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Protozoários: Mastigophora (flagelados – Tricomoníase) Apresentação Nessa Unidade de Aprendizagem, estudaremos o Trichomonas vaginalis, um protozoário flagelado do trato urogenital, responsável por causar a tricomoníase. Serão abordadas as principais características relacionadas à doença. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a forma parasitária, método de transmissão e localização no organismo humano.• Reconhecer os achados clínicos da tricomoníase.• Indicar a epidemiologia, os métodos diagnósticos e tratamento da tricomoníase.• Infográfico A tricomoníase é uma doença causada pelo flagelado Trichomonas vaginalis. Na figura, estão identificadas as características que serão estudadas nessa unidade de aprendizagem: Conteúdo do livro A tricomoníase é uma doença sexualmente transmitida, atingindo homens e mulheres. As características associadas a essa doença podem ser estudadas no conteúdo selecionado. Segue o tópico Trichomonas da obra Microbiologia Médica e Imunologia, de Levinson Warren. Boa leitura. MICROBIOLOGIA BROOKS, G.F.; CARROLL, K.C.; BUTEL, J.S.; MORSE, S.A.; MIETZNER, T.A. Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg – 26.ed. CHAMPE, P.C.; HARVEY, R.A.; FISHER, B.D. Microbiologia Ilustrada – 2.ed. GLADWIN, M.; TRATTLER, B. Microbiologia Clínica Ridiculamente Fácil – 4.ed. HÖFLING, J.F.; GONÇALVES, R.B. Microscopia de Luz em Microbiologia: Morfologia Bacteriana e Fúngica LEVINSON, W. Microbiologia Médica e Imunologia – 1 .ed.3 MADIGAN, M.T.; MARTINKO, J.M; DUNLAP, P.V.; CLARK, D.P. Microbiologia de Brock – 1 .ed.4 SCHAECHTER, M.; INGRAHAM, J.L.; NEIDHART, F.C. Micróbio – Uma Visão Geral TORTORA, G. J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia – 10.ed. IMUNOLOGIA DOAN, T.; MELVOLD, R.; VISELLI, S.; WALTENBAUGH, C. Imunologia Ilustrada MURPHY, K. Imunobiologia de Janeway – 8.ed. PARHAM, P. O Sistema Imune – 3.ed. Microbiologia médica e imunologia, 13ª edição, contempla aspectos básicos e clínicos da bacteriologia, virologia, micologia, parasitologia e imunologia. Esta nova edição traz também uma seção inteiramente nova sobre doenças infecciosas importantes, organizadas por sistemas de órgãos. Destacam-se ainda as questões para autoavaliação e os casos clínicos. • esumos sobre microrganismos de importância médica auxiliam no estudo do tema.R • casos clínicos demonstram a das ciências básicas no diagnóstico clínico.50 relevância • 654 questões práticas abrangem os principais temas de cada área. • Forte ênfase no texto quanto à aplicação clínica da microbiologia nas doenças infecciosas. • Imagens coloridas ilustram sinais clínicos importantes. DESTAQUES DESTA EDIÇÃO: CAPÍTULOS NOVOS SOBRE DOENÇAS INFECCIOSAS! Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 L665m Levinson, Warren. Microbiologia e imunologia médicas [recurso eletrônico] / Warren Levinson ; tradução: Danielle Soares de Oliveira Daian ; tradução e revisão técnica: Flávio Guimarães da Fonseca. – 13. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2016. Editado como livro impresso em 2016. ISBN 978-85-8055-557-8 1. Microbiologia médica. 2. Imunologia. I. Título. CDU 579.61 Tradução Flávio Guimarães da Fonseca Professor associado do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutor em Microbiologia pela UFMG. Danielle Soares de Oliveira Daian Doutoranda do curso de Pós-Graduação em Microbiologia da UFMG. Mestre em Microbiologia pela UFMG. Revisão técnica desta edição Flávio Guimarães da Fonseca Professor associado do Departamento de Microbiologia da UFMG. Doutor em Microbiologia pela UFMG. CAPÍTULO 51 Protozoários Intestinais e Urogenitais 417 Patogênese e epidemiologia O organismo é adquirido pela transmissão fecal-oral de oocistos provenientes tanto de fontes humanas (principalmente) quanto de fontes animais, como o gado (ocasionalmente). Os oocistos excistam no intestino delgado, onde os trofozoítos (e outras for- mas) se aderem à parede intestinal. A invasão não ocorre. O je- juno é o local mais infectado. A patogênese da diarreia é incerta; nenhuma toxina conhecida foi identificada. Os criptosporídeos causam di arreia em todo o mundo. Gran des surtos de diarreia causados por criptosporídeos em vá- rias cidades nos Estados Unidos são atribuídos à falha na purifi- cação da água potável. Outros surtos são relacionados à contami- nação fecal de piscinas e lagos. Os cistos são altamente resistentes à cloração, mas são mortos pela pasteurização e podem ser remo- vidos por filtração. Achados clínicos A doença em pacientes imunocomprometidos apresenta-se pri- meiramente como uma d iarreia aquosa e não sanguinolenta, que causa grande perda de líquidos. Os sintomas persistem por lon- gos períodos em pacientes imunocomprometidos, ao passo que são autolimitados em indivíduos imunocompetentes. Embora pacientes imunocomprometidos geralmente não morram em consequência de criptosporidiose, a perda de líquidos e a má nu- trição causam debilitação grave. Diagnó stico laboratorial O diagnóstico é realizado pela detecção de o ocistos em esfregaço de fezes, utilizando o método de coloração Kinyoun (Figura 51- 9). Um ensaio para a detecção de antígenos de Cryptosporidium nas fezes também é efetivo no diagnóstico. PROTOZOÁRIOS UROGENITAIS TRICHOMONAS Doenç a Trichomonas vaginalis c ausa tricomoníase. Características importantes T. vaginalis é um organismo em forma de pera com um núcleo central e quatro flagelos anteriores (Figuras 51-2E e 51-10). Ele apresenta uma membrana ondulante que se estende por cerca de dois terços de seu comprimento. Ele ocorre apenas como trofo- zoíto; não existe na forma de cisto. Patogê nese e epidemiologia O organismo é transmitido pelo contato sexua l e, portant o, não há necessidade de uma forma resistente do cis to. As localizações primárias do organismo são a vagina e a próstata. Ele é encon- trado apenas em seres humanos; não há um reservatório animal. A tricomoníase é uma das infecções mais comuns mun- dialmente. Cerca de 25 a 50% das mulheres nos Estados Unidos são portadoras do organismo. A frequência da doença sinto- mática é ma is alta em mulheres sexualmente ativas, em torno dos 30 anos de idade, e mais ba ixa em mulheres na pós-meno- pausa. As infecções assintomáticas são comuns em homens e mulheres. Achados clínicos Em mulheres ocorre um corrimento aquoso, com mau cheiro, esverdeado, acompanhado por prurido e ardor. A infecção em homens é, em geral, assintomática, mas cerca de 10% dos homens infectados apresentam uretrite. Diagnó stico labo ratorial Em uma lâmina a fresco de secreções vaginais (ou de próstata), os trofozoítos em forma de pera apresentam um movimento rá- pido característico (Figura 51-10). Os neutrófilos são vistos com frequência no fluido. Nã o há teste soroló gico. Tratamento e prevenção O fármaco de escolha é o metronidazol para ambos os parcei- ros, com o objetivo de prevenir a reinfecç ão. A manutenção d e um pH baixo da vagina é útil. O uso de preservativos limita a transmissã o. Não há fármaco profilático ou vacina. Levinson_book.indb 417Levinson_book.indb 417 22/12/15 16:3322/12/15 16:33 418 PARTE VI Parasitologia APLIQUE SEU CONHECIMENTO FIGURA 51-10 Trichomonas vaginalis – trofozoíto. As setas indicam dois trofozoítos. (Fonte: Centers for Disease Control and Prevention.) Levinson_book.indb 418Levinson_book.indb 418 22/12/15 16:3322/12/15 16:33 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do professor Nessa unidade de aprendizagem, estudaremos a tricomoníase, identificando a forma parasitária, método de transmissão, achados clínicos, diagnóstico laboratorial e tratamento. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/d54a4fdda731fcd5b63adeadf3941454Exercícios 1) Em relação ao Trichomonas vaginalis, qual das opções é a mais correta? A) O fármaco de escolha para tricomoníase é o metronidazol. B) Animais domésticos, como cães e gatos, são os principais reservatórios do organismo. C) T. vaginalis é geralmente adquirido pelo contato com cistos do organismo durante o contato sexual. D) O diagnóstico laboratorial geralmente envolve a detecção por testes sorológicos. E) O parceiro assintomático de uma mulher com T. vaginalis com infecção não deve ser tratado, pois homens assintomáticos raramente são fontes do organismo. 2) Com relação ao diagnóstico laboratorial da tricomoníase, é incorreto afirmar: A) O método mais utilizado é o exame microscópico em uma lâmina a fresco de secreções vaginais ou de próstata. B) Imunofluorescência direta é uma técnica complexa. C) Cultura do parasita é um método rápido e prático. D) A amostra utilizada no diagnóstico é secreção vaginal ou da próstata. E) No método do exame microscópico em lâmina a fresco, são observados trofozoítos móveis. 3) Com relação à patogênese e epidemiologia da tricomoníase: A) A transmissão ocorre sexualmente e somente em mulheres. B) A infecção ocorre por cistos e trofozoítos de Trichomonas vaginalis. C) É considerada uma das infecções mais raras mundialmente. D) Encontrada apenas em humanos. E) A doença sintomática é frequente em mulheres no pós-menopausa. 4) Os achados clínicos da tricomoníase são diferentes em homens e mulheres. Marque a alternativa correta: A) Em homens ocorre coceira intensa. B) Certa de 10% dos homens infectados apresentam uretrite. C) Mulheres podem apresentar um corrimento inodoro e incolor. D) Pode causar febre e dor de cabeça. E) Podem ocorrer lesões uretrais em forma de bolha. 5) Uma mulher sexualmente ativa de 24 anos de idade reclama de coceira vaginal e corrimento fétido. Para verificar seu diagnóstico sugestivo de tricomoníase, você deve incluir um dos seguintes itens em seu prontuário: A) Teste sorológico específico B) Esfregaço fecal para ovos e parasitas C) Lâmina fresca de fluido vaginal D) Teste de Elisa do soro E) Cultura de fezes Na prática A infecção vaginal devido ao parasita Trichomonas vaginalis é uma DST muito comum. Os sintomas podem variar muito entre as mulheres infectadas. Embora algumas mulheres relatem ausência de sintomas, outras se queixam de coceira, mau cheiro, corrimento e sangramento após a relação sexual. As mulheres grávidas geralmente não fazem exame para detectar a presença dessa infecção. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Microbiologia Médica e Imunologia - Um Manual Clínico para Doenças Infecciosas Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! BROOKS, Geo F et al. Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick & Adelberg Leia o capítulo 46 Parasitologia médica. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Advances in Laboratory Detection of Trichomonas vaginalis Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Pregnancy Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Trichomoniasis https://www.aphl.org/aboutAPHL/publications/Documents/ID_2016November-Laboratory-Detection-of-Trichomonas-update.pdf https://www.cdc.gov/std/pregnancy/stdfact-pregnancy.htm Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Técnicas de coleta de secreções Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.cdc.gov/std/trichomonas/default.htm http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/118tecnicas_coleta.pdf
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