pelas empresas e governos.
Sua principal finalidade se dá na tentativa de estabelecer uma cultura de proteção de dados no cenário brasileiro diante dos grandes avanços tecnológicos, equiparando-se aos parâmetros internacionais de segurança pública.
 A LGPD indica o que são os dados pessoais e ainda, determina cuidados mais específicos para os dados como dados pessoais sensíveis e dados pessoais sobre crianças e adolescentes. A autora Patrícia Peck Pinheiro define como sensíveis os dados:
 
 “... que estejam relacionados a características da personalidade do indivíduo e suas escolhas pessoais, tais como origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente a saúde ou a vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural.”(2021, pg.16)
No tocante às penalidades, uma série foram previstas, devendo estas, serem aplicadas em caso de violações às disposições da lei observando o princípio da proporcionalidade. As penalidades previstas na LGPD em seu art. 52º, incluem:
1. Advertência: a autoridade nacional pode emitir uma advertência para o controlador ou o operador de dados pessoais que estejam descumprindo a lei. A advertência serve como um aviso formal para que a empresa tome as medidas necessárias para corrigir a situação.
2. Multa simples: a LGPD prevê multa de até 2% do faturamento da empresa, limitado ao valor máximo de R$ 50 milhões por infração. Essa penalidade pode ser aplicada tanto para controladores quanto para operadores de dados que estejam descumprindo a lei.
3. Multa diária: caso a empresa não corrija a infração após a advertência ou a aplicação de multa simples, a autoridade nacional pode aplicar multa diária de até 1% do faturamento da empresa, limitado ao valor máximo de R$ 50 milhões por infração.
4. Suspensão do tratamento de dados: a autoridade nacional pode determinar a suspensão parcial ou total do tratamento de dados pessoais em caso de descumprimento da lei. Essa penalidade pode ser aplicada por um período de até 6 meses, prorrogável por igual período.
5. Eliminação dos dados: a autoridade nacional pode determinar a eliminação dos dados pessoais que foram tratados em descumprimento à LGPD.
6. Publicização da infração: a autoridade nacional pode determinar a publicação da infração cometida pelo controlador ou operador de dados pessoais.
É importante destacar que as penalidades previstas na LGPD não se limitam apenas às empresas. Os agentes de tratamento de dados pessoais, como pessoas físicas ou jurídicas que realizam o tratamento de dados em nome de terceiros, também estão sujeitos a sanções em caso de descumprimento da lei.
3.1 Tratamento de dados hospitalares
O sigilo profissional de prestadores de serviços relacionados à saúde apresenta indícios desde a antiguidade, ocasião em que os médicos juravam manter segredo sobre as informações de seus pacientes. 
Autores ainda, afirmam que esta área é tão antiga quanto os gregos, entretanto, foi a partir do século XIX que se iniciou a formalização do sigilo profissional como conhecido atualmente, através de leis específicas como o Código de Ética Médica. Hermes Rodrigues de Alcântara assim conceitua o sigilo médico: 
(...) é uma obrigação e um direito, irmanados da moral e da lei, que o médico tem, diante do paciente, de não revelar fatos, considerados sigilosos, de que tome conhecimento, direta ou indiretamente, no exercício de sua profissão. É um daqueles imperativos hipotéticos, da teoria de Kant, porque dele depende a confiança que a medicina precisa do paciente, para que seu fim seja alcançado. (ALCÂNTARA, 1979, pg.131)
A confidencialidade pode ser considerada uma ferramenta da proteção à privacidade, que impõe deveres a aqueles que recebem acesso a informações sensíveis de terceiros, para que estas não sejam usadas para fins diferentes do acordado. É um dever que deve ser exercido com diligência e responsabilidade, sempre respeitando as normas legais e éticas aplicáveis. 
Devido aos grandes avanços tecnológicos, atualmente a maioria das instituições fazem uso de sistemas digitais para gerenciamento de dados, ferramenta que apesar de facilitar nos procedimentos diários implica na problemática de consequências demasiadas em casos de vazamento, em razão da concentração de dados em um só mecanismo. 
Por esta razão a obra Tratamento e Transferência de Dados de Saúde aponta o confronto entre os inúmeros benefícios do fácil acesso a dados médicos de pacientes por meio de prontuários eletrônicos e bases de dados estruturadas e, de outro lado, os riscosinerentes ao tratamento de dados sensíveis. 
Conforme disposto anteriormente, as violações da intimidade ou da vida privada têm consequências civis e, nos casos mais graves, consequências criminais. O Código Penal brasileiro não detém crime comum de invasão de privacidade, mas diversas invasões de privacidade podem configurar crimes, como, por exemplo, violação de domicílio (art. 150, CP), divulgação de segredo (art. 153, CP), violação do segredo profissional (art. 154, CP), invasão de dispositivo informático (art. 154-A, CP), registro não autorizado da intimidade sexual (art. 216-B, CP) etc.
3.1.1 Vazamento de dados sensíveis 
A LGPD institui ao hospital, por parte de todos os colaboradores a responsabilidade de resguardar os dados sensíveis, especialmente os que se referem à saúde. Em casos de violação dos direitos do paciente, ainda que o vazamento ou problemas oriundos do mau uso dos dados pessoais tenha sido causado apenas por funcionários é passível a responsabilização objetiva da instituição, por eventuais danos causados ao paciente, aplicando-se a disposição do art. 42 da LGPD e art. 932, inciso III do Código Civil.
O avanço tecnológico tem o potencial de fornecer uma quantidade significativa de dados valiosos na área da saúde. Esses dados armazenados em prontuários eletrônicos podem ser usados para facilitar a identificação das causas e concausas de doenças e acidentes, permitindo uma ação preventiva, redução de riscos e definição mais precisa de condutas e tratamentos.
No entanto, à medida que as bases de dados são expandidas e compartilhadas, surge uma preocupação crescente com a privacidade e segurança das informações. É crucial desenvolver estratégias de planejamento e gerenciamento de riscos para proteger a confidencialidade, integridade e segurança dos dados, considerando os potenciais problemas decorrentes da coleta, uso, compartilhamento, armazenamento e descarte negligentes, bem como da comercialização inadequada ou vazamento de informações. 
Assim Danilo Doneda destaca acerca do tratamento de dados sensíveis: 
“O regime adotado em relação aos dados sensíveis varia de acordo com as concepções a este respeito em cada ordenamento jurídico. Em verdade, é necessário ter em conta que a diferenciação conceitual dos dados sensíveis atende a uma necessidade de estabelecer uma área na qual a probabilidade de utilização discriminatória da informação é potencialmente maior – sem deixarmos de reconhecer que há situações nas quais a discriminação pode advir sem que sejam utilizados dados sensíveis, ou então que a utilização destes dados se preste a fins legítimos e lícitos.” (DONEDA, 2019, p. 144)
Outro sim, é importante salientar que para evitar incidentes de vazamento ocorram, o comprometimento e discernimento humano no tratamento de dados pessoais é de suma importância, não bastando somente sistemas de segurança de última geração. 
4 “LEI DA ADOÇÃO” - Nº 13.509/17
A adoção é uma prática que tem raízes antigas e evoluiu ao longo dos processos históricos, apresentando diferentes valores, finalidades e processos. Ao longo do tempo, essa prática passou por significativas mudanças. Maria Helena Diniz entende que: 
“A adoção é o ato jurídico solene pelo qual alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que geralmente lhe é estranha" (DINIZ, 2022, p. 191).
A Lei Nº 13.509/17 surgiu para facilitar o instituto de adoção no Brasil, desta forma, trouxe alterações ao ECA, incluindo a chamada “entrega voluntária”, que permite a gestante ou mãe entregar seu filho para a adoção através de procedimento tutelado pela Justiça da Infância e Juventude:
“Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude...” (2017)
Ainda, no parágrafo 5º do referido artigo, garante-se sigilo acerca do procedimento de entrega de criança para adoção, sendo assim, havendo a quebra do sigilo processual pode ser configurado crime do Art.325 do CP, sendo passível também de responsabilização civil dos envolvidos na divulgação dos fatos. Do mesmo modo, o § 9ª, do art. 19-A, e o § 3º do art. 166, do ECA, resguardam o direito ao sigilo da genitora acerca do nascimento de seu filho:
Art. 19-A. [...]
§ 5º Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1º do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega. [...]
§ 9 o É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. [...] (2017)
Todo o processo de entrega deve ser intermediado pelo Poder Judiciário, com a participação do MP e da Rede de Proteção, além disso, deve ser devidamente formalizada por decisão judicial, com documento escrito, nos moldes do art. 166, §4º do ECA. 
É essencial ressaltar que a entrega de uma criança não deve ser confundida com abandono, especialmente quando essa entrega é um ato de proteção. Portanto, é crucial evidenciar que entregar uma criança para adoção é um gesto de amor. Maria Berenice ilustra: 
É absolutamente equivocado o prestígio que se empresta à família natural, quando se busca manter, a qualquer preço, o vínculo biológico, na vã tentativa de manter os filhos sob a guarda dos pais ou dos parentes que constituem a chamada família estendida. Essas infrutíferas tentativas fazem com que as crianças, ao serem rejeitados por seus pais e parentes, acumulem sucessivas perdas e terrível sentimento de abandono que trazem severas sequelas psicológicas. [...]. Aliás, dar um filho à adoção é o maior gesto de amor que existe. Sabendo que não poderá criá-lo, renunciar ao filho, para assegurar-lhe uma vida melhor que a sua, é atitude que só o amor justifica (DIAS, 2019). 
Pelo contrário, é possível compreender que a cuidadosa entrega de uma criança, visando um futuro melhor e melhores condições para ela. Trata-se de oferecer à criança a possibilidade de ter um lar onde será acolhida com carinho, ao mesmo tempo em que proporciona a uma mulher que como no caso analisado foi vítima de abuso sexual não sofra maiores traumas psicológicos ao criar uma criança fruto da violência sofrida. 
5 CASO KLARA CASTANHO
Klara Forkas Gonçalez Castanho, mais conhecida como Klara Castanho, tem 22 anos, nascida em Santo André e é uma jovem atriz brasileira, que começou a sua carreira e vida pública ainda na infância, participando de campanhas publicitárias. Já o seu primeiro trabalho como atriz foi na série "Mothern", no ano de 2006, pelo GNT e a sua estreia em novelas foi em Revelação em 2008, no SBT.
A jovem ganhou as manchetes da imprensa em junho de 2022 e seu caso não é um acontecimento isolado no cotidiano da justiça brasileira. A artista foi vítima de vazamento de dados no âmbito hospitalar, o que gerou grandes danos à mesma devido à proporção midiática do fato.
Devido a imensa repercussão do vazamento de informações sigilosas tanto de sua condição médica acerca de uma suposta gravidez, quanto a respeito da sua decisão de entregar a criança para adoção, a atriz se pronunciou em suas redes sociais: 
“Este é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. Sempre mantive a minha vida afetiva privada, assim, expô-la dessa maneira é algo que me apavora e remexe dores profundas e recentes. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que sofri. Fui estuprada.” (25 de junho de 2022) 
Após a descoberta da gravidez Klara optou por realizar o procedimento de entrega direta para adoção. É importante destacar que durante a todo o período da gestão não houveram rumores acerca de uma possível gravidez da atriz, o vazamento das informações ocorreu mediante contato de funcionários do hospital com o colunista Léo Dias que foi umdos responsáveis na propagação da notícia tão desprezível.
O impacto causado pelas pessoas responsáveis por esta violação é imensurável considerando que uma vez colocada a informação nas redes, inexistem limites na sua disseminação. Apesar de ser uma figura pública, trata-se de uma mulher que foi vítima de uma violência e teve seu direito ao anonimato ameaçado e infringido.
Além da evidente violação do sigilo de dados sensíveis, o que se destaca no presente caso é o modo antiético no qual a mídia acredita veemente que tem o direito de desrespeitar o direito à privacidade das celebridades alegando tratar-se de direito à informação. No entanto, a divulgação de informações pessoais sensíveis, como detalhes médicos, problemas familiares ou outros assuntos pessoais, sem o consentimento da celebridade, é uma violação clara da privacidade.
Diante toda exposição sofrida, a atriz buscou o sistema judiciário para ajuizar todos os envolvidos no caso, que veio à tona em junho do ano passado, até o fechamento desse trabalho de conclusão, o processo de Klara tramita em segredo de justiça e nenhuma sanção foi aplicada.
6 CONCLUSÃO
A violação da privacidade de pessoas públicas é um assunto delicado que levanta questões éticas e legais importantes. Embora a vida privada dessas figuras possa parecer de interesse público, é fundamental que a privacidade e os direitos individuais sejam respeitados. 
É necessário que a mídia e o público considerem cuidadosamente as implicações de divulgar informações confidenciais, bem como as possíveis consequências para a vida pessoal e profissional dessas pessoas, além disso é importante que haja um equilíbrio entre o direito à privacidade e a liberdade de imprensa, e que as leis e regulamentos sejam atualizados para proteger melhor os indivíduos contra a violação de sua privacidade.
O posicionamento do judiciário brasileiro em relação à violação da privacidade de celebridades varia dependendo do caso específico e das circunstâncias envolvidas. No entanto, em geral, o judiciário tem reconhecido o direito à privacidade das celebridades e tem se manifestado em favor de sua proteção através diversas decisões judiciais reconhecendo que as celebridades têm direito a uma esfera privada e pessoal, assim como qualquer cidadão, e que essa esfera deve ser respeitada.
Portanto, considerando que atualmente a internet é o principal veículo de imprensa em todo o mundo, e que uma vez colocada a informação na rede, inexistem limites na sua propagação, é de extrema importância a ponderação entre o direito à privacidade e o direito de liberdade de imprensa. Sendo essencial que todos reflitam sobre a importância da privacidade em nossa sociedade moderna e trabalhemos juntos para garantir que a privacidade e os direitos individuais sejam respeitados, independentemente do status social ou profissional de uma pessoa.
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 Discente do nono período do curso de Direito do Centro Universitário de Votuporanga – UNIFEV. Votuporanga. São Paulo. Brasil. E-mail: mariaeduaarda1516@gmail.com
2 Docente do curso de Direito do Centro Universitário de Votuporanga – UNIFEV. Votuporanga. São Paulo. Brasil. E-mail:

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