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Marina - Projeto de Intervenção fiinalrev

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ
ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL
HELENA KIRA
MARCOS ABRAHÃO
SELMA TALIM
ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NA ÁREA DA SAÚDE
Rio de Janeiro – RJ
Dezembro/2016
Apresentação
O Hospital Municipal Miguel Couto (HMMC) foi fundado em 25 de outubro de 1936, localizado no bairro da Gávea, zona sul da cidade do Rio de Janeiro. É uma instituição pública referência da área programática 2.1 conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e de grande porte, considerado um hospital geral com “porta de entrada emergência/urgência”. Sua capacidade instalada é de 437 leitos nas seguintes especialidades: maternidade, ortopedia, neurocirurgia, cirurgia plástica, buco-maxílo, proctologia, cirurgia geral, cirurgia vascular, unidade coronária, CTI adulto e infantil, clínica médica, cardiologia e UI de cirurgia geral. 
O projeto profissional do hospital é fundamentado na transversalidade de toda equipe multidisciplinar e seu desdobramento deve respeitar as especificidades de cada setor, com o objetivo de estabelecer interfaces com outras políticas públicas (saúde, assistência, previdência social, habitação, educação, etc.) e projetos intersetoriais, dando ênfase às políticas sociais, além de garantir o compromisso com o processo de produção de conhecimento favorecendo vínculo sistemático e permanente entre teoria e prática possibilitando minimizar a dicotomia entre ambos
O Serviço Social dessa instituição é constituído por oito (8) assistentes sociais, sendo cinco (5) nas clínicas médicas e três (3) na emergência. Todas atendem aos usuários que recorrem ao hospital após o atendimento da Porta de Entrada e Classificação de Risco, à sua rede de apoio (familiares ou responsáveis) e também através da procura espontânea.  A identificação das demandas é realizada através da busca ativa, mediante abordagem individual, com visita aos leitos dos usuários (esses atendimentos podem se desdobrar no acompanhamento social – demandas específicas de intervenção) e em articulação com a rede de apoio do usuário, familiares, trabalho e instituição governamentais e não governamentais, objetivando as garantias dos seus direitos sociais. Dessa forma, opera-se na consolidação de um trabalho interdisciplinar na atenção integral aos usuários de acordo com as normativas do SUS e SUAS e contextualiza as diversas dimensões que envolvem a ruptura do cotidiano dos sujeitos e suas famílias. 
A partir do princípio de humanização do atendimento aos usuários perante as funções executadas para a realização da prática profissional no hospital, diferentemente dos hospitais particulares, o Miguel Couto não visa o lucro, mas preza por um atendimento mais humanizado, no qual não se empenha apenas na cura dos pacientes, mas sim em todas as etapas do processo de saúde (promoção, proteção e recuperação) do usuário, por isso a atenção integral à saúde e a predominância do interesse ideológico. 
Por ser uma instituição hospitalar, está intimamente ligado à política social de saúde, um dos eixos do tripé da Seguridade Social. Entretanto, houve um grande caminho a ser percorrido até que a saúde se tornasse um direito social. Foi a partir do século XX que passou a ser compreendida como uma questão social no Brasil, devido à radicalização dos movimentos operários. 
Em 1970, no contexto de luta contra a ditadura, nasceu o Movimento de Reforma Sanitária, que teve como principais sujeitos sociais aglutinados em torno do projeto de reestruturação da saúde, os profissionais da saúde, partidos políticos de oposição e movimentos sociais urbanos, que lutavam pela a universalização do acesso, a concepção de saúde como direito social e dever do Estado, a reestruturação do setor através da estratégia do Sistema Unificado de Saúde (SUS) visando um profundo reordenamento setorial com um novo olhar sobre a saúde individual e coletiva, a descentralização do processo decisório para as esferas estadual e municipal, o financiamento efetivo e a democratização do poder local através de novos mecanismos de gestão – os Conselhos de Saúde. Desse modo, como defende Potyara Pereira, a saúde e a assistência social “revolucionaram o padrão convencional de proteção pública no Brasil” por se contraporem à lógica do seguro: a proteção social dos cidadãos passou a ser concebida independente da contribuição, inserção no mercado de trabalho, atendimento incondicional, e, por fim, o atendimento à saúde e à assistência guiadas pelo princípio da universalização e igualitário (sem preconceitos ou privilégios). 
As conquistas do Movimento de Reforma Sanitária, no que se refere à inscrição da saúde na Constituição Federal de 1988 (Seção II – Da Saúde), se fundamentaram na saúde com direito social e dever do Estado, no acesso universal e igualitário (sem preconceitos ou privilégios), na criação de um sistema único de saúde, na descentralização da gestão, na participação do setor privado como forma complementar e na proibição da comercialização de exames. Nesta e também na Lei 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde - LOS), há a concepção ampliada de saúde na qual é defendida pelo Movimento, que vincula a saúde aos diversos condicionantes sociais e a integralidade humana, a saúde como direito universal e dever do Estado, como se faz presente na sessão 2: saúde como direito de todos e dever do Estado, determinada pela organização social do país (concepção ampla de saúde), acesso universal e igualitário, atenção integral à saúde.
A LOS, entretanto, é tardiamente promulgada para regulamentar o previsto na Constituição Federal de 1988, e dispõe sobre: a)condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde; b)organização e funcionamento dos serviços de saúde; saúde como direito fundamental do ser humano; garantir do direito à saúde é dever do Estado; concepção ampliada de saúde: garantia de direitos à saúde por meio de políticas econômicas e sociais; saúde como responsabilidade de todos. 
Segundo a mesma, a definição do SUS é dada como um conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público. Suas principais ações e serviços públicos de saúde se fundamentam: no controle e fiscalização de procedimentos, produtos e serviços, promove e executa ações de vigilância sanitária e epidemiológica, em ações em saúde do trabalhador, na ordenação de recursos humanos na área de saúde, na participação na política de saneamento básico e na proteção ao meio ambiente, fiscaliza produtos, colabora na proteção do meio ambiente, principalmente no ambiente de trabalho, devido ao bem estar e saúde dos trabalhadores.
	Desse modo, o SUS é organizado a partir da ideia de regionalização e hierarquização dos serviços, ou seja, distribuição dos estabelecimentos de saúde numa determinada região com base, principalmente no princípio da integralidade e à distribuição dos serviços por níveis de atenção e complexidade, para a utilização racional dos recursos – atenção básica e serviços ambulatoriais e hospitalares (média e alta complexidade), respectivamente. Apenas em casos de caráter complementar é aberta a participação da iniciativa privada no SUS. Dentre as diretrizes que regem a organização essa destacam-se as da descentralização, da integralidade e da participação da comunidade: a descentralização redefine as responsabilidades de cada esfera de governo (Ministério da saúde e secretarias estadual e municipal da saúde); o atendimento integral como integralidade da assistência, ou seja, atenção integral à saúde em todos os processos: de promoção, proteção e recuperação, não restringindo à atenção básica; por fim, a participação da comunidade é uma diretriz que se concretiza por meio de suas entidades representativas, no sentido de democratizar as decisões, como modo de superação do autoritarismo.
A lei 8.142 é promulgada como complemento à lei 8.080 que sofreu diversos vetos presidenciais. Os principais aspectos impedidos pelo presidente Collor de Melofoi o financiamento da saúde (forma de transferência entre as esferas governamentais) e as formas e a participação da comunidade e o Financiamento do SUS, a partir das contribuições sociais, CSLL e COFINS.
Assim sendo, a política social de saúde possui objetivos, diretrizes e princípios bastante equitativos, porém eles não são concretizados devido a atual conjuntura que peca pelo desenvolvimento econômico e financeiro em detrimento do social, restringido recursos e subsídios do SUS e de seus profissionais, de forma que os cidadãos não são atendidos da forma com que, anteriormente, o Movimento de Reforma Sanitária reivindicava, como direito social e dever do Estado, desse modo, o princípio de universalidade, no que se refere a todo e qualquer e todo cidadão, independente das contribuições ou inserção no mercado de trabalho, têm acesso aos serviços do SUS, ou seja, sem questões de privilégios ou distinções entre os cidadãos não é praticado.
Apesar dos limites impostos pelo sistema societário vigente, o profissional do Serviço Social do Hospital Municipal Miguel Couto, dentro da Linha de Cuidados1, como profissional da saúde, vem contribuindo na tentativa de consolidar um trabalho multidisciplinar e interdisciplinar fundamental na atenção integral aos usuários, conforme preconiza o SUS. As ações procuram compreender a particularidade das situações que surgem no espaço institucional, contextualizando as diversas dimensões que envolvem a ruptura do cotidiano dos sujeitos e suas famílias, possibilitando a análise do processo saúde-doença e seu impacto na qualidade de vida dos sujeitos em suas relações sociais. Tal análise possibilita a construção de projetos de intervenção a fim de propiciar o acesso aos direitos sociais.
A trajetória histórica do Serviço Social é relativamente recente, comparada às demais. Surgiu no Brasil na década de 1930, entretanto o curso superior de Serviço Social foi oficializado 1953, pela lei nº 1889 e em 1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a profissão. Diante isso, grande parte da sociedade desconhece ou não compreende qual é o papel do assistente social e como é a sua ação profissional, por isso é muitas vezes é confundido com profissões que possuem semelhanças a ela, como o advogado, contador, etc.
	A partir daí, torna-se necessário a conscientização da população acerca das atribuições do assistente social, na qual se refere a uma profissão crítica e interventiva, que, a partir das dimensões técnico-operativa, teórico-metodológica e ético-política, intervém nas sequelas da Questão Social, ou seja, nas desigualdades que são fruto da relação antagônica entre capital e trabalho. 
Dessa forma, os assistentes sociais podem se inserir nos mais variados espaços sócio ocupacionais, como na previdência, educação, saúde, assistência social, justiça etc., baseados na compreensão da realidade de forma mais aprofundada com o papel de planejar, gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais.
__________________
1.De acordo com autores como Merhy, Cecílio e Franco a Linha de Cuidado recupera a perspectiva da visão de Integralidade do sujeito no sentido de garantir o atendimento e o cuidado de suas necessidades de saúde, que para tanto incorpora todos os segmentos que podem compor uma rede.
Justificativa
Observando a atuação dos assistentes sociais do Hospital Municipal Miguel Couto no decorrer do ano de 2016 foi possível notar que a instituição possui uma característica de atuação profissional diferenciada, por se tratar de uma ação profissional dentro de uma unidade de saúde no setor de urgência e emergência. Para intervir nas demandas dos usuários que chegam ao setor é necessário o reconhecimento das possibilidades e limites dos assistentes sociais na atual conjuntura.
Atualmente o SUS vem enfrentando enormes desafios em decorrência aos cortes de verbas e retenção dos gastos públicos pelo Estado, provocando sucateamento e precarização a ação profissional na instituição, tal como ausência de manutenção, carência em equipamentos e funcionários, dentre inúmeras outras. A equipe de Serviço Social necessita construir respostas para as demandas trazidas pelos usuários, articulando a dicotomia teoria e prática, afim de uma atuação qualificada, dentro de seus limites impostos pela ordem vigente, na qual declara um boicote aos direitos sociais. A importância da intervenção e atuação profissional junto a uma equipe multidisciplinar amplia a percepção dos profissionais envolvidos, trazendo ganhos consideráveis tanto ao Serviço Social, quanto para as demais categorias da instituição, estabelecendo um atendimento mais humanizado aos pacientes e sua rede de apoio. 
Assim, durante a prática profissional dentro do campo de estágio, percebemos que chegam ao setor de Serviço Social diversas demandas que não são de nossas atribuições, como o fornecimento de crachá para acompanhante, autorização para o uso do refeitório, transferência para outros hospitais, atestado médico e, principalmente, questões sobre o quadro clínico do paciente, como ilustra o gráfico abaixo:
Fonte: Pesquisa realizada no período de 01/10/2016 até 01/11/2016 com os usuários do Hospital Municipal Miguel Couto.
A partir de um levantamento das demandas que chegam ao setor do Serviço Social, num total de 100 usuários, foi realizada a comparação das demandas equivocadas com as que realmente são competências dos assistentes sociais e pôde-se notar que do total de 100% dos usuários que buscaram atendimento no setor do Serviço Social, um índice de 60% não teve suas necessidades atendidas, onde 20% eram para atestados médicos, 20% para assuntos referentes a dados clínicos, 10% para solicitação de crachá de acompanhante, 5% para transferência de unidade e também 5% outros. A demanda real para o Serviço Social foi de 40%. Portanto, a ideia desse projeto de intervenção é levar ao público e principalmente aos profissionais das demais áreas desta instituição, o que de fato compete à equipe dos profissionais da área do serviço social na instituição.
Problematização
Na sociedade contemporânea do século XXI, com o neoliberalismo, há constantemente a imposição de ideais voltados para o desenvolvimento do capital em detrimento do social, desse modo, tais ideias são refletidas nas ações profissionais das mais variadas formas. 
	É muito comum que usuários do Hospital Miguel Couto sejam encaminhados por outros profissionais da instituição para o setor de Serviço Social sem que haja necessidade, afim de “solucionar” o problema ou demanda deste usuário de forma mais rápida e realizar um trabalho mais quantitativo do que qualitativo. Esse tipo de situação é causado pela falta de informação tanto dos usuários, como também por parte dos profissionais, além da população em geral e (ainda) necessidade de legitimação da profissão. Diante isso, reproduz-se consequências que devem e podem ser evitadas, tais como a sobrecarga dos profissionais, perda de tempo dos usuários, insatisfação e, principalmente, um atendimento institucional desqualificado e desumanizado. 
	Assim sendo, é necessária uma ação profissional multiprofissional qualificada e atenta aos seus usuários, que respeitem sua historicidade, tratando cada um de forma particular e humanizada, e com isso negociar com a instituição e defender seu campo de trabalho, sua área de atuação e suas qualificações.
As possibilidades estão dadas na realidade, mas não são automaticamente transformadas em alternativas profissionais. Cabe aos profissionais apropriarem-se dessas possibilidades e, como sujeitos, desenvolvê-las transformando-as em projetos e frentes de trabalho (IAMAMOTO, 2001, p.21).
Como impedir que o usuário seja encaminhado para um setor que não responderá à sua demanda? A conscientização principalmente dos profissionais de áreas multidisciplinares é a melhor forma de se buscar os resultados. Uma reeducação específica sobre o assunto se faz imprescindível. É preciso conscientizaros profissionais da instituição e, os usuários para que seja discutido esse assunto e para uma prestação de serviços mais qualificada.
Objetivo Geral
Qualificar o atendimento multiprofissional a partir da compreensão da função de cada profissional.
Objetivos específicos
Fazer com que as equipes identifiquem as demandas que são ou não atribuições do profissional do Serviço Social, como orientações sobre DPVAT, acidente de trabalho, PADI, benefícios previdenciários, dentre outras. Essas ações visam informar as diferentes áreas da instituição e aos próprios usuários sobre o campo de trabalho desenvolvido pelo Assistente Social, deixando claro sua área de atuação. 
Público alvo
Como público alvo deste projeto de intervenção temos os funcionários da instituição e os colaboradores que trabalham na mesma, no caso, do Hospital Municipal Miguel Couto, com o intuito de informar à todos sobre as competências e demandas do setor de Serviço Social, de forma que os resultados reflitam em um atendimento mais qualificado e humanizado por todos os profissionais para com esses usuários que necessitam dos serviços prestados por esta instituição.
Grande parte dos usuários que usufruem dos serviços ofertados pelo Hospital é de classe baixa e moradores de comunidades, que residem nos bairros que abrangem a Área Programática 2: Botafogo, Catete, Copacabana, Cosme Velho, Flamengo, Gávea, Glória, Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon, Leme, Rocinha, São Conrado, Urca e Vidigal. O elevado número de comunidades que fazem parte dessa região reflete na quantidade de atendimentos de pacientes que residem em locais de difícil acesso e com pouca infraestrutura, devido a falta de saneamento básico e enorme quantidade de escadas. O nível de escolaridade avaliado é baixo, a maioria não conclui o ensino médio e nem o ensino fundamental 2 (que vai até o oitavo ano), mas muitos se inserem no mercado informal de trabalho precocemente, ainda na adolescência, como forma de auxílio à renda familiar.
	Por outro lado, uma pequena parcela dos usuários que chegam ao Hospital é de classe alta, moradores de bairros mais nobres da cidade do Rio de Janeiro, como Leblon e Ipanema, pois sofreram algum tipo de acidente em vias públicas e são resgatados e encaminhados pelo corpo de bombeiros. Entretanto esses são transferidos para hospitais particulares assim que o estado de saúde se torna estável, pois possuem plano de saúde.
	A faixa etária dos pacientes atendidos é bastante variada, indo de 16 a 93 anos, porém a idade mais incidente está entre 50 e 60 anos (vide gráfico a seguir). 
	
	Um dos elementos que nos chamou a atenção após a análise das fichas sociais produzidas foi que o maior número dos pacientes internados tem direito ao benefício auxílio doença, seja por trabalhar de carteira assinada, seja por pagar o INSS como autônomo. 
	Sobre as particularidades em relação ao espaço ocupacional é evidente que, por ser um Hospital de grande porte de urgência e emergência, chegam pacientes com os mais diversos graus e tipos de acidentes, como o automobilístico, queda, acidente de trabalho, etc. Porém, a causa de internação que tem um elevado grau de incidência é a queda da própria altura em idosos, geralmente ocorrida dentro de sua própria casa e acompanhado de um aparente ou cuidador. Sendo assim, é sempre imprescindível a orientação para o PADI e a conversa com a rede de apoio para que essa situação seja prevenida. 
	O atendimento no setor de Serviço Social seja ele realizado a partir da busca ativa, ou entrevista ao leito dos pacientes, são contabilizados ao final de cada mês. Cada assistente social quantifica o atendimento da clínica responsável e o envia para o diretor do Hospital. Como mostra no gráfico abaixo, as clínicas possuem uma quantidade semelhante de atendimento, e no setor de emergência, por ser dividido entre três assistentes sociais, apresenta um número mais significativo.
	
Metodologia
A partir de uma rodada inicial de conversa, ilustrada com banners e folders, nas enfermarias do Hospital Municipal Miguel Couto, este projeto de intervenção irá conscientizar o público geral e os profissionais das demais áreas sobre as competências e atribuições do Serviço Social, ao mesmo tempo em que também será um processo de afirmação da legitimação da profissão. As ações estarão sendo desenvolvidas a partir de informações diretamente aos pacientes, rede de apoio e principalmente junto aos demais profissionais da instituição. Para reforçar as informações será abordado este assunto nas reuniões periódicas entre as chefias das áreas envolvidas, como segurança patrimonial, enfermagem e médica para apresentação dos dados referentes aos atendimentos e a instalação de banners e distribuição de folders explicativos em áreas de fácil visualização e todos.
Avaliação
A avaliação deste projeto de intervenção será realizada a partir da avaliação participativa, ou seja, no momento posterior a implementação do projeto através da crítica de todos os participantes dessa formação, usuários, profissionais, atuantes e gestores. 
A metodologia utilizada para tal análise será a triangulação, ou seja, um procedimento de pesquisa aplicada tanto qualitativamente (com respostas mais generalizadas, numéricas, menos aprofundadas, diante questionários, entrevistas estruturadas e semi estruturada), quanto qualitativamente, através da inteligibilidade dos fenômenos sociais, o significado e a intencionalidade atribuída, a partir de entrevistas abertas, grupo de discussão, etc.
A análise qualitativa será perceptível via computação e sistematização das demandas que chegam ao setor de Serviço Social, comparando com o gráfico produzido sobre demandas equivocadas x demandas apropriadas. Já a qualitativa, será feita a partir da apreciação do diálogo com os demais profissionais da instituição e com os usuários, com o objetivo de aferir se as atribuições do Serviço Social estão sendo compreendidas e buscadas de formas apropriada.
Cronograma 
	Ações 
	Envolvidos
	Período
	Organizar folders e banners com as atribuições do Serviço Social
	Equipe de assistentes sociais
	Janeiro 2017
	Elaborar um plano para nortear a roda de conversa
	Equipe de assistentes sociais
	Janeiro 2017
	Interlocução com os profissionais e rede de apoio sobre a conversa nas enfermarias
	Equipe de assistentes sociais, enfermeiros e rede de apoio dos pacientes
	Fevereiro 2017
	Aplicação do projeto contando com a participação e organização da equipe do setor, pacientes e sua rede de apoio
	Equipe de assistentes sociais, pacientes internados e rede de apoio 
	Fevereiro 2017
	Interlocução com as chefias das áreas envolvidas para agendamento do tema nas reunões periódicas da instituição.
	Equipe de assistentes sociais, enfermeiros e rede de apoio dos pacientes
	Março 2017
Referências bibliográficas 
 
ALBUQUERQUE, José Augusto Guilhom. “Elementos para uma Análise da Prática Institucional”. Em GUIRADO, Marlene. Psicologia Institucional. EPU, São Paulo, 1987. 
 BISNETO, José Augusto. Serviço Social e saúde mental: uma análise institucional da prática. 2 ed. São Paulo: Cortez, 200912
MOTA, Ana Elizabete. A nova fábrica de consensos. Ensaios sobre a reestruturação, empresarial, o trabalho e as demandas. São Paulo: Cortez, 1998.
	
BRASIL. Constituição de 1988. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988.
IAMAMOTO, M. V. "A questão social no capitalismo". Revista Temporalis nº 3, ano III, jan.-jun. de 2001, p.21
BRAVO, Maria Inês S. As políticas brasileiras de seguridade social: saúde. In: PROGRAMA de Capacitação Continuada para Assistentes Sociais. Capacitação em Serviço Social e política social, módulo 03. Brasília: CFESS-ABEPSS-CEAD/UnB, 2000. P.103-115.
______; MATOS, Castro de. A saúde no Brasil: reforma sanitária e ofensiva neoliberal. In: ______; PEREIRA, Potyara A. P. (Orgs.). Política social e democracia. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: Uerj, 2001.         
______. Reforma sanitária e projeto ético-político do Serviço Social: elementos para debate.In: ______ et al. Saúde e Serviço Social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: Uerj, 2004
demandas realmente do Serviço Social
crachá de acompanhante	atestado médico	transferência de unidade	quadro de clínico	outros	demandas realmente do Serviço Social	10	20	5	20	5	40	
16-20	Idade - outubro	2	21-30	Idade - outubro	4	31-40	Idade - outubro	6	41-50	Idade - outubro	13	51-60	Idade - outubro	19	61-70	Idade - outubro	12	71-80	Idade - outubro	8	81-90	Idade - outubro	4	91-100	Idade - outubro	2	Atendimentos mensais do Serviço Social
Atendimentos em outubro	Ortopedia	Clínica médica e Coronária	Cirurgia Vascular e Geral	Neurocirurgia	Maternidade e ITU neonatal	Emergência	80	80	90	70	100	450

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