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A semiótica lógica de Peirce

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A semiótica lógica de Peirce
 Charles Sanders Peirce (1839-1914) foi um cientista notável, Químico,
Matemático, Físico e ainda estudioso da Biologia e da Geologia. Contudo foi em um
momento histórico de aumento das linguagens e dos códigos e da proliferação dos
meios de reprodução da linguagem é que a necessidade de aprofundar esses estudos
tomou Peirce. 
 Ele se dedicou profundamente ao estudo da Linguística, Filologia e História
(SANTAELLA, 1987). O fio condutor do cientista Peirce foi a Lógica. E é nesse ponto que
sua semiótica se diferencia das raízes francesa e russa. Enquanto os estudos de
Saussure se estabeleceram no campo da antropologia, Peirce recorre a raiz filosófica da
Fenomenologia, e desenvolve suas teorias a partir das estruturas lógicas do
pensamento. 
 Os estudos da Lógica procuram as estruturas e os princípios que tornam uma
argumentação válida. Peirce desenvolve uma teoria que procura classificar todos os
signos possíveis, e entendê-los dentro de uma estrutura lógica. A análise proposta por
Peirce, parte de uma abordagem triádica que tem origem na lógica de Kant e na
Matemática. 
 Peirce aponta a existência de três tipos de raciocínio: dedutivo (geral para o
específico), indutivo (específico para o geral) e abdutivo (hipotético). O pensamento
dedutivo também se apropria desta estrutura triádica para validar um argu mento. O
pensamento dedutivo parte de três proposições, sendo duas premissas e uma
conclusão. 
Por exemplo: Todos os homens são mortais/Marco era um homem/Portanto, Marco
era mortal. 
 A partir do aprofundamento dos estudos das tríades que estruturam o pensamento
Peirce conclui que para classificar e interpretar os signos, também deveria haver três
classes de signos. Desenvolve então sua tipologia triádica, que contempla o signo, a
coisa significada e a cognição produzida na mente. Ou o “objeto, representamen” e
Interpretante. 
 O “representamen” é o signo imediatamente perceptível, o “objeto” é a forma de
representação do referente, e o interpretante serve como mediador que relaciona o
objeto ao seu significado.

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