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DIREITOS HUMANOS BREVE HISTÓRICO E PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO O Sistema Africano de Proteção aos Direitos Humanos e dos Povos se instaura diante de uma realidade bastante diferente das características do Sistema Europeu e Interamericano, por apontar em suas raízes a luta dos povos africanos em face da escravidão e do colonialismo. Assim, surgem junto à antiga Organização da Unidade Africana os debates que deram origem ao início formal das atividades de elaboração do projeto que veio a constituir a Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos. A CARTA AFRICANA DE DIREITOS HUMANOS E DOS POVOS A fim de consolidar os trabalhos até então constituídos na ceara dos direitos humanos, entra em vigor em 1986 a Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos, também conhecida como Carta de Banjul, com traços específicos da cultura e formação histórica africana. Neste sentido, importa destacar suas três principais características: a consagração dos valores tribais como corolário do espírito da carta, constante em seu preâmbulo; a previsão não apenas de direitos, mas também de deveres dos indivíduos para com seus grupos familiares; e a consolidação dos direitos dos povos, como o direito à independência, autodeterminação e autonomia dos Estados africanos. Na busca por uma melhor proteção aos direitos elencados na Carta Africana, ficou instituída a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, um órgão que, muito embora não tenha caráter jurisdicional, exerce marcada importância na estrutura deste sistema de proteção aos direitos humanos regional. DIREITOS HUMANOS PROTOCOLO À CARTA AFRICANA E O ESTABELECIMENTO DA CORTE AFRICANA DE DIREITOS HUMANOS O trabalho da Corte Africana de Direitos Humanos, de acordo com o Protocolo à Carta Africana, é analisar as denúncias de casos de violação aos direitos humanos na África e deve ser complementar ao da Comissão Africana, trabalhando ambos os órgãos de maneira harmônica na proteção e garantia dos direitos humanos no continente.
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